Bauer - Vol 3 - Cap 04 - OK

Física para Universitários: Eletricidade e Magnetismo – Wolfgang Bauer, Gary D.
Westfall & Helio Dias
Capacitores
 Os capacitores são dispositivos que armazenam
energia em um campo elétrico
 Capacitores são usados em diferentes aplicações

no nosso cotidiano
 Desfibriladores cardíacos
 Flashes de câmeras
 Os capacitores são uma parte

essencial dos eletrônicos.
 Capacitores podem ser bem pequenos, em chips de
computador, ou bem grandes, em circuitos de alta
potência, como transmissores de rádio FM.
Física para Universitários: Eletricidade e Magnetismo – Wolfgang Bauer, Gary D. Westfall & Helio Dias
Capacitância
 Existem capacitores em uma grande
variedade de tamanhos e formas.
O primeiro circuito
integrado do
mundo com um
capacitor incluído
Capacitor que controla a energia que entra
no Fermilab, um laboratório acelerador de
partículas em Batavia, Illinois
Capacitância
 Conceito: Um capacitor consiste em dois
condutores separados geralmente
chamados de placas, ainda que esses
condutores não sejam corpos planos.
 Vamos definir uma geometria simples e

generalizar a partir daí.
 Começaremos com um capacitor que

consiste em duas placas condutoras
paralelas, cada uma com área A,
separadas por uma distância d.
 Assumimos que estas placas estejam no

vácuo (o ar é bem próximo do vácuo).
Capacitor de placas paralelas (1)
+
- -
+ +
-
+ + - -
+ -
 Carregamos o capacitor colocando
 uma carga +q na placa superior
 uma carga -q na placa inferior
 Uma vez que as placas são condutores, a carga irá se distribuir de maneira
uniforme na superfície delas.
 O potencial elétrico, V, é proporcional à quantidade de carga nas placas.
(Mais precisamente, a diferença de potencial é V(+) - V(-) =

V)
 A constante de proporcionalidade entre a carga q e a diferença

de potencial elétrico V é a capacitância C.
 Chamaremos a diferença de potencial elétrico V de “potencial”
ou de “voltagem” entre as placas.
q  CV
 A capacitância de um aparelho depende da área das placas e
da distância entre elas, mas não depende da voltagem entre
elas nem de suas cargas. Cq
V
 A capacitância de um aparelho nos diz quanta carga é
necessária para produzir uma dada voltagem entre as placas.
Definição de capacitância
q
 A definição de capacitância é C 
V
 As unidades de capacitância são coulombs por volt.
 A unidade de capacitância recebeu o nome de farad (abreviada F)
em homenagem ao físico inglês Michael Faraday (1791-1867)
1C
1F 
1V
 Um farad representa uma capacitância
muito grande
 Tipicamente, trabalhamos com
F (10-6 F),
nF (10-9 F),
ou pF (10-12 F)
Carga/descarga de um capacitor (1)

 É possível carregar um capacitor ligando-o
a uma bateria ou a uma fonte de
energia CC.
 Uma bateria ou fonte de
energia CC é feita para
fornecer carga a uma
determinada voltagem.
 Quando ligamos um capacitor
a uma bateria, a carga flui
proveniente da bateria até que o capacitor esteja inteiramente carregado.
 Se desconectarmos, então, a bateria ou fonte de energia, o capacitor reterá
suas carga e voltagem.
 Na verdade, um capacitor perderá carga lentamente, mas aqui
consideraremos capacitores ideais que mantêm suas carga e voltagem
indefinidamente.
Carga/descarga de um capacitor (2)

Ilustramos o processo de carga com um diagrama de circuito.
As linhas representam condutores

A bateria ou fonte de energia é representada por
O capacitor é representado pelo símbolo
Este circuito contém uma chave

 (pos c) Quando a chave está na posição c, o circuito está aberto
(desligado).
 (pos a) Quando a chave está na posição a, a bateria está ligada ao
capacitor. Inteiramente carregado, q = CV.
 (pos b) Quando a chave está na posição b, as duas placas do
capacitor estão ligadas uma à outra. Elétrons irão se mover através
do circuito (uma corrente fluirá) e o capacitor irá descarregar.

 Considere duas placas condutoras paralelas separadas por uma distância d
 Esta associação é chamada de capacitor de placas paralelas.

 A placa superior tem +q, e a placa inferior tem –q.
 O campo elétrico entre as placas aponta da placa carregada positivamente
para a placa carregada negativamente.
 Vamos considerar capacitores de placas paralelas ideais, nos quais o campo
elétrico é constante entre as placas e nulo em todos os outros lugares.
 Capacitores reais têm campo de borda próximo às bordas

Podemos calcular o campo elétrico
entre as placas usando a lei de Gauss
Usamos a superfície gaussiana

mostrada pela linha vermelha
tracejada
Fluxo = EA
(somente pela superfície
inferior da placa superior!)
Carga contida = q q
E
0 A

 Agora calculamos o potencial elétrico entre
as placas do capacitor em termos do campo
elétrico.
 Definimos o potencial elétrico ao longo do
capacitor como V.
 Aplicamos a integral no sentido da seta azul.
V  V f  Vi  V ( )  V ()
f  
   E  ds
i
  E  ds cos(180)
 Ed

Lembre-se da definição de capacitância... q
C
V
… então, a capacitância de um q q
capacitor de placas paralelas é C 
Ed  q 
 d
Variáveis:  0 A 
A é a área de cada placa
d é a distância entre as placas
0 A
Observe que a capacitância depende C
somente dos fatores geométricos, não da d
quantidade de carga ou da voltagem no
capacitor.
Exemplo: capacitância de um capacitor de

placas paralelas
 Temos um capacitor de placas
paralelas feito com duas placas
paralelas, cada uma com área de
625 cm2 separadas por uma
distância de 1,00 mm.
Questão: Qual é a capacitância deste

capacitor de placas paralelas?
Resposta: Um capacitor de placas paralelas feito com placas

condutoras quadradas de 25 cm x 25 cm separadas por 1 mm tem
uma capacitância de aproximadamente 0,5 nF.
Exemplo 2: capacitância de um capacitor de

placas paralelas
 Temos um capacitor de placas paralelas
feito com duas placas paralelas separadas
por uma distância de 1,00 mm.
Questão: Qual a área necessária para gerar

uma capacitância de 1,00 F?
Resposta: Placas condutoras quadradas com dimensões de

10,6 km x 10,6 km (6 milhas x 6 milhas) separadas por 1 mm são
necessárias para gerar um capacitor com 1 F de capacitância.
Exemplo: capacitância, carga e elétrons...

Questão: Um capacitor de armazenamento em um chip de memória de acesso
aleatório (RAM) tem uma capacitância de 55 nF. Se o capacitor for
carregado a 5,3 V, quantos elétrons em excesso haverá na placa negativa?
Resposta:
Ideia: Podemos descobrir o número elétrons em excesso em uma placa
negativa se soubermos a carga total q na placa. Então, o número de elétrons
n=q/e, em que e é a carga de um elétron em coulombs.
Segunda ideia: A carga q na placa está relacionada à voltagem V para a qual
o capacitor está carregado: q=CV.
Capacitor cilíndrico (1)

 Considere um capacitor construído com
dois cilindros condutores coaxiais de
comprimento L
 Exemplo: cabo coaxial
 O cilindro interno tem um raio r1, e o

cilindro externo tem um raio r2
 Ambos os cilindros possuem carga por

unidade de comprimento  sendo que o
cilindro interno possui carga positiva e o
cilindro externo possui carga negativa

 Aplicamos a lei de Gauss para obter o campo elétrico entre os dois
usando uma superfície gaussiana de raio r e comprimento L, conforme
ilustrado pelas linhas vermelhas
 … que pode ser reescrito para obter uma expressão para o campo elétrico
entre os dois cilindros

E
2 0 r

 Assim como fizemos com o capacitor de placas paralelas, definimos a
diferença de voltagem entre os cilindros como V = |V1 – V2|
r2   r2 
| V1  V2 |  E  ds   dr
r1 r1 2 0 r
  r2 
 ln  
2 0  r1 
 Assim, a capacitância de um capacitor cilíndrico é

q L 2 0 L
C  
 ln r2 / r1 
ln r2 / r1 
V
Observe que C
2 0 depende apenas de
fatores geométricos.
Capacitor esférico (1)

 Considere um capacitor esférico formado por duas esferas
condutoras concêntricas com raios r1 e r2

 Digamos que a esfera interna tenha carga +q e a externa possua
carga –q
 O campo elétrico é perpendicular à superfície de ambas as esferas e
aponta radialmente para fora

 Para determinar o campo elétrico, usamos uma superfície
gaussiana que consiste em uma esfera concêntrica de raio r, de modo
que r1 < r < r2
 O campo elétrico é sempre perpendicular à superfície gaussiana, então
 … que se reduz a
q
E …faz sentido!
4 0 r 2

 Para obter o potencial elétrico, seguimos um método semelhante ao
usado para o capacitor cilíndrico e integramos desde a esfera
carregada negativamente até a carregada positivamente
r1 r1 q q  1 1
V |V1  V2 |  r2
E dr   r2 4 0 r 2
dr    
4 0  r1 r2 
 Usando a definição de capacitância, descobrimos
q q 4 0
C  
V q  1 1  1 1
   r r 
4 0  r1 r2   1 2
 A capacitância de um capacitor esférico é, então
r1r2
C  4 0
r2  r1
Capacitância de uma esfera isolada

 Podemos obter a capacitância de um único condutor esférico
usando o resultado para capacitor esférico e movendo
a esfera exterior até que esteja infinitamente distante
 Utilizando o resultado para capacitor esférico ...
q q 4 0
C  
V q 1 1 1 1
     
4 0  r1 r2   r1 r2 
 …com r2 =  e r1 = R, encontramos
C  4 0 R
…o que quer dizer que V = q/40R
(já sabíamos disso!)
Exemplo: capacitor esférico

As "placas" de um capacitor esférico têm raios de b=40 mm
38 mm e 40 mm.
Questões:
a=38 mm
a) Calcule a capacitância
b) Calcule a área A de um capacitor de placas d
paralelas de mesma separação entre as placas e
mesma capacitância. A?
Respostas:
a)
b)
0 A
C
d
d  b  a  2 103 m
Capacitores em circuitos
 Um circuito é um conjunto de dispositivos
ligados por fios condutores
 Capacitores podem ser ligados em circuitos em

paralelo ou em série
 Capacitores em circuitos ligados por fios de modo que
as placas carregadas positivamente estejam ligadas
entre si e as placas carregadas negativamente
estejam ligadas entre si estão ligados em paralelo
 Capacitores ligados de modo que a placa carregada

positivamente de um capacitor esteja ligada à placa
carregada negativamente do próximo capacitor estão
ligados em série
Capacitores em paralelo (1)

 Considere um circuito elétrico com três capacitores
ligados em paralelo
 Cada um deles tem uma das placas ligada ao terminal

positivo de uma bateria de voltagem V e a outra placa
ligada ao terminal negativo.
 A diferença de potencial V através de cada um dos

capacitores é a mesma. ... Ponto-chave para capacitores em paralelo
 Podemos escrever a carga em cada capacitor como ...
q1  C1V q2  C2V q3  C3V

Capacitores em paralelo (2)

 Os três capacitores podem ser considerados como um único capacitor Ceq
capaz de armazenar a mesma carga q dada por
q  q1  q2  q3  C1V  C2V  C3V  C1  C2  C3 V
 Podemos agora definir Ceq como q  CeqV

Ceq  C1  C2  C3
n
 Um resultado geral para n capacitores em paralelo é Ceq  C i

i 1
 Se pudermos identificar capacitores em um circuito ligado em paralelo,

podemos substituí-los por uma capacitância equivalente
Capacitores em série (1)

 Considere um circuito elétrico com três capacitores em série
 A placa positivamente carregada de C1 está ligada
ao terminal positivo da bateria
 A placa negativamente carregada de C1 está ligada
à placa positivamente carregada de C2
à placa positivamente carregada de C3
ao terminal negativo da bateria
 A bateria produz uma carga q igual em cada capacitor
porque a bateria induz uma carga positiva na parte positiva
de C1, que induz uma carga negativa na placa oposta de C1,
que induz uma carga positiva em C2, etc.
... ponto-chave para capacitores em série
Capacitores em série (2)

 Sabendo que a carga é a mesma nos três capacitores, podemos escrever
q q q  1 1 1 
V  V1  V2  V3     q   
C1 C2 C3  C1 C2 C3 
 Podemos expressar uma capacitância equivalente Ceq como
q 1 1 1 1
V   
Ceq Ceq C1 C2 C3
 Podemos generalizar para n capacitores em série
n
1 1

Ceq i 1 Ci
 Se pudermos identificar capacitores em um circuito ligado em série, podemos
substituí-los por uma capacitância equivalente
Revisão – até agora...

 A capacitância de um capacitor esférico é
r1r2
C  4 0
r2  r1
 r1 é o raio da esfera interna
 r1 é o raio da esfera externa
 A capacitância de um capacitor esférico isolado é

C  4 0 R
 R é o raio da esfera
Revisão (2)
 A capacitância equivalente para n capacitores em paralelo é
n
Ceq   Ci
i 1
=
 A capacitância equivalente para n capacitores em série é
n
1 1

Ceq i 1 Ci =
Exemplo: associação de capacitores (1)
Questão: Se cada capacitor possuir uma capacitância de 5 nF, qual será a

capacitância desta associação de capacitores?
Resposta:
Descubra a capacitância equivalente

Analise cada parte do circuito individualmente, substituindo
pares em série ou em paralelo por um capacitor com
capacitância equivalente

 Podemos ver que C1 e C2 estão em paralelo
 e que C3 também está em paralelo com C1 e C2
 Encontramos C123 = C1 + C2 + C3 = 15 nF
 … e agora fazemos um novo desenho

 Podemos ver que C4 e C123 estão em série
 Encontramos a capacitância equivalente:
1 1 1 C C
   C1234  123 4 = 3,75 nF
C1234 C123 C4 C123  C4


 Podemos ver que C5 e C1234 estão em paralelo
 Encontramos a capacitância equivalente
C123C4 (C1  C2  C3 )C4
C12345  C1234  C5   C5   C5 = 8,75 nF
C123  C4 C1  C2  C3  C4


 Então, a capacitância equivalente à nossa associação de
capacitores
 As unidades e ordens de grandeza estão certas

 Mais da metade da capacitância total desta associação é fornecida
pelo C5 sozinho
 Este resultado deixa claro que é preciso ser cuidadoso com a
maneira como se colocam capacitores em um circuito.
Energia armazenada em capacitores

 Para carregar um capacitor, a bateria deve realizar trabalho.
 Podemos pensar nesse trabalho como a variação da energia potencial elétrica do
capacitor.
 O trabalho infinitesimal dW realizado pela bateria com uma diferença de potencial V
para armazenar uma quantidade infinitesimal de carga dq em um capacitor de
capacitância C é
q
dW  Vdq  dq
C
 O trabalho total requerido para se carregar totalmente o capacitor com uma carga
final q é 2
qt q 1 qt
Wt   dW   dq 
0 C 2C
 Esse trabalho é armazenado como energia potencial elétrica
1 q2 1 1
U  CV 2  qV
2C 2 2
Densidade de energia em capacitores (1)

 Definimos a densidade de energia, u, assim como a energia potencial
elétrica por unidade de volume
U
u
volume
 Tomando o caso ideal de um capacitor de placas paralelas com campo de
borda desprezível, o volume entre as duas placas é a área de cada placa
vezes a distância entre elas, Ad
2 2
U 1
CV CV
u 2 
Ad Ad 2 Ad
 Inserindo a fórmula para a capacitância de um capacitor de placas
paralelas, encontramos  A  0  2
 V 2
d  1  
V
u  0  
2 Ad 2 d
Densidade de energia em capacitores (2)

 Identificando V/d como a intensidade do campo elétrico, E, obtemos uma
expressão para a densidade de energia potencial elétrica em um capacitor de
placas paralelas
1
u  0E2
2
 Este resultado, derivado para um capacitor de placas paralelas, é, de fato,
completamente geral
 Esta equação é válida para para qualquer campo elétrico, não importando a
maneira como ele foi produzido
 Esta fórmula nos dá a quantidade de energia no campo elétrico por unidade de
volume.
Exemplo: esfera condutora isolada (1)

Uma esfera condutora isolada de raio R igual a 6,85 cm tem uma carga de
q=1,25 nC.
Questão 1:
Quanta energia potencial é armazenada no campo elétrico do condutor
carregado?
Resposta:
Ideia-chave: Uma esfera isolada tem capacitância de C=40R (consulte a
aula anterior). A energia U armazenada em um capacitor depende da carga e
da capacitância de acordo com
… e ao substituir C=40R, temos

Exemplo: esfera condutora isolada (2)

 Uma esfera condutora isolada de raio R igual a 6,85 cm tem uma carga de
q =1,25 nC.
Questão 2:
Qual é a densidade da energia do campo na superfície da esfera?
Resposta:
Ideia-chave: A densidade da energia u depende da intensidade do campo
elétrico E de acordo com 1
u  0E2
2
primeiro precisamos, então, encontrar o campo E na superfície da esfera.
Lembre-se:
Exemplo: nuvem de tempestade (1)

 Suponha que uma nuvem de tempestade com dimensões horizontais de
2,0 km por 3,0 km flutua sobre uma área plana, a uma altura de 500 m, e
carrega uma carga de 160 C.
Questão 1:
 Qual é a diferença de potencial
entre a nuvem e o solo?
Questão 2:
 Sabendo que a ocorrência de raios requer intensidades de campo elétrico de
aproximadamente 2,5 MV/m, estas condições são suficientes para a
ocorrência de um raio?
Questão 3:
 Qual é a energia elétrica total contida nesta nuvem?

Questão 1: Qual é a diferença de potencial entre a nuvem e o
solo?
Resposta:
 Podemos aproximar o sistema nuvem-solo a um capacitor de
placas paralelas de capacitância
 A carga levada pela nuvem é de 160 C, o que significa que a

"superfície da placa" virada para a Terra tem uma carga de 80
…++++++++++++ …
C ++++++++++++
 720 milhões de volts


Questão 2: Sabendo que ocorrência de raios requer intensidades de campo
elétrico de aproximadamente 2,5 MV/m, estas condições são suficientes para
a ocorrência de um raio?
Resposta:
 Sabemos a diferença de potencial entre a nuvem e o solo, então, podemos
calcular o campo elétrico
 E é menor que 2,5 MV/m, então não há raio entre a nuvem e o solo
 Talvez ocorra um raio com uma torre de rádio ou uma árvore…
Questão 3: Qual é a energia elétrica total contida nesta nuvem?
Resposta:
 A energia total armazenada neste capacitor paralelo é
 Energia suficiente para manter funcionando um secador de cabelos de 1500 W por

mais de 5.000 horas
Capacitores com dielétricos (1)

 Os capacitores que discutimos até aqui contêm ar ou vácuo entre suas
placas.
 Porém, na realidade, a maioria dos capacitores contém um material isolante,

denominado dielétrico, entre as duas placas.
 O dielétrico tem várias finalidades:

 É uma maneira conveniente de manter uma separação mecânica entre as placas
 Oferece isolamento elétrico às duas placas
 Permite que o capacitor suporte uma voltagem maior
 Aumenta a capacitância do capacitor
 Beneficia-se da estrutura molecular do material dielétrico
Capacitores com dielétricos (2)

 Colocar um dielétrico no espaço entre as placas de um capacitor aumenta a
capacitância do capacitor por um fator numérico chamado de constante
dielétrica, 
 Podemos expressar a capacitância de um capacitor com um dielétrico de
constante dielétrica  entre as placas como
… em que Car é a capacitância do capacitor sem o dielétrico

 O preenchimento do espaço entre as placas de um capacitor com um
dielétrico tem o efeito de baixar o campo elétrico entre as placas e permitir
que mais carga seja armazenada no capacitor.
Capacitor de placas paralelas com dielétrico
 A introdução do dielétrico entre as placas de um

capacitor de placas paralelas altera o campo elétrico
conforme
 A constante 0 é a permissividade elétrica do vácuo
 A constante  é a permissividade elétrica do

dielétrico
   0
Revisão – até agora...

 A energia potencial elétrica armazenada em um capacitor
é dada por
1
U  CV 2
2
 A densidade da energia do campo armazenada em um capacitor de placas

paralelas é dada por
2
1 V 
u  0  
2 d
 A densidade da energia do campo em geral é
1
u  0E2
2
Revisão (2)
 Colocar um dielétrico no espaço entre as placas de um capacitor
aumenta a capacitância por  (constante dielétrica)
 O dielétrico tem o efeito de baixar o campo elétrico entre as placas

(para uma dada carga q)
 Também definimos a permissividade elétrica do material dielétrico como
   0
Rigidez dielétrica
 A "rigidez dielétrica" de um material mede a capacidade de um material de
resistir a diferenças de voltagem
 Se a voltagem em um dielétrico excede a rigidez dielétrica, o dielétrico é

eletricamente “rompido” e começa a conduzir carga entre as placas
 Dielétricos normalmente permitem que um capacitor forneça uma

capacitância tal capaz de exceder a voltagem necessária sem que seja
rompido
 Um capacitor normalmente é especificado pelo valor de sua capacitância e

pela sua tensão nominal (ou seja, máxima)
Constante dielétrica   
0
 A constante dielétrica do vácuo é definida como sendo exatamente 1
 A constante dielétrica do ar é aproximadamente 1, e vamos considerá-la

como sendo 1 em nossos problemas
 As constantes dielétricas de materiais comumente usados são

Visão microscópica de dielétricos (1)

 Vejamos o que ocorre em nível atômico ou molecular quando um dielétrico é
colocado em presença de um campo elétrico
 Existem dois tipos básicos de materiais dielétricos
 Dielétricos polares
 Dielétricos apolares
 Um material dielétrico polar é composto por moléculas que possuem um
momento de dipolo elétrico permanente devido à sua estrutura molecular
 Por exemplo: moléculas de água
 Normalmente, as direções dos
momentos de dipolo estão
aleatoriamente distribuídas,
como vemos ao lado

 Quando um campo elétrico é aplicado a estas moléculas
polares, elas tendem a se alinhar com o campo elétrico
 Um material dielétrico apolar é composto

por átomos ou moléculas que não possuem
momento de dipolo intrínseco

 Tais átomos ou moléculas podem ser induzidos a ter momento de dipolo
elétrico sob influência de um campo externo
 Esta indução é causada pelos sentidos opostos das forças elétricas

exercidas sobre as cargas positivas e negativas do átomo ou da
molécula, que deslocam o centro das distribuições de carga relativas e
produzem um momento de dipolo elétrico induzido

 Em ambos os casos de materiais dielétricos polares e apolares, o momento
de dipolo resultante alinhado tende a cancelar parcialmente o campo elétrico
original
 Assim, o campo elétrico dentro do capacitor é o campo original menos o

campo induzido

Er  E  Ed
Capacitor com dielétrico (1)

Questão 1:
Considere um capacitor de placas paralelas com
capacitância C = 2,00 F ligado a uma bateria com
voltagem V = 12,0 V, como mostrado. Qual é a carga
armazenada no capacitor?
Questão 2:
Agora insira um dielétrico com constante dielétrica  = 2,5
entre as placas do capacitor. Qual a carga do capacitor?
A carga adicional é fornecida pela bateria.

Capacitor com dielétrico (2)

 Isolamos o capacitor carregado com um dielétrico
desconectando-o da bateria. Removemos o
dielétrico, mantendo o capacitor isolado.
Questão 3:
O que acontece com a carga e a voltagem do capacitor?
 A carga do capacitor isolado não pode sofrer alteração porque não existe por onde a
carga fluir. Q permanece constante.
 A voltagem do capacitor será
V aumenta
 A voltagem aumentou porque a remoção do dielétrico aumentou o

campo elétrico e a diferença de potencial resultante entre as placas.
Exemplo: constante dielétrica da cera

 Um capacitor de placas paralelas com ar entre elas tem capacitância de 1,3 pF. A
separação entre as placas é dobrada e cera é colocada entre elas. A nova capacitância
é de 2,6pF.
Questão:
Descubra a constante dielétrica da cera.
Resposta:
 Ideias-chave: A capacitância original é dada por
A nova capacitância é dada por
Logo
reorganizando essa equação:

Exemplo: material dielétrico

 Dado um capacitor de 7,4 pF com ar entre as placas. Você precisa transformá-lo
em um capacitor capaz de armazenar até 7,4 J com uma voltagem máxima de
652 V.
Questão:
Que constante dielétrica precisa ter o material que você inserir para atender a
estes requisitos?
Resposta:
 Ideia-chave: A capacitância com o dielétrico colocado é dada por C=C
ar
e a energia armazenada é dada por
Então,

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Física para Universitários: Eletricidade e Magnetismo – Wolfgang Bauer, Gary D.

Westfall & Helio Dias

 Capacitores são usados em diferentes aplicações

 Os capacitores são uma parte

 Vamos definir uma geometria simples e

 Começaremos com um capacitor que

 Assumimos que estas placas estejam no

Capacitor de placas paralelas (1)

(Mais precisamente, a diferença de potencial é V(+) - V(-) =

Capacitor de placas paralelas (2)

 A constante de proporcionalidade entre a carga q e a diferença

Carga/descarga de um capacitor (1)

Carga/descarga de um capacitor (2)

As linhas representam condutores

Este circuito contém uma chave

Capacitor de placas paralelas (1)

 Esta associação é chamada de capacitor de placas paralelas.

Capacitor de placas paralelas (2)

Usamos a superfície gaussiana

Capacitor de placas paralelas (3)

Capacitor de placas paralelas (4)

Exemplo: capacitância de um capacitor de

Questão: Qual é a capacitância deste

Resposta: Um capacitor de placas paralelas feito com placas

Exemplo 2: capacitância de um capacitor de

Questão: Qual a área necessária para gerar

Resposta: Placas condutoras quadradas com dimensões de

Exemplo: capacitância, carga e elétrons...

Capacitor cilíndrico (1)

 O cilindro interno tem um raio r1, e o

 Ambos os cilindros possuem carga por

Capacitor cilíndrico (2)

Capacitor cilíndrico (3)

 Assim, a capacitância de um capacitor cilíndrico é

Capacitor esférico (1)

Capacitor esférico (2)

Capacitor esférico (3)

 O campo elétrico é sempre perpendicular à superfície gaussiana, então

Capacitor esférico (4)

Capacitância de uma esfera isolada

Exemplo: capacitor esférico

 Capacitores podem ser ligados em circuitos em

 Capacitores ligados de modo que a placa carregada

Capacitores em paralelo (1)

 Cada um deles tem uma das placas ligada ao terminal

 A diferença de potencial V através de cada um dos

 Podemos escrever a carga em cada capacitor como ...

q1  C1V q2  C2V q3  C3V

Capacitores em paralelo (2)

 Podemos agora definir Ceq como q  CeqV

 Um resultado geral para n capacitores em paralelo é Ceq  C i

 Se pudermos identificar capacitores em um circuito ligado em paralelo,

Capacitores em série (1)

Capacitores em série (2)

Revisão – até agora...

 A capacitância de um capacitor esférico isolado é

Exemplo: associação de capacitores (1)

Questão: Se cada capacitor possuir uma capacitância de 5 nF, qual será a

Descubra a capacitância equivalente

Exemplo: associação de capacitores (2)

Exemplo: associação de capacitores (3)

 … e agora fazemos um novo desenho

Exemplo: associação de capacitores (4)