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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 05

• CAPA

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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 05. A última rodada será disponibilizada na
sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 Disponível Imediatamente
Rodada 04 Disponível Imediatamente
Rodada 05 Disponível Imediatamente
Rodada 06 15/07

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


MATEMÁTICA/RLM .......................................................................................................... 13
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 15
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 24
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................... 35
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ................................................................ 50

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
TIPOS TEXTUAIS - TIPO DIALOGAL

Como o próprio nome já diz, no tipo dialogal há um diálogo entre interlocutores.


Ex.: entrevista, conversa telefônica, chat do Instagram ou Facebook, conversa no
WhatsApp.
DICA 02
TIPO ARGUMENTATIVO
Possui o objetivo de persuadir e convencer o leitor a concordar com a tese
defendida.

Ex.: manifestos, abaixo-assinados, artigos de opiniões.


A apresentação e defesa da tese são estruturadas por meio de uma introdução,
desenvolvimento e conclusão.
DICA 03
TIPO ARGUMENTATIVO

Na Introdução: Há a apresentação da tese que será defendida sobre o tema escolhido.


A tese é apresentada de forma clara e objetiva, estando bem definida. Aqui, não é feita
argumentação da tese.

No Desenvolvimento: O autor explora todos os argumentos relacionados a sua tese,


apresentando os pontos positivos e os pontos negativos do tema. Poderá focar em um
argumento que queira sustentar. A linguagem precisa ser clara e coerente. Deve haver
uma sequência lógica. Há o uso de dados estatísticos, fatos comprovados, alusões
históricas...

Na Conclusão: Há a retomada da tese inicial, a qual foi defendida pelos argumentos


apresentados no desenvolvimento. Pode apresentar soluções viáveis ou de propostas de
intervenção.

DICA 04
FIGURAS DE LINGUAGEM
Este é um assunto que a banca também gosta bastante! Portanto, revise bem este
ponto da matéria!

METÁFORA: Nesta figura de linguagem há uma comparação implícita. Na metáfora,


não há a utilização de um conectivo ou um elemento comparativo.

Ex.: A minha colega é um palito!

COMPARAÇÃO/SÍMILE: Tem o elemento comparativo, como, tal qual, assim como.

Ex.: “Mari joga futebol assim como o pai.”

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METONÍMIA: SUBSTITUIÇÃO. Substituo uma palavra por outra.

Ex.: O homem foi à lua. - O homem substitui os astronautas.


Joana leu Machado de Assis.
DICA 05
FIGURAS DE LINGUAGEM

CATACRESE: É um tipo de metonímia. Quando não há palavra que se encontre para


falar de algo.

Ex.: “Céu da boca”, “batata da perna”...

SINESTESIA: Mistura dos SENTIDOS: olfato, paladar, visão, tato...

Ex.: O cheiro áspero das plantas.


CUIDADO para não confundir as duas figuras de linguagem abaixo:

HIPÉRBOLE HIPÉRBATO

Significa EXAGERO de forma intencional. Há uma INVERSÃO dos termos na frase.

Ex.: Essa caixa de leite está pesando umaEx.: Contente ela estava.
tonelada.
OBS.: A forma direta da frase seria:

Ela estava contente.

DICA 06
FIGURAS DE LINGUAGEM

ANTÍTESE: significa OPOSIÇÃO. São dois termos que contrastam entre si.

Ex.: “Eu vi a cara da morte, e ela estava viva”. (Cazuza)

PARADOXO: É uma OPOSIÇÃO QUE NÃO TEM LÓGICA.

Ex.: O nada é tudo.

IRONIA: significa dizer o contrário daquilo que se quer dizer.

Ex.: Que menino educado! Gritou com a mãe dele.

APÓSTROFE: É um CHAMAMENTO/INVOCAÇÃO. É o VOCATIVO.

Ex.: “…Ó Jesus amado! Onde estás neste momento que tanto preciso de ti?”
DICA 07
FIGURAS DE LINGUAGEM

POLISSÍNDETO: significa VÁRIOS. Repetição de CONJUNÇÃO “e” e “nem”.

Ex.: “E trabalha e dorme e come”.


ASSÍNDETO: SEM conectivo. Uso de vírgula e ponto.
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Ex.: “Estudei, pratiquei, passei”.

QUESTÃO

Título: “Carlos Nuzman é fantástico”

O título da crônica esportiva de Juca kfouri utiliza-se de um mecanismo de produção


de sentido que predomina em todo o texto. Qual é esse mecanismo?

A) Paralelismo.

B) Metonímia.

C) Ironia.

D) Personificação.

Gabarito: Alternativa C, isso pois há um tom de deboche no título e, pela leitura do


texto completo é perceptível a ironia utilizada.

DICA 08
FIGURAS DE LINGUAGEM

PLEONASMO: Usado para enfatizar.

Ex.: “E rir meu riso”


“Eu vi com meus próprios olhos” -> pleonasmo vicioso.

ANÁFORA: REPETIÇÃO no início de frase.

Ex.: “E se você gritasse, e se você tocasse a valsa, e se você...”

ONOMATOPEIA: IMITAÇÃO DE SOM. Aparece muito em gibis.

Ex.: “o relógio faz tic-tac”.

EUFEMISMO: significa AMENIZAÇÃO.

Ex.: Mariano bateu as botas (morreu).

PROSOPOPEIA/PERSONIFICAÇÃO: É dada uma característica humana e outro ser.

Ex.: As flores suspiravam vagarosamente.

QUESTÃO ADAPTADA.

Expressões como “o cortiço acordava” e “começavam as xícaras a tilintar” conferem


vida própria a seres inanimados. Trata-se de um recurso empregado no gênero
literário, denominado de:

A) prosopopeia.

B) sinestesia.

C) onomatopeia.

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Gabarito: Alternativa A, pois é dada uma característica humana ao cortiço e às
xícaras.

DICA 09
CLASSES DE PALAVRAS - SUBSTANTIVO, ARTIGO E PRONOME

SUBSTANTIVO

Dá nome aos objetos, aos seres, aos lugares, às ações, entre outros.

O substantivo pode ser flexionado em número (singular ou plural), em


gênero (feminino ou masculino) e em grau (diminutivo ou aumentativo).
Exemplos: caderno, fadas, cidade.

ARTIGO

Particulariza o sentido do substantivo.

Os artigos são: O, A, OS, AS, UM, UNS, UMA, UMAS.

PRONOME

O pronome possui a função de substituir ou de retomar alguma coisa.


Exemplos: lhe, cujo.

DICA 10
ADVÉRBIO, NUMERAL E CONJUNÇÃO

ADVÉRBIO

Modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.

Os advérbios podem ser de: MODO, LUGAR, TEMPO, INTENSIDADE...


Exemplos: hoje, ontem, rapidamente, não.

NUMERAL

Termo que indica posição, multiplicação, quantidade ou fração.


Exemplos: três, terço.

CONJUNÇÃO

A conjunção conecta orações ou palavras de igual valor gramatical,


criando uma relação entre eles.
Exemplos: embora, mas, e.

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QUESTÃO.
“Um homem de 44 anos foi preso na noite desta quinta-feira (16), após tentar furtar
uma residência, localizada na rua Duque de Caxias entre Rafael Vaz e Silva e
Guanabara, em Porto Velho. A Polícia Militar foi informada que o criminoso, usando um
alicate grande, teria cortado o cadeado do portão da residência, porém, o cachorro da
casa começou a latir e o homem fugiu. Populares seguiram o criminoso, acionaram a
Polícia Militar, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Central de
Flagrantes.” (Rondoniagora, 17/09/2021)
Na frase “o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu”, a conjunção E mostra o
mesmo valor em:
a) O ladrão chegou perto da casa e observou o cenário;
b) O bandido usou o alicate e cortou o cadeado;
c) A Polícia Militar chegou e o bandido ficou com medo;
d) O meliante foi preso e encaminhado para a delegacia;
e) Os assaltos e furtos são comuns nas grandes cidades.
Gabarito: Alternativa C.
Comentário: Alternativa correta, pois há uma relação de causa e consequência, assim
como na frase do enunciado.

DICA 11

PREPOSIÇÃO, ADJETIVO, INTERJEIÇÃO E VERBO

PREPOSIÇÃO

Termo que exprime uma relação de regência.

As principais preposições são: A, ANTE, ATÉ, APÓS, COM, CONTRA, DE,


DESDE, EM, ENTRE, PARA, PER, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, TRÁS.

ADJETIVO

Atribui características aos substantivos.

Exemplos: azul, espanhol, inteligente.

INTERJEIÇÃO

Expressa o estado emotivo daquele momento.

Exemplos: Eita!, Oh!, Surpresa!

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VERBO

Expressa estado, ação e fenômeno da natureza.

Exemplos: cuidar, chover, amar, dormir, cantar, torcer.

DICA 12
CLASSES GRAMATICAIS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS

INVARIÁVEIS VARIÁVEIS

Interjeições Adjetivos

Preposições Pronomes

Conjunções Substantivos

Advérbios Numerais

Verbos

Artigos

As palavras invariáveis, como o próprio nome diz, NUNCA variam.

Ex.: Amanhã, passearemos com os cachorros. → Veja que “amanhã” é um advérbio e


não importa se a frase estiver no singular ou no plural, a palavra “amanhã” é invariável.

As palavras variáveis, como o próprio nome diz, VARIAM.

Ex.: “esperto(a)” é um adjetivo e varia. Veja abaixo:

Ex.: A menina esperta.


As meninas espertas.
DICA 13
SUBSTANTIVAÇÃO
É um processo de formação de novas palavras. Também é chamado de DERIVAÇÃO
IMPRÓPRIA.

Veja os exemplos abaixo:

O andar de Paulo era estranho. → Veja que “andar” é verbo, mas nessa frase ele se
transformou em substantivo em decorrência do artigo usado (processo de
substantivação).

Marina disse um não com determinação. → Veja que “não” é um advérbio, mas
nessa frase ele se transformou em um substantivo.

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O azul do mar é encantador. → Veja que “azul” é um adjetivo, mas nessa frase ele
se transformou em um substantivo.
DICA 14
ORAÇÕES COORDENADAS
São orações ligadas entre si pelo sentido, mas são sintaticamente INDEPENDENTES.

Classificam-se em:
Assindéticas: sem conjunção.

Ex.: Joana estuda, trabalha, viaja.

Sindéticas: com conjunção.

Ex.: Joana gosta de ficar em casa, como também gosta de passear.


DICA 15
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS

ADITIVAS: ideia de soma.

Ex.: e, também, nem, bem como.

Ex.: Eu e minha filha caminhamos no parque e fomos jantar em um belo restaurante.

ADVERSATIVAS: ideia de oposição.

Ex.: mas, porém, todavia, entretanto.


DICA 16
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS

ALTERNATIVAS: ideia de alternância.

Ex.: Ora...ora, ou...ou, quer...quer.

Ex.: Ora você me ama, ora não ama.

CONCLUSIVAS: ideia de conclusão.

Ex.: portanto, logo, por isso.

Ex.: Reprovei em todas as cadeiras do 5º semestre, por isso não seremos mais
colegas.

EXPLICATIVAS: ideia de explicação.

Ex.: porque, porquanto, que.

Ex.: Reprovou porque não estudou muito.

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DICA 17
ORAÇÕES SUBORDINADAS
Diferentemente das sentenças coordenadas, as orações subordinadas são DEPENDENTES
entre si (uma se subordina a outra).

Ex.: É necessário que todos lavem as mãos.


O que é necessário? Veja que precisa de uma complementação, “que todos lavem as
mãos”. A integração das sentenças é feita por meio da conjunção subordinativa
“que”.
DICA 18
ORAÇÕES REDUZIDAS

As orações reduzidas são as orações subordinadas SEM pronome relativo ou


SEM conjunção e com o verbo em uma das seguintes formas:

INFINITIVO - cantar

GERÚNDIO - cantando

PARTICÍPIO – cantado

Até o momento, você estudou a oração de forma desenvolvida. Se a conjunção for


retirada e o verbo colocado no infinitivo, no gerúndio ou no particípio, a oração
desenvolvida passará a ser uma oração reduzida.
DICA 19
DIVISÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

As orações subordinadas podem se dividir em:

Substantivas: neste caso, exercem a função de substantivo. Podem ser orações


subordinadas substantivas subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas,
completivas nominais, predicativas e apositivas.
Adjetivas: neste caso, exercem a função de adjunto adnominal.

Adverbiais: neste caso, exercem a função de adjunto adverbial.


DICA 20
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) SUBJETIVA

OSS Subjetiva: Terá a função de SUJEITO para a oração principal.


A oração principal é aquela que não tem conjunção e a oração subordinada é aquela que
tem a conjunção.

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As conjunções integrantes são responsáveis em ligar a oração principal à subordinada
(se/que).

Ex.: É necessário que você assine esse papel para a realização da matrícula.
A parte em “azul” é a oração subordinada substantiva subjetiva (OSS Subjetiva).
→ ela é o SUJEITO da primeira oração “é necessário”.

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MATEMÁTICA/RLM
DICA 21
ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS - PRINCÍPIOS BÁSICOS
Qualquer Proposição ou é Verdadeira ou Falsa, não pode ser verdadeira e falsa
simultaneamente;
Uma proposição se for verdadeira será sempre verdadeira, e se for falsa será sempre
falsa;
Proposições simples:
Ex.: Pelé é o rei do futebol;
Proposições compostas:
Ex.: Pelé é o rei do futebol e Pelé foi campeão da copa do Mundo em 1970;( temos 2
sentenças)
DICA 22
CONECTIVOS, SIMBOLOGIAS E OPERAÇÕES LÓGICAS

Conectivo Não, tem símbolo ~, e é uma Negação.

Conectivo E, tem símbolo ^, e é uma Conjunção.

Conectivo Ou, tem símbolo V, e é uma Disjunção Inclusiva.

Conectivo Ou...Ou, tem símbolo V, e é uma Disjunção Exclusiva.

Conectivo Se...então, tem símbolo →, e é uma Condicional.

Conectivo Se e somente se, tem símbolo ↔, e é uma Bicondicional.

DICA 23
TABELA VERDADE
Tabela verdade é uma tabela matemática usada no campo do raciocínio lógico, para
verificar se uma proposição composta é válida.
Para sabermos quantas linhas terá nossa tabela verdade é só pegar o número 2 e elevá-lo
ao número de proposições simples. (2𝑛 )
Ex.: 1) Duas proposições simples: 2² = 4
2) Três proposições simples: 2³ = 8

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DICA 24
TABELA VERDADE COM 2 PROPOSIÇÕES

p q

V V

V F

F V

F F

→ Como são 2 proposições compostas, têm 4 linhas.


→ Sendo p a 1º Proposição e q a 2º proposição.
→ Na Rodada 03, a partir da Dica 02 vamos aprofundar nesse assunto.
DICA 55
TABELA VERDADE COM CONJUNÇÃO (E, ^)

p Q P^q

V V V

V F F

F V F

F F F

Para memorizar, vamos supor que p=Andrea anda de moto e q=Andrea anda de
Bicicleta;

→ Na 1º linha (p e q são verdadeiras), como é conjunção Ela (Andrea) vai ficar feliz se
ela andar de moto e de bicicleta, e se ela fica feliz o resultado será verdadeiro(V).

→ Na 2º linha (p é verdadeira e q é falsa), como é conjunção, p=Ela anda de moto, e


~q=Ela não anda de bicicleta. Ela ficou infeliz então é falso(F).

→ Na 3º linha (p é falsa e q é verdadeira), como é conjunção, ~p=Ela não anda de moto,


e q=Ela anda de bicicleta. Ela ficou infeliz então é falso(F).

→ Na 4º linha (p é falsa e q é falsa), como é conjunção, ~p=Ela não anda de moto, e


~q=Ela não anda de bicicleta. Ela ficou infeliz então é falso(F).

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 26
DO PODER LEGISLATIVO - IMUNIDADES DOS DEPUTADOS E SENADORES
Os Deputados Federais, Estaduais e Distritais (DF) e os Senadores gozam de
prerrogativa de foro, imunidade material e imunidade formal.
O foro por prerrogativa de função depende do cargo exercido:
Deputados Federais e Senadores – STF.
Deputados Estatuais e Distritais – o foro depende do crime praticado e do bem
jurídico atingido, podendo ser o Tribunal de Justiça do Estado ou do Distrito Federal; TRF
ou TRE.
DICA 27
IMUNIDADE DOS VEREADORES
Os vereadores, integrantes do Poder Legislativo Municipal, possuem apenas
IMUNIDADE MATERIAL, que é restrita aos limites do município onde exercem a função
(art. 29, VIII, da CF).

SÚMULA VINCULANTE Nº 25

“A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa


de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.”

Assim, se um vereador praticar um crime da competência do Tribunal do Júri e tiver


foro por prerrogativa de função estabelecido na Constituição Estadual, deverá ser julgado
no juízo do tribunal do júri.
DICA 28
IMUNIDADE DOS VEREADORES
Sintetizando:

IMUNIDADES PARLAMENTARES

Deputados Senadores Deputados Vereadores


Federais Estaduais e
Distritais

Foro por SIM SIM SIM Fixado na


prerrogativa de Constituição
função Estadual

SIM SIM SIM SIM, mas nos


Imunidade material limites do
município

Imunidade formal SIM SIM SIM NÃO

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DICA 29
FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Conceito (Ministro Alexandre de Moraes): “conjunto ordenado de disposições que
disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção de leis
e atos normativos que derivam diretamente da própria constituição”.

O processo legislativo compreende a elaboração de:

emendas à Constituição;

leis complementares;

leis ordinárias;

leis delegadas;

medidas provisórias;

decretos legislativos;

resoluções.
DICA 30
PROCESSO LEGISLATIVO

ATENÇÃO!

As MEDIDAS PROVISÓRIAS, teoricamente, NÃO deveriam estar elencadas no art. 59


da CF/88, pois, trata-se de atos do Poder Executivo, uma vez que são criadas pelo
Presidente da República e não pelo processo legislativo.

Lei complementar disporá sobre a:

elaboração;

redação;

alteração; e

consolidação das leis.


DICA 31
DO PODER JUDICIÁRIO
O Poder Judiciário é um dos Poderes da União ao lado do Poder Executivo e Legislativo.
A atividade típica do Poder Judiciário é a jurisdicional, oportunidade em que se substitui
aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do
conflito.

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DICA 32
DO PODER JUDICIÁRIO
O Poder Judiciário exerce também atividades atípicas, tanto executivas-
administrativas (concessão de férias) quanto legislativas (elaboração de regimento
interno).

ATENÇÃO!

O Poder Judiciário é constituído apenas na União, nos Estados e no Distrito Federal. Os


municípios não possuem poder judiciário próprio. Mas cuidado, os Municípios
apresentam fóruns e juízes, mas eles são constituídos pelo Estado respectivo, e não
pelo próprio Município.

DICA 33
ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO

Segundo o artigo 92 da Constituição Federal, são órgãos do Poder Judiciário:

Supremo Tribunal Federal;

Conselho Nacional de Justiça;


Superior Tribunal de Justiça;

Tribunal Superior do Trabalho


Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

Tribunais e Juízes do Trabalho;

Tribunais e Juízes Eleitorais;


Tribunais e Juízes Militares;

Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.


O STF é a cúpula do Poder Judiciário, atuando como guardião da Constituição. Atua
como última instância de resolução de conflitos no caso concreto.
DICA 34
JUSTIÇA COMUM E ESPECIAL

A jurisdição no Brasil, divide-se em:


Justiça Comum: Justiça Estadual composta por Tribunais de Justiça e Juízes
de Direito. E Justiça Federal composta por Tribunais Regionais Federais e Juízes
Federais.

Justiça Especial: composta pela Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar.

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DICA 35
JUSTIÇA COMUM E ESPECIAL

Dentre os Tribunais Superiores, ou seja, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior


do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral e Superior Tribunal Militar, o único que não
integra nem a Justiça Comum, nem a Justiça Especial é o Superior Tribunal de
Justiça.

ATENÇÃO!

O STF NÃO faz parte dos Tribunais Superiores.

Em que pese haver essas distinções, a doutrina majoritária entende que a


JURISDIÇÃO É UMA (ÚNICA), havendo essa distinção para fins de organização de
trabalho.
DICA 36
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)
O CNJ foi criado pela Emenda Constitucional nº. 45/2004. Trata-se de órgão com
competência administrativa e não jurisdicional.
Controla a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento
dos deveres funcionais dos juízes.
DICA 37
DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Presidência do CNJ: O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo


Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do
Supremo Tribunal Federal.
IMPORTANTE! Lembrando que a exigência constitucional sobre a necessidade de
“notável saber jurídico” não obriga qualquer formação acadêmica em ciências jurídicas.
Portanto, não é necessário que o cidadão seja sequer bacharel em direito para poder ser
indicado.

ATENÇÃO!

Apenas advogados e “cidadãos” contam com 02 (dois) membros, o restante dos


órgãos conta com apenas um membro, o que facilita a memorização.

DICA 38
DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de:


15 (quinze) membros;
com mandato de 2 (dois) anos;
admitida 1 (uma) recondução,

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15 membros
Conselho
Nacional de Mandato de 2 anos
Justiça Admitida 1 recondução

DICA 39
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;
um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;
um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do
Trabalho;
um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da
República;
um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da
República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição
estadual;
DOIS advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil;
DOIS cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
DICA 40
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

COMPETE ao Superior Tribunal de Justiça:

Julgar, em recurso ESPECIAL, as causas decididas, em única ou última instância,


pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão recorrida:

contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
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DICA 41
DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes
para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e
infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral
e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de
recursos por turmas de juízes de primeiro grau
justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto,
universal e secreto, com mandato de 04 (quatro) anos e competência para, na forma da
lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o
processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além
de outras previstas na legislação.
DICA 42
DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.

Tratará sobre Juizados especiais


Lei federal
a criação no âmbito Federal

As custas e emolumentos serão destinados EXCLUSIVAMENTE ao custeio dos serviços


afetos às atividades específicas da Justiça.

Custeio dos serviços


relacionado às
Custas e Destinados
atividades específicas
emolumentos exclusivamente
da Justiça

DICA 43
DA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DO PODER JUDICIÁRIO
Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

- Autonomia administrativa
Poder Judiciário
- Autonomia financeira

Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites


estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

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DICA 44
DA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DO PODER JUDICIÁRIO
O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
no âmbito da União: aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;
no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios: aos Presidentes dos
Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais
Se os órgãos referidos acima NÃO encaminharem as respectivas propostas
orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os
valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites
estipulados.
Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites
estipulados, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.
Durante a execução orçamentária do exercício, NÃO poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias, EXCETO se previamente autorizadas, mediante a
abertura de créditos suplementares ou especiais.
DICA 45
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos na
Constituição de 1988.

Como é definida a competência dos tribunais?


A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado.

Competência dos Definida na


tribunais Constituição do Estado

Fique atento!
A lei de organização judiciária é de iniciativa do Tribunal de Justiça.
DICA 46
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou
atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a
atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

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Tome nota!
O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as
fases do processo.
O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e
demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição,
servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
DICA 47
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA

Os juízes gozam das seguintes garantias:

vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz
estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

Art. 93, VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse


público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou
do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;

irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
DICA 48
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA

Aos juízes é vedado:


exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, SALVO uma de
magistério;
receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
dedicar-se à atividade político-partidária.
receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas
físicas, entidades públicas ou privadas, RESSALVADAS as exceções previstas em lei;
exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
DICA 49
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

O art. 111 da Constituição Federal preconiza que sãos órgãos da Justiça do Trabalho:

O Tribunal Superior do Trabalho (TST);

Os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs);

Os juízes do trabalho (varas).


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Logo, há 3 graus de jurisdição, quais sejam:

TST

TRTs

Varas do
Trabalho

DICA 50
JUÍZES DO TRABALHO
O juiz do trabalho deve ser aprovado em concurso de provas e títulos, ingressando como
juiz substituto, designado pelo Presidente do TRT para auxiliar ou substituir nas Varas do
Trabalho. Passados 2 anos no exercício, ele irá tornar-se vitalício no cargo.

Art. 112 da CF/88 - A Lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas
não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-La aos juízes de direito, com recurso para o
respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

Ótimo, mas o que acontece nas comarcas onde não tiver juiz do trabalho? Nas
comarcas onde não houver juiz do trabalho, por Lei, os Juízes de Direito poderão ser
investidos da jurisdição trabalhista. Das sentenças que proferirem caberá recurso
ordinário para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho (art. 112 da CF/1988 e art. 668
da CLT).
E como surge uma nova vara trabalhista? Há requisitos? Há o requisito da frequência de
reclamações trabalhistas em cada órgão já existente exceda, seguidamente, a 1.500
reclamações trabalhistas por ano.
Para resumir: O órgão de base da estrutura do Poder Judiciário é o próprio juiz, que
fica lotado nas denominadas Varas do Trabalho. Note-se que a indicação do juiz enquanto
órgão da estrutura judiciária brasileira é da CF/88, que em seu art. 111 expressamente
assim determina.
E como as varas do trabalho são criadas? A criação de Varas do Trabalho é feita por
intermédio de lei federal específica, conforme fala o art. 112 da CF, sendo a iniciativa do
TST, depois da sugestão do TRT envolvido, observada ainda a efetiva demanda judicial e a
população do lugar. Muito embora a criação da Vara do Trabalho nasça de uma lei
específica, o ato que define a jurisdição daquela unidade pode ser do TRT correspondente,
conforme fala o art. 28 da Lei n° 10.770/2003.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 51
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA: DA NATUREZA DAS SANÇÕES

DE NATUREZA ADMINISTRATIVA

Perda da função pública

Proibição de contratar com o poder público

Proibição de receber benefícios fiscais ou creditícios

DE NATUREZA CIVIL

Ressarcimento ao erário

Perda dos bens acrescidos ilicitamente

Pagamento de multa

DE NATUREZA POLÍTICA

Suspensão de direitos políticos

DICA 52
DAS CONDUTAS DOLOSAS
As condutas dolosas são as relacionadas com as três espécies de atos de improbidade,
sendo elas, enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e violação aos princípios da
Administração Pública.

Enriquecimento ilícito: o agente público é quem recebe a vantagem indevida.

Prejuízo ao erário: um terceiro (que não o agente público) recebe a vantagem ou


alguma norma prevista em lei ou regulamento não é observada.

Violação aos princípios: situações que não geram, por si só, vantagem indevida ao
agente público ou a terceiros
DICA 53
PENAS APLICÁVEIS

Para facilitar, veja a tabela abaixo:

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ENRIQUECIMENTO ILÍCITO PREJUÍZO AO ERÁRIO VIOLAÇÃO AOS


PRINCÍPIOS

Perda dos bens ou valores Perda dos bens ou valores x


acrescidos ilicitamente ao acrescidos ilicitamente ao
patrimônio patrimônio, se concorrer
esta circunstância

Perda da função pública Perda da função pública x

Suspensão dos direitos políticos Suspensão dos direitos x


até 14 anos políticos até 12 anos

Pagamento de multa civil Pagamento de multa civil Pagamento de multa civil


equivalente ao valor do equivalente ao valor do de até 24 vezes o valor
acréscimo patrimonial dano da remuneração percebida
pelo agente

Proibição de contratar com o Proibição de contratar Proibição de contratar


poder público ou de receber com o poder público ou de com o poder público ou de
benefícios ou incentivos fiscais receber benefícios ou receber benefícios ou
ou creditícios, direta ou incentivos fiscais ou incentivos fiscais ou
indiretamente, ainda que por creditícios, direta ou creditícios, direta ou
intermédio de pessoa jurídica indiretamente, ainda que indiretamente, ainda que
da qual seja sócio majoritário, por intermédio de pessoa por intermédio de pessoa
pelo prazo não superior a 14 jurídica da qual seja sócio jurídica da qual seja sócio
anos majoritário, pelo prazo majoritário, pelo prazo
não superior a 12 anos não superior a 4 anos

VALE LEMBRAR!
A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o
trânsito em julgado da sentença condenatória.
DICA 54
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL
A Lei 8.429/1992 também estabelece regras processuais a serem observadas no âmbito
do procedimento administrativo e do processo judicial destinado a verificar a ocorrência de
improbidade administrativa. Inicialmente, tem-se que qualquer pessoa é parte
competente para representar à autoridade administrativa solicitando a instauração das
investigações necessárias para a apuração da Improbidade Administrativa. A
representação deverá ser formulada por escrito ou reduzida a termo, possuindo, ainda, a
qualificação e demais dados do denunciante.

Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente


para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de
improbidade.
§ 1º. A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a
qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação
das provas de que tenha conhecimento.

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ATENÇÃO!!
Caso alguém representar contra agente público ou terceiro, e já sabendo, que tais
pessoas são inocentes, incorrerá em crime, devendo responder com a pena de
detenção, de 6 a 10 meses, e multa. Além disso, será obrigado a indenizar o
denunciado pelos danos materiais, morais e à imagem.

Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público
ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena – detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o
denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
DICA 55
DA PROPOSITURA DA AÇÃO
Em todas as ações destinadas à apuração da prática de improbidade administrativa,
obrigatoriamente deverá haver a participação do Ministério Público, conforme estabelecido
no texto legal.

Art. 17, §4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

Com isso, após as alterações legislativas promovidas, o Ministério Público passou a deter a
exclusividade da legitimidade para propor a ação judicial destinada a apurar os atos de
improbidade administrativa.

Art. 17. A ação para a aplicação das sanções de que trata esta Lei será proposta pelo
Ministério Público e seguirá o procedimento comum previsto na Lei n. 13.105, de 16 de
março de 2015 (Código de Processo Civil), salvo o disposto nesta Lei.

Vale destacar!
Atualmente, o Ministério possui a legitimidade exclusiva para propor a ação judicial de
improbidade administrativa.
DICA 56
RESPONSABILIDADE DECORRENTE DE SUCESSÃO
Uma das novidades legislativas foi a previsão da responsabilidade decorrente da sucessão,
também, para as pessoas jurídicas. Esta situação ocorrerá nas hipóteses de:

Alteração contratual

de transformação

de incorporação

de fusão ou de cisão societária

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Vale destacar que nas hipóteses de fusão e de incorporação, como regra geral, a
responsabilidade da sucessora será restrita à obrigação de reparação integral do dano
causado, até o limite do patrimônio transferido, não sendo aplicáveis as demais sanções
decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da data da fusão ou da incorporação.
Porém, caso seja devidamente comprovado que houve
DICA 57
SERVIÇO PÚBLICO - CONCEITUAÇÃO
Sucintamente, pode-se destrinchar o conceito de serviço público nas seguintes
premissas:

O serviço público corresponde a toda atividade prestada pelo Estado, ou por quem
o representa legitimamente, com base legal (Lei n. 8.987/95) e

sob o regime público (art. 175 da CRFB),

com efeitos imediatos ou mediatos, e

objetivando a satisfação das necessidades de interesse geral.


IMPORTANTE!
Embora existam incontáveis conceitos doutrinários para serviço público o entendimento
destas premissas será suficiente para que o candidato acerte uma questão de prova sobre
o tema, por mais singela ou complexa que seja a conceituação apresentada.
DICA 58
TITULARIDADE X EXECUÇÃO
A titularidade dos serviços públicos deverá ser buscada no sistema constitucional de
partilhas, na própria CRFB/88. Existem serviços públicos federais, estaduais, distritais e
municipais.
Ainda nesta ótica, é possível verificar que alguns serviços são comuns aos entes
federados e outros são privativos:

Serviços comuns: competência comum entre os entes federados. Cuja previsão se


encontra no art. 23 da CRFB/88. Necessidade de leis complementares para dar efetividade
à alteração do parágrafo único do art. 23, feita pela EC nº 53/06.

Serviços privativos: são executados, em caráter privativo, por determinado ente


federado, somente aquele ente poderá realizar tal serviço.
DICA 59
ALGUNS PRINCÍPIOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Princípio da Generalidade (possui uma dupla interpretação):

Maior amplitude possível na prestação dos serviços públicos.

Serviços públicos prestados sem discriminação quanto aos usuários, quando tenham a
mesma condição técnica e jurídica para a fruição.

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IMPORTANTE!
As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos
específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.

Princípio da Continuidade ou da Permanência: Os serviços públicos não podem ser


descontinuados, ou seja, sua prestação deve ser contínua uma vez que toda concessão ou
permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos
usuários.
No entanto, não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção
em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:

motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações;

por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

Princípio da Modicidade: exige a prestação de serviço público a um valor reduzido,


de forma a atingir a universalidade na prestação. Esse princípio será atendido
quando o preço da tarifa corresponder à justa relação de custo-benefício na prestação da
atividade. Tal princípio serve, inclusive, de critérios definidor de técnica de licitação,
quando se tratar de concessão de serviço público.

Princípio da Atualidade: compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e


das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço

Princípio da Eficiência: em resumo, o serviço eficiente é aquele que atinge o


resultado pretendido, seja no que tange à qualidade, seja no aspecto da quantidade.

Princípio da Cortesia: o serviço público deve ser prestado de maneira cortês, por
pessoas (físicas ou jurídicas) que tratem os usuários com respeito e educação.
DICA 60

LEI Nº 9.784/99 - PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

A lei n. 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no


âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos
direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

FIQUE ATENTO!

Os preceitos da referida lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.

Normas básicas sobre processo


administrativo na Administração Federal –
Lei 9.784/99 direta e indireta

Se aplicam aos órgãos dos Poderes


Legislativos e Judiciário da União –
desempenho de função administrativa

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DICA 61
ÓRGÃO, ENTIDADE E AUTORIDADE

Segundo a lei n. 9.784/99, consideram-se:

Órgão: a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da


estrutura da Administração indireta;

Entidade: a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

Autoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

DICA 62
CRITÉRIOS A SEREM OBSERVADOS NOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS

A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,


finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Nos processos administrativos serão observados, entre outros (rol exemplificativo), os


critérios de:

Atuação conforme a lei e o Direito (princípio da juridicidade);

Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes


ou competências, salvo autorização em lei;

Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de


agentes ou autoridades;

Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas


na Constituição;

Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções


em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público;

Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;

Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,


segurança e respeito aos direitos dos administrados;

Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de


provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas
situações de litígio;

Proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos


interessados;
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Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do
fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

DICA 63
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de


outros que lhe sejam assegurados:

Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o
exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição


de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e
conhecer as decisões proferidas;

Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto


de consideração pelo órgão competente;

Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a


representação, por força de lei.

SÚMULA IMPORTANTE

Súmula Vinculante 5 do STF: A falta de defesa técnica por advogado no processo


administrativo disciplinar não ofende a Constituição.

DICA 64
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros


previstos em ato normativo:

Expor os fatos conforme a verdade;

Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

Não agir de modo temerário;

Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento


dos fatos.

DICA 65
DO INÍCIO DO PROCESSO

O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.

Início do - Ofício
processo
- Pedido de interessado
Administrativo

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TOME NOTA!

A regra é que o requerimento inicial do interessado seja formulado por escrito. Admite-se,
no entanto, a solicitação de forma oral nos casos permitidos.

O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral,
deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:

→ Órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;


→ Identificação do interessado ou de quem o represente;
→ Domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;
→ Formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
→ Data e assinatura do requerente ou de seu representante.
FIQUE ATENTO!

É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos,


devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

DICA 66

PRETENSÕES EQUIVALENTES E PEDIDOS COM CONTEÚDO IDÊNTICO

Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários


padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.

Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos


idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo disposição legal
em contrário.

DICA 67
DOS INTERESSADOS

São legitimados como interessados no processo administrativo:

→ Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses


individuais ou no exercício do direito de representação;

FIQUE ATENTO! Pessoa jurídica poderá ser considerada interessada no processo


administrativo.

→ Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam
ser afetados pela decisão a ser adotada;

→ As organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses


coletivos;

Organizações e associações Direitos e interesses COLETIVOS


representativas

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→ As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses
difusos.

TOME NOTA!

São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de 18 anos, ressalvada


previsão especial em ato normativo próprio.

DICA 68
DA COMPETÊNCIA

A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi


atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

Irrenunciável

Competência Se exerce pelos órgãos administrativos a


que foi atribuída como própria, salvo:
delegação e avocação

DICA 69
DA COMPETÊNCIA

Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,


delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe
sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

FIQUE ATENTO!

Isso se aplica à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos


presidentes.

DICA 70
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA

NÃO podem ser objeto de delegação:

A edição de atos de caráter normativo;

A decisão de recursos administrativos;

As matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

DICA 71
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA

O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.

O que deve constar no ato de delegação?

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O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da
atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,
podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.

O ato de delegação pode ser revogado?

O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

DICA 72

AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA

Avocação significa o ato de atrair para si alguma competência. A avocação transfere o


exercício da competência do órgão inferior para o órgão superior na cadeia hierárquica.

Da excepcionalidade da avocação

Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente


justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior.

Requisitos da avocação:

Excepcionalidade;
Motivos relevantes devidamente justificados;
Temporária.

DICA 73

INÍCIO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado


perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.

Autoridade de menor grau


hierárquico para decidir

Início do processo
administrativo

Desde que não exista


competência legal específica

DICA 74
DO IMPEDIMENTO

É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

Tenha interesse direto ou indireto na matéria;

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Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, OU
se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o
terceiro grau;

Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo


cônjuge ou companheiro.

FIQUE ATENTO!

A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à


autoridade competente, abstendo-se de atuar.

A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos


disciplinares.

DICA 75
DA SUSPEIÇÃO

Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha:

Amizade íntima; ou

Inimizade notória

Com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e


afins até o terceiro grau.

TOME NOTA!

O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito


suspensivo.

- Amizade íntima

- Inimizade
notória
Suspeição

Com algum dos interessados ou


com os respectivos cônjuges,
companheiros, parentes e afins
até o terceiro grau.

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DIREITO DO TRABALHO
DICA 76
CONCEITO DE DIREITO COLETIVO
Os direitos coletivos são conquistas sociais reconhecidas em lei, como o direito à saúde, o
direito a um governo honesto e eficiente, o direito ao meio ambiente equilibrado e os
direitos trabalhistas.

São princípios do direito coletivo de trabalho


Este ramo do direito trabalhista é dividido em cinco princípios que são: Princípio da
liberdade associativa e sindical, princípio da autonomia sindical, princípio da adequação
setorial negociada, princípio da criatividade jurídica da negociação coletiva e princípio da
lealdade e transparência na negociação coletiva.
DICA 77
TELETRABALHO PREVISÃO LEGAL
O regime de prestação de serviços denominado “teletrabalho” foi inserido pela Lei da
Reforma Trabalhista nº 13.467,2017 à CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
A CLT tem o TÍTULO II que trata Das Normas Gerais De Tutela Do Trabalho, com dois
capítulos, o Capítulo I que trata da Identificação Profissional (arts. 13 a 56) e o Capítulo
II que trata da Duração do Trabalho (arts. 57 a 75).
Leituras Obrigatórias dos Artigos 75-A, 75-B, 75-C, 75-D, 75-E, trazidos pela lei da
Reforma Trabalhista 13.467,2017 estabelecem as regras para o teletrabalho.
O artigo 75-A determina que o regime de prestação de serviços pelo empregado no
regime de teletrabalho deve seguir o disposto no capítulo II-A que foi inserido no
título II das normas gerais de tutela do trabalho.
Inserido pela Lei 13.467,2017- CLT- Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado
em regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo.
DICA 78
ENQUADRAMENTO COMO TELETRABALHO
O artigo 75-B conceitua o tipo de trabalho que se enquadra com sendo de teletrabalho,
como sendo a prestação de serviços de forma preponderante fora das
dependências do empregador, com tecnologias de informação e comunicação, que não
constituam trabalho externo. Inserido pela Lei 13.467,2017- CLT- Art. 75-B. Considera-se
teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do
empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que,
por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.
DICA 79
TELETRABALHO - LOCAL DO TRABALHO
O teletrabalho ficou definido, em outras palavras, como sendo a prestação de serviços
realizada pelo empregado fora das dependências da empresa, em suas dependências,
seja em sua casa ou em espaço de escritório seu.
Ao artigo 75-B da CLT inserido pela Lei da Reforma Trabalhista, veio inserido o parágrafo
único, esclarecendo que se tiver que realizar alguma atividade que exija a presença dentro
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da empresa, o comparecimento do empregado nas dependências do empregador não
descaracteriza o regime do teletrabalho.
→ Inserido pela Lei 13.467,2017- CLT:

Art. 75-B - Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador


para a realização de atividades específicas que exijam a presença do
empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.

DICA 80
TELETRABALHO - TIPO DE TRABALHO
A permissão legal do teletrabalho NÃO foi dada a todo e qualquer tipo de prestação de
serviços, a redação traz o permissivo legal somente para sérvios com utilização de
tecnologias da informação e de comunicação. As tecnologias de informação e comunicação
são as realizadas com computadores e afins, como por exemplo: Serviços de feitura,
acompanhamento ou manutenção em programas, páginas de internet,
aplicativos, páginas de propagandas.
DICA 81
TELETRABALHO - FORA DA EMPRESA- NÃO EXTERNO
O permissivo legal também estabelece que por sua natureza não constitua trabalho
externo. O trabalho externo é aquele desenvolvido pelo empregado fora da empresa,
que sem a supervisão de horário se enquadrada nas regras próprias do artigo 62 da CLT
como fora do regime de duração do trabalho. Para trabalho externo fora da empresa
significa na rua (não em casa), como as atividades em visitas para venda a clientes por
exemplo. Para o teletrabalho fora das dependências da empresa significa em casa
(não na rua) como as atividades utilizando microcomputador da residência por exemplo.
DICA 82
TELETRABALHO - QUANTIDADE DE HORAS DE TRABALHO
O Capítulo II DA CLT trata da Duração do Trabalho (arts. 57 a 75). Em seu art. 58
estabelece a carga horária normal máxima de 8 horas diárias. São horas extras todo
trabalho excedente da jornada normal.

Art. 58, da CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer


atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.

O art. 62 traz como fora da regra de duração do trabalho e horas extras, a exceção do
item I: os que exercem atividades externas, e; do item II: os gerentes com cargo de
gestão.
A Lei da Reforma Trabalhista 13.467,2017 acrescentou ao Art. 62 da CLT o item III,
estabelecendo que os empregados em regime de teletrabalho, também estão fora da
regra de duração do trabalho e horas extras.
O que significa que estão fora do controle de jornada de trabalho, definem seus horários
de trabalho e quantidade de horas trabalhadas.

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→ CLT- Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: (Redação dada
pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)

Art. 62, da CLT - I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com
a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de
Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; (Incluído pela Lei nº 8.966,
de 27.12.1994)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento
ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994).

→ Inserido pela Lei 13.467,2017 - CLT- Art. 62...III – os empregados em regime de


teletrabalho. (NR)

Art. 62, da CLT - Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável
aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de
confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do
respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). (Incluído pela Lei nº
8.966, de 27.12.1994).

DICA 83
TELETRABALHO - ESPECIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES
Não basta simplesmente o empregado trabalhar em sua casa, o Art. 75-C acrescido
pela lei da reforma trabalhista 13.467,2017, determina que deve ser firmado um contrato
de trabalho no qual deve constar expressamente as atividades que serão feitas pelo
empregado.
Incluído pela Lei da Reforma Trabalhista 13.467,2017-CLT- Art. 75-C. A prestação de
serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato
individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo
empregado.
A mudança do regime presencial para o regime de teletrabalho, de acordo com o
estabelecido pelo parágrafo 1º do Art. 75-C da CLT, pode ser feita, desde que de acordo
empregado e empregador.
Estando de acordo com a mudança do regime presencial para o regime de teletrabalho
podem, empregado e empregador estabelecer a alteração através de um aditivo
contratual.
Aditivo contratual é um termo assinado pelas partes, alterando o contrato original,
neste caso o contrato de trabalho já existente, inserindo expressamente a prestação dos
serviços pelo regime do teletrabalho, devendo especificar as atividades que serão
realizadas pelo empregado.
O parágrafo segundo do Art. 75-C da CLT, também permite haja a mudança do
regime de teletrabalho para o regime presencial.
Estabelece o parágrafo segundo que a mudança pode ocorrer por determinação do
empregador com prazo mínimo de 15 dias para a transição, devendo ser feita
também por aditivo contratual.

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No que temos a mudança de presencial para teletrabalho (parágrafo primeiro) que para
ser estabelecida depende de mútuo acordo, e; a do parágrafo segundo de teletrabalho
para presencial que pode ser feita por determinação do empregador.
→ Incluído pela Lei 13.467,2017:

Art. 75-C, da CLT - § 1º Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de
teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo
contratual.
§ 2º Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por
determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com
correspondente registro em aditivo contratual.

DICA 84
TELETRABALHO E HOME OFFICE
Teletrabalho e home office são duas palavras que ganharam um significado muito forte,
principalmente na pandemia. Mas será que são sinônimos? A resposta é não! O
teletrabalho é a modalidade laboral onde se pode realizar o serviço fora do ambiente físico
da empresa, usando tecnologias de informação e comunicação para se manter vinculado
ao empregador.
Já o home office é a situação onde o trabalho é feito EVENTUALMENTE de forma remota.,
sendo uma solução para casos emergenciais. Um exemplo é o de uma empresa, que
durante uma greve de ônibus, adotando assim o trabalho home office, enquanto durar a
greve de ônibus, que impede a ida dos trabalhadores.
DICA 85
TELETRABALHO - CUSTOS DOS EQUIPAMENTOS
No regime do teletrabalho, de acordo com o art. 75-D da CLT, as partes devem
também deixar preestabelecido quem arca com os custos dos equipamentos,
infraestrutura e despesas para a prestação dos serviços. A aquisição e
manutenção ou fornecimento dos equipamentos, infraestrutura adequada à
prestação dos serviços e reembolso de despesas, devem estar previstas também no
contrato escrito de trabalho.
O fornecimento de equipamentos ou reembolso de despesas, de acordo com o parágrafo
único do art. 75-D da CLT, não serão considerados salário utilidade, de forma que
não serão somadas ao salário, de forma que não integram a remuneração
mensal, que é base para o cálculo das férias, 13º salário, FGTS, por exemplo.
→ Incluído pela Lei 13.467,2017:

Art. 75-D, da CLT - As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição,


manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura
necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de
despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito.
Art. 75-D, da CLT - Parágrafo único - As utilidades mencionadas no caput deste
artigo não integram a remuneração do empregado.

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DICA 86
TELETRABALHO - CIÊNCIA EXPRESSA DAS NORMAS DE SEGURANÇA
Como o trabalho é desenvolvido fora das dependências da empresa, estabelece o art. 75-E
e seu parágrafo único, que o empregador deve instruir o empregado sobre as
precauções para evitar doenças e acidentes de trabalho.
A observância das normas regulamentadoras de segurança do trabalho, deve constar
em termo de responsabilidade assinado pelo empregado se comprometendo a seguir as
instruções.
→ Incluído pela Lei 13.467,2017:

Art. 75-E, da CLT - O empregador deverá instruir os empregados, de maneira


expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e
acidentes de trabalho.
Art. 75-E (...) Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de
responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo
empregador.

O não cumprimento das Normas Regulamentadoras editadas pelo Ministério do Trabalho


acarretam penalidades às empresas.
O cumprimento das Normas Regulamentadoras de segurança e saúde do trabalho é
obrigatório a quem possua empregados regidos pela CLT – Consolidação das Leis do
Trabalho, o que inclui todas as empresas públicas ou privadas e todos os órgãos públicos,
inclusive poder legislativo e judiciário.
Neste ponto vale destacar dentre as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho,
a NR-17 que traz dentre vários outras, normas para as cadeiras, mesas, escrivaninhas,
bancadas, painéis, suporte de documentos, iluminação, temperatura, bem como normas
específicas para as atividades de processamento eletrônico de dados, operadores de
checkout, trabalho em teleatendimento e telemarketing.
As empresas devem ficar atentas as NRs que podem sofrer alterações ou inclusões pelo
Ministério do Trabalho. Temos hoje 36 Normas Regulamentadoras publicadas no site do
Ministério do Trabalho.
DICA 87
DANO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO
O Título II-A na CLT, que aborda e regulamenta o dano extrapatrimonial no direito do
trabalho. Primeiro, o art. 223-A regulamenta que somente os dispositivos do título
poderão ser aplicados aos danos decorrentes da relação de trabalho. Ele ainda deixa
bastante evidenciado, que causam dano extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a
pessoa física ou jurídica e elenca os bens juridicamente tutelados nesses casos.

No caso das pessoas físicas são os seguintes:

Honra Imagem Intimidade

Liberdade de ação Autoestima Sexualidade

Saúde Lazer Integridade física


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Já no caso das pessoas jurídicas, são tutelados com bem jurídico:

O segredo empresarial O sigilo de correspondência

A imagem A marca O nome

DICA 88
REVISTA DE BOLSAS GERA DANO MORAL?

Um determinado local de trabalho, que vende joias extremamente valiosas,


regularmente realiza revistas das bolsas dos funcionários. Esta revista viola a intimidade?
Gera direito ao recebimento de indenização por dano moral? A resposta é NÃO. É de suma
importância que você não confunda revista de bolsa com revista íntima. Não é revista
íntima aquela na qual o empregador se limita, por simples contato visual, verificar
conteúdo de bolsas.
→ Em outras palavras: A revista de bolsas é um exercício regular direito do empregador
de proteger seu patrimônio.

ATENÇÃO!

A revista em questão deve ser moderada.

DICA 89
DISCRIMINAÇÃO NO TRABALHO
Como vivemos em um Estado Social e Democrático de Direito, é simplesmente
inaceitável que em qualquer ambiente, inclusive o laboral, haja qualquer conduta de
cunho discriminatório. Mas o que seriam condutas de teor discriminatório no ambiente de
trabalho? Vejamos alguns exemplos:

Conduta discriminatória contra o trabalhador negro: A prática de um ato


discriminatório contra o trabalhador negro quando, por exemplo, o empregador não
admite empregados negros. Vale a pena ressaltar que a prática de racismo é crime
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei (art. 5º, XLII,
CF).

Conduta discriminatória contra o trabalhador pessoa com deficiência: Qualquer tipo de


discriminação contra pessoas com deficiência é inaceitável. Isto inclui também o ambiente
corporativo. O Estatuto da Pessoa com Deficiência visa, dentre outras coisas, fazer a
promoção, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais às pessoas com deficiência.
→ E mais: A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre escolha e
aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidades com as
demais pessoas, bem como é proibida a restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e
qualquer discriminação em razão de sua condição, inclusive nas etapas de recrutamento,
seleção, contratação, admissão, exames admissional e periódico, permanência no
emprego, ascensão profissional e reabilitação profissional, bem como exigência de aptidão
plena.
Importante: A nomenclatura “pessoa portadora de deficiência” está em desuso. O
certo é pessoa com deficiência.
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Lembrando: O nosso ordenamento jurídico tem a previsão das medidas que
asseguram um percentual de vagas reservadas para pessoas com deficiência, tanto no
setor público (art. 37, VIII, da CF/88) como no setor privado.

Conduta discriminatória contra o trabalhador idoso: O Estatuto do Idoso traz


categoricamente em seu artigo 26 que direito dos idosos ao exercício laboral, sendo
respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas deste idoso.
→ E mais: Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é proibida a
discriminação e até mesmo a fixação de um limite máximo de idade, até mesmo em casos
envolvendo concursos, exceto nos casos em que a natureza do cargo em si o exigir.

“todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” (art. 5º,
caput, CF) = Princípio da igualdade.

Exigir “boa aparência” é prática discriminatória? Sim.


O que vem a ser uma dispensa discriminatória? Esta dispensa ocorre quando o
empregadora, pautado em algum argumento de cunho discriminador, dispensa seu
empregado. A sumula 443 do TST traz um exemplo: “. Presume-se discriminatória a
despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite
estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no
emprego.” Ou seja, neste exemplo, o empregador dispensa seu empregado soropositivo
baseado em um preconceito tacanho, havendo assim a dispensa discriminatória. Também
há outros exemplos, como o empregador que demite o empregado que ajuizou ação em
face da empresa, dispensa do empregado que espirrou e o empregador julgou que ele
estava com coronavírus, entre outros casos.
→ E mais: Ocorrendo a dispensa discriminatória, ele (empregado) poderá voltar e receber
os salários do período em que ele esteve dispensado.
DICA 90
INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE - IMPOSSIBILIDADE DE ACUMULAÇÃO DOS
ADICIONAIS
A legislação trabalhista protege, por meio de normas, todo trabalhador que executa
suas funções em atividades insalubres ou perigosas, de forma a amenizar o impacto
destas atividades na saúde do trabalhador.
São PERICULOSAS as atividades ou operações onde a natureza ou os seus métodos
de trabalhos configure um contato com substancias inflamáveis ou explosivas,
substâncias radioativas ou radiação ionizante, energia elétrica, aquelas que, por
sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado como é o caso, por
exemplo, de frentista de posto de combustível, operador em distribuidora de gás,
entre outros.
→ O art. 193 da CLT, assim define esta atividade:

Art. 193, da CLT - Consideram-se atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou
métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos
em condições de risco acentuado.

São consideradas atividades ou operações INSALUBRES as que são desenvolvidas acima


dos limites de tolerância previstos nos anexos da NR-15.

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→ O art. 189, assim define esta atividade:

Art. 189, da CLT - Consideram-se atividades ou operações insalubres aquelas que, por
sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas,


requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor
específico, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres
ou perigosas.
Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, uma vez comprovada a
INSALUBRIDADE, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional devido,
podendo ser, conforme art. 192 da CLT, de 10%, 20% ou de 40%.
Por sua vez, conforme dispõe o § 1º do art. 193 da CLT, o trabalho realizado em
ambientes PERICULOSOS assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por
cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa.
Caso, por meio de perícia, se constate que a atividade exercida seja, concomitantemente,
insalubre e perigosa, será facultado aos empregados que estão sujeitos às estas
condições, optar pelo adicional que lhe for mais favorável, NÃO podendo perceber,
cumulativamente, ambos os adicionais.
Portanto, se em determinada atividade o perito indicar que há insalubridade em grau
médio (20%) e periculosidade (30%), o empregado NÃO terá direito a perceber,
cumulativamente, (50%) de adicional, já que a legislação trabalhista faculta ao
empregado o direito de optar pelo mais favorável e neste caso, o de periculosidade.
Considerando que a base de cálculo do adicional de insalubridade (frente a toda
controvérsia gerada pela súmula vinculante nº 4 do STF) ainda é o salário mínimo,
salvo disposição em contrário prevista em acordo ou convenção coletiva, e que a base de
cálculo do adicional de periculosidade é o salário do empregado, a condição mais favorável
poderá ser o de periculosidade, caso o salário do trabalhador seja consideravelmente
superior ao salário mínimo.
Embora não haja norma específica sobre a não cumulatividade dos adicionais, o
entendimento jurisprudencial, por analogia ao disposto no § 2º do art. 193 da CLT, é pela
impossibilidade de cumulação, assim entendeu o TST.

Aplicar injeções em farmácia é atividade insalubre?

Sim, em uma decisão muito recente, o TST decidiu que a aplicação de injeções em
farmácia é considerada atividade insalubre, visto que a exposição rotineira a agentes
biológicos dá direito ao adicional de insalubridade. Inclusive, que o grau desta
insalubridade é médio.

Também é importante que você saiba mesmo o profissional aqui tratado esteja utilizando
o EPI, ainda assim é devido o adicional de insalubridade.

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DICA 91
PROFISSIONAL DE EMPILHADEIRA E PERICULOSIDADE
O profissional de empilhadeira (também chamado de operador) tem direito ao adicional
de periculosidade? Segundo recente decisão do TST, sim. No caso em questão, este
profissional tinha direito ao adicional por realizar troca de botijão de gás. Lembrando que
estamos falando de periculosidade, logo, de um risco de morte imediata. Decisão do TST:
RR 1002302-81.2014.5.02.0464

Como isto pode cair na minha prova?

QUESTÃO SIMULADA.
Laurêncio é operador de empilhadeira na empresa XYZK LTDA., realizando troca de
botijões de gás, estando em contato direto com gases inflamáveis, que podem causar
explosões. Diante do entendimento consolidado pelo TST, podemos dizer que Laurêncio:
a) Tem direito ao adicional de periculosidade.
b) Não tem direito a nenhum adicional.
c) Tem direito ao adicional de insalubridade.
d) Tem direito tanto ao adicional de insalubridade quanto ao de periculosidade, podendo
receber ambos ao mesmo tempo.
Resposta: Letra A

DICA 92
O ADICIONAL DE PERICULOSIDADE É DEVIDO EM CASO DE BOMBEIRO CIVIL DE
ENTIDADE EDUCACIONAL?
Sim, em uma decisão recente do TST, no RR-1002032-48.2017.5.02.0045, o profissional
bombeiro civil de entidade educacional tem sim direito ao adicional de periculosidade,
visto que , apesar do artigo 2º da Lei 11.901/09 considerar o profissional bombeiro civil
como o que, desde que devidamente habilitado, exerça, em caráter habitual, função
remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado
diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou
empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a
incêndio. Todavia, a expressão “exclusiva” não pode ser utilizada para prejudicar o
profissional em questão.
→ E mais: Para o TST, a profissão do bombeiro civil lida com perigos, sendo assim devido
o adicional de periculosidade.
DICA 93
EMPREGADO QUE É EXPOSTO AO CALOR EXTREMO POSSUI DIREITO A
INTERVALO DE CONFORTO TÉRMICO

Neste caso, ficou decidido pelo recentemente pelo TST que Embrapa deveria pagar ao
seu empregado horas extras pela não concessão de intervalos para que este pudessem ter
um descanso térmico, visto que exposto ao calor extremo, acima do considerado ideal em
norma regulamentadora, e tal decisão pode ser vista no RR-240-63.2019.5.06.0411.

Importante destacar que o empregado em questão trabalhava em céu aberto, e que no


entendimento do TST, o ambiente em questão era insalubre pela ação do agente calor
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acima dos limites de tolerância, devendo o empregado realizar um regime de 15 minutos
de trabalho e 45 de descanso, intervalo este que lhe foi suprimido.
DICA 94
ENQUADRAMENTO COMO TELETRABALHO LICENÇA MATERNIDADE

O período é de 120 dias, sem que haja qualquer tipo de prejuízo laboral e salarial:

Art. 392, da CLT - A empregada gestante tem direito à licença maternidade de 120
(cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
§ 1º A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data
do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo)
dia antes do parto e ocorrência deste.
§ 2º Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2
(duas) semanas cada um, mediante atestado médico.
§ 3º Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias
previstos neste artigo.
§ 4º É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais
direitos:
I – transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a
retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho;
II – dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no
mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.

E o que ocorre em caso do bebê nascer morto? Havendo a ocorrência do parto em si, a
grávida terá direito à licença-maternidade e ao salário-maternidade, sendo irrelevante se
o bebê nasceu ou não com vida.

Lembrando sempre que este benefício cabe também em casos de empregada que
venha a adotar ou tiver guarda provisória para fins de adoção, conforme normatiza o art.
392-A da CLT.
Importante: A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do
termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.
DICA 95
DESCANSO SEMANAL REMUNERADO DA MULHER
O descanso semanal remunerado vem previsto na Lei 605/1949, regulamentada pelo
Decreto 27.048/1949.
Na CLT, o descanso semanal remunerado, para a mulher, vem determinado pelo
artigo 381, o qual prevê que o descanso será de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas
e coincidirá no todo ou em parte com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou
necessidade imperiosa de serviço, a juízo da autoridade competente, na forma das
disposições gerais, caso em que recairá em outro dia.
A diferença para as empregadas mulheres vem no artigo 386, o qual determina que
havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento
quinzenal, que favoreça o repouso dominical.

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DICA 96
PROTEÇÃO À MATERNIDADE
A proteção à maternidade vem a partir do artigo 391 da CLT, referido artigo cita que
não é justo motivo para dispensa da mulher quando ela se encontrar em estado gravídico.
Corroborando com esta previsão, temos a Súmula nº 244 do TST e o artigo 10, II, “b” do
ADCT os quais mencionam que é garantida a estabilidade desde a confirmação da
gravidez, até cinco meses após o parto.
A estabilidade provisória será aplicada, também se a gestação ocorrer dentro do
período de aviso prévio, conforme artigo 391-A, porém esta estabilidade não será aplicada
para as mulheres adotantes.
A Lei Complementar 146 de 2014 dá direito a estabilidade a quem ficar com o bebê
em caso de falecimento da mãe.
Vale destacar que a estabilidade será garantida, também para as empregadas
contratadas por meio de contratos por prazo determinado, conforme Súmula 244,
III do TST.
DICA 97
SITUAÇÕES QUE IMPEDEM A EQUIPARAÇÃO SALARIAL
O direito não é uma matéria exata, portanto, é bastante comum que haja situações de
exceções em várias áreas. No que diz respeito à equiparação salarial, há situações aonde
não é possível termos a equiparação salarial. Que tal vermos que situações são estas?

Quando existe um quadro de carreira ou de plano de cargos e salários: O empregador


não tem a obrigação de instituir um quadro de carreira ou um plano de cargo e salários.
Mas caso faça, por causa da normatização do art. 461, § 2º, da CLT, não se pode falar em
equiparação salarial. Vejamos o que diz este artigo:

Art. 461, da CLT - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual
salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
§ 2o - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal
organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou
de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de
homologação ou registro em órgão público.

Cuidado: No caso de empregados de sociedades de economia mista, o TST entende o


seguinte:

SÚMULA Nº 455, DO TST

À sociedade de economia mista não se aplica a vedação à equiparação prevista no art.


37, XIII, da CF/1988, pois, ao admitir empregados sob o regime da CLT, equipara-se a
empregador privado, conforme disposto no art. 173, § 1º, II, da CF/1988.

Readaptação de função: O nosso proíbe que o empregado readaptado, que está no


exercício de nova atividade, sirva de paradigma para fins de equiparação salarial. Em
outras palavras: O salário da pessoa em readaptação funcional, quer seja por motivo de

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deficiência física ou de deficiência mental que seja devidamente atestada pela Previdência
Social, NÃO pode ser invocado para fins de equiparação. Veja o dispositivo a seguir:

Art. 461, da CLT - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual
salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou
mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma
para fins de equiparação salarial.

DICA 98
SÚMULAS IMPORTANTES SOBRE JORNADA DE TRABALHO

SÚMULA Nº 60 DO TST

ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO


DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial n. 6 da SBDI-I) – Res. 129/2005, DJ
20, 22 e 25-4-2005. I – O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário
do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula n. 60 – RA 105/1974, DJ 24-10-1974)
II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é
também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.
(ex-OJ n. 6 da SBDI-I – inserida em 25-11-1996)

SÚMULA Nº 366 DO TST

CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E


SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) – Res. 197/2015, DEJT divulgado
em 14, 15 e 18-5-2015. Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse
limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada
normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as
atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de
uniforme, lanche, higiene pessoal etc.).

SÚMULA Nº 338 DO TST

JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as Orientações


Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da
jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT.
A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de
veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-
Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em
instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da
SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são
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inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras,
que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se
desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003).

DICA 99
TRABALHO DO MENOR
Os artigos 402 ao 441 da CLT trata do Trabalho do Menor, estabelecendo as normas a
serem seguidas por ambos os sexos no desempenho do trabalho.
A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXXIII considera menor o trabalhador
de 16 (dezesseis) a 18 (dezoito) anos de idade.
Segundo a legislação trabalhista brasileira é proibido o trabalho do MENOR DE 18
ANOS em condições perigosas ou insalubres. Os trabalhos técnicos ou administrativos
serão permitidos, desde que realizados fora das áreas de risco à saúde e à segurança.
Ao menor de 16 anos de idade é vedado qualquer trabalho, SALVO na condição de
aprendiz a partir de 14 anos.
A partir dos 14 anos é admissível o Contrato de Aprendizagem, o qual deve ser feito
por escrito E por prazo determinado conforme artigo 428 da CLT.
Ao menor é devido, no mínimo, O SALÁRIO MÍNIMO FEDERAL, inclusive ao menor
aprendiz é garantido o salário mínimo hora, uma vez que sua jornada de trabalho será
de no máximo 6 horas diárias, ficando vedado prorrogação e compensação de
jornada, podendo chegar ao limite de 8 horas diárias, desde que o aprendiz tenha
completado o ensino fundamental, e se nelas forem computadas as horas destinadas à
aprendizagem teórica.
Outra função que pode ser exercida por menores é o Estágio. Alunos que estiverem
frequentando cursos de nível superior, profissionalizante de 2º grau, ou escolas de
educação especial, podem ser contratados como estagiários.
O estágio NÃO cria vínculo empregatício de qualquer natureza e o estagiário poderá
receber bolsa, ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, devendo o
estudante, em qualquer hipótese, estar segurado contra acidentes pessoais.
O atleta não profissional em formação, maior de quatorze anos de idade, poderá
receber auxílio financeiro da entidade de prática desportiva formadora, sob a forma de
bolsa de aprendizagem livremente pactuada mediante contrato formal, sem que seja
gerado vínculo empregatício entre as partes.
O artigo 427 da CLT determina que todo empregador, que empregar menor, será
obrigado a conceder-lhe o tempo que for necessário para a frequência às aulas.
A prestação de serviço extraordinário pelo empregado menor somente é permitida
em caso excepcional, por motivo de força maior e desde que o trabalho do menor
seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento.
O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir
suas férias com as férias escolares.
A partir da Reforma Trabalhista é possível ao empregador fracionar o período de
férias dos empregados menores de 18 (dezoito) anos, DESDE QUE parte deste
período seja coincidente com as férias escolares.

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DICA 100
DISPENSA COLETIVA: PONTOS IMPORTANTES
Em sentido contrário ao disposto na jurisprudência do TST (RO-6155-89.2014.5.15.0000,
SDC, Rel. Min. Maria de Assis Calsing), a Reforma Trabalhista colocou na CLT o art. 477-A,
que dispõe o seguinte:
Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para
todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de
celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação.

Ou seja, foi garantido ao empregador maior liberdade para fazer o encerramento dos
contratos de trabalho, incluindo nos casos de demissão em massa.
DICA 101
DISPENSA ARBITRÁRIA
A dispensa arbitrária é chamada também de imotivada ou sem justa causa. É uma
prerrogativa do empregador, desde que este pague a indenização decorrente de seu ato.
Nossa CF/88 traz a proteção à chamada dispensa arbitrária. Olhe:
CF/88 - Art. 7.º, inciso I: "relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou
sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização
compensatória, dentre outros direitos;"
DICA 102
REAJUSTE SALARIAL NO DECURSO DO AVISO
Havendo uma dispensa sem justa causa no período de trinta dias que anteceder a data do
reajuste salarial da categoria profissional a que pertencer o empregado, terá ele direito a
um salário de indenização adicional (Lei 6.708/79, art. 9º, e Lei 7.238/84, art. 9º), pois o
aviso prévio, mesmo indenizado, conta como tempo de serviço para efeito de dilatar a
rescisão para o término do aviso, conforme dispõe as Súmulas 182 e 314 do TST.
DICA 103
JUSTA CAUSA NO DECURSO DO AVISO
Se no decorrer do prazo do aviso o empregado vier a praticar ato que justifique a ruptura
contratual por justa causa (CLT, art. 482), perderá o direito ao restante do respectivo
prazo. É o que dispõe o art. 491 da CLT. Se a causa da extinção for causada pelo
empregador (CLT, art. 483), este se sujeitará ao pagamento da remuneração
correspondente ao prazo do aviso, sem prejuízo das indenizações cabíveis, a exemplo do
art. 490 da CLT.
DICA 104
AUSÊNCIA DO AVISO
Caso a rescisão contratual seja muito brusca, a parte que lhe deu causa deverá indenizar
a outra, o período alusivo ao aviso prévio:
a) o empregador pagando, em pecúnia, o valor correspondente ao prazo do aviso;

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b) o empregado terá descontado dos salários o valor respectivo (o empregado poderá
pedir dispensa do cumprimento do aviso, cabendo exclusivamente ao empregador atender,
ou não, à solicitação).
DICA 105
O EMPREGADOR PODE SE EXIMIR DE PAGAR PEDIDO DE DISPENSA DE
CUMPRIMENTO?
Segundo a Súmula 276 do TST, há sim uma possibilidade de o empregadores eximir de
pagar tal dipensa. Vejamos o que fala esta súmula:

SÚMULA Nº 276 DO TST

AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO. O direito ao aviso prévio é irrenunciável


pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de
pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços
obtido novo emprego.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
DICA 106
RECURSO ORDINÁRIO

Possui duas hipóteses de cabimento, estabelecidas no art. 895 da CLT:

Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias;
e

Das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua


competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos
dissídios coletivos.

Para fixar melhor:

Proferidas pelo Juiz do Trabalho, com


julgamento pelo TRT
DECISÕES
AONDE HÁ
CABIMENTO
DO RO Proferidas pelo TRT em ações de competência
originária nos dissídios individuais e coletivos
(ex.: ação rescisória, dissídio coletivo,
mandado de segurança), com julgamento pelo
TST

No primeiro grau da jurisdição trabalhista, o recurso ordinário da sentença, ou da decisão


terminativa do feito na Justiça do Trabalho ou na hipótese prevista na Súmula 214, letra
c, do TST, deve ser interposto, no prazo de oito dias, por petição dirigida ao Juízo que
proferiu a decisão. Este poderá admiti-lo ou não. Importante: No recurso ordinário
interposto por pessoas jurídicas de direito público, o prazo recursal será contado em
dobro. Quando interposto o recurso, será intimada a parte adversa para apresentar
contrarrazões, no prazo de oito dias (CLT, art. 900).
Não esqueça: O art. 180 do CPC normatiza que o Ministério Público tem prazo em
dobro para manifestar-se nos autos, sendo idêntico privilégio conferido às pessoas
jurídicas de direito público (art. 183 do CPC) e à Defensoria Pública (art. 186 do CPC),
sendo tais normas aplicáveis supletivamente ao processo do trabalho, exceto se entender
que qualquer ampliação de prazo processual violaria o princípio constitucional da duração
razoável do processo.
Admitido o recurso e, caso haja, as contrarrazões, o juízo prolator da decisão remeterá os
autos ao tribunal. Se o juiz não admitir o recurso ordinário, o recorrente pode interpor
agravo de instrumento (CLT, art. 897, b), no prazo de 8 dias, cujo o intuito exclusivo
reside no destrancamento do recurso que não foi admitido pelo juízo a quo. A decisão que
admite o recurso ordinário é irrecorrível, entretanto não vincula o juízo ad quem. Vale
dizer, mesmo se o recurso for admitido pelo juízo a quo, o juízo ad quem poderá
reexaminar a questão alusiva aos pressupostos de admissibilidade do recurso.
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DICA 107
ISENÇÃO - RECURSO ORDINÁRIO

São isentos de pagamento de custas:

a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as suas respectivas autarquias


e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade
econômica (art. 790-A da CLT);

o MPT (art. 790-A da CLT);

a CEF, nos processos referentes ao FGTS, por ser o seu órgão gestor (art. 24-A da Lei
n. 9.082/95).

Importante: A cada novo recurso deve ser feito um novo depósito (Súmula 128, I,
do TST).
→ E mais: No caso do litisconsórcio de empresas, quando houver condenação solidária, o
depósito de uma empresa aproveita às demais, salvo se ela pretender a sua exclusão da
lide (Súmula 128, III, do TST). Isso porque sempre deve haver um depósito para garantir
a execução. A súmula se justifica porque, no caso de uma das empresas condenadas
conseguir a sua exclusão do processo, o depósito por ela feito será liberado, em prejuízo
do trabalhador.
DICA 108
MÉRITO DO RECURSO E TEMPESTIVIDADE

O mérito do recurso realiza e faz parte da apreciação pelo tribunal de tudo aquilo que o
magistrado analisou em sentença, no caso do recurso ordinário, temos de nos atentar 487
do CPC, que afirma:

Haverá resolução de mérito quando o juiz:

acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;

decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;

homologar:

o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;

a transação;

a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.


Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do§ 1 o do art. 332, a prescrição e a decadência
não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-
se.
Neste caso, é importantíssimo que você saiba que temos decisões terminativas (extingue
o processo sem resolução do mérito), com resolução parcial do mérito e as decisões
definitivas (que julgam o mérito definitivamente). Cabe recurso ordinário para todos estes
casos.

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Para fixar bem na sua mente:

Decisões definitivas
(com resolução do
mérito)
RO

Cabível em:
Decisões terminativas
(sem resolução do
mérito)

A tempestividade nada mais é do que a interposição do recurso no prazo previsto por


lei, no caso do recurso ordinário o prazo de interposição para este tipo recurso é de oito
dias. Sendo interposto fora deste prazo, o recurso será intempestivo.

Como não esquecer deste prazo?

Ordinário
Oito dias

DICA 109
COMO SABER QUEM PAGA CUSTAS E DEPÓSITO RECURSAL

Que tal não esquecer nunca mais quem paga o que no processo do trabalho? Veja a
tabela abaixo:

PREPARO CUSTAS DEPÓSITO RECURSAL

Reclamante NÃO NÃO


Com Justiça Gratuita

Reclamante SIM (se perdeu tudo) NÃO


Sem Justiça Gratuita

Reclamado NÃO NÃO


Com Justiça Gratuita

Reclamado SIM SIM


Sem Justiça Gratuita

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DICA 110
EFEITO SUBSTITUTIVO DOS RECURSOS
De fácil entendimento: Este efeito é aquele em que a decisão proferida pelo órgão ad
quem substitui aquela que foi recorrida. Mas só haverá este efeito se o recurso for
conhecido.

INFORMAÇÃO EXTRA: EFEITO TRANSLATIVO

Este efeito permite ao Tribunal que matérias que não tenham sido citadas (levantadas)
sejam julgadas. São o caso das matérias de ordem pública, aquelas matérias que não
precluem.

Ex.: Litispendência, coisa julgada entre outros. Este efeito não caracteriza violação
do princípio reformatio in pejus.

DICA 111
SÚMULAS VINCULANTES DO STF

SÚMULA VINCULANTE 4

Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem
ser substituído por decisão judicial.

SÚMULA VINCULANTE 22

A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por


danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de
mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n. 45/04.

SÚMULA VINCULANTE 23

A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada


em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

SÚMULA VINCULANTE 25

É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

SÚMULA VINCULANTE 40

A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é


exigível dos filiados ao sindicato respectivo.

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SÚMULA VINCULANTE 53

A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal


alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da
condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.

DICA 112
EFEITO DEVOLUTIVO DOS RECURSOS

Como o próprio nome já deixa nítido, transfere do juízo a quo para o juízo ad quem a
matérias que foram impugnadas para que o juízo a quem modifique ou tenha uma nova
decisão sobre aquela matéria impugnada. Em outras palavras: Transfere da vara para o
TRT ou do TRT para o TST as matérias que as partes não se conformam com a decisão ali
proferida.

Art. 899, da CLT - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito
meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução
provisória até a penhora.

Quanto à sua extensão, o órgão ad quem só poderá julgar o que foi pedido, que foi objeto
do recurso.

Ex.: Uma pessoa recorre, em um Recurso Ordinário, pedindo adicional de


insalubridade e adicional noturno, e o órgão ad quem só poderá julgar o adicional de
insalubridade e o adicional noturno.
DICA 113
SINDICATO E INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EFETUANDO A METADE DE DEPÓSITO
RECURSAL
Novidade quentinha: A 5ª Turma do TST decidiu que o sindicato poderá interpor recurso
efetuando METADE de depósito recursal na condição de empregador, e esta decisão foi
tomada diante da interposição do Recurso de Revista 11368-91.2015.5.15.0113. Segundo
a decisão, não há, no processo, registro de que a entidade auferisse e distribuísse lucro.
Ele assinalou que os sindicatos, por lei, são considerados entidades sem fins lucrativos e
têm o direito de recolher pela metade o depósito recursal.
Importante: O TST tem 8 Turmas, cada uma composta por 3 ministros, com a
atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos
regimentais e recursos ordinários em ação cautelar.
DICA 114
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Com prazo de 5 dias contados da intimação da penhora ou do depósito da quantia devida,
estes embargos permitem que sejam escutadas até 3 testemunhas.
→ E mais: Os embargos à execução serão devidamente julgados pelo juízo que processou
a execução, ou seja, a Vara do Trabalho que fez a realização dos atos no processo de
execução. Exemplo: Sendo requerida a execução da sentença pela 4ª Vara do Trabalho de
São Paulo /SP, a competência é desta Vara.

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Em outras palavras, o recurso que pode ser interposto pelo executado se chama
"embargos à execução". Em momento posterior da decisão do magistrado, será possível
ingressar com um recurso novo, o "agravo de petição", tendo prazo de oito dias.
O juízo que terá competência para fazer a apreciação os embargos à execução será o juízo
da execução (Vara do Trabalho ou Tribunal Regional do Trabalho).
E em casos de carta precatória? Na execução por carta precatória, a oposição dos
embargos poderá ocorrer no juízo deprecante ou deprecado, mas quem julga, como regra
geral, é o juízo deprecante.

Deprecante: Juízo de origem dos dados da carta precatória. É quem realiza o envio;

Deprecado: Juízo que recebe a carta precatória e realiza o cumprimento.


DICA 115
RECURSO ADESIVO
É um tipo recurso interposto pela parte que, a princípio, não desejava recorrer, mas,
diante do recurso da parte contrária, decide impugnar os fundamentos da decisão. Seu
fundamento legal encontra-se normatizado no art. 997, § 2º, do CPC e Súmula 283 do
TST.
→ E mais: Não cabe recurso adesivo do recurso de agravo de instrumento, pois este
serve apenas para destrancar recurso, portanto, não há o requisito essencial da
sucumbência recíproca.
O recurso adesivo é interposto no prazo das contrarrazões, logo, terá o mesmo prazo do
recurso principal. Lembrando sempre que ele pode ser cabível nos seguintes recursos:
Recurso ordinário, recurso de revista, embargos no TST, agravo de petição e recurso
extraordinário.
DICA 116
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC)
O recurso ordinário constitucional (ROC) trata-se de recurso de competência do STF, e
tem por finalidade impugnar decisões denegatórias de habeas corpus, mandado de
segurança, habeas data e mandado de injunção, julgados em única instância pelos
tribunais superiores. Na Justiça do Trabalho, o recurso será cabível quando tais processos
forem julgados, em única instância, pelo Tribunal Superior do Trabalho. Seu prazo é de 15
dias.
Uma informação importante: Não se admite recurso adesivo no ROC.
→ E mais: O recurso ordinário constitucional sempre será de competência do Supremo
Tribunal Federal (juízo ad quem). O juízo a quo, por seu turno, será o Tribunal Superior do
Trabalho.
DICA 117
RECLAMAÇÃO CORREICIONAL

A reclamação correicional não é recurso, mas sim uma medida judicial, que será
cabível para sanar equívocos, abusos e atos contrários à boa ordem processual e que
importem em atentado a fórmulas legais de processo, desde que não haja recurso ou
outro meio processual específico.
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→ E mais: Em regra, ela será direcionada ao corregedor do tribunal em questão. Logo, a
reclamação correicional, também chamada de correição parcial, é um procedimento de
cunho meramente administrativo, regulado pelos Regimentos Internos dos Tribunais do
Trabalho.

TST. OJ TP Nº 5

Não cabe recurso ordinário contra decisão em agravo regimental interposto em


reclamação correicional ou em pedido de providência.

DICA 118
RECURSO DE REVISTA

Conhecido por ser um recurso bastante técnico, o recurso de revista (com sua
normatização no artigo 896 da CLT) tem uma natureza de cunho extraordinário, bem
como o recurso especial julgado pelo STJ e o recurso extraordinário, que é julgado pelo
STF. E é de suma importância que você saiba que o jus postulandi não se aplica ao
recurso de revista, conforme traz a Súmula 425 do TST. Somente será cabível em
dissídios individuais – NUNCA caberá em dissídio coletivo, pois como o dissídio coletivo é
originário do TRT, o recurso cabível será o recurso ordinário para o TST.

Qual seu prazo? O prazo é de 8 dias úteis.

E qual seu cabimento? Cabe em 3 situações:

Quando o TRT vier a dar à Lei Federal uma interpretação divergente ou diferente de
algum outro TRT, da Seção de Dissídios Individuais, de Súmula ou Orientação
Jurisprudencial do TST ou de Súmula Vinculante do STF.

Uma decisão do TRT der à lei estadual, convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo
de trabalho, regulamento interno de empresa ou sentença normativa interpretação
distinta de outro TRT, Seção de Dissídios Individuais, súmula ou orientação jurisprudencial
do TST ou súmula vinculante do STF.

Quando o TRT violar a CF/88 ou lei federal.

Importante: O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela


Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise dos pressupostos
intrínsecos e extrínsecos do apelo, não abrangendo o critério da transcendência das
questões nele veiculadas.
DICA 119
TRANSCENDÊNCIA

É a ideia da extrema importância do tema tratado pelo Recurso de Revista, que não se
prende apenas às partes. Já havia previsão deste instituto antes da Reforma Trabalhista,
mas sua normatização mais concreta veio na Reforma Trabalhista, aonde vieram os
indicativos abaixo elencados:

São indicadores de transcendência, entre outros ( art. 896-A, § 1°, CLT):


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econômica, o elevado valor da causa;

política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal


Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal;

social, a postulação, só podendo ser alegada pelo reclamante-recorrente, de direito


social constitucionalmente assegurado;

jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação


trabalhista.
Precisa de todos? Não, apenas um já basta.
Lembrando que a lei não impõe que haja neste recurso um tópico próprio no recurso de
revista, muito embora seja altamente recomendado que tenha.
DICA 120
PREQUESTIONAMENTO
O prequestionamento é a matéria a será discutida no recurso. É prequestionada a matéria
ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a
respeito. Não entendeu? Em outras palavras, o prequestionamento é a manifestação
prévia do Poder Judiciário sobre a matéria que será o objeto de discussão no recurso de
revista. Ou seja, nada de trazer coisas novas no recurso de revista.

Art. 896, § 1º-A, I, da CLT e Súmula 297 do TST. Diz-se prequestionada a matéria
quando na decisão impugnada haja sido adotada expressamente tese a respeito
(Súmula 297, I, do TST).

SÚMULA 297, II, DO TST

Dispõe a Oposição de Embargos de Declaração em caso de ausência de


prequestionamento.

SÚMULA 297, III, DO TST

Considera-se prequestionada questão jurídica invocada em recurso principal sobre o


qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de
declaração (prequestionamento tácito).

DICA 121
RECURSO EXTRAORDINÁRIO

É o tipo de recurso aonde existe uma afronta direta e literal ao texto constitucional.
→ E mais: em casos envolvendo este recurso, não há mais a necessidade do preparo, ou
seja, de custas + depósito recursal. Veja o motivo:

TEMA 679 DE REPERCUSSÃO GERAL:

Surge incompatível com a Constituição Federal exigência de depósito prévio como


condição de admissibilidade do recurso extraordinário, no que não recepcionada a
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previsão constante do § 1º do artigo 899 da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo
inconstitucional a contida na cabeça do artigo 40 da Lei nº 8.177 e, por arrastamento,
no inciso II da Instrução Normativa nº 3/1993 do Tribunal Superior do Trabalho.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

É o recurso impetrado diretamente no STF

Em casos de Recurso Extraordinário, o recorrente precisa demonstrar a repercussão geral


das questões constitucionais discutidas, para que o Tribunal venha a examinar a admissão
do recurso, e neste ponto só poderá recusar este recurso quando houver manifestação de
2/3 de seus membros, conforme normatizado no art. 102, § 3º da CF/88:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da


Constituição, cabendo-lhe:
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a Repercussão Geral das
questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal
examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois
terços de seus membros.

DICA 122
RECURSO DE AGRAVO DE PETIÇÃO
Segundo o art. 897, a, da CLT, o agravo de petição é cabível contra as decisões em
execução. O art. 897, § 1º, da CLT exige que o agravante delimite a matéria e os valores
em divergência. Lembrando que A Súmula 266 do TST reconhece o cabimento também no
procedimento de liquidação de sentença. Também cabe quando a exceção de pré-
executividade é julgada procedente, extinguindo a execução.
Na improcedência da exceção de pré-executividade, não cabe o referido recurso, já que a
execução prosseguirá, de modo que estaremos diante de uma decisão interlocutória.
Dica: Quando falamos de execução, teremos agravo de petição.

O agravo de petição é composto por duas peças: A Interposição, para o juízo A quo
(Vara do Trabalho) e a de Razões, para o juízo Ad quem (Tribunal Regional do Trabalho).
Precisa de depósito? A questão é bem controversa, mas a doutrina majoritária tem
entendido não ser necessário fazer o depósito judicial, para se realizar interposição do
agravo de petição, bastando tão somente que o juízo esteja previamente garantido com a
penhora ou até mesmo nomeação de bens (Súmula 128 do TST).
Informação de suma importância: Não cabe agravo de petição da decisão que rejeita
exceção de pré-executividade. Entretanto é cabível agravo de petição da decisão que
acolhe integralmente a exceção de pré-executividade, pois neste caso ocorre a extinção
da própria execução.
DICA 123
AGRAVO REGIMENTAL
É um recurso que cabe em face de decisões monocráticas proferidas pelos TRTs ou TST,
não havendo necessidade alguma de preparo.

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→ E mais: o agravo regimental será interposto em duas peças: Uma de interposição e
outra de minuta de agravo regimental/interno.
Importante: Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório
da petição inicial de ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de
fungibilidade recursal, ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não
conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o
apelo como agravo regimental (OJ 69 da SDI- II).
DICA 124
PROCEDIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL
Esteja atento quanto ao prazo para interposição do agravo regimental, pois os tribunais
não tratam de forma uniforme da matéria. No TST, o prazo é de 8 dias, contados da
intimação da decisão agravada. Em alguns TRTs, o prazo é de 5 dias. Lembrando que
esses prazos se contam em dobro quando o agravante for pessoa jurídica de direito
público ou o MPT. O recurso será interposto diante do órgão judicial que proferiu a
decisão, devendo o agravante solicitar a reconsideração da decisão e, sucessivamente, o
encaminhamento dos autos ao órgão Colegiado (Turma ou Seção ou Pleno, conforme
dispuser o regimento interno). Não há previsão para preparo das custas ou de depósito
recursal.
DICA 125
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
Cabem embargos de divergência no TST em face da decisão colegiada em matéria de
direito individual, sendo este normatizado no art. 894, II, da CLT. Possui natureza
extraordinária? Sim.

Importante: Lei 7.701/88

Art. 3º - Compete à Seção de Dissídios Individuais julgar:


III - em última instância:
b) os embargos das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões
proferidas pela Seção de Dissídios Individuais;

Cabem embargos de divergência quando houver desentendimento entre:

TURMA x TURMA

TURMA x POSICIONAMENTO DA SDI

TURMA x SÚMULA DO TST

TURMA x ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DO TST

TURMA x SÚMULA VINCULANTE DO STF

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DICA 126
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA REPETITIVOS
A Instrução Normativa n. 38/2015 do TST (art. 1º) manda aplicar as normas do Código de
Processo Civil relativas ao julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos,
no que couber, ao recurso de revista e ao recurso de embargos repetitivos (CLT, arts.
894, II, e 896). No mesmo sentido, dispõe o art. 280 do RITST. Sendo assim, por força do
art. 2º da referida IN n. 38, havendo multiplicidade de recursos de embargos para a
SBDI-1 fundados em idêntica questão de direito, esta poderá ser afetada ao Tribunal
Pleno, por decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um
dos Ministros que a compõem, considerando a relevância da matéria ou a existência de
entendimentos divergentes entre os Ministros da SBDI-1.
DICA 127
EMBARGOS NO TST

Nos termos do art. 894 da CLT, no TST cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:

ART. 894 da CLT: I – de decisão não unânime de julgamento que:


a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a
competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as
sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e
(incluído pela Lei n. 11.496, de 2007)
b) (VETADO)
II – das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela
Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do
Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal
(redação dada pela Lei n. 13.015, de 2014).

Existem 2 recursos de embargos (CLT, art. 894) no âmbito do TST: Os embargos


infringentes e os embargos de divergência.
DICA 128
EMBARGOS INFRINGENTES
Os embargos infringentes são espécie recursal de natureza ordinária da competência da
SDC – Seção Especializada em Dissídios Coletivos. Trata-se de recurso cabível para
impugnar decisão não unânime proferida em dissídio coletivo de competência originária do
TST (exemplo: Dissídios coletivos envolvendo empresas que exercem sua atividade
econômica em base territorial que extrapole a jurisdição de um TRT).

REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Art. 232. Cabem embargos infringentes das decisões não unânimes proferidas pela
Seção Especializada em Dissídios Coletivos, no prazo de oito dias, contados da
publicação do acórdão no órgão oficial, nos processos de Dissídios Coletivos de
competência originária do Tribunal.
Parágrafo único - Os embargos infringentes serão restritos à cláusula em que há
divergência, e, se esta for parcial, ao objeto da divergência.
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DICA 129
EMBARGOS - PROCEDIMENTO
O Presidente de Turma pode negar seguimento aos embargos à SBDI-1. Desta decisão,
caberá agravo interno, no prazo de oito dias, para a SBDI-1 (RITST, art. 265).
O § 3º do art. 894 da CLT normatiza que o “Ministro Relator denegará seguimento aos
embargos:
I – se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do
Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e
atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la;
II – nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de
ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade.
DICA 130
EMBARGOS DE NULIDADE
Com a normatização da Lei n. 11.496/2007, com vigência a partir de 25 de setembro de
2007, foi suprimida a parte final da alínea b do inciso III do art. 3º da Lei n. 7.701. Logo,
o recurso de “embargos de nulidade” foi proscrito da nossa legislação, o que vai exigir
cancelamentos (ou novas redações) de Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST
respeitantes a tal modalidade recursal.
A SBDI-1, então, firmou o entendimento de que a Lei n. 11.496/2007, que deu a atual
redação aos arts. 894, inciso II, da CLT, e 3º, III, b, da Lei n. 7.701/88, extirpou a
possibilidade de veiculação dos embargos de nulidade lastreados em indicação de ofensa a
preceitos de Lei Federal e da Constituição da República, passando a admitir apenas e tão
somente os embargos de divergência. Nesse sentido:

RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO EMBARGADO


PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI 11.496/2007. PRESCRIÇÃO. MARCO
INICIAL.COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO.
1. A modificação introduzida pela Lei n. 11.496/2007, que deu a atual redação aos arts.
894, inciso II, da CLT, e 3º, III, “b”, da Lei n. 7.701/88, extirpou a possibilidade de
veiculação dos embargos de nulidade – lastreados em indicação de ofensa a preceitos
de Lei Federal e da Constituição da República, passando a admitir apenas os embargos
de divergência. Nesse contexto, os embargos a esta Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais passaram a ter como finalidade precípua a uniformização da
jurisprudência desta Corte Superior, aspecto teleológico que não deve ser olvidado no
exame do seu cabimento. Daí a razão pela qual entendo que o art. 894, inciso II, da
CLT, não autoriza, em regra, o conhecimento de recurso de embargos lastreado em
contrariedade à súmula ou Orientação Jurisprudencial de natureza processual. No caso,
tendo a Turma se limitado a verificar a divergência entre o aresto trazido e a decisão
regional, a viabilizar o conhecimento do recurso de revista do autor, a indicação de
contrariedade à OJ 126 da SDI-1 do TST não se coaduna com as disposições do art.
894, inciso II, da CLT, para o conhecimento do recurso de embargos (…) (TST-E-ED-
RR n. 695858/2000, SBDI-1, Rel. Min. Rosa Maria Weber, unânime, DJe 4-6-
2009).

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DICA 131
PONTOS IMPORTANTES SOBRE O AGRAVO REGIMENTAL- TST
No TST o art. 235 do seu Regimento Interno dispõe que cabe agravo regimental, no prazo
de oito dias, para o Órgão Especial, Seções Especializadas e Turmas, observada a
competência dos respectivos órgãos, nas seguintes hipóteses:
I – do despacho do Presidente do Tribunal que denegar seguimento aos embargos
infringentes;
II – do despacho do Presidente do Tribunal que suspender execução de liminares ou de
decisão concessiva de mandado de segurança;
III – do despacho do Presidente do Tribunal que conceder ou negar suspensão da
execução de liminar, antecipação de tutela ou da sentença em cautelar;
IV – do despacho do Presidente do Tribunal concessivo de liminar em mandado de
segurança ou em ação cautelar;
V – do despacho do Presidente do Tribunal proferido em pedido de efeito suspensivo;
VI – das decisões e despachos proferidos pelo Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho;
VII – do despacho do Relator que negar prosseguimento a recurso, ressalvada a hipótese
do art. 239 do RI;
VIII – do despacho do Relator que indeferir inicial de ação de competência originária do
Tribunal;
IX – do despacho ou da decisão do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma ou do
Relator que causar prejuízo ao direito da parte, ressalvados aqueles contra os quais haja
recursos próprios previstos na legislação ou neste Regimento; e
X – da decisão do Presidente de Turma que denegar seguimento a embargos à Subseção I
da Seção Especializada em Dissídios Individuais.
DICA 132
EFEITOS DO AGRAVO REGIMENTAL
O agravo regimental tem efeito meramente DEVOLUTIVO, o que equivale a dizer que a
matéria nele versada é restrita ao exame do acerto ou não da decisão agravada, salvo em
se tratando de decisão do Corregedor, cuja devolutibilidade é mais ampla, permitindo,
assim, a plena revisão do ato processual proferido, abordando questões fáticas e jurídicas.
Além disso, o agravo regimental não obsta a execução provisória. Importante ainda
ressaltar que recurso é interposto perante o órgão judicial que proferiu a decisão
hostilizada, devendo o agravante solicitar a reconsideração da decisão e, sucessivamente,
o encaminhamento dos autos ao órgão Colegiado (Turma ou Seção ou Pleno, conforme
dispuser o regimento interno).
DICA 133
AGRAVO REGIMENTAL E O JUÍZO DE RETRATAÇÃO- TST
É cabível sim o chamado o juízo de retratação. Caso este seja exercido, o recurso, por
óbvio, fica prejudicado. Não havendo juízo de retratação, o relator, que é o juiz que
proferiu a decisão agravada, determinará a inclusão do feito em pauta para julgamento. E
mais: Não há previsão para intimação das partes, contrarrazões ou sustentação oral.

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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 05
E por fim, mas não menos importante, O agravo regimental tramita nos próprios autos
principais, salvo se existir previsão regimental expressa em sentido contrário. É o que
consta da OJ 132 da SBDI-1 do TST:
Agravo Regimental. Peças Essenciais nos Autos Principais. Inexistindo lei que exija a
tramitação do AG em autos apartados, tampouco previsão no Regimento Interno do
Regional, não pode o Agravante ver-se apenado por não haver colacionado cópia de peças
dos autos principais, quando o AG deveria fazer parte dele.
DICA 134
AGRAVO DE PETIÇÃO- EFEITOS
Segundo o art. 899 da CLT, o agravo de petição possui somente efeito devolutivo, todavia
o § 1º do mesmo artigo permite a execução definitiva da parte incontroversa, isto é,
aquela que não foi objeto do próprio agravo de petição. Disso resulta que a
devolutibilidade do agravo de petição é restrita à matéria e aos valores impugnados pelo
agravante. Como é um recurso de natureza ordinária, o agravo de petição possui efeito
translativo, permitindo, assim, ao juízo ad quem a apreciação de questões de ordem
pública não sujeitas à preclusão.
DICA 135
A APRESENTAÇÃO DE UM RECURSO IMPEDE INTERPOSIÇÃO DE OUTRO, MESMO
DENTRO DO PRAZO LEGAL?
Segundo o TST, sim. A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou que
o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) julgue o primeiro recurso ordinário
interposto pelo autor de uma reclamação trabalhista que tramita em segredo de justiça. O
colegiado concluiu que o segundo recurso ordinário apresentado por ele, ainda que no
prazo correto, não pode substituir o primeiro, pois o ato de recorrer já tinha sido
consumado com a sua apresentação.

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