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Avenida Doutor Luiz Magalhães, 1311, Centro, Itabaiana-SE

AO JUÍZO DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE


ITABAIANA/SE.

LAYLLA RAISSA DE JESUS OLIVEIRA, menor,


impúbere, neste ato representada por sua genitora a Sra.
MARIA CILENE DE JESUS, brasileira, maior, capaz,
solteira, auxiliar de serviços gerais, portadora do RG
nº. 1.571.151 SSP/SE e inscrita no CPF sob o nº.
029.882.215-61, residente e domiciliada na Avenida
Emília Vigência dos Santos, nº3285, Centro em
Itabaiana/SE, CEP: 49.500-000, telefone: 79 99691-
6494, e-mail; não possui, vem mui respeitosamente,
perante Vossa Excelência, por meio do seu advogado que
esta subscreve, com escritório profissional na Avenida
Doutor Luiz Magalhães, nº. 1311, Centro, na cidade de
Itabaiana, Estado de Sergipe, onde recebe intimações
para o foro em geral, com base na Lei 5.478/1968, no
art. 693, parágrafo único do Código de Processo Civil
e demais dispositivos aplicáveis à espécie, propor a
presente:
Avenida Doutor Luiz Magalhães, 1311, Centro, Itabaiana-SE

AÇÃO DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS

Em face de ROSEMIR SANTANA DE OLIVEIRA,


brasileiro, maior, capaz, solteiro, soldador na empresa
UNIÃO TRUKS, residente e domiciliado na Avenida Alípio
Tavares de Meneses, s/n, Complemento: BR 235 - KM 51. Área
Rural, Itabaiana/SE, CEP: 49500-000, pelas razões de fato e
direito, que a seguir passará a expor, para ao final,
requerer:

I – FATOS

A Sra. MARIA CILENE DE JESUS, afirma que teve


um relacionamento duradouro com o Sr. ROSEMIR SANTANA DE
OLIVEIRA, tendo como fruto desta relação amorosa, a menor
LAYLLA RAISSA DE JESUS OLIVEIRA, atualmente com 09 (nove)
anos de idade, conforme registro em anexo.

Há aproximadamente 06 (seis) meses atrás


ocorreu o término do relacionamento. Neste período, o
genitor não vinha contribuindo com a mantença da menor da
forma que foi acordado, tendo sido o acordo definido em
R$100,00 (cem) reais semanais mais o valor referente ao
pagamento da banca que custa a quantia de R$60,00
(sessenta) reais.

A genitora ainda afirma que ROSEMIR reside com


a mãe, assim não possui despesas do lar, e não possui
outros filhos. Logo sua remuneração, proveniente de sua
atividade remunerada como soldador da empresa UNIÃO TRUKS,
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de R$2.500,00 (dois e quinhentos) reais é gasta com uma


vida onerosa, bem como, com apostas no “SPORTNET”. Assim,
fica mais que provado que o requerido possui condições
suficientes para ajudar no sustento de sua filha.

Neste sentido, a genitora não possui renda


suficiente para manter a sua filha sozinha, já que sua
única atividade remunerada se trata de meio salário ganhos
através do seu trabalho como servente de limpeza, e, a
mesma tem um gasto mensal com aluguel no valor de R$250,00
(duzentos) reais, água, luz, alimentação, remédios,
vestuário.

Assim, não restou alternativa senão recorrer


às vias judiciais.

Deste modo, solicita a pensão alimentícia no


valor de R$ 500,00 (quinhentos) reais, além de 50% das
despesas médicas, escolares e vestuário.

II – DO DIREITO

2.1 – Justiça Gratuita

Inicialmente, requerem a Vossa Excelência que


sejam deferidos os benefícios da Gratuidade de Justiça, com
fulcro na lei 1060/50, com as alterações introduzidas pela
Lei 7.510/86 e concomitantemente com o art. 98 e seguintes
previsto no Código de Processo Civil, por não terem
condições de arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de suas
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famílias, conforme declaração que instrui a exordial,


coadunando com o art. 1º § 2º da Lei nº. 5478/68.

2.2 - Os Alimentos

 O dever alimentar dos pais está expressamente


previsto na Constituição Federal, em seu artigo 229:

“Art. 229. Os pais têm o dever de assistir,


criar e educar os filhos menores, e os
filhos maiores têm o dever de ajudar e
amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.”

O Código Civil, por sua vez, confere a quem


necessita de alimentos, o direito de pleiteá-los de seus
parentes, em especial entre pais e filhos, nos termos do
art. 1.696:

“Art. 1.696. O direito à prestação de


alimentos é recíproco entre pais e filhos,
e extensivo a todos os ascendentes,
recaindo a obrigação nos mais próximos em
grau, uns em falta de outros.”

Além da relação de parentesco, é imperativo que


haja necessidade do alimentando, conforme preconiza o art.
1.695 do Código Civil, in verbis:

“Art. 1.695. São devidos os alimentos


quando quem os pretende não tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu
trabalho, à própria mantença, e aquele, de
quem se reclamam, pode fornecê-los, sem
desfalque do necessário ao seu sustento.”
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Este dever de sustento, criação e educação


também é previsto no art. 22 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei 8.069/90).

Ademais, a genitora possui uma renda


insuficiente para promover a manutenção da menor,
necessitando de alimentação, vestuário e medicamentos.

Assim sendo, proporcional é o petitório para


arbitramento de pensão alimentícia no valor de R$500,00
(quinhentos) reais e 50% das despesas médicas, escolares e
de vestuário.

2.3 – Da Fixação dos alimentos provisórios (Tutela


provisória de urgência).

Conforme reza o art.4˚ da lei 8.069/90,


Estatuto da Criança e do Adolescente, é de responsabilidade
da família proporcionar à criança o direito à vida, saúde,
educação, alimentação, lazer, cultura, respeito, dignidade.

A Lei 5.478/68, em seu artigo 4º aduz que:

“Art. 4º As despachar o pedido, o juiz


fixará desde logo alimentos provisórios a
serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não
necessita.”

No caso em apreço, a credora necessita dos


alimentos, pois sua genitora não possui rendimentos
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suficientes para atender a todos os reclamos oriundos da


sua manutenção e sustento, sendo indispensável à
colaboração paterna.

III – PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Em face do exposto, pede e requer a Vossa


Excelência:

a) Os benefícios da assistência judiciária, com base na


Lei n.º 1.060/50 e coadunado com o artigo 98 e seguintes do
Código de Processo Civil, uma vez que a representante da
requerente é juridicamente pobre, nos termos dos documentos
anexos;

b) A fixação dos alimentos provisórios, nos termos do art.


4˚ da Lei 5.478/68, proporcionalmente ao valor percebido
pelo requerido;

c) A intimação do ilustre representante do Ministério


Público para acompanhar o presente feito até final
sentença;

d) A citação do réu para comparecer à audiência de mediação


e conciliação, observado o disposto no art. 694 e não
realizado o acordo que passe a incidir o procedimento comum
observando o artigo 335 do Código de Processo Civil;

e) Ao final, a condenação do réu ao pagamento referente à


pensão alimentícia no importe de R$500,00 (quinhentos)
reais e 50% das despesas médicas, escolares e de vestuário.
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f) A condenação do réu no pagamento das custas judiciais e


honorários advocatícios, com base nos arts. 85 e seguintes
do Código de Processo Civil;

g) A contagem do prazo em dobro para todas as manifestações


processuais, nos termos do art. 186, § 3º do Código de
Processo Civil.

IV – DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito admitidos,


especialmente documental e testemunhal.

Dá-se a presente causa o valor de R$ 6.000,00 (seis


mil) reais para os efeitos fiscais.

Termos em que pede e espera deferimento.

Itabaiana/SE
24 de agosto de 2021

ALEXANDRO NASCIMENTO ARGOLO

OAB/SE 4104

ALESSANDRA OLIVEIRA SILVA

ACADÊMICA DE DIREITO
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