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Nomes:

Jéssica Tamires Nunes


Raquel José Chavana
Sheron de Jesus Miguel Chau

Tema:
Características das marcas típicas da Comunicação Oral e sua influência no
discurso escrito.

Instituto Superior de Docente: Danifo Chutumia


Transportes e Comunicações
Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

Maputo, Abril de 2020


Contents
Introdução.............................................................................................................................................3
Comunicação.........................................................................................................................................4
Elementos da Comunicação e suas Funções......................................................................................4
Estrutura Comunicacional.................................................................................................................5
Tipos de Comunicação.......................................................................................................................5
Caracteristicas das marcas típicas da Comunicação Oral e sua infuência no discurso escrito..............7
1. Epêntese....................................................................................................................................7
2. Apócope.....................................................................................................................................8
3. Segmentação de Palavras..........................................................................................................8
4. Hipossegmentação e Hipersegmentação...................................................................................9
5. Aférese....................................................................................................................................10
6. Metaplasmo.............................................................................................................................10
7. Fonemas..................................................................................................................................10
8. Interjeição................................................................................................................................11
9. Síncope....................................................................................................................................13
10. Elipse....................................................................................................................................14
11. Interrogativas de Eco...........................................................................................................14
12. Bordões de fala....................................................................................................................15
Conclusão............................................................................................................................................16
Bibliografia..........................................................................................................................................18
Sites.................................................................................................................................................18
Referências Bibliograficas................................................................................................................18

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Introdução
O presente trabalho foi realizado no âmbito da cadeira de técnicas de comunicação e de
forma geral, o assunto abordado é a comunicação, concretamente sobre as marcas típicas da
comunicação oral e sua influência no discurso escrito.
O trabalho tem como objectivo dar a conhecer as marcas típicas da comunicação oral e sua
influência no discurso escrito, bem como, abordar assuntos relacionados a comunicação de
forma ampla e breve.
O trabalho apresenta os seguintes conteúdos: conceito da comunicação, elementos e funções
da comunicação, estrutura comunicacional, tipos de comunicação e as marcas típicas da
comunicação oral e sua influência no discurso escrito.
A metodologia utilizada no presente trabalho foi a pesquisa bibliográfica, através da colecta
de dados em alguns livros, enriquecida com diversos conteúdos de alguns sites da internet.

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I. Comunicação
Comunicação (palavra derivada do termo latino "communicare", que significa "partilhar,
participar algo, tornar comum") é uma interacção entre no mínimo duas pessoas que
buscam trocar informação entre si.

Podemos ainda dizer, que a Comunicação resulta da aliança entre a Interacção (é a influência
reciproca entre duas ou mais pessoas) e a Inter-relação (consiste em estar presente no que se
está a falar).

Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital, sendo uma ferramenta
de integração, instrução, de troca mútua e desenvolvimento. No entanto, esta troca acarreta a
emissão de um conjunto de dados e sua consequente recepção. Isto nos leva a destacar uma
série de elementos que sempre estão presentes e são designados como elementos do processo
da comunicação, que são: o Emissor, a Mensagem, o Contexto, o Código, o Canal e o
Receptor.

Elementos da Comunicação e suas Funções


Segundo a Teoria da Comunicação de Roman Jacobson, para cada um dos seis elementos da
comunicação existem seis funções de linguagem. Sendo assim:

 Emissor - é aquele que codifica a mensagem. A função de linguagem é Emotiva ou


Expressiva;
 Mensagem – é o objecto da comunicação. Função de linguagem Poética;
 Contexto – é o meio em que o emissor e o receptor estão inseridos. A função de
linguagem é Informativa ou Referencial;
 Código – é um conjunto de signos (palavras) de uma língua e o modo de emprego ou
regras combinatórias desses signos. Sendo assim, o Código, neste contexto, é
sinónimo de Lingua, por meio da qual se transmitem as mensagens. Tem como função
de linguagem a Metalinguística;
 Canal – é o meio físico através do qual a mensagem se transmite do emissor ao
receptor. Função de linguagem Fática;
 Receptor – é a pessoa que recebe e descodifica a mensagem que o emissor lhe
transmitiu. A função de linguagem é Apelativa.

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Estrutura Comunicacional
A Estrutura Comunicacional divide-se em dois grupos nomeadamente:

 Comunicação Unilateral (ou num só sentido) - É estabelecida de um emissor para


um receptor, sem reciprocidade. Estão neste caso os locutores, como a rádio e a
televisão, o cartaz de parede com as suas mensagens publicitárias e de propaganda, ou
aquele que pronuncia uma palestra ou um discurso.
A comunicação unilateral à distância, frequentemente, é estabelecida de um emissor
para vários receptores, denominando-se, por isso, difusão (). É o que sucede com a
rádio, a televisão, o cinema e a imprensa escrita. Com efeito, a sua tarefa é muito mais
difundir informações do que comunicar, na medida em que, nos casos em que
recebem mensagens dos seus receptores, esta comunicação só é possível através de
um novo canal (telefone, correio, etc.);

 Comunicação Bilateral (ou nos dois sentidos) – é estabelecida quando se dá uma


alternância de papéis entre o emissor e o receptor, realizando assim um intercâmbio
de mensagens. É o que acontece durante uma conversa, um diálogo, nas entrevistas e
em muitas outras situações. Aqui, os locutores vêem-se obrigados a construir ou a
alterar a sua mensagem de acordo com os dados que se definem na situação
comunicativa.

Tipos de Comunicação

Comunicação Verbal
A Comunicação Verbal abrange a Comunicação Escrita e a Comunicação Oral. É a forma de
comunicação mais utilizada devido a sua capacidade de transmitir ideias de grande
complexidade.
Está presente nas mais diversas situações de convívio social ou nas corporações, sendo uma
importante ferramenta para todos tipos de relações que pudermos imaginar. Esta
comunicação ocorre na forma passiva, ou seja, quando ouvimos alguém a falar ou lemos uma
mensagem escrita – quando somos receptores da mensagem; ou de forma activa, quando
falamos ou escrevemos – quando somos emissores da mensagem.

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Comunicação Escrita
A comunicação escrita é o código utilizado pelos livros, pelo jornalismo impresso ou on-line
e pelas ferramentas de comunicação virtual.
Nela o receptor está ausente, o que transforma a comunicação em um constante monólogo do
emissor. Requer o máximo cuidado na ordenação das informações e na correcção ortográfica
e de pontuação.
Ainda que sejam possíveis as rectificações, os erros ou os ruídos nesse tipo de comunicação
comprometem o entendimento da mensagem pelo receptor.

Comunicação Oral
Ao contrário da comunicação escrita, a comunicação oral é presencial, ou seja, nela o emissor
e receptor estão presentes (excepto no caso da televisão, da rádio e das mensagens gravadas).
Essa, também, é um instrumento necessário para quem deseja conquistar amigos, uma vez
que possibilita a interacção social.

Comunicação Não-verbal
A comunicação não-verbal ocorre por meio de gestos, sinais, códigos sonoros, expressões
faciais ou corporais, imagens ou outros códigos representativos.
Essa comunicação pode ser utilizada de forma isolada, como por exemplo os sinais de
trânsito, a mímica ou a linguagem de Libras, linguagem de sinais para deficientes auditivos.

Comunicação por olhar


Neste tipo de comunicação as pessoas se fazem entender somente pelo olhar.

Comunicação por Mímica


A Comunicação por Mímica são os gestos das mãos, corpo, face e as caretas que transmitem
determinada informação.

Comunicação por Gesto


A Comunicação por Gesto pode ser de forma voluntária, como um beijo, mas também pode
ser involuntária, como mãos que não param de rabiscar ou de mexer em algo, o que
caracteriza tensão e nervosismo.

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Comunicação pela Postura
O modo como sentamos, com o corpo para um lado ou para o outro, até mesmo a posição
pela qual relaxamos nossos pés. Essas posturas, na maioria das vezes, correspondem ao
subconsciente transmitindo uma mensagem.

Comunicação Assertiva
Além dos tipos de comunicação que acabamos de ver, temos a comunicação assertiva.
A capacidade de ser assertivo é uma das grandes ferramentas para conquistar amizades nos
diversos níveis de relacionamento interpessoal. Ser assertivo é comunicar-se adequadamente
de maneira directa, aberta, sincera, objectiva e efectiva sem provocar constrangimentos em
outras pessoas.

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II. Características das marcas típicas da Comunicação Oral e sua
influência no discurso escrito.
1. Epêntese
Epêntese (do grego epi- "em adição" + en "dentro" + thesis "colocação") ou samprasárana é
um dos metaplasmos por adição de fonemas a que as palavras podem estar sujeitas à medida
que uma língua evolui. Neste caso, há acréscimo de um ou mais fonemas ao interior do
vocábulo.

A epêntese é recurso para a eliminação do hiato, como em:


-arena> area> areia;
-credo> creo> creio;
-mea> mĩa > minha;
-tela> tea> teia;
-vinu> vĩo> vinho.

Um tipo especial de epêntese é a “anaptixe” ou “suarabácti”, que consiste na intercalação de


vogal para desfazer grupo consonantal descômodo:
-bratta > barata;
-fevreiro > fevereiro;
-prão > porão.

Como é tendência da língua, a anaptixe continua a ocorrer em nossos dias, principalmente no


falar popular (oral):
-absoluto > abissoluto;
-advogado > adevogado;
-pneu > peneu;
-subtração > subitração;
-psicólogo > pissicólogo.

O hiato é uma sequência de duas vogais ligadas que estão inseridas em sílabas diferentes. Os
hiatos são por vezes marcados ortograficamente por um acento agudo como por exemplo:
<saí>, <saía>, <caía>.

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2. Apócope
Apócope é um dos metaplasmos por queda ou supressão de fonemas a que as palavras podem
estar sujeitas à medida que uma dada língua evolui. Neste caso, a palavra pode perder um ou
mais fonemas no final.

Exemplos:
-ad (latim)> a (português);
-amare (latim)> amar (português);
-et (latim)> e (português);
-male (latim)> mal (português);
-mare (latim)> mar (português);
-fotografia > foto;
-motocicleta > moto;

3. Segmentação de Palavras
Nos vários sistemas de escrita, a marcação das fronteiras de uma palavra foi e é feita de
maneira diversificada.

Segmentar as palavras na escrita não é uma mera exigência formal, é um recurso funcional
que facilita, na leitura, o acesso ao significado. Desta forma, a segmentação de palavras
adquire o mesmo valor da pontuação, já que ambas são pistas que orientam o leitor a
percorrer a escrita. No entanto, a questão é saber quais são os critérios que governam a
colocação dos espaços em branco, uso do espaço separando o artigo do substantivo em (a
casa), por exemplo, é justificado por um critério morfológico – ou seja, pelas diferenças de
classificação de palavras na língua portuguesa.

Há situações, no entanto, em que a presença ou ausência de segmentação acarreta variação de


significado, como no exemplo agente e a gente.

4. Hipossegmentação e Hipersegmentação
A pergunta é se escreve junto ou separado? É recorrente quando pensada na
construção de um texto pois, na fala, tem-se uma cadeia de fonemas pronunciados
Que dificilmente obedecem aos limites vocabulares estabelecidos na escrita, afinal, esta leva
em conta outros aspectos que dificultam pensar na escrita como transcrição da fala. Sendo

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assim, podemos destacar marcas típicas da comunicação oral e sua influência no discurso
escrito:

a. Hipossegmentação

Hipossegmentação - é um processo fonológico que consiste na união indevida de duas ou


mais palavras que, na ortografia oficial, escrevem-se separadamente. Geralmente se dá diante
de palavras menores que se juntam às maiores.

Exemplos:
Por isso – porisso
A partir – apartir
De repente – derepente
Lhe convidar – liconvidar
De novo – denovo

b. Hipersegmentação

Hipersegmentação é um processo fonológico que consíste na separação ou segmentação


indevida de uma palavra.

Exemplos:
Comigo – Com migo
Agente – A gente
Embaixo – Em baixo

5. Aférese
Gramaticalmente, a aférese é um dos metaplasmos por supressão de fonemas a que as
palavras podem estar sujeitas, à medida que uma língua evolui. Neste caso, caem um ou mais
fonemas do início da palavra. Um tipo especial de aférese é a deglutinação, que ocorre
quando há supressão de fonemas iniciais por confusão com o artigo.

Exemplos:
Estou - stou/ tou
Embora - bora
Amor - mor

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6. Metaplasmo
Metaplasmo é o nome que se dá às alterações fonéticas que ocorrem em determinadas
palavras ao longo da evolução de uma língua, o que ajuda a compreender a etimologia de
muitas dessas palavras. O metaplasmo pode ocorrer pela adição, supressão ou modificação
dos sons.

7. Fonemas
Os fonemas são os sons produzidos pelos falantes e representam as unidades sonoras que
formam as palavras de uma língua. Os seres humanos produzem sons que se articulam,
juntam-se e formam as palavras. Para representar graficamente os sons, utilizamos as letras. É
importante que se compreenda a diferença entre as letras e os fonemas.

Exemplo: Hebreu
Letras: h, e, b, r, e, u
Fonemas: / e /, / b /, / r /, / e /, / u /

O número de letras (6) não é igual ao número de fonemas (5), pois a letra "h" não representa
nenhum fonema/som.

a) Tipos de Fonemas

Vogais:Sons que passam pela boca livremente. Temos cinco vogais: A, E, I, O, U. Elas são
consideradas como sendo a base das sílabas da Língua Portuguesa.

Semivogais: São os fonemas (i, e, u) quando são pronunciados ao lado de outras vogais e em
uma mesma sílaba. A semivogal (i) pode ser representada pelas letras (i) e (e), e a semivogal
(u) pode ser representada pelas letras (u) e (o) na Língua Portuguesa.

Consoantes: Sons que encontram obstáculos ao passar pela boca. Temos 19 consoantes: B, C,
D, F, G, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Z. A letra (H) é diacrítica, ou seja, não é
considerada consoante pelo fato de não representar, sozinha, nenhum fonema.

Classificação dos fonemas com base na passagem de ar dos pulmões para as pregas vocais:

Fonemas sonoros - sons que fazem vibrar as pregas vocais;

Fonemas surdos - Sons que não fazem vibrar as pregas vocais;

Fonemas orais - Sons liberados apenas pela boca;

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Fonemas nasais - Sons liberados pela boca e pelo nariz.

8. Interjeição
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que
procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso,
seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas.

Exemplos:
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!

(No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra:
Droga!)

(Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra.
Ele empregou a interjeição Droga!)

As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura
seus elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por
outro lado, são uma espécie de "palavra-frase", ou seja, há uma ideia expressa por uma
palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser colocada em
termos de uma sentença.

Exemplos:
Bravo! Bis!
(bravo e bis: interjeição)
Sentença (sugestão): "Foi muito bom! Repitam!"

Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé...


Ai: interjeição
Sentença (sugestão): "Isso está doendo!" Ou "Estou com dor!"

A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de


maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um
estado da alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um contexto
específico.

Exemplos:
Ah, como eu queria voltar a ser criança!

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Ah: expressão de um estado emotivo = interjeição

Hum! Esse pudim estava maravilhoso!


Hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição

O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse
modo, o tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de
enunciação.

Exemplos:
Psiu!
Contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua significada da interjeição (sugestão):
"Estou te chamando! Ei, espere!"

Psiu!
Contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital significado da interjeição
(sugestão): "Por favor, faça silêncio!"

Poxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!


Poxa: interjeição
Tom da fala: euforia

Poxa! Hoje não foi meu dia de sorte!


Poxa: interjeição
Tom da fala: deceção

As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:

a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc.

Exemplo:
- Você faz o que no Brasil?
-Eu? Eu negocio com madeiras.
- Ah, deve ser muito interessante.

b) Sintetizar uma frase apelativa.

Exemplo:
Cuidado! Saia da minha frente.

As interjeições podem ser formadas por:


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a) Simples sons vocálicos: Oh! Ah!, Ó, Ô
b) Palavras: Oba! Olá!, Claro!
c) Grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus! Ora bolas!

A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da entonação com que é pronunciada;
por isso, pode ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido.

Exemplo:
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade)
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)

9. Síncope
Síncope é o fenómeno fonético de supressão de um segmento no meio de palavra. É um
dos metaplasmos por supressão de fonemas que podem ocorrer na evolução linguística.

Exemplos:
a) Trouxe – troce
b) Definição – defnição
c) Futebol – futbol
d) Xícara – xicra
e) Óculos – óclos
f) Para – pra

10. Elipse 
Elipse é uma figura de linguagem que acontece quando há a omissão de um termo que pode
ser subentendido no texto. Este caso, ocorre se uma palavra ou expressão for omissa e mesmo
assim puder ser percebida como parte da oração. Vale acrescentar que esta palavra omitida,
não foi anteriormente citada e não torna a mensagem incompreensível.

Exemplos:
Na sala de aula, apenas cinco ou seis alunos.

(Neste caso foi omitido o verbo, mas ele está subentendido no texto. Compreende-se que
“havia” na sala de aula apenas cinco ou seis alunos. Omissão do verbo “haver”.)

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Peguei de volta meu casaco.
(Foi omitido o pronome “eu”, mas a frase é perfeitamente compreensível.)

Tenho duas filhas, um filho e amo todos da mesma maneira.


(As desinências verbais de “tenho” e “amo”, permitem-nos que identifiquemos o pronome
omitido “eu”.)

Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita a omissão de um termo já mencionado
anteriormente.

Exemplos:
Eu adoro flores, quero plantá-las.
(Foi omitido o pronome “eu”, mas, este já está citado.)

Márcia é professora de Geografia, Joana de Inglês.

(Observe a omissão do verbo “ser”, que já foi citado na frase.)

Eu gosto de Matemática, você de Português.”

(Foi omitido o verbo “gostar”, mas, este já está citado.

11. Interrogativas de Eco


Há Interrogativas Globais (ou Totais) e Interrogativas Parciais (ou de Instanciação). Há
Interrogativas Directas e Interrogativas Indirectas  (Subordinadas).

Entre as Interrogativas Totais podem-se distinguir as Interrogativas «tag». Entre as


Interrogativas Parciais podem-se distinguir as Interrogativas Múltiplas. No grupo das
Interrogativas Parciais também se incluem as Interrogativas «eco».

A diferença entre as Interrogativas Globais e as Interrogativas Parciais é que às primeiras


corresponderá como resposta «sim» ou «não», enquanto as segundas contêm um elemento
QU- (os advérbios «onde» e «como» também são QU-).

Exemplos:
Interrogativa Global: Queres ir ao cinema?
Interrogativa Parcial: Aonde queres ir?

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Uma frase como: “Queres ir ao cinema, não queres?” é uma interrogativa «tag».

Uma Interrogativa Parcial Múltipla é uma interrogativa com vários constituintes QU-: «Quem
fez o quê?». Distingue-se este tipo de interrogativa porque, em Português e em várias outras
línguas, só um QU- pode ser movido.

Em Português, como foi referido, só um constituinte interrogativo pode ser movido numa
interrogativa. Contudo, não é obrigatório que um destes constituintes interrogados seja
movido. Por exemplo, em vez de «Aonde queres ir?», pode-se dizer «Queres ir aonde?». Uma
frase como esta última pode ser produzida num contexto pragmático semelhante àquele em
que a sua correspondente com movimento também pode ser proferida. Além disto pode ainda
ser produzida como resposta a uma frase do tipo «Quero ir ao cinema.», como forma de
indicar que não se percebeu a última parte deste enunciado. Se tal for o caso, ela exibirá um
contorno entoacional distinto do das outras interrogativas (pelo menos em Português
Europeu) e será uma interrogativa «eco»

12. Bordões de fala


Bordões de fala são palavras ou expressões frequentemente usadas ou repetidas no discurso
oral de um falante, sem que elas assumam um valor significativo no contexto frásico ou
discursivo em que se inserem, mas sim pelo facto de elas estarem sempre na ponta da língua
do interlocutor. Por vezes, são constantemente aplicadas na fala de um orador com o
objectivo de preencher certas lacunas no acto de processamento da informação.

Exemplo:
O uso ou aplicação constante das palavras “epa, portanto, então, sim, de facto, etc. ao longo
de um discurso.

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Conclusão
Com base no que foi apresentado, pudemos concluir que a comunicação é o meio
indispensável para a socialização do ser humano.
Também foi possível aprofundar na comunicação desde os elementos que a compõem até às
características das marcas típicas da comunicação oral e sua influência no discurso escrito.
Aprendemos que a comunicação oral tende a influenciar de várias formas no discurso escrito,
tais sinais ou marcas da sua influência podem ser facilmente identificados no nosso dia-a-dia
com certa facilidade. O uso excessivo das gírias afectam negativamente o discurso escrito,
pois o ser humano tende a escrever como fala.
Enfim, são várias as marcas típicas da comunicação oral no discurso escrito. Portanto, é
necessário saber utilizar adequadamente a língua para alcançar os objetivos na comunicação
oral de modo que não influenciei negativamente no discurso escrito.

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Bibliografia
Sites
https://conceitos.com/comunicacao/

https://www.significados.com.br/comunicacao/

https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/os-tipos-de-
comunicacao/62938

http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/segmentacao-de-palavras

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metaplasmo

https://www.google.com/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/o-que-e/portugues/o-que-e-
fonema.htm

https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.php

https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/frases-interrogativas-globais-parciais-etc/
10652

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADncope_(gram%C3%A1tica)

https://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php

https://www.figuradelinguagem.com/elipse/

Referências Bibliograficas
DE ARAÚJO, Aline Xavier, 2016, in uma análise sintática de fenômenos de
hipossegmentação e hipersegmentação, s/ed, Brasília, 20pp.
BORREGANA, António Afonso.2003. Gramática - Língua Portuguesa. 1° edição. Texto
Editores.9-16pp
PINTO, José Manuel de Castro; PARREIRA, Manuela; LOPES, Maria do Céu Vieira.
Gramática do Português Moderno. 3° edição. Plátano Editora.

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