Você está na página 1de 2

QUESTÕES SOBRE POSSE (ARTS. 1.196 Ao 1.

224)
Professor(a): Vivian Camargo Curso: Direito
Unidade: São Francisco Turma(s): 7º Turno: noturno
Disciplina: Direito Civil IV Nota:
Aluno(a): Tiago Martins de Sousa Período: 5º

1. (CESPE/ TJ-PR – 2019) Com relação aos efeitos da posse:

A) o possuidor de boa-fé responde, em regra, pela perda ou deterioração da coisa, independentemente de lhe ter
ou não dado causa.
B) o possuidor de má-fé responde pela perda e deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se
comprovar que elas ocorreriam mesmo que ele não estivesse no exercício da posse.
C) o possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa somente se comprovar que elas
ocorreriam mesmo que ele não estivesse no exercício da posse.
D) o possuidor de má-fé responde pela perda ou deterioração da coisa, salvo se acidentais.
A resposta correta é a letra B, de acordo com o artigo 1.218 do codígo civil, o possuidor de má-fé responde pela
perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando
ela na posse do reivindicante.

2. (CESPE/ TJ-SC – 2019) Para que seja caracterizada a posse de boa-fé, o Código Civil determina que o possuidor:

A) apresente documento escrito de compra e venda.


B) tenha a posse por mais de um ano e um dia sem conhecimento de vício.
C) aja com ânimo de dono e sem oposição.
D) tenha adquirido a posse de quem se encontrava na posse de fato.
E) ignore o vício impedidor da aquisição do bem.
A resposta correta é a letra E, pois se o possuidor ignora o vício, ou obstáculo que impede a aquisição da coisa, é
uma posse de boa-fé, de acordo com o artigo 1.201 do código civil.

3. (CESPE/ PGM - JOÃO PESSOA - PB – 2018) Leonardo, proprietário de uma chácara, contratou Tadeu para trabalhar
como caseiro, oferecendo-lhe moradia na propriedade onde o serviço deverá ser prestado. Nessa situação hipotética, caso
ocorra o esbulho da posse da chácara durante uma viagem de férias de Leonardo, Tadeu:

A) terá legitimidade para ingressar com ação possessória, porque detém a posse direta da chácara.
B) terá legitimidade para ingressar com ação possessória, pois, nessa situação, a posse é pro diviso.
C) terá legitimidade para ingressar com ação possessória, porque a situação fática constitui composse.
D) não terá legitimidade para ingressar com ação possessória, uma vez que a sua posse é mera detenção.

A resposta correta é a letra D, pois Tadeu não tem legitimidade, pois é um mero detentor, de acordo com o artigo 1.198 do
Código Civil, que considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a
posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.

4. (CESPE/ PGM – MANAUS-AM – 2018) A respeito da propriedade, da posse e das preferências e privilégios
creditórios, julgue o item subsequente.
O ordenamento jurídico ora vigente admite a possibilidade de conversão da detenção em posse, a depender da
modificação nas circunstâncias de fato que vinculem determinada pessoa à coisa.

Sim, é possível essa conversão, desde que a subordinação seja rompida e os atos possessórios sejam exercidos em
nome próprio, ou seja, quando alguém que antes detinha um bem e passa a exercer os atos de posse de forma
independente, essa detenção pode ser convertida em posse, é o que trata o enunciado 301 da CJF da IV Jornada de
Direito Civil.

5. (CESPE/ DPE-AL – 2017) João, ciente de que seu vizinho Luciano estava realizando uma longa viagem, invadiu a casa
que era de propriedade de Luciano e passou a residir no imóvel com seus familiares, sem o consentimento do proprietário.
Luciano cultivava em seu terreno inúmeras hortaliças, as quais João passou a comercializar. Com o lucro auferido em
razão da venda das hortaliças, João instalou uma piscina no quintal de Luciano e uma rampa para cadeirantes próxima à
porta de entrada da residência, já que ele sabia que Luciano tinha uma filha usuária de cadeira de rodas. Ainda durante
o período em que João residiu na casa, houve uma tempestade que danificou o telhado da casa de Luciano. Luciano
retornou ao imóvel e retomou sua posse por ação judicial. Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar
que João:

A) poderá retirar a piscina, desde que repare os eventuais danos provocados pela sua instalação.
B) não responderá pelas hortaliças colhidas para consumo próprio.
C) responderá pela danificação do telhado da casa de Luciano.
D) deverá ser ressarcido pela construção da rampa, assistindo-lhe o direito de retenção.
E) terá direito às despesas de manutenção do cultivo das hortaliças.

A letra correspondente é a letra E, pois, João apesar de ser possuidor de má-fé ele irá responder por todos os frutos colhidos
e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem
direito às despesas da produção e custeio, de acordo com o artgio 1.216 do Código Civil.

6. (CESPE/ PGE-SE – 2017) Aquele que receber, de forma indevida, mas de boa-fé, pagamento relativo a um contrato:

A) responderá pela deterioração da coisa.


B) não terá direito de retenção de valores relativos às benfeitorias necessárias.
C) estará desobrigado de restituir a coisa caso o indébito tenha natureza objetiva.
D) fará jus aos frutos decorrentes da coisa recebida.
E) não terá direito à indenização por benfeitorias úteis.

A letra correta é a D, pois o possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos, conforme o artigo
1.214 e seu paragrafo único que trata: Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois
de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação.

7. (CESPE/ DPU – 2017) A DP realizou mutirão com famílias que ocupam um imóvel público urbano situado na encosta
de um morro. O objetivo era verificar quais diligências poderiam ser feitas em favor daquela comunidade, tendo em
vista a intensa fiscalização ambiental e urbanística no local. Com relação a essa situação hipotética, julgue o item
subsequente. Será cabível o ajuizamento de ação de usucapião pró-moradia para benefício das famílias da referida
ocupação que possuam como sua área de até duzentos e cinquenta metros quadrados por período superior a cinco anos.

Não será cabível o ajuizamento de ação de usucapião em bens públicos, pois o artigo 183 § 3º, trata que os imóveis públicos
não serão adquiridos por usucapião. O que pode acontecer é uma concessão de uso especial para fins de moradia, onde a
administração pública poderá conceder ao ocupante um imovél público urbano de até 250m², desde que aquele que vier
ocupar o imóvel não possua nenhum outro situado em área urbana ou rural e que utilize o imóvel público para a sua moradia
e de sua família , pelo prazo de 5 anos, exercida de forma pacífica e ininterrupta.

Você também pode gostar