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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL

DA COMARCA DE JARINU- SÃO PAULO.

AÇÃO DE USUCAPIÃO
ORDINÁRIA

MARIELE BUENO CAMILO, brasileira, casada, do


lar, portadora da cédula de identidade RG n. º 41007674- SSP/SP, inscrita no CPF/MF
sob o n.º 314.814.328-00, e FÁBIO LUIZ CAMILO , brasileiro, casado, empresário,
portador da cédula de identidade RG nº 34272140 –SSP/SP , inscrito no CPF/MF sob o
nº 225.362.348-27 , residentes e domiciliados na Avenida São Francisco , 180,Apto.
1102, Bairro Primavera, Pouso Alegre/ MG, CEP: 37.552-165, por sua advogada, vem à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5º, XII e XIII, da
Constituição Federal de 1988 e o artigo 1.242 do Código Civil Brasileiro, propor a
presente

AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIA

Em face de WILSON FITIPALD, casado, radialista, dados pessoais desconhecidos,


residente e domiciliado na Alameda Barão de Limeira, 1061, São Paulo, cep:
01202.000, consubstanciada nos fatos e fundamentos jurídicos que passa a aduzir:

Unidade Jarinu:

Estrada Luiz Comin , n. º 224, Bairro da Chácara ( Bonança), Jarinu – SP, CEP: 13240-000 (11) 4260-0204 (11)99568-0429
I- DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, requer a V. Exª. seja deferido o benefício da


Gratuidade de Justiça, com fulcro no artigo 99 do Código de Processo Civil, por não
possuir condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem
prejuízo do próprio sustento, conforme declaração anexa.

Como prova da situação financeira incompatível com o


pagamento de custas processuais, junta neste ato comprovante de renda.

II- DO HISTÓRICO DA COMARCA

Para compreender a forma que os requerentes adquiram a posse


no lote em questão, é necessário expor o histórico da comarca deste D. Juízo que possui
números massivos de demandas judiciais nesse intuito.

O Município de Jarinu, diante de sua grande extensão territorial,


nos anos de 1930 e 1940, não havia planejamento diretor da distribuição de seus bairros,
que se desenvolveram vertiginosamente nos últimos 20 anos. Assim, a grande parte dos
bairros, tais como Vila Nova Trieste, Vila Ipê, Vila Primavera, Maracanã, dentre outros,
integravam uma única e enorme área, pois se tratava de uma fazenda. Com o
desenvolvimento da cidade, chegaram a região três imobiliárias: IMOBILIÁRIA IBL,
DEL GIGLIO, e AMERICANA, que tinham por objetivo lotear a fazenda e vender os
referidos lotes para desenvolvimento dos bairros. A notícia se espalhou e atraiu famílias
de grande poder aquisitivo que acabaram por adquirir lotes e quadras inteiras.

De acordo com as Manifestações do Cartório de Registro de


Imóveis de Atibaia, além do parcelamento do solo não ter sido registrado, as pessoas
que adquiriram os lotes, por várias vezes e em sua grande maioria, faziam seus
pagamentos de forma atrasada, resultando na falência das imobiliárias supracitadas.
Ainda, os antigos adquirentes faleceram, deixando grandes espólios o que dificultou
ainda mais o registro de compra e venda dos lotes. Assim, passou-se a praticar a venda e
compra da posse, posto que não havia possibilidade de fazê-lo de forma direta, em razão
da falência e, no de falecimento, o espólio. Além disso, houve um grande número de
lotes que, cadastrados administrativamente junto a Prefeitura Municipal, deixaram de
pagar seus tributos, gerando inúmeras execuções fiscais, que por esta via criou-se uma
nova forma de adquirir a posse.

Unidade Jarinu:

Estrada Luiz Comin , n. º 224, Bairro da Chácara ( Bonança), Jarinu – SP, CEP: 13240-000 (11) 4260-0204 (11)99568-0429
Desta maneira, Excelência, aquele que é possuidor justo de seu
lote, de forma mansa e pacífica e ininterrupta, não tinha saída, senão ingressar com
instrumento da usucapião, para ter a possibilidade de ver reconhecido o seu direito ao
domínio, para que fosse, por sentença, registrado em cartório.

Contudo, em razão do enorme número de usucapião que foram


distribuídas junto a R. Juízo, o Ministério Publico interviu visando entender o porquê do
grande volume de processos com esse fim. Após inúmeras diligências e reuniões, a
Promotoria de Justiça, em 2012, firmou com a Municipalidade de Jarinu Termo de
Compromisso Preliminar de Ajustamento, pelo qual o Município comprometeu-se a
proceder à regularização por etapas do parcelamento do solo, respeitando os parâmetros
legais. Por fim, após ser chamado aos processos várias vezes para se manifestar,
concluiu o MP, nos autos do Inquérito Civil de n.º 02/2004, que esse fenômeno ocorria
por ser a única forma de reconhecer o direito do possuidor, e assim este poder registrar
o lote em cartório, respeitando-se assim a função social da propriedade.

No mais, existe nessa seara, muito além do que apenas indícios


escusos para aquisição originária de propriedade, mas sim, direito justo e legitimo de
pleitear o que de fato exercia como posse, para tornar-se proprietário por cumprir os
deveres que aqueles como proprietários registrados deixaram de cumprir.

Portanto, esclarecer o histórico de nossa Comarca, com intuito


de clarear o entendimento de Vossa Excelência, e deixar claro que não se trata de
instrumento banalizador desse mecanismo, mas sim a única forma jurídica para aquele
possuidor, como figura legitima, ter a real possibilidade, provando tudo conforme exige
a lei, obter o direito de propriedade, colacionado em nossa Carta Magna.

III- DO HISTÓRICO DA POSSE

Na data de 11 de maio 2020, os requerentes adquiriram, através


de Contrato de Compra e Venda de Imóvel, o terreno situado na Rua Firenze, Vila Nova
Trieste, lote nº 2.998 Jarinu/SP, CEP: 13240-000

Vale mencionar que o cedente, Sr. Alexsander de Oliveira,


cuidou e manteve o lote durante anos, antes de realizar a venda, totalizando assim, o
tempo necessário para o ingresso da presente ação.

Diante destes esclarecimentos, é possível atestar o


preenchimento integral dos requisitos legais para propositura da presente demanda, tal
como: posse, justo título, boa-fé e lapso temporal de 10 anos, buscando a regularização
Unidade Jarinu:

Estrada Luiz Comin , n. º 224, Bairro da Chácara ( Bonança), Jarinu – SP, CEP: 13240-000 (11) 4260-0204 (11)99568-0429
de sua situação em relação ao respectivo imóvel, para ter reconhecido seu direito e
poder tomar as devidas providências em relação a futuros transtornos.

Por esta razão ingressam com a presente ação, objetivando


regularizar suas situações em relação ao respectivo imóvel, para ter reconhecido seu
direito e poder tomar as devias providências em relação a futuros transtornos.

IV- DO DIREITO

A modalidade de Usucapião Ordinária está disciplina no artigo


1.242 do Código Civil, como segue:

“Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que,


contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir
por dez anos.

Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo


se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no
registro constante do respectivo cartório, cancelada
posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem
estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de
interesse social e econômico”

Ademais, em relação aos requisitos legais para propositura da


presente ação, temos:

I. Posse (animus domini): os requerentes possuem o ânimos de


possuidores como donos do imóvel usucapiendo, tanto que
cuidam do mesmo desde sua aquisição. Tal posse sempre foi
mansa e pacífica (nunca foi contestada), contínua, pública (é
de conhecimento de todos), nos moldes do artigo 1.196 do
Código Civil:

“Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o


exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à
propriedade.

II. justo título: “é o título hábil para transmitir o domínio e a


posse se não contiver nenhum vício impeditivo dessa

Unidade Jarinu:

Estrada Luiz Comin , n. º 224, Bairro da Chácara ( Bonança), Jarinu – SP, CEP: 13240-000 (11) 4260-0204 (11)99568-0429
transmissão”. (Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil
Brasileiro, página 262)

III. boa-fé: está presente no artigo 1.021 do Código Civil:

“É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o


obstáculo que impede a aquisição da coisa”

O entedimento dos Tribunais de Justiça, disciplina a forma de


aquisição originária em questão:

[...] A declaração de usucapião é forma de aquisição


originária da propriedade ou de outros direitos reais, modo que
se opõe à aquisição derivada, a qual se opera mediante a
sucessão da propriedade, seja de forma singular, seja de forma
universal. Vale dizer que, na usucapião, a propriedade não é
adquirida do anterior proprietário, mas, em boa verdade,
contra ele. A propriedade é absolutamente nova e não nasce da
antiga. É adquirida a partir da objetiva situação de fato
consubstanciada na posse ad usucapionem pelo interregno
temporal exigido por lei. Aliás, é até mesmo desimportante que
existisse antigo proprietário.
Os direitos reais de garantia não subsistem se desaparecer o"
direito principal "que lhe dá suporte, como no caso de
perecimento da propriedade por qualquer motivo. Com a
usucapião, a propriedade anterior, gravada pela hipoteca,
extingue-se e dá lugar a uma outra, ab novo, que não decorre
da antiga, porquanto não há transferência de direitos, mas
aquisição originária. Se a própria propriedade anterior se
extingue, dando lugar a uma nova, originária, tudo o que
gravava a antiga propriedade - e lhe era acessório - também se
extinguirá.
Assim, com a declaração de aquisição de domínio por
usucapião, deve desaparecer o gravame real hipotecário
constituído pelo antigo proprietário, antes ou depois do início
da posse ad usucapionem, seja porque a sentença apenas
declara a usucapião com efeitos ex tunc, seja porque a
usucapião é forma originária de aquisição de propriedade, não
decorrente da antiga e não guardando com ela relação de
Unidade Jarinu:

Estrada Luiz Comin , n. º 224, Bairro da Chácara ( Bonança), Jarinu – SP, CEP: 13240-000 (11) 4260-0204 (11)99568-0429
continuidade. (REsp 941.464/SC, Quarta Turma, j. 24.4.2012,
DJe 29.6.2012).

Em relação ao tema, Benedito Silvério Ribeiro na obra Tratado


de usucapião, disciplina e esclarece os termos necessários do usucapião:

[...] para que seja justo título da posse, não é preciso que
efetivamente transfira o domínio, basta que tenha em si mesmo
as condições previstas para transferi-lo, embora, por falta do
direito no transferente, não se possa operar essa transferência.
O justo título, que é indispensável para alicerçar usucapião
ordinário, é aquele título na aparência legal, mas emanado de
quem não e o legítimo dono. Não podendo título desse jaez
operar a transferência da propriedade, embora hábil em tese
para tanto, a maioria dos casos diz respeito à aquisição a non
domino, provindo o impedimento do fato de não ser o alienante
o senhor da coisa. Também pode provir o impedimento da falta
de poder por parte do alienante ou ainda de erro no modo de
aquisição." (Tratado de usucapião. 8. ed. São Paulo: Saraiva,
2012. v. 1. p. 877/878)

O artigo 5º, inciso XXIII, da Constituição Federal, reforça a


função social da propriedade como Direito e Garantia fundamental.

Sílvio de Salvo Venosa, em sua obra Direito Civil: Direitos Reais,


esclarece a importância da função social e aplicação da justiça no caso concreto:

“A possibilidade de a posse continuada gerar a


propriedade justifica-se pelo sentido social e axiológico das
coisas. Premia-se aquele que se utiliza utilmente do bem, em
detrimento daquele que deixa escoar o tempo, sem dele utilizar-
se ou não se insurgindo que o outro o faça, como se dono fosse.
Destarte, não haveria justiça em suprimir-se o uso e gozo do
imóvel (ou móvel) de quem dele cuidou, produziu ou residiu por
longo espaço de tempo, sem oposição.” (Direito civil: direitos
reais. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004. v. 5. p. 211)

Unidade Jarinu:

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Reforçando o entedimento em questão, a jurisprudência também
reconhece a utilização da usucapião, como disciplina os termos e requisitos necessários:

“Aceita-se como justo título, para servir de base à


prescrição decenal aquisitiva, a Procuração em causa própria
outorgada ao detentor do imóvel, mediante a qual adquiriu ele,
para si próprio o domínio respectivo. A sua boa-fé decorre
dessa procuração havendo posse mansa e pacífica durante
aquele lapso prescricional, proclama-se consumado o
usucapião.” (RT 179/291)

APELAÇÃO CÍVEL – USUCAPIÃO ORDINÁRIO –


REQUISITOS PREENCHIDOS – PROCEDÊNCIA DO
PEDIDO INICIAL. Para o reconhecimento da prescrição
aquisitiva delineada pelo artigo 551 do antigo Código Civil
erigem-se como requisitos a) posse mansa, pacífica, e
ininterrupta, exercida com intenção de dono; b) decurso do
tempo de dez anos entre presentes, ou de quinze anos entre
ausentes; c) justo título, mesmo que este contenha algum vício
ou irregularidade; e boa-fé. Justo título não quer dizer título
perfeito. É qualquer fato jurídico apto à transmissão de
domínio, ainda que não registrado. A ação de usucapião
compete também ao possuidor a non domínio. (Número do processo
2.0000.00.446409-7/000 1; Relator DOMINGOS COELHO; Data do acordão: 23/02/2005; Data da

publicação: 05/03/2005)

USUCAPIÃO – Requisitos – instrumento particular de


cessão de direitos possessórios – Previsão de outorga de
escritura definitiva de venda e compra – Documento que,
embora não tenha, por si só, capacidade de transferir o
domínio, é justo título – Questão referente à qualidade do título
ser hábil para a usucapião que deve ser decidida no processo –
Posse longeva, mansa, pacífica, exercida com “animus domini”
demonstrada – Prescrição aquisitiva reconhecida – Recurso
provido para julgar procedente a ação, declarando o domínio
dos autores sobre o imóvel descrito na inicial. (TJSP, Apelação Cível n 261
217-4/0 – Presidente Venceslau – 1ª Câmara de Direito Privado – Relator Elhot Akel – 05 08 03 – V U)

Apelação cível. Ação de usucapião. Extinção da ação


deflagrada na origem. Compromisso particular de compra e
Unidade Jarinu:

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venda de bem imóvel. Justo título. Boa-fé. Ânimo de dono.
Lapso prescricional decenal exaurido no curso da lide.
Especificidades do caso a autorizar o cômputo do tempo
transcorrido após o ajuizamento da ação. Requisitos do art.
1.242 do código civil delineados. Domínio declarado em favor
dos prescribentes. Recurso provido (apelação cível n.
2016.006516-0, de itajaí, rel. Des. Fernando carioni, terceira
câmara de direito civil, j. 26.4.2016). – grifo nosso.

Diante o exposto, é inegável reconhecer o preenchimento


integral dos requisitos necessários para a propositura da presente demanda, previsto no
parágrafo unico do artigo 1.242 do Código Civil, como também o estabelecimento de
sua moradia no imóvel objeto da presente ação, como faz prova as fotos juntadas nesta
inicial.

Além dos requisitos ensejadores, que trazem alhures os


direitos dos possuidores de legitimarem as propriedades, temos ainda os usos e
costumes do local que muitas vezes impõe aquela Comarca em específico, rotinas que
salvaguardam direitos para igualdade social.

Não podemos ignorar, que no Município de Jarinu, o


grande número de ações de usucapião que visam a regularização da posse de
propriedades, ensejou a investigação do Ministério Público, que verificou este
fenômeno, tendo maior atenção da Promotoria para que não ocorra banalização desse
mecanismo.

V- DA TRANSMISSÃO DA POSSE

Embora os requerentes tenham adquirido a posse no ano


de 2020, preenchem os requisitos legais para regularizar o lote, uma vez que a
transmissão da posse se dá com os mesmos caracteres, ou seja, posse mansa, pacífica e
ininterrupta.

Além do mais o Código Civil viabiliza a união da posse


dos requerentes e a de seu antecessor, Sr. Alexsander de Oliveira, para preencher o
período legal, motivo pelo qual ingressa com Ação de Usucapião no presente ano,
objetivando regularizar a situação do imóvel:

Unidade Jarinu:

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“Art. 1203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a
posse o mesmo caráter com que foi adquirida.

[...]

Art. 1206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários


do possuidor com os mesmos caracteres.”

Os requerentes comprovam a prescrição aquisitiva do


imóvel (decurso do prazo e animus domini) mediante as seguintes provas:

I. prova testemunhal, que comprova a posse dos


Requerentes,

VI- DO EFEITO EX TUNC NA POSSE


Os requerentes possuem como objetivo que a posse
elucidada nos fatos supracitados, se torne a regular perante o Registro de Imóveis e a
Legislação, sendo que tal regularização se faz com a obtenção dos títulos de propriedade
dos imóveis (Ação de Usucapião) em seu nome, tendo em vista que a somatória de
posse de seus antecessores é permitida e somada alcança o requisito temporal presente
no artigo 1.243 do Código Civil, em que o efeito da sentença reconhecendo a
propriedade em favor dos requerentes deverá retroagir a data em que o primeiro
posseiro esteve na posse, como descreve o artigo 1207 do mesmo diploma legal, in
verbis:

“Art. 1207. O sucessor universal continua de


direito a posse do seu antecessor, e ao sucessor singular é
facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos
legais. “

Portanto, requer o reconhecimento e a declaração do


direito de propriedade da requerente retroativamente desde a data da primeira aquisição
da posse.

Diante dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados,


presentes os pressupostos autorizadores da usucapião, inarredável a procedência do
pedido para declarar a propriedade aos autores, procedendo-se a respectiva averbação
no registro competente.

Unidade Jarinu:

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VII- DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer seja recebida, processada e autuada


a presente ação, e ao final, seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE, a fim
de declarar os requerentes MARIELE BUENO CAMILO e FÁBIO LUIZ CAMILO
como legítimos proprietários do imóvel, objeto da presente ação, para posterior
inscrição de matrícula no Cartório de Registro de Imóveis:
a) Requer a concessão dos benefícios da Gratuidade
de Justiça, haja vista que os requerentes não possue condições de arcar com as custas da
demanda sem prejuízo no sustento próprio e de sua família;

b) A procedência dos pedidos para reconhecer a


prescrição aquisitiva do imóvel identificado a fim de declarar a aquisição da
propriedade em seu favor, determinando a expedição de mandado de averbação ao
Cartório de Registro de Imóveis, ou de criação de matrícula imobiliária.

c) Requer seja intimada a Fazenda Pública da União,


do Estado de São Paulo e do Município de Jarinu, para que manifestem interesse na
causa;

d) Requer seja intimado(a) o(a) Representante do


Ministério Público, como fiscal da lei (competência legal garantida ao Parquet);

e) Requer a citação por edital de possíveis


interessados ausentes, incertos e desconhecidos que se encontram em lugar incerto e não
sabido, para que querendo se manifestem sobre o presente feito, dentro do prazo legal;

f) Requer sejam as intimações feitas, exclusivamente


em nome da Dra. Luciana Santos da Silva, OAB/SP Nº 245.646, sob pena de nulidade
absoluta;

g) Requer a produção de todos os meios de prova em


direito admitidos, em especial a documental, pericial e testemunhal (cujo rol será
apresentado no momento oportuno), além do depoimento pessoal e das demais provas
que se fizerem necessárias para demonstrar todo o alegado;

Por conseguinte, seja expedido mandado para transcrição no


Registro de Imóveis, servindo como título aquisitivo da propriedade.

Unidade Jarinu:

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Dá se à causa o valor de R$ 8.250,00 (oito mil duzentos e
cinquenta reais) para fins de alçada.

Nesses termos,
Pede deferimento.
Jarinu, 27 de abril de 2021.

(assinado digitalmente)
______________________________
LUCIANA SANTOS DA SILVA
OAB/SP 245.646

Unidade Jarinu:

Estrada Luiz Comin , n. º 224, Bairro da Chácara ( Bonança), Jarinu – SP, CEP: 13240-000 (11) 4260-0204 (11)99568-0429

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