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ATIVIDADE DE NOTA PARCIAL – 2º BIM.

1 - De acordo com as regras de direito de vizinhança descritas no Código Civil,


a) o possuidor ou proprietário de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências
prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que lá habitam, provocadas pela utilização
de propriedade vizinha.
b) as raízes e os ramos da árvore que ultrapassarem a estrema do prédio poderão ser cortados até o
plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido, apenas com a autorização do dono da
árvore.
c) as janelas, eirados, terraços e varandas poderão ser construídos até a um metro de distância do
terreno vizinho.
d) é permitido encostar à parede divisória, chaminé, fogões, fornos ou quaisquer aparelhos ou
depósitos, mesmo que possa causar interferências ou infiltrações, não necessitando para isso
qualquer autorização do vizinho.
e) o proprietário de nascente, ou de solo em que caem águas pluviais, satisfeitas as suas necessidades
de consumo, pode impedir ou desviar o curso natural das águas remanescentes pelos prédios
inferiores.

2 - Em relação ao direito de vizinhança, assinale a afirmativa correta.


a) Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono da árvore, já que são classificados
como bens de natureza acessória.
b) O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição ou a
reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente.
c) O dono do prédio que não tiver acesso à via pública pode constranger o vizinho a lhe dar passagem,
independentemente do pagamento de indenização.
d) Todo aquele que violar as proibições referentes ao direito de vizinhança é obrigado a demolir as
construções feitas, sendo dispensada a indenização por perdas e danos.
e) É defeso abrir janelas, ou fazer terraço ou varanda, a menos de dois metros do terreno vizinho.

3 - Rita comprou um apartamento em um bairro tranquilo. Alguns meses depois de se


instalar, Rita foi surpreendida com a inauguração de uma casa noturna no imóvel em
frente ao seu. Não bastasse, o primeiro andar do estabelecimento foi transformado em bar
que, por conta do movimento, passou a utilizar a calçada para colocar suas mesas. Com o
sucesso do empreendimento, os burburinhos na madrugada começaram e, com o passar do
tempo, Rita já não conseguia dormir em virtude do barulho. Inconformada, ajuíza uma
ação em face do estabelecimento para que sejam tomadas as providências necessárias.
Sobre a hipótese sugerida, assinale a opção correta.
a) Rita deve vender seu imóvel e se mudar para outro lugar, uma vez que a música alta é característica
das casas noturnas.
b) Deve ser aplicada multa ao estabelecimento apenas por causar o transtorno a Rita, independente de
comprovação do excesso de ruído.
c) Ainda que Rita comprove o sofrimento e os prejuízos que esse fato vem lhe causando, além do
excesso de ruído, não lhe serão devidos danos morais.
d) Se for comprovado que o barulho excede os limites impostos pela legislação, o juiz imporá multa ao
estabelecimento com o fim de evitar reincidência.
e) O livre exercício da atividade empresarial não gera direito à indenização.

4 - Ano: 2014. Banca: FCC. Órgão: MPE-PE. Prova: Promotor de Justiça


O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências
prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela
utilização de propriedade vizinha,
a) e esse direito prevalece, mesmo quando as interferências forem de interesse público, exceto se
houver previa e justa indenização pelo Poder Público, porque configurada parcial desapropriação
indireta.
b) entretanto esse direito não prevalece quando as interferências forem justificadas por interesse
público, cabendo ao vizinho reclamar indenização apenas do Poder Público que autorizou as obras ou
instalações que produzem as interferências.
c) entretanto esse direito não prevalece quando as interferências forem justificadas por interesse
público, independentemente de qualquer indenização.
d) entretanto esse direito não prevalece quando as interferências forem justificadas por interesse
público, caso em que o proprietário ou o possuidor, causador delas, pagará ao vizinho indenização
cabal.
e) e esse direito prevalece mesmo quando as interferências forem de interesse público, porque o
direito de propriedade é garantido na Constituição Federal.

5 - Nero, residente na rua do Bispo nº 95, é vizinho de Tício, que reside no nº 105, da
mesma rua. Nero constrói uma área de lazer, com churrasqueira e sauna, com chaminé
encostada à parede divisória de sua casa com a do seu vizinho Ticio. Após cerca de seis
meses de uso intenso, vez que Nero convidava os seus amigos para festividades todos os
finais de semana, começaram a surgir infiltrações na parede divisória, com prejuízos para
o prédio vizinho, inclusive sob risco de desabamento não iminente, mas provável. Os fatos
foram comprovados por engenheiro que visitou o local e forneceu a Tício laudo detalhado
sobre o ocorrido. Nero foi comunicado dos fatos e quedou-se inerte na resolução do
problema, continuando a realizar seus encontros etílicos, nos finais de semana. Diante do
exposto acima e à luz das regras do direito de vizinhança, analise as afirmativas a seguir:
I. os atos praticados por Nero estão albergados pelas regras legais, dado o uso regu lar da sua
propriedade.
II. segundo as regras civis não é licito encostar à parede divisória chaminé, causando infiltrações,
prejudicando o vizinho.
III. cabe a demolição da chaminé prejudicial.
IV. somente cabe a composição em perdas e danos.
V. nenhuma indenização é devida e a chaminé indicada é tida como ordinária, assim não passível
de demolição.
Assinale:
a) se somente as afirmativas III, IV e V forem verdadeiras.
b) se somente as afirmativas I e IV forem verdadeiras.
c) se somente as afirmativas II e III forem verdadeiras.
d) se somente as afirmativas I, II e V forem verdadeiras.
e) se somente a afirmativa III for verdadeira.

6 - Se o condômino de coisa indivisível vender sua fração ideal sem dar preferência aos demais
consortes:
a) a venda, como ato jurídico, é nula de pleno direito, pois não obedecida a forma prescrita em lei.
b) o condômino preterido, respeitado o prazo legal, pode depositar o preço pelo qual a fração foi
vendida a terceiro e havê-la para si.
c) não há direito de prelação na co-propriedade da coisa indivisível, uma vez que todos os condôminos
devem assinar o ato de alienação.
d) o condômino preterido pode apenas pleitear perdas e danos, provando que tinha condições
financeiras para adquirir a parte ideal vendida ou que o imóvel remanescente perde parte de seu
valor em função da diminuição da possibilidade de seu aproveitamento.

7 - Valério construiu sua casa, fazendo uma sacada virada para o terreno de seu vizinho,
Tomas, a uma distância de cinqüenta centímetros de distância da linha divisória das duas
propriedades. Três anos e dois meses depois, Tomas resolveu exigir-lhe o desfazimento da
sacada, o que foi recusado por Valério. Nesse caso, pelas normas que regem o direito de
vizinhança, pode-se afirmar que Tomas:
a) não tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois o prazo legal de um ano e um dia já se
expirou;
b) não tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois o prazo legal de três anos já se expirou;
c) ainda tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois o prazo legal é de cinco anos;
d) não tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois a distância permitida em lei é
exatamente de cinqüenta centímetros;
e) tem o direito de exigir o desfazimento da sacada, pois a distância permitida em lei é de no mínimo
um metro.

8 - Assinale a alternativa CORRETA:


a) O condomínio tradicional na espécie convencional não pode ser objeto de divisão dentro do prazo
de 05 anos.
b) O condomínio tradicional na espécie eventual não pode ser objeto de divisão dentro do prazo
máximo de 10 anos.
c) Excepcionalmente se poderá estipular o pacto de não divisão do condomínio, o qual não poderá
ultrapassar o prazo de 05 anos, prorrogável por igual período.
d) Uma vez estipulado o pacto de não divisão, não se poderá falar, independente do motivo alegado,
na dissolução do condomínio.

9 – Assinale a alternativa INCORRETA:


a) O direito de uso assegurando ao condômino no condomínio edilício se dá de forma plena e absoluta.
b) É direito do condômino votar e participar das deliberações, estando quite com as parcelas do
condomínio.
c) É vedado ao condômino no condomínio edilício alterar a cor da fachada e das áreas externas de sua
unidade autônoma.
d) Não há direito de preferencia na venda de unidade autônoma em condomínio edilício.
e) O condomínio edilício tem natureza jurídica mista posto compor-se de áreas de uso exclusivo e
áreas de uso comum.

10 - FCC. MPE-AL. Promotor de Justiça. Ricardo, Pedro, José, Maurício e Douglas são
proprietários de um imóvel residencial indivisível, situado em bairro nobre de São Paulo,
avaliado em aproximadamente R$ 2.000.000,00. Ricardo e Pedro querem vender o imóvel
e desfazer o condomínio. Thalula, empresária, se interessa pelo imóvel e oferece aos
condôminos a quantia de R$ 2.100.000,00. Contudo, José, Maurício e Douglas pretendem
exercer o direito de preferência assegurado por lei, igualando a oferta de Thalula. Neste
caso, entre estes condôminos, a preferência para aquisição do imóvel será primeiramente
conferida àquele que:
a) oferecer o melhor preço.
b) tiver o quinhão maior.
c) for o mais idoso.
d) primeiro manifestar interesse após a oferta formal de Thalula.
e) tiver no imóvel as benfeitorias mais valiosas.

11 - Paola Regina adquiriu imóvel em Porto Velho, situado nos fundos da casa de Marcelo
Augusto. O imóvel adquirido por ela não tem acesso a via pública e, Marcelo está irredutível em
permitir sua passagem não obstante seu quintal seja a única alternativa para que Paola tenha
acesso às ruas da cidade. Diante da impossibilidade de acordo, assinale a alternativa que
materialize CORRETAMENTE o direito de Paola Regina:
A) No caso, a passagem forçada deverá ocorrer somente por ajuste contratual entre as partes, por
tratar-se de direito real de uso e fruição.
B) Paola poderá constranger Marcelo Augusto a lhe conceder passagem forçada, inclusive
judicialmente, se necessário, mediante o pagamento de indenização cabal.
C) Paola deverá acionar o município para que este desaproprie algum imóvel pra ela possa ter acesso
à rua.
D) Paola poderá constranger o vizinho a lhe conceder a passagem forçada, inclusive judicialmente, se
necessário, sem, contudo, pagar indenização.
E) Trata-se de Servidão e, portanto, de direito real de uso e fruição, não sendo possível falar no direito
a passagem forçada.

12 - Consiste o USUFRUTO no direito real de uso e fruição, que confere ao seu detentor, o
direito de usar e fruir da coisa. Acerca de referido instituto, analise as sentenças abaixo:
I - O usufruto pode recair sobre bens móveis ou imóveis.
II - O usufruto de bens imóveis será constituído mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis,
se não resultar de usucapião.
III - O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.
IV – Não se pode adquirir o usufruto por usucapião.
Diante disso, assinale a alternativa CORRETA:
a) São verdadeiras as proposições I, III e IV.
b) São verdadeiras as proposições I, II e III.
c) São verdadeiras as proposições III e IV.
d) São verdadeiras as proposições II, III e IV.
e) São verdadeiras as proposições I, II, III e IV

13 - Maria doa sua casa para seus dois filhos, com reserva de usufruto vitalício em seu favor.
Contudo, Maria – que agora é usufrutuária - não tem condições de prestar a caução exigida pelo
artigo 1.400 do Código Civil. Diante disso, assinale a alternativa CORRETA:
a) Maria perderá o direito de administrar a coisa dada em usufruto, e se fará necessário designar um
administrador estranho aos nu-proprietários.
b) O usufrutuário que não quiser ou não puder dar caução suficiente perderá o direito de administrar
o usufruto; e, neste caso, os bens serão administrados pelos nu-proprietários.
c) Dispensa-se a caução no caso de Maria não ter condições financeiras de fazê-lo.
d) Caso Maria cumpra com o dever de inventariar adequadamente os bens dados em usufrutos,
dispensa-se a prestação de caução.
e) Maria não tem obrigação de prestar caução, pois não é obrigado à caução o doador que se reservar
o usufruto da coisa doada.

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