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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE

DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE


XXXXXXXXXX
Processo nº XXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXX, neste ato representado por sua mãe,


AAAAAAAAAAA, já qualificado nos autos, por meio de seus
advogados infra assinados, vem, respeitosamente, perante V.
Exa., apresentar suas

CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
Pelos motivos que seguem anexos, requerendo, para tanto, a
posterior remessa ao Egrégio Tribunal competente.

Nesses Termos,

Pede Deferimento.

Cidade, data.

ADVOGADA

OAB

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE


XXXXXXXXX
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
Origem: Autos sob n. º XXXXXXXXXXX

Apelante:

Apelado:

Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara!
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
A r. sentença ora apelada não merece nenhum reparo, devendo
prevalecer pelos seus próprios fundamentos.

O Requerente, ora Apelado, propôs Ação de Alimentos em face


do Apelante, a fim de fixar o valor dos alimentos em dois
salários mínimos, sendo que na data da distribuição da Ação, o
apelado já contribuía, mensalmente, com o importe de
R$500,00, além de custear o plano de saúde do menor, fatos
estes comprovados pela documentação anexa, além da
confissão de custeio de plano de saúde realizada na peça
contestatória.

Ao contrário do que assevera o apelante, a r. sentença não


ultrapassou os limites do pedido, tendo em vista que a
condenação ao pagamento de pensão alimentícia no valor de
um salário mínimo, bem como 50% das necessidades com
material escolar, tratamento médico e odontológico, remédios
e plano de saúde, não extrapolam o valor de dois salários
mínimos, pleiteados na exordial.

Frise-se, ainda, que a r. sentença limitou o rateio destas


despesas, que será realizado apenas quando comprovados, ou
seja, não ocorrerá todos os meses, mas sim quando o apelado
realmente necessitar de arcar com estas despesas
extraordinárias.

Esta decisão vai totalmente de encontro com os interesses do


menor, ora apelado, pois visam resguardar sua saúde,
desenvolvimento e educação, essenciais a dignidade da pessoa
humana.

No que tange às possibilidades do apelante, toda a


documentação carreada aos autos comprova que este é
empresário e que possui boa renda, caso contrário, não seria
possível realizar o financiamento de um veículo 0 KM, cujas
parcelas mensais importam o valor de R$770,00 (setecentos e
setenta reais), além de um caminhão no valor de R$121.000,00
(cento e vinte e um mil reais), conforme sua declaração de
imposto de renda.
Em contrapartida, a mãe do apelado é assalariada, com renda
pouco superior a um salário mínimo, não possui imóvel
próprio, nem veículo, além de ter outro filho.

Atualmente, não é incomum que empresários procedam à


baixa irregular de seus empreendimentos a fim de esquivarem-
se das obrigações alimentares de seus filhos.

Este tipo de situação tornou-se extremamente corriqueira em


nosso país, o que vem dificultando o Poder Judiciário de fixar
alimentos de forma justa e equânime aos menores impúberes.

Desta forma, enquanto inúmeras crianças são privadas de


acesso à boa educação, saúde, alimentação, lazer e demais
necessidades inerentes ao ser humano, os pais negligentes
afortunam-se materialmente, deixando seus filhos a mercê da
sorte.

A absurda alegação do Apelante de que sua renda média


mensal gira em torno de R$800,00 (oitocentos reais) não
merece guarida, pois caso fosse verdadeira essa assertiva, seria
mais viável que ele buscasse inserir-se no mercado de trabalho,
como empregado, pois um trabalhador com vínculo de
emprego em empresa de pequeno e médio porte possui salário
superior à renda que o Apelante alega possuir.

Outra situação que demonstra a alta capacidade contributiva


do apelante é o fato de este ser patrocinado por advogado
particular, que certamente cobrou os devidos honorários
advocatícios para acompanhar o processo de alimentos, e
novamente para ajuizar a presente apelação e o Mandado de
Segurança (autos nº xxxxxxx), meramente protelatório, que foi
indeferido.

Outrossim, não merece prosperar o pedido de revogação da


decisão no que se refere a condenação em honorários
advocatícios, pois o apelante não comprovou fazer jus ao
benefício da Justiça Gratuita, razão pela qual deve arcar com
os honorários advocatícios conforme estabelecido na r.
sentença a quo.
Destarte, resta claro no caso em testilha que o único escopo do
Apelante é procrastinar o feito, tentando, a todo custo eximir-
se, ou, ao menos, diminuir sua obrigação alimentar, privando
seu filho, de uma boa formação física, emocional e material
para que este sobreviva fisicamente e através de uma boa
educação forme seu espírito e seu caráter, descumprindo o
dever mais importante que incumbe aos pais.

DO PEDIDO
Face ao exposto, requer o Apelado, que a r. sentença ora
recorrida, seja inteiramente confirmada, pelos seus jurídicos e
legais fundamentos, pois se mostra a forma mais lídina de se
fazer JUSTIÇA.

Requer, ainda, a condenação do Apelante ao pagamento de


honorários advocatícios cumulativos, conforme tabela da OAB,
tendo em vista a natureza alimentar dos honorários
advocatícios, conforme preceitua o art. 85, do novo CPC.
Nesses Termos,

Pede Deferimento.

Cidade, data.

ADVOGADA

OAB

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