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Avenida Doutor Luiz Magalhães, 1311, Centro, Itabaiana-SE

AO JUÍZO DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE


ITABAIANA/SE.

ERIAN VITOR RODRIGUES DE OLIVEIRA, menor,


impúbere, neste ato representado por sua genitora a Sra.
GILDETE RODRIGUES DE OLIVEIRA, brasileira, maior, capaz,
solteira, faxineira, portadora do RG nº. 53.482.865-6
SSP/SE e inscrita no CPF sob o nº. 025.618.694-40,
residente e domiciliada no Povoado Mangueira, s/n,
Área Rural, em Itabaiana/SE, CEP: 49.500-000,
telefone: 79 99926-0632, e-mail; não possui, vem mui
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio do
seu advogado que esta subscreve, com escritório
profissional na Avenida Doutor Luiz Magalhães, nº.
1311, Centro, na cidade de Itabaiana, Estado de
Sergipe, onde recebe intimações para o foro em geral,
com base na Lei 5.478/1968, no art. 693, parágrafo
único do Código de Processo Civil e demais
dispositivos aplicáveis à espécie, propor a presente:

AÇÃO DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS


Avenida Doutor Luiz Magalhães, 1311, Centro, Itabaiana-SE

Em face de ERIVALDO ALVES DE OLIVEIRA,


brasileiro, maior, capaz, solteiro, entregador, residente e
domiciliado na Rua Josefa Cipriano de Carvalho, 166,
Complemento: Próximo a Igreja Nossa Senhora do Bom Parto.
Centro, Itabaiana/SE, CEP: 49500-000, pelas razões de fato
e direito, que a seguir passará a expor, para ao final,
requerer:

I – FATOS

A Sra. GILDETE RODRIGUES DE OLIVEIRA, declara


que teve um relacionamento duradouro com o Sr. ERIVALDO
ALVES DE OLIVEIRA tendo como fruto desta relação amorosa,
o menor ERIAN VITOR RODRIGUES DE OLIVEIRA, conforme
registro em anexo.

A genitora afirma que o menor possui


enquadramento na síndrome do espectro autista e que este
fora diagnosticado com 2 (dois) anos de idade, por conta
disso a criança necessita de cuidados especiais.

Vale destacar que a genitora prestou


ocorrência contra o Sr. ERIVALDO ALVES DE OLIVEIRA por
este ter agredido a criança com tapas na boca o que
ocasionou lesões e consequentemente a separação do casal.

O Sr. Erivaldo está separado da genitora do


menor a aproximadamente 8 (oito) meses, sendo que desses
meses contribuiu de forma aleatória com o sustento da
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criança por 6 (seis) meses desta forma e há 2 (dois) meses


parou de contribuir.

A genitora do menor não pode exerce atividade


laboral pois a criança precisa de cuidados de forma
integral, além disso, residem no Povoado Mangueira e o
deslocamento para a cidade de Itabaiana diariamente
aumenta as despesas, sendo que a única fonte de renda da
Sra. Gildete é o bolsa família, tal auxilio não é o
suficiente pra arcar com tantas despesas o que acarreta em
ambos, menor e genitora, dependendo de ajuda da caridade
dos avós maternos.

O menor possui um plano de saúde, mas após a


recusa do pai em ajudar na sua criação as mensalidades já
estão em atraso há 2 (dois) meses. Bem como, o menor faz
uso continuo de Risperidona e necessita semanalmente de
psicólogo e terapeuta ocupacional e trimestralmente de
acompanhamento na neuropediatra.

Quando o plano era pago cobria apenas as


despesas da terapia ocupacional e da fonoaudióloga. O
tratamento foi interrompido pela dificuldade financeira da
mãe e carência de profissionais habilitados nos órgãos
públicos municipais.

Este ainda desenvolveu intolerância a lactose


necessitando de alimentação especial, além de fazer uso de
fraldas.

O genitor do menor trabalha com carteira


assinada na Ultragaz Itabaiana localizada na Rua José
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Ferreira Lima, 932, Itabaiana, Sergipe, não possui outros


filhos e possui um salário aproximado de R$ 1.500,00 (mil
e quinhentos) reais, além de possuir um veículo próprio da
marca Volkswagen, gol prata de 4 portas.

Dentre as despesas necessárias para


sobrevivência do menor podemos considerar: a) despesa com
transporte R$ 32,00 (trinta e dois) reais semanalmente,
equivalente a R$ 128,00 (cento e vinte e oito) reais por
mês; b) despesa com fralda R$ 70,00 (setenta) reais
semanalmente, equivalente a R$ 280,00 (duzentos e oitenta)
por mês; c) despesa com leite zero lactose aproximadamente
R$ 40,00 (quarenta) reais e dura em torno de 3 (três)
semanas; d) além do plano de saúde com mensalidade
aproximada R$ 238,00 (duzentos e trinta e oito) reais;

Assim, não restou alternativa senão recorrer às


vias judiciais.

Desta forma, a genitora do menor entende que o


valor justo para auxiliar no sustento do filho seja o de
40% do salário mínimo vigente, qual sendo R$ 440,00
(quatrocentos e quarenta) reais, a ser descontado
diretamente da fonte pagadora.

II – DO DIREITO

2.1 – Justiça Gratuita

Inicialmente, requerem a Vossa Excelência que


sejam deferidos os benefícios da Gratuidade de Justiça, com
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fulcro na lei 1060/50, com as alterações introduzidas pela


Lei 7.510/86 e concomitantemente com o art. 98 e seguintes
previsto no Código de Processo Civil, por não terem
condições de arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de suas
famílias, conforme declaração que instrui a exordial,
coadunando com o art. 1º § 2º da Lei nº. 5478/68.

2.2 - Os Alimentos

 O dever alimentar dos pais está expressamente


previsto na Constituição Federal, em seu artigo 229:

“Art. 229. Os pais têm o dever de assistir,


criar e educar os filhos menores, e os
filhos maiores têm o dever de ajudar e
amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.”

O Código Civil, por sua vez, confere a quem


necessita de alimentos, o direito de pleiteá-los de seus
parentes, em especial entre pais e filhos, nos termos do
art. 1.696:

“Art. 1.696. O direito à prestação de


alimentos é recíproco entre pais e filhos,
e extensivo a todos os ascendentes,
recaindo a obrigação nos mais próximos em
grau, uns em falta de outros.”

Além da relação de parentesco, é imperativo que


haja necessidade do alimentando, conforme preconiza o art.
1.695 do Código Civil, in verbis:
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“Art. 1.695. São devidos os alimentos


quando quem os pretende não tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu
trabalho, à própria mantença, e aquele, de
quem se reclamam, pode fornecê-los, sem
desfalque do necessário ao seu sustento.”

Este dever de sustento, criação e educação


também é previsto no art. 22 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei 8.069/90).

Assim sendo, o proporcional é o petitório para


arbitramento de pensão alimentícia no valor de 40% do
salário mínimo vigente, qual sendo R$ 440,00 (quatrocentos
e quarenta) reais, a ser descontado diretamente da fonte
pagadora..

2.3 – Da Fixação dos alimentos provisórios (Tutela


provisória de urgência).

Conforme reza o art.4˚ da lei 8.069/90,


Estatuto da Criança e do Adolescente, é de responsabilidade
da família proporcionar à criança o direito à vida, saúde,
educação, alimentação, lazer, cultura, respeito, dignidade.

A Lei 5.478/68, em seu artigo 4º aduz que:

“Art. 4º As despachar o pedido, o juiz


fixará desde logo alimentos provisórios a
serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não
necessita.”
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No caso em apreço, o menor ERIAN VITOR


RODRIGUES DE OLIVEIRA necessita dos alimentos, tendo em
vista que a genitora destes não possui rendimentos
suficientes para atender a todos os reclamos oriundos da
sua manutenção e sustento, sendo indispensável à
colaboração paterna.

III – PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Em face do exposto, pede e requer a Vossa


Excelência:

a) Os benefícios da assistência judiciária, com base na


Lei n.º 1.060/50 e coadunado com o artigo 98 e seguintes do
Código de Processo Civil, uma vez que a representante da
requerente é juridicamente pobre, nos termos dos documentos
anexos;

b) A fixação dos alimentos provisórios, nos termos do art.


4˚ da Lei 5.478/68, proporcionalmente ao valor percebido
pelo requerido;

c) A intimação do ilustre representante do Ministério


Público para acompanhar o presente feito até final
sentença;

d) A citação do réu para comparecer à audiência de mediação


e conciliação, observado o disposto no art. 694 e não
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realizado o acordo que passe a incidir o procedimento comum


observando o artigo 335 do Código de Processo Civil;

e) Ao final, a condenação do réu ao pagamento referente à


pensão alimentícia no importe de 40% do salário mínimo
vigente, qual sendo R$ 440,00 (quatrocentos e quarenta)
reais, a ser descontado diretamente da fonte pagadora;

f) Expedir ofício a empregadora do réu para que esta


efetue o desconto da pensão alimentícia direto na folha de
pagamento do mesmo;

g) A condenação do réu no pagamento das custas judiciais e


honorários advocatícios, com base nos arts. 85 e seguintes
do Código de Processo Civil;

h) A contagem do prazo em dobro para todas as manifestações


processuais, nos termos do art. 186, § 3º do Código de
Processo Civil.

IV – DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito


admitidos, especialmente documental e testemunhal.

Dá-se a presente causa o valor de R$ 5.280,00 (cinco mil,


duzentos e oitenta) reais para os efeitos fiscais.

Termos em que pede e


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espera deferimento.

Itabaiana/SE
19 de outubro de 2021

ALEXANDRO NASCIMENTO ARGOLO

OAB/SE 4104

ALESSANDRA OLIVEIRA SILVA

ACADÊMICA DE DIREITO

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