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Capítulo 25
CAPACITÂNCIA
1-Introdução
Neste capítulo, vamos introduzir um dos elementos de circuito mais fundamentais, os
capacitores, que são responsáveis por armazenar energia elétrica num circuito.
Os capacitores são utilizados em uma variedade de circuitos elétricos, por exemplo, para
sintonizar frequências de rádio e para armazenar energia em dispositivos eletrônicos.
Um capacitor consiste de um sistema de dois condutores, sendo que cada um deles está
carregado com a mesma quantidade de cargas elétricas, mas possuindo sinais opostos, separados
por um material isolante. A capacitância de um dado capacitor depende de sua geometria, ou
ainda da sua forma geométrica, e do tipo de material que separa os condutores. Este material é
conhecido como material dielétrico.
2-Capacitância
Um capacitor típico, denominado capacitor de placas paralelas, é constituído por duas
placas condutoras de área , separadas por uma pequena distância de separação entre elas
(Figura 4). Quando as placas estão ligadas a um dispositivo carregador, como por exemplo, a
uma bateria (Figura 2), há a transferência de carga de um condutor a outro, até que a diferença
de potencial entre os dois condutores, devido às cargas iguais e opostas, seja igual à diferença
à diferença de potencial entre os terminais da bateria.
Figura 2: Circuito formado por uma bateria B, uma chave S e as placas a e b de um capacitor C.
2|P ági na
Figura 3: Diagrama esquemático no qual os elementos do circuito são representados por símbolos.
Figura 4: Capacitor de placas paralelas, feito de duas placas de área A e separadas por uma distância d.
A capacitância tem seu valor dependente da geometria do capacitor, mas não depende da
carga e nem da diferença de potencial. Ela é uma medida da capacidade de carga que precisa
ser acumulada nas placas para produzir uma diferença de potencial entre as mesmas. Quanto
maior for a capacitância, maior será a carga necessária.
A unidade da capacitância, no SI, é o coulomb por volt [ ⁄ ], denominada
de ( ):
⁄ .
Desde que o farad é uma unidade muito grande, são usados frequentemente submúltiplos, como
o ( ) ou ainda o ( ).
3-Cálculo da Capacitância
O cálculo da capacitância de um capacitor não é, a princípio, difícil. Dados dois
condutores quaisquer, calculamos a diferença de potencial entre ambos quando um deles
tem carga e o outro tem carga . Depois, calculamos a capacitância mediante a equação
.
3|P ági na
Esse cálculo deve ser dado a partir da forma geométrica do capacitor. Vamos analisar
diferentes formas geométricas, vamos estabelecer um método de resolução, o qual consiste
em:
Podemos ainda fazer algumas hipóteses a fim de simplificar os cálculos. Essas serão
discutidas a seguir.
Figura 5: Seção transversal de um capacitor de placas paralelas carregado, desprezando os efeitos de borda.
Podemos interpretar a (Figura 6) como uma vista de perfil de um capacitor formado por
duas cascas esféricas concêntricas de raios e . Vamos escolher como superfície gaussiana
uma esfera de raio concêntrica com as placas do capacitor.
Podemos atribuir uma capacitância a uma única esfera de raio feita de material
condutor supondo que a placa que falta é uma casca esférica condutora de raio infinito. As
linhas de campo que deixam a superfície de um condutor positivamente carregado devem
terminar em algum lugar.
Exemplo 25-1
elas estão no mesmo potencial daquele terminal da bateria; o mesmo para as placas da direita,
que estão conectadas ao terminal negativo da bateria. Portanto, a diferença de potencial entre as
placas dos capacitores é igual à diferença de potencial na bateria. A carga total Q armazenada
pelos dois capacitores é então
Portanto
( )
onde
Ou ainda, na forma:
6|P ági na
Exemplo 25-2
Exemplo 25-3
O trabalho total necessário para carregar o capacitor de até uma carga final é
∫ ∫
O trabalho realizado para carregar o capacitor aparece como uma energia potencial elétrica
armazenada no capacitor. Portanto, a energia potencial armazenada em um capacitor carregado
é dada por
Apesar desta equação ter sido obtida para o caso de um capacitor plano ela é válida para
qualquer caso onde temos uma fonte de campo elétrico, isto é, a densidade de energia
em qualquer campo elétrico é proporcional ao quadrado da magnitude do campo em um dado
ponto.
Exemplo 25-5
8|P ági na
ATIVIDADES
9|P ági na
10 | P á g i n a
11 | P á g i n a
Referências
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2002. 4 v. ISBN 8521613032
NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de física básica. 3. ed. São Paulo: E. Blucher, 1997-1999. 2 v. :
ISBN 85-212-0046-3
REGO, Ricardo Afffonso do. Eletromagnetismo básico. Rio de Janeiro: LTC, 2010. 307 p. ISBN
9788521617396 (broch.).