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DIALETOS GALEGOS
DIALETOS PORTUGUESES
1) Dialetos setentrionais
Dialetos transmontanos e alto-minhotos
Dialetos baixo-minhotos, durienses e beirões
2) Dialetos centro-meridionais
Dialetos centro-litorais
Dialetos centro-interiores
3) Dialetos insulares
Principais isófonas na delimitação entre dialetos setentrionais e dialetos
centro-meridionais:
Delimitação geográfica:
“(...) linha que atravessa Portugal no sentido noroeste-sudeste, desde a região de
Aveiro (junto da costa) até uma região próxima da fronteira política com Espanha,
na Beira Baixa.” (Ferreira et al. 1996: 494).
Principais características:
- sistema de 4 sibilantes apicais e predorsais: [s] e [z] (predorsais); [ʂ] e
[ʐ] (apicais);
- neutralização da oposição /v/ - /b/;
- manutenção, em vastas áreas, de [tʃ];
- ditongação de [ow] e de [ej].
Principais características:
- sistema de 2 sibilantes apicais: [ʂ] e [ʐ];
- neutralização da oposição /v/ - /b/;
- manutenção, em vastas áreas, de [tʃ];
- ditongação de [ow] e de [ej].
Área subdialetal do Baixo-Douro e do Minho Litoral (especialmente o “subdialeto do
Porto”):
Principais características:
- sistema de 2 sibilantes predorsais: [s] e [z];
- neutralização da oposição /v/ - /b/;
- ditongação de /ow/ ([ow] ou [ɐw]) e de [ej] ([ej] ou [ɛj]);
- ditongação e abaixamento de /e/ e /o/ tónicos (exs.: porto [‘pwɐɾtu] e
letras [‘ljɐtɾɐʃ]);
- iodização antes de consoante palatal ([ɲ], [ʎ] ou [ʒ]) (exs.: banho
[‘bɐjɲu]; folha [‘fwɐjʎɐ] e nojo [‘nwɐjʒu];
- conservação da terminação medieval do ditongo contemporâneo –ão
[õw̃] (ex.: pão [‘põw̃];
- abaixamento de /a/ tónico em contexto nasal (ex.: cama [‘kamɐ] e
frango [‘fɾãgu]).
DIALETOS CENTRO-MERIDIONAIS
Delimitação geográfica:
“(...) linha que atravessa Portugal no sentido noroeste-sudeste, desde a região de
Aveiro (junto da costa) até uma região próxima da fronteira política com Espanha,
na Beira Baixa.” (Ferreira et al. 1996: 494).
Principais características:
- sistema de 2 sibilantes predorsais: [s] e [z];
- manutenção da oposição /v/ - /b/;
- inexistência, na maior parte das áreas, de [tʃ];
- monotongação de /ow/ ([o]);
- ditongação de /ej/ ([ej] ou [ɐj]).
Principais características:
- sistema de 2 sibilantes predorsais: [s] e [z];
- manutenção da oposição /v/ - /b/;
- inexistência, na maior parte das áreas, de [tʃ];
- monotongação de /ow/ ([o]);
- monotongação de /ej/ ([e]).
Área subdialetal da Beira Baixa e Alto Alentejo:
Principais características:
- palatalização de /u/ em [y];
- palatalização de /a/ em [ɛ] ou [æ] em alguns contextos (no contexto de
uma consoante palatal): bacalhau [bɐkɐ’ʎæw];
- palatalização de /o/ em [ø] (ex.: sogro [‘søgɾ(u)];
- supressão de [u] átono final (ex.: surdo [‘syɾd]).
Principais características:
- palatalização de /u/ em [y];
- abertura das vogais anteriores ([i], [e] e [ɛ]);
- velarização de /a/ em [ɔ] ou [ɑ];
- supressão de [u] átono final (ex.: surdo [‘syɾd]).
DIALETOS INSULARES
Subdialeto da Madeira:
- ditongação de [i] tónico em [ɐj] ou [ɨj] (exs.: vila [‘vɐjʎɐ] ou [‘vɨjʎɐ]);
- ditongação de [u] tónico em [ɐw] (ex.: rua [‘ʀɐwɐ]);
- palatalização de [l] quando precedido de [i] ou [j] (ex.: vila [‘vɐjʎɐ]).
Referências