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Direito Civil IV

Caso prático

Aluna: Maria Beatriz Brasil de Albuquerque


Lima
Matrícula: 01353343
Direito 5NA
Se torna necessário analisar a legitimidade do contrato de promessa de
compra e venda e a alegação de Alana de que Beatriz se tornou apenas uma
detentora do imóvel. O contrato de promessa de compra e venda trata-se de
um acordo onde uma das partes se compromete a vender o bem e a outra
parte se compromete a compra-lo conforme estabelecido mediante certas
condições. Beatriz comprometeu-se adquirir o prédio de Alana
consequentemente as duas partes cumpriram com suas obrigações
estabelecidas em contrato. Toda via, cabe ressaltar que a promessa de compra
e venda não transfere a propriedade do imóvel, porém determina uma
obrigação de transferir a propriedade futuramente. A aquisição de posse pelo
proeminente comprador dependerá dos demais atos e eventos relacionados ao
negócio. Ou seja, Beatriz procedeu a posse do imóvel realizado atividades não
havendo imposição por nenhuma das partes, esses fatores indicam Beatriz
exerceu uma posse efetiva e contínua sobre o imóvel, podendo fundamentar
uma aquisição por usucapião se estiver de acordo com os requisitos legais.
A usucapião fornece a possibilidade de que uma pessoa adquira a propriedade
de um bem após fazer uso do mesmo por determinado período e cumprir as
condições determinadas, sendo existente usucapião extraordinária, ordinária e
especial, apesar de serem diferentes apresentam o mesmo intuito inicial,
ocorrendo mudanças em seus prazos e classificando exceções. A usucapião
extraordinária não necessita de um justo título, ou seja, de um contrato formal
de compra e venda e nem de boa-fé, permitindo que a pessoa adquira a
propriedade de um bem imóvel por meio da posse pacifica e continua num
prazo de 15 anos, de acordo com o artigo 1.238 do código civil. A usucapião
ordinária, prevista no artigo 1.242 estabelece prazos para quem adquirir
através da usucapião um imóvel de boa-fé e que possui um justo título, e por
fim a usucapião especial que é aplicável a imóveis urbanos que atendam aos
requisitos, para que seja configurado, é preciso de que o possuidor do imóvel
utilize como sua moradia ou de sua família por um prazo mínimo de cincos
anos, sem oposição e com intenção de possuir o imóvel como proprietário.
Diante a situação, Beatriz preenche os requisitos para usucapião
 O direito deve ser suscetível de usucapião: O imóvel em questão é
um prédio rústico, tornando-se passível de usucapião se preencher os
outros requisitos.
 Deve haver posse: Beatriz exerceu o imóvel entre 2006 e dezembro de
2021, com exceção do período de janeiro de 2008 a janeiro de 2009,
onde a mesma praticou atividades no terreno, porém não existiu
oposição diante as partes, ou seja, Beatriz possui a posse do imóvel.
 A posse deve ser pública e pacifica: Beatriz realizou o ato diante a
vista de todos, não havendo oposição, ou seja, tornando-se pacifica.
 Deve decorrer tempo: Beatriz passou o período de 2006 até o final de
2021, ou seja, no total mais de 15 anos, tempo suficiente para cumprir o
requisito temporal.
Dessa maneira, Beatriz possui fundamentos para pleitear o direito de
propriedade sobre o imóvel

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