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Conteúdos
– Vozes verbais. Passiva analítica e passiva sintética;
– Discurso Directo, Indirecto, Indireto Livre
– Frases simples e frase complexas. Coordenação e subordinação.
Competências
Voz activa
Exemplos:
O Holvandro tomou o café da manhã logo cedo.
Aspiramos a casa toda.
Já fiz o trabalho.
Voz passiva
Na voz passiva o sujeito é paciente e, assim, não prática, mas recebe a
acção do verbo. A voz passiva pode ser: analítica ou sintética.
Formação da voz passiva
Exemplos:
O café da manhã foi tomado por Bia logo cedo.
A casa toda foi aspirada por nós.
O trabalho foi feito por mim.
Formação da voz passiva sintética
A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do pronome se) é
formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador "se" + sujeito paciente.
Exemplos:
Tomou-se o café da manhã logo cedo.
Aspirou-se a casa toda.
Já se fez o trabalho.
Voz reflexiva
Na voz reflexiva o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, uma vez que o sujeito prática e recebe a
acção.
Formação da voz reflexiva
A voz reflexiva é formada por:
Verbo na voz ativa + pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos), que serve de objecto directo ou, por vezes, de
objecto indirecto, e representa a mesma pessoa que o sujeito.
Exemplos:
Atropelou-se em sua próprias palavras.
Partiu-se todo naquele jogo de futebol.
Olhei-me ao espelho.
Voz reflexiva recíproca
A voz reflexiva também pode ser recíproca. Isso acontece quando o verbo reflexivo indica
reciprocidade, ou seja, quando dois ou mais sujeitos praticam a acção, ao mesmo tempo que
também são pacientes.
Exemplos:
Eu, meus irmãos e meus primos damo-nos bastante bem.
Os dias e as noites passam-se sem que haja qualquer novidade.
Sofia e Lucas amam-se.
Vozes verbais e sua conversão
Geralmente, por uma questão de estilo, podemos transpor orações que têm a voz verbal activa para orações
que têm a voz verbal passiva.
Ao fazer a transposição, o sujeito da voz activa torna-se o agente da passiva e o objecto directo da voz
activa torna-se o sujeito da voz passiva.
Discurso Directo, Discurso Indirecto e Discurso Indirecto Livre são tipos de discursos
utilizados no gênero narrativo para introduzir as falas e os pensamentos dos personagens.
Seu uso é variável, sendo modificado de acordo com a intenção do narrador.
DISCURSO DIRECTO
No discurso directo o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente
a fala do personagem. O objectivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e
espontaneidade, distanciar, ou não se responsabilizar pelo o que é dito ou, ainda, por
questões de humildade - para não falar algo que foi dito por um estudioso, por
exemplo, como se fosse de sua própria autoria. São características do discurso directo
a utilização dos verbos de elocução,
como: falar, responder, perguntar, indagar, declarar, exclamar, dentre outros.
Também a utilização dos sinais gráficos - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas. E
a inserção do discurso ao longo do texto, não necessariamente em uma nova linha.
Exemplos:
Os formados repetiam: "Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus semelhantes com firmeza e
honestidade."
O réu afirmou: "Sou inocente!"
Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar:
— Alô, quem fala?
— Bom dia, com quem quer falar? — respondeu com tom de simpatia.
DISCURSO INDIRECTO
Exemplos:
Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com firmeza e
honestidade.
O réu afirmou que era inocente.
Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar.
Cumprimentou e perguntou quem estava falando. Do outro lado, alguém respondeu ao cumprimento e
perguntou com tom de simpatia com quem a pessoa queria falar.
DISCURSO INDIRECTO LIVRE No discurso indirecto livre há uma fusão dos tipos de discurso (directo indirecto),
ou seja, há intervenções do narrador e da fala dos personagens. Entretanto, não
existem marcas que mostrem a mudança do discurso, por isso, as falas dos
personagens e do narrador - que sabe tudo o que se passa no pensamento dos
personagens - podem ser confundidas. Portanto, o discurso indirecto tem como
características a liberdade sintática e a aderência do narrador ao personagem.
Exemplos:
Fez o que julgava necessário. Não estava arrependido, mas sentia um peso. Talvez não
tenha sido suficientemente justo com as crianças…
O despertador tocou um pouco mais cedo. Vamos lá, eu sei que consigo! Amanheceu
chovendo. Bem, lá vou eu passar o dia assistindo televisão! Nas orações destacadas os
discursos são directos, muito embora não tenha sido sinalizada a mudança da fala do
narrador para a do personagem.
Algumas regras
DISCURSO DIRECTO DISCURSO INDIRECTO
Uso da 1ª ou 2ª pessoa Uso da 3ª pessoa
Verbos: Verbos:
Presente Pretérito imperfeito
Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito
Futuro do indicativo Condicional (futuro do pretérito)
Futuro do conjuntivo Pretérito imperfeito do conjuntivo
Modo imperativo Modo conjuntivo ou infinitivo
Entre estas duas orações não há uma relação de dependência. Uma não está dependente
da outra para ter sentido próprio.
Elas estão ligadas através de uma ou mais palavras a que chamamos conjunção.
Conjunções e locuções conjuncionais coordenativas:
A segunda oração, para ter sentido próprio, está dependente da primeira , está subordinada à
primeira.
Conjunções e locuções conjuncionais subordinativas
Designação Conjunções Locuções
Causais Porque, pois, porquanto, pois…que
como (= porque) Por isso que
Por isso mesmo que
Já que
Uma vez que
Visto que
Comparativa Como, segundo, conforme Assim como…assim também
bem…como
Mais…/menos…do que
Tão/tanto…como
Tanto…quanto
Concessivas Embora, conquanto Ainda que
Mesmo que
Posto que
Bem que
Se bem que
Por mais/menos que
Designação Conjunções Locuções
Condicionais se, caso A não ser que
Contanto que
Dado que
Salvo que
Excepto se
Sem que
Desde que
A menos que
Uma vez que
Consecutivas que (antecedido de tal, tão, tanto ou De forma que
tamanho) De maneira que
De modo que
De sorte que
Finais que (= para que) Para que
A fim de que
Integrantes que, se
Temporais quando, enquanto, apenas, mal Antes que
Depois que
Logo que
Até que
Sempre que
Assim que
Desde que
Todas as vezes que
Cada vez que
Classificação das orações subordinadas:
Estrela, E.; Soares, M. A.; Leitão, M. J. (2013). Saber Escrever Saber falar. 13ª. edição. D.
QUIXOTE.