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Grupo I
Parte A
Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.
Paio Soares de Taveirós, in LOPES, Graca Videira (ed. coord.), 2016. Cantigas medievais
galego-portuguesas. Corpus integral profano – Vol. 2. Lisboa: Biblioteca Nacional, Instituto de
Estudos Medievais e Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (p. 236)
Parte B
Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.
4. Interpreta a repetição de «nunca jamais» ao longo do texto, tendo em conta o estado de espírito do
sujeito poético.
7. Redige a síntese do excerto que se segue (com 187 palavras), num texto bem estruturado, de 45 a
60 palavras.
A palavra «amor», nos nossos dias, é uma das palavras mais comuns que cada um,
independentemente do seu círculo social, compreende nas suas diferentes interpretações.
Podemos falar de amor conjugal, físico, platónico, parental, filial, fraternal… Todos
constituem formas de amor. […]
No apaixonante mundo da História das Mentalidades, o que seria para o Homem da
Idade Média o amor? Que significado teria para ele o casamento? Envolveriam os
casamentos medievais algum sentimento afetivo entre os cônjuges? Estas são questões
difíceis de responder […]. Se hoje é difícil definir o amor, dada a subjetividade que isso
implica, esta dificuldade aumenta à medida que recuamos no tempo. Os registos históricos
centram-se nos feitos considerados dignos de registo e de memória e não em factos de
«menor» importância. O importante era enaltecer as grandes realizações e os grandes
feitos e aí o amor raramente entra. Nada se sabe dos sentimentos, ambições, desejos dos
protagonistas destes registos históricos. Os sentimentos não são, de um modo geral,
dignos de registo neste tipo de documentação. Havia mesmo temas dos quais não se
falava, fosse por ignorância, indiferença, intimidade ou pudor; o amor era um deles.
Grupo II
Lê o texto.
3. No terceiro parágrafo, para sugerir, de forma irónica, a certeza dos portugueses face à História da
sua língua, o autor recorre
(A) à interrogação retórica, na linha 16.
(B) à comparação entre a gramática e a História da língua.
(C) aos advérbios com valor de modo, nas linhas 18-19.
(D) à hipérbole, na linha 19.
4. Na passagem «Fernando Venâncio esborrata esta bela pintura infantil» (ll. 20-21), o autor utiliza
(A) a metáfora, para sugerir a vertente criativa do livro de Fernando Venâncio.
(B) a ironia, para destacar o pendor satírico da obra Assim Nasceu uma Língua.
LDIA10 © Porto Editora
(C) o eufemismo, para sugerir a complexidade do livro de Fernando Venâncio.
(D) a metáfora, para evidenciar o poder inovador da obra Assim Nasceu uma Língua.
5. A apreciação da obra Assim Nasceu uma Língua desenvolvida nos dois últimos parágrafos é
(A) positiva, destacando-se o facto de constituir o mais recente ensaio sobre a língua portuguesa.
(B) positiva, destacando-se a divulgação de conhecimentos científicos por meio de um registo
linguístico apelativo.
(C) negativa, salientando-se a tendência para provocar os leitores.
(D) positiva, valorizando-se a abordagem dos problemas do uso da língua.
7. Refere os dois processos fonológicos que ocorreram na evolução do étimo latino REGNUM para a
palavra «reino».
Grupo III
Num texto bem estruturado, com um mínimo de cento e oitenta e um máximo de duzentas e e
quarenta cinquenta palavras, faz a apreciação crítica do cartoon abaixo, da autoria de Mordillo.
O teu texto deve incluir:
– a descrição da imagem apresentada, destacando elementos significativos da sua composição;
– um comentário crítico, fundamentando devidamente a tua apreciação e utilizando um discurso
valorativo;
– uma conclusão adequada aos pontos de vista desenvolvidos.
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente do número de algarismos que o constituam (ex.: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
− um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial do texto produzido;
− um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.
Cotações
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
I 104
16 16 16 16 16 8 16
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
II 56
8 8 8 8 8 8 8
III Item único 40
TOTAL 200
3. 16 pontos
Educação
Literária
Parte B
Grupo I
104 pontos 4. 16 pontos
5. 16 pontos
6. 8 pontos
7. 8 pontos
Grupo I – Parte B
4. A expressão «nunca jamais» reforça, através do
pleonasmo, a decisão do sujeito poético de não voltar a
amar e a confiar (vv. 2, 4, 7, 9 e 14) em virtude da
intensa desilusão que sofreu com aquele por quem se
apaixonou e que lhe mentiu.
5. O «amigo» é apresentado pela donzela como sendo
o responsável pela sua descrença no amor, pois
quebrou a fidelidade que ela entende que ele lhe devia,
mentindo-
-lhe (refrão). Para agravar a deslealdade de que se
sente vítima, salienta ainda que aquele que namorou
mentiu «a seu grado» (v. 6).
6. A cantiga apresenta como traços distintivos do
género das cantigas de amigo a presença de um sujeito
poético feminino, a donzela («Eu, louçana», v. 1), que
toma como objeto do seu discurso o namorado («o que
namorei», refrão), acerca do qual fala com um
interlocutor mencionado através do pronome «vos» (v.
11) e que, embora não identificado, parece assumir o
papel de confidente das suas mágoas. A donzela
expressa o seu sentimento amoroso, confessando a sua
tristeza e desilusão face à infidelidade do amigo, que lhe
mentiu.