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Para Luiso, Istituzioni di diritto processuale civile, Torino, Giappichelli Editore,
2003, p. 11, só nos últimos anos se tomou consciência da importância da tutela cau-
telar.
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Manual de processo civil, p. 23.
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Ilustremos a nota da não influência através de um exemplo: A, célebre ence-
nador, instaurou um procedimento cautelar para impedir a R.T.P de utilizar
certo título num programa televisivo («Música no coração»). O tribunal deu razão
ao requerente da providência e proibiu a requerida de fazer uso desse nome. No
âmbito do processo principal, no entanto, o tribunal, após uma análise mais pro-
funda da questão, concluiu que o título não era original e que, assim sendo, podia
ser usado pela R.T.P., levantando a proibição judicial de uso.
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Neste sentido se pronuncia Lopes do Rego, Comentários ao Código de Processo
Civil, vol. I, p. 362 (artigo 392º).
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Cfr. Alberto dos Reis, Código de Processo Civil anotado, vol. I, p. 677.
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É correcta a tese – defendida no Acórdão da Relação de Guimarães de
25/2/2021 (Margarida Sousa), in www.dgsi.pt, segundo a qual «a colocação de um
portão, fechado à chave, que impede o exercício da posse deve ser considerada
como esbulho violento por via da subsunção de tal comportamento no conceito
de “coacção física”, no sentido de que um portão assim fechado, como um obstá-
culo que constrange, de forma reiterada a posse dos requerentes, impedindo-os
de a exercitar como anteriormente faziam, corresponde a uma força (uma barreira
física) que impossibilita, obstrui, o exercício da posse sobre a coisa».
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Assim entende Alberto dos Reis, Código de Processo Civil anotado, vol. I,
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p. 668.
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Tem-se entendido que o procedimento em causa vale não apenas para sus-
pender deliberações dos sócios tomadas em assembleia, mas também as delibera-
ções provenientes de órgãos com competência para deliberar (conselho fiscal ou
gerência, por exemplo). Cfr. Francisco Ferreira de Almeida, Direito processual
civil, vol. I, p. 283.
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Vide, neste ponto, Francisco Ferreira de Almeida, ob. cit., pp. 280 ss.
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p. 500, «toda a indemnização correspondente aos danos morais (quer sofridos pela
vítima, quer pelos familiares mais próximos) cabe, não aos herdeiros por via suces-
sória, mas aos familiares por direito próprio.»
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O procedimento cautelar em análise parece estar pensado para casos de res-
ponsabilidade extracontratual. Defende-se, porém, o seu alargamento a situações de
responsabilidade contratual (casos de incumprimento, cumprimento defeituoso ou, até,
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Sobre a oposição do requerido, ver o Acórdão da Relação de Évora de
13/10/10 (Bernardo Domingos), in CJ 2010, t. IV, pp. 235-238.
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Como ensina Alberto dos Reis, Comentário ao Código de Processo Civil, vol. 2º,
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p. 322, o arresto traduz-se numa diligência que importa execução, é um acto de força
e de autoridade do órgão jurisdicional sobre bens pertencentes a um particular.
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A lei refere-se expressamente ao arrolamento de imóveis, algo à primeira vista
estranho, uma vez que os imóveis (as casas, os terrenos, por exemplo), pela sua pró-
pria natureza, não são susceptíveis de extravio ou de ocultação. Mas o arrolamento
faz sentido quando pensamos nos frutos pendentes e estes são considerados, à luz do
artigo 204º do C.C., imóveis.
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pendente, alguém, portanto, que, segundo as regras de experiência, não terá qual-
quer espécie de escrúpulos em dissipar os bens arrolados. O objectivo principal do
arrolamento não consiste, no entanto, numa apreensão efectiva dos bens. Cfr. Ac. da
Relação de Guimarães de 26/11/2020 (Maria dos Anjos Nogueira), in www.dgsi.pt.
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mónio dos cônjuges. Cfr. Ac. da Relação de Évora, de 20/10/2010, C.J., t. IV, p. 238.
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Cfr. Alberto dos Reis, Código de Processo Civil anotado, vol. II, p. 123.
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Ver Acórdão da Relação de Lisboa de 3/7/2009, in www.dgsi.pt.
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Acórdão da Relação de Évora de 15/12/1994, B.M.J., nº 442, p. 281.
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Como ensina Lebre de Freitas, Código de Processo Civil anotado, vol. 2º,
p. 139, a obra deve considerar-se concluída quando apenas lhe faltem alguns traba-
lhos secundários ou complementares.
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Noutros ordenamentos, quem recorre à tutela cautelar comum não é obri-
gado a pedir uma providência concreta, bastando-lhe requerer genericamente,
para o caso, o decretamento da medida que o tribunal entenda ser mais adequada.
Este é o regime consagrado, por exemplo, no § 938 da ZPO («O tribunal deter-
mina, com discricionariedade, as medidas que entenda necessárias para se alcan-
çar o objectivo»).
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Nesta corrente se integram Abrantes Geraldes, Temas, vol. III, pp. 326 e
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A falta de harmonia do ordenamento é apontada por um sector da doutrina.
Cfr. Calvão da Silva, Revista de Legislação e de Jurisprudência, Ano 134º, p. 63;
Lebre de Freitas/Montalvão Machado/Rui Pinto, Código de Processo Civil ano-
tado, vol. 2º, anotação ao artigo 391º [actual artigo 375º], p. 66.
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A célebre Lex Poetelia Papiria de Nexis (326 a.C.) pôs termo à prisão por
dívidas.
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Cfr. Lebre de Freitas, ob. cit., p. 67.
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Seguimos de perto Alberto dos Reis, A figura do processo cautelar, pp. 47 e ss.
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-se que este não é o proprietário do terreno onde a obra estava a ser
efectuada. Nesta eventualidade, o embargo de obra nova caduca.
A pessoa lesada por uma providência que caducou poderá pedir
uma indemnização àquele que, no passado, a conseguiu obter. Mas,
de acordo com o artigo 374º, o requerente somente responderá pelos
danos culposamente causados ao requerido quando não tenha agido
com a prudência normal, ou seja, quando tenha actuado negligente-
mente ou dolosamente.
Caducando a providência do arbitramento de reparação provisória,
o requerente deverá, nos termos da lei, restituir todas as prestações
recebidas (artigo 390º, nºs 1 e 2).
Já no concreto domínio dos alimentos provisórios, a improcedência
da acção não dita a devolução das prestações recebidas pelo reque-
rente, salvo se este tiver actuado de má fé (artigo 387º) 39.
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Quanto ao arresto, ver o artigo 621º C.C..
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