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ATIVIDADE - DIREITOS REAIS

PROFª FLÁVIA FIGUEIRA


12 DE ABRIL DE 2023

1. A respeito do direito real de propriedade, assinale a alternativa correta.

a) Em situações de perigo público iminente, além das hipóteses de desapropriação, o


proprietário também poderá ser privado da coisa nos casos de requisição.
b) A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e a do subsolo correspondentes,
podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas por terceiros em
qualquer altura e profundidade.
c) Embora a propriedade do solo não abarque minas e jazidas, o proprietário tem o
direito de explorar recursos minerais de emprego imediato na construção civil e de
submetê-los à transformação industrial.
d) O imóvel urbano abandonado que não se encontrar na posse de outrem poderá ser
arrecadado como bem vago e passar à propriedade do município cinco anos depois.
e) A desapropriação não é considerada como causa de perda de propriedade
imobiliária.

2. Elvira deseja permitir que sua sobrinha Adriane resida em um dos imóveis que
possui, pois, a sobrinha não tem onde morar. Mas pretende evitar que Adriane
colha qualquer fruto dele, por exemplo, dando-o em locação para terceiros e
auferindo aluguel. Para tanto, Elvira deve atribuir a Adriane, sobre o imóvel em
questão, o direito real de:
a) propriedade;
b) habitação;
c) uso;
d) usufruto;
e) servidão.

3. No que concerne ao direito de propriedade e seus desdobramentos, analise as


assertivas seguintes.
I. Escritura e registro são figuras jurídicas diversas. Escritura pública é uma
forma de título translativo entre vivos, assim como contratos particulares,
sentenças ou termos administrativos, quando admitidos em lei. Assim, é
possível dizer que por vezes, quando admitido por lei, alguém pode ser
proprietário de um bem por conta de um registro que não decorreu de uma
escritura pública.
II. No condomínio geral, os proprietários possuem fração ideal do todo, não
determinada ou localizada, devendo oferecer aos condôminos a respectiva
parte, antes de vendê-la a estranhos. No condomínio edilício, contudo, há partes
exclusivas de cada proprietário e outras partes comuns, compartilhadas com os
demais condôminos, sem direito de preferência em caso de alienação.
III. A usucapião é uma forma de aquisição de propriedade que independe de
registro para se concretizar, servindo este tão somente para lhe dar publicidade.
IV. A passagem forçada pressupõe que um imóvel esteja sem acesso
suficientemente adequado à via pública, ou seja, encravado. Gera direito de
indenização a
proprietário que terá que conceder a passagem, ao mesmo tempo que é um
dever seu concedê-la, já que nenhum imóvel pode ser privado de acesso às vias
públicas.
V. O direito de servidão não é passível de ser adquirido por usucapião.
Estão corretos os itens:
a) I, II, III, IV e V.
b) I, II, III e IV.
c) II, III e V.
d) I, IV e V.

4. Proprietário de um imóvel pretende construir um aqueduto no terreno de seu


vizinho, para receber águas provenientes de outro imóvel. Diante deste fato,
aponte a alternativa correta.

a) Por proporcionar utilidade para o prédio dominante, não há necessidade de solicitar


autorização do proprietário do terreno vizinho.
b) Será autorizada a realização do aqueduto, desde que ele possa ser removido,
rateadas entre os respectivos donos.
c) Restringir-se-á o exercício dessa servidão, que serve às necessidades do prédio
dominante, por agravar o encargo ao prédio serviente.
d) O dono do prédio serviente não poderá embaraçar de modo algum o exercício
legítimo da servidão, se se tratar do consumo de água potável.
e) É possível a construção do aqueduto, desde que não existam outros meios de
passagem de águas e haja o pagamento de indenização.

5. Constitui direito real:


a) a herança.
b) a usucapião.
c) o direito do promitente comprador de imóvel.
d) a detenção.
e) a posse.

6. Assinale a alternativa INCORRETA:


a) Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais
como os estabelecidos pelo Código Civil para assegurar a função social da
propriedade e dos contratos.
b) Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
c) Considera-se possuidor todo aquele que tem, de fato, o exercício, pleno ou não, de
algum dos poderes inerentes à propriedade.
d) A posse indireta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em
virtude de direito pessoal, ou real, não anula a direta, de quem aquela foi havida,
podendo o possuidor indireto defender a sua posse contra o direto.

7. Sobre direitos reais é correto afirmar:


a) Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou
materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o
valor, além de responder por perdas e danos, independente se agiu de má-fé.
b) O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades
econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o
estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio
ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das
águas.
c) O proprietário das sementes, plantas ou materiais não poderá cobrar do proprietário
do solo a indenização devida, quando não puder havê-la do plantador ou construtor.
d) O tesouro pertencerá somente à metade ao proprietário do prédio, se for achado
por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado.
8. De acordo com o Código Civil, assinale a alternativa correta sobre as jazidas,
minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os
monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais.

a) A propriedade do solo abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os


potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens
referidos por leis especiais.
b) A propriedade do solo abrange as jazidas, mas não os demais recursos minerais, os
potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens
referidos por leis especiais.
c) A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas, mas abrange os demais
recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos
e outros bens referidos por leis especiais.
d) A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais,
os potenciais de energia hidráulica, mas abrange os monumentos arqueológicos e
outros bens referidos por leis especiais.
e) A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais,
os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens
referidos por leis especiais.

9. Caio comprou um terreno e começou a construir. Após o início da construção,


notou que o terreno ao lado do seu estava vazio e, propositadamente, avançou a
construção no imóvel vizinho, ocupando área superior à vigésima parte deste.
Tício, proprietário do imóvel vizinho, descobriu que seu terreno foi ocupado por
Caio, logo após o término da construção. Sobre o caso hipotético, pode-se
corretamente afirmar que:

a) Caio será obrigado a demolir o que construiu no terreno de Tício, bem como deverá
pagar em dobro o valor das perdas e danos apurados.
b) Caio poderá adquirir a parte invadida do terreno de Tício, pagando-lhe o valor da
área perdida em razão da construção e a desvalorização da área remanescente.
c) Caio poderá adquirir a propriedade da área invadida do terreno se pagar o décuplo
do valor da área perdida em razão da construção, a desvalorização da área
remanescente, bem como provar a impossibilidade de demolir a parte invadida.
d) independentemente da possibilidade de demolição, deve Caio pagar o valor da área
perdida e a desvalorização da área remanescente, acrescida de multa de 50%, em
razão da má-fé.
e) Tício poderá exigir que lhe sejam pagos os valores do terreno perdido com a
construção de Caio, bem como que lhe seja atribuído o condomínio da construção,
proporcional à parte invadida.

10. O proprietário de uma casa térrea com terreno e edificação regulamente


registrados construiu irregularmente um segundo pavimento, onde vive a família
de sua filha. Gostaria, então, de regularizar essa ampliação irregular e transferi-
la formalmente para sua filha. De acordo com a legislação vigente

a) é possível a instituição do direito de laje pelo proprietário do solo onde originalmente


estava edificada a casa térrea e, posteriormente, transferi-lo à sua filha, mantendo-se
a individualidade de acessos às duas áreas.
b) inexiste fundamento jurídico para regularização de construção
irregularmente erguida, sendo imperiosa a demolição e posterior
aprovação prévia, como forma de tutelar o planejamento e desincentivar as
construções irregulares.

c) é viável a regularização da ampliação da construção, mas não há fundamento legal


para transferência do pavimento ocupado para a filha do proprietário.
d) admite-se a instituição do direito de laje ou do direito de servidão, por meio de
contrato, estabelecendo-se relação jurídica com o proprietário do terreno nos dois
casos, não viabilizando exercício de direito autônomo.
e) pode-se regularizar a construção do segundo pavimento com autorização legislativa
expressa e submetida a questão aos órgãos competente.

11. Luiz, é dono do imóvel A, que não tem acesso a via pública. Tentou
conversar amigavelmente com o dono do imóvel B para que lhe fornecesse
passagem pelo seu imóvel a via pública, tratando-se da única alternativa para
que o imóvel A tenha saída para a rua. O dono do imóvel B recusou-se a admitir
a passagem alegando que tal situação traria insegurança ao seu imóvel, no qual
residia com a sua família: três filhas e esposa. Luiz então procurou a Defensoria
Pública para compreender melhor seus direitos. Diante do caso,

a) Luiz poderá constranger o vizinho a lhe conceder passagem forçada, inclusive


judicialmente, se necessário, mediante o pagamento de indenização.
b) a passagem forçada deverá ocorrer somente por ajuste contratual entre as partes e,
por se tratar de direito real de fruição e gozo, deve ser necessariamente registrada no
cartório de registro de imóveis competente.
c) considerando a negativa do vizinho, caberá a Luiz somente acionar judicialmente o
Município para que realize abertura de uma nova via pública que venha a garantir
saída ao seu imóvel.
d) Luiz poderá constranger o vizinho a lhe conceder a passagem forçada, inclusive
judicialmente, se necessário, sem prestar o pagamento de indenização.
e) a passagem forçada deverá ocorrer somente por ajuste contratual entre as partes,
não podendo ser imposta judicialmente, pois pressupõe acerto de vontade das partes.

12. Tiago, com 17 anos de idade e relativamente incapaz, sob autoridade de seus
pais Mário e Fabiana, recebeu, por doação de seu tio, um imóvel localizado na
rua Sete de Setembro, com dois pavimentos, contendo três lojas comerciais no
primeiro piso e dois apartamentos no segundo piso. Tiago trabalha como cantor
nos finais de semana, tendo uma renda mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais).

Face aos fatos narrados e considerando as regras de Direito Civil, assinale a opção
correta.

a) Mário e Fabiana exercem sobre os bens imóveis de Tiago o direito de usufruto


convencional, inerente à relação de parentesco que perdurará até a maioridade civil ou
emancipação de Tiago.
b) Mário e Fabiana poderão alienar ou onerar o bem imóvel de Tiago, desde que haja
prévia autorização do Ministério Público e seja demonstrado o evidente interesse da
prole.
c) Mário e Fabiana não poderão administrar os valores auferidos por
Tiago no exercício de atividade de cantor, bem como os bens com tais
recursos adquiridos.
d) Mario e Fabiana, entrando em colisão de interesses com Tiago sobre a
administração dos bens, facultam ao juiz, de ofício, nomear curador especial.

13. Fernanda concedeu a Marcos, mediante escritura pública registrada em


cartório de imóveis, o direito de ele plantar em terreno de propriedade dela,
durante dez anos. Nessa situação hipotética, Marcos adquiriu

a) concessão por avulsão.


b) direito de uso e usufruto de propriedade alheia.
c) direito de superfície.
d) concessão de uso especial.
e) direito de usufruto limitado.

14. Maria Cristina era casada com Roberto, falecido no início de 2022, sem deixar
testamento, sob o regime de separação convencional de bens. O casal sempre
viveu em um imóvel de propriedade de Roberto com seus dois filhos, Alcino e
Valério, que não moram mais com os pais. Roberto deixou, além do referido
imóvel residencial, alguns investimentos e outro imóvel, de natureza comercial.
Sobre o direito real de habitação do cônjuge sobrevivente, assinale a afirmativa
correta.
a) Maria Cristina é titular do direito real de habitação, sem prejuízo de sua participação
na herança de Roberto.
b) Maria Cristina não é titular do direito real de habitação, uma vez que existe mais de
um imóvel a inventariar dentre os bens que compõem a herança de Roberto.
c) Maria Cristina receberá seu quinhão da herança, mas só tem o direito de
permanecer morando no imóvel em que vivia com Roberto, caso Alcino e Valério
autorizem.
d) Maria não é titular do direito real de habitação, pois esse não se aplica aos
casamentos sob a vigência do regime de separação convencional de bens.

15. Otávio é proprietário e residente do apartamento 706, unidade imobiliária do


condomínio edilício denominado União II, e é conhecido pelos vizinhos pelas
festas realizadas durante a semana, que varam a madrugada. Na última
comemoração, Otávio e seus convivas fizeram uso de entorpecentes e, em trajes
incompatíveis com as áreas comuns do prédio, ficaram na escada do edifício
cantando até a intervenção do síndico, que acionou a polícia para conter o
grupo, que voltou para o apartamento de Otávio. No dia seguinte, o síndico
convocou uma assembleia para avaliar as sanções a serem aplicadas ao
condômino antissocial. Ficou decidido, pelo quórum de ¾, a aplicação de multa
de cinco vezes o valor da contribuição mensal. Sobre a hipótese apresentada,
assinale a afirmativa correta.
a) A multa aplicada é indevida, pois apesar do comportamento de
Otávio, ele é proprietário de unidade imobiliária autônoma, assim como
os demais condôminos que deliberaram a multa em seu desfavor.
b) O síndico poderia ter aplicado a multa de até cinco contribuições mensais, sem a
convocação da assembleia.
c) A aplicação da multa em face de Otávio é ilegal, pois a sanção deveria ser
precedida por ação judicial para sua aplicação.

d) O síndico aplicou corretamente a multa. Caso o comportamento antissocial de


Otávio persista, a multa poderá ser majorada para até dez vezes o valor da
contribuição mensal do condomínio.

16. João da Silva, buscando acomodar os quatro filhos, conforme cada um ia se


casando, construiu casas sucessivas em cima de seu imóvel, localizado no
Morro Santa Marta, na cidade do Rio de Janeiro. Cada uma das casas é uma
unidade distinta da original, construídas como unidades autônomas. Com o
casamento de Carlos, seu filho mais novo, ele já havia erguido quatro unidades
imobiliárias autônomas, constituídas em matrícula própria, além do pavimento
original, onde João reside com sua esposa, Sirlene. No entanto, pouco tempo
depois, João assume que tivera uma filha fora do casamento e resolve construir
mais uma casa, em cima do pavimento de Carlos, a fim de que sua filha possa
residir com seu marido.

Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.


a) João poderá construir nova laje, desde que tal construção não seja feita no subsolo,
pois o direito real de laje só abrange a cessão de superfícies superiores em relação à
construção-base.
b) João poderá construir a casa para sua filha, tendo em vista se tratar de direito real
de superfície e por ser ele o proprietário da construção-base.
c) João não poderá construir a casa para sua filha, uma vez que o direito real de laje
se limita a apenas quatro pavimentos adicionais à construção-base.
d) João só poderá construir a casa para sua filha mediante autorização expressa dos
titulares das demais lajes, respeitadas as posturas edilícias e urbanísticas vigentes.

17. Joel e Simone se casaram em regime de comunhão total de bens em 2010. Em


2015, depois de vários períodos conturbados, Joel abandonou a primeira e única
residência de 150 m2, em área urbana, que o casal havia adquirido mediante
pagamento à vista, com recursos próprios de ambos, e não dá qualquer notícia
sobre seu paradeiro ou intenções futuras. Em 2018, após Simone ter iniciado um
relacionamento com Roberto, Joel reaparece subitamente, notificando sua ex-
mulher, que não é proprietária nem possuidora de outro imóvel, de que deseja
retomar sua parte no bem, eis que não admitiria que ela passasse a morar com
Roberto no apartamento que ele e ela haviam comprado juntos.
Sobre a hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.

a) Apesar de ser possuidora de boa-fé, Simone pode se considerar proprietária da


totalidade do imóvel, tendo em vista a efetivação da usucapião extraordinária.
b) Uma vez que a permanência de Simone no imóvel é decorrente de um negócio
jurídico realizado entre ela e Joel, é correto indicar um desdobramento da posse no
caso narrado.
c) Como Joel deixou o imóvel há mais de dois anos, Simone pode alegar usucapião da
fração do imóvel originalmente pertencente ao ex-cônjuge.

d) A hipótese de usucapião é impossível, diante do condomínio sobre o imóvel entre


Joel e Simone, eis que ambos são proprietários.

18. Arnaldo institui usufruto de uma casa em favor das irmãs Bruna e Cláudia,
que, no intuito de garantir uma fonte de renda, alugam o imóvel. Dois anos
depois da constituição do usufruto, Cláudia falece, e Bruna, mesmo sem
“cláusula de acrescer” expressamente estipulada, passa a receber integralmente
os valores decorrentes da locação.

Um ano após o falecimento de Cláudia, Arnaldo vem a falecer. Seus herdeiros


pleiteiam judicialmente uma parcela dos valores integralmente recebidos por
Bruna no intervalo entre o falecimento de Cláudia e de Arnaldo e,
concomitantemente, a extinção do usufruto em função da morte de seu
instituidor.

Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.

a) Na ausência da chamada “cláusula de acrescer”, parte do usufruto teria se


extinguido com a morte de Cláudia, mas o usufruto como um todo não se extingue
com a morte de Arnaldo.
b) Bruna tinha direito de receber a integralidade dos aluguéis independentemente de
estipulação expressa, tendo em vista o grau de parentesco com Cláudia, mas o
usufruto automaticamente se extingue com a morte de Arnaldo.
c) A morte de Arnaldo só extingue a parte do usufruto que caberia a Bruna, mas
permanece em vigor no que tange à parte que cabe a Cláudia, legitimando os
herdeiros desta a receberem metade dos valores decorrentes da locação, caso esta
permaneça em vigor.
d) A morte de Cláudia extingue integralmente o usufruto, pois instituído em caráter
simultâneo, razão pela qual os herdeiros de Arnaldo têm direito de receber a
integralidade dos valores recebidos por Bruna, após o falecimento de sua irmã.

19. Jonas trabalha como caseiro da casa de praia da família Magalhães,


exercendo ainda a função de cuidador da matriarca Lena, já com 95 anos. Dez
dias após o falecimento de Lena, Jonas tem seu contrato de trabalho extinto
pelos herdeiros. Contudo, ele permanece morando na casa, apesar de não
manter qualquer outra relação jurídica com os herdeiros, que também já não
frequentam mais o imóvel e permanecem incomunicáveis. Jonas decidiu, por
sua própria conta, fazer diversas modificações na casa: alterou a
pintura, cobriu a garagem (que passou a alugar para vizinhos) e
ampliou a churrasqueira. Ele passou a dormir na suíte principal, assumiu as
despesas de água, luz, gás e telefone, e apresentou-se, perante a comunidade,
como “o novo proprietário do imóvel”. Doze anos após o falecimento de Lena,
seu filho Adauto decide retomar o imóvel, mas Jonas se recusa a devolvê-lo.

A partir da hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.

a) Jonas não pode usucapir o bem, eis que é possuidor de má-fé.


b) Adauto não tem direito à ação possessória, eis que o imóvel estava abandonado.
c) Jonas não pode ser considerado possuidor, eis que é o caseiro do imóvel.
d) Na hipótese indicada, a má-fé de Jonas não é um empecilho à usucapião.

20. Por meio de contrato verbal, João alugou sua bicicleta a José, que se
comprometeu a pagar o aluguel mensal de R$ 100,00 (cem reais), bem como a
restituir a coisa alugada ao final do sexto mês de locação. Antes de esgotado o
prazo do contrato de locação, João deseja celebrar contrato de compra e venda
com Otávio, de modo a transmitir imediatamente a propriedade da bicicleta. Não
obstante a coisa permanecer na posse direta de José, entende-se que
a) o adquirente Otávio, caso venda a bicicleta antes de encerrado o prazo da locação,
deve obrigatoriamente depositar o preço em favor do locatário José.
b) João não pode celebrar contrato de compra e venda da bicicleta antes de encerrado
o prazo da locação celebrada com José.
c) é possível transmitir imediatamente a propriedade para Otávio, por meio da
estipulação, no contrato de compra e venda, da cessão do direito à restituição da coisa
em favor de Otávio.
d) é possível transmitir imediatamente a propriedade para Otávio, por meio da
estipulação, no contrato de compra e venda, do constituto possessório em favor de
Otávio.

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