AO JUÍZO DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE
ITABAIANA/SE.
EMANUEL EUTIMIO BATISTA SILVA E KEYLLA MIRELE
BATISTA SILVA, menores, impúberes, neste ato representados por sua genitora a Sra. MARIA ELIZABETE BATISTA DE JESUS, brasileira, maior, capaz, solteiro, lavradora, portadora do RG nº. 3.363.434-3 SSP/SE e inscrita no CPF sob o nº. 037.487.125-61, residente e domiciliada no Povoado Lagamar, S/N, Área Rural, em Itabaiana/SE, CEP: 49.500-000, telefone: 79 99932-6880, e-mail; não possui, vem mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio do seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional na Avenida Doutor Luiz Magalhães, nº. 1311, Centro, na cidade de Itabaiana, Estado de Sergipe, onde recebe intimações para o foro em geral, com base na Lei 5.478/1968, no art. 693, parágrafo único do Código de Processo Civil e demais dispositivos aplicáveis à espécie, propor a presente: Avenida Doutor Luiz Magalhães, 1311, Centro, Itabaiana-SE
AÇÃO DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS
Em face de Paulo Ricardo Santana Silva,
brasileiro, maior, capaz, solteiro, perfurador de poços artesiano, residente e domiciliado no Povoado Flechas, s/n, Complemento: Próximo ao Colégio. Área Rural, Itabaiana/SE, CEP: 49500-000, pelas razões de fato e direito, que a seguir passará a expor, para ao final, requerer:
I – FATOS
A Sra. MARIA ELIZABETE BATISTA DE JESUS, afirma
que teve um relacionamento duradouro com o Sr. Paulo Ricardo Santana Silva tendo como fruto desta relação amorosa, os menores EMANUEL EUTIMIO BATISTA SILVA E KEYLLA MIRELE BATISTA SILVA, conforme registro em anexo.
A genitora afirma que após o termino Paulo não
tem contribuindo com o mantimento dos filhos do casal, bem como sequer visita as crianças.
Recentemente, o requerido pediu o CPF das
crianças para informar em seu emprego, mas mesmo assim não contribui com o sustento dos menores.
A genitora das crianças acredita que o réu
está trabalhando de carteira assinada inclusive por ter adquirido um veículo que segundo o próprio réu adquiriu em prestações mensais de 500 reais, além disso, veste-se bem e é visto em festas e bares. Avenida Doutor Luiz Magalhães, 1311, Centro, Itabaiana-SE
Vale destacar que o requerido passou a
conviver com uma outra mulher assumindo o sustento dos filhos dela em detrimento da sobrevivência dos seus próprios filhos.
A genitora dos requerentes é lavradora e não
possui renda fixa recebendo valores insuficientes para garantia básica das crianças assim dependendo do bolsa família para comprar alimentos.
Os menores são adolescentes e estão em idade
escolar, assim necessitam se deslocar do povoado Lagamar todos os dias para o centro de Itabaiana o que gera despesas com alimentação, vestuário e material escolar.
Segundo informações de populares o Sr. Paulo
afere aproximadamente R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais por mês.
Assim, não restou alternativa senão recorrer às
vias judiciais.
Desta forma, a genitora dos menores entende
que o valor justo para auxiliar no sustento dos filhos seria de 40% do salário mínimo vigente, qual sendo R$ 440,00 (quatrocentos e quarenta) reais.
sejam deferidos os benefícios da Gratuidade de Justiça, com fulcro na lei 1060/50, com as alterações introduzidas pela Lei 7.510/86 e concomitantemente com o art. 98 e seguintes previsto no Código de Processo Civil, por não terem condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de suas famílias, conforme declaração que instrui a exordial, coadunando com o art. 1º § 2º da Lei nº. 5478/68.
2.2 - Os Alimentos
O dever alimentar dos pais está expressamente
previsto na Constituição Federal, em seu artigo 229:
“Art. 229. Os pais têm o dever de assistir,
criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.”
O Código Civil, por sua vez, confere a quem
necessita de alimentos, o direito de pleiteá-los de seus parentes, em especial entre pais e filhos, nos termos do art. 1.696:
“Art. 1.696. O direito à prestação de
alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.” Avenida Doutor Luiz Magalhães, 1311, Centro, Itabaiana-SE
Além da relação de parentesco, é imperativo que
haja necessidade do alimentando, conforme preconiza o art. 1.695 do Código Civil, in verbis:
“Art. 1.695. São devidos os alimentos
quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.”
Este dever de sustento, criação e educação
também é previsto no art. 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90).
Ademais, a genitora possui uma renda
insuficiente para promover a manutenção dos menores, necessitando de alimentação, vestuário e medicamentos.
Assim sendo, proporcional é o petitório para
arbitramento de pensão alimentícia no valor de 40% do salário mínimo vigente, qual sendo R$ 440,00 (quatrocentos e quarenta) reais.
2.3 – Da Fixação dos alimentos provisórios (Tutela
provisória de urgência).
Conforme reza o art.4˚ da lei 8.069/90,
Estatuto da Criança e do Adolescente, é de responsabilidade da família proporcionar à criança o direito à vida, saúde, educação, alimentação, lazer, cultura, respeito, dignidade.
fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.”
No caso em apreço, os menores EMANUEL EUTIMIO
BATISTA SILVA E KEYLLA MIRELE BATISTA SILVA necessita dos alimentos, tendo em vista que a genitora destes não possui rendimentos suficientes para atender a todos os reclamos oriundos da sua manutenção e sustento, sendo indispensável à colaboração paterna.
III – PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Em face do exposto, pede e requer a Vossa
Excelência:
a) Os benefícios da assistência judiciária, com base na
Lei n.º 1.060/50 e coadunado com o artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil, uma vez que a representante da requerente é juridicamente pobre, nos termos dos documentos anexos;
b) A fixação dos alimentos provisórios, nos termos do art.
4˚ da Lei 5.478/68, proporcionalmente ao valor percebido pelo requerido; Avenida Doutor Luiz Magalhães, 1311, Centro, Itabaiana-SE
c) A intimação do ilustre representante do Ministério
Público para acompanhar o presente feito até final sentença;
d) A citação do réu para comparecer à audiência de mediação
e conciliação, observado o disposto no art. 694 e não realizado o acordo que passe a incidir o procedimento comum observando o artigo 335 do Código de Processo Civil;
e) Ao final, a condenação do réu ao pagamento referente à
pensão alimentícia no importe de 40% do salário mínimo vigente, qual sendo R$ 440,00 (quatrocentos e quarenta) reais;
f) A condenação do réu no pagamento das custas judiciais e
honorários advocatícios, com base nos arts. 85 e seguintes do Código de Processo Civil;
g) A contagem do prazo em dobro para todas as manifestações
processuais, nos termos do art. 186, § 3º do Código de Processo Civil.
IV – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito
admitidos, especialmente documental e testemunhal.
Dá-se a presente causa o valor de R$ 5.280,00 (cinco mil,
duzentos e oitenta) reais para os efeitos fiscais. Avenida Doutor Luiz Magalhães, 1311, Centro, Itabaiana-SE