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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................... 2

2. Capacitores esféricos, planos e cilíndricos ................................................................................. 3

2.1. Capacitor de placas planas e paralelas ..................................................................................... 3

2.2. Capacitor esférico .................................................................................................................... 5

2.3. Capacitor cilíndrico .................................................................................................................. 8

3. Conclusão.................................................................................................................................. 10

4. Referências bibliográficas ......................................................................................................... 11


1. Introdução

Neste presente trabalho cujo tema Capacitores esférico, planos e cilíndricos, um capacitor é um
sistema eléctrico formado por dois condutores separados por um material isolante, ou pelo
vácuo. Consideramos o capacitor cilíndrico com a placa interna fora de centro e calculamos a
capacitância correspondente usando a técnica da transformação conforme. Observamos que a
capacitância pode ser ampliada e a quantidade de material para construir o capacitor pode ser
reduzida com a geometria excêntrica. Este resultado pode ser usado como tutorial de uma aula
experimental para medir o efeito da excentricidade na capacitância e na construção do capacitor
cilíndrico.

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2. Capacitores esféricos, planos e cilíndricos

Um capacitor é um dispositivo utilizado para armazenar energia, na forma de energia potencial,


contida em campos eléctricos. Os capacitores têm várias aplicações além de servirem como
armazenadores de energia. Eles constituem elementos importantes nos circuitos eléctricos de
transmissores e de receptores de rádio e televisão. Os capacitores microscópicos formam os
bancos de memória dos computadores. Tais campos eléctricos são signicativos também pela
informação liga-desliga que a presença ou ausência deles proporciona.

Os capacitores se apresentam numa grande variedade de tamanhos e formas. Entretanto, os


elementos básicos de qualquer capacitor são dois condutores isolados d e formatos arbitrários.
Chamamos tais condutores de placas, quaisquer que sejam suas geometrias. São bem conhecidos
os capacitores de placas paralelas, os esféricos e o s cilíndricos.

Quando um capacitor é carregado, suas placas adquirem cargas iguais, mas d e sinais opostos,
+Q e -Q. Entretanto, referimo-nos a carga do capacitor como sendo meramente Q, o valor
absoluto das cargas sobre as placas.

2.1. Capacitor de placas planas e paralelas

Consideremos um capacitor cujos condutores sejam placas metálicas planas e paralelas


carregadas com cargas +Q e −Q. Vamos supor que as placas têm área A e estejam separadas por
uma distância d.

Se a distância d for muito menor que a área das placas, podemos tratá-las, aproximadamente e
longe das bordas, como se fossem planos infinitos. Neste caso, como visto em aulas anteriores, o
campo eléctrico entre as placas é uniforme, aponta da placa carregada positivamente para a
carregada negativamente e seu módulo vale

Onde σ é a densidade superficial de carga nas placas do capacitor,

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A diferença de potencial entre as duas placas é

o que implica que, substituindo (1) em (3):

A diferença de potencial entre as placas é proporcional à carga Q armazenada.

Este resultado vale para qualquer capacitor: a diferença de potencial V entre dois condutores, de
qualquer forma, carregados com carga Q é proporcional a Q.

Invertendo a equação (4), podemos escrever Q em função de V:

Define-se

Como a capacitância do capacitor (como vimos, esta relação vale para qualquer capacitor).
Portanto, a relação entre a carga armazenada num capacitor e a diferença de potencial entre os
condutores é

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A unidade de capacitância é o farad (F), em homenagem a Michael Faraday

Quanto maior for a capacitância de um capacitor, maior a carga Q armazenada no capacitor para
uma mesma diferença de potencial.

A equação (6) nos permite escrever as unidades da constante ε0 em termos do farad:

2.2. Capacitor esférico

Um capacitor esférico é formado por uma esfera condutora interna de raio ra e uma casca esférica
condutora concêntrica de raio rb. As duas estão separadas pelo vácuo. A esfera interna tem carga
+Q distribuída por sua superfície externa e a casca esférica externa tem carga −Q distribuída por
sua superfície interna (figura abaixo).

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Para calcular a capacitância desse capacitor, vamos usar a relação (7), que é válida para qualquer
capacitor:

Para determinar V, precisamos determinar o campo eléctrico ⃗ Entre a esfera e a casca esférica.

Tomemos uma superfície gaussiana de raio r entre a esfera e a casca esférica. O fluxo eléctrico
por essa superfície vale Q/ε0:

Por simetria, ⃗ é constante em módulo ao longo dessa superfície gaussiana. Ele também aponta
na direcção radial, que coincide com a direcção de . Logo

O campo eléctrico entre a esfera e a casca esférica é igual ao de uma carga punctiforme +Q
colocada no centro delas. Como o campo eléctrico é o mesmo de uma carga punctiforme no
centro, o potencial eléctrico também o será:

Portanto, a diferença de potencial entre a esfera de raio ra e a casca esférica de raio rb é

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A capacitância do capacitor esférico é então

Um caso particular da equação (9) ocorre para o caso em que a casca esférica de raio rb está
muito longe da esfera de raio ra. Se a distância entre elas for tão grande que se possa aproximar
rb → ∞, a capacitância do sistema torna-se

ou seja, a capacitância depende apenas do raio da esfera interna.

Podemos então definir a capacitância de uma esfera condutora de raio R como:

As linhas de força entre a esfera de raio R e a casca esférica de raio “infinito” se estendem até o
“infinito”.

Por exemplo, se pudermos tratar a Terra como uma esfera condutora esférica, sua capacitância
vale (o raio da Terra é ).

Este é um valor bastante grande. Tão grande que podemos supor, em geral, que quando se escoa
uma quantidade de carga ∆Q para a Terra a alteração no seu potencial é desprezível (veja abaixo)

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É por isso que a Terra é um bom “terra”.

2.3. Capacitor cilíndrico

Um capacitor cilíndrico é formado por um cilindro condutor de raio ra e densidade linear de


carga λ1 circundado por uma casca cilíndrica condutora coaxial de raio interno rb e densidade
linear de carga –λ (veja a figura abaixo).

Para calcular a diferença de potencial entre os cilindros, lembremos que p potencial em um ponto
externo a um cilindro carregado a uma distância r do centro vale

Onde r0 é uma distância arbitrária onde V = 0. Podemos usar esta expressão aqui porque a carga
eléctrica sobre a casca cilíndrica externa não contribui para o potencial no interior do cabo
coaxial.

Vamos escolher r0 = rb, o raio da parte de dentro da casca cilíndrica externa. Então, o potencial
em ra será

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Essa diferença é positiva, pois V(a) > V(b).

Para calcular a capacitância, vamos usar a fórmula C = Q/Vab. A carga Q é dada por Q = λL, de
maneira que

A capacitância por unidade de comprimento é, então

Note que, assim como nos casos dos capacitores de placas planas paralelas e esférico, a
capacitância do capacitor cilíndrico depende apenas das dimensões do capacitor.

Substituindo ε0 = 8,85 × 10−12 F/m = 8,85 pF/m em (14), obtemos uma expressão útil para a
capacitância por unidade de comprimento:

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3. Conclusão

Durante o trabalho concluiu-se que quando colocam duas placas de cargas opostas, os campos
das duas placas se adicionam e obtemos, entre as placas, E = σ/ǫ0. Note que isto é válido mesmo
se considerarmos que, quando as placas se aproximam, as cargas dos lados externos das placas
migram para os lados internos. Neste caso, o campo sempre atravessa ambas as tampas da
superfície gaussiana, e engloba toda a carga; novamente concluímos que o campo devido a cada
placa é E = σ/2ǫ0.

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4. Referências bibliográficas

 P. Lorrain, D.R. Corson Electromagnetic Fields and Waves 2 a ed (1970), W. H. Freeman


and Company N Y.
 R.V. Churchill, Variáveis Complexas e suas Aplicações, (1975) McGra w-Hill, S P.
 G.B. Arfk en, H.J. Weber, Mathematic al Methods for Physicists 4 a ed. (1995),
Academic Press, NY.
 O. Bohigas, D. Boose, R. Egydio de Carvalho, V. Marvulle, Nucl. Phys A560 (1993)
197.
 H. Kober Dictionary of Conformal Representations, p.30, NY: Dever Publications Inc.
(1957).

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