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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Ciências de Saúde

Temas:
A comunicação;
Diferênça Línga Fala;
Elementos do processo de comunicação;
As funções de linguagem

Beira, 2022
Comunicação:
1. Conceito de comunicação;
2. Importância de comunicação.

Comunicação: acto ou efeito de emitir, transmitir


ou receber mensagens por meio de métodos e/ou
processos convencionados, quer através da
linguagem fala ou escrita, quer de outros sinais,
signos ou símbolos, quer de aparelhos técnicos
especializados , sonoros e/ou visuais. (Dicionário
livre Aurelho. s/d)
Diferênça entre língua e fala
Língua: sistema de signos que permite a
comunicação entre os indivíduos de uma
comunidade linguística.
Pinto e Lopes (2003, p. 18) A língua consite num
sistema de signos articulados, utilizados pelos
membros de uma comunidade humana para
comunicarem entre si. Esse sistema permite-lhes
realizarem a línguagem verbal quer a partir de
palavra falada ou escrita.
Cont.
Fala: Realização da língua.

Elementos do processo de comunicação


No processo de comunicação temos que considerar
os seguintes elementos: Pinto e Lopes (2003)
➢Emissor;
➢Receptor;
➢Mensagem;
➢Código;
➢Canal;
➢Contxto.
Cont.
Emissor: é o agente que produz ou difunde a
mensagem. Ex: pessoa ou emissor da rádio ou tv.

Receptor: é o agente que recebe a mensagem. Ex:


pessoa ou aparelho receptor.

Mensagem: é a informação transmitida.

Codigo: conjunto de sinais ou signos convencionais


que, organizados (codificação), permite ao emissor o
envio da mensagem e ao receptor recebê-la e
descodificá-la (descodificação).
Cont.
Canal: meio físico através do qual se envia
mensagem.

Contexto: circunstâncias que envolvem a


comunicação da mensagem, os referentes e as
respectivas referências (indivíduos, coisas ou
ideias), o tempo (momento em que a mensagem é
transmitida) e o luar (onde se transmite).
Tipos de comunicação
➢Unilateral;
➢Bilateral.

Unilateral: a comunicação é unilateral (num só


sentido) quando o emissor comunica e não há
reciprocidade por parte do reecptor. Ex: jornal,
rádio, tv, etc.

Bilateral: a comunicação (nos dois sentidos)


quando existe reciprocidade – ambas as partes
funcionam como emissor e como receptor. Ex:
diálogo.
Linguagem
Linguagem é num sentido geral, conjunto de
processos que permitem a comunição entre as
pessoas. A comunicação faz através do uso
sistemático e convencional de sons, sinais ou
símbolos escritos.

TIPOS DE LINGUAGEM:
Há três tipos de linguagem:
➢Linguagem verbal;
➢Linguagem não verbal;
➢Linguagem mista.
Cont.
Linguagem verbal: a que é realizada pela palavra.
Pode ser oral ou escrita.

Linguagem não verbal: a que é realizada por


outros meios que não a palavra. Pode ser: gestual,
sonora- sirene, simbólica- coracão = amor; pombo
= paz, icónica – hospital = H.

Linguagem mista: a que é simultaneamente verbal


e não verbal: cartaz publicitário.
Funções de Linguagem
As funções de linguagem são categorias dos
estudos da comunicação, que são:
- Emotiva: evidencia sentimentos, sensações de
quem fala.
Ex.: Eu não aguento mais! Todo dia é um problema,
toda semana eu tenho que ajudar alguém.
- Função poética: apresenta um cuidado na
linguagem de modo a ganhar expressividade, pois
o “eu lírico” expressa estados subjectivos do seu
ser; prioriza-se a estilística/ figuras de estilo.
- Ex.: poema de José Craveirinha “Eu sou carvão”
Função referencial: prioriza o contexto. Seu
objectivo é apontar para o sentido da realidade
material para seres e coisas que existem.
Preocupa-se com a precisão das palavras e sem
subjectividade.
Ex.: A maçanica é um fruto típico das zonas quentes. Em
Moçambique podemos encontrar a maçanica na província de Tete. É
um fruto do tamanho da uva e que pode ser comido fresco ou mesmo
seco…
- Função fática: se concentra no canal. É mais
usada para testar o veiculo de comunicação.
Por exemplo, em casos de ligação, o interlocutor
pode utilizar expressões como “alo, alo”, “oi?!”
Ex.: Não acredito que isto esta a acontecer! Sim,
estou ouvindo…
- Função metalinguística: concentra-se no código.
Por exemplo, utiliza-se a língua para falar da
língua; o texto para falar do texto; da poesia para
falar da poesia… Na poesia, a função
metalinguística existe quando o “eu lírico” fala da
sua composição poética…
- Função conativa ou apelativa: se concentra no
sujeito que recebe a mensagem. Seu objectivo é
instrui-lo, converte-lo sobre algo. A sua linguagem e
persuasiva (para convencer).
Ex.: Compre agora e só pague daqui a 45 dias! É
mahala!!!
É comum na linguagem publicitaria.
Classe Morfológica das Palavras
Morfologia

Parte da gramatica que estuda as estruturas


das palavras, sua formação.

Na Língua portuguesa existem 10 classes


de palavras classificadas de acordo com a
sua função. Eis a sequencia:
Classe de palavras Variáveis são 6

- Substantivo, adjetivo, pronome, numeral,


artigo e verbo.

Elas podem variar em gênero (masculino e


feminino), número (singular e plural) e grau
(aumentativo e diminutivo)

Classe de palavras Invariáveis são 4

Preposição, conjunção, interjeição e advérbio


Classe dos Substantivos
Substantivos palavras que nomeiam qualquer
coisa ou ser. Nomes próprios, objectos, seres
vivos, locais, fenómenos.

Os substantivos possuem variações de género,


número e grau, além de poder ser classificado em
nove tipos.

Exemplo: Universidade, caderno, Beira…


Classificação dos Substantivos
- Substantivo Comum: indica o nome
genérico/ comum que se dá a uma coisa e
escreve-se com letra minúscula.
Exemplo: sofá, meia, amor, caderno…
- Substantivo Próprio: é o nome que se dá a
um ser ou grupo de seres identificando-os
como um todo, e escreve-se com letra
maiúscula.
Exemplo: Beira, José, Oceano Indico…
- Substantivos Concretos: são aqueles que se dão
a seres/objectos cuja existência é independente de
outro ser. O substantivo concreto pode ser real ou
imaginário, material ou imaterial.
Exemplo: professor (concreto real); Enchente
(concreto imaterial); Deus ( Concreto? Imaterial);
dragão (concreto imaginário).
- Substantivos Abstractos: é o nome que se dá ao
substantivo cuja existência depende de um ser
concreto para existir. O substantivo abstracto não é
capaz de ser produzido.
Exemplo: ensino, calor, imaginação, ternura,
felicidade.
- Substantivos colectivos: nome que se dá
a um conjunto de seres ou objectos.
Exemplo:
fauna – conjunto de animais de uma região;
flora – conjunto de plantas;
floresta – conjunto de arvores
povo – conjunto de pessoas;
cardume – conjunto de peixe;
alcateia – conjunto de lobos;
arquipélago – conjunto de ilhas;
Género dos substantivos
- Masculinos: o sol, o poeta, uns poetas…
- Femininos: a ponte, a poetiza, umas nuvens…

Substantivos Biformes: são aqueles que mudam a


desinência (-o para –a) para mudar de género.
Ex.: o garoto (masc) a garota (fem)
Substantivos sobrecomuns: são os que têm único
género para masculino e feminino.
Ex.: o cônjuge (mulher/ homem)
A criança (masc/fem); o ídolo (masc/ fem)
- Substantivos epicenos: nomeiam animais que
possuem, na forma escrita, apenas um único género.
Ex.: a cobra macho / a cobra fêmea
O crocodilo macho/ o crocodilo fêmea
Grau dos substantivos
Diminutivo: pode representar carinho ou desprezo.
Comumente usamos os sufixos (-inho ou –inha)
Ex.: bonitinho/ amiguinha…
Aumentativo: pode representar admiração/
tamanho. Comumente usamos os sufixos (-ao ou –
ona)
Ex.: bonitão/ amigona
Adjetivos
São utilizados para a caracterização de
substantivos. Ou seja, são palavras que servem
para atribuição de qualidades.

Ex.: bonita, inteligente, confuso, sanguinário…

Os adjectivos flexionam em:

• Gênero (masculino ou feminino);

• Número (singular ou plural);

• Grau (comparativo ou superlativo).


Grau dos Adjectivos
- Grau comparativo de igualdade
Ex.: Maria é tão extrovertida quanto o seu
irmão Mateus.
- Comparativo de inferioridade
Ex.: Maria é menos extrovertida do que seu
irmão Mateus.
- Comparativo de superioridade
Ex.: Maria é mais extrovertida do que seu
irmão Mateus.
Grau Superlativo
Grau superlativo absoluto sintético: ele é
formado acrescentando o sufixo –íssimo ao
adjectivo.
Ex.: forte - fertilíssimo/ vulgar - vulgaríssimo
- Os adjectivos terminados em –vel - formam o
superlativo em –bilíssimo
Ex.: amável – amabilíssimo
- Adjectivos terminados em vogal nasal (m)
formam o superlativos em –níssimo
Ex.: Bom – boníssimo
Adjetivos terminados em ditongo -ão fazem o superlativo
em -aníssimo: Ex.: vão - vaníssimo
Os superlativos em -imo e -rimo são formados por uma
mudança no radical dos adjetivos que reassumem uma forma
próxima à do radical latino.
• célebre – celebérrimo
• humilde – humílimo (ou humildíssimo)
• íntegro – integérrimo
• livre – libérrimo
• pobre – paupérrimo (ou pobríssimo)
• provável – probabilíssimo
• sábio – sapientíssimo
• salubre – salubérrimo
Superlativo absoluto analítico: formado com o auxílio de
um advérbio que indica excesso – muito, imensamente,
extraordinariamente, grandemente, etc.
Exemplos:
• muito esforçado
• imensamente grato
• excessivamente equivocado
Superlativo relativo de Superioridade : formado pela
anteposição de o mais e a posposição
da preposição de ou dentre ao adjetivo:
Exemplos:
• Pedro é o mais inteligente de todos.
• O mais inteligente dentre todos era Pedro.
Superlativo relativo de inferioridade: formado pela
anteposição de o menos e a posposição da
preposição de ou dentre ao adjetivo:
Exemplos:
• Pedro é o menos estudioso de todos.
• O menos estudioso dentre todos era Pedro.
Pronomes
Pronome é uma classe de palavras variável cuja
finalidade é substituir ou determinar (acompanhar)
um substantivo.
Eles se classificam em razão dessas funções. Aquele
que substitui o nome é chamado de pronome
substantivo, e o que o determina (acompanha) é
o pronome adjetivo.
Os pronomes são subclassificados em pessoais,
relativos, possessivos, demonstrativos, indefinidos e
interrogativos.
• Pronomes Pessoais; podem ser divididos em
pronomes pessoais do caso recto, pronomes
pessoais oblíquos e pronomes pessoais de
tratamento.
Pronomes pessoais rectos - São aqueles que
substituem os substantivos e indicam as pessoas da
oração, assumindo a posição de sujeito da oração.
• Ex.: Eu fui ao clube.
• Ele gosta de basquete.
Pronomes pessoais oblíquos: Os pronomes
pessoais oblíquos são aqueles que se referem
às pessoas do discurso quando exercem
função de complemento da oração, assumindo
comumente função complemento directo ou
indirecto.
Cont.
Podem ser tónicos ou átonos. Os tónicos são
sempre antecedidos de uma preposição e
substituem um substantivo que tem função de
objecto indirecto.
Os átonos não são antecedidos de preposição e
podem substituir um substantivo que tem
função de objecto directo ou de objecto
indirecto.
• Pedro gosta de mim.
• Eu encontrei-o na praia.
Pronomes possessivos: apresentam uma relação de posse,
isto é, indicam que alguma coisa pertence a uma das
pessoas da oração.
• Não sei onde coloquei meus óculos.
• Você pode me emprestar sua borracha, por favor?
Ex.: teu, tua/ seu, sua/ nosso, nossa/ vosso, vossa…
Pronomes demonstrativos: situam alguém ou algo no
tempo, no espaço e no discurso, em relação às próprias
pessoas.
• De quem é aquela bolsa?
• Veja esta notícia.
Ex.: esta (s), essa (s), aquela (s), aquele (s), tal/tais, …
Pronomes interrogativos: são utilizados para interrogar,
isto é, para formular perguntas de modo directo ou
indirecto.
• Quem está aí?
• Poderia me dizer que horas são.
Ex.: Qual, quais, quantos (as), quem, que…
Pronomes relativos: relacionam-se sempre com o termo
antecedente da oração, sendo união de subordinação das
orações que iniciam.
• Eu comprei o sapato que estava na vitrine.
• A casa onde cresci era enorme.
Ex.: o qual, a qual, os quais, cujo (a), cujos, cujas/ quem,
que, onde.
Pronomes Indefinidos: referem-se sempre à 3.ª pessoa,
indicando que algo ou alguém é considerado de forma
imprecisa e indeterminada.
• Foi apresentada alguma justificativa para o atraso do
aluno em sala de aula?
• Ninguém se quer responder por este acontecido.
Ex.: algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma,
nenhuns, nenhumas, muita (s), muito (s), pouco (s), pouca
(s), todo (s), toda (s), tanto (s), tanta (s), quanto (a) quantos
(as), qualquer, quaisquer, qual, quais, um, uma, uns, umas
(variáveis)
Alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, cada.
Classe dos Advérbios
Os advérbios são palavras que servem para
determinar ou intensificar o sentido do verbo,
do adjectivo ou de outro advérbio. Em muitos
casos exercem essa função junto do verbo.
PINTO, J.M DE Castro, NEVES, M. LOPES,
M.DO Céu Vieira (1998, p.150).
Ex:1 Não percebeste o que quis te dizer.
Ex:2Não percebeste bem o que quis te dizer.
Ex:3 Ela é muito elegante. = junto do advérbio e
adjectivo são importantes na formação de graus.
Subclasses do advérbio
Advérbios circunstanciais: São os que exprimem
uma circunstância em relação à acção do verbo.
Exercem a funcão circunstancial de:
✓Tempo: ex: Cheguei ontem de férias
✓Lugar: ex: A tua comisa está ali.
✓Modo: ex: o João falou depressa.

NB. Raciocinava profundamente e rapidamente.


Fica. profunda o segundo adv. Passa o suf. Mente.
Cont.
Grau dos advérbios
Certos advérbios à semelhança dos adjcetivos,
apresentam flexão de grau.
Ex: advérbio perto.
• Comparativo de igualdade: tão perto;
• Comparativo de superioridade: mais perto;
• Comparativo de inferioridade: menos perto.
Cont.
➢Superlativo absoluto análitico: muito perto;
➢Superlativo absoluto sintético: pertíssimo;

➢Superlativo relativo de superioridade: o mais


perto;
➢Superlativo relativo de inferioridade: o menos
perto.
Classe dos numerais
Para indicar uma quantidade exacta de pessoas ou
coisas, ou para assinalarmos o lugar que elas
ocupam numa série, empregamos uma classe
especial de palavras – os numerais.

Os numerias podem ser:


➢Cardinais; ex: um, dois; dois e dois são quatro.
➢Ordinais; ex: primeiro ano de enfermagem geral.
➢Multiplicativos; ex: o meu telemóvel custou o
tripulo do teu.
➢ fracionários e Ex: comi um quarto de frango 2+1
Cont.
➢ numerais colectivos ex: elas fazem um óptimo
dueto; trio; duzia.

Flexão dos numerais


Os numerais cardinais: viriam em género a partir
de duzentos. Ex: duzentos – duzentas; ambos
substitui dois. Também variam em género. Ex:
ambos os pés.
Os numerias ordinais:variam em género e número.
Ex: primeiro-primeira; vigésimos – vigésimas.
Cont.
Numerias multiplicativos: são invariáveis quando
equivalem a nomes. Ex: A mãe deu-lhe o triplo
dos encargos.
Qunando equivalem a adjectivos, variam em género
e número. Ex: comprou os alimentos em
quantidades triplas.

Numerias fraccionários: concordam com os


cardinais que designam o número de partes. Ex:
eu recebi um quinto e tu três décimos.
Cont.
Numerais colectivos: variam em número. Ex: no
concerto, actuaram alguns trios.
Classe das conjunções
As conjuções são palavras inváriaveis que servem
para relacionar oraçoes ou elementos semelhantes
da mesma oração. Igualmente podem relacionar
frases ou mesmo paragrafos.
Ex:1. Não segui o seu conselho, [mas]=
adversativa. arrependi-me;

Ex: 2. Os professores e os alunos deram uma festa.

Ex:3. irei a de férias a Nampula; [se] condicional.


Passar nos exames.
Cont.
As conjunções coordenativas ligam orações da
mesma natureza ou palavras que, na oração,
desempenham iguais funções. Ex: 1 e 2
As conjuções subordinativas estabelecem uma
relação de dependência entre orações. Ex:3
Conjuções e locuções coordenativas
Copulativas: e, nem, também que = quando
equivale a e. Ex: bate que bate; locuções: não
só… mas também, não só… como também,
tanto…como.
Cont.
Conjuções Locuções
copulativas E, nem, também, que Não só…mas
também, não só…
como também,
tanto…como.
adversativas Mas, porém, todavia, Apesar disso, no
contudo, entretanto, entanto, ainda assim,
que = mas nào obstante, de
outra sorte.
disjuntivas ou Ou…ou, já…já,
ora…ora, nem…nem,
seja…seja,
quer…quer.
conclusivas Logo, pois, portanto Por conseguinte, por
consequência.
Explicativas Pois, porquanto, que.
Conjuções e locuções subordinativas
conjuções Locuções
condicional se A não ser que, contanto que,
desde que, a menos que,
salvo se.
compartivas Como, conforme, segundo, Assim como, assim..assim,
que, qual assim também. Bem como
etc.
causais Porque, pois, porquanto, Visto que, pois que, já que,
como = porque, que =porque por isso que.
temporais Quando, enquanto, mal, Antes que, depoisque, logo
apenas que, assim que. Etc
concessivas Embora, conquanto, que. Ainda que, mesmo que posto
que, se bem. etc
Consecutivas Que De maneira que, de modo
que, de forma que, de serto
Finais Que que.
Para que. A fim de que
porque.
Classe das interjeições
Interjeições: são palavras com que, de maneira
espontânea, exprimimos vivamente as nossas
emoções.
Elas são frequentes nas frases exlamativas e
costumam ser acompanhadas de ponto de
exclamação.
Ex: ah! Que grande asneira fizeste.
Oxala! Cheguemos a tempo!
Cont.
Classificações:
Surpresa: ah! Oh!, Chiça! Caramba! Meu deus! Etc.
Aplauso: ah! Eia! Upa! Viva! Coragem! Bravo. Etc.
Alegria: ah!, oh!
Chamamento: ó! Eh! Psi!
Indignacão;
Terror;
Duvida
Cansaço
Ordem; silêncio
Classe dos verbos

O verbo exprime a acção, as qualidades ou


estados, situando-os no tempo:
Ex: a Helena foi à rua.
Modo : o modo apresenta a atitude do
enunciador em relacão àquilo que está a dizer.
Indicativo: apresenta o enunciado como real.
Conjuntivo: apresenta o ennunciado como
possibilidade, desejo, eventualidade ou
dúvida.
Cont.
Ex: eu talvéz cante hoje.
Imperativo: apresenta o enunciado como ordem,
conselho ou pedido.
Ex: por favor! Cante hoje!
Infinitivo: apresenta, em abstracto, a ideia do
enunciado.

Tempos naturais.
Presente: situa o facto que anuncia no momento
em que se fala.
Cont.
Pretérito ou passado: situa o facto antes do
momento em se fala.
Futuro: situa o facto deppis do momento em que
se fala
A Frase
Sintaxe: é a parte da gramática que estuda a
estrutura e os constituintes da frase. Cabe à
sintaxe o estudo das relações estabelecidas entre
os elementos da frase.

Frase: é uma unidade linguística portadora de um


sentido completo. Clara Amorim e Catarina Sousa
(2008, p.94)

Enunciado: quando a frase é atualizada na


comunicação, serve de suporte a um enunciado.
Tipos de frase
As frases podem ser classificadas em diversos tipos,
de acordo com a intenção comunicativa do
locutor, actualizando assim diferentes actos de
fala: assertivo, directivo, compromissivo,
expressivo e declarativo.
Frase declarativa: está associada à actualização de
um acto ilocutório assertivo. (marcas: ponto final
na escrita e na oralidade é marcada pela entoação
descendente. )
Ex:encontrei a Ana no cinema.
A Ana, encontrei-a no cinema.
Cont.
Frase interrogativa: está associada à actualização
de um acto ilocutória directivo, na medida em que
pretende obter uma resposta verbal ou não verbal.
Ex: já terminaste o trabalho? Passas-me a água, por
favor?
As frases interrogativas podem ser directas ou
indirectas.
Frase interrogativa directa: normalmente
corresponde a uma frase simples e, na escrita,
termina com ponto de interrogarção.
Ex: sabem a história da minha formação?
Cont.
Frase interrogativa indirecta: corresponde sempre
uma frase subordinada completiva e, na escrita
termina com ponto final. Igualmente, são
itroduzidas por verbos como: perguntar,
quastionar, interrogar…
Ex: perguntou-lhes se sabiam a história da sua
formação.

Em função da resposta que se pretende obter à


frese interrogativa, podemos classificá-la em
total ou parcial
Cont.
Frase interrogativa total: frase que pretende obter
uma resposta afirmativa ou negativa.
Ex: Margareta é mito linda, não acha?

Frase interrogativa parcial: é caraterizada pela


presença de uma palavra interrogativa (pronome,
determinante, quantificador ou adverbio
interrogativo)
Ex: como queres que te trate?
Cont.
Frase exclamativa: corresponde a um acto
ilocutório expressivo e é utilizada para expressar
os sentimentos ou opiniões do falante.
Ex: Estás linda!; Que filme fantástico!
O acento de intensidade caracteriza este tipo de
frase.

À semelhaça das interrogativas, também as freses


exclamativas podem ser classificadas em
função do alvo da exlamação.
Cont.
Frase exclamativa total: a exclamação incide sobre
a totalidade da frase.
Ex: cumpri sempre o meu dever!

Frase exclamativa parcial: a exclamativa incide


apenas sobre um dos constituintes frásicos.
Ex: Ah!,que sensação agradável viver nesta cidade
da Beira!
Cont.
Frase imperativa: está associada a um acto
ilocutório directivo e, tem como intenção
comunicativa exprimir uma ordem, um pedido ou
um conselho. Para além do modo imperativo, as
formas verbais podem ocorrer no conjuntivo, no
indicativo, no gerúndio, no infinitivo e no
participio passado.
Ex’s: faz os trabalhos de casa!;
Façam os trabalhos de casa!; senteu!
Marchando! ; Deitar! Calados!
Formas de frase
Em função da natureza da mensagem que se
pretende transmitir, é possível associar ao tipo da
frase (declativo, interrogativo, exclamativo ou
imperativo)uma forma ou várias formas de frase.

Forma afirmativa / forma negativa


Forma activa / forma passiva.
Forma afirmativa e forma negativa
Ex: o mau tempo passou. – frase do tipo decrativo e
formna afirmativa.
Cont.
Ex: o mau tempo não passaou. –frase do tipo
declarativo e forma negativa.

Forma activa e forma passiva.


Ex: a chuva denificou várias habitações. – frase do
tipo declarativo e forma activa.
Ex: várias habitações foram danificadas pela
chuva.– frase de tipo declarativo e de forma
passiva.
Relações sintácticas
Coordenação
A coordenação é a relação sintáctica estabelecida
entre elementos (palavras, grupos de palavras ou
orações) que pertecem à mesma categoria
gramatical e que desempenham a mesma função
sintáctica. (PINTO Manuel e Lopes M.do céu
2003)
Ex: o sol nasceu. Toda a natureza despertou.
O sol nasceu e toda a natureza despertou.
Cont.
Classificação das orações coordenadas.

Oração assindética: quando a ligação é feita pela


pausa (código oral) e pela vírgula (codigo escrito).

Ex: comprei um carro, fui experimentá-lo, fiquei


satisfeito.

Oração sindética: quando a conjunção está


expressa.
Cont.
Oração coordenada copulativa: quando as orações
estão ligadas pelas conjuções aditivas.
Ex:1 O João entrou na livraria e comprou vários
livros.
Ex:2 O João não entrou na livraria, nem comprou
livros.
Orações coordenadas adversativas: quando as
ideias estão ligadas por uma oposição.
Ex: Gosto de cinema, mas prefiro o teatro.
Porém, contudo, no entanto
Cont.
Oração coordenadas disjuntivas: quando são
alternadas uma da outra.
Ex: O avião atrasou ou não partiu.

Orações coordenadas conclusivas: quando


apresenta como conclusiva da primeira.
Ex: O autocarro teve uma avaria, portanto atrasou.
logo
por consequência
Cont.
Oração coordenadas explicativas: quando justifica
a ideia apresentada pela oração anterior.
Ex: o barco atrsaou, pois estava nevoeiro.
porquanto

Orações subordinadas: quando estabelece uma


relação de subordinação entre as frases.
Ex: aquela senhora gritou, quando foi assaltada. =
temporal.
Ex: aquela senhora gritou porque foi assaltada.=
causal
Cont.
Classificação das orações subordindas
Distinguem-se três grandes grupos de orações
subordinadas:
➢ As subordinadas Relativas: que se subdividem
em: restritivas e explicativas.
Ex:1 O avião que teve uma avaria transportava
poucos passageiros.
Ex:2 Filipe J. Nyusi, que é presidente da República
de Moçambique, visitou a Cidade da Beira no ano
passado.
Cont.
➢As subordinadas completivas ou integrantes:
Ex: O comandante anunciou que havia uma avaia.
➢As subordinadas adverbiais ou circunstanciais:
Subdivididas em:
✓Causais;
✓Temporais;
✓Finais;
✓Concessivas;
✓Condicionias;
✓Comparativas
✓consecutivas
Cont.
➢ As sem conjunção ou pronomes: subdividem –
se em:
✓Infinitivas;
✓Gerundivas; e
✓Participiais.
Orações relativas
A oração subordinadas relativa são quelas que são
introduzidas por um pronome relativo que liga ao
seu antecente (nome ou pronome). Geralmente
estas orações correspondem a um adjectivo com
função de atributo.
Cont.
Ex: o aluno trabalhador vence as dificuldades.
=Adjcetivo atributo=
Ex: o aluno que trabalha vence as dificuldades.
=orac. Sub. relativa atributo=
▪ Oração sub. Adjectivas restritivas:
Ex: As crianças que estavam doente perderam o
apetite.
▪ Oração sub. relativa adjectiva explicativa:
Ex: o meu pai, que é bom nadador, ensinou-me a
nadar.
Cont.
▪ Orações relativas substantivas:
Ex:1 ame aquem te ama. = complento directo;
Ex:2 Eu não sou quem tu imaginas. Predicativo do
sujeito.

➢Orações subordindas completivas ou


integrantes: são também designadas substantivas
por exercerem funções equivalante às dos
substantivos ou nomes.
Estas orações são normalmente introduzidas pela
conjunção subordinativa integrante que ou se.
Cont.
▪ Completivas introduzidas pela conjução que:
Ex:1 Sinto a aproximação da tempestade.
Grupo nominal/ c. directo
Ex:2 Sinto que a tempestade se aproxima.
Orac. Sub. Completiva c. directo

➢Orações subordinadas adverbiais e


circunstanciais: são aquelas que desempenham a
função de um complemento circunstancial em
relação à oração de que dependem ou a um
constituite dessa oração.
Cont.
Classificação das orações subordinadas adverbiais.
✓Causais; Ex:Não saio porque está a chover.C.causa
✓Temporais;Ex:ficarei cá enquanto estiveresdoente
✓Finais; Ex: Ela fez tudo para que sejas feliz.
✓Concessivas; Ex:Ela sorria, embora estivesse triste
✓Condicionais;Ex:Eu repetirei o exercício se for
necessário.
✓Comparativas; Ex: Ele dirige a casa como o faria a
sua mãe.
✓Consecutivas. Ex: Ela insistiu tanto que eu não
dexarei de estar presente.
Cont.
Orações infinitivas, gerundivas e participiais.

Infinitivas:Ex: Antes de partir irei visitar-te.

Gerundiva:Ex: tendo terminando o concerto, o


público aplaudio vibramente.

Participiais: Ex: Atravessada a fronteira, a viagem


será mais rápida.
Processos de concordância
As palavras, quer seja no discurso quer na frase,
encontram-se reacionadas entre si. Um dos
espectos mais importantes a considerar é a
relação de concordância que existe entre frases,
entre sintagmas e entre elementos de cada
sintagma.
Essa concordância pode dar-se em género, número
e em pessoa.
Exercícios de aplicação sobre frases
complexas.
divida e classifique as seguites frases em
orações.
1.
Pragmática
É a parte da gramática que estuda o uso que os
falantes fazem da linguagem.

A comunicação verbal é uma troca de


inforamação, de ideias, de sentimentos, de
conhecimentos, entre pessoas. Para participar
nessa comunicação, locutor e alocutário (s)
recorrem não só a sua experiência indiviadual,
como também ao saber compartinhado com o (s)
outro (s).
Cont.
Existem significado pragmático quando um
ouvinte ou leitor capta uma mesma mensagem não
só porque ouve ou lê uma frase ou uma sequência
de frases, mas porque, às mesmas, é capaz de
reconhecer significados diferentes, conforme as
diferentes situações de comunicação.
Ex: Há dedadas no vidro.
Desligada de um tempo e de um espaço, tem um
significado fixo, descontextualizado – é o
significado semântico; só num contexto adquire
significados pragmático.
Cont.
Se for proferida por um agente da Polícia Judiciaria
poderá significar a descoberta de uma preciosa
pista de investigação;

Se for dita por uma dona de casa ao voltar de


trabalho, poderá ser uma crítica à empregada que
não se esmerou na limpeza.
Modos de relato do discurso.
Discurso directo
O discurso directo é portador de uma linguagem
viva, que actualiza os factos narrados, colocando-
os no momento presente e prendendo assim a
atenção do leitor ou ouvinte.
Transmite directamente a linguagem falada,contém
frequentemente interjeições, exclamações,
interrogações e reticências, e também vocativo.
O discurso directo transmite as pessoas tal qual
foram ditas. O narrador coloca as personagens a
falar, assinaladas por travessão ou parágrafo.
Cont.
As falas do discurso directo são acompanhadas por
certos verbos- dizer, exclamar, observar,
acrescentar, perguntar, contestar, opor, etc.
Exemplo: texto
Houve um silêncio comovido, à porta uma voz fina
disse:
- Dão licença?
- Oh Ernestinho!- exclamou Jorge.
Com um passo muidinho e rápido, Ernestinho veio
abraçá-lo pela cintura.
- Eu soube que tu partias, primo Jorge…
Cont.
Discurso indirecto
Texto.
Um dia, porém uma mulher não conhecida de Maria
da Laje, muito velha e bem agraciada de
semblante devoto, perguntou-lhe no adro, ao sair
da missa, como estava a sua Jossefa. A lavandeira
disse mal-humorada o que sabia da doença, e
perguntou-lhe quem era. A curiosa respondeu que
era de além-tâmega e viera àquela freguesia por
causa de um sonho que tivera.
Cont.
O discurso indirecto não transmite as
afalas tal qual foram ditas, o narrador
inclui essas falas no seu próprio discurso,
apresentando-as em orações subordinadas
completivas. Os verbos dizer, exclamar,
observar, acrescentar, pergunatar, contestar,
etc., servem no discurso indirecto para
introduzir essas orações completivas.
Cont.
A oração completiva do discurso indirecto também
pode ser infinitiva, sem a conjunção.
Ex: o presidente disse estarem a tratar do assunto.
Transcrição do discurso directo
para indirecto e vice-versa.
Discurso directo Discurso indirecto
- João, vai embora- disse a teresa A Teresa disse ao João que fosse embora.
- Está bem, mas amanhã verei o filme O João respondeu que estava bem, mas que
contigo. no dia seguinte veria o filme com ela.
Uso da 1ª ou 2ª pessoa Uso da 3ª pessoa
Verbos: tempo e modos presente, pretérito Verbos: tempos e modos pretérito
perfeito, futuro do indicativo, futuro do imperfeito, pretérito mais-que-perfeito,
conjutivo modo imperativo. condicional (futuro do pretérito), pretérito
imperfeito do conjutivo, modo conjutivo ou
infinitvo.

Pronomes pessoais de 1ª ou 2ª pessoa: eu Pronomes pessoais de 3ª pessoa: ele,ela


tu, nós, vós eles, elas.
Pronomes ou determinantes de 1ª ou 2ª Pronomes ou determinantes de 3ª pessoa:
pessoa: este (s), esse (s) isto, isso meu (s), aquele (s) aquilo, seu (s) ou dele (s).
teu (s), nosso (s), vosso (s)
Cont.
Discurso directo Discurso indirecto

Advérbios de lugar e de tempo: aqui, cá, aí, Advérbio de lugar e de tempo: alí, lá,lá,
ali, lá, agora, já, hoje, ontem, amanhã, logo. então, naquele momento, logo,
imediatamente, naquele dia, no dia anterior,
na véspera, no dia seguinte, depois

Frase interrogativa directa: ex. – Cristina, vais Frase interrogativa indirecta: ex. Perguntou a
ao cimena. Cristina se ia ao cinema.

Vocativo: Desaparece ou passa a complemento


ex. Manuel, vem cá indirecto.
Ex: Disse ao Manuel que fosse lá.
Discurso indirecto livre.

Maria foi à escola.


Maria, foi à escola?

Amanheceu chovendo. Bem, lá vou eu passar o


dia assistindo televisão!
Exercícios de aplicacão sobre o
discurso directo, indirecto e livre
– Nem remédio ingeri, a moribunda esclarecia. Passando
para o Discurso Indireto o fragmento acima, de acordo
com a norma gramatical, tem-se:
a) Esclarecia a moribunda que nem ingeriria remédio.
b) A moribunda esclareceu que nem remédio iria ingerir.
c) Que nem remédio iria ingerir, a moribunda
esclareceria.
d) A moribunda esclarecia que nem remédio tinha
ingerido.
Cont.
Assinale a alternativa que apresenta exemplo de
discurso indireto livre.
a) – Desejo muito conhecer Carlota – disse-me Glória, a certo ponto
da conversação. – Por que não a trouxe consigo?
b) Omar queixou-se ao pai. Não era preciso tanta severidade. Por
que não tratava os outros filhos com o mesmo rigor?
c) – Isso não pode continuar assim, respondeu ela; – é preciso que
façamos as pazes definitivamente;
d) Uma semana depois, Virgília perguntou ao Lobo Neves, a sorrir,
quando seria ele ministro. Ele respondeu que, pela vontade dele,
naquele mesmo instante.
e) Daí a pouco chegou João Carlos e, após ligeiro exame, receitou
alguma coisa, dizendo que nada havia de anormal…
Cont.
Assinale a alternativa que apresenta a transposição correta
para o discurso indireto do trecho abaixo:
– Temos sorte de viver na Beira – dizia meu pai, depois da
guerra.
a) Dizia meu pai que tinha sorte de viver na Beira depois
da guerra.
b) Dizia meu pai que tínhamos sorte de viver na Beira
depois da guerra.
c) Dizia meu pai para mim que tivéramos sorte de viver na
Beira depois da guerra.
d) Dizia meu pai: temos sorte de viver na Beira depois da
guerra. e) Disse meu pai que tivemos sorte de viver na
Beira depois da guerra.
Cont.
Ao se converter o trecho “Ela então riu, disse que
eu confessara que não gostava mesmo dela” para
o discurso direto, o verbo “confessara” assume a
forma:
a) confessei.
b) confessou.
c) confessa.
d) confesso.
e) confessava
Coesão e coerência
Quando escrevemos um texto, uma das maiores
preocupações é como amarrar frase seguite à
anterior. Isso só é possível se dominarmos os
princípios básicos da coesão.
Cada frase enunciada devem ver se ela mantém um
vínculo com a aterior ou anteriores para não
perdermos o fio de pensamento.

De outra forma termos uma sequência de frases sem


senido, sucedendo-se umas às outras sem muita
lógica, sem nenhuma coerência.
Cont.
A coesão, no entanto, não é só esse processo de
olhar constantemente para trás. É também olhar
para adiante.
Ex: se minha frase inicial for: “Pedro tinha um
grande desejo,” estou criando um momento para
adiante. Só vamos saber de que desejo se trata na
próxima frase. Ele queria ser médico.

O importante é cada enunciado estabelecer relações


estreitas com os outros a fim de tornar sólida a
estrutura do texto.
Cont.

Mas não basta costurar uma frase a outra para dizer


que estamos escrevendo bem. Além da coesão é
preciso pensar na coerência. Portanto, pode-se
escrever um texto coeso sem ser coerente.
Exemplo de um texto.
“Os problemas de um povo têm de ser resolvidos
pelo presidente. Ele deve ter ideais muito
elevados. Esses ideais se concretizarão durante a
vigência do seu mandato. O seu mandato deve ser
respeitado.”
Cont.
Ninguém pode dizer que há falta de coesão neste
parágrafo. Mas de que se trata mesmo? Dos
problemas do povo? Do mandato?

A coerência exige uma concatenação perfeita entre


as diversas frases, sempre em busca de uma
unidade de sentido.

vejamos exemplo de texto coeso e coerente.


Cont.
Ulysses era impressionante sobre vários aspectos,
o primeiro e mais óbvio dos quais era a própria
figura. Contemplando de perto, cara a cara, ele
tinha a oferecer o contraste entre as longas
pálpebras, que subiam e desciam pesadas como
cortinas de ferro, e os olhos claríssimos, de um
azul leve como o ar. As pálpebras anunciavam
profundezas insondáveis. Quando ele as abria
parecia estar chegando de regiões inacessíveis, a
região dentro de si onde guardava sua força.
Cont.
Recursos de Coesão.
Para escrever de forma coesa, há uma série de
recursos como:

1. Epítetos: é a palavra ou Frase que qualifica


pessoa ou coisa.
Ex: Arnould Swchaugner fez filmes memoráveis.
Pena que o cineasta norte americano tenha
morrido tão cedo.
Cont.
2. Nominalizações: ocorrem quando se emprega um
substantivo que remete a um verbo anunciado
anteriormente.
Ex: eles foram testemunhar sobre o caso. O juiz
disse, porém, que tal testemunho não era válido
por serem parentes do assassino.
3. Palavras ou expressões sinónimas ou quase
sinónimas.
Ex: os quadros de Adelino Timóteo não tinham
nenhum valor na sua época. Houve telas que
serviram até de portas de capoeiras.
Cont.
4. Repetição de uma palavra. Podemos repetir uma
palavra (com ou sem determinante) quando não
for possível substituí-la por outra.

5. Um termo síntese.
Ex: o país está cheio de entraves burocráticos. É
preciso preencher um cem números de papéis.
Depois, pagar numa infinidade de taxas. Todas
essas limitações acabam prejudicando o
importador.
- A palavra limitações sintetisa o que foi dito antes.
Cont.
6. pronomes.
Ex: vitaminas fazem bem à saúde. Mas não
devemos tomá-las ao acaso.
Ex:2 aquele político deve ter um discurso muito
convicente. Ele já foi eleito seis vezes.

7. Numerais.
Ex: não se pode dizer que toda a turma esteja mal
preparada. Um terço pelo menos parace estar a
dominar o assunto.
Cont.
8. Advérbios pronominais. Aqui, ali, lá, aí.
Ex: não devemos deixar ir ao hospital central da
beira. Lá esta muito cheio.

9. Elipse. Omissão do pronome e o verbo pede-nos


remeter aos nomes.
Ex: o ministro foi o primeiro a chegar. (Ele) abriu a
sessão às oito em ponto e (ele) fez então seu
discurso emocionado.
Cont.
10. Repetição do nome próprio (ou parte dele).
Ex: Manuel Silva Peixoto foi um dos ganhadores
do maior prémio do loto. Peixoto disse que ia
gastar o dinheiro na compra de uma fazenda.

11. Metonímia. É o processo de substituição de uma


palavra por outra, fundamentada numa relação de
contiguidade semântica.
Ex: O Ministro de energia anunciou a subida dos
preços de combustíveis. O titular do pelouro
Cont.
12. Associação. Uma palavra retoma outra porque
mantém com ela, em determinado contexto,
vínculos preciso de significação.
Ex: Beira é sempre propensa a enchentes. Os
alagamentos prejudicam a saúde dos munícipes.
Ortografia
acentuação e translineação
Def: Ortografia é a parte da gramática que ensina a
escrever correctamente as palavras.

Def: acentuação é a representação vocálica ou


gráfica das palavras.

Sinais gráficos
Quantos sinais gráficos que auxiliam a escritas
existem?
Cont.
Os acentos gráficos são três:
➢O acento agudo:( / ) marca a sílaba tónica com as
vogais abertas (á, é, ó) ou (í, ou ú) nos casos em
que for necessário. Ex: vírus, húmido etc.

➢O acento grave:( \ ) usa-se apenas em


determinadas contracções com preposições. Ex: à
(a+a), às (a+as), àquele (a+aquele). etc.

➢O acento circunflexo (^) marca a sílaba tónica


com vogal média (â,ê, ô,). Ex: êxito, avô, âmbito.
Cont.
Quanto ao acento tónico, as palavras classificam-se
em:
➢Palavras agudas ou oxítonas: quando o acento
tónico está na última sílaba da palavra.
Ex: André, Santarém, aconteceu.
➢Palavras graves ou paroxítonas: quando o
acento tónico está na penúltima sílaba da palavra.
Ex: caneta, lápis, acontece.
➢Palavras esdrúxulas ou proparoxítonas:
quando o acento tónico está antepenúltima sílaba
da palavra. Ex: pêssego, árvore, matemático.
Cont.
Casos especiais de acentuação das palavras:

A. As palavras esdrúxulas ou proparoxítonas:


são sempre acentuadas. Ex: âmago, cérebro etc.

B. Acento agudo: emprega-se para estabelecer a


diferença entre palavras que têm a mesma grafia.
Ex: pára (verbo) ------- para (preposição)
dá (verbo) --------- da (c. proposição)
Cont.
C. Acento circuflexo: emprega-se para estabelecer
a diferença entre palavras que têm a mesma grafia.
Ex: pêlo (nome)---------- pelo (preposição)
pôr (verbo)---------- por ( preposição)
Outros sinais de represenção
Til, (~),
cedilha colaca-se por baixo da letra (ç),
Apóstrofo: usa-se para indicar a supressão dos
fonemas nos versos e reproduzir a linguagem
coloquial ou popular. Tá lá em vez de está lá,
s’pírito.
Cont.
Qual é a diferença entre divisão silábica e a
translineação?
Def: Divisão silábica: é a soletração e não pela
separação dos elementos que a compõem a
palavras.
Ex: Ci/ne/ma

Def: Translineação: é a partição das palavras de uma


linha para a outra.
Ex: Bis +avô trans + lineação.
Cont.
Algumas regras de translineação
A. Não se separam consoantes iniciais.
Ex: Pneumático= pneu+mático; psicologia=psi+
cologia.
B. Consoantes indivisíveis: Ex: cl, cr, tl, tr, pl, pr,
gl, gr, dl, dr, bl, br, fl, fr, vl, vr.
Ex: a / tleta.

C. dígrafo: Ch, ih e nh
Ex: ca-cho, mu-lher.
Cont.
D. Consoantes iguais separam-se sempre.
Ex: cc, cç, mm, nn, rr, ss- connosco, comum+mente
Exercícios de aplicacão
1. Classifique as seguintes palavras quanto a
posicão do acento.
a). Túnel, fazenda, analítico, hipérbole, assíndeto,
café, luz, javali,
2. Quanto à divisão silábica as palavras classificam-
se em:
A. Monossílabas; mãe, sol, chão.
B. Dissílabas; a-vó, fi-os, a-mor.
C. Trissílabas e; má-qui-na, ca-mi-sas.
D. Polissílabas; co-lo-ri-da, cos-tu-ran-do
Cont.
1. Separa em sílabas as seguites palavras:
a). Ciúme, duelo, lua, ruído, viúva: são separavéis
porque formam hiatos.
- Transatlantico = trans+atlantico, enxofre, a-ve-ri-
guou, di-nhei-ro
2. Faça a translineação dos seguintes vocábulos.
a). Vogais que formam ditongos nunca se separam.
- cai-xa, primei-ro, dezoi-to, co-operacão, re-
entegrada, mei-gui-ce, guarda-/-redes, in-
glaterra, contei-/-lhe, ex-/-professor, trans-mitir
Tomada de notas
➢ Definição;
➢ Objectivo da tomada de notas;
➢ Importância da tomada de notas;
➢ Procedimentos de tomada de notas;
➢ Tomada de notas a partir do oral;
➢ Tomada de notas a partir do escrito;
➢ Constrangimentos na tomada de notas a partir do
discurso oral.
➢ Técnica de escrita acelerada
Definição

Tomada de Notas: é um registo científico de


informações nas reuniões, assembleias, aulas ou
durante a leitura. (Severino 1996)
Cont.
A tomada de notas assenta em duas dimensões de
comunicação linguística:
A dimensão receptiva (ouvir e/ou ler) e a
produtiva (escrever).

Há que tomar nota do que lemos e do


que ouvimos em exposições, entrevistas, aulas,
debates, para delas nos servirmos
posteriormente.
Finalidade da tomada de notas.
De acordo com o objectivo do que se anota e de
quem faz as anotações, a tomada de
notas pode ter uma das seguintes finalidades:

• Reunir uma documentação sólida sobre um


determinado assunto a partir dos registos dos
assuntos mais relevantes em determinados
documentos;
Cont.
• Remediar os lapsos da memória, fixando as
informações essenciais dos textos que
lemos ou ouvimos;

• Seleccionar e arquivar as informações de um texto


básico;

• Retransmitir o conteúdo de um texto de maneira


tão completa e fiel quanto possível.
Cont.
• Transmitir um conjunto de informações,
preservando integralmente o sentido da
mensagem original, numa formulação mais
económica;

• Base para a redacção de resumo (entendido como a


reescrita de um texto, usando
construção sintáctica e vocábulos novos e uma
estrutura menos complexa que a do texto
original, de tal modo que se possa captar a
essência do texto original), relatórios...
Procedimentos de tomada de notas
A tomada de notas é precedida de uma percepção
da coerência semântica e sintáctica do conjunto de
palavras.
Os conectivos ajudam o leitor/ouvinte a seguir o
fio do discurso.
Esses conectivos podem ser lógicos, pronomes
(com função anafórica), repetição de palavras,
nominalizações e expressões de transição
(exemplificação, contraste, conclusão, etc.)
Tomar notas a partir do escrito
Apresentamos alguns procedimentos que podem
ser úteis para anotações a partir do
suporte escrito:
• (Re)ler o texto, sublinhar e escrever à margem as
siglas correspondentes:
usar siglas para sublinhar a importância das
informações (p. ex.: IMP (importante); CIT
(citar); R (rever/reler); CF (confrontar.) e
sublinhar de forma criteriosa (diferenciar os
sublinhados, as cores.
Cont.
Esta prática serve para assinalar as pistas do que é
interessante e permite a detecção dos aspectos
importantes, volvido muito tempo.

No entanto, nem sempre é possível ou aconselhável


sublinhar o escrito:
o livro não é da nossa propriedade; a obra é uma
preciosidade; o livro poderá ser emprestado a
colegas.
Cont.
• Produzir fichas (de leitura, de citação...);
• Fazer pequenos resumos: frases, com sujeito,
verbo e complementos;
• Recorrer a palavras-chave: as ideias aparecem de
modo esquemático, usando-se setas ou outros
sinais;
• Produzir mapas de ideias: demonstração gráfica
das correspondências e hierarquias entre as
palavras.
• esquemas e/ou palavras-chave
Tomada de notas a partir do oral
A mensagem do discurso oral passa rapidamente é
não se deve interromper o orador.

Esta situação exige do receptor a assunção de


determinadas habilidades e procedimentos
diversos.
Eis alguma propostas:
• Apontar o maior número de coisas possíveis no
mínimo espaço de tempo, o que requer não anotar
frases inteiras ou frases textuais;
Cont.
• Assentar o que é útil ou necessário reter: palavras-
chave, conclusões parciais e gerais;

• Anotar as informações com exactidão, respeitando


o que se diz, com recurso ao estilo telegráfico
(frases curtas e sem verbos, abreviaturas, símbolos
e esquematizações)
Constrangimentos na tomada de
notas a partir de textos orais
Como se pode depreender, a tomada de notas não é
tarefa fácil.
• Para uns, custa escutar e/ou ler (em caso de data
show) e escrever ao mesmo tempo.

• Há os que nem chegam a tomar notas (se o fazem,


são poucas notas), porque não conseguem
acompanhar a exposição.
• Outros ainda querem anotar tudo e falham,
perdem-se.
Cont.
• Há quem apenas anota as informações com que
está de acordo.
O que anotar depende, muitas vezes, de factores
como:
• Assunto: o desconhecimento/conhecimento do
assunto concorre para a quantidade de anotações;

• Orador: o estilo do orador, a velocidade do


discurso pode ou não facilitar o acompanhamento
da exposição;
Cont.
• Receptor: a disposição mental, a atenção e a
capacidade de análise e síntese
influenciam na tomada de notas;

• Objectivo: a quantidade de notas depende do que


se pretende com essas notas (compare as notas
tomadas na sala de aula com as que obteve num
debate...)
Técnicas de escrita acelerada
Perante a dificuldade/impossibilidade de anotar tudo
o que é dito, há que ter atenção nos seguintes
aspectos:

• Tom de voz;
• Palavras/frases que chamem atenção;
• Repetição de ideias;
• Tempo dedicado a cada assunto;
• Registos feitos no quadro;
• Indicações expressas pelo orador.
Cont.
No acto de registo, é conveniente observar as
seguintes práticas:
- Supressão de palavras (p.e. artigos, preposições,
verbos: ser, dever, ter, estar...)
(Ex.: As línguas bantu são aglutinantes: LB =
aglutinantes);

- Supressão por nominalização de expressões (ex.:


falha de memória = esquecimento), de
verbos ( ex.: O Carlos adquiriu um propriedade:
aquisição propriedade);
Cont.
- Codificação de palavras, com recurso a símbolos,
Sinais...
(Ex.: homem: ♂ ; trabalho: w ; muito: x;)

- Generalização: com recurso a hiperónimos.


(Ex.: comprei livros, cadernos, sebentas,
esferográficas = compra de material escolar);

- Ordenação de diferentes partes do discurso,


atribuindo um número (Ex.: para começar
(1), segue-se (2), finalmente (3));
Cont.
- Abreviaturas: reduções, consagradas pelo uso, de
palavras ou grupo de palavras, embora possamos
criar as nossas abreviaturas. (Ex.: páginas: pp.,
problemas = prbls, desenvolvimento = dsv.)

Uma vez que as notas são de carácter pessoal, cabe


ao receptor seleccionar estratégia(s) de tomada de
nota, tais como:
Cont.
• Estilo telegráfico: desaparecem as relações de
significação entre as palavras, recorrendo-se a
travessões, letras, palavras, números...) (Ex.:
crítica histórica: literatura e correntes literárias ↔
obra; Registou-se acidente de viação hoje:
acidente viação hoje).

Sem uma leitura imediata das notas, perde-se o


sentido do que se disse.
Cont.
• Estilo de frases completas: conserva o sentido do
texto, mas requer muito tempo.

Um dos riscos é a escrita ilegível ou perda de partes


significativas do discurso, na angústia de anotar
tudo;
• Estilo de sinais simbólicos: recorre-se aos nexos
entre as partes que constituem o sentido do
discurso (relações de implicação, de oposição, de
causa-efeito, de conclusão ...)
Cont.
Ex.: A mortalidade infantil deve-se à miséria de
muitas famílias e à falta de cuidados de saúde.
Mortalidade infantil → miséria + – cuidados de
saúde).
Resumo
➢ Definição;
➢ Objectivo de resumo;
➢ Fases de preparação do resumo;
➢ Importância de resumo;
➢ Procedimentos a ter na produção de um resumo;
➢ Produção do resumo.
Definição
Resumir um texto é condesar as ideias principais,
respeitando o sentido, a estrutura e o tipo de
enunciação, isto é, os tempos e as pessoas, com a
ajuda do vocabulário do aluno/resumidor. (Reis,
1986).
Cont.
O mesmo autor acrescenta dizendo que: é, assim,
reter as linhas de um reciocínio, o essencial dos
dados de um problema, as características de uma
situação, as conclusões de uma análise, sem o
mais pequeno comentário.
Cont.
Resumir significa criar um novo texto mais
condensado, utiliza informacões mais importantes
do texto base. Quer dizer que o resumo é um texto
que reelabora o escrito de base, reduzindo-lhe o
comprimento, mantendo-se o autor em segundo
plano, esforçando-se por ser objectivo, na
tentativa de criar uma síntese coerente e
compreensível do texto de partida. (Serafini,
Objectivo do resumo
➢Desenvolver hábitos de leitura;
➢Ser ágil mentalmente;
➢ desenvolver o gosto pela correcção e elegância de
expressão e ou pela escrita;
➢Preocupar-se pela fidelidade às ideias-chave
contidas no texto fonte;
➢Desenvolver o intelecto porque leva a distinguir o
essencial do acessório;
➢Aquilatar (melhorar, aprimorar) a maturidade
intelectual expressiva.
Fases de preparação de resumo
São duas as fases básicas de preparação para a
elaboração do resumo:

A. Leitura e compreensão do texto original;

B. Produção do novo texto (resumo).


Cont.
A. Fase de leitura e compreensão do texto original.

▪ Ler o texto atentamente mais de duas vezes;

▪ Dividir o texto em partes;

▪ Dar título (resumo a cada parte);

▪ “Desmontar” o texto em palavras-chave e


articuladores do discurso.

▪ Fazer síntese/ organização das ideias.


Cont.
B. Fase de produção do novo texto (resumo)

▪ Secção: destacar todas as principais unidades de


significação (ideias);

▪ Supressão: omitir as unidades de significação


(ideias) que se referem a pormenores, as
informações secundárias;
Cont.
▪ Generalização: substituir duas ou mais unidades
de significação (ideias) por uma unidade geral.

▪ Construção: organizar um novo texto em função


da selecção, da supressão e da generalização.
Texto Expositivo-Explicativo
Definição;
Objectivo;
Organização textual;
Organização discursiva;
Organização linguística
Definição:
Texto Expositivo-Explcativo é um tipo de texto
cujo objectivo se prende essencialmente com o
conhecimento da realidade, a respeito da qual
oferece um saber.
A sua finalidade é a de informar, isto é, de
transmitir um conhecimento ao destinatário,
relativo a um referente preciso. Por isso, o texto
exositivo-explicativo é um texto conceptual, visa
instruir , transformar o estado cognitivo do
destinatário (Sebatião L. 1999 pp. 13-14 )
Objectivo
O objectivo do texto expositivo explicativo
segundo Sebastião L. (1999, p. 14) é o de
comunicar, de forma clara e pormenorizada, a um
leitor determinado, que se supõe detentor de um
saber insatisfatório, o que deve saber de um facto,
assunto ou problema.
Organização textual
A análise de quqalquer texto requere o
conhecimento das regras do seu funcionamento e
da sua estruturação.
Quanto a sua estruturação o texto expositivo-
explicativo resume-se em três momentos básicos:
➢A fase de questionário; compreende a delimitação
do tema;
Cont.
➢A fase de resolução/desenvolvimento: diz respeito
ao corpo do texto – articuladores caracterizado
pelo raciocínio lógico e
➢A fase de conclusão. não necessariamente
presente em todos os textos, mas havendo ele
deverá decorrer do questionamento inicial e
apresentar-se-á sob forma de apelo, persuasão ou
recomendação.
N.B. Não fixa. Pois há momento em que começa
por conclusão, desenvolvimento e introdução.
Organização discursiva
O texto expositivo constitui-se de seguimentos:

▪ Seguimentos expositivo: correspondentes a


informação com a finalidade de fazer saber e
fazer conhecer.

▪ Seguimentos explicativo: que visam fazer


compreender o porquê e o como de um processo
ou uma relação.
Cont.
▪ Seguimento metadiscursivo: que marca
explicitamente uma articulação do discurso:
✓Anunciar o que vai ser dito: ex. em seguida,
iremos…
✓Resumir o que se disse (como acabamos de
dizer…)
✓Antecipar o que vai ser dito ( a parelhagem de
títulos, subtítulos, numerações...)
✓Focalizar o que é dito (mudanças tipográficas,
sublinhados, negritos , itálicos etc. )
Organização linguística

O texto expositivo-explicativo, comporta-se


igualmente em enunciados:

▪ Enunciados expositivo: ausência da 1ª e 2ª


pessoas gramaticais, uso do presente e do pretérito
perfeito do indicativo. Fiz-v. fazer.
Cont.
▪ Enunciados explicativos: recurso a termos
detalhados com: isto é, tal como, quer dizer, ou
seja… uso de asserções afirmativas ou
negativas.

▪ Enunciados balizas: comentar o desenrolar dos


acontecimentos: caracterizados pelo (uso de
pronomes nós… se), por formas imperativas
(observemos…), (analisemos) pelo uso de
deíticos temporais (primeiro… segundo…
agora… finalmente. etc.)
Análise do tipo de discurso
O discurso do texto expositivo-explicativo mostra a
existência de uma diversidade de modos de
comunicação:
➢Emprego da passiva;
➢Nominalizações;
➢Apagamento do sujeito falante;
➢Emprego do presente com o valor genérico;
➢Uso de expressões que explicitam os conteúdos
veiculados;
➢Articuladores [(conectores, conjunções Locuções,
preposicões)].
Exercícios de aplicação
1. O texto em análise é expositivo-explicativo.
Justifique a afirmacão tendo em conta a intencão
comunicativa.
2. Retire do texto enunciados expositivos,
explicativos e metadiscursivos.
3. divida o texto em partes e atribua um tútulo a
cada uma delas.
4. Transcreva do texto exemplo de nominalizacão,
passiva de si, presente com valor gnómico e
mudancas tipograficas. Justifique o seu emprego
neste tipo de textos.
Textos argumentativo

Definição;

Objectivo;

Importância;

Constituição .
Definição
Argumentação: é o conjunto de procedimentos
discursivos de dedução, de raciocínio, de pseudo-
raciocínio e de outras formas, que visam a adesão do
ou dos interlocutores e dos leitores.
Cont.
Argumentar: é a defesa de uma ideia mediante a
utilização de um conjunto de razões.

Logo, o texto argumentativo é quele que visa


persuadir através de argumentos de um determinado
leitor ou ouvinte com o proposito a aderir o
posicionamento do locutor.
Cont.
Objectivo do texto argumentativo.

Um dos principais objectivos de um texto


argumentativo é persuadir, convencer o receptor a
aceitar o nosso ponto de vista.
Cont.
Organização do texto argumentativo
O texto argumentativo apresenta geralmente uma
organização fixa: em geral distingue-se três partes:
▪ A exposição da tese: que tem por objectivo a
formulação das ideias que vamos defender;
▪ O conjunto de argumentos: com finalidade de
apresentar os motivos em que se fundamentam a
tese;
▪ A conclusão: que é a síntese de todo o conjunto de
argumentos apresentados.
Argumentos e provas
Se admitirmos que o argumento é uma raciocínio
destinado a provar ou refutar uma afirmação ou,
ainda, uma afirmação destinada a fazer admitir
outra.

Os argumentos são, portanto, elementos


abstractos, cuja disposição no discurso dependerá
da sua força argumentativa, aparecendo, assim no
texto, numa posição crescente, decrescente ou
dispersa.
Cont.
As provas têm a função de sustentar os
argumentos e são de três ordem. Segundo jules
Verest, 1939 citado por (José Esteves Reis, 1999,
p.89)
➢Naturais – incluem textos das leis, o testemunho
das autoridades, as afirmações das testemunhas e
os decumentos de qualquer espécie;
➢Verdades e princípios universais – são
reconhecidas, deste modo, por todos e
apresentadas sob forma de raciocínio reduzido ou
entimema;
Cont.
➢O exemplo – é um caso particular, real ou fictício,
que tem uma analogia verdadeira com o caso que
nos ocupa. A intenção é a partir dele, inculcar uma
verdade geral da qual deduzimos proposição que
queremos estabelecer.
Espaço da argumentação
São três estados de espírito que percorrem a mente
humana perante uma afirmação:
➢A certeza;
➢A dúvida e
➢A pinião.
No primeiro caso a verdade aparece com evidência
e a mente adere a ela plenamente, sem qualquer
hesitação.
Cont.
No segundo, a verdade não aparece com evidência e
o espírito hesita, oscila; uns indicam a verdade,
outros, o erro;
No terceiro caso, a verdade não aparece de forma
evidente, mas através da nebulosa que atravessa,
parace deixar-se adivinhar, isto é, são fortes os
motivos de adesão, mas excluem toda a
possibilidade de erro: a afirmação é, dizemos,
provável e a inteligência adere a ela com mais ou
menos segurença
Cont.
A certeza é o espaço da convicção: convencer é
fornecer a luz de evidência sobre um ponto, até aí
obscuro para a pessoa que é convencida e a quem
arrancamos a expressão: “Você tem razão…”
Recursos da argumentação
São caminhos do pensamento para justificar uma
opinião, desenvolver um ponto de vista, refletir
para chegar a uma decisão, são processos de
organização das ideias, segundo a natureza dos
laços que unem os elementos ou etapas do edifício
persuasivos, e podem ser:
➢Via lógica ou
➢via explicativa
Cont.
Via lógica: são a indução, a dedução e o raciocínio
causal.
1. A indução- é a forma habitual de pensar: do
singular para o plural, do particular ao geral. Ex:
O moçambicano é pacífico.
2. A dedução- dois princípios estão na sua base: o
da não contradição- quando duas afirmações se
contradizem uma delas é falsa; e o da progressão
do geral para o particular-através de articulação
lógica expressa por “assim”, “portanto” ou
“logo”.
Cont.
3. O raciocínio causal- o papel preponderante do
raciocínio causal, na argumentação, assenta em
duas transposições constantes: da causa para o
efeito e do efeito para a causa, conduzindo ao
pressuposto de que “o conhecimento das causas
permitirá remediar o facto constatado.”
ex: preocupamo-nos mais com as razões do presente
do que com o modo de melhorar o futuro.
Via explicativa
Os percursos da argumentação por via explicativa
obedece cinco critérios:
➢A definição;
➢A comparação;
➢A analogia;
➢A descrição e
➢Narração.
Cont.
A definição- definir é dizer a verdade e responde à
necessidade de compreender. A necessidade de
definir aumenta a credibilidade de quem quer
convencer.
A comparação- usa –se a comparação para provar a
utilidade, a bondade, o valor de uma coisa, um
resultado, uma opinião.
Ex: o aborto assemelha-se a um assassínato.
Cont.
A analogia- é a imaginação em auxílio da vontade
de se explicar e de convencer. Trata-se de uma
semelhaça estabelecida pela imaginação entre
pensamentos, factos e pessoas.
Descrição e narração- para convencer alguém,
podemos descrever ou narrar uma situação ou
acontecimento. São o ponto de partida da indução
socrática: narra uma história, uma experiência,
uma anedota, desencadeia um processo de
inferência que a partir de uma facto nos conduz
ao princípio ou à regra.
Cont.
Refutação – são duas as tácticas de refutação:
defensiva e ofensiva. A defensiva contradiz a tese
que combatemos e mostra que ela se apoia em
argumentos pouco sérios ou mesmo viciados. A
ofensiva consiste em defender o cotrário da tese
que atacamos.
O Relatório
Conceito
• Um relatório de uma actividade prática
é uma exposição escrita de um
determinado trabalho ou experiência
laboratorial. Não é apenas uma
descrição do modo de proceder
(técnicas, reagentes, material, etc.),
Cont.
Segundo Rei (1990, p.183)

O relatório trata-se de uma declaração formal dos


resultados de uma investigação feita por alguém,
que em relação a ela recebeu instruções de um
outro, sob forma de pedido ou ordem. Exige
estudo prévio, e aprofundado, elevado grau de
elaboração, e matéria para apreciação e decisões
posteriores.
Cont.
• Características do relatório
• O Relatório apresenta como características:
• Uma linguagem simples, clara, objectiva e
precisa;
• A clareza do raciocínio,
Cont.
• Um relatório deverá ser conciso e coerente,
incluindo a informação indispensável à
compreensão do trabalho;
• Todas as afirmações devem ser baseadas em
provas factuais e não em opiniões não
fundamentadas
• Deve evitar o excesso de conclusões, sendo estas
precisas e sintéticas. As conclusões devem,
igualmente, ser coerentes com a discussão dos
resultados.
Cont.
Estrutura de um relatório
A apresentação de um relatório em várias secções
ajuda à sua organização e escrita por parte dos
autores e, de igual modo, permite ao leitor
encontrar mais facilmente a informação que
procura.

Título, autor (es) e data (capa)


Identificação do trabalho (título), Identificação dos
autores, Data em que o relatório foi realizado
Cont.
Índice:
Introdução
Nesta parte do relatório deve ser introduzido o
trabalho a realizar, bem como as noções teóricas
que servem de base ao mesmo. A introdução deve
conter a informação essencial à compreensão do
trabalho.
Cont.
• O Projecto do Estudo
Em primeiro lugar, trará ao aluno de executar um
dos projectos de pesquisa apresentando os
conhecimentos necessários para a compreensão
dos fenómenos que serão estudados.
• Material e Métodos (Revisão teórica)
A revisão bibliográfica é, sem dúvida, um dos
pontos vitais de um trabalho científico, deve trazer
informações que possam ser acessadas pelos
leitores, através da citação, das referências
bibliográficas.
Cont.
• Discussão dos Resultados
• Interpretação dos resultados. A discussão deve
comparar os resultados obtidos face ao objectivo
pretendido. Não se deve tirar hipóteses
especulativas que não possam ser fundamentadas
nos resultados obtidos.
• A discussão constitui uma das partes mais
importantes do relatório, uma vez que é nela (e
não na introdução) que os autores evidenciam
todos os conhecimentos adquiridos, através da
profundidade com que discutem os resultados
obtidos.
Cont.
Conclusões
Esta parte do relatório deve sumarizar as
principais conclusões obtidas no decurso do
trabalho realizado.
Referências bibliográficas
A bibliografia deve figurar no fim do relatório.
Nela devem ser apresentadas todas as referências
mencionadas no texto, que podem ser livros,
artigos científicos, CD-ROMs e websites
consultados.
Cont.
Em síntese:
O relatório é uma declaração formal dos
resultados de uma investigação feita por alguém,
que em relação a ela recebeu instruções de um
outro, sob forma de pedido ou ordem.
Cont.
• Apresenta como características:
• Uma linguagem simples, clara, objectiva e
precisa;
• A clareza do raciocínio,
• Ser conciso e coerente;
• As afirmações devem ser factuais e não opiniões
sem fundamentos;
• Evitar o excesso de conclusões.
Cont.
CITAÇÕES:
as citações pode ser directas ou indirectas. A
citação permite identificar a publicação onde
foram obtidas as ideias, o excerto, etc. e indicar a
sua localização exacta na fonte. No final do
trabalho, artigo, etc., uma lista das referências
bibliográficas fornece a informação completa
sobre a publicação da fonte.
Cont.
Essa lista é apresentada pela ordem alfabética do
último nome dos autores (ou do título das obras
sem autores). Há uma ligação directa entre as
citações e a lista das referências.

Deve sempre citar os autores de onde retirou as


suas ideias sob pena de estar a cometer plágio!
Cont.
Exemplo 1 – Citação direta com mais de 40
palavras (citações em bloco) Mas não nos
podemos esquecer que as equipas representam o
mundo global em que vivemos, e a capacidade
tolerante e a comunicação mais flexível pode ser
uma vantagem fundamental.
Cont.
Não há uma questão de características positivas e
negativas apenas há uma necessidade de conhecer
essas pessoas, e ao saber que as pessoas são
assim, já tento argumentar de acordo com a visão
deles. Mas se eles souberem que para mim não
devem questionar de uma forma, já sabem como
devem argumentar. (Lança, 2012, p. 37)

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