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LÍNGUA PORTUGUESA
ALUNO:___________________________________________
Comparação
Uma relação de comparação explícita entre dois termos, marcada pela presença
de conjunção comparativa.
O pensamento é como um diamante bruto.
O pensamento é tal qual um diamante bruto.
O pensamento é igual a um diamante bruto.
Metáfora
Comparação implícita.
A razão é a luz na escuridão.
Observe que a “razão” está sendo comparada com a “luz”. No entanto, não há nenhuma conjunção
comparativa explicitada entre os dois termos. Portanto, se a frase fosse “A razão é como a luz na
escuridão”, não teríamos mais uma metáfora, mas sim uma comparação.
No primeiro exemplo, temos uma metáfora impura, assim classificada quando os dois elementos da
comparação implícita estão explicitados – no caso, “razão” e “luz”. Já na metáfora pura, isso não acontece:
No poema A rosa de Hiroshima, de Vinicius de Moraes (1913-1980), a “rosa” a que o eu lírico se refere é
uma metáfora para a bomba atômica, ou seja, ela é comparada a uma rosa. No entanto, em nenhum
momento, a bomba é explicitamente mencionada no poema.
Antítese
Oposição entre palavras, expressões ou ideias.
O bem e o mal caminham de mãos dadas no coração humano.
Paradoxo ou oximoro
Antítese que expressa uma contradição.
Ninguém parecia ouvir, mas a menina gritava em silêncio.
Note que é contraditório alguém gritar em silêncio, já que o grito se configura em um som.
Hipérbole
Exagero na declaração.
Estava com tanta fome que podia comer um boi inteiro.
Comer um boi inteiro, de uma só vez, por ser humanamente impossível, é um exagero.
Eufemismo
Palavras ou expressões agradáveis para amenizar a declaração.
Segundo o juiz, a deputada faltou à verdade em seu depoimento.
Note que, em vez de dizer que a deputada mentiu, é usada a expressão “faltou à verdade”, o que torna a
afirmação menos desagradável.
Ironia
Sugerir o contrário do que se afirma.
A pontualidade daquele médico é britânica. Só esperei duas horas para ser atendido.
A ironia depende muito de um contexto, ou seja, da situação em que é inserida, do conhecimento do
interlocutor sobre o fato ironizado, além de outros elementos, como gestos (na linguagem oral).
Prosopopeia
Personificação, atribuição de características humanas a seres irracionais ou a coisas.
O lobo conversou com Chapeuzinho, e decidiram fazer as pazes.
Onomatopeia
Palavra cuja sonoridade está associada à coisa representada.
O cocoricó se faz ouvir toda manhã.
O bem-te-vi estava mais triste naquele dia.
Veja que, no primeiro exemplo, “cocoricó” é um substantivo que, em sua sonoridade, representa aquilo a
que se refere, ou seja, imita o canto do galo. Já no segundo exemplo, o substantivo “bem-te-vi” refere-se a
um pássaro cujo canto tem essa sonoridade.
EXERCÍCIOS:
a) Aquele tum-tum do seu coração aumentava cada vez que se aproximava da pretendente.
b) Sou um passarinho com desejo de voar.
c) "... se se queria que estivesse sério, desatava a rir..."
d) "... parece que uma mola oculta o impelia..."
e) "... e isto (...) dava em resultado a mais refinada má-criação que se pode imaginar."
f) O céu vai se tornando roxo e a cidade aos poucos agoniza.
g) Peço-lhe mil desculpas pelo que aconteceu.
h) "Toda vida se tece de mil mortes."
i) Ele entregou hoje a alma a Deus.
6) No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo”, a figura de
linguagem presente é chamada:
Leia o texto abaixo para responder à questão 7:
Cidade grande
8) Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças ao conflito de duas visões antagônicas:
9) As figuras de linguagem são usadas como recursos estilísticos para dar maior valor expressivo à
linguagem.
No seguinte trecho “Tu és a chuva e eu sou a terra [...]” predomina a figura, denominada:
a) onomatopeia
b) hipérbole
c) metáfora
d) catacrese
e) sinestesia
10) Escreva um exemplo para cada figura de linguagem que você revisou:
COMPARAÇÃO
METÁFORA
ANTÍTESE
PARADOXO
HIPÉRBOLE
EUFEMISMO
IRONIA
PROSOPOPEIA
ONOMATOPEIA
Metonímia
Substituição de um termo por outro, desde que haja uma relação entre eles.
Assim, pode haver a substituição:
Não existe um termo específico para designar tal parte da mesa, por isso, toma-se “pé” como empréstimo
para designá-la.
Pode ocorrer ainda como o emprego inadequado de um termo devido à perda de seu sentido original.
A quarentena já dura dois meses.
Não podíamos embarcar no ônibus sem tirar aquelas fotos.
No primeiro exemplo, a palavra “quarentena”, em seu sentido original, refere-se a um período de quarenta
dias. No entanto, o termo passou a ser empregado com o sentido de “isolamento”. O mesmo fenômeno
acontece no segundo exemplo, em que “embarcar” deixou de ser apenas o ato de entrar em uma embarcação
e teve seu sentido ampliado para o ato de entrar em qualquer veículo de transporte.
Perífrase ou antonomásia
É a substituição de um termo por outro que o caracterize, como se fosse uma espécie de apelido.
O leão é considerado o rei das selvas.
O rei das selvas ainda não é uma espécie em extinção.
O Boca do Inferno não tinha papas na língua.
No primeiro exemplo, “rei das selvas” é uma expressão que se refere ao leão. Já “Boca do Inferno”, no
segundo exemplo, era como o poeta barroco Gregório de Matos (1636-1695) era chamado.
É importante fazer uma distinção: a perífrase refere-se a coisas ou animais, já a antonomásia refere-se a
pessoas. Nessa perspectiva, o primeiro exemplo é uma perífrase; e o segundo, uma antonomásia.
Sinestesia
Combinação de dois ou mais sentidos, ou seja, visão, olfato, audição, paladar e tato.
No doce caminho que percorri, ouvi cantarem os pássaros no calor da manhã.
Perceba que a palavra “doce” aciona o paladar; o verbo “cantarem”, a audição; e o substantivo “calor”, o tato.
Elipse
Ocultação de palavra ou expressão na estrutura do enunciado.
— Vou te ligar. Qual o seu número?
Nesse exemplo, foi omitida a expressão “de telefone”: Qual o seu número de telefone?
Zeugma
Um tipo de elipse caracterizado pela omissão de um termo mencionado anteriormente.
Preferia os caminhos difíceis aos fáceis.
Ou seja: Preferia os caminhos difíceis aos (caminhos) fáceis.
Anáfora
Repetição de uma ou mais palavras no início dos versos ou orações.
Eu não devo ter medo. Eu não devo parar. Eu não devo retroceder.
Pleonasmo
É o uso de algum termo dispensável, repetitivo, com o objetivo de enfatizar determinada ideia.
— Vi a abdução com meus próprios olhos — ele afirmou. — Você precisa acreditar em mim!
Atenção! Esse tipo de ênfase é aceitável quando é feito de modo intencional, visto como figura de linguagem.
Quando sem intenção, trata-se de um vício de linguagem (“subir para cima”, “entrar para dentro” e similares).
Hipérbato
Inversão da ordem direta dos elementos de uma oração ou período.
A ordem direta é composta de sujeito, verbo, complemento ou predicativo:
As manifestações culturais brasileiras são muito valorizadas no exterior.
Assim, temos:
Sujeito: As manifestações culturais brasileiras.
Verbo: são.
Predicativo: valorizadas.
Polissíndeto
Repetição da conjunção “e”.
E o cachorro latia, e corria, e babava em tudo que via pela frente.
Apóstrofe
Interrupção da frase para interpelar ou invocar.
Não podia acreditar, ó céus, que aquilo acontecera.
Gradação
Sequência de palavras que intensifica uma ideia.
Estava muito frio, congelando, uma temperatura glacial.
Na frase, temos a gradação na descrição do frio para intensificar a ideia de que a temperatura estava
realmente baixa.
Ele era um porco, um jumento, um dinossauro. Impossível lidar com alguém assim.
Aliteração
Repetição de consoantes ou sílabas.
Minha mãe me mandou fazer o meu melhor.
É importante lembrar que essa é uma figura usada em textos literários. Em uma linguagem objetiva, ela é
considerada um vício de linguagem.
“Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
(Cruz e Souza)
Assonância
Repetição de vogais.
Por onde andam o amor e a dor do trovador?
“Berro pelo aterro, pelo desterro
Berro por seu berro, pelo seu erro
Quero que você ganhe, que você me apanhe
Sou o seu bezerro gritando mamãe”
(Caetano Veloso)
11) Relacione as colunas de acordo com o tipo de figura de linguagem utilizado na construção de sentido
das frases a seguir:
12) Assinale a única alternativa que possui a figura de linguagem conhecida como metáfora:
a) Correu feito louco para não perder o ônibus.
b) Sua pele é um pêssego.
c) “Cabelos tão escuros como a asa da graúna” - José de Alencar.
d) Era delicada como uma flor.
14) A seguir, há dois extratos de poemas de épocas diferentes: o primeiro, do final do século XIX, e o
segundo, do início do século XX. Mesmo sendo textos com dessemelhanças contextuais, há, neles,
uma figura de linguagem comum. Leia-os, para marcar a opção CORRETA:
Texto 1: Texto 2:
a) Prosopopeia
b) Catacrese
c) Aliteração
d) Hipérbole
e) Paradoxo
16) Reescreva a frase seguinte usando adequadamente o eufemismo: “COMO AQUELE HOMEM É BURRO”
17) Aponte a figura: “Naquela terrível luta, muitos adormeceram para sempre”.
a) Antítese
b) Eufemismo
c) Hipérbole
d) Prosopopeia
e) Metonímia
20) “Eu já lhe disse um bilhão de vezes para não exagerar quando falar!”
a) comparação
b) hipérbole
c) ironia
d) prosopopeia
e) catacrese