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GABARITO

1 - A figura presente é a Litote, a qual é u lizada para suavizar o discurso. Parecida com o Eufemismo, a Litote atenua a ideia por
meio de uma negação. Assim, em vez de a mãe dizer que estava chateada ou decepcionada, disse que não estava sa sfeita. Por
sua vez, em vez de o filho dizer que é ruim nas matérias, diz que não é bom nelas. Lembrando que no Eufemismo, o discurso é
suavizado, mas sem recorrer à negação. Exemplo: Ele entregou a alma a Deus (em vez de se dizer: Ele morreu).
2 - Todas as alterna vas, porque em todas elas são atribuídas ações humanas (humilham, festejam, contam, celebram, clama) a
seres irracionais (pedras, confetes, diários, copos, floresta).

3 - a) Antonomásia, porque “Velho Chico” subs tui o nome do Rio São Francisco.
b) Onomatopeia, porque “tum-tum imita o ba mento cardíaco.
c) Aliteração, porque há a repe ção do som consonantal “ch”.
d) Pleonasmo, porque a ideia da primeira pessoa (mim, me) para intensificar o significado da oração.
e) Metáfora, porque me compara a um passarinho em virtude do meu desejo de voar.

4 - Alterna va e: Este é um exemplo de metonímia: “Parece que temos um Pavaro em casa”.


A metonímia é a figura de palavra que subs tui uma palavra por outra. Assim, “Pavaro ” subs tui o ar sta por “cantor lírico”. A
oração poderia ser escrita da seguinte forma: “Parece que temos um cantor lírico em casa”.
Alguns exemplos de metonímia:
parte pelo todo: Até hoje não tem o seu próprio teto (em vez de dizer “Até hoje não tem a sua própria casa);
autor pela obra: Li Camões (em vez de dizer “Li as obras escritas por Camões”);
marca pelo produto: Preciso comprar Maizena (em vez de dizer “Preciso comprar amido de milho”).
Quanto às alterna vas restantes:
a) An tese e Paradoxo são figuras de linguagem diferentes. Enquanto a an tese u liza termos com sen dos opostos (Mantêm
uma relação de amor e ódio), o paradoxo apresenta ideias - não só termos - com sen dos opostos (“Já estou cheio de me sen r
vazio.”, Renato Russo)
b) Aliteração, paronomásia, assonância e onomatopeia são figuras de som ou harmonia (e não figuras de sintaxe).
c) As figuras de linguagem são classificadas em: figuras de palavras, figuras de pensamento, figuras de sintaxe e figuras de som.
Não existem figuras morfológicas.
d) Aliteração é a repe ção de sons consonantais. A figura de linguagem que consiste na repe ção de sons vocálicos é a
Assonância.

5 - a) Hipérbato, porque há uma alteração na ordem direta da oração. A ordem direta seria: Eu já fiz tudo o que ele disse.
b) Zeugma, porque omite a palavra “gosta” para evitar a repe ção.
c) Elipse, porque omite uma palavra que é facilmente iden ficada: Na memória, ( nha) lindas recordações de infância.
d) Polissíndeto, porque u liza o conec vo “e” repe damente.
e) Anáfora, porque a oração apresenta repe ções regulares; neste caso, “eu quero”.

6- Alterna va b: Foi salvo pelo melhor amigo do homem.

A antonomásia, também chamada de Perífrase, é a figura de palavra que subs tui uma palavra por outra(s) que a iden fique.
Neste caso, “o melhor amigo do homem” subs tui a palavra “cão”.

As figuras de linguagem presentes nas alterna vas restantes são:

a) Pleonasmo;
c) Anáfora;
d) Assonância;
e) Onomatopeia.

7- As alterna vas em que constam metáforas são:

a) Ele é simplesmente um deus grego.


c) Suas palavras são doces da minha infância.
e) Aquele homem é um burro.

As alterna vas em que constam comparações são:

b) Ele é bonito como um deus grego.


d) Age como um burro!
Metáfora e Comparação são figuras de linguagem que contém comparações. A diferença entre ambas é que a Comparação é
explícita, porque nela são usados conec vos de comparação (como, assim), tal como verificamos nas orações das alterna vas
acima.

8- A figura presente é o Eufemismo, que é u lizado para suavizar o discurso. Assim,

1. “convidar alguém a se re rar” é uma forma mais amena de mandar alguém embora.
2. “faltar com a verdade”, é uma forma mais branda de dizer que men u.

9- Alterna va a: cabeça do alfinete, fio de óleo, corpo do texto.

Catacrese é a figura de palavra em que se u liza uma palavra imprópria na ausência de outra específica. Assim: o alfinete não tem
cabeça, não pode exis r concretamente um fio de óleo, bem como um texto não tem corpo. No entanto, essas expressões são
conhecidas e facilitam a nossa comunicação.

As alterna vas restantes são exemplos de:

b) Sinestesia;
c) Perífrase;
d) Personificação;
e) Paronomásia.

10- Anacoluto, porque essa figura de linguagem se caracteriza pelo fato de u lizar mudanças repen nas nas estruturas das frases.
É um recurso muito u lizado na literatura, com o intuito de enfa zar a mensagem. Mas também é recorrente na linguagem oral,
no momento em que o falante altera a sua linha de pensamento de forma repen na.

11- a) Estava mo vado para estudar, assim como os seus colegas.


Nesta frase, foi usada a elipse, porque foi omi da uma frase que pode facilmente ser subentendida: Estava mo vado para estudar,
assim como os seus colegas (estavam mo vados).

12- a) Vossa Excelência está cansado.


Nesta frase, foi usada a silepse de gênero, porque as concordâncias não são feitas conforme o que está expresso, mas com a ideia
transmi da. Assim, a palavra “cansado” não está concordando com “(a) Vossa Excelência”, mas com a pessoa a quem o pronome
de tratamento se refere, por exemplo, o Presidente da República:

b) As folhas caíam, e giravam, e cobriam o chão como um tapete.


Nesta frase, foi usado o polissíndeto, que consiste na repe ção de conec vos coordena vos, geralmente a conjunção e, mais vezes
do que seria necessário.

c) Sonhei, persis , alcancei meus obje vos profissionais.


Nesta frase, foi usado o assíndeto, que consiste na ausência de conjunção coordena va entre as frases: “Sonhei, persis e alcancei
meus obje vos profissionais.”

d) Eu não me importava os comentários dos outros.


Nesta frase, foi usado o anacoluto, porque houve uma mudança repen na na construção da frase: Os comentários dos outros não
me importavam.

13- d) O pleonasmo é a figura de sintaxe que u liza redundâncias para reforçar a mensagem que transmite. Neste caso, o
pleonasmo está presente em “vi com olhos”.

14 - b) A tempestade trovejava, e retumbava, e provocava a tranquilidade da noite.


Nesta frase foi usado o polissíndeto, que consiste na repe ção de conec vos coordena vos, geralmente a conjunção e, mais vezes
do que seria necessário.
A mesma figura de construção, ou de sintaxe, foi usada em “Nossas matas têm milhares de espécies de árvores, mas o cedro, mas
o mogno, mas o ipê quase não se encontram mais." (CEGALLA, 2020)

15 - I. Triste ele diz que não está, mas eu acho que está. (hipérbato ou inversão: Ele diz que não está triste, mas eu acho que está.)

II. Salvador é histórica. silepse de gênero (A cidade de Salvador é histórica.)


III. Parece que, quando pobre, a jovem era mais simpá ca. (elipse do verbo era: Parece que, quando era pobre, a jovem era mais
simpá ca.)

IV. Uma mul dão de livros preenche as estantes. (silepse de número)

16 - Alterna va d: gradação, an tese, metáfora e hipérbole.

Gradação, porque as ideias se apresentam de forma progressiva “muitos trabalhos, muitas fadigas, muita paciência”;

An tese, porque u liza termos com sen dos opostos “... que es vesse sério, desatava a rir...”;

Metáfora, porque faz uma comparação sem u lizar conec vo de comparação - como, tal qual - “parecia uma mola oculta”;

Hipérbole, porque exagera de forma intencional “a mais refinada má-criação”.

17- Alterna va a: Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas.

Na frase acima é possível iden ficar facilmente a omissão de algo como “seja dado/sejam dadas”. Assim, a frase completa, ou seja,
sem a u lização da figura de linguagem elipse, seria: “Ao vencido, seja dado ódio ou compaixão, ao vencedor, sejam dadas as
batatas.”.

18 - Alterna va c: aliteração.

Aliteração é a repe ção de sons consonantais, tal como se verifica nos versos acima em que o som do “t” se repete - tela, todos;
tenda, todos; todos, toldo.

19 - Alterna va c: Apressadamente, todos embarcaram no trem.

“Embarcar” é uma palavra que deriva de barco, e significa entrar no barco, mas na ausência de termos específicos para eles,
também é usada para outros meios de transporte. Essa é a função que caracteriza a catacrese, ou seja, usar uma palavra por não
haver outra mais específica.

20 - Alterna va b: hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto.

Hipérbato, porque a ordem da oração está alterada. A ordem direta seria: “... que já viste nos meus olhos tão puros.” ("viste nos
meus olhos", em vez de "nos olhos meus viste");

Zeugma, porque foi omi da a palavra “legisla” para evitar a repe ção: “A moral legisla para o homem; o direito (legisla) para o
cidadão.”;

Silepse, porque o verbo “discordar” não está concordando com a palavra “maioria” (como na primeira oração “A maioria
concordava...”), mas com a ideia de que a palavra “maioria” traz de várias pessoas, ou seja: “a maioria discordavam nos
pormenores” (a ideia implícita é "(pessoas) discordavam nos pormenores");

Assíndeto, porque não foram usados conec vos. Com conec vos, a oração poderia ficar assim: “Isaac a vinte passos, divisando a
vulto de um, então, para, ergue a mão em viseira e firma os olhos.”.

21 – C -O texto literário apresenta como traços a importância esté ca e uma linguagem mais próxima da figurada, ou seja,
conota va. Já o texto cuja função é somente informar, como uma reportagem ou propaganda, se afasta deste conceito literário

22 – A - Os gêneros literários funcionam como organizadores de obras que par lham das mesmas caracterís cas, tanto formais,
quanto em relação ao conteúdo. Dividem-se entre gênero lírico, épico/narra vo e dramá co.

23 - Letra E: Embora a música seja considerada como sendo a primeira arte e a literatura como sendo a sexta arte, não existe uma
arte melhor ou menos reconhecida do que a outra. Essa diferença de posições das representações ar s cas ocorre somente para
efeito de organização, não por grau/nível de importância de cada uma das onze formas de manifestações ar s cas.

24 - Letra B: Não somente relacionada aos textos verbais escritos, a arte literária está relacionada também à produção e à leitura
de textos verbais orais.

25 - Letra E: Podemos afirmar que a essência da arte literária está nas palavras, as quais são u lizadas a par r de seus potenciais
sonoros, sintá cos e semân cos, estabelecendo relações con nuas entre autores e leitores/ouvintes.

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