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Frederico Augusto Starling Carvalho
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Não raro, entrementes, os alimentos podem continuar sendo devidos, quando o filho precise da
participação material dos pais para a sua mantença. É o caso do filho maior que não trabalha,
estando em período de formação intelectual, freqüentando curso de ensino superior. Em casos assim
não uma transmudação da natureza dos alimentos: deixam de ser devidos como expressão do poder
familiar, passando a se submeter às regras do parentesco.
(...)
Dessa maneira, a maioridade civil não constitui, por si só, motivo suficiente para que o genitor deixe
de prestar alimentos, o que somente ocorrerá quando provada a desnecessidade do alimentando ou a
impossibilidade do devedor. Em face da mera maioridade civil é intuitivo que não pode ser cessado o
dever de alimentar imposto aos pais, até mesmo porque não findou a solidariedade familiar. Aliás, se
alguém pode ser compelido a prestar alimentos ao ascendente ou ao irmão que deles necessita, com
idêntica motivação pode ser obrigado a prestá-los aos seus filhos, ainda que maiores, quando
estiverem em tais situações [ ... ]
Na mesma linha de entendimento é magistério de Yussef
Said Cahali:
Tal entendimento é geralmente adotado naqueles casos em que o filho encontra-se cursando escola
superior: ‘ A maioridade do filho, que é estudante e não trabalha, a exemplo do que acontece com as
famílias abastadas, não justifica a exclusão da responsabilidade do pai quanto a seu amparo
financeiro para o sustento dos estudos’. Aliás, o antigo Regimento do Imposto de Renda, em seu art.
82, § 3 º (Dec. n. 58.400, de 10.05.1966), que reflete dispositivo da Lei 1.474, de 26.11.1951, reforça a
interposição jurídica de que os filhos maiores, até 24 anos, quando ‘ainda estejam cursando
estabelecimento de ensino superior’, salvo na hipótese de possuírem rendimentos próprios.
Aliás, esta faixa etária excepcionalmente subsiste, ainda que o CC/2002 tenha reduzido a
incapacidade civil para até 18 anos, uma vez que aquele benefício inspirava-se em provimento legal
tributário não alterado, que levava em consideração o fato de que, antes daquela idade(24 anos),
normalmente não seria viável a colação de grau em escola de ensino superior, sob dependência
econômica paterna [ ... ]
Com esse enfoque, é altamente ilustrativo transcrever os
seguintes arestos:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REVISÃO DE ALIMENTOS. ALEGAÇÃO DE
INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL REJEITADA. SITUAÇÃO DO ALIMENTANTE.
ALTERAÇÃO POSITIVA. EVOLUÇÃO PATRIMONIAL. ALIMENTANDA.
COMPROVAÇÃO DA NECESSIDADE. MAIORIDADE. FREQUÊNCIA A CURSO
DE ENSINO SUPERIOR. MAJORAÇÃO DOS ALIMENTOS. TERMO INICIAL.
CITAÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS. VALOR DA
CONDENAÇÃO. DOZE PRESTAÇÕES MENSAIS.
1 - Eventual não comprovação do direito reivindicado é matéria afeta ao mérito da
demanda e não causa para reconhecimento de inépcia da peça de ingresso em juízo.
Ademais, não se verifica no caso nenhuma das hipóteses previstas no artigo 295,
parágrafo único, do Código de Processo Civil, uma vez que foi deduzida causa de pedir
e formulado pedido, com decorrência lógica um da outra. Alegação de inépcia da
petição inicial afastada. 2. - A decisão que fixa alimentos contempla implicitamente a
cláusula rebus SIC stantibus, de modo que, havendo modificação na situação fática
que ensejou o arbitramento do quantum alimentar, é possível ao interessado valer-se
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