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VARA
CÍVEL DA COMARCA DE LONDRINA/PR
PROCESSO N° XXXXXXXXXXXXX
O que fazem com supedâneo no art. 335 e seguintes do Código de Processo Civil e
nos argumentos fáticos e jurídicos que a seguir, articuladamente, passa a aduzir.
I. DA TEMPESTIVIDADE
ILEGITIMIDADE AD PROCESSUM
Verifica-se, Excelência, que o autor é analfabeto, conforme demonstrado aos
documentos iniciais, e que, disto isto, de embasamento ao Código Civil brasileiro, se faz necessário,
nos moldes do art. 595, que o instrumento mandatário procuratório tenha a presença de duas
testemunhas quando este for assinado de modo a rogo, como se vê:
Art. 595. No contrato de prestação de serviço, quando qualquer das partes não souber ler,
nem escrever, o instrumento poderá ser assinado a rogo e subscrito por duas testemunhas.
V. FUNDAMENTOS LEGAIS
Sabe-se que para que seja reconhecida procedente a ação de usucapião é estritamente
necessário seja exercida posse com ânimo de dono, devendo recorrer direito de agir como se dono
do imóvel fosse.
Por tal via, é verificado que o que ocorrera é que a relação dos autores com o imóvel
objeto se deu como resultado de contrato verbal de locação, não podendo ser admitidos recair sobre
tal relações os direitos reais de proprietário do imóvel.
Deste modo, a relação exercida sobre o imóvel decorre de mera permissão dos
proprietários dada aos autores da presente ação, não incorrendo a propriedade como detenção de
posse. Sendo assim, vejamos consoante o Código Civil:
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a
violência ou a clandestinidade.
VI. DA RECONVENÇÃO
A lei do inquilinato (Lei 8.245/1991), que dispõe sobre as locações dos imóveis
urbanos e os procedimentos a elas pertinentes, prevê em seu artigo 9º as hipóteses em que a locação
poderá ser desfeita, dentre as quais a falta de pagamento dos alugueres e demais encargos (inciso
III). Vejamos:
Art. 9º A locação também poderá ser desfeita:
IV - para a realização de reparações urgentes determinadas pelo Poder Público, que não
possam ser normalmente executadas com a permanência do locatário no imóvel ou,
podendo, ele se recuse a consenti - las.
Além disto, o artigo 23º, I, do dito códex dispõe que:
Figura-se anexa a planilha de cálculos dos valores de alugueres devidos, com o valor
devidamente corrigido, adicionado juros legal de 1% ao mês.
Deste modo, demonstram-se plausíveis o pedido de reconvenção, restando líquida a
improcedência da ação principal e a procedência da reconvenção ora apresentenda.
Dá-se à reconvenção o valor de R$......,.. (valor por extenso), conforme art. 58, III,
da Lei nº 8.245/1991, sendo os valores dos últimos 12 (doze) meses de aluguel.
Termos em que,
Pede deferimento.
Assinado digitalmente
ADVOGADO
OAB/XX: XXXXX