Excelentíssimo (a) Senhor (a) Doutor (a) Juiz (a) de Direito da _____ Vara do Juizado

Especial Federal da Subseçã o Judiciá ria de Bragança Paulista.

Processo a ser DISTRIBUÍDO:
Lorenzo Marcondes, brasileiro, menor nascido aos 23/04/2015, inscrito no CPF sob n.
000.000.000-00, representado por sua genitora Nome, brasileira, desempregada, portadora
da Cédula de Identidade n. 00000-00e inscrita no CPF sob n. 000.000.000-00, ambos
residentes e domiciliados na EndereçoCEP: 00000-000, vem perante Vossa Excelência, por
meio de seus procuradores e advogados infra assinados (mandato incluso), com escritó rio
profissional situado na EndereçoCEP: 00000-000, ajuizar a presente
AÇÃ O DE CONCESSÃ O DE BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DO LOAS AO PORTADOR DE
DEFICIÊ NCIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
em face do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS , na pessoa de seu representante legal
da procuradoria federal da autarquia previdenciá ria, na EndereçoCEP: 00000-000, com os
seguintes fundamentos fá ticos e jurídicos a serem deduzidos a seguir:
I - Dos Fatos:
O autor é portador de deficiência denominada autismo infantil, CID 10 - F 84.0.
Diante de tal situaçã o, o autor requereu o benefício assistencial do LOAS, junto ao INSS
conforme o requerimento administrativo em 27/12/2018 juntado em anexo a essa petiçã o.
O benefício do autor foi negado pelo ó rgã o em 12/11/2019, sob a alegaçã o de que a "Renda
per capita familiar superior a 1⁄4 do salá rio mínimo" além do nã o cumprimento da exigência
no prazo de 30 dias, e assim nã o fazia jus ao recebimento do LOAS.
Entretanto, o mesmo nã o é verdade, já que os genitores do menor autista nã o auferem
renda , uma vez que a Monica está desempregada desde 02/07/2018, e o Wellington
também nã o possui emprego, conforme consta no CNIS juntado em anexo, restando ajuizar
a presente açã o previdenciá ria ao Judiciá rio para ter a concessã o do respectivo benefício
assistencial.
O autor provará a sua deficiência, ou seja, autismo, sendo que o mesmo está se submetendo
a tratamento médico e por perícia a ser designada por Vossa Excelência.
A deficiência do autor é visível a todos, nã o sendo razoá vel a negativa do INSS para a
concessã o do benefício assistencial do LOAS.
2 - Dos Familiares:
O autor reside em casa pró pria, com seus genitores, pai e mã e desempregados. A família
passa por sérias dificuldades financeiras, já que nã o auferem renda.
O nú cleo familiar é composto dos seguintes membros:
Nome Parentesco Situaçã o Ocupacional Salá rio
Monica Rodrigues
MÃ E DESEMPREGADA XXX
Castilho
Wellington Evaldo
PAI DESEMPREGADO XXX
Marcondes
Lorenzo Marcondes AUTOR MENOR AUTISTA XXX
III - Do Direito:
A pretensã o do autor em receber o benefício assistencial do LOAS encontra-se amparada no
art. 203, da Constituiçã o Federal que diz:
"A assistência social será prestada a quem dela necessitar, e tem por objetivos:
independentemente da contribuiçã o da Seguridade Social."
(...)
V - a garantia de 1 salá rio mínimo de benefício mensal a pessoa portadora de deficiência ,
ao idoso que comprovem nã o possuir meios de prover a pró pria manutençã o ou tê-la
provido por sua família conforme dispuser a lei."
Com efeito, a Lei 8.742/93, aduz que:
Art. 2."A assistência social tem por objetos:
(...)
V - a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família."

Pois bem, a lei supramencionada garante a concessã o do benefício assistencial mediante a

comprovaçã o de 2 requisitos que sã o:
1) Idoso com mais de 65 anos ou pessoa com portadora de deficiência ;
2) Impossibilidade de prover seus pró prios meios de subsistência ou tê-la provido pela
família. Conforme dispõ e o art. 20 da Lei 8.743/93:
"Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e
ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção nem tê-la provida por sua família."No tocante a subsistência é valida mencionar mais uma vez que o
autor e sua família são extremamente pobres não podendo contar com a ajuda de seus familiares por estarem na
mesma condição de pobreza atualmente contando com a comiseração de pessoas solidárias para garantir de sua
subsistência.

Impende mencionar que a necessidade de nossa família é pú blica e notó ria, ainda mais
quando se encontra em casa dois desempregados e dois menores, nã o sendo auferida
qualquer renda.
Se já nã o bastassem as necessidades bá sicas como o alimento, vestuá rio, á gua, luz, telefone,
o autor possui despesas extras em virtude de inú meros tratamentos de saú de e necessita
de remédios que muitas vezes nã o se encontram no posto de saú de do SUS.
Verifica-se portanto que a pretensã o do autor deve ser acolhida pois preenche todos os
requisitos legais quais sejam a ser uma pessoa portadora de deficiência devido a autismo e
a impossibilidade de prover sua subsistência ou contar com a renda de seus familiares.
Assim deve-se ser concedido a autora o benefício assistencial do LOAS.

III) DO PEDIDO:
Pelas razõ es de fato e de direito acima expostas, requer-se:
- Que seja deferido os benefícios da justiça judiciá ria gratuita, nos termos do artigo 12 da
Lei 1.060/50, por ser pobre na acepçã o legal, nã o podendo arcar com as custas do processo
sem prejuízo do sustento pró prio;
- Que seja julgada procedente o pedido da autora para condenar a ré para que proceda a
concessã o do benefício assistencial do LOAS e pague os retroativos devidos desde a data do
requerimento administrativo no prazo de 60 dias, expedindo-se RPV;
- Que seja citada a ré por meio de oficial de justiça, no endereço supracitado na petiçã o
inicial, para que apresente defesa sob pena de sofrer as consequências jurídicas da revelia;
- Que seja determinada a realizaçã o de perícia no autor a fim de comprovar a sua
deficiência (autismo);
- Que na hipó tese de nã o haver o julgamento antecipado da lide, que sejam arroladas
testemunhas em momento oportuno;
- Que na hipó tese de nã o haver o reconhecimento da procedência do pedido, que sejam
condenadas as rés ao pagamento das custas e da sucumbência dos honorá rios advocatícios,
no importe de 20% do valor da causa;
- Requer-se que seja provado os fatos narrados na inicial por meio de prova documental,
prova pericial e prova testemunhal, e de todos os meios admitidos em direitos que forem
necessá rios para a concessã o de seu direito.
Dá -se o valor da causa R$ 00.000,00.
Sorocaba, 21 de janeiro de 2020
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