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I. DOS FATOS:
A parte Autora sofreu esbulho na posse do seu imóvel constituído pelo lote de
n° xxxxxxxxxxxxxx, adquirido através de Escritura Pública de Compra e
Venda, lavrada no Cartório xxxxxxxxx, no livro xxxxxxx, folhas xx em xxxxx,
(doc. 02), devidamente registrada no Cartório de Registro Geral de Imóveis da
xª Zona de XXXXXXX, em xxxxxxx, sob o livro xxxxx, matricula xxxxxxxx,
anteriormente adquirido pela autora através do contrato particular de
compromisso de compra e venda, em xxxxxx, (doc. 03) no valor de R$
Xxxxxxxxxx, cujo pagamento se deu da seguinte forma: xxxxxxxxxxxx,
havendo a quitação integral em xxxxxxx, quando então foi-lhe outorgada a
escritura pública definitiva acima citada.
Estando assim o Autor, atualmente, privado de sua posse por ação dos Réus,
fica evidente a necessidade da propositura da presente demanda de
reintegração como efeito inexorável de sua posse sobre a área esbulhada.
Por sua vez, aponta o artigo 1.210 que “O possuidor tem direito a ser
mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e
segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado”.
“XXXXXXX”
Transportadas tais asserções para o caso específico, vê-se que o presente feito
não exige maiores incursões jurídicas, pois, pelos fatos expostos no tópico I
acima, mostra-se evidente que: a) o Autor é legítimo possuidor do imóvel
em questão, na medida em que fazia uso do mesmo - até a data do esbulho –
como se proprietário fosse, quer realizando vistorias frequentes, quer pagando
pontualmente seus tributos, quer visando a manutenção do imóvel limpo, para
a eventual construção futura ou outra destinação econômica. Inclusive, mais
que possuidora, a Autora se mostra proprietária do imóvel, exercendo de fato
os poderes a ela inerentes; b) tal imóvel foi objeto de esbulho por parte
dos Réus, quando praticaram atos materiais de violência contra a posse do
Autor consubstanciados na sobredita invasão, impedindo, assim, que o mesmo
pudesse levar adiante suas atividades constantes de vistoria, mantença e
guarda bem como de seus futuros projetos de construção e destinação
econômica no imóvel em disputa.
Por outro lado, no caso em tela, salta aos olhos a presença dos pressupostos
que autorizam a concessão da tutela antecipada que se requer ao final desta
peça vestibular, pois, como demonstrado, os documentos que instruem o
presente feito permitem concluir a existência da posse do Autor, atestando o
efetivo exercício de fato dos poderes e faculdades inerentes ao domínio, dando
conta, ademais, que o esbulho possessório se deu a menos de ano e dia
(no meio do mês de **** de 20XX).
O perigo na demora, por sua vez, também se encontra presente, haja vista que
a não concessão da tutela antecipada ensejará danos à esfera ideal do Autor,
tanto com relação à sua posse quanto em relação ao patrimônio que constitui a
propriedade, especialmente, frise-se, por ser fato real e violento o esbulho dos
Réus, impedindo o Autor de promover a utilização de seu próprio imóvel, bem
como os danos materiais já causados à propriedade com a queda de parte
considerável do muro, além do risco efetivo de continuarem ocorrendo as
depredações na propriedade.
“XXXXXXXXXX"
“XXXXXXXXXXXX”
Termos em que,
Pede Deferimento.
ADVOGADO(a)
OAB