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Prova Mensal Discursiva de Literatura

Professor(a) da Disciplina: Valéria Data: 26/03/2019 1º TRIMESTRE

Aluno (a): Nº Nota:

9º ano ___ Ensino Fundamental II Período: Matutino Valor da avaliação: 5,0

Leia atentamente as instruções seguintes:


1. Esta prova contém 6 (seis) questões.
2. Confira se há a quantidade de questões mencionadas no item 1. Caso a prova esteja incompleta, tenha
defeito ou apresente divergência, comunique ao professor para que ele tome as providências cabíveis.
3. Preencha o cabeçalho corretamente (nome completo, número e turma).
4. Procure iniciar a prova pelas questões em que encontrar maior facilidade. Sentindo muita dificuldade em
resolver uma questão, passe adiante e, posteriormente, retome-a.
5. Compreender os enunciados e obedecer ao tempo estabelecido de prova faz parte da avaliação.
6. Observe a utilização da norma culta, da ortografia, da acentuação e da pontuação.
7. Escreva com letra legível (condição imprescindível para que a correção aconteça).
8. Não rasure suas respostas. Ao errar, risque a palavra. Não use corretor.
9. Utilize apenas o espaço determinado para resposta.
10.Utilize caneta azul ou preta.
11.Revise a prova antes de entregar.
12.Não use qualquer aparelho eletrônico, mesmo quando tiver finalizado sua prova.
13.Se portar celular, sua prova será zerada.

“Fica proibido não buscar a felicidade, não viver sua vida com uma atitude positiva, não
pensar que podemos ser melhores, não sentir que sem você este mundo não seria
igual.”
(Pablo Neruda)
Acredite em sua capacidade de fazer o melhor, acredite em você!
Boa prova! Profa. Valéria

Leia atentamente os textos abaixo e, a seguir, responda às questões referentes a eles.

TEXTO I

Amor é fogo que arde sem se ver


Luís Vaz de Camões
1
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;


é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;


é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor


nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

TEXTO II
1 Coríntios 13

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou
como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse
toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo
para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
(...)
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
(Disponível em http://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/13
Acesso em 05 fev. 2018)

TEXTO III
Monte Castelo
Renato Russo
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
2
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem.
Todos dormem. Todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
(Disponível em http://letras.mus.br/legiao-urbana/22490/
Acesso em 25 fev. 2019)

Questão 01
O título da canção “Monte Castelo” (texto III) faz referência ao nome de uma região ao norte da Itália, onde foi
travada a chamada “Batalha de Monte Castello”. Foi lá que militares brasileiros e estadunidenses
combateram e venceram soldados alemães no fim da Segunda Guerra Mundial. Considerando essas
informações e toda a letra que compõe esse texto, responda: por que, possivelmente, Renato Russo
escolheu esse título para uma música que trata do amor? Explique. (valor 0,5)
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Questão 02
Renato Russo, ao compor “Monte Castelo” (texto III), faz uso do que chamamos de intertextualidade, já que
promove uma espécie de “conversa” entre os textos: “Amor é fogo que arde sem se ver” (texto I) e o bíblico
extraído de 1 Coríntios 13 (texto II). Dessa forma, tal canção da banda Legião Urbana “abraça” outros dois
textos e compartilha elementos que lhe são próprios. Tanto o texto I - de Camões - quanto o texto II, retirado
da Bíblia – tratam do amor. Tendo em vista essas informações, responda: é diferente a forma como o amor é
visto nos textos I e II, os quais Renato Russo usou para criar a letra de “Monte Castelo”? Compare-os e
justifique sua resposta. (valor 1,0)

3
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Questão 03
O texto I pode ser considerado um soneto? Justifique sua resposta. (valor 1,0)
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Questão 04
Leia o texto abaixo e responda à questão 05, referente a ele.
O gato preto

Por Rogério Borges (Editora do Brasil)


NÃO ESPERO QUE ACREDITEM na história que vou contar. Eu seria louco se esperasse por isso...
E não estou louco e muito menos sonhando. Mas vou morrer amanhã e preciso fazer uma confissão para
aliviar a minha alma. Meu objetivo é mostrar ao mundo uma série acontecimentos domésticos cujas
consequências me deixaram apavorado e destruído. Para mim, esses acontecimentos produziram horror.
Outros podem considerá-los menos terríveis.

Desde pequeno me sobressaí pela doçura e humanidade de meu caráter. Eu tinha tanta bondade no
coração que meus amigos caçoavam de mim. Eu gostava muito de bichos e meus pais então permitiram que
eu tivesse vários animais de estimação. Ficava a maior parte do tempo ao lado deles, fazendo carinho e lhes
dando comida. Com o passar dos anos, essa minha particularidade se acentuou, trazendo-me ainda mais
prazer. Aos que já amaram um cachorro inteligente e fiel nem é preciso falar sobre satisfação, gratificação e
recompensa. O animal tem um amor natural pelo homem, amor que vai direto ao coração de quem já teve
muitas ocasiões de pôr à prova a amizade mesquinha e a frágil lealdade do Homem. (...)

4
a) No segundo parágrafo, o narrador relata como era sua vida antes dos acontecimentos terríveis. A
insistência em falar sobre seu caráter doce e humano e a relação amorosa que mantinha com
animais pode despertar que suspeitas no leitor? (valor 0,5)
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b) Estudamos em sala o conto “O gato preto” pode ser considerado um conto fantástico de terror. Por
quê? Explique. (valor 0,5)
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Questão 05
Lembrando a leitura e as discussões realizadas em sala sobre o conto “O menino”, de Lygia Fagundes Telles,
responda:

(Disponível em http://mundoliterariodacecy.blogspot.com/2016/02/o-menino-lygia-fagundes-telles.html
Acesso de 01 mar. 2019).
a) No conto em questão, a autora toca em um tema delicado - sobretudo, tendo em vista a época em
que foi escrito. Que tema é esse? E qual o propósito da autora ao criar personagens como a “mãe” e
o “menino”, presentes no conto? Explique. (valor 0,5)
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b) Observa-se que nenhuma das personagens do conto tem nome próprio; elas são descritas apenas
como “mãe”, “filho”, “pai”, “homem”. Qual é a intenção da autora ao não nomeá-las? Explique. (valor
0,5)
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5
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Questão 06
Considerando seus estudos discurso indireto livre, leia o fragmento abaixo, extraído da obra “Vidas Secas”,
de Graciliano Ramos.
“Fabiano orgulhava-se de ser um bicho. Um cabra. Cabra vivendo em terra alheia, cuidando de coisas
alheias; ele entendia-se bem com a natureza. Sua vida seca e difícil o reduzira à condição natural: era um
bicho, grunhia como bicho, relacionava-se com a família como um bicho e era feliz assim. Recordava-se de
seu antigo patrão: seu Tomás da bolandeira, homem culto, inteligente, só não sabia mandar. Imaginem, em
vez de mandar, pedia. Era um absurdo. Pedir?! Isso lá era jeito de tratar empregado?”

Quais são os períodos transcritos em discurso indireto livre nesse fragmento? Grife-os no texto. (valor 0,5)

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