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Gramática

Professor Fernando Moura

MÓDULO 3 - DOMÍNIO DA MORFOSSINTAXE DA ORAÇÃO

Olá, amante da língua!

Estudando bastante? Este PDF tem o objetivo de sedimentar o conteúdo das aulas. Concentre-se. É necessário revisar.
Rabisque o material. Logo você terá nova vida! Será policial civil!

Comecemos com o emprego das CLASSES GRAMATICAIS. De acordo com a NGB, são dez as classes gramaticais:

Substantivo
Substantivo
Artigo
invariáveis Artigo
variáveis Adjetivo
Adjetivo
Pronome

Verbo

1. Substantivo (palavra nuclear) - Do ponto de vista semântico, o substantivo é a palavra que denomina os seres em geral.

MORFOSSINTAXE: o substantivo (ou palavra com valor substantivo) funcionará sempre como núcleo dos termos. Observe:

Ex: Nossos ídolos ainda são os mesmos. (núcleo do sujeito)


Encontramos os livros na estante. (núcleo do objeto direto)
Todos carecem de respeito . (núcleo do objeto indireto)
As informações são úteis ao povo . (núcleo do complemento nominal)
As estrelas pareciam grandes olhos azuis. (núcleo do predicativo do sujeito)
A criança foi avistada pelo diretor. (núcleo do agente da passiva)
Naquela tarde, lembrei-me dos bons momentos. (núcleo do adjunto adverbial)

IMPORTANTE

Substantivos abstratos: são aqueles que designam como seres determinadas noções, estados e qualidades. De um
papel, de um pano, de uma nuvem, abstrai-se a idéia de brancura. Brancura é, assim, um substantivo abstrato. Da ideia
de morrer tira-se a ideia de morte. Já os substantivos concretos designam os seres propriamente ditos, ou seja, os nomes
de pessoas, de lugares, de um gênero, de uma espécie: mulher, cão, Câmara, vila, João, Ilhéus.

2. Artigo é a palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo (ou indeterminá-lo) e também para indicar-lhe
o gênero e o número.

MORFOSSINTAXE: o artigo, como acompanha o nome, será sempre adjunto adnominal.

Ex: O jagunço trouxe um animal.


No Brasil, todos desconfiam dos políticos.

ATENÇÃO:

O artigo sempre concorda em gênero (mas/fem) e número (sing/pl.) com o substantivo a que se refere.

Artigos definidos: O, A, OS, AS.


Artigos Indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.

Substantivação

Toda palavra ou expressão que apresentar artigo antes de si passa a ser considerada substantivo. Esse processo é o que
se chama substantivação ou derivação imprópria.

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Ex.: O sonhar é importante. (Classe gramatical: SUBSTANTIVO./ Função sintática: NÚCLEO DO SUJEITO)

3. Adjetivo é a palavra que acompanha o substantivo para indicar as qualidades ou características desse substantivo.

MORFOSSINTAXE: o adjetivo pode funcionar como adjunto adnominal ou nome predicativo. Analise cuidadosamente os
seguintes períodos:

(1) O progresso material não acontece repentinamente. (Adjunto adnominal)


(2) Nossos sonhos parecem impossíveis. (Predicativo do sujeito)
(3) Considero sua atitude infantil. (Predicativo do objeto)

IMPORTANTE

A função de predicativo também pode ser exercida pelo substantivo:

Ex: A comunicação é uma necessidade vital. (Classe gramatical: SUBSTANTIVO./ Função sintática: NÚCLEO DO PREDICATIVO
DO SUJEITO)

Locução adjetiva

É toda expressão (em geral formada de: preposição + substantivo) que exerce função de adjetivo, isto é, caracteriza o
substantivo. Sintaticamente, funciona como adjunto adnominal.

Ex: O sonho de criança me emociona. (de criança = pueril, infantil)

Substantivação do adjetivo

É bastante comum a utilização do adjetivo com substantivo. Esse fato ocorre quando, antes do adjetivo, coloca-se um
artigo.

Ex: Os desobedientes devem ser punidos. (Classe gramatical: SUBSTANTIVO./ Função sintática: NÚCLEO DO SUJEITO)

4. Numeral é toda palavra que indica quantidade, número de ordem, múltiplo ou fração.

Ex.: Ele venceu cinco partidas (quantidade)


Não teremos a sexta aula.(ordem)
Ele gastou o cêntuplo que você. (múltiplo)
Dois terços das pessoas vieram (fração)

MORFOSSINTAXE

Numeral substantivo (substitui o substantivo) = núcleo dos termos


Numeral adjetivo (acompanha o substantivo) = adjunto adnominal

Ex: Os dois devem procurar a tesouraria. (Núcleo do sujeito)


Os três navios naufragaram. (Adjunto adnominal)

5. Pronome é a palavra que acompanha ou substitui o substantivo.

MORFOSSINTAXE:

Pronome substantivo (substitui o nome): núcleo dos termos.


Pronome adjetivo (acompanha o nome): adjunto adnominal.

Ex: Todos disseram-lhe a verdade. (Núcleo do sujeito e do objeto indireto, respectivamente)


Nossos assessores entregaram aquele relatório. (Adjuntos adnominais)

O PRONOME RELATIVO pode exercer diferentes funções sintáticas:


(1) O pintor apresentou os quadros que estavam sobre a mesa. (O que substitui o antecedente “quadros” e tem função
sintática de SUJEITO do verbo “estavam”)

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(2) O pintor apresentou o quadro que você comprou. (O que substitui o antecedente “quadros” e tem função sintática de
OBJETO DIRETO do verbo “comprou”)

IMPORTANTE
a. Os pronomes O, A, OS, AS substituem o objeto direto.
Ex.: Estabeleci os rumos da sua ação./ Estabeleci-os.

b. O pronome LHE pode ter as seguintes funções sintáticas:


I. Objeto indireto: Transmiti-lhe a mensagem. (Complemento do verbo “Transmiti”)
II. Adjunto adnominal: Fechei-lhe a porta na cara. (Fechei a porta na sua cara). Tem valor de pronome possessivo.
Portanto, é ADJUNTO ADNOMINAL do substantivo “cara”.
III. Complemento nominal: Meu papel lhe é útil. (Subordinado ao adjetivo “útil”/ lhe = a ele)

6. Verbo é a palavra que designa processo (ação, estado, mudança, aparência, fenômeno da natureza)

MORFOSSINTAXE: o verbo funciona como núcleo do predicado. Exceção: verbo de ligação (função conectiva).

Ex.: As crianças sorriam no parque. (Verbo intransitivo: núcleo do predicado verbal)


Um bêbedo solitário atravessou a rua.(Verbo transitivo direto: núcleo do predicado verbal)
A situação parece tranqUila. (Verbo de ligação: o predicativo funciona como núcleo do predicado)

7. Advérbio é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, pois exprime circunstância (de tempo, lugar,
modo, etc.)

Existem, portanto, advérbios indicadores de:

• Modo: Tristemente um balão solitário caiu no meio da avenida.


• Tempo: Hoje ouvi um diálogo entre as nuvens.
• Afirmação: Sim, eu já vou embora.
• Lugar: Lá na cidade é tudo tão alto.
• Negação: Não deixou de sofrer tão cedo.
• Intensidade: Choveu bastante.
• Dúvida: O sol talvez permaneça fora mais um pouco.
• Interrogação: Ficou só para saber onde guardaria os velhos retratos

MORFOSSINTAXE: o advérbio e as locuções adverbiais funcionam, sintaticamente, como adjuntos adverbiais de acordo
com circunstância que exprimem.

Encontraremos nossos metais amanhã. (Classe gramatical: ADVÉRBIO/ Função sintática: ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO)

Locução adverbial

Expressão com valor de advérbio. Sintaticamente, é adjunto adverbial.

Ex.: À noite os assaltantes invadiram a residência do embaixador. (locução adverbial de tempo)


Cumpriu de bom grado as tarefas que lhe confiaram. (locução adverbial de modo)
Avistava-se de longe uma belíssima cachoeira. (locução adverbial de lugar)

IMPORTANTE

Advérbios interrogativos: são palavras ou expressões que, nas interrogações diretas ou indiretas, indicam circunstâncias
de causa (Por que não dizes a verdade? Quero saber por que não dizes a verdade), lugar (Onde mora sua irmã? Não sei
onde mora sua irmã), modo (Como passa você? Diga-me como passa você) e tempo (Quando prestarás exame? Quero
saber quando prestarás exame).

8. Preposição é a palavra que liga palavras (ou orações - com conjunção implícita), subordinando-as.

Observe os exemplos de ligação:

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• subordinando palavras:
Voou até o Sol com a notícia.
Nós víamos folhas de papel prontas para nossas canetas.

• subordinando orações: apenas as subordinadas reduzidas de infinitivo são ligadas à oração principal por meio de
preposição. Nesse caso, a conjunção fica implícita.
César gostaria apenas de fechar os olhos.
César gostaria apenas de que fechasse os olhos.

MORFOSSINTAXE: a preposição NÃO TEM FUNÇÃO SINTÁTICA. Funciona apenas como CONECTIVO.

Locução prepositiva

Expressão com valor de preposição, normalmente as locuções prepositivas terminam em preposições: para com, por
sobre, exceto em, acima de, abaixo de, junto a, quanto a, à procura de, à moda de, à disposição de, não obstante, apesar de,
graças a etc.

IMPORTANTE

As preposições portuguesas classificam-se em:


I. Essenciais, herdadas diretamente do latim (a, ante, com, contra, de, em, entre, per, por, sem, sob, sobre, trás), ou
indiretamente, como resultado da aglutinação de duas ou mais preposições latinas (após, até, desde, para, perante);
II. Acidentais, provenientes de palavras que, providas de significação (nomes, verbos), transformaram-se em vocábulos
gramaticais: afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mais, mediante, menos, não obstante, salvo,
segundo, senão, tirante, visto etc.

9. Conjunção é a palavra que liga palavras e orações

Ex.: Estamos aqui, mas não observaremos o material.


A lei permite que o sujeito fique livre.

MORFOSSINTAXE: como a preposição, a conjunção não tem função sintática. É apenas um CONECTIVO.

Classificam-se em coordenativas e subordinativas.

As conjunções coordenativas dividem-se em cinco tipos:


(1) aditivas, que expressam idéia de soma: “O trabalho gera riqueza e produz alegria.” “Não hesitaremos nem desistiremos.”
(2) adversativas, que relacionam elementos contrastantes: “Foi a Roma, mas não viu o papa.”
(3) alternativas, que relacionam elementos excludentes: “Dinheiro demais ou é bênção ou maldição.” “Quer queiras, quer
não queiras, irás comigo.”
(4) conclusivas, que exprimem idéia de conclusão: “Estudou bastante, logo deve ser aprovado.”
(5) explicativas, que exprimem explicação, motivo: “Não vás, porque te arrependerás.”

A Nomenclatura Gramatical Brasileira reconhece dez tipos de conjunção subordinativa:


(1) integrantes, que encabeçam orações que servem de sujeito, objeto, complemento nominal, predicativo ou aposto a
outra: “É necessário que acabemos logo.” “Não sei se isto é válido.”
(2) causais, que justificam o exposto na oração anterior: “Os preços caíram porque cresceram as importações.” “Por que
não vais a ele, se é tão amigo teu?”
(3) concessivas, que indicam um fato contrário à ação principal, mas insuficiente para anulá-la: “Insistiu em sair, embora
fosse tarde.”
(4) condicionais (se, caso, contanto que etc.), que põem a oração subordinada em relação de condição, hipótese ou
suposição para com a principal: “Caso viaje, não poderei estar contigo.”
(5) conformativas, que exprimem a conformidade da oração subordinada com a principal: “Esses dados, conforme já
anunciado, são falsos.”
(6) finais, que iniciam orações indicativas da finalidade da principal: “Fale baixo, para que Marta não acorde.”
(7) proporcionais, que introduzem orações nas quais menciona-se na subordinada um fato realizado ou a realizar-se
simultaneamente com o da principal: “À medida que a cidade crescer, mais difícil será resolver seus problemas.”
(8) temporais, que iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo: “Quando estiveres irado, conta
até dez.” “Mal chegou, foi começando a gritar.”
(9) comparativas, que ligam à principal uma subordinada que encerra comparação: “Nada é mais caro que a ignorância.”

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(10) consecutivas, que iniciam uma oração na qual se indica conseqüência do que foi declarado na anterior: “Trabalhe
sério, de modo que o respeitem.”

10. Interjeição: essa palavra, que exprime emoções, não tem função sintática.

Viva!(alegria)
Psiu! Fiquem atentos! (pedido de atenção)
Tomara que Simone consiga! (desejo)

Ufa! Há mais detalhes! Animado (a)? Estudemos, agora, os termos sintáticos com cuidado e as relações de coordenação e de
subordinação entre eles.

1. Sujeito e predicado

Sujeito: é o termo da oração que representa o ser a respeito do qual afirmamos ou negamos alguma coisa.

Predicado: é a parte da oração por meio da qual afirmamos ou negamos algo a respeito do sujeito. O predicado sempre
contém um verbo.

Os valentes jagunços encontraram a pedra.


Suj. predic.

SUJEITO SIMPLES: é aquele formado por apenas um núcleo.

Muitos problemas surgiram naquele momento.


Núcleo
Suj.

SUJEITO COMPOSTO: é aquele formado por dois ou mais núcleos.

Chapéus coloridos e guarda-chuvas velhos chamavam a atenção de todos.


Núcleo núcleo
Suj.

SUJEITO DESINENCIAL: é aquele que só pode ser conhecido pela análise da desinência verbal.

Pode ser chamado, também, de implícito, elíptico, fossilizado.


Negarás os teus parentes?
(negarás → sujeito desinencial tu )

Entendemos o processo de formação das palavras.


(entendemos → sujeito oculto nós )

SUJEITO INDETERMINADO: quando não podemos ou não queremos dizer quem é o sujeito. Este não aparece anteposto
ou posposto no contexto oracional.
Casos em que podemos verificar a indeterminação do sujeito:

Quando o verbo, sem se referir a nenhum elemento do contexto da frase, apresentar-se na 3ª pessoa do plural.

Falaram sobre a única matéria jornalística publicada.


3ª p. plur.

IMPORTANTE

Quando o verbo, sem se referir a nenhum elemento do contexto da frase, apresentar-se na 3ª pessoa do singular + SE.
Cuidado para não confundir PARTÍCULA APASSIVADORA (com sujeito determinado) e ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO
SUJEITO (com sujeito indeterminado)

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Acreditou-se em teorias obsoletas. (V.T.I. + SE - índice de indeterminação do sujeito)


3ª p. sing.

Quando o verbo no infinitivo não apresenta referente específico na construção sintática, é possível caracterizar um
sujeito genérico (ou indeterminado).

É necessário estabelecer novas metas. (Quem estabelecerá novas metas?)

IMPORTANTE

Lembre-se de que só podemos transpor para a voz passiva, em princípio, VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS (ou transitivos
diretos e indiretos). Observe:

Apresentou-se um relatório. (Voz passiva sintética ou pronominal - VTD + SE - PARTÍCULA APASSIVADORA)


Um relatório foi apresentado. (Voz passiva analítica)
Nos dois enunciados o sujeito é o mesmo: um relatório.
Comunicou-se o fato ao diretor. (Voz passiva sintética ou pronominal - VTDI + SE - PARTÍCULA APASSIVADORA)
O fato foi comunicado ao diretor. (Voz passiva analítica)

O mesmo não acontecerá com VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS, INTRANSITIVOS E DE LIGAÇÃO. Observe também os casos
em que há objeto direto preposicionado. Teremos ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO. Observe:

Confiou-se em suas propostas. (VTI + SE)


Comeu-se em um bom restaurante. (VI + SE)
É-se esperançoso no Brasil. (VL + SE)
Bebeu-se do delicioso vinho. (VTD +SE + OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO)

SUJEITO INEXISTENTE (oração sem sujeito). Observe os seguintes verbos e situações:

Haver no sentido de existir, acontecer e indicando tempo passado:


Havia alguns roqueiros no ambiente.
Há dois anos/ éramos românticos.

Fazer indicando tempo e fenômeno da natureza:


Faz três meses/ que estudo a língua.
Faz calor no Rio sempre.

Ser indicando tempo e distância:


São cinco horas da manhã.
Daqui a Brasília são vinte quilômetros.

Verbos indicativos de fenômeno da natureza.


(chover, ventar, nevar, relampejar e outros)

Chove torrencialmente em Curitiba.

IMPORTANTE

Vale a pena ressaltar a diferença entre verbos IMPESSOAIS E UNIPESSOAIS.

Muitas vezes, a idéia expressa pelo verbo não pode ser aplicada a determinadas pessoas. É o caso, por exemplo, dos
verbos que exprimem fenômenos da natureza, como chover, trovejar, ventar. Só aparecem na 3a. pessoa do singular. Os
que indicam vozes de animais, como granir, ladrar, zurrar, normalmente só se empregam na 3a. pessoa do singular e do
plural. Aos primeiros chamamos IMPESSOAIS; aos últimos, UNIPESSOAIS.

SUJEITO ORACIONAL: é aquele representado por uma oração. O verbo a que ele se relaciona estará sempre na 3a. pessoa
do singular.

É necessário obter mais lucros.


Ficou confirmado que o ministro renunciaria.

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2. ADJUNTO ADNOMINAL: é um termo que se relaciona a um nome (substantivo) para caracterizar, detalhar melhor esse
nome. São representados, morfologicamente, por artigos, adjetivos (ou locuções adjetivas), numerais e pronomes.

Pequenos flocos de espuma boiavam.

A casinha ficava em um pequeno vale.

3. VERBO INTRANSITIVO: é aquele que, por ter sentido completo, não exige nenhum termo que lhe complete o sentido. Isso
significa que o verbo intransitivo não exige complemento verbal (objeto).

As nossas encomendas chegaram.


v. intr.
Assobiava, lá fora,um vento gelado.
v. intr. suj.

4. VERBO TRANSITIVO DIRETO: é o verbo que exige, para completar-lhe o sentido, um termo não iniciado por preposição - o
objeto direto.

Alguns turistas fotografavam o mar.


v.t.d obj.dir.

5. VERBO TRANSITIVO INDIRETO: é o verto que exige um complemento (objeto) iniciado por preposição - o objeto indireto.

O motorista desconfiou de nossa conversa.


v.t.i obj. ind.
6. VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO: é todo verbo que exige dois complementos: um deles sem preposição (objeto
direto) e o outro com proposição (objeto indireto).

Todos pediram ajuda ao fiscal.


v.t.d.i obj.dir. obj.ind.

A escola fornece todas as informações aos interessados.


v.t.d.i obj.dir. obj.ind.
7. VERBO DE LIGAÇÃO: é todo verbo que estabelece um vínculo, uma ligação entre o sujeito e uma qualidade atribuída a esse
sujeito. A qualidade ( ou característica, ou modo de ser ) atribuída ao sujeito denomina-se predicativo do sujeito.

Algumas crianças estavam tristes.


suj. v. lig. obj.ind.

A torcida ficou extremamente irritada.


suj. v. lig. obj.ind.

8. VERBO TRANSOBJETIVO: é aquele que apresenta um objeto e um predicativo desse objeto.

Nossos pais consideram sua atitude corajosa.


O.D Pred. Obj.

O fraco rei faz fraca a forte gente.


Pred. Obj. O.D

IMPORTANTE

Atenção para o verbo CHAMAR (=cognominar, caracterizar, denominar, apelidar). É transitivo direto ou indireto
indiferentemente e o predicativo pode vir ou não regido pela preposição DE.

Chamei-o perverso.
Chamei-o de perverso.
Chamei-lhe perverso.

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Chamei-lhe de perverso.

9. OBJETO DIRETO: é o complemento verbal não iniciado por preposição.

Poucas pessoas já leram esse livro.


v.t.d obj. dir.

O objeto direto caracteriza-se pelo seguinte:


• toda frase que apresenta objeto direto pode ser transposta para a voz passiva.

Todos aplaudiram o jogador. (voz ativa)


v.t.i obj. dir.

O jogador foi aplaudido por todos (voz passiva)


suj.

Observe que o objeto direto da voz ativa torna-se o sujeito da voz passiva.
• o objeto direto pode, sempre, ser substituído lexicalmente por um dos seguintes pronomes oblíquos:

O, A, OS, AS

Alguns moradores conheciam o velhinho.


v.t.d obj. dir.

Substituindo o objeto direto pelo pronome oblíquo equivalente, temos:

Alguns moradores o conheciam.


obj. dir. v.t.d

IMPORTANTE

Há casos em que o objeto direto pode apresentar, antes de si, uma preposição, no entanto, não é exigida pelo verbo e pode
até ser eliminada da frase.

A notícia surpreendeu a todos.


suj. v.t.d obj. dir.
preposicionado

10. OBJETO INDIRETO: é o complemento verbal que, obrigatoriamente, vem iniciado por uma preposição (de, com, em, para,
etc. ).

Muitos já desconfiaram de você.


v.t.i obj. ind.

O poeta dedicou o livro aos jovens.


v.t.d.i obj. dir. obj. ind.

Se o verbo for transitivo direto, o pronome será


LHE, LHES → sempre objeto indireto. objeto direto. Se o verbo for transitivo indireto, o
Pronomes oblíquos como objeto.
Eu já LHE entreguei o livro pronome será objeto indireto.
Os pronomes oblíquos átonos, quando Obj. indir. v.t.d.i Obj. dir. Eu TE conheço
funcionam como objeto, são classificados: Obj. dir. v.t.d
ME, NOS, TE, VOS, SE → a classificação de
O, A, OS, AS → sempre objeto direto.
cada um desses pronomes como objeto direto Eu TE obedeço
Todos O criticaram. Obj. indir. v.t.i
Obj. dir. v.t.d ou objeto indireto depende do verbo que o
pronome estiver complementando. Eu TE enviarei o material
Obj. indir. v.d.t.i Obj. dir.

IMPORTANTE

Cuidado com os pronomes MO, TO, LHO, NO-LO, VO-LO, pois constituem a contração de dois pronomes-objetos.
Portanto, exercerão, sintaticamente, a função de OBJETO DIRETO E INDIRETO.

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Não pediria isso a você. (lhe + o)  Não lho pediria.


-o -lhe

Ele contou o caso a nós. (nos + a)  Ele no-lo contou.


-o -nos

11. OBJETO PLEONÁSTICO: é aquele que vem deslocado no contexto oracional e reforçado por um pronome pessoal oblíquo.
Essa repetição recebe o nome de pleonasmo.

As folhinhas, inventou-as algum boticário da região.


O.D O.D sujeito
pleon.

Aos regulamentos, sempre obedeci-lhes.


O. I O. I pleonástico

12. OBJETO INDIRETO dativo de posse: é aquele que apresenta valor possessivo e é representado por um pronome pessoal
do caso oblíquo. Alguns gramáticos chamam-no de objeto indireto por extensão e outros de adjunto adnominal. Esta
última classificação é mais freqüente em concursos públicos.

Roubaram-lhe o carro (lhe = seu)


Cortaram-me os dedos. (me = meus)

13. AGENTE DA PASSIVA: é o elemento que pratica a ação verbal nas frases que estão na voz passiva (isto é quando o sujeito
recebe a ação verbal.)

Muitas árvores foram destruídas pelo vento.


suj. paciente ag. da passiva

Ele será elogiado por nós ?


suj. paciente ag. da passiva

OBSERVAÇÃO: O agente da passiva corresponde ao sujeito da ativa e sempre se inicia pela preposição POR/PELO (e,
também, mais raramente, pela preposição DE).

A atriz foi cercada de fãs.

14. ADJUNTO ADVERBIAL: termo que se relaciona ao verbo para acrescentar uma circunstância qualquer ( tempo, modo,
negação, causa, lugar, dúvida, etc.).

Talvez ele não vá à cidade hoje.


adj. adv. de adj. adv. de adj. adv. de adj. adv. de
dúvida negação lugar tempo

IMPORTANTE

Locução adverbial é um termo preposicionado que tem valor de advérbio, exprimindo, portanto, a idéia de circunstância.
Sintaticamente, exercerá a função de adjunto adverbial e não pode ser confundido com objeto indireto.

Ele morreu de tuberculose.. (locução adverbial = adjunto adverbial de causa)

Na África, pessoas estão vivendo em cortiços.. (locuções adverbiais = adjuntos adverbiais de lugar)

15. PREDICATIVO: termo que expressa uma característica, um estado, um modo de ser do nome. O predicativo relaciona-se
ao nome sempre por meio de um verbo de ligação ( que pode estar expresso na frase ou subentendido nela).

O predicativo pode ser:

Predicativo do sujeito: quando a característica é atribuída ao sujeito da oração.

Os jogadores estavam nervosos.


suj. v. lig. predica. do
suj.

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Predicativo do objeto: quando a característica é atribuída ao objeto da oração.

Ninguém considerou certa sua atitude.


suj. v.t.d predicat. do obj. dir.
obj.

16. COMPLEMENTO NOMINAL: é o termo que relaciona a nomes de sentido incompleto a fim de completá-los. O complemento
nominal se assemelha ao objeto indireto, mas a diferença fundamental entre eles é que o objeto indireto inicia-se por um
preposição e completa o sentido de verbos, enquanto que o complemento nominal inicia-se por preposição e completa
o sentido de nomes.

O complemento nominal tem como principais características:


• começa sempre por uma preposição;
• está subordinado somente a: substantivos, adjetivos e advérbios;
• recebe, em muitos casos, a ação do nome que ele completa (relação objetiva, COMPLETIVA).

A população ficou revoltada com as mudanças.


nome
compl. nom.
incomp.
(adjetivo)

A acusação ao criminoso foi feita por mim.


Nome
compl. nom.
incomp.
(subst. abstr)

17. APOSTO: conforme o seu valor na oração, classifica-se em:

• EXPLICATIVO: Gudesteu, pai de Ambrosina, foi traído por todos.


• ENUMERATIVO: Tenho necessidade de três coisas: caixas, fitas adesivas e pincéis.
• RESUMIDOR OU RECAPITULATIVO: Cadeira, mesa, armário, tudo parecia velho demais.
• COMPARATIVO: As estrelas, grandes olhos azuis, espreitavam através da folhagem.
• ESPECIFICATIVO: A cidade de Roma tem belezas incontestáveis.

Um gesto positivo, por favor!


Abraço forte!
Rumo à PCDF!

Professor Fernando Moura

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