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Poetas e cantadores: na trilha do

cordel

Ensino Fundamental
Volume 4
Unidade 3
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A literatura de cordel pode ser encontrada
em folhetos ou romances, publicações
impressas, na maioria das vezes, em papel
barato, em cuja capa geralmente há uma
xilogravura, o título da obra e o nome do autor.
Os temas dos livretos de cordel são tantos e a
diversidade de formas é tamanha, que é difícil conhecer
toda a produção dos cordelistas.

Entre os temas mais comuns, encontram-se as


narrativas de heróis; as histórias de amor, de santos e
milagres; e as histórias de exemplo e moralidade. Há
livretos que recuperam mitos, lendas e fábulas, e
contam causos com animais e histórias do folclore que
explicam fenômenos naturais.
O Nordeste brasileiro não apenas passou adiante
os romances em versos trazidos de Portugal, mas
lhe deu um formato próprio, criou novos temas,
personagens, ciclos inteiros de assuntos. No
Nordeste também foram inventadas novas formas
de estrofes, novas maneiras de organizar as rimas,
dando ao nosso Romanceiro Nordestino um perfil
distinto do Romanceiro Ibérico.
Para fazer a leitura e a análise de poemas de
cordel, valem os mesmos elementos típicos dos
textos literários em verso. Na tradição das literatura
de cordel, os poemas não apresentam estrofes com
um número determinado de versos, ou seja, é
possível encontrar poemas com 4,6,7,10 e até 12
versos por estrofe. No entanto, a sextilha- estrofe
com 6 versos de 7 sílabas poéticas – é a forma mais
frequente, rimando, em geral, os pares, seguindo o
padrão abcbdb, como no poema História do boi
misterioso (Leandro Gomes de Barros).
Leitor, vou narrar um fato
De um boi da antiguidade
Como não se viu mais outro
Até a atualidade
Aparecendo hoje um desses
Será grande novidade (...)

Temos aqui uma estrofe (conjunto de versos)


com seis versos, portanto, uma sextilha, com
rimas no final dos versos pares (antiguidade,
atualidade, novidade).
Falar e escrever são práticas de linguagem
distintas, com características próprias, mas que
também têm entre si muitas semelhanças.

São elementos próprios da escrita – o tipo das


letras usadas para escrever, se maiúsculas ou
minúsculas; o uso de sinais de pontuação e de
outros sinais; a diagramação, a disposição em
versos ou parágrafos.
São elementos próprios da fala - o tom da voz,
a altura (grave ou aguda), a dicção, o sotaque, o
falsete, a imitação de outras vozes, os gestos, os
movimentos do corpo e dos olhos.
Tanto a fala quanto a escrita podem ou não ser
coesas ou coerentes; formais ou informais; variar
em função do momento histórico, das situações
sociais das quais se participa, do espaço
geográfico, etc.
As diferenças entre a fala de nordestino e a
sulista é um exemplo da variação em relação ao
espaço geográfico.
A língua também pode variar entre falantes de uma
mesma região, de acordo com o grau de escolaridade,
de intimidade entre os falantes, o contexto em que se
encontram, ou até mesmo de acordo com a idade
deles. Isso mostra que uma língua é dinâmica e
heterogênea, ou seja, que uma mesma comunidade
linguística emprega variedades da língua.
A riqueza da literatura de cordel conduz o leitor
ao que se pode chamar de identidade cultural,
pelas formas da linguagem popular na escrita de
textos de cordel, nas letras de músicas regionais e,
às vezes, em anúncios, nos quais as pessoas se
reconhecem nos personagens e temas. Pelo uso
da linguagem popular alguma escrita não está de
acordo com a norma-padrão do português escrito.
Pode haver também marcas de identidade cultural
registradas na escrita, em função dos diferentes
significados e usos que uma palavra pode ter. Por
exemplo: bica para os brasileiros, é uma nascente de
água; para os portugueses, é uma xícara de café,
celular para os portugueses é telemóvel.
Você acha que as formas de linguagem
popular oral e escrita registradas nos poemas de
cordel , nas letras de música regionais, canções
folclóricas, utilizando variedade linguística,
palavras e expressões que fogem aos usos da
norma-padrão são menos valorizadas?
Esses são os principais conteúdos trabalhados
nessa unidade.
Esperamos que eles sirvam de apoio para
uma melhor aprendizagem.
O mundo da ciência, a ciência do mundo

Ensino Fundamental
Volume 4
Unidade 4
Artigo de divulgação científica
Artigos de divulgação científica são os textos que
abordam temas científicos e são publicados em seções de
jornais ou de revistas vendidos em bancas de jornal ou
disponibilizados pela internet em sites ou blogs. São textos
escritos por jornalistas ou cientistas com o objetivo de
divulgar o conhecimento científico de diferentes áreas a um
público leigo interessado em temas relacionados às diversas
áreas do conhecimento, como Medicina, Geografia, História,
Antropologia etc.
Hoje é comum que descobertas científicas sejam
divulgadas também em propagandas de TV ou rádio e até em
folhetos distribuídos por instituições públicas e privadas.
Diferente dos artigos científicos, que são
produzidos por especialistas para um público também
especialista (cientistas e pesquisadores de áreas
relacionadas), os artigos de divulgação científica se
dirigem a um público mais amplo. Por isso, nesses
textos, é necessário que a linguagem usada seja clara e
que o termo que os termos científicos, que podem ser
desconhecidos da maioria das pessoas, sejam
exemplificados por meio de expressões mais comuns a
fim de que sejam compreendidos por quem não é
especialista no tema tratado.
Uso das aspas: “...”
Aspas são sinais gráficos usados em textos escritos em
diversas situações.
 Para indicar a transcrição literal de um trecho de texto.
Ex.- A moça disse as seguintes palavras: “aqui a música é toda
para São João”.

 Para sinalizar ao leitor o destaque de uma palavra ou


expressão.
Ex.- Existe sempre um “mas” em tudo o que eu faço.

 Para indicar o uso de um termo fora de seu contexto


habitual.
Ex.- Aquela “chuva” de informações me deixou atordoado.
Fazer esquemas
O estudo é uma ação que requer técnica e portanto exige “um
procedimento” que se aprende. Esse procedimento vai auxiliá-lo em
leituras que fará a fim de aprender e/ou ampliar conhecimentos sobre os
mais variados temas. Para elaborar um esquema, é necessário:

 Observar a maneira como o texto está organizado, isto é, título e,


eventualmente, subtítulos e divisões que apareçam.

 Compreender e localizar as palavras ou frases mais importantes e


destacá-las do conjunto.

 Ao lado de subtítulos, palavras ou frases importantes, colocar setas


ou outro tipo de marcação para inserir novas ideias ou frases que se
relacionem a essa parte do texto. Se houver outros
desdobramentos de ideias, é necessário usar mais marcações.
Quando se quer ampliar os conheci-
mentos com a leitura de um texto é necessário
estudar o que se lê. Sendo assim, outra maneira
de potencializar seu estudo através do procedimento de
esquemas é:

 Elaborar resumos sobre o que foi lido;


 Grifar trechos do texto tendo em mente focos em questões
para estudo;
 Fazer anotações à margem da folha;
 Anotar as dúvidas e discuti-las com o professor;
 Grifar palavras das quais você não sabe o sentido para
pesquisar.
Esses são os principais conteúdos trabalhados
na unidade 4. Lembrado que esta unidade deverá
ser estudada juntamente à unidade 3 deste mesmo
volume.
Para potencializar ainda mais os seus estudos,
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encontrará dicas sobre o uso da Língua portuguesa,
além de poder sanar suas dúvidas diretamente
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