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Figuras de linguagem

GRAMÁTICA
As figuras de linguagem, além de ornamentar um texto, servem para conferir maior expressividade a uma mensagem, não são meros adornos em um texto,
sobretudo para aqueles que adotam a linguagem literária: as figuras de linguagem podem ser consideradas, conforme palavras do estudioso da linguagem
Francis Vanoye, “como uma maneira de aperfeiçoar o comportamento intelectual (reflexão, compreensão, análise) e uso mais eficaz da linguagem”. Dessa
maneira, é correto dizer que as figuras de linguagem estão a serviço da comunicação, uma vez que aprimoram nossas mensagens, tornando-as mais
eficientes. As figuras de linguagem são usadas para exprimir de formas e objetivos diferentes os pensamentos da pessoa que escreve, a fim
de comover, surpreender, fazer o leitor rir ou refletir sobre algo.

Figuras de construção ou sintaxe – Principais ocorrências:


Anacoluto
Epizêuxis
Anadiplose
Inversão ou hipérbato
Anáfora
Pleonasmo
Analepse
Polissíndeto
Assíndeto
Sínquise
Circunlóquio
Silepse
Clímax
Zeugma
Diácope
Zoomorfização (ou animalização)
Elipse

Figuras de palavras e/ou figuras de pensamento - Principais ocorrências:


Alegoria
Gradação
Ambiguidade
Hipálage
Antífrase
Hipérbato
Antítese
Hipérbole
Antonomásia ou perífrase
Ironia
Apóstrofe
Litotes
Cacofonia
Metáfora
Catacrese
Metalepse
Comparação por símile
Metonímia
Comparação simples
Sinédoque
Disfemismo
Oximoro
Eufemismo
Personificação (ou prosopopeia)
Sinestesia
Enumeração

Figuras de som – Principais ocorrências:


Aliteração

Assonância

Paronomásia

Palíndromo

Paradoxo

Trocadilho
Como você já deve ter percebido, são vários os recursos estilísticos disponíveis, e todos eles são essenciais para garantir maior expressividade a um texto.

FIGURAS DE PALAVRAS OU DE PENSAMENTO

a) Antítese: uso aproximado de termos opostos.


Exemplo: Mesmo que você não acredite, o céu é um lugar melhor do que o inferno!

b) Elipse: omissão de uma palavra que, apesar de não exposta, pode ser identificada por quem lê.
Exemplo: Ele estava de casaco de frio; ela, de casaco de pele! (omissão do verbo “estava” em “Ela estava de casaco de pele”.

c) Eufemismo: usada para atenuar algo grave de ser dito.


Exemplo: Ele passou dessa para uma melhor! (para não dizer morreu ou faleceu)

d) Hipérbole: expressão de exagero usada para dar ênfase em alguma informação.


Exemplo: Fui à sua casa milhões de vezes, mas você nunca está lá!

e) Ironia: expressão usada para dar idéia contrária ao que se pensa.


Exemplo: Sim, você é realmente muito valente, enfrentou vários soldados com sua espada de bambu e seu escudo de madeira usada
em fabricação de borracha.

f) Metáfora: relação entre duas palavras, na qual uma substitui a outra e forma significações semelhantes.
Exemplo: Você é como um sol radiante em minha vida!

g) Personificação ou prosopopéia: acontece quando animais ou seres inanimados recebem atribuições humanas.
Exemplo: A xícara falou para o bule: o que aconteceu, por que este bico deste tamanho?

h) Pleonasmo: são palavras desnecessárias (redundantes) usadas para reforçar uma idéia.
Exemplo: Ele desceu lá embaixo para ver se você estava!

FIGURAS DE CONSTRUÇÃO OU DE SINTAXE

- Elipse: supressão de um termo que pode facilmente ser subtendido.


Exemplo: A cidade estava deserta, ninguém àquela hora na rua. (elipse do verbo estava)

- Pleonasmo: repetição de uma mesma idéia ou palavra já implicada no texto.


Exemplo: “Eu canto um canto matinal.” (Guilherme de Almeida)

- Zeugma: omissão de um termo já expresso na frase.


Exemplo: Eu queria assistir novela; ele, filme. (omissão da expressão queria assistir)

- Silepse: consiste em efetuar concordância com palavras implícitas no texto, e não com as explícitas.
Exemplo: E todos seguimos para o baile de formatura. (seguimos não concorda com todos, como seria o normal, mas com uma palavra
pressuposta (nós)).

A silepse pode ser de gênero, número ou pessoa.

- Silepse de gênero: há discordância entre os gêneros gramaticais de artigos e dos substantivos; substantivos e adjetivos, etc.
Exemplo: V. Revma. Foi escolhido para celebrar o casamento.

- Silepse de número: há discordância envolvendo o número gramatical.


Exemplo: “Ninguém quer comprar. Se ainda estamos aberto é por honra da firma.” (José J. Veiga)

- Silepse de pessoa: há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal.


Exemplo: As crianças deveis obedecer mais. (Vós deveis )

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