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5 - Nero, residente na rua do Bispo nº 95, é vizinho de Tício, que reside no nº 105, da
mesma rua. Nero constrói uma área de lazer, com churrasqueira e sauna, com chaminé
encostada à parede divisória de sua casa com a do seu vizinho Ticio. Após cerca de seis
meses de uso intenso, vez que Nero convidava os seus amigos para festividades todos os
finais de semana, começaram a surgir infiltrações na parede divisória, com prejuízos para
o prédio vizinho, inclusive sob risco de desabamento não iminente, mas provável. Os fatos
foram comprovados por engenheiro que visitou o local e forneceu a Tício laudo detalhado
sobre o ocorrido. Nero foi comunicado dos fatos e quedou-se inerte na resolução do
problema, continuando a realizar seus encontros etílicos, nos finais de semana. Diante do
exposto acima e à luz das regras do direito de vizinhança, analise as afirmativas a seguir:
I. os atos praticados por Nero estão albergados pelas regras legais, dado o uso regu lar da sua
propriedade.
II. segundo as regras civis não é licito encostar à parede divisória chaminé, causando infiltrações,
prejudicando o vizinho.
III. cabe a demolição da chaminé prejudicial.
IV. somente cabe a composição em perdas e danos.
V. nenhuma indenização é devida e a chaminé indicada é tida como ordinária, assim não passível
de demolição.
Assinale:
a) se somente as afirmativas III, IV e V forem verdadeiras.
b) se somente as afirmativas I e IV forem verdadeiras.
c) se somente as afirmativas II e III forem verdadeiras.
d) se somente as afirmativas I, II e V forem verdadeiras.
e) se somente a afirmativa III for verdadeira.
6 - Se o condômino de coisa indivisível vender sua fração ideal sem dar preferência aos demais
consortes:
a) a venda, como ato jurídico, é nula de pleno direito, pois não obedecida a forma prescrita em lei.
b) o condômino preterido, respeitado o prazo legal, pode depositar o preço pelo qual a fração foi
vendida a terceiro e havê-la para si.
c) não há direito de prelação na co-propriedade da coisa indivisível, uma vez que todos os condôminos
devem assinar o ato de alienação.
d) o condômino preterido pode apenas pleitear perdas e danos, provando que tinha condições
financeiras para adquirir a parte ideal vendida ou que o imóvel remanescente perde parte de seu
valor em função da diminuição da possibilidade de seu aproveitamento.
7 - Valério construiu sua casa, fazendo uma sacada virada para o terreno de seu vizinho,
Tomas, a uma distância de cinqüenta centímetros de distância da linha divisória das duas
propriedades. Três anos e dois meses depois, Tomas resolveu exigir-lhe o desfazimento da
sacada, o que foi recusado por Valério. Nesse caso, pelas normas que regem o direito de
vizinhança, pode-se afirmar que Tomas:
a) não tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois o prazo legal de um ano e um dia já se
expirou;
b) não tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois o prazo legal de três anos já se expirou;
c) ainda tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois o prazo legal é de cinco anos;
d) não tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois a distância permitida em lei é
exatamente de cinqüenta centímetros;
e) tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois a distância permitida em lei é de no mínimo
um metro.
10 - FCC. MPE-AL. Promotor de Justiça. Ricardo, Pedro, José, Maurício e Douglas são
proprietários de um imóvel residencial indivisível, situado em bairro nobre de São Paulo,
avaliado em aproximadamente R$ 2.000.000,00. Ricardo e Pedro querem vender o imóvel
e desfazer o condomínio. Thalula, empresária, se interessa pelo imóvel e oferece aos
condôminos a quantia de R$ 2.100.000,00. Contudo, José, Maurício e Douglas pretendem
exercer o direito de preferência assegurado por lei, igualando a oferta de Thalula. Neste
caso, entre estes condôminos, a preferência para aquisição do imóvel será primeiramente
conferida àquele que:
a) oferecer o melhor preço.
b) tiver o quinhão maior.
c) for o mais idoso.
d) primeiro manifestar interesse após a oferta formal de Thalula.
e) tiver no imóvel as benfeitorias mais valiosas.
11 - Paola Regina adquiriu imóvel em Porto Velho, situado nos fundos da casa de Marcelo
Augusto. O imóvel adquirido por ela não tem acesso a via pública e, Marcelo está irredutível em
permitir sua passagem não obstante seu quintal seja a única alternativa para que Paola tenha
acesso às ruas da cidade. Diante da impossibilidade de acordo, assinale a alternativa que
materialize CORRETAMENTE o direito de Paola Regina:
A) No caso, a passagem forçada deverá ocorrer somente por ajuste contratual entre as partes, por
tratar-se de direito real de uso e fruição.
B) Paola poderá constranger Marcelo Augusto a lhe conceder passagem forçada, inclusive
judicialmente, se necessário, mediante o pagamento de indenização cabal.
C) Paola deverá acionar o município para que este desaproprie algum imóvel pra ela possa ter acesso
à rua.
D) Paola poderá constranger o vizinho a lhe conceder a passagem forçada, inclusive judicialmente, se
necessário, sem, contudo, pagar indenização.
E) Trata-se de Servidão e, portanto, de direito real de uso e fruição, não sendo possível falar no direito
a passagem forçada.
12 - Consiste o USUFRUTO no direito real de uso e fruição, que confere ao seu detentor, o
direito de usar e fruir da coisa. Acerca de referido instituto, analise as sentenças abaixo:
I - O usufruto pode recair sobre bens móveis ou imóveis.
II - O usufruto de bens imóveis será constituído mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis,
se não resultar de usucapião.
III - O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.
IV – Não se pode adquirir o usufruto por usucapião.
Diante disso, assinale a alternativa CORRETA:
a) São verdadeiras as proposições I, III e IV.
b) São verdadeiras as proposições I, II e III.
c) São verdadeiras as proposições III e IV.
d) São verdadeiras as proposições II, III e IV.
e) São verdadeiras as proposições I, II, III e IV
13 - Maria doa sua casa para seus dois filhos, com reserva de usufruto vitalício em seu favor.
Contudo, Maria – que agora é usufrutuária - não tem condições de prestar a caução exigida pelo
artigo 1.400 do Código Civil. Diante disso, assinale a alternativa CORRETA:
a) Maria perderá o direito de administrar a coisa dada em usufruto, e se fará necessário designar um
administrador estranho aos nu-proprietários.
b) O usufrutuário que não quiser ou não puder dar caução suficiente perderá o direito de administrar
o usufruto; e, neste caso, os bens serão administrados pelos nu-proprietários.
c) Dispensa-se a caução no caso de Maria não ter condições financeiras de fazê-lo.
d) Caso Maria cumpra com o dever de inventariar adequadamente os bens dados em usufrutos,
dispensa-se a prestação de caução.
e) Maria não tem obrigação de prestar caução, pois não é obrigado à caução o doador que se reservar
o usufruto da coisa doada.