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Capacitância

Mayara Fernanda dos Santos Schmoeller


O que é uma capacitância?

A capacitância é uma grandeza física escalar que mede a quantidade de


cargas que pode ser armazenada em um capacitor para uma
determinada diferença de potencial elétrico.
A carga q e a diferença de potencial V de um capacitor são proporcionais:
q = CV.
A constante de proporcionalidade C é chamada de capacitância do
capacitor, o valor de C depende da geometria das placas, mas não depende
da carga nem da diferença de potencial.
A capacitância é uma medida da quantidade de carga que precisa ser
acumulada nas placas para produzir uma certa diferença de potencial.
Quanto maior a capacitância, maior a carga necessária.
Carga de um capacitor
Quando uma tensão V é colocada no Gerador o processo de carga no
capacitor é iniciado. A carga é feita em um intervalo de tempo que
depende da capacitância C do capacitor e da resistência do resistor R
em série no circuito, que pode ser até a resistência interna do próprio
voltímetro.
Cálculo da Capacitância
Calcula-se a capacitância (C) de um capacitor por meio da razão entre a
carga (Q) que ele armazena em uma de suas armaduras e a tensão (V)
aplicada a ele, ou seja, C = Q / V.
O que é o campo elétrico
Campo elétrico é uma grandeza física vetorial que mede o módulo
da força elétrica exercida sobre cada unidade de carga elétrica colocada
em uma região do espaço sobre a influência de uma carga geradora de
campo elétrico.
Cálculo do Campo Elétrico
Para calcularmos o campo elétrico produzido por cargas pontuais (cujas
dimensões são desprezíveis), dispostas no vácuo, podemos utilizar a
seguinte equação:
O que é a diferença de potencial?
Ela pode ser denominada de tensão e corresponde ao trabalho feito
para deslocar cargas elétricas entre dois pontos.
A diferença de potencial (d.d.p.), também chamada de tensão, é
definida como o trabalho necessário para que uma carga se desloque
de um ponto A para um ponto B, quando imersa em um campo
elétrico.
Quando existe uma certa diferença de potencial entre dois pontos e
ligamos esses pontos através de um fio condutor, no seu interior irá
surgir um movimento ordenado de cargas.
Cálculo da Diferença de Potencial
A diferença de potencial pode ser calculada a partir da seguinte
fórmula:
Capacitor de Placas Paralelas
O capacitor de placas paralelas é o tipo de capacitor que apresenta
geometria mais simples. Esse tipo é formado por uma armadura, feito
de material condutor e envolto em um meio dielétrico, de alta
resistência elétrica (como o vácuo, papel, borracha, óleo etc.). A figura
a seguir traz um esquema de um capacitor de placas paralelas:
Capacitor Cilíndrico
Um capacitor cilíndrico consiste em um longo fio que tem um raio ,
comprimento e carga . O fio está encoberto por uma casca cilíndrica
coaxial externa que tem raio interno , comprimento e carga .
Capacitor Esférico
Basicamente, um capacitor esférico é formado, ou seja, composto, por
um elemento com forma esférica, como mostra a figura acima, ligado a
uma bateria de alta tensão. A capacitância de um capacitor do tipo
esférico depende do tamanho do seu raio R. Por definição matemática
podemos conhecer a capacitância a partir da seguinte equação:
Esfera isolada
Podemos atribuir uma capacitância a uma única esfera de raio R feita
de material condutor supondo que a "placa que falta" é uma casca
esférica condutora de raio infinito. As linhas de campo que deixam a
superfície de um condutor positivamente carregado devem terminar
em algum lugar; as paredes da sala em que se encontra o condutor
podem ser consideradas uma boa aproximação de uma esfera de raio
infinito.
Capacitores em Paralelo e em Série
Capacitores em Paralelo
Na associação de capacitores em paralelo as placas negativas dos
capacitores são ligadas entre si.

Da mesma forma, as placas positivas também são ligadas entre elas. É


por isso, que esse tipo de associação recebe o nome de associação
paralela.
Neste caso, todos os capacitores têm a mesma ddp (diferença de
potencial elétrico), ou seja, V = constante.

Para calcular a associação de capacitores em paralelo, somamos as suas


capacitância usando para tanto a fórmula:
Capacitores em Série
Na associação de capacitores em série, as placas que constituem os
capacitores são ligadas entre si da seguinte forma:
A placa negativa do capacitor liga-se à placa positiva de outro capacitor
e assim sucessivamente.
Isso faz com que todos os capacitores tenham a mesma carga de
associação, ou seja, Q = constante.
Através da seguinte fórmula é possível determinar a capacitância da
associação de capacitores em série:
Energia Armazenada em um Campo Elétrico
Para que um capacitor se caiTegue, é preciso que um agente externo
execute um trabalho. Imagine que, usando "pinças mágicas", você
pudesse remover elétrons de uma das placas de um capacitor
inicialmente descarregado e depositá-los na outra placa, um de cada
vez. O campo elétrico que essa transferência produz no espaço entre as
placas tem um sentido tal que se opõe a novas transferências de carga.
Assim, à medida que a carga fosse sendo acumulada nas placas do
capacitor, seria necessário realizar um trabalho cada vez maior para
transferir novos elétrons. Na vida real, o trabalho não é executado por
"pinças mágicas", mas por uma bateria, à custa de sua reserva de
energia química.
Explosões de Nuvens de Pó
Quando uma pessoa entra em contato com certos objetos, como um
suéter de lã, um tapete ou mesmo um escorrega de plástico, pode
adquirir uma carga elétrica considerável. Essa carga pode ser suficiente
para produzir uma centelha quando a pessoa aproxima a mão de um
corpo aterrado, como uma torneira, por exemplo.
Densidade de Energia
Em um capacitar de placas paralelas, desprezando o efeito das bordas,
o campo elétrico tem o mesmo valor em todos os pontos situados
entre as placas. Assim, a densidade de energia u, ou seja, a energia
potencial por unidade de volume no espaço entre as placas, também é
uniforme. Podemos calcular u dividindo a energia potencial total pelo
volume Ad do espaço entre as placas.
Capacitor com um Dielétrico
Dielétricos são materiais isolantes (para campos que não ultrapassam
valores críticos) com moléculas neutras. Moléculas dielétricas podem
ter (ou adquirir) momento do dipolo elétrico.
MOLÉCULAS DIELÉTRICAS NAO-POLARES Não possuem momento do
dipolo elétrico permanente. Na presença do campo elétrico externo
aparece momento induzido.
MOLÉCULAS DIELÉTRICAS POLARES Possuem o momento do dipolo
elétrico permanente. Na presença do campo elétrico externo ocorre
alinhamento de moléculas com campo externo e aparece o momento
do dipolo macroscópico.
Exemplos de materiais dielétricos
Material Constante dielétrica relativa (k - C2N-1m-2)

Ar 1,00059

Alumínio 8,1 a 9,5

Papel 4a6

Porcelana 6

Óleo 4,6

Mica 5,4 a 8,7

Vácuo 1
Como ocorre a polarização de materiais dielétricos
A figura a seguir mostra como ocorre a polarização do dielétrico. Em
branco, temos uma representação das moléculas do dielétrico, o
campo elétrico externo “puxa” as cargas negativas em sua direção,
produzindo, assim, uma separação de cargas que dá origem a um
campo elétrico de polarização, oposto ao campo elétrico externo:
Aplicações

Capacitores: Esses são dispositivos elétricos formados por duas placas condutoras
“recheadas” por um meio dielétrico. O campo elétrico formado entre as placas polariza
esse meio, e isso aumenta grandemente a capacidade desses dispositivos de
armazenarem cargas elétricas.
Transformadores: Os vernizes utilizados nos fios das bobinas dos transformadores são
capazes de isolá-los uns dos outros, bem como o óleo que é utilizado para refrigerá-los
tem propriedades dielétricas
Sensores diversos: Existe uma grande gama de sensores
de pressão, temperatura e luz que utiliza dielétricos para indicar variações mínimas
nessas grandezas.
Telas touchscreen: As telas dos smartphones são feitas de materiais dielétricos.
Quando o dedo toca a tela, fecha-se um circuito similar a um capacitor. Pequenas
variações de cargas são detectadas indicando a ocorrência do toque.
Dielétricos e a Lei de Gauss
Quando um dielétrico é colocado em um campo elétrico externo, ele se
polariza, criando uma distribuição de cargas internas. Enfim, esse
estudo físico pode ser aplicado para determinar o campo elétrico
resultante da polarização das cargas no dielétrico

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