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LÍNGUA PORTUGUESA

EIXO TEMÁTICO:
- Compreensão e Produção de Textos.
- Linguagem e Língua.
TÓPICOS:
1- Contexto de produção, circulação e recepção de textos.
3- Organização temática.
4- Signos não verbais (sons, ícones, imagens, grafismos, gráficos, tabelas...).
5- A linguagem como atividade sociointerativa.
6- Variação linguística no português brasileiro.
HABILIDADES:
1.0- Considerar os contextos de produção, circulação e recepção de textos, na compreensão e na produção
textual, produtiva e autonomamente.
1.7- Reconhecer o objetivo comunicativo (finalidade ou função sociocomunicativa) de um texto ou gênero
textual.
3.4- Reconhecer informações explícitas em um texto.
3.5- Inferir informações (dados, fatos, argumentos, conclusões...) implícitas em um texto.
5.0- Integrar informação verbal e não verbal na compreensão e na produção de textos, produtiva e
autonomamente.
20.0- Reconhecer o sentido como produto de interação verbal (efeito discursivo).
20.2- Reconhecer atos de linguagem realizados no uso da língua (declarar, afirmar, negar, perguntar, pedir,
ordenar, avisar, informar, convencer, persuadir, amedrontar, ameaçar, prometer...) como parte integrante
do sentido de textos ou seqüências textuais.
22.0- Valorizar as variedades do português brasileiro como elemento de identidade cultural.
22.4- Avaliar o uso de variedades linguísticas e estilísticas em um texto, considerando a situação
comunicativa e o gênero textual.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Funções de linguagem.
- Comunicação síncrona e comunicação assíncrona.
- Variação linguística.
- Interpretação de texto.

ATIVIDADES

Vamos falar sobre comunicação. Pense um pouco! Só existe comunicação quando há palavras ou
gestos? Um olhar comunica? A maneira de falar e vestir comunica?
A comunicação é um ato vital tão fundamental quanto a alimentação, a respiração e outras necessidades
fisiológicas, pois a vida torna-se inviável sem comunicação.
Para que uma comunicação aconteça, são necessários seis elementos: emissor, receptor, mensagem,
canal, contexto e código. Sem eles, não existe comunicação!
O emissor é quem comunica, solicita, expressa seu sentimento, desejo, opinião, enfim, é quem produz a
mensagem (escrita, falada ou não verbal).
Todo texto é destinado a um público específico, chamado de receptor, que receberá uma mensagem, que
consiste no próprio texto (verbal ou não) que se transmite.
Essa mensagem é transmitida por um canal, isto é, o local onde a mensagem será veiculada, como:
rádio, TV, Internet, jornal, dentre outros.
A mensagem está relacionada a um contexto, também chamado de referente. O contexto ou referente
pode ser entendido como o assunto a que a mensagem se refere, ou seja, tudo aquilo que está relacionado a ela.
Por fim, essa mensagem precisa ser expressa por um código, constituído por elementos e regras comuns tanto
ao emissor quanto ao receptor. O código usado para redigir esta mensagem é a língua portuguesa. Assim,
quando falamos ou escrevemos, usamos o código verbal e, quando usamos a arte, a imaginação e a criatividade,
é comum o uso do código não verbal (pintura, gestos etc.).

1. Analise a imagem abaixo e assinale a única letra correta:

(a) A imagem acima representa como os seis elementos da comunicação trabalham na hora de um diálogo.
Vemos que neste exemplo o código são gestos.
(b) A imagem acima representa como os seis elementos da comunicação trabalham na hora de um diálogo.
Vemos que neste exemplo o canal são gestos.
(c) A imagem acima representa como os seis elementos da comunicação trabalham na hora de um diálogo.
Vemos que neste exemplo o emissor foi demitido.
(d) A imagem acima representa como os seis elementos da comunicação trabalham na hora de um diálogo.
Vemos que neste exemplo não houve comunicação, porque o receptor não captou a mensagem correta.
(e) A imagem acima representa como os seis elementos da comunicação trabalham na hora de um diálogo.
Vemos que neste exemplo houve comunicação, porque o emissor captou a mensagem correta.

2. Leia o trecho do poema Cançao do Tamoio, de Gonçalves Dias:

"Não chores, meu filho;


Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar!"

O poema dirige-se, sem dúvida, aos leitores. Há, no entanto, no âmbito interno, uma mensagem sendo
transmitida entre dois personagens. Dito isso, o termo em destaque diz respeito a qual elemento da
comunicação?

(a) Emissor
(b) Receptor
(c) Canal
(d) Código
(e) Contexto

3. Estabeleça a relação entre as colunas, numerando a segunda de acordo com os elementos do processo de
comunicação expressos na primeira:
( 1 ) emissor ( ) Língua Portuguesa formal
( 2 ) receptor ( ) Diário Oficial, documentos e publicações
( 3 ) código ( ) Órgãos Públicos e público em geral
( 4 ) canal ( ) programas e projetos da Administração Pública
( 5 ) mensagem ( ) informações, comunicados e registros
( 6 ) contexto ( ) Órgãos Públicos

Vamos estudar sobre comunicação síncrona e comunicação assíncrona

Em um mundo cada vez mais conectado e dinâmico, a boa comunicação é ainda mais importante para
construir relações, sejam elas pessoais ou profissionais.
A comunicação síncrona é quando temos a oportunidade de falar com alguma pessoa de maneira direta.
Ou seja, o emissor passa a mensagem e o receptor responde, sendo que o diálogo ocorre naquele momento.
Dessa forma, as mensagens emitidas por uma pessoa são imediatamente recebidas e respondidas por outras
pessoas.
Já a comunicação assíncrona é a que está desconectada do tempo e do espaço. Ou seja, o comunicador e
o receptor podem manter relacionamento na medida em que tenham tempo disponível. O objeto da
comunicação é enviado, e permanece disponível para conhecimento do destinatário no momento em que este se
conecta.

4. Observe as imagens abaixo e classifique-as em comunicação síncrona ou comunicação assíncrona.

(a) Comunicação Síncrona (c) Comunicação Síncrona


(b) Comunicação Assíncrona (d) Comunicação Assíncrona

(a) Comunicação Síncrona (c) Comunicação Síncrona


(b) Comunicação Assíncrona (d) Comunicação Assíncrona

5. Com o avanço da tecnologia, a comunicação entre as pessoas também mudou e, com isso, surgiu uma nova
forma de interação. Assinale a alternativa que apresenta a ferramenta que contempla uma comunicação
assíncrona.

(a) Videoconferência.
(b) Chat.
(c) Chamada de vídeo.
(d) Aula on-line (transmissão ao vivo).
(e) Vídeoaula.
Releia o conteúdo referente aos elementos da comunicação? Observe que o contexto é a situação
particular em que se desenvolve o ato de comunicação. Ele é formado por elementos linguísticos (o discruso)
combinados a elementos não linguísticos (local, assunto, número de interlocuttores, tipo de relação – pessoal,
social, profissional – entre eles etc).
Sendo assim, é importante pensarmos sobre as variedades linguísticas, pois uma língua oferece a seus
usuários diferentes “jeitos de falar e escrever” e, segundo a linguística, não existe uma forma “melhor” (certa)
ou “pior” (errada) de empregar uma língua.
A variedade culta é uma entre as várias formas de usar a língua. É empregada em situações mais
formais, por integrantes dos grupos sociais de maior nível de escolaridade e de maior influência social, políttica
e econômica. Caracteriza-se principalmente pela presença de estruturas frasais mais complexas, pelo
vocabulário masi elaborado (menos “comum”) e pela adequação às regras da gramática normativa.
A variedade informal é empregada cotidianamente nas situações informais de comunicação por
integrantes de todos os grupos sociais. Caracteriza-se pelo vocabulário mais “comum”, pelo emprego de frases
e estruturas simples, pela pouca (ou nenhuma) observancia às regras da gramática normativa e pela presença de
frases feitas, expressões populares e gírias.

6. Leia um diálogo típico das redes sociais e assinale a única alternativa correta:
k@ty@: - Kd vc? To c sds de vc!
Artur: - To em kza, hj tah fmz aki.
k@ty@: - Pq vc naum resp m msg?
Artur: - Rlx, to d boa. Jah t lg.

(a) Essa passagem não se concretiza como texto, pois, as regras gramaticais de ortografia, acentuação,
utilização da letra maiúscula, etc, são totalmente deixadas de lado pelo autor do scrap.
(b) Em um ponto de vista gramatical a passagem não corresponde a um texto porque ela não expressa
claramente a informação que o autor (dele) quis passar.
(c) Não corresponde a um texto por não apresentar coesão e coerência, além disso, o texto não pode ser
compreendido por causa das falhas gramaticais.
(d) Trata-se de um texto verbal coerente, que se manifesta através abreviações e símbolos, os quais, na escrita,
provocam estranheza, mas, lidos no seu lugar de origem, cumprem sua função comunicativa.
(e) Trata-se de um texto verbal que evidencia a linguagem digital, e é considerado errado, pois o local em que
foi empregada essa linguagem, o Whatsapp, não é suporte para esses desvios ao português padrão.

Leia o fragmento do texto Feias, sujas e imbatíveis.

As baratas estão na Terra há mais de 200 milhões de anos, sobrevivem tanto no deserto como nos polos e podem
ficar até 30 dias sem comer. Vai encarar?
Férias, sol e praia são alguns dos bons motivos para comemorar a chegada do verão e achar que essa é a melhor
estação do ano. E realmente seria, se não fosse por um único detalhe: as baratas. Assim como nós, elas também ficam
bem animadas com o calor. Aproveitam a aceleração de seus processos bioquímicos para se reproduzirem mais rápido e,
claro, para passearem livremente por todos os cômodos de nossas casas.
Nessa época do ano, as chances de dar de cara com a visitante indesejada, ao acordar durante a noite para beber
água ou ir ao banheiro, são três vezes maiores.
Revista Galileu. Rio de Janeiro: Globo, nº 151, fevereiro de 2004, p. 26.
7. A expressão "Vai encarar?" é marca de linguagem
(a) científica.
(b) formal.
(c) informal.
(d) regional.
(e) normativa.
Leia o texto de Sírio Possenti.
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso
deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades escritas? Não deve
mais corrigir? Não!
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português
correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes
do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo dos dos cadernos de cultura
dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.

(POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 – adaptado).

8. Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da língua
portuguesa implica, entre outras coisas, saber

(a) descartar as marcas de informalidade do texto.


(b) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla.
(c) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto.
(d) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico.
(e) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.

Observe com atenção o Cartum.

Frank e Ernst – Bob Thaves. O Estado de S. Paulo. 22.08.2017.

9. O efeito de humor presente no cartum decorre, principalmente, da

(a) semelhança entre a língua de origem e a local.


(b) falha de comunicação causada pelo uso do aparelho eletrônico.
(c) falta de habilidade da personagem em operar o localizador geográfico.
(d) discrepância entre situar-se geograficamente e dominar o idioma local.
(e) incerteza sobre o nome do ponto turístico onde as personagens se encontram.

Leia o texto de Luís Fernando Veríssimo.


A História, mais ou menos

Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um plá de que tinha nascido um Guri. Viram o cometa
no Oriente e tal e se flagraram que o guri tinha pintado por lá. Os profetas, que não eram de dar cascata, já
tinham dicado o troço: em Belém, da Judeia, vai nascer o Salvador, e tá falado. Os três magrinhos se
mandaram. Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto para Belém, como mandava o catálogo,
resolveram dar uma incerta no velho Herodes, em Jerusalém. Pra quê! Chegaram lá de boca aberta e
entregaram toda a trama. Perguntaram: onde está o rei que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente e
viemos adorá-lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes, que era oligão, ficou grilado. Que rei era
aquele? Ele é que era o dono da praça. Mas comeu em boca e disse: joia. Onde é que esse guri vai se
apresentar? Em que canal? Quem é o empresário? Tem baixo elétrico? Quero saber tudo. Os magrinhos
disseram que iam flagrar o Guri e na volta dicavam tudo para o coroa.
VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.

10. Na crônica de Verissimo, a estratégia para gerar o efeito de humor decorre do(a):

(a) linguagem rebuscada utilizada pelo narrador no tratamento do assunto.


(b) inserção de perguntas diretas acerca do acontecimento narrado.
(c) caracterização dos lugares onde se passa a história.
(d) contraste entre o tema abordado e a linguagem utilizada.
(e) emprego de termos bíblicos de forma descontextualizada.

Referências

AMARAL, Emília... [et al.]. Novas Palavras. 1º Ano. 3. ed. São Paulo: Ftd, 2016.

RODRIGUES, Jean. Elementos da comunicação. Disponível em:


http://professorjeanrodrigues.blogspot.com/2018/07/atividade-sobre-elementos-da-comunicacao.html. Acesso
em: 05 jan. 2021.

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