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CURSO: Pedagogia
PORTFÓLIO
A tarefa é encontrar o texto bíblico original que inspirou a canção e observar o tipo
diálogo que é construído entre os dois.
A famosa canção de Legião Urbana, "Monte Castelo", alvo de muito sucesso nos
anos de 1980, pela letra e pela melodia, é resultado de uma leitura anterior que
seu autor, Renato Russo, fez da Bíblia.
PORTFÓLIO
OBS: Para redigir sua resposta, use uma linguagem acadêmica. Faça um texto com no
mínimo 20 linhas e máximo 35 linhas. Lembre-se de não escrever em primeira pessoa do
singular, não usar gírias, usar as normas da ABNT: texto com fonte tamanho 12, fonte arial ou
times, espaçamento 1,5 entre linhas, texto justificado.
RESPOSTA:
O texto que inspirou Renato Russo foi o capítulo 13 do livro bíblico Coríntios, abaixo
transcrito. 1 Coríntios 13:1-13:
“1- Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como
o metal que soa ou como o sino que tine”.
2- E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e
ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor,
nada seria.
3- E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4- O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade,
não se ensoberbece.
5- Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita
mal;
8- O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas,
cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
10- Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11- Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como
menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12- Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora
conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13- Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o
amor."
Podemos perceber, que o eu lírico da canção descreve o amor de dois modos, dizendo como
ele age, a que ele pode ser comparado, dizendo também que é um sentimento abstrato,
descrevendo-o por antíteses. Isto para dizer que conhece o que é o amor. E que o amor, o
que há de mais importante na vida, não é o que se passava em Monte Castelo.
Com este texto, Renato Russo constrói uma intertextualidade positiva, dizendo o mesmo
conteúdo bíblico, porém em estrutura diferente, passando de prosa para verso.
REFERÊNCIA:
https://www.letras.mus.br/blog/analise-da-musica-monte-castelo/
https://diegoagnelo.wordpress.com/2011/03/10/analise-de-musica-monte-castelo-legiao-
urbana/
https://www.preparaenem.com/portugues/intertextualidade-nas-vozes-camoes-renato-
russo.htm
PESQUISA
Faça uma pesquisa sobre os diferentes tipos de intertextualidade e encontre exemplos deles.
As intertextualidades podem ser separadas em oito diferentes tipos. Conheça-os:
Bricolagem
Você já viu uma obra criada a partir de recortes? Trata-se de uma bricolagem. Esse tipo de
intertextualidade é muito comum no mundo da pintura e também na música, em que
diversos artistas utilizam trechos e melodias de outras canções em seus novos trabalhos (o
que é chamado, nesse caso, de “sample”). Entretanto, a bricolagem aparece também na
literatura, quando um texto é criado a partir de fragmentos de outros.
Citação
Um dos questionamentos mais famosos do mundo da literatura é o dilema de Hamlet, que
indaga “Ser ou não ser, eis a questão” na peça de William Shakespeare. A frase anterior
traz uma citação, que é simplesmente o ato de referenciar uma passagem escrita por outro
autor no seu próprio texto. Ela surge entre aspas e identifica o nome do autor original.
Epígrafe
A epígrafe é um tipo de intertextualidade criado para estabelecer a identidade ou o tom da
obra que você vai ler a seguir. Ela é um texto inicial de outro autor, utilizado por um escritor
para abrir o seu novo texto. Com isso, é possível utilizar a filosofia de outra pessoa para
sintetizar a sua própria e, assim, preparar melhor o leitor para o que vem a seguir.
Paráfrase
Quando você parafraseia um texto, você explica o que o autor quis dizer, mas com suas
próprias palavras. Assim, a paráfrase pode ser classificada como uma repaginação de um
texto preexistente que preserva o sentido e a essência do texto-base.
Paródia
Seja para criticar o texto original, para criar uma obra com tons de ironia, para fazer rir ou
apenas para aproveitar a familiaridade do público com o texto original para fins de
entretenimento ou de discussão, a paródia é a apropriação do discurso de outro autor.
Aqui, ela é, muitas vezes, desvirtuada e desprovida completamente do seu sentido original.
PESQUISA
Pastiche
O pastiche é uma colagem ou colcha de retalhos de estilos e outros textos. O que, então, o
difere da bricolagem? Na bricolagem, o autor pega trechos (ou pedaços) de outras obras e
insere nas suas. No pastiche, ele se apropria de estilos e de formatos, e não diretamente
das palavras já escritas previamente.
Referência ou alusão
Você já viu algum casal trágico da ficção, ou mesmo da vida real, ser comparado a Romeu
e Julieta? Isso é uma referência ou alusão, ou seja, uma insinuação ou sugestão a outros
personagens, pessoas, locais, acontecimentos ou outras obras. A referência não acontece
de forma direta, mas por meio de simbolismos.
Tradução
Quando um livro escrito em inglês é traduzido para o português, por exemplo, há um caso
de intertextualidade. A obra traduzida é uma recriação da original, preservando ao máximo
possível o sentido, o tom e o estilo das palavras do autor.
RESPOSTA:
EXEMPLOS: BRICOLAGEM:
Trata-se da mescla de elementos advindos de vários textos ou de várias obras de arte em
geral. O filme infantil “Shrek”
CITAÇÃO:
Em entrevista à revista Veja (1994) Milton Santos aponta: “A geografia brasileira seria outra
se todos os brasileiros fossem verdadeiros cidadãos. O volume e a velocidade das
migrações seriam menores. As pessoas valem pouco onde estão e saem correndo em
busca do valor que não têm”.
EPÍGRAFE:
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si,
mediatizados pelo mundo”.
PARÁFRASE:
Texto original
Texto parafraseado
PARÓDIA:
Texto original
“Oh”! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!"
Texto parodiado
PASTICHE:
Texto original
“Pois é. Tenho dito. Tudo aleivosia que abunda nesses cercados. Mais que nada. Foi
assim mesmo, eu juro Cumpadre Quemnheném não me deixa mentir e mesmo que
deixasse, eu mentia. Lorotas! Porra louca no juízo dos povos além das Gerais! Menina
Mágua Loura deu? Não deu. (...)”.
“Compadre Quemnheném é que sabia sabença geral e nunca conferida, por quem?
Desculpe o arroto, mas tou de arofagia, que o doutor não cuidou no devido. Mágua Loura
era a virge mais pulcra das Gerais. Como a Santa Mãe de Deus, Senhora dos Rosários,
rogai por nós! (...)”.
TRADUÇÃO:
Texto original
(Che Guevara)
Texto traduzido
REFERÊNCIA:
https://www.maven.com.br/blog/conheca-os-principais-tipos-de-intertextualidade-e-como-
usa-los/
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/tipos-intertextualidade.htm
https://www.todoestudo.com.br/portugues/intertextualidade
https://www.todamateria.com.br/intertextualidade/