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LEITURA E PRODUÇÃO

DE TEXTO
AULA 2
Intertextualidade

ABERTURA

Olá!

Por intertextualidade entende-se a criação de um texto a partir de outro pré-existente.


A intertextualidade pode apresentar funções diferentes, as quais dependem muito dos textos/
contextos em que ela é inserida, ou seja, dependendo da situação. Exemplos de obras
intertextuais incluem: alusão, conotação, versão, plágio, tradução, pastiche e paródia.

Evidentemente, o fenômeno da intertextualidade está ligado diretamente ao "conhecimento


do mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de textos.
O diálogo pode ocorrer ou não em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo única
e exclusivamente a textos literários.

BONS ESTUDOS!
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REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta unidade abordaremos o texto e a intertextualidade.

Você sabia que os textos podem conversar entre si?

Sim, isso é possível, e a esse fenômeno damos o nome de intertextualidade.

Essa ocorrência pode ser implícita ou explícita, feita por meio de paródia ou por meio
da paráfrase. O que esses variados tipos têm em comum? Todos eles resgatam
referências nos chamados textos-fonte, que são aqueles textos considerados
fundamentais em uma cultura.

No capítulo a seguir abordaremos a intertextualidade com maiores detalhes.

BONS ESTUDOS!

Ao final da aula você será capaz de:

• Desenvolver leituras verticais adequadas aos objetivos do leitor;


• Aprimorar as estratégias de leitura intertextual de um texto;
• Elaborar e ler textos com foco nos elementos culturais relevantes a cada produção.
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PORTFÓLIO

A tarefa é encontrar o texto bíblico original que inspirou a canção e observar o tipo
diálogo que é construído entre os dois.

A famosa canção de Legião Urbana, "Monte Castelo", alvo de muito sucesso nos
anos de 1980, pela letra e pela melodia, é resultado de uma leitura anterior que
seu autor, Renato Russo, fez da Bíblia.

Qual a mensagem da letra ?

Monte Castelo - Renato Russo

Ainda que eu falasse


A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
O amor é o fogo que arde sem se
ver É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desa na sem doer

CONTINUA
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PORTFÓLIO

Ainda que eu falasse


A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos Sem amor eu nada seria
É um não querer mais que bem querer É solitário
andar por entre a gente

É um não contentar‐se de contente É cuidar que se


ganha em se perder É um estar‐se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor É um ter com
quem nos mata a lealdade Tão contrário a si é o
mesmo amor Estou acordado e todos dormem Todos
dormem, todos dormem Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria

OBS: Para redigir sua resposta, use uma linguagem acadêmica. Faça um texto com
no mínimo 20 linhas e máximo 35 linhas. Lembre-se de não escrever em primeira
pessoa do singular, não usar gírias, usar as normas da ABNT: texto com fonte
tamanho 12, fonte arial ou times, espaçamento 1,5 entre linhas, texto justificado.
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PESQUISA

Faça uma pesquisa sobre os diferentes tipos de intertextualidade e encontre exemplos deles.
As intertextualidades podem ser separadas em oito diferentes tipos. Conheça-os:

Bricolagem
Você já viu uma obra criada a partir de recortes? Trata-se de uma bricolagem. Esse tipo de
intertextualidade é muito comum no mundo da pintura e também na música, em que
diversos artistas utilizam trechos e melodias de outras canções em seus novos trabalhos (o
que é chamado, nesse caso, de “sample”). Entretanto, a bricolagem aparece também na
literatura, quando um texto é criado a partir de fragmentos de outros.

Citação
Um dos questionamentos mais famosos do mundo da literatura é o dilema de Hamlet, que
indaga “Ser ou não ser, eis a questão” na peça de William Shakespeare. A frase anterior
traz uma citação, que é simplesmente o ato de referenciar uma passagem escrita por outro
autor no seu próprio texto. Ela surge entre aspas e identifica o nome do autor original.

Epígrafe
A epígrafe é um tipo de intertextualidade criado para estabelecer a identidade ou o tom da
obra que você vai ler a seguir. Ela é um texto inicial de outro autor, utilizado por um escritor
para abrir o seu novo texto. Com isso, é possível utilizar a filosofia de outra pessoa para
sintetizar a sua própria e, assim, preparar melhor o leitor para o que vem a seguir.

Paráfrase
Quando você parafraseia um texto, você explica o que o autor quis dizer, mas com suas
próprias palavras. Assim, a paráfrase pode ser classificada como uma repaginação de um
texto preexistente que preserva o sentido e a essência do texto-base.

Paródia
Seja para criticar o texto original, para criar uma obra com tons de ironia, para fazer rir ou
apenas para aproveitar a familiaridade do público com o texto original para fins de
entretenimento ou de discussão, a paródia é a apropriação do discurso de outro autor. Aqui,
ela é, muitas vezes, desvirtuada e desprovida completamente do seu sentido original.
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PESQUISA

Pastiche

O pastiche é uma colagem ou colcha de retalhos de estilos e outros textos. O que, então, o
difere da bricolagem? Na bricolagem, o autor pega trechos (ou pedaços) de outras obras e
insere nas suas. No pastiche, ele se apropria de estilos e de formatos, e não diretamente
das palavras já escritas previamente.

Referência ou alusão

Você já viu algum casal trágico da ficção, ou mesmo da vida real, ser comparado a Romeu
e Julieta? Isso é uma referência ou alusão, ou seja, uma insinuação ou sugestão a outros
personagens, pessoas, locais, acontecimentos ou outras obras. A referência não acontece
de forma direta, mas por meio de simbolismos.

Tradução

Quando um livro escrito em inglês é traduzido para o português, por exemplo, há um caso
de intertextualidade. A obra traduzida é uma recriação da original, preservando ao máximo
possível o sentido, o tom e o estilo das palavras do autor

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