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Direito das Coisas

IV Semestre – Noturno

Questão 01 - Qual a relação jurídica entre Uilma e Uadson?

A relação Jurídica se iniciou quando Uilma emprestou o imóvel ao seu irmão


Uadson, tendo um acordo de vontades entre os irmãos o empréstimo para
suprir a necessidade de Uadson, tendo como objeto o imóvel. Uadson se
classifica como possuidor direto, pois tem o imóvel em seu poder e Uilma como
possuidora indireta, pois cedeu o bem.

Questão 02 - Quais são as espécies de posses dos irmãos?

A posse de Uadson é classificada como, direta, pois tem o imóvel em seu


poder; justa, por se tratar de uma posse não violenta; de boa-fé, há a
presunção de que, caso haja vícios, o possuidor desconhece; posse velha,
visto que tem mais de ano e dia. A posse de Uilma é indireta, pois ela cedeu o
imóvel, justa, de boa-fé e posse velha, pelas razões supracitadas.

Questão 03 - Qual a natureza jurídica da posse de Uadson?

A posse indireta tem natureza jurídica real, e o possuidor adquire outro direito
de propriedade através da casa, sendo essa posse exercida pelo beneficiário.

Questão 04 - Qual a participação de Catita na relação instituída entre os


irmãos?
Enquanto Catita residia no imóvel com Uadson era compossuidora pro indivisa,
porém, após a separação conjugal, Uadson retornou à posse do imóvel para a
sua irmã, Uilma. Sendo assim, a posse de Catita se tornou injusta em razão de
precariedade e de má-fé.
Questão 05- Como fica Catita após a devolução do imóvel por Uadson?
Catita se torna possuidora direta, por deter a coisa em seu poder, injusta em
razão de precariedade, visto que a posse foi adquirida com abuso de confiança
e de má-fé, em relação aos vícios.
Questão 06- Qual a relação juridica entre Uilma e Catita após a saida de
Uadson?
A relação jurídica entre Catita e Uilma é simples, veiculada somente um direito
subjetivo, na qual Uilma é a parte ativa, ou seja, a titular do direito subjetivo e
Catita é a parte passiva, devedora da prestação principal, tendo a obrigação de
devolver o bem. Em síntese, no caso concreto, Uilma é a possuidora indireta e
Catita uma possuidora direta, entretanto, de má fé e injusta, cometendo assim,
o esbulho. Uilma tinha com seu irmão um comodato, sendo este, possuidor
direto, e a partir do momento em que a posse lhe é devolvida, Catita
permanece no imóvel sem sua autorização. Desse modo, com a notificação a
posse se tornou injusta e precária, e mesmo que ainda se tratasse de
comodato, esse teria fim com a notificação de desocupação por escrito. Nessa
relação jurídica em questão, Uilma tem como comprovar a posse, a data do
esbulho e a efetiva perda da posse pelo requerente, podendo nesse caso,
arguir ação de reintegração de posse nova, visto que, o prazo começa a contar
a partir do esbulho, deixando claro no caso concreto que Uadson documentou
o fim do empréstimo em 16/01/2022.
Questão 07- Qual a medida judicial pode ser implementada pela
proprietária contra Catita?
Tendo como objetivo de defesa, a proprietária do imóvel pode manejar o efeito
processual como a ação de reintegração de posse com pedido de tutela de
evidência, sendo a posse nova. O esbulho ocorreu a partir do momento em que
a proprietária perde a posse do imóvel que foi tomado sem qualquer direito
inerente sobre o bem e sem qualquer direito que legitime seu ato, a proprietária
do imóvel possui a escritura pública de compra e venda registrada no cartório
de registro de imóveis sendo como prova documental e evidencial.
Questão 08- Quais os efeitos da posse de Catita?
Em acordo com o caso concreto, tendo Catita agido de má fé e de forma
injusta, em relação a benfeitorias, caso as apresente, só terá direito a
restituição do valor gasto, quando sejam necessárias. Devendo também, se
responsabilizar em situações de deterioração do bem, respaldado no artigo
1218 do CC. Levando em consideração o Direito dos Frutos, responsabilizar-
se-á pelos colhidos, pendentes ou percipiendos. Nesse caso, cabe o efeito da
invocação do interdito possessório de reintegração de posse por parte de
Uilma.
Questão 09- Pelo tempo que Catita ocupa o imóvel poderá intentar alguma
ação judicial? Qual? Porque?
Não. Como previsto no artigo 1.238:
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem
oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a
propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual
servirá de título para o registro no Cartório de Registro de
Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á
a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua
moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de
caráter produtivo.

E o artigo 1.242:
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele
que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o
possuir por dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste
artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com
base no registro constante do respectivo cartório, cancelada
posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem
estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de
interesse social e econômico.

Dispõem acerca da usucapião, é visto que a legislação brasileira só permite


que uma pessoa possa adquirir a propriedade de um bem, seja móvel ou
imóvel, pelo uso por um determinado tempo, sem interrupção, e desde que
cumpra os requisitos exigidos pela lei. Desta maneira, o tempo de poucos
meses com a apropriação do imóvel não irá disponibilizar nenhum direito legal
a Catita para tomar medidas judiciais, e desta maneira não terá alguma posse
ou direito diante o imóvel, Uadson se registrou para sair em 16 de janeiro de
2022, e ao se ausentar da propriedade ela retornou à ser de sua irmã.
Portanto, a Catita não poderá tomar nenhuma medida diante a residência,
devido ao contrato de devolução ser entre Uadson e a irmã, a mesma não
poderá ter direito de usar o item por mais nenhum período de tempo ou tomar
qualquer outro tipo de ação legal diante o mesmo.

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