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A arte de falar em público - Turma 2022A

Bem-vindo(a)!

Neste curso você vai aprender um pouco mais sobre a habilidade de se comunicar bem e como
se preparar para falar em público. 

O curso foi criado pelas professoras Diná Sônia de Queiroz e Fábia de Assis Arão para a Rede
e-Tec e possui dicas importantes de como educar a voz e falar bem, preparando você para
enfrentar o medo da plateia e falar bem público. Além disso, você aprenderá sobre a
importância dos elementos de comunicação, linguagem verbal e não verbal.

O curso está organizado em 2 módulos, totalizando 20 horas. Ao final de cada módulo é


disponibilizado um questionário avaliativo.

Bons estudos

1.1 História da oratória


Foi no século V a.C., na Grécia, com a preocupação pelo domínio da expressão verbal que
surgiu a oratória. Naquela época, os cidadãos comuns, usurpados de suas propriedades e de
outros direitos, precisavam se defender dos ataques dos tiranos de Siracusa. Então, Tísias e
Córax instruíram os advogados dessas vítimas a sustentarem suas razões nos tribunais da cidade
por meio de uma boa argumentação. Esses dois pioneiros chegaram a publicar um tratado, que
não chegou aos nossos dias, mas foi-lhes atribuído o mérito de iniciar a retórica.

Ainda na Grécia Antiga, foi com Aristóteles que a arte da oratória encontrou campo fértil para
seu desenvolvimento. É de Aristóteles a mais antiga obra sobre oratória intitulada de “Arte
Retórica”, a qual chegou até nossos dias. Era uma obra em 3 volumes que se referia,
respectivamente:

 Linha de argumentação a ser seguida pelo orador;


 A ensinar como o ouvinte aprende as ideias;
 À exposição da estrutura do discurso e suas partes.

Outro grego famoso foi Demóstenes que, apesar de gago, tornou-se o maior orador da Grécia.
Conta-se que colocava pedras na boca e falava mais alto que o som das ondas do mar.

Assim, como ocorreu com outras áreas do conhecimento, a oratória penetrou em Roma e,
mesmo com a resistência das autoridades romanas a essa influência, como o fechamento de
escolas que ensinavam a arte de falar, isso não diminuiu o interesse do povo pela oratória. E,
somente após a saída do censor Crasso, as escolas de oratória foram reabertas e frequentadas
com muito entusiasmo. Como orador romano, destaca-se Cícero, considerado um orador
perfeito, escritor admirável e dotado de inteligência invejável.

Depois de Cícero, vem Quintiliano (século I d.C.) que reuniu todos os conhecimentos existentes
acerca da oratória em sua obra, “Instituições Oratórias”, maior fonte de consulta até hoje.
Este material foi baseado em:
QUEIROZ, Diná Sônia de; ARÃO, Fabia de Assis. A arte de falar em público. Cuiabá:
Instituto Federal de Tocantins/Rede e-Tec, 2013.

Última atualização: terça, 15 jun 2021, 15:45

1.2 A importância dos elementos de comunicação


A comunicação é uma forma de se relacionar com o outro, quer seja por gestos, toques, palavras
ou qualquer outro meio que simbolize uma troca de informação. Segundo Kroth no artigo “O
que é comunicação”, o verbo comunicar vem do latim comunicare, que significa participar,
fazer, saber, tornar comum. Assim, percebe-se que a comunicação é a base para a vida em
sociedade por ser responsável pelas relações humanas.

Mas, para que ocorra a comunicação, é necessária a compreensão da mensagem pelos falantes,
pois não existe comunicação se o que é dito por um não é compreendido pelo outro. Nesse caso,
a comunicação envolve elementos importantes para que se realize. Vejamos esses elementos no
esquema abaixo:

 Emissor ou destinador: alguém que emite a mensagem, responsável pelo início do


processo comunicativo.
 Receptor ou destinatário: a quem se destina a mensagem. O alvo da comunicação –
quem recebe e decifra a mensagem.
 Mensagem: é o objeto da comunicação, o conteúdo que é transmitido pelo emissor.
 Código: maneira por meio da qual a mensagem é transmitida: língua, gestos, imagens,
etc.. A comunicação só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
 Canal: meio físico ou virtual, que permite a circulação da informação enviada pelo
emissor. Ao falar, por exemplo, são emitidas ondas sonoras, a voz, permitindo o contato
entre emissor e receptor.
 Referencial ou Contexto: também chamado de referente, é a situação na qual emissor e
receptor estão inseridos para a interpretação da mensagem.

Em todo processo comunicativo, há a participação desse conjunto de elementos, para assegurar


a troca de informações. Tudo funciona da seguinte maneira: o emissor, por meio de um canal,
oral ou físico, transmite a mensagem, utilizando um código, fala ou gestos, que deve ser
compreendido (decodificado) pelo receptor, para que ocorra a comunicação dentro de um
contexto.

Em um esquema, os elementos da comunicação podem ser representados assim:

Figura 1 - Elementos da comunicação

Para uma comunicação eficiente, é necessário conhecer os elementos da comunicação para a


organização das ideias, seja na função de emissor ou receptor de um texto. É importante,
também, que o leitor reconheça o tipo de texto, para que adquira posturas diferentes diante das
variedades de gêneros encontrados. 

Quando o emissor de um texto desconhece o valor dos elementos envolvidos na comunicação,


isso, muitas vezes, prejudica a elaboração e, consequentemente, a compreensão de um texto.

Se a comunicação eficaz é o entendimento, é necessário, primeiramente, que o emissor


reconheça o objetivo do que se quer dizer, para organizar esses elementos em seu texto.
Para que você compreenda melhor, saiba que em cada texto produzido, ao envolvermos esses
elementos da comunicação, enfatizamos um elemento ou mais, de acordo com nossa intenção.
Na produção de um texto publicitário, por exemplo, se a nossa intenção é vender um produto, a
ênfase é a mensagem e quem queremos atingir, o receptor.

Na elaboração de um texto verbal ou não-verbal o emissor deve avaliar:

1. Quem falará e com quem falará? (emissor/receptor)


2. De que assunto irá falar? (mensagem)
3. Que recursos serão utilizados para transmitir a mensagem? (canal)
4. Qual a intenção da mensagem? (contexto)
5. Que linguagem será utilizada para transmitir a mensagem? (código)

Imagine um médico (emissor) que utiliza uma linguagem técnica para explicar a doença a um
paciente (receptor), e este não domina a linguagem (código) daquele. Obviamente não haverá
comunicação entre eles, pois, com certeza, o paciente não compreenderá o que o médico lhe
disse. Nesse caso, o emissor:

1. não avaliou quem era o receptor da mensagem;


2. não adequou o código a seu receptor;
3. não avaliou a intenção da mensagem.

Outro ponto importante é avaliar se o receptor está compreendendo a mensagem. Cheque,


sempre que possível, fazendo perguntas sobre o que você expôs até aquele momento, ou
pedindo para ele relembrar os pontos principais do assunto.

Não se esqueça de que reconhecer os elementos de comunicação em um texto se trata de


compreensão singular para o processo comunicativo, tanto de quem elabora, quanto de quem
recebe o texto.

Aos poucos, você perceberá que falar bem é um condicionamento, um exercício de polidez na


arte de empregar a palavra. Por isso, fique atento aos elementos da comunicação, dando a
devida atenção às relações estabelecidas entre o emissor, o receptor, a mensagem empregada, o
código utilizado e o meio físico (fala, escrita, desenho) pelo qual se dará a comunicação, para
auxiliá-lo na produção e na avaliação de um texto. 

Referência:

KROTH, Elias. O que é comunicação. Disponível em: Acesso em: <www


.unifra.br/professores/ maicon/> Acesso em: 07 jul 2013.

Este material foi baseado em:


QUEIROZ, Diná Sônia de; ARÃO, Fabia de Assis. A arte de falar em público. Cuiabá:
Instituto Federal de Tocantins/Rede e-Tec, 2013.
Última atualização: segunda, 28 jun 2021, 11:59
1.3 Cuidados com a pronúncia
Muitas vezes, adquirimos hábitos provenientes da linguagem oral e não nos corrigimos
ao expressarmo-nos em público. A cada ambiente de comunicação nos são exigidas
posturas diferentes,  principalmente no que diz respeito à linguagem. Portanto, a
preocupação com a pronúncia, o tom da voz e a escolha dos vocábulos são
imprescindíveis para a oratória.
A dicção deve ser uma preocupação na arte de falar bem. Uma pessoa que não
pronuncia bem as palavras terá uma comunicação comprometida. É comum leitores
simplesmente não conseguirem  passar nenhuma expressão no que dizem. Desconhecem
que, ao se expressar, é preciso reconhecer a importância dos recursos da palavra, como
a tonalidade, timbre e volume da voz. Não sabem que a harmonia  do texto está na
combinação e entonação dos sons articulados e, para isso, além de uma pontuação
adequada, é preciso estar atento ao tipo de mensagem, que vai indicar se o som deve ser,
por exemplo, grave ou  agudo.

Problemas de dicção
A dicção é a forma de se expressar que, devido à pronúncia, pode ser clara ou não. Um
problema de dicção, muitas vezes, advém de uma característica da língua oral, um
desleixo do falante, ou porque o emissor fala baixo,  ou alto, ou rápido ou troca uma
letra por outra. Observe descuidos que remetem a problemas de dicção:

Omissão do “R” e “S” no final das palavras 

“Vou levar” por “vou levá”;

“Fizemos” por “fizemo”.

Omissão de sílabas

“Vamos embora?” por “vambora?”

“Você precisa se alimentar bem de agora em diante.” por “Cê pricisa se alimentá de
agora indiante.”

Omissão da semivogal, por ser mais branda, nos ditongos

“Peixe” por “pexe”;

“Estourou” por “estorô”.

Rotacismo – troca de "L" por "R"

“Clássico” por “crássico”

Troca de “LH” por ditongos

“Palhaço” por “paiaço”

“Alho” por “aio”


Intolerância à pronúncia de algumas sílabas

“Não sei o que estão fazendo aqui.” por “Num sei o qui tão fazeno aqui”.

Altura da voz
A tonalidade ou altura da voz diz respeito ao emprego de um som grave ou agudo. Aqui
não faremos um estudo profundo sobre esses sons, mas demonstraremos um
comportamento do senso comum. Podemos perceber,  por exemplo, que cada assunto
tem sua especificidade e requer uma tonalidade de voz diferente. Imagine uma
repreensão feita com voz aguda, ou um elogio, com voz grave? Nesse caso, percebe-se
que a escolha do  som deve ser indicada pelo assunto. 

O mesmo comportamento deve ser adotado em relação ao timbre, altura da voz. Você já


teve oportunidade de participar de seminários em que os palestrantes falam baixo? Ou
um professor que não articule as palavras com mais intensidade? Por mais que tenha
uma voz suave, meiga e bonita, induzirá a falta de veracidade  no que diz. Lembre-se de
que um discurso precisa de ênfase, imponência nas palavras, que virá aliado aos
recursos utilizados pelo orador, certo?

Algumas dicas para uma boa dicção:

 Treine leituras e ouça sua voz;


 Pronuncie as palavras compassadamente, sem redução ou troca de letras;
 Esteja atento à pontuação e ao tipo de assunto tratado;
 Dê entonação ao que diz (sons graves ou agudos);
 Não fale alto e nem baixo demais, adeque o volume de sua voz.
 Lembre-se de que o corpo também fala: gestos e olhares, sem exagero,
complementarão o que diz.

Trava-língua
Que tal exercitarmos um pouco? Você sabe para que serve o trava-línguas? Isso! Serve para
melhorar a dicção. 

Figura 1 - Trava-língua
Fonte: Site Dicionário Popular

Por isso, o exercício é uma primeira leitura, em voz alta, com calma, e a seguir aumentar a
velocidade na fala. Perceberá que, aos poucos, sua dicção irá melhorar. Vamos lá?

 Sabendo que sei e sabendo que sabes e o que não sabe e o que não sabemos, ambos
saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos
sabedores.
 Paga o pato, dorme o gato, foge o rato, paga o gato, dorme o rato, foge o pato,
paga o rato, dorme o pato, foge o gato.
 Feijão, melão, pinhão, mamão. Meijão, malão, feinhão, pimão.
 Pifão, feilão, manhão, memão. Majão, pilão, menhão, feimão.
 A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que o sábio não sabia e que o
sabiá não sabia que a sábia não sabia que o sabiá sabia assobiar.
 Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos possibilidade
para pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para
propugnar pelo presente pleito pois prejulgamos pugna pretárita perfeitíssima.

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QUEIROZ, Diná Sônia de; ARÃO, Fabia de Assis. A arte de falar em público . Cuiabá:
Instituto Federal de Tocantis/Rede e-Tec, 2013.

Última atualização: terça, 29 jun 2021, 22:48


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1.4 Como educar a voz
Um dos pré-requisitos para a arte de falar em público é que o orador tenha a voz de um locutor
de rádio. Seria bom, não? Mas isso não é privilégio de todos. Portanto, temos que estudar meios
de educar a nossa voz, para que ela seja, no mínimo, agradável. É cansativo ficar perto de
alguém que tem uma voz que não agrada, ou porque fala alto demais, ou muito rápido ou por
que tem voz muito aguda. Por isso mesmo, todo orador tem que se preocupar com a repercussão
de sua voz para que não se torne um incômodo aos ouvintes. Peça opiniões de quem entende
e pratique algumas atividades como:

 cuidados com a respiração - Mantenha o corpo ereto para que o ar circule livremente
pelo aparelho fonador e o ajude na dicção das palavras. Saiba que, quando respiramos,
levamos o oxigênio ao cérebro e essa atividade é responsável por manter nosso controle
emocional.
 relaxe a musculatura – pronuncie as palavras compassadamente;
 não grite, nem cochiche. Use voz média;
 não deixe a voz cair, nem a levante em início ou fim de frases;
 fale sempre para frente, discorrendo o olhar para todo o público; destaque as sentenças
de maior seriedade, varie o tom e a intensidade da voz. Isso auxiliará os ouvintes a
entenderem melhor e evitará a monotonia e até mesmo que caiam no sono;
 não pigarreie ou tussa (beba bastante água, principalmente em ambientes com ar
condicionado);
 não use roupas apertadas, principalmente na região do pescoço e da cintura;
 evite sprays, pastilhas e balas drops, pois estes atuam como anestésicos, e mascaram sua
condição vocal.

A seguir, observe um exercício para adquirir uma boa respiração:

1. Deite-se no chão;
2. Coloque um livro em cima da barriga e outro no peito;
3. Procure respirar com a parte abdominal, elevando o livro da barriga.
4. Inspire, manter 3 segundos e expirar (durante a inspiração, eleve os braços lateralmente
e solte-os na expiração).

Lembre-se: a inspiração ocorre quando os pulmões e o diafragma se enchem de ar, as


costelas se elevam, o diafragma (um  músculo localizado embaixo dos pulmões) desce, e a
caixa toráxica se alarga; na expiração,  ocorre o inverso: o diafragma sobe, as costelas descem,
e o ar que sai dos pulmões, como consequência desse processo, é  usado na fonação.

Veja no vídeo as dicas de um fonoaudiólogo para melhorar sua fala:

O vídeo é uma fala do fonoaudiólogo Charleston Teixeira.

Charleston: Bom, eu falo rápido. E aí? O que eu posso fazer? A fonoaudiologia pode promover
inúmeros exercícios para melhorar sua fala. Eu vou citar dois exercícios que podem colaborar
para que você desacelere na hora de falar.

O primeiro deles é organizar a respiração, porque a respiração é a base da nossa fala. Então
sente-se confortável, com a coluna ereta, e você vai inspirar ar pelo nariz e soprar pela boca.
Dessa maneira aqui: (O fonoaudiólogo inspira o ar pelo nariz em um movimento lento e
contínuo e, em seguida, faz a expiração da mesma forma).

 A respiração, de preferência, tem que ser mais abdominal para liberar as tensões do pescoço,
dos ombros e ser confortável. Prolongue agora o som do /s/, dessa maneira: (O fonoaudiólogo
solta o ar com os dentes cerrados, promovendo o fonema /s/ de forma contínua em todo o
processo de expiração)

E, agora, coloque essa respiração nos meses do ano. Conte de 3 em 3 ou conte de 4 em 4, até
chegar ao ano todo. Por exemplo: Janeiro, Fevereiro, Março, Abril - Maio, Junho, Julho, Agosto
- Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro (respirando nos intervalos). 

 E agora é só transformar esse exercício de controle da fala com a respiração na sua fala
espontânea. Então, é interessante que, quem fala muito rápido, controle sua respiração e procure
observar melhor articulação das palavras.

Essas são algumas dicas que a Fonoaudiologia pode fazer por você, caso persista o seu
problema, procure um fonoaudiólogo.

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QUEIROZ, Diná Sônia de; ARÃO, Fabia de Assis. A arte de falar em público. Cuiabá:
Instituto Federal de Tocantis/Rede e-Tec, 2013.

1.5 Dicas importantes na arte de falar bem


Lembrem-se de que o sinal enfático dado às sílabas ou às palavras é decorrente do assunto
tratado, da atenção que se quer dar ao termo. A palavra deve impactar o receptor para que ele
retorne-a com  um feedback. Nesse caso, o falante deve assumir posturas do emissor de um
texto, sabendo o valor e o objetivo daquilo que se diz. A única diferença entre uma pergunta e
uma afirmação é a entonação dada,  e, para que seu objetivo seja alcançado, o emissor deve
empregar o tom e a ênfase merecida. Uma frase pode ter seu sentido completamente adulterado,
se não colocarmos o sinal enfático no lugar certo.

Veja essas situações, resultantes da pontuação empregada no texto.

1. Não é mentira. Fui eu quem contou isso.


2. Não. É mentira! Fui eu quem contou isso!
3. Não! É mentira! Fui eu. Quem contou isso?
4. Não é mentira? Fui eu? Quem contou isso?

Agora, observe essa outra situação: João, você não pagou o aluguel?
Ênfase dada a “você”:

- João, você não pagou o aluguel?

A pessoa indagada será influenciada a responder: Eu? Paguei sim.

Ênfase dada a “não pagou”:

- João, você não pagou o aluguel?

A pessoa indagada será influenciada a responder: “Eu paguei, sim.

Ênfase dada a “aluguel”:

- João, você não pagou o aluguel?

A pessoa indagada será influenciada a responder: O aluguel? Paguei, sim.

Você observou a diferença que o texto adquire diante de entonações diferentes dadas à leitura?!
O emissor ciente desse fato pode mudar a persuasão de seu texto de acordo com sua intenção.

Outra questão muito séria, relacionada ao discurso, trata-se da escolha do vocabulário. O


emprego de um termo é muito significativo para a valorização  de um texto. Veja:

1. Era um negócio lucrativo em que todos queriam investir.


2. Parecia querer investir no povo com aquele negócio que balançava no ar.

Observe que se trata de um mesmo vocábulo, mas com significados diferentes em cada
contexto. O vocábulo “negócio” tem conotação literal na frase 1 e, figurada, na 2. Nesse caso,
na frase 2, seu sentido é  vago, impreciso e vulgar, perdendo, assim, na qualidade do texto. Já
o verbo “investir”, apesar de ter conotações diferentes, não vulgariza o valor  da mensagem. A
conclusão a que se quer chegar é a de que a escolha  do vocábulo tem grande influência para a
qualidade do texto.

Atenção aos cuidados que devem ser tomados nas situações formais de comunicação. Procure
evitar:

1. Gírias - Massa, caramba, louco e outros.


2. Interrogações repetitivas - Né? Certo? Entende? Concorda?
3. Tratamentos íntimos - Gata, querida, lindinha, amor.
4. Expressões condicionais - Eu acho que, pode ser, talvez. Emprego do futuro do pretérito
do indicativo em frases como: “Vocês poderiam... Tudo poderia ser”.
5. Vícios próprios da linguagem falada informal - “Tipo assim”, “Deixa eu falar”, “A
nem”, “E aí” e outros.

Confira no vídeo algumas dicas para identificar e evitar os vícios de linguagem: 

O vídeo é uma fala de Reinaldo Polito, mestre em Ciências da Comunicação.


Reinaldo: É impressionante como alguns vícios vão aparecendo e tomando conta da nossa
comunicação! Nos últimos tempos, um vício que voltou - porque já tinha ido embora e voltou -
é o “Tipo assim... tipo...tipo assim... tipo…”. As pessoas não têm a mínima noção de que
utilizam essas palavras durante as conversas. Isso fica muito chato. Outro vício muito comum,
dependendo da região, é o “Então... então...então…” ou aquele que vai contar uma história e “E
aí...e aí... e aí…”. São vícios chatos. Esses vícios acabam até irritando as pessoas quando estão
conversando. E, para falar de um outro vício que apareceu nos últimos tempos e que é utilizado
com frequência é o “Na verdade...na verdade...na verdade...na verdade…”. A pessoa diz o “na
verdade” até para contar uma mentira, às vezes.

Preste atenção, vale a pena você gravar as suas conversas. Hoje, é tão simples de você gravar
essas conversas com seu celular, depois ouça porque esses vícios normalmente aparecem muito
nas conversas mais informais. Se você perceber a repetição de algumas palavras, ou algumas
expressões que estão fora de contexto, comece a eliminar para que as suas conversas e
apresentações sejam, ainda mais, interessantes.

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QUEIROZ, Diná Sônia de; ARÃO, Fabia de Assis. A arte de falar em público. Cuiabá:
Instituto Federal de Tocantis/Rede e-Tec, 2013.

1.6 Teste seus conhecimentos


Agora que você já explorou sobre o curso, vamos testar seus conhecimentos!

É importante que você faça com calma e atenção. Após enviar sua resposta definitivamente,
você poderá conferir seus acertos e visualizar a correção das questões. E não se preocupe em
anotar tudo, pois as questões ficarão disponíveis após respondê-las, com as respostas que você
escolheu.

Avaliar 8,67 de um máximo de 10,00(87%)

Questão 1
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
São exercícios que ajudam a desenvolver uma boa dicção:

a.

Adequar o volume de sua voz, pronunciar as palavras compassadamente e não dar atenção à
linguagem corporal.
b.

Estar atento à pontuação e falar bem alto.

c.

Treinar leituras, ouvir a própria voz e pronunciar as palavras apressadamente.

d.

Dar entonação ao que diz, pular a pontuação e treinar leituras.

e.

Estar atento à pontuação e dar entonação ao que diz.


Questão 2
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Associe os elementos da comunicação.
Resposta 1
Alguém que emite a mensagem, responsável pelo início
Emisssor ou destinador
do processo comunicativo.

Resposta 2
É o objeto da comunicação, o conteúdo que é
Mensagem
transmitido pelo emissor.

Resposta 3
A quem se destina a mensagem. O alvo da comunicação
Receptor
– quem recebe e decifra a mensagem.

Maneira por meio da qual a mensagem é transmitida:


Resposta 4
língua, gestos, imagens, etc.. A comunicação só se
Código
concretizará, se o receptor souber decodificar a
mensagem.
Também chamado de referente, é a situação na qual Resposta 5
emissor e receptor estão inseridos para a interpretação Referencial ou contexto
da mensagem.
Meio físico ou virtual, que permite a circulação da
Resposta 6
informação enviada pelo emissor. Ao falar, por
exemplo, são emitidas ondas sonoras, a voz, permitindo Canal
o contato entre emissor e receptor.
Questão 3
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Assinale a alternativa que a representa a fala mais adequada de um apresentador durante uma
palestra.

a.

Eu acho que foi em 1991, mais ou menos, que comecei a perceber isso.

b.

Boa noite, senhoras e senhores. Hoje eu vim aqui conversar com vocês sobre relações
interpessoais.

c.

Você pode, tipo assim, falar que não tem formação para isso.

d.

E aí, galera, tudo beleza?

e.
Vocês vão ver que é assim que acontece, entende?
Questão 4
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
leituras
Para uma boa dicção, é preciso treinar    e ouvir a própria voz, estar
pontuação entonação volume
atento à    , dar    às palavras, adequar o    de
linguagem
voz e estar atento à    corporal como gestos e olhares.
Questão 5
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Arte retórica
 , do filósofo grego Aristóteles, é a mais antiga obra
oratória
sobre    que chegou aos nossos dias. Em 3 volumes, a obra se refere à linha
argumentação
de    a ser seguida pelo orador, a ensinar como o ouvinte aprende
ideias estrutura
as    e à exposição da    do discurso e suas partes.

Questão 6
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão
Texto da questão
O sinal enfático  dado às sílabas ou às palavras é está relacionado à atenção  que se quer dar ao
termo, ao impacto  que se quer provocar no receptor . A diferença entre uma pergunta e uma
afirmação é a entonação  dada, e, para que seu objetivo seja alcançado, o emissor  deve
empregar o tom  e a ênfase  necessária. Uma frase  pode ter seu sentido completamente
adulterado, dependendo de onde se emprega o sinal enfático.
        

Questão 7
Incorreto

Atingiu 0,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Embora sejam comuns na conversação informal, alguns fenômenos linguísticos devem ser
evitados em uma apresentação em público. Assinale a frase correta no contexto de uma
comunicação formal.

a.

Ouvi dizer que Pedro compro uma casa nova.

b.

Respeito deve ser um sentimento recípocro.

c.

Vamos dexar assim.

d.

Entendemos que ele iria acaba o trabalho.

e.

Maria ganhou uma blusa de aniversário.


Questão 8
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Todos os elementos do processo comunicativo são importantes para uma comunicação eficiente.
A responsabilidade de reconhecer esses elementos e desenvolver uma boa compreensão do texto
é tanto de quem elabora quanto de quem recebe o texto.
Escolha uma opção:

Verdadeiro 

Falso

Questão 9
Parcialmente correto

Atingiu 0,67 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
A dicção  deve ser uma preocupação na arte de falar bem. Uma pessoa que não pronuncia bem
as palavras terá uma comunicação  comprometida. Ao se expressar, é preciso reconhecer a
importância da tonalidade , do timbre e do volume  da voz. A pontuação  do texto, a partir da
combinação e da entonação dos sons articulados, também leva em consideração
uma harmonia  adequada.
     

Questão 10
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão
Texto da questão
Relacione os conceitos referentes à fala e à pronúncia.

Resposta 1
Jogo de palavras para exercitar dicção e pronúncia. Trava-língua

Ocorre quando o diafragma sobe, as costelas descem e o ar Resposta 2


que sai dos pulmões, como consequência desse processo, Expiração
é usado na fonação.
Resposta 3
Ocorre quando os pulmões se enchem de ar, as costelas se
Inspiração
elevam, o diafragma desce e a caixa toráxica se alarga.

Resposta 4
Diz respeito ao emprego de um som grave ou agudo. Tom de voz

Resposta 5
Fenômeno linguístico caracterizado pela substituição do "l"
Rotacismo
pelo "r".

Palavras, expressões e construções linguísticas que fogem da Resposta 6


norma culta, por descuido ou desconhecimento do emissor, e Vício de linguagem
por vezes atrapalham a fluidez e a compreensão da fala.

Avaliar 9,50 de um máximo de 10,00(95%)

Questão 1
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Qual das alternativas abaixo compreende uma boa prática para apresentação em público?

a.

Relaxar a musculatura e pronunciar as palavras compassadamente.

b.
Aumentar o volume da voz no início e no final das frases.

c.

Não beber água, usar balas e pastilhas para limpar a garganta.

d.

Não falar direcionado para o público.

e.

Falar sempre no mesmo tom.


Questão 2
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Foi com Cícero, na Grécia Antiga, que a arte da oratória encontrou campo fértil para seu
desenvolvimento.
Escolha uma opção:

Verdadeiro

Falso 

Questão 3
Parcialmente correto

Atingiu 0,50 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Quais fatores o emissor deve levar em consideração ao produzir um texto:
a.

O que o receptor está pensando.

b.

Qual será a segunda intenção da mensagem.

c.

Quem está falando e com quem está falando.

d.

Qual assunto será abordado.

e.

Quais recursos e linguagem utilizar para impressionar o receptor.


Questão 4
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão
Utilizar uma linguagem excessivamente técnica em uma apresentação pode impedir a boa
compreensão da audiência, se ela for composta por pessoas que não dominam essa linguagem.
Por isso, é importante que o falante dê atenção a um dos elementos da comunicação conhecido
por:

a.

Canal

b.
Código

c.

Entonação

d.

Oratória

e.

Mensagem
Questão 5
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão
"Conta quantos contos contastes quando contavas contos."
"Três pratos de trigo para três tigres tristes."
"A aranha arranha a rã. A rã arranha a aranha. Nem a aranha arranha a rã. Nem a rã arranha a
aranha."
Utilizadas para exercitar a pronúncia das palavras, estas frases são exemplos de:

a.

Anedotas

b.

Provérbios

c.
Trava-línguas

d.

Vícios de linguagem

e.

Pleonasmos
Questão 6
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão
Embora sejam comuns na conversação informal, alguns fenômenos linguísticos devem ser
evitados em uma apresentação em público. Assinale a frase correta no contexto de uma
comunicação formal.

a.

Vamos dexar assim.

b.

Ouvi dizer que Pedro compro uma casa nova.

c.

Maria ganhou uma blusa de aniversário.

d.

Respeito deve ser um sentimento recípocro.


e.

Entendemos que ele iria acaba o trabalho.


Questão 7
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão
Relacione os conceitos referentes à fala e à pronúncia.

Resposta 1
Ocorre quando os pulmões se enchem de ar, as costelas se
Inspiração
elevam, o diafragma desce e a caixa toráxica se alarga.

Resposta 2
Jogo de palavras para exercitar dicção e pronúncia. Trava-língua

Palavras, expressões e construções linguísticas que fogem da Resposta 3


norma culta, por descuido ou desconhecimento do emissor, e Vício de linguagem
por vezes atrapalham a fluidez e a compreensão da fala.
Resposta 4
Fenômeno linguístico caracterizado pela substituição do "l"
Rotacismo
pelo "r".

Resposta 5
Diz respeito ao emprego de um som grave ou agudo. Tom de voz

Ocorre quando o diafragma sobe, as costelas descem e o ar Resposta 6


que sai dos pulmões, como consequência desse processo, Expiração
é usado na fonação.
Questão 8
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão
Texto da questão
leituras
Para uma boa dicção, é preciso treinar    e ouvir a própria voz, estar
pontuação entonação volume
atento à    , dar    às palavras, adequar o    de
linguagem
voz e estar atento à    corporal como gestos e olhares.
Questão 9
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Associe os elementos da comunicação.
Maneira por meio da qual a mensagem é transmitida:
Resposta 1
língua, gestos, imagens, etc.. A comunicação só se
Código
concretizará, se o receptor souber decodificar a
mensagem.
Resposta 2
É o objeto da comunicação, o conteúdo que é
Mensagem
transmitido pelo emissor.

Resposta 3
A quem se destina a mensagem. O alvo da comunicação
Receptor
– quem recebe e decifra a mensagem.

Também chamado de referente, é a situação na qual Resposta 4


emissor e receptor estão inseridos para a interpretação Referencial ou contexto
da mensagem.
Meio físico ou virtual, que permite a circulação da
Resposta 5
informação enviada pelo emissor. Ao falar, por
exemplo, são emitidas ondas sonoras, a voz, permitindo Canal
o contato entre emissor e receptor.
Resposta 6
Alguém que emite a mensagem, responsável pelo início
Emisssor ou destinador
do processo comunicativo.

Questão 10
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00


Marcar questão

Texto da questão
São exercícios que ajudam a desenvolver uma boa dicção:

a.

Estar atento à pontuação e dar entonação ao que diz.

b.

Treinar leituras, ouvir a própria voz e pronunciar as palavras apressadamente.

c.

Dar entonação ao que diz, pular a pontuação e treinar leituras.

d.

Estar atento à pontuação e falar bem alto.

e.

Adequar o volume de sua voz, pronunciar as palavras compassadamente e não dar atenção à
linguagem corporal.
2.1 Como enfrentar o medo?
Normalmente, quando recebemos a missão de fazer uma apresentação em público, a primeira
sensação é um friozinho na barriga, seguida de uma série de indagações: será que vou dar
conta?  E se me der um branco na hora e não me lembrar do que preciso falar? E se eu não
agradar ao público? E se eu disser alguma bobagem?

Todos esses questionamentos são frutos do medo. Por isso, é importante conhecer de onde pode
vir esse medo e como amenizá-lo para encantar sua plateia. Certas experiências indicam que
existem algumas causas do medo. Observe:

 educação rígida demais (pais que não admitem que os filhos errem);
 educação protetora (pais que fazem tudo pelos filhos, impedindo que desenvolvam seus
próprios aprendizados);
 experiências mal sucedidas (criando a falsa ideia de que vai dar sempre errado);
 falta de experiência (não praticar algo ou fazê-lo poucas vezes não constrói
aprendizados, impedindo o desenvolvimento da habilidade);
 perfeccionismo (excesso de autocrítica – a busca pelo ‘ótimo’ não admite o ‘bom’ como
resultado de um trabalho e o impede de continuar tentando);
 pessimismo (a falsa crença de que não vai dar conta);
 nervosismo (falta de concentração);
 ansiedade (impaciência);
 baixa autoestima (não acreditar em si mesmo).

E o que fazer para amenizá-lo?

Nossa primeira preocupação, ao falar em público, deve ser dominar o assunto sobre o qual
falaremos. Para que se tenha esse domínio, um ponto importante é ser o responsável pela
elaboração do conteúdo a ser apresentado.  Enquanto se planeja, pesquisa e constrói a
apresentação, automaticamente, você vai fixando o tema e o raciocínio vai tomando um
caminho lógico em sua mente. Se não for possível construir o conteúdo porque  você o receberá
pronto, restando só apresentá-lo, você precisará estudá-lo com muita atenção e antecedência.
Quando conhecemos o assunto, tudo fica mais fácil. Isso aumenta a nossa confiança, tornando o
nosso  contato com a plateia bem menos traumático. Nesse caso, as estratégias para vencer o
medo terão mais efeito. Logo abaixo, você encontrará algumas delas para ajudá-lo a amenizar o
medo de falar em público.

Estratégias para diminuir o medo diante do público:

 domine o assunto (não confie no “na hora, sai”. Estude. Prepare-se. Informe-se. Não há
outro meio);
 adquira confiança (quanto mais você acreditar em você, quanto mais dominar o assunto
e quanto mais praticar, mais aumentará sua confiança);
 utilize um roteiro para a sua explanação (precisa ter começo, meio e fim. A construção
de um roteiro o ajudará na organização da sua fala se, durante a apresentação, surgirem
dúvidas, ou esquecer algo);
 empregue as técnicas de comunicação estudadas (pense na mensagem que você quer
transmitir/seu objetivo, no receptor/seu público-alvo no canal/o meio a ser utilizado,
etc. Deve haver uma integração entre esses elementos, para que sua comunicação surta
o efeito desejado);
 treine sua apresentação (o treinamento é muito importante, pois é o momento que
avaliaremos o tempo gasto, os vocábulos empregados, a entonação e possíveis
mudanças a serem feitas em nosso discurso. Além disso, esse ensaio é uma forma de
vencer a tensão, porque assim você projeta como será a apresentação, o
desenvolvimento e o seu fechamento);
 administre sua tensão (mantenha o equilíbrio. Técnicas de respiração podem ajudar.
Outra dica é escolher pontos fixos no ambiente onde irá falar, para direcionar o seu
olhar – normalmente no fundo da sala, quando se está receoso de encarar os olhos da
plateia);
 atente-se ao local de apresentação (faça um mapa mental sobre o espaço reservado para
você se posicionar, evitando perder o contato visual com o seu público e a ocorrência de
algum incidente – tropeços, quedas, etc.).

Conheça o terreno em que vai pisar

O orador inteligente é aquele que chega preparado. Saiba que, por mais que o assunto não mude,
uma apresentação nunca será a mesma da anterior. Muda-se o cenário, o tipo de público, os
instrumentos para apresentação e tais mudanças exigem novos emissores (novas atitudes dos
emissores). Diante disso, o orador deve adquirir a postura de um investigador para organizar seu
texto em conformidade com:

 o local da apresentação;
 a ordem das apresentações, se houver mais de um palestrante;
 participação do público (se haverá um período para perguntas e respostas);
 o tipo de público (criança, jovem, idoso, nível cultural);
 o tempo disponível;
 os instrumentos disponibilizados para a explanação: retroprojetor, computador, TV,
vídeo, lousa, etc.

Todos esses fatores influenciarão na forma como realizará sua apresentação. Você adequará a
mensagem ao público, usando os instrumentos e tempo disponíveis, evitando repetir assuntos já
abordados por outros  palestrantes que estiverem no mesmo evento. Um ponto que vale frisar
é: tenha toda a apresentação na sua mente. Já imaginou se você prepara o material para
apresentar no telão (contando que haverá esse recurso) e de  repente você é surpreendido(a) com
a informação de que não há esse recurso? Ou, pior, a energia vai embora e você precisa explanar
o seu conteúdo  apenas verbalmente? Planejar a sua apresentação e fazer a adequação  da
mesma, conforme mencionado acima, é de extrema importância, mas é preciso ter um plano B
que, nesse caso, é tê-la sempre em sua mente.

Neste vídeo, a fonoaudióloga, especialista em oratória e palestrante Katia Campelo revela


algumas técnicas para falar em público.

O vídeo acima é uma palestra da fonoaudióloga Katia Campelo, em que ela fala sobre "Como
falar em público? Técnicas de oratória"
Bom dia a todos e a todas! Primeiramente, eu agradeço o convite e obrigado também a vocês
por estarem aqui e poder compartilhar um pouco desse conhecimento que eu sou apaixonada.
Como a Júlia me apresentou, eu sou fonoaudióloga, especialista em oratória e treinamentos
comportamentais. Eu desenvolvo o meu trabalho não só utilizando a oratória, como muitas
pessoas acreditam, que é uma ciência para aquelas e aqueles indivíduos que precisam falar em
público. Tenho uma palestra, preciso fazer uma apresentação de mestrado, doutorado ou fazer
uma reunião, então eu vou procurar um recurso técnico - oratória é isso. É isso também, mas
não é só isso.

Essa palavra, oratória, vem de “orar” que significa voltar a atenção para si e, portanto, perceber
os efeitos na comunicação. Se isso é fato, se essa palavra tem todo esse poder de conteúdo, o
que nós entendemos é que todos esses recursos não servem apenas para que eu possa estar aqui
diante de vocês e ter uma fala bonitinha, uma fala agradável, uma fala clara e objetiva. Esse é
um dos objetivos da oratória. Mas, se significa voltar a atenção para si e perceber que efeitos
que eu causo com a minha comunicação, eu posso ir além, eu posso utilizar todas as técnicas
trabalhadas nessa ciência para perceber a minha comunicação no dia a dia, perceber como é que
eu me comunico com o meu funcionário, como é que eu me comunico com as pessoas com as
quais eu negocio, como é que eu me comunico com o mundo de uma forma geral…

odos os aspectos relacionados ou envolvidos na comunicação podem ser trabalhados através da


oratória. E o que é falar em público? Hoje eu estou aqui falando em público com vocês. É fácil
perceber isso. Estou em um palco, tem um microfone e tem pessoas me assistindo, então
entendemos que isso é o falar em público. Falar em público pode ser falar com o público de uma
pessoa, o que muitas vezes pode ser mais difícil do que falar com uma plateia simpática como
essa. Em muitos momentos, dependendo de quem seja essa tal pessoa, pode ser um desafio
muito maior do que falar para uma plateia com mil pessoas, com 400 pessoas ou com 200
pessoas, dependendo do grau de autoridade. É isso, vem do nosso processo de educação e do
nível inconsciente. Hoje, eu não vou desenvolver sobre esse assunto, vamos falar um pouco
mais sobre outros aspectos, tendo em vista que temos aqui presente, e nos assistindo também,
uma plateia de empreendedores. O objetivo da palestra de hoje vai ser focar na fala direcionada
para isso. Como a Júlia já me apresentou, vou pular essa parte da apresentação. O tema da nossa
palestra é: Comunicação eficiente, resultados eficazes. O que diz isso? O que é a comunicação?
O nome já diz, gente - comunique uma ação - comunicação é o ato ou efeito de tornar comum.
Isso é comunicação! Vocês concordam comigo que nós “tornamos comum” o tempo inteiro? O
tempo inteiro você torna comum. Quieta e me ouvindo você torna comum o seu jeito de olhar,
torna comum o tom da sua voz, torna comum os seus gestos, os seus ombros, os seus quadris, a
sua base, absolutamente tudo em mim causa um efeito. Bacana, eu sei disso, é claro… Mais ou
menos claro, nem sempre é tão claro assim. Eu sei que torno comum, mas eu consigo perceber
absolutamente tudo que expresso? Por que, então, eu questiono os resultados que tenho se eu
tenho consciência sobre absolutamente tudo que o expresso e se a minha comunicação é de
minha responsabilidade? Porque muitas vezes nós ouvimos que a culpa é do outro “fulano que
não me entende”, alguém já disse isso aqui? Maridos falam “fulano não entende”, “minha
esposa não entende” ou “parece que eu falo grego”. Sei que vocês presentes não falam isso das
esposas, nem as esposas presentes falam isso dos maridos. É muito interessante observar como
nós não temos consciência da nossa comunicação. Se alguém nos diz: “Ai, você é tão agressiva”
ou então “Que pessoa egoísta”, você diz “Eu? nossa, eu não sou assim. Você que é.”

A responsabilidade da comunicação é do comunicador, é de quem comunica. Portanto se algo


em mim reflete essa característica na minha imagem, significa dizer que eu não tenho
consciência, mas tenho responsabilidade. Porque se sou eu quem expressa, eu preciso responder
pelos efeitos que eu mesma causo. Mas, fala a verdade, ainda é muito mais fácil colocar a
responsabilidade no outro: "Aí, os meus clientes não prestam atenção, não sei por que fui fazer
uma negociação e o meu meu cliente super agressivo, super arrogante, super isso, super
aquilo…” Eu não sei lidar com isso, porque não tenho consciência da forma como me expresso.
A comunicação é o ato ou efeito de tornar comum.

Foi realizada uma pesquisa, na universidade da Califórnia em Los Angeles, esta pesquisa é
conhecida, está em vários livros, ela foi realizada em 1996 e ficou constatado que: 55% dos
efeitos da nossa comunicação são causados pela expressão corporal (pelo não-verbal), 38% pela
expressão verbal e apenas 7% é o conteúdo. Sempre alguém na platéia que levanta a mão diz
assim: “Kátia, você está me dizendo que o conteúdo não é importante?” Eu disse isso? Eu disse
o seguinte: Que essa pesquisa mostra que se você não tiver uma boa forma de expressar, esse
conteúdo não tem eficácia.

Já aconteceu com vocês, comigo já, estar em uma reunião ou estar em uma empresa e saber
muito sobre determinado assunto, são mestrados e doutorados, dominam aquele conteúdo, então
vem alguém (que não sabe tanto, mas fala com a propriedade) e você diz “Meu deus, essa
pergunta é exatamente a pergunta que eu ia fazer!” ou “O meu chefe não percebe que eu…” . É
você que não comunica de uma forma eficaz, não são os seus clientes que não percebem. Nós
vamos ver isso depois, quando vão comprar na concorrência por causa da comunicação. Então
tudo é responsabilidade da comunicação? Claro que não, eu preciso dominar o conteúdo porque
esses 7% são super importantes, mas essa pesquisa mostra que eu também posso acabar com
eles.

Eu costumo brincar que as emissoras não sabem o que estão perdendo, porque, como
fonoaudióloga e professora de oratória, me considero uma excelente artista. Para representar
essa pesquisa: Vocês chegam aqui, não conhecem a Kátia, e a Júlia apresenta - “Vamos lá
receber a Kátia Campelo, ela é fonoaudióloga e diretora do espaço oratória e vai falar para
vocês sobre comunicação”. Então eu entro e chego até aqui, começo a falar com vocês e,
observe que eu continuo com a mesma expressão corporal, mas eu fiz uma ligeira mudança na
minha voz, muito leve. (A oradora torna a voz mais aguda) E se eu mudar também na expressão
corporal, no corpo, desculpe é que eu estava um pouquinho nervosa, (a oradora ri da situação) a
mudança também na expressão corporal… (a oradora retorna ao formato de apresentação
original) Sou uma artista, fala a verdade. Se eu mudasse na expressão corporal, a forma como
vocês me receberiam teria sido totalmente diferente. Agora, aqui, eu fiz uma voz infantilizada,
mas pode ser que eu mudasse também um pouco, muito pouco, se vocês puderem observar no
tom da minha voz, nos meus gestos e na expressão facial (A oradora torna a voz e os
movimentos mais rígidos). Nesse momento, eu continuo com o mesmo conteúdo: 55% dos
efeitos da comunicação são causados pela expressão corporal, 38% pela expressão vocal, eu
imagino que todos vocês já tenham pelo menos ouvido falar nessa pesquisa! ( A oradora retorna
ao formato de apresentação original) Gente, assim nós funcionamos, é claro que eu exagerei,
mas no dia a dia nós temos movimentos inconscientes que nós não percebemos. Que o mundo
vive o efeito e nós escolhemos um resultado. “Kátia, mas tem um detalhe, eu elevo queixo
porque eu tenho um problema na coluna”. Sim meu bem, mas você causa um efeito. “Eu falo
com a voz assim porque eu acho bonitinho”. “Eu tenho uma forma mais agressiva porque eu sou
uma pessoa muito objetiva.”. Nós escutamos muito isso lá no curso, “eu sou uma pessoa muito
objetiva”, ótimo eu também sou, mas você pode mudar a sua forma. Porque “com” significa
junto, a comunicação tem o objetivo de aproximar. Mas, em muitos momentos, nós utilizamos
essa comunicação para distância e, mais ainda, para distância dos nossos objetivos.

Em muitos momentos nós utilizamos a nossa comunicação para nos distanciar dos nossos
objetivos. Às vezes, ou melhor, na maioria das vezes não percebemos que é nossa
responsabilidade. Se isso é fato, se tudo isso que eu estou falando e que não sou eu que digo, é
resultado de pesquisa, o que eu posso fazer para mudar? Como é que eu posso trabalhar através
de recursos técnicos, através daquilo que eu tenho? Porque a respiração eu tenho, a voz eu
tenho, ritmo da fala eu tenha, expressão corporal tem, tudo está em mim é só acessar. Eu só
preciso conhecer, porque se eu não tenho consciência, não posso fazer nada, eu simplesmente
ajo ou reajo. Como a nossa palestra é para empreendedores, quem são vocês? Aí vem alguém
dizer “Eu sou Ana", “Eu sou João”, “O Alexandre, a Maria, a Kátia…”. Quem somos nós, nós
somos essas pessoas? Não. Nós somos nós, mas no momento que estou aqui eu não sou a Katia
Campelo apenas, eu sou a marca da empresa. De que forma eu exponho para vocês esta marca,
por qual motivo amanhã vocês vão se lembrar da Kátia Campelo, neste momento sim porque eu
estou numa uma questão específica de palestra, mas vocês, os clientes de vocês, vocês com o
chefe de vocês porque, gerentes, diretores, seja qual for o cargo que você ocupa como
empreendedor, a sua comunicação representa a empresa. A sua empresa pode ser você, como é
o meu caso, a empresa sou eu, então se hoje vocês estão aqui me assistindo, amanhã, ao
pensarem na contratação de um treinamento para a empresa de vocês, é a Kátia que está
representando através de uma comunicação, eficiente ou não, a marca dela.

Assim nós fazemos com os nossos clientes. Vai uma pessoa me vender uma propaganda, fazer
marketing da empresa e chega lá fulano de tal representando a empresa x, um mês depois, eu
digo que não comprei e eu falo com uma amiga “Olha, essa propaganda não me passa
segurança”. Nesse caso, eu vou dizer o nome da pessoa? Claro que não, a empresa x não me
passa segurança, nem me lembro o nome da pessoa. Nós recebemos tantas, então nós não nos
lembramos disso. Por isso, quando nós estamos à frente de qualquer cargo, empresa ou ideia,
um empreendimento, seja qual for, porque somos vendedores desde pequenos, não somos nós e
sim a representação daquela ideia. É muito interessante falar sobre isso, porque quando nós
atendemos uma empresa, nós escutamos o seguinte “Olha Kátia, já estou no mercado há x anos,
a empresa tem um bom nível, tem um bom rendimento, mas eu sinto que a minha comunicação
não está muito bacana com os meus funcionários e às vezes eu tenho uns problemas, mas isso
não me incomoda muito.”. A primeira pergunta é: Por que me chamou aqui? Não te incomoda,
por que me chamou aqui? A segunda questão é: Se a sua comunicação com os seus funcionários
não te incomoda, me estranha você dizer que os seus resultados são maravilhosos, porque são os
seus funcionários que representam o seu negócio. Aí, nós podemos falar dos diversos níveis em
que a nossa comunicação pode ser ineficiente. Às vezes, eu tenho uma comunicação que é
eficaz na minha casa, me comunico bem com meu filho, com meu marido, com a minha mãe,
com meu pai, com a minha família e eu levo o mesmo tipo de comunicação para o meu
trabalho. Chega no trabalho, essa comunicação não serve ou vice versa (eu tenho uma
comunicação no meu trabalho e ao olhar para a minha casa não serve), então preciso perceber o
que aquela situação pede de mim. Eu preciso ser mais autoritária, mais direcionada, mais
segura, mais afetiva, mais próxima, mais emocional? O que é preciso nesse momento, o que
meu cliente pede, o que aquela pessoa que é responsável por um contrato que eu espero há anos
precisa que eu traga na minha forma de expressão? E, aí, vem a técnica. Porque na técnica eu
consigo perceber em que momento eu devo mudar o ritmo da fala, o tom da minha voz, a minha
respiração e todo o resto. Caso você esteja dizendo que eu vou ser um robô “É um teatro!”, isso
significa que eu estou aqui com vocês e essa não é a Kátia, eu não mostro a Kátia pra vocês?
Não, gente. Até porque o homem é um ser emocional que pensa, não é um ser racional que tem
emoção, nós somos seres emocionais. Quando nós nascemos, somos apenas emoção. Depois
desenvolvemos a razão.

Então, quando eu escuto algo - seja uma palestra, uma venda, uma negociação ou o que for - eu
preciso perceber o equilíbrio entre razão e emoção. Logo, não adianta estar aqui simulando
alguém que eu não sou. Eu posso falar bonitinho, eu posso falar com organização, com técnica,
ser uma mestra na arte da oratória, mas eu não vou conseguir tocar o coração de vocês. Não tem
como, porque vocês com 55% e com os 38%, independentemente do conteúdo, vocês vão
perceber, mesmo não conhecendo a técnica, mas vocês conseguiram perceber que é artificial. Já
tiveram essa sensação? Conversarem com alguém e “Nossa! Artificial, estranha essa pessoa,
não me passa proximidade, não me passa a verdade, não me passa segurança.”. Então, uma
perguntinha: “Por que as pessoas deixam de comprar?” E a outra: “Por que as pessoas
compram?” É muito interessante e vou mostrar pra vocês o resultado das pesquisas, vocês vão
perceber que precisamos de um equilíbrio entre razão e emoção, as pessoas deixam de comprar:
1%, porque morrem, 4%, porque mudam de empresa, 5% por razões pessoais, 9% por vantagens
oferecidas, há 12% insatisfeitos com seus produtos ou serviços (aqui eu duvido) e 37% por
indiferença no atendimento. Isso é comunicação.

Eu contei recentemente em uma palestra, que eu fui a um café. Eu não bebo café, não sou fã
dessa bebida, e eu fui encontrar com uns amigos que já estavam no café. Chegando lá, um
garçom chegou pra mim e disse “A senhora aceita um café?” eu respondi “Obrigada, não gosto
de café, não bebo café.” Então, ele virou para mim e disse “Mas sorvete a senhora gosta,
respondi “Verdade, eu adoro, mas eu acabei de almoçar. Eu prefiro não tomar um sorvete
agora”. Ele: “Tudo bem, não tem problema. Vamos fazer o seguinte, a senhora prova um
sorvete de Nutella e, em uma outra oportunidade, a senhora volta aqui e toma um sorvete”, não
tinha como dizer não “Tá bom, vou aceitar sua prova”. É claro que eu comprei um sorvete na
hora, mesmo tendo acabado de almoçar. O que é isso? Atendimento. Simpático, soube me
abordar, teve uma ótima comunicação... atendimento. E, às vezes, nós deixamos de comprar por
atendimento.

 Recentemente, foi uma pessoa me vender uma propaganda e ele falou, falou, falou muito
agressivo, no final, eu disse ok (eu estava com o tempo corrido) eu cortei o que ele dizia eu
disse “Ok, mas qual é o custo disso?” Ele virou e disse “Quanto a senhora acha que isso custa?”,
na hora a resposta foi “Senhor, se eu soubesse, eu não estaria aqui perdendo meu tempo nem o
seu. Claro que eu não sei quanto custa”. Então, ele me estimulou a devolver uma resposta um
pouco mais agressiva, o que eu não faria normalmente, mas a forma foi inadequada.
Atendimento é a comunicação. Nós atendemos seja um cliente, seja um parceiro, seja um
funcionário e isso é a comunicação. Por que as pessoas compram? Forte apelo emocional. Os
homens, presentes no sofá, dirão que só compram quando precisam, não deixa de ser uma
emoção para saciar um desejo ou uma necessidade. Nós compramos pelos pares (impressionar
marido, namorado ou companheiro) por status (aquele carro, aquele apartamento, aquela bolsa,
aquela roupa), por prestígio (status também), por segurança (eu me sinto segura quando me
visto assim, me sinto segura quando tenho esse carro, me sinto segura com esse seguro, com
esse plano de saúde, etc) e por autoafirmação (nós pertencemos a uma sociedade, então todos
nós temos o desejo de fazer parte, temos medo da rejeição e necessidade de aceitação).
Algumas pessoas vão falar “Mas eu não tenho necessidade de aceitação, não estou nem aí para a
opinião do outro", duvido. Eu brinco e digo “Então saía sem roupa no dia de calor”, eu adoraria,
mas não posso porque vivo em uma sociedade, porque é importante saber lidar com a opinião
do outro. Nós compramos também por causa do outro. Aqui eu vou falar como que nós
conseguimos equilibrar isso, razão e emoção. Porque, eu deixo de comprar por razão, porque eu
tenho um pensamento de Um produto que não é bom, o atendimento não é bacana e eu entendo
isso, não fui cortejada da maneira como eu gostaria, as pessoas não foram educadas, não foram
pacientes ou foi muito agressivo, foi muito bonzinho, passivo… Eu compro também por um
forte apelo emocional. Nós, como empreendedores, precisamos de um equilíbrio entre razão e
emoção. Como fazer isso na forma? A razão nós passamos com firmeza, objetividade, clareza e
com a sílaba tônica à firmada. Nesse último vem o “pulo do gato”. Então a razão é passada com
a sílaba tônica firmada, “Meu deus, o que essa professora está dizendo?”. Lembram da época da
escola? Eu vi um pessoal um pouquinho mais novo do que eu o que deve se lembrar. A sílaba
tônica é a sílaba mais forte, serve para trazer o significado da palavra. Mas, ninguém nos
ensinou, que também serve para trabalhar com objetividade e clareza.

Dependendo da forma como eu acentue a sílaba tônica, eu mudo totalmente a emoção passada
na minha fala. Então gente, toda palavra tem uma sílaba tônica, cada frase tem uma palavra
tônica e cada discurso tem uma frase tônica. Como o nosso foco é para empreender, vamos falar
apenas da palavra. Então se toda a palavra tem essa sílaba mais forte, através dela, nós
conseguimos passar firmeza, objetividade, clareza, definição, limite (você deixa muito claro até
onde a pessoa pode ir), mas só isso basta? Lembram? O homem é um ser emocional que pensa.
Isso é pouco, então nós precisamos equilibrar a razão com a emoção. Porque a emoção passa
afeto, proximidade e paciência com a sílaba tônica prolongada Vamos lá, eu estou aqui agora e
vou falar com vocês sobre uma ideia, sobre um relatório, eu vou vender um produto. Eu preciso
do equilíbrio dos dois. razão e emoção. Quais os fatores que me inibem? Eu posso ficar ansiosa,
nervosa, com medo do meu cliente não comprar e isso tudo vai atuar na minha linguagem. Pode
ser que eu fale rápido, pode ser que respire de uma forma inadequada e algumas pessoas dizem
assim que (não é o caso de vocês, tenho certeza) “Eu falo rápido porque eu penso rápido”, já
ouviram isso? Eu brinco com a pessoa que diz isso “Quer dizer que eu que não falo rápido,
penso devagar, tenho um retardo no pensamento?” Na hora a pessoa disse: "Não, eu não quis
dizer isso.” Mas subentende-se, a comunicação é subliminar. Se você fala rápido, é porque você
vivencia um processo ansioso. “Ah, mas eu falo rápido o tempo inteiro”. É ansiosa o tempo
inteiro, simples assim. Sabendo disso, eu vou atuar na sílaba tônica, porque não tem como falar
rápido marcando a sílaba tônica - a não ser que o empreendimento de vocês seja narrar corridas
de cavalo, fora isso não tem como você falar com a sílaba tônica e falar rápido. Vamos
demonstrar, eu vou falar pra vocês a importância da oratória, perceberam o que eu fiz? Eu
afirmei a sílaba tônica.

Neste momento, em um primeiro instante, eu preciso passar credibilidade, vocês precisam


confiar em mim. Percebem a diferença? Então, quando eu chego aqui e me apresento, eu não
vou dizer bom dia a todos, é um prazer estar aqui com vocês porque é fantástico perceber essa
plateia lotada (a oradora fala com a sílaba tônica prolongada). Primeiro , eu quero que vocês
comprem a minha ideia, então bom dia a todos, é muito bom poder estar aqui e falar sobre esse
conteúdo que eu sou apaixonada, eu acredito muito no poder de oratória, a oratória faz milagres,
fez na minha vida e tenho certeza que fará na vida de todos vocês, não foi à toa que eu escolhi
trabalhar com essa ciência. (a oradora falsa as palavras com a sílaba formada) Perceberam?
Pronto, conquistei. Chegou a hora de trabalhar o afeto, então: existem várias formas de nós
praticarmos essa ciência, como é uma técnica para que a gente fale melhor e o falar em público,
como eu disse no início da palestra, não é só falar para uma plateia enorme, é perceber sua
comunicação de forma geral, na sua comunicação como esposa como, filha como, funcionário,
mudei (sílabas prolongadas) Então, esse é o momento de aproximar, de trazer a vocês para o
meu pensamento.

O que é voz? Voz é uma identidade sonora, agora todos vocês já conhecem a voz da Kátia. Se
amanhã vocês me ligarem, ao dizer “alô” vocês não estão me vendo, mas já são capazes de criar
uma imagem mental através da minha voz. Se a voz é a identidade sonora, qual é o tipo de voz
ou com que voz eu me expresso? Será que eu percebo que às vezes eu falo com a voz abafada,
aquela pessoa que (por mais que você peça para falar um pouquinho mais alto) é o máximo que
consegue, estou aqui por favor de aumentar o microfone, porque essa é a minha voz e fala assim
desde pequena, ou que, às vezes, é uma mulher belíssima, mas fala com a voz totalmente
abafada, você olha e diz “Nossa, tinha tudo para ser a pessoa, mas não tem brilho”, ou então
aquela pessoa que fala como a Tati, da escolinha do professor Raimundo, que faz a voz
anasalada. Isso não é a sua voz, não é o seu timbre, isso é colocação. Colocação vocal, por isso
eu consegui reproduzir aqui. A voz de Vera Fischer que é uma voz rouca, podemos falar da voz
do Roberto Carlos que (quem sou eu pra falar a voz de Roberto Carlos) para a voz falada é uma
voz anasalada, entre outras. Então a minha voz também influencia no conteúdo que eu falo.
Tem pessoas que você não consegue conversar muito tempo, aquela pessoa que fala alto ou
entre os dentes, pode te deixar doente. Uma voz é capaz de acalmar, mas também é capaz de te
deixar estressado. Como eu falei 55% dos efeitos da nossa comunicação são causados pela
expressão corporal. Nesse caso, qual é o nosso objetivo? Passar segurança e passar firmeza. Nós
precisamos olhar nos olhos, claro. Tem pessoas que falam olhando para o nada, viram pessoa
que conversa com você olhando para o chão “Estou aqui, olha pra mim.”. Olhos abertos, mas
sem exagero. Mãos soltas, o que fazer com essas malditas quando nós estamos sendo expostos?
Tem gente que, na hora, esconde no bolso. Eu vim de saia, não tem bolso. O que a pessoa faz?
Põe as mãos para trás. Tem gente que cruza os braços. As mãos passam muito sentimento se
você está falando do seu negócio, apresentando seu projeto, vendendo um produto, conversando
com seu chefe, com seu funcionário ou seja com quem for.

Sentindo-se avaliada, a primeira forma é isso, colocar as mãos para trás, porque o corpo
expressa, ele fala sem palavras. Já sabendo disso, força e dá um jeitinho de deixar não , Queixo
paralelo ao chão, porque isso que já falei, tem gente que ainda eleva a sobrancelha ou abaixa o
queixo dando a sensação de submissão, inferioridade, desconfiança. Peso do corpo distribuídos
sobre os dois pés, por que gente? Para me sentir segura, para ter base. Daqui a pouco, vocês vão
encher de perguntas, vai que tem alguma pergunta que eu não me sinta tão segura para
responder “Mas Kátia, espera, você está exposta e falando de um determinado conteúdo é
porque você domina” é verdade, mas todos nós podemos errar ou não dominar tanto uma
determinada parte daquele conteúdo. Eu sou ótima no projeto x, mas quando você faz uma
pergunta sobre esse projeto, embora esteja relacionado ao projeto x, eu não me sinto tão bem
para responder. Mas, a base de sustentação me dá uma segurança interna para raciocinar melhor
sobre o assunto. Com que roupa eu vou? Eu coloquei “com que roupa”, porque é uma forma
mais objetiva de a gente falar devido ao nosso tempo, mas nós podemos falar da importância de
acessórios e sapatos, relógios e tudo. Tudo em mim causa um efeito.

Oratória é: Para quem eu falo? Como falo? O que eu falo? O que eu falo? Sobre oratória, sobre
comunicação. O tema da minha palestra é “comunicação eficiente, resultados eficazes” isso é o
que eu vim trazer como mensagem para vocês. Como eu falo? Estou falando com uma plateia
de adolescentes, ou eu estou com uma plateia de desembargadores, ou eu estou com uma plateia
de médicos, então como eu vou me aproximar. Para quem? Envolve toda essa forma e mais -
quem são vocês.

Vamos lá, eu hoje estou aqui com, vocês, eu poderia ter vindo me apresentar de sandálias
havaianas, short taquetel, uma blusinha regata, poderia? Até poderia, mas não deveria. Porque o
resultado não seria o mais adequado. Domingo, eu vou correr na praia, adoro correr na praia. Eu
vou assim como estou agora? Imagina que graça correr de salto alto, não. O que falo? Como
falo? e Para quem falo? Eu dou sempre o exemplo da Nelma Penteado que é uma professora de
artes sensuais, eu já assisti algumas entrevistas dela e ela normalmente usa calças muito justas
de couro, decote muito acentuado, eu já vi uma palestra dela com uma bota de couro, toda
amarrada . Eu poderia ter vindo assim? Claro que não, porque não combina com o conteúdo e
não combina com a plateia. Então sempre lembrem-se disso e, mais ainda, precisa combinar
com a minha personalidade, eu posso achar um acessório e uma roupa maravilhosa porque está
na moda, porque é fantástico, porque vejo todas as modelos usando, mas não tem nada a ver
com o tipo físico, não tem nada a ver com a minha personalidade. Ainda tem mais: Qual cor eu
vou utilizar? Aí vem a importância de discernir o conteúdo. Se o meu conteúdo é um conteúdo
emocional, eu vou usar uma cor quente. Se o meu conteúdo é um conteúdo racional, eu vou usar
uma cor fria. Vou falar sobre técnica, uso uma cor fria. Sou uma terapeuta e vou receber uma
pessoa que tem muito medo de falar em público, tem pânico, vou usar uma cor quente que
naquele momento a pessoa precisa sentir parada. Mas aqui, conversando com vocês, estou
passando uma parte técnica e preciso de uma cor fria. Acessórios prateados, porque o dourado é
uma cor quente. Então fiquem atentos, é basicamente isso: cor fria é conteúdo racional e cor
quente é conteúdo emocional.

Quero fazer os dois: sou gerente de banco e vou mandar um funcionário embora. Preciso dos
dois, preciso do racional porque o conteúdo é um conteúdo racional e fala sobre dinheiro, mas
naquele momento vou mandar funcionários embora, coloque uma gravata que traga uma cor
quente. Por isso, se a nossa comunicação é eficiente, não há como, o nosso resultado vai ser
eficaz. Agora, é claro, eu preciso ter consciência disso para perceber onde eu posso atuar, em
que momento, com que o cliente, com que pessoa e, principalmente, comigo mesmo. Para que,
ao estar aqui conversando com vocês, eu não me sinta um robô e vocês também não tenho essa
sensação na minha comunicação. E aí, vale lembrar, que 96% dos clientes não reclamam,
apenas mudam de fornecedor.

Por isso, a partir de hoje a proposta é: vamos ter cada dia mais consciência sobre a forma como
pensamos para que isso não aconteça. A todos vocês o meu muito obrigada.

Este material foi baseado em:


QUEIROZ, Diná Sônia de; ARÃO, Fabia de Assis. A arte de falar em público. Cuiabá:
Instituto Federal de Tocantis/Rede e-Tec, 2013.

2.2 Como conquistar a plateia?


Uma das preocupações de um orador deve ser o de agradar os espectadores. Se você tiver feito
um estudo anterior sobre o tipo de público para o qual irá falar, certamente irá saber como se
comportar. Conheça  alguns desafios para chamar a atenção do espectador:

Figura 1 - Como conquistar a platéia


Descrição da imagem: Esquema sobre como conquistar sua plateia: seja carismático; empregue uma linguagem simples; instigue a curiosidade da plateia; transforme seu texto em uma história; saiba a hora de mudar
de estratégias

 Seja carismático.
Faça de tudo para que suas qualificações profissionais e experiências não demonstrem
exibicionismo. Cumprimente a todos com cortesia e emita humildade e
profissionalismo.

 Empregue uma linguagem simples. 


Sua primeira estratégia é empregar uma linguagem simples para que o seu texto fique
claro. A escolha do vocábulo pode criar intimidade com o  receptor e tornar o seu
discurso mais prazeroso. Conhecendo previamente o público para quem você irá se
apresentar, será possível planejar a forma  como você irá falar e que palavras usar.  É
importante balizar o vocabulário a ser utilizado considerando o menor grau de instrução
presente. Por exemplo, se você for fazer uma apresentação  em uma empresa, na qual o
público-alvo contempla desde os funcionários da portaria à direção, sua base deve ser
os funcionários da portaria. A  linguagem deve ser adequada a eles, pois, certamente, os
demais também  entenderão. Se fosse o inverso, se você adequasse o seu discurso para
uma  linguagem voltada para a diretoria da empresa, provavelmente alguns
funcionários teriam dificuldade em compreender uma mensagem com termos mais
técnicos.

 Instigue a curiosidade da plateia.


Cite um fato ou faça uma pergunta que o deixe curioso. Digamos que o assunto seja a
reforma ortográfica, então, questione: “Duvidam que, em uma hora, sairão daqui
sabendo todas as mudanças ortográficas?”

 Se possível, transforme seu texto em uma história.


Geralmente, trataremos de assuntos relacionados à realidade, a um fato concreto,
experimentado ou de importância para a sociedade. Nesse caso, transforme seu tema em
uma história sua ou de outras pessoas e estruture-a com as mesmas técnicas da
narrativa. Veja que a problemática em torno do assunto é que dará vida e argumentos ao
seu texto. Conte como ocorrem os fatos, seus pontos mais críticos e depois conclua. As
pessoas gostam de ouvir histórias e ficarão mais atentas.

 Saiba a hora de mudar de estratégias.


Perceba até que ponto você está agradando ou não. Se observar qualquer movimento de
cansaço (pessoas se levantando, bocejando, conversando)  mude sua estratégia, seja
mais sucinto, instigue a participação de todos. Mudanças de entonação no decorrer do
discurso e uso de recursos audiovisuais  ou dinâmicas, também, costumam ser boas
estratégias para manter  a plateia atenta à sua apresentação.

Assista ao vídeo com algumas dicas do filósofo, escritor e palestrante Mário Sergio Cortella:

O vídeo acima é um trecho de uma palestra do filósofo Mario Sergio Cortella em que ele
explica como aprendeu a falar bem em público.

Às vezes, eu termino uma palestra e a pessoa para me elogiar, sem querer, vem e me ofende.
Claro que a intenção é elogiosa, mas ela vira e diz: “Cortella, você tem o dom da palavra.”. Me
dá raiva quando a pessoa fala isso… É claro que eu quero ser elogiado, é claro que eu gostaria
que ela dissesse “Você fala bem” - eu gosto desse elogio. Mas, o dom da palavra significa o
quê? Que eu não tenho mérito nenhum? Que eu não fiz nenhum esforço? Que Deus me chamou
e falou "Vem aqui menino, você vai falar em público"? Faz 62 anos que eu estou na escola! 62
anos como aluno e professor.

Para eu escrever 35 livros, eu tive que ler mais de dez mil livros na minha vida. Cada dia eu
estou em um lugar aprendendo, voltando, errando, fazendo de novo, tendo que lidar com aquilo
que eu não conhecia, me equivocando, voltando atrás, corrigindo, aprendendo, sentando para
ver palestras de outras pessoas… E, depois disso tudo, a pessoa diz que você tem o “dom da
palavra”. É que o Moreira Lima, um dos nossos maiores pianistas e um homem magnífico, certa
vez terminou um concerto no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, lá no Afonso Pena e,
maravilhoso como sempre, quando ele terminou, um jovem de uns 30 anos chegou para ele e
disse assim: “Adorei o concerto do senhor, eu daria a vida para tocar piano assim.”. Ele
respondeu: “Eu dei a vida.” Foram mais de 40 anos, 8/10h por dia. Claro, o quê que o Arthur
Moreira Lima tem e que deve ter nascido com ele? Uma capacidade de percepção auditiva que é
mais forte. Assim como aqui, neste auditório, há pessoas que nasceram com uma sensibilidade,
um paladar um pouco mais apurado que de outros, há pessoas aqui que sabem quando a comida
está pronta pelo ruído, pelo chiado da comida, outros pelo aroma, há pessoas aqui que tem uma
capacidade de visão espacial melhor do que outros. Nasceu assim, mas assim nascido, se não
tivesse se desenvolvido e não tivesse a ocasião, a possibilidade e a circunstância, ficaria com
aquilo guardado.
Por isso, atenção: será que liderança é um dom ou é uma virtude? Liderança conta com
elementos de base de nascimento, mas ela precisa ser desenvolvida. Às vezes me perguntam:
Como é que você aprendeu a liderar uma palestra, uma aula, uma sala, um grupo? Você nasceu
assim, foi? Claro que não. Aí eu conto uma história, já de alguns anos. Eu nasci em Londrina,
no norte do Paraná, eu sou caipira, pé-vermelho, que é o nome que nós, daquela região, nos
damos, e me mudei com a família para São Paulo no final do ano de 1967. Neste ano, faz 50
anos que eu estou em São Paulo. No mês de dezembro de 1967, minha família, de orientação
católica, quando nós chegamos em São Paulo, mudando para a capital em uma Sexta-feira vindo
de Londrina, no Domingo minha família resolveu ir à igreja. Uma igreja próxima a minha casa,
onde a gente tinha acabado de se mudar. A gente se mudou para a Av. Angélica, em São Paulo e
próximo, numa das travessas na rua Maranhão, tem uma igreja católica chamada Santa
Terezinha.

Nós fomos todos para a igreja juntos. Eu, caipira, sentei no primeiro banco. Eu queria ver a
igreja, São Paulo, gente nova… O padre começou a missa dizendo: Como vocês sabem,
terminou agora, no ano passado, o Concílio Vaticano II e a partir de agora a orientação da igreja
é que os cultos serão feitos primeiro no idioma nacional. Quem é mais idoso aqui se lembra que,
até 1966, a missa católica era em latim, com o sacerdote de costas e em 1966, com a mudança, o
sacerdote passou a ficar de frente e o culto passou a ser no idioma local. Isso é uma mudança
significativa e o padre, nesse dia, disse: Aproveitando essa sequência a partir de agora, não é só
o sacerdote que vai poder ficar aqui no altar, haverá a possibilidade de um leigo, qualquer
homem que ele venha aqui até o altar, fazer uma leitura.

Nós vamos começar hoje, com a possibilidade de um leigo fazer uma leitura na missa. "Menino!
Vem aqui."  Eu tinha duas possibilidades naquela hora: A primeira era a minha intenção, que
era sair desesperado correndo, em uma cidade como São Paulo, nunca iriam me encontrar. A
segunda era subir, e fazer. E eu, tremendo, subi. Peguei o folheto que ele pediu para eu ler, e
para o meu azar, era uma carta de Paulo ao Tessalonicenses, eu já enrosquei ali. Fiz uma
segunda bobagem, em vez de apoiar o folheto na estante, eu fiquei segurando com a mão e,
quando você está nervoso, você treme, aí você treme mais, você está tremendo… Até hoje, eu
não sei direito o que eu li. Eu desci e a missa seguiu. No domingo seguinte, eu sentei lá no
fundo. O padre começou a missa, e disse: Bom, como nós já estamos fazendo e vocês sabem,
nós vamos continuar sempre com a presença de algum leigo fazendo a leitura de uma parte do
Evangelho. Menino, você que leu domingo passado. Na outra semana, o que que eu fazia? No
sábado já ia ver qual que seria a leitura, no outro eu já estava gostando de fazer e ficava na
frente, olhando para o padre, no outro eu já estava fazendo a leitura na missa das 8h, 9h, 10h,
11h e do 12h. Aqui estou eu, olha que sorte! Que coisa!

A sorte segue a coragem. Mas por outro lado, para que se possa liderar é preciso entender que
você não nasce pronto. Você diz “É óbvio!”, muita gente diz "Não consigo liderar nada". Eu
quero lembrar uma coisa - liderança não é um dom, é uma virtude, isto é, ela é uma
possibilidade intrínseca. Uma virtude, o que é? Aquilo que é virtual. Uma rosa está,
virtualmente, contida em uma semente. Uma planta está, virtualmente, contida em um broto.
Um ser humano está, virtualmente, contido em um embrião. Virtual, se não der sequência,
perece; Mas é uma possibilidade. Por isso, se liderança é uma virtude, não um dom, pergunta
óbvia, resposta nem tanto: Se liderança é uma virtude, quem é que pode liderar?

Qualquer um e qualquer uma. Atenção: qualquer um e qualquer uma pode liderar alguma coisa,
mas nenhuma e nenhum de nós lidera qualquer coisa. Repito: qualquer um e qualquer uma de
nós pode liderar alguma coisa, mas nenhuma e nenhum de nós lidera qualquer coisa.
Este material foi baseado em: 
QUEIROZ, Diná Sônia de; ARÃO, Fabia de Assis. A arte de falar em público. Cuiabá:
Instituto Federal de Tocantis/Rede e-Tec, 2013.
Última atualização: terça, 29 jun 2021, 08:40
2.3 Preocupações com a linguagem verbal
Diferença entre gerúndio e gerundismo
Muitos questionamentos existem em relação ao gerúndio. Há quem o utilize de forma
indiscriminada e outros, pelas críticas, evitam-no o tempo todo, por achá-lo um perigo à
correção. As críticas surgem do vício que se formou, denominado de gerundismo, o que
inviabiliza, de fato, essa forma verbal. Saiba, então, que o gerúndio é correto, o que se deve
evitar é o gerundismo. Por isso fique atento, pois o gerúndio pode ser utilizado quando:

Formar locução verbal, auxiliado pelos verbos impessoais “estar, ficar”, para expressar
uma ação contínua no presente ou passado.

Exemplo 1:

O aluno está digitando um texto enorme, para uma peça teatral. (ação do presente contínua).

Diferente de: O aluno digita um texto enorme, para uma peça teatral.

Exemplo 2:

O buraco ficava impedindo a passagem, por isso reivindicaram tapá-lo. (ação contínua no


passado).

Substituível por: O buraco impedia a passagem, por isso reivindicaram tapá-lo.

No Exemplo 2, não se trata de um erro, mas perceba que há uma elegância na substituição da
locução por um verbo apenas. O que acha?

Indicar circunstancialidade numa oração reduzida (neste caso, o verbo auxiliar “estar”
não aparece).

Exemplo:

Visitando o departamento, percebi irregularidades naquele local. (Ainda que não apareça a


forma impessoal do verbo “estar”, ele existe de forma implícita.)

Veja:

Estava visitando o departamento, quando percebi irregularidades naquele local. Que equivale


também a Quando visitei o departamento, percebi irregularidades naquele local.
Já o Gerundismo é um vício de linguagem. Portanto, evite-o quando:

Acompanhados do infinitivo pessoal do verbo “estar” na indicação de uma ação futura.

Exemplo:

Logo estaremos informando o local da prova.

Prefira:

Logo vamos informar o local da prova. 

Ou: Logo informaremos o local da prova.

Em situações não concomitantes.

Exemplo:

Ele se formou em 2003, exercendo sua profissão de mestre dois anos depois.

Prefira: 

Ele se formou em 2003 e exerceu sua profissão de mestre dois anos depois.

Acompanhados do verbos vir, na indicação de uma ação presente e contínua.

Exemplo:

A imprensa vem divulgando os fatos ao povo.

Prefira:

A imprensa divulga os fatos ao povo.

Portanto, não tenha medo de usar o gerúndio. Ele é correto e se define como uma das formas
nominais do verbo. Por outro lado, evite repeti-lo nos textos e, sempre que houver a permissão
da substituição de uma locução  verbal formada por gerúndio por um verbo apenas, faça-a, mas
sem que mude o significado do texto.
Evite alguns vícios de linguagem
Os vícios estão em todo lugar. Se não ficamos atentos, logo nos vemos acompanhados de um ou
outro. É incrível como nos perseguem, e, quando menos esperamos,  somos surpreendidos por
eles, até mesmo pronunciados por alguém que jamais imaginaríamos cometer tal deslize. Não se
sabe como, ou de onde esses vícios surgem, mas, estão por aí.  O que nos resta fazer é conhecê-
los para evitar a utilização errada da linguagem. Vamos lá?

‘A nível de’

Você já ouviu frases como esta por aí:

“Não há nada melhor em Goiás, a nível de turismo, do que as águas quentes de Caldas Novas.”

Saiba que a expressão “a nível de”, falada indiscriminadamente, é considerada um vício de


linguagem e, portanto, um erro que deve ser evitado.

Quando empregamos essa expressão, ela tem o sentido de “no que diz respeito a”, “em relação
a”, “em termos de”, “em se tratando de”, mas como é um vício, empregamos sempre o “a nível
de”. O correto, então,  seria:

“Não há nada melhor em Goiás, em se tratando de turismo, do que as águas quentes de Caldas
Novas."

Ou

“Em termos de turismo, não há nada melhor em Goiás do que as águas quentes de Caldas
Novas.”

Para entendermos melhor, saiba que o termo “nível” tem o sentido de altura, categoria, status.
Ele pode ser empregado, mas nunca resultará na expressão “a nível de”. Veja as orações abaixo
em que o termo foi  empregado corretamente.

 "Na apresentação, podemos observar o nível do candidato." (o status)


 "Eles moram no nível do mar." (na altura)
 "As águas chegaram a um nível nunca antes visto." (a uma altura)

Perceba que, nessas orações, a expressão “a nível de” deve ser evitada. Vamos ver se você
compreendeu? Observe as orações seguintes. O que acha?

 "A empresa está bem a nível de funcionários."


 "A nível mundial, a maioria das pessoas são obesas."
 "O aumento do aluguel ocorreu a nível nacional."

Todas as orações soam muito bem, não? É o que costumamos ouvir sempre, porém se nos
voltarmos ao sentido do que se pretende dizer, vemos que são os tais vícios que nos
perseguem.  Portanto, essa expressão “a nível de” é incorreta. A expressão só ocorrerá quando a
preposição “a” estiver aliada ao artigo “o”, com o significado de “à mesma altura”. 

Exemplo: "A enchente deixou as águas ao nível das casas." (à mesma altura)
Pleonasmo vicioso

O pleonasmo vicioso envolve um acréscimo feito a um termo que, por ser muito óbvio, é
desnecessário e até mesmo absurdo. Observe alguns exemplos:

 A “grande maioria” dos jovens utilizam bebida alcóolica. (Se é a maioria, é a maior
parte de, então, não poderia ser pequena).
 Glória Pires é a “protagonista principal” da novela das oito. (Se é a protagonista, é a
principal).
 Assim que percebi a chuva, “entrei para dentro.” (Seria possível, entrar para fora?).
 A marginal fará um “elo de ligação” entre os setores sul e norte da capital. (Todo “elo”
é de ligação).
 Foi testemunha e disse que tinha “certeza absoluta “ do que presenciara. (Se é “certeza”,
é porque é absoluta)

Vale lembrar que o pleonasmo nem sempre é um vício de linguagem. Se o contexto exigir um
reforço a uma expressão, mesmo para os exemplos citados, a redundância se tornará necessária
e, portanto, o defeito  passará a um recurso útil à mensagem.

Veja outros casos:

 "Eu, enquanto professora de Língua Portuguesa, não concordo com todas as regras."


 "Eu, enquanto pai, preocupo-me com a educação de meus filhos."

Saiba que o termo “enquanto” é uma conjunção que indica temporalidade, duração, e não


substitui a intenção pressuposta nas orações acima.

Veja que, nos dois casos citados, foi empregado com o sentido de “função, posição ocupada,
cargo exercido”. Assim, a oração ficaria correta dita da seguinte forma:

“Eu, como de professora de Língua Portuguesa, não concordo com todas as regras".

Ou:

“Eu, na função de professora de Língua Portuguesa, não concordo com todas as regras”.

Se o sentido for em relação à função que se ocupa, prefira “como” a “enquanto”.

E “menas” existe? Não! O correto é menos.

“Ana é mais alta que Paula, porém, menos alta que Susy."

“Menos” é o contrário de “mais”. Ou é mais ou menos, e, nunca, menas.

Meio complicada ou meia complicada?
Se a intenção é dizer “um pouco complicada” NUNCA empregue “meia”. No sentido de “um
pouco” use sempre “meio”. Então, o correto é:

"Ela é meio complicada."

“Meia” equivale a um substantivo ou numeral femininos.

Veja:

"Comi meia maçã."

Nesse caso, trata-se de um numeral fracionário e indica metade da maçã.

Este material foi baseado em: 


QUEIROZ, Diná Sônia de; ARÃO, Fabia de Assis. A arte de falar em público. Cuiabá:
Instituto Federal de Tocantis/Rede e-Tec, 2013.

Última atualização: quarta, 29 dez 2021, 16:57

2.4 Atenção à linguagem não verbal


Não há dúvidas de que, ao falarmos em público, devemos nos preocupar com a nossa
apresentação física: postura, expressão facial, gestos, vestuário, maquiagem, cabelo. Assim, a
linguagem corporal é tão importante quanto nossa apresentação oral. Imagine um palestrante da
área de saúde com roupas sujas ou atitudes que remetam à falta de higiene? Não há oratória que
legitime seu conhecimento, pois a concretude de seus atos fala mais alto. Nesse caso, um
palestrante deve se preocupar, também, com a linguagem não-verbal, pois o ouvinte apreciará o
palestrante a partir daquilo que vê. Nesse caso, veja as dicas:

Como se movimentar diante do público 


Um palestrante não deve se manter imóvel diante do público, tampouco andar de um lado para o
outro sem parar, pois o excesso de movimento do palestrante, com certeza, será percebido pela
plateia que se sentirá incomodada. Além de que esse movimento, incontido, transmite
inquietude e nervosismo. Por isso, controle seus movimentos. Direcione-se ao público somente
quando sentir a necessidade de chamar sua atenção ou como meio de enfatizar um fato.

Saiba falar com as mãos 


O que fazer com as mãos? Saiba que elas falam e como falam! Nesse caso, é preciso contê-las,
não deixe que substituam sua linguagem oral. Utilize -as como coadjuvantes. Da mesma forma
que o excesso de movimento com as pernas incomoda, assim será, também, com as mãos. Seus
gestos devem ser moderados. Utilize-as somente para expressar uma mensagem significativa.
Assim, seus movimentos não se perderão num vazio.

Use o vestuário adequado


Uma das formas de comunicação está em nossa maneira de vestir. Por meio de nossas roupas,
passamos uma imagem de quem somos. Por isso, é necessário tomarmos cuidado com a escolha
de nosso vestuário. E o importante é que saibamos que, no nosso dia a dia, ocupamos
funções diferentes, que exigem, também, diferentes formas de nos apresentar - é o princípio da
adequação. Nesse caso, a orientação é não exagerar nos modelos usados para uma
apresentação. 

Escolha bem os acessórios 


Nesse caso, vamos aplicar o princípio da ponderação. Um acessório deve aparecer sempre como
um acessório. Algo que complemente seu visual, mas que não apareça para roubar a cena.
Utilize peças discretas. Não exagere nas cores, escolha tons mais sóbrios e menos detalhes nos
arranjos.

Saiba mostrar sua cara 


Em se tratando de mostrar a cara, comecemos pelo sorriso. Nada de cara amarrada. Saiba sorrir
para o público, pois isso transmite simpatia, mas sem exageros, ainda que o assunto permita e
que esteja bem à vontade. Nada de gargalhadas. Lembre-se de que você é o centro das atenções
neste momento. Por isso, cuide de sua imagem.

Assista ao vídeo e conheça um pouco mais sobre a linguagem não verbal:

O vídeo acima é uma matéria da Revista Você/SA e contém a fala da entrevistada Leny
Kyrillos.

Olá, tudo bem? Hoje nós vamos falar sobre um grupo de recursos que compõem a
expressividade da nossa comunicação. O grupo de hoje é o grupo dos recursos não
verbais. Os recursos não verbais dizem respeito a todo o ambiente que compõem a
nossa comunicação, por exemplo, a roupa que nós usamos, o enquadramento
eventualmente em uma filmagem, o cenário que é utilizado e (do ponto de vista do
nosso papo de hoje) o corpo. O nosso corpo se movimenta de forma espontânea durante
a fala e é assim que ele vai passar a ideia de naturalidade. (Na comunicação profissional
podemos emitir sinais errados.). Porém, quando estamos nos expondo
profissionalmente, por exemplo, aquela situação não é uma situação espontânea de
comunicação e a tendência é que o nosso corpo emita sinais diferentes. Emita sinais não
adequados àquela condição.

Quando consideramos o corpo, estamos nos referindo a três fatores: O primeiro é


a postura, a nossa postura passa informações bastante claras a respeito da nossa
intenção em nos comunicar. Sempre é interessante que você fale com as pessoas na
postura em pé, porque dessa forma você consegue demonstrar essa intenção de maneira
mais clara. Concentre o peso do seu corpo na região dos quadris que devem se manter
encaixados e contraídos e pense na sua coluna como se ela fosse um “canudinho” dentro
do qual passa um filme na hora que você vai falar. Imagine que você está puxando esse
fio e assim você vai manter sua postura ereta. Se você for falar sentado, fique atento e
evite jogar o corpo para um lado ou para o outro. Mantenha sua coluna ereta e sempre
sem encostar no encosto da cadeira, coloque seu tronco ligeiramente mais pra frente
para deixar mais clara essa intenção em se comunicar.

O segundo ponto, relacionado à comunicação não verbal, diz respeito aos gestos. Os


gestos são naturais na comunicação e acompanham idealmente a sua fala. Existem dois
tipos de gestos que são mais frequentes na comunicação: O primeiro é o gesto que
marca a ênfase. A cada frase que eu utilizo, quando eu elejo determinado trecho ou
determinada palavra para enfatizar, é natural que eu faça gestos pontuando essa palavra.
Se você diz algo do tipo “É importante que você considere todos esses fatores", na hora
do “considere” a gente utiliza uma movimentação articulada com as mãos. O segundo
tipo de gesto, também natural, é um gesto que a gente chama de simbólico. Então, é
natural que eu represente, com as minhas mãos, o significado das palavras às quais eu
estou me referindo. Por exemplo, quando você diz “É interessante que todos (gesto
circular perpendicular ao tronco) vocês fiquem atentos a isso, já que antes (gesto
levando a mão direita próximo ao ombro direito e voltando o palmo da mão para as
costas) acontecia de uma forma diferente e hoje (gesto com o indicador da mão direita
apontando para o chão) ocorre deste jeito…”. Você deve evitar os dois extremos, que
são ruins. O primeiro é você falar sem utilizar nenhum tipo de gesto. Quando você fala
dessa maneira, parece que o seu corpo está amarrado e isso denota desconforto com a
situação de comunicação. Ao contrário, a pessoa que usa gestos de maneira exagerada,
passa uma ideia de descontrole, passa uma ideia de muita afobação - o que também é
negativo.

O terceiro item que nós vamos abordar diz respeito à expressão facial. Ele deve
produzir um impacto compatível com o conteúdo da mensagem que eu vou desenvolver.
O que é comum: As pessoas nos veem e consideram o nosso rosto a partir de dois
planos. Um plano superior, onde os olhos têm maior expressão, e o plano inferior, onde
a boca tem a maior expressão. É interessante que haja harmonia nesses dois planos. É
comum, também, que quando nós vamos falar em uma situação de mais tensão, por
exemplo, tencionamos a testa, apertamos os olhos ou, quando estamos assustados, é
natural arregalar os olhos. Quando isso acontece, passa exatamente esse impacto, essa
impressão que é negativa. É interessante, então, antes de qualquer situação de exposição
que você massageie essa região (da testa) para tirar a tensão excessiva e para ter uma
expressão mais serena. Feche os olhos e abra, faça movimentos para descontrair essa
região. E, na hora de falar, capriche na movimentação da boca, porque isso faz com que
haja maior harmonia na expressão do seu rosto. Fique atento a esses aspectos porque,
sem dúvida, o seu corpo comunica bastante.

Este material foi baseado em: 


QUEIROZ, Diná Sônia de; ARÃO, Fabia de Assis. A arte de falar em público.
Cuiabá: Instituto Federal de Tocantis/Rede e-Tec, 2013.
Última atualização: terça, 29 jun 2021, 22:51
◄ 2.3 Preocupações com a linguagem verbal
2.5 Teste seus conhecimentos
Agora que você já explorou sobre o curso, vamos testar seus conhecimentos!

É importante que você faça com calma e atenção. Após enviar sua resposta definitivamente,
você poderá conferir seus acertos e visualizar a correção das questões. E não se preocupe em
anotar tudo, pois as questões ficarão disponíveis após respondê-las, com as respostas que você
escolheu.

Avaliar 9,00 de um máximo de 10,00(90%)

Questão 1
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00


Marcar questão

Texto da questão
Identifique os fatores relacionados às linguagens verbal e não verbal:
Linguagem não verbal
Expressões faciais Resposta 1

Linguagem não verbal


Gestos e movimentos Resposta 2

Atenção aos vícios de linguagem Resposta 3 Linguagem verbal

Linguagem não verbal


Vestuário e acessórios Resposta 4

Linguagem verbal
Pronúncia Resposta 5

Linguagem verbal
Escolha das palavras Resposta 6

Questão 2
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Depois que fala uma primeira vez, o orador não deve mais se preocupar, pois, mesmo que o
assunto seja igual e mudem o local e o público, a apresentação é sempre a mesma.
Escolha uma opção:

Verdadeiro

Falso 

Questão 3
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00


Marcar questão

Texto da questão
Ficar andando de um lado para o outro diante do público não demonstra dinâmica do
palestrante, mas nervosismo e inquietude. O ideal é direcionar-se ao público somente quando
sentir a necessidade de chamar sua  atenção ou como meio de enfatizar um fato.

Escolha uma opção:

Verdadeiro 

Falso

Questão 4
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Imagine que você fará uma apresentação em uma empresa, para funcionários desde a portaria
até a direção. A linguagem deve ser adequada ao pessoal da diretoria, em função da hierarquia
mais alta.
Escolha uma opção:

Verdadeiro

Falso 

Questão 5
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão
Texto da questão
Além de planejar a apresentação, é importante fazer sua adequação, conforme a necessidade
(local, público, etc).
Escolha uma opção:

Verdadeiro 

Falso

Questão 6
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Assinale a alternativa correta sobre a linguagem não verbal:

a.

Os gestos são coadjuvantes e não substituem a linguagem oral, devendo ser utilizados
moderadamente e de forma significativa.

b.

A maneira de se vestir não é uma forma de comunicação.

c.

O palestrante deve se manter imóvel diante do público.

d.

O orador deve manter sempre a expressão séria para mostrar uma imagem de credibilidade.

e.

Roupas e acessórios ousados e diferentes ajudam a atrair o público e chamar a atenção.


Questão 7
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
O palestrante deve ter sempre em mente um plano B, caso surja algum problema com sua
apresentação.
Escolha uma opção:

Verdadeiro 

Falso

Questão 8
Incorreto

Atingiu 0,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Assinale a frase que não contém vício de linguagem:

a.

O policial, enquanto autoridade, pediu que todos saíssem do carro.

b.

É preciso se qualificar para chegar ao nível de gerência.

c.

A grande maioria dos estudantes não se adaptou ao novo currículo.


d.

A funcionária ficou meia preocupada com a situação.

e.

A demissão de Carlos foi uma surpresa inesperada para todos.


Questão 9
Correto

Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Assinale as estratégias corretas para conquistar o público:

a.

Falar em uma linguagem rebuscada, para passar uma imagem profissional.

b.

Contar piadas e tentar ser engraçado o tempo todo.

c.

Demonstrar carisma e simpatia, tratando o público com humildade e cortesia.

d.

Levantar a voz e chamar a atenção quando perceber que o audiência está dispersa ou
conversando.

e.

Questionar e instigar a curiosidade da plateia.


Questão 10
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

Marcar questão

Texto da questão
Fazer uma palestra de improviso é recomendável para quem está começando a falar em público.
Escolha uma opção:

Verdadeiro

Falso 

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