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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, CAMPUS X – DEDX


COLEGIADO DE MATEMÁTICA
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

HELEN DIAS TESCH

CAPACITOR E CAPACITÂNCIA

Teixeira de Freitas - BA
2021
HELEN DIAS TESCH

CAPACITOR E CAPACITÂNCIA

Atividade apresentada ao Curso de Licenciatura em


matemática da Universidade do Estado da Bahia – UNEB
– Campus X, Teixeira de Freitas como requisito parcial
de avaliação na disciplina de Física III (2021.2) da turma
do 7º período, noturno.

Orientador: Dr. Tânia Maria Boschi

Teixeira de Freitas
2021
SUMÁRIO

1. DEFINIÇÕES CAPACITOR E CAPACITÂNCIA .................................... 5

2. CÁLCULO DE CAPACITÂNCIA ............................................................... 6

3. TIPOS DE CAPACITORES .......................................................................... 7

3.1 CAPACITORES EM PARALELO ............................................................ 7

3.1 CAPACITORES EM SÉRIE ...................................................................... 8

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 10
1. INTRODUÇÃO

O uso de capacitores é um avanço enorme para a física, a capacidade de


armazenamento de energia permite o uso de dispositivos que necessitam de energia para
ser utilizado em locais que não há acesso à energia elétrica, outras situações como no
estudo da meteorologia.

2. DEFINIÇÕES CAPACITOR E CAPACITÂNCIA

Para Young (2009, p. 105) “um Capacitor é um sistema constituído por dois
condutores separados por um isolante”, representado por (⸡⸠), se pode compreender como
condutor os materiais que permitem a condução de cargas elétricas, isso é a, transferência
de elétrons de um material à outro, quando ocorre a transferência de um condutor para
outro presente no sistema, o capacitor está sendo carregado, devido a essa característica,
os capacitores são comumente encontrados em sistemas de circuitos elétricos devido a
capacidade de armazenar essa energia.

Figura 1: Dois condutores carregados, após a transferência de elétrons.


A título de conhecimento para um condutor ser carregado é necessário que a esse
sistema seja atribuída uma carga externa (provida de uma bateria) através de um sistema
chamado circuito elétrico que é “um caminho fechado que pode ser percorrido por uma
corrente elétrica” (HALLIDAY, 2009, p. 112), que permitirá que ocorra a transferência
de elétrons entre os condutores, assim os condutores apresentarão mesmo módulo de
carga, porém com sinais contrários, caracterizando o sistema em equilíbrio, fornecendo
uma diferença de potencial entre os condutores que aumenta até se tornar proporcional à
carga aplicada pela bateria, a partir desse momento o tanto o condutor positivo, quanto o
terminal positivo da bateria tem o mesmo potencial, assim como o condutor negativo, e
o fio conecta os dois pontos no circuito não apresenta campo elétrico, dessa forma os
elétrons param de se deslocar entre os condutores, através do fio, o que caracteriza o
carregamento completo do capacitor.
Figura 2: Representação de um capacitor sendo carregado, e duas placas condutoras.
A capacitância se dá a partir do momento em que se busca a razão entre a carga Q
do capacitor (que se refere à carga absoluta de um dos condutores) e a diferença de
potencial V (relação entre o condutor de carga positiva com o de carga negativa) entre os
dois condutores que é igual à voltagem da bateria, essa razão não varia uma vez que,
depende da geometria dos condutores e seu material, bem como do isolante utilizando,
presentes no capacitor.
A representação da capacitância do capacitor se dá pela constante C encontrada
𝑄
pela razão 𝐶 = 𝑉 , é através dela que será defino a quantidade de energia que pode ser

armazenada, como aponta Halliday (2009, p. 112) “A capacitância é uma medida da


quantidade de carga que precisa ser acumulada nas placas para produzir uma certa
diferença potencial entre elas.” Sendo sua unidade representada pela SI como 1F (1farad)
C
que é igual a 1 (1coulomb por volt ).
𝑉

3. CÁLCULO DE CAPACITÂNCIA

Como dito anteriormente a capacitância depende do material de cada condutor,


para tanto, é necessário que seja calculado anteriormente o campo elétrico entre os
condutores visto a carga adicionada para partir desse ponto obter a diferença potencial
𝑄
que é utilizada na razão 𝐶 = 𝑉 que fornece a capacitância desse sistema.

O sistema de capacitor mais comum é o de Placas Paralelas, uma vez que o campo
elétrico produzido por esse arranjo entre as duas placas é uniforme assim como a carga
sobre a superfície de cada uma. Com o campo elétrico uniformemente distribuído e com
uma distância d, a diferença potencial será dada pelo campo elétrico gerado vezes a
distancia 𝑉 = 𝐸 × 𝑑. Ao observar a formula de Campo Elétrico escrito da seguinte forma,
𝜎 𝑄
𝐸=𝜖 = , ressaltado 𝜎 é o módulo da densidade da carga superficial em cada
0 𝜖0 𝐴

condutor, por isso pode ser substituído pela carga Q divido pela área A do condutor, ao
substituirmos na fórmula da diferença potencial temos:
𝑄
𝑉= ×𝑑
𝜖0 𝐴
Esse resultado na formula de capacitância dará a seguinte observação:
𝑄 𝑄 𝜖0 𝐴 𝜖0 𝐴
𝐶= → 𝐶= × → 𝐶=
𝑄 1 𝑄𝑑 𝑑
𝜖0 𝐴 × 𝑑
Através desse resultado se confirma a dependência da capacitância em relação à
geometria do condutor isso é sua área de forma inversamente proporcional à distância (d)
entre elas. Essa fórmula para a constante de Capacitância é encontrada quando o sistema
está no vácuo, sem interferência entre os condutores, no entanto se tiver ar atmosférico
ou outro material entre os condutores, eles poderão influenciar na capacitância do
capacitor.

Figura 3: Representação duas placas condutoras, do campo elétrico gerado entre as duas e da
distribuição uniforme da carga.
Além do material e forma geométrica, o uso de mais capacitores associados
também pode alterar a capacitância total de um circuito, aumentando ou diminuindo a
capacidade de armazenamento de energia. Alguns tipos de capacitores que permitem
associação e ou substituição por um capacitor equivalente serão explorados a seguir, o
uso deles permite simplificar o circuito e facilitar os cálculos.

4. TIPOS DE CAPACITORES

4.1 CAPACITORES EM PARALELO

De acordo com Halliday (2009, p. 117) “A expressão “em paralelo” significa que
cada placa de um dos capacitores é ligada a uma das placas do outro capacitor, de modo
que exista a mesma diferença potencial V entre as placas dos dois capacitores. ”
Observando que cada placa será ligada ao próximo condutor do capacitor seguinte no
circuito com o mesmo sinal, no entanto mesmo que a diferença de potencial seja a mesma
entre as placas, a carga total armazenada será o somatório das cargas de cada um dos
capacitores o mesmo raciocínio serve para a capacitância.
Por isso esse tipo de arranjo pode ser substituído por capacitores de capacitância
equivalente que possuem a mesma carga total e a mesma diferença potencial.
Isso é um sistema com três capacitores em paralelo terá carga q total igual a 𝑞 =
𝑞1 + 𝑞2 + 𝑞3 e 𝐶𝑒𝑞 = 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 em que q e Ceq são a carga e a capacitância de um
capacitor equivalente (b) ao sistema com três capacitores (a).

Figura 4: Exemplo do uso de um capacitor equivalente para uma associação de capacitores em


paralelo.
4.2 CAPACITORES EM SÉRIE

Capacitores associados em série são posicionados e um após o outro, em


sequência, e conectados por fios condutores que liga a placa negativa de um capacitor à
placa positiva do outro capacitor e assim sucessivamente, dessa forma ao ser aplicado
uma diferença de potencial às extremidades do sistema o módulo de cada carga em todas
as placas é sempre o mesmo, isso ocorre devido à reação em cadeia de transferência de
elétrons de uma placa de capacitor pela bateria e sua ação de repulsão da carga da placa
seguinte, que irá transferir os elétrons a placa seguinte do outro capacitor.
Assim como o arranjo em paralelo os capacitores associados em série também
podem ser substituídos por capacitores de capacitância equivalente que possuem a mesma
carga total e a mesma diferença potencial.
Para isso se deve obter a capacitância desse sistema para determinar qual a
capacitância do capacitor equivalente, primeiramente é determinado a diferença potencial
𝑄
entre as placas dos capacitores utilizando a fórmula 𝑉 = 𝐶 , sendo que a diferença potencial
produzida pela bateria é a mesma do somatório da diferença potencias dos capacitores assim
𝑄 𝑄 𝑄
temos: 𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 = + + logo a capacitância equivalente é dada por:
𝐶1 𝐶2 𝐶3
𝑄 𝑄 𝑄 1
𝐶𝑒𝑞 = 𝑉 = 𝑄 𝑄 𝑄 = 1 1 1 = 1 1 1 ou
+ + 𝑄×( + + ) ( + + )
𝐶1 𝐶2 𝐶3 𝐶1 𝐶2 𝐶3 𝐶 1 𝐶2 𝐶3

1 1 1 1 1
𝐶𝑒𝑞 = 1 1 1 → + + =
( + + ) 𝐶1 𝐶2 𝐶3 𝐶𝑒𝑞
𝐶1 𝐶2 𝐶3
Figura 5: Exemplo do uso de um capacitor equivalente para uma associação de capacitores em
série.
Há outros diferentes tipos de capacitores existentes, de placas em paralelo,
cilindro ou esférico, no entanto, como visto o cálculo da capacitância dependerá da forma
geométrica por tanto os cálculos envolvem além de constantes como 𝜖0 também envolverá
grandezas de comprimento.

5. CONSIDERAÇÕES

O conhecimento acerca dos capacitores permite desenvolver e melhorar os


sistemas de circuito elétrico, conhecendo o material do condutor e a forma geométrica é
possível calcular a capacitância necessária para determinado capacitor ou mesmo para
substituir um capacitor por outro equivalente.
REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert, WALKER, Jearl. Fundamentos de


Física: Eletromagnetismo. v. 3, ed. 10. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

HELERBROCK, Rafael. O que é capacitor?. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/capacitores.htm. Acesso em: 01 de dez. de 2021.

HELERBROCK, Rafael. Condutores e isolantes. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/condutores-isolantes.htm. Acesso em: 01 de dez.
de 2021.

YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A.. Física III: eletromagnetismo. ed.
12. São Paulo: Addison Wesley, 2009.

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