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FIGURAS DE LINGUAGEM
• Recursos estilístico.
• Torna as mensagens que emitimos mais expressivas e significativas.
• É um recurso semântico: é um meio utilizado por quem escreve, ou por quem fala, para
melhorar a expressividade de um texto literário (romance, crônicas, músicas, poemas,
propagandas etc.) ou não literário.
• Exploram o sentido não literal das palavras; o sentido figurado (conotação).
1. METÁFORA
Artifício linguístico que consiste numa comparação implícita, numa relação de similaridade,
entre duas ou três palavras ou expressões.
Trata-se de comparar sem utilizar um conectivo ou um elemento comparativo (por exemplo
como, que nem, igual, etc.).
Exemplos:
Aquele menino é um gato!
Tempo é dinheiro.
“Você é luz
É raio, estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é sim
E nunca meu não
[...]
Você é fogo
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Eu sou paixão”
(“Fogo e paixão”, Wando)
2. COMPARAÇÃO
É estabelecida entre palavras ou expressões uma relação comparativa explícita.
Presença de termos comparativos explícitos: “como, assim como, tal como, igual a, que
nem”, ou verbos como “parecer”, “assemelhar-se”, entre tantos outros.
Exemplos:
A família está reunida que nem na noite de Natal.
3. METONÍMIA
É a substituição de uma palavra por outra de sentido aproximado.
Pode ser utilizada para evitar a repetição de palavras em um texto.
Exemplos:
A viagem à Lua significou um grande avanço para o homem.
= humanidade
4. HIPÉRBOLE
É o exagero de uma ideia com o objetivo de expressar intensidade.
É um exagero intencional na expressão.
Exemplos:
Fiz uma compra pela internet e a encomenda demorou 300 anos pra chegar.
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5. EUFEMISMO
Substituição de palavras ou expressões com o objetivo de suavizar a mensagem, torná-la
menos chocante.
Termos rudes são trocados por palavras mais brandas, permitindo falar de coisas
desagradáveis de uma forma melhor, embora o sentido essencial permaneça inalterado.
Exemplos:
A testemunha faltou com a verdade.
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6. IRONIA
Emprego de uma palavra ou expressão de forma que ela tenha um sentido diferente do
habitual e produza um humor sutil.
É falar uma coisa querendo, na verdade, dizer o contrário.
Exemplos
Fale mais alto, lá da esquina ainda não dá para ouvir.
Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.
7. ANTÍTESE
Consiste na aproximação de palavras que expressam ideias opostas.
Dois termos que contrastam entre si.
Exemplos
Não existiria som se não houvesse o silêncio
Não haveria luz se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim
(“Certas coisas”, Lulu Santos)
8. PARADOXO
“Funde” conceitos opostos num mesmo enunciado.
Num enunciado paradoxal, noções mutuamente excludentes são postas em relação.
Proposição aparentemente absurda, resultante da união de ideias contraditórias.
Exemplos
Se você quiser me prender, vai ter que saber me soltar
(“Tiranizar”, Caetano Veloso)
9. PROSOPOPEIA = PERSONIFICAÇÃO
Toda vez que atribuímos atitudes e sentimentos a seres inanimados, pessoas já falecidas,
animais, fenômenos da natureza ou figuras imaginárias, estamos criando uma prosopopeia.
Atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres
humanos.
Exemplos
Essa geladeira já está cansada de trabalhar.
As flores estão dançando ao vento.
As ondas beijavam a areia branca da praia.
Ô, Sol,
Vê se não esquece e me ilumina
Preciso de você aqui
(“O Sol”, Vitor Kley)
10. SINESTESIA
Combinação de termos que remetem a diferentes sentidos do corpo humano: mistura de
sensações.
Designa a união ou junção de planos sensoriais diferentes.
Exemplos:
Agora, o cheiro áspero das flores
leva-me os olhos por dentro de suas pétalas
(Cecília Meireles)
“Por uma única janela envidraçada, (…) entravam claridades cinzentas e surdas, sem
sombras.”
(Clarice Lispector)
11. ONOMATOPEIA
Uso de palavras que reproduzem os sons de seres vivos e objetos.
Muito comum em história em quadrinhos.
Exemplos
A visita chegou e tocou a campainha: ding dong!
Todos os dias, às seis da tarde, o sino da igreja faz blem, blem, blem.
A fada-madrinha agitou sua varinha de condão e plim! A transformação estava feita.
12. CATACRESE
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Ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por
empréstimo.
Denomina algo que não tem um significado específico.
Exemplo
Asa da xícara.
Dentes do alho.
Braço da cadeira.
Pé da mesa.
Bico do avião.
Maçã do rosto.
Braço do violão.
Árvore genealógica.
“Dobrando o cotovelo da estrada, Fabiano sentia distanciar-se um pouco dos lugares onde
tinha vivido alguns anos.”
(Graciliano Ramos, em Vidas Secas.)
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
a)
b)
c)
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d)
e)
f)