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Memorex TJDFT – Analista Judiciário - Rodada 01

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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

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Rodada 02 23/02
Rodada 03 28/02
Rodada 04 02/03
Rodada 05 07/03
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Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


ÉTICA ....................................................................................................................................... 14
REGIMENTO INTERNO ................................................................................................... 19
LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA ...................................................................... 21
PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E
OFÍCIOS JUDICIAIS ........................................................................................................ 25
PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL
ELETRÔNICO........................................................................................................................ 29
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 31
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 39
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 46
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................. 55
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 63
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 74

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
COMPREENSÃO E INTEPRETAÇÃO DE TEXTOS

Considera-se como sendo o elemento-chave para um bom resultado na prova de


Português dos concursos públicos. Isso porque, na maioria das vezes, a interpretação,
compreende mais da metade das questões cobradas pela Banca. Por isso, listamos
algumas dicas essenciais para você praticar durante a resolução de questões.
Leia todo o texto pausadamente;

Releia e marque todas as palavras que não sabe o significado, em seguida,


pesquise sobre ela, bem como seus sinônimos e antônimos;

Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo um breve resumo, de


forma mais objetiva possível, pois na prova você não terá muito tempo.

Questione a forma usada pelo escritor no texto.

Ex.: Aqui é a linguagem.


DICA 02
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Compreensão: No caso de compreensão de texto, o leitor deve visualizar dentro do


texto e se limitar a responder as questões conforme aquilo que está explicitamente
escrito.

Exemplos de comandos de compreensão de texto:

De acordo com o texto...


Segundo o texto...
Na linha...

Interpretação: No caso de interpretação de texto, o leitor deve olhar para fora do


texto, uma vez que a interpretação vai além do texto.

Exemplos de comandos de interpretação de texto:

Interpreta-se...
Infere-se...

DICA 03
MODOS VERBAIS: IMPERATIVO, SUBJUNTIVO E INDICATIVO

Imperativo: Indica um pedido, um conselho ou uma ordem.

Ex.: Vá para o seu quarto!; Repense melhor!

Subjuntivo: Indica uma possibilidade ou uma dúvida.

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Ex.: Talvez Márcio jante esta noite.


Se eu morasse em São Paulo, eu seria feliz.

Indicativo: O modo indicativo expressa uma certeza ou uma realidade.

Ex.: Mônica sempre estuda no quarto.


Eu moro em Londrina.
DICA 04
TEMPOS VERBAIS – TEMPOS DO INDICATIVO

Presente: indica um fato atual ou que acontece muito.


Ex.: Silvia lê no quarto todos os dias.

Pretérito Imperfeito: uma ação contínua que acontecia no passado, mas parou de
ocorrer.
Ex.: Ele brincava no pátio todos os dias.

Pretérito Perfeito: fato no passado que já foi concluído.


Ex.: Ele brincou no pátio ontem.

Pretérito-Mais-Que-Perfeito: fato ocorrido antes de outro fato já terminado.


Ex.: Mauro falara de suas profissões.

Futuro do Presente: uma ação que acontece num tempo após o momento atual.
Ex.: Marina comerá massa amanhã.

Futuro do Pretérito: fato futuro subordinado a um acontecimento anterior.

Ex.: Se eu tivesse dinheiro, iria ao teatro.


DICA 05
TEMPOS VERBAIS – TEMPOS DO SUBJUNTIVO

Presente do Subjuntivo: Indica um fato hipotético no presente.


Ex.: Minha mãe quer que eu seja arquiteta.

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: Fato hipotético no passado.


Ex.: Seria melhor se eu esperasse menos de você.

Futuro do Subjuntivo: Fato que pode acontecer num momento futuro em relação ao
atual.
Ex.: Quando ela vier à loja, levará os vestidos mais ousados.

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DICA 06
TEMPOS VERBAIS – TEMPOS DO SUBJUNTIVO

Exemplo de tabela da conjugação do verbo “amar” no modo subjuntivo simples:

PRESENTE IMPERFEITO FUTURO

que eu ame se eu amasse quando eu amar


que tu ames se tu amasses quando tu amares
que ele ame se ele amasse quando ele amar
que nós amemos se nós amássemos quando nós amarmos
que vós ameis se vós amásseis quando vós amardes
que eles amem se eles amassem quando eles amarem

DICA 07
MORFOLOGIA - CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ARTIGO E PRONOME

SUBSTANTIVO

Dá nome aos objetos, aos seres, aos lugares, às ações, entre outros.

O substantivo pode ser flexionado em número (singular ou plural), em


gênero (feminino ou masculino) e em grau (diminutivo ou aumentativo).

Exemplos: caderno, fadas, cidade.

ARTIGO

Particulariza o sentido do substantivo.

Os artigos são: O, A, OS, AS, UM, UNS, UMA, UMAS.

PRONOME

O pronome possui a função de substituir ou de retomar alguma coisa.

Exemplos: lhe, cujo.

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DICA 08
ADVÉRBIO, NUMERAL E CONJUNÇÃO

ADVÉRBIO

Modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.

Os advérbios podem ser de: MODO, LUGAR, TEMPO, INTENSIDADE...

Exemplos: hoje, ontem, rapidamente, não.

NUMERAL

Termo que indica posição, multiplicação, quantidade ou fração.

Exemplos: três, terço.

CONJUNÇÃO

A conjunção conecta orações ou palavras de igual valor gramatical,


criando uma relação entre eles.

Exemplos: embora, mas, e.

QUESTÃO FGV, 2021.


“Um homem de 44 anos foi preso na noite desta quinta-feira (16), após tentar furtar
uma residência, localizada na rua Duque de Caxias entre Rafael Vaz e Silva e
Guanabara, em Porto Velho. A Polícia Militar foi informada que o criminoso, usando um
alicate grande, teria cortado o cadeado do portão da residência, porém, o cachorro da
casa começou a latir e o homem fugiu. Populares seguiram o criminoso, acionaram a
Polícia Militar, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Central de
Flagrantes.” (Rondoniagora, 17/09/2021)
Na frase “o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu”, a conjunção E mostra o
mesmo valor em:
a) O ladrão chegou perto da casa e observou o cenário;
b) O bandido usou o alicate e cortou o cadeado;
c) A Polícia Militar chegou e o bandido ficou com medo;
d) O meliante foi preso e encaminhado para a delegacia;
e) Os assaltos e furtos são comuns nas grandes cidades.
Gabarito: Alternativa C.
Comentário: Alternativa correta, pois há uma relação de causa e consequência, assim
como na frase do enunciado.

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DICA 09
PREPOSIÇÃO, ADJETIVO, INTERJEIÇÃO E VERBO

PREPOSIÇÃO

Termo que exprime uma relação de regência.

As principais preposições são: A, ANTE, ATÉ, APÓS, COM, CONTRA, DE,


DESDE, EM, ENTRE, PARA, PER, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, TRÁS.

ADJETIVO

Atribui características aos substantivos.

Exemplos: azul, espanhol, inteligente.

INTERJEIÇÃO

Expressa o estado emotivo daquele momento.

Exemplos: Eita!, Oh!, Surpresa!

VERBO

Expressa estado, ação e fenômeno da natureza.

Exemplos: cuidar, chover, amar, dormir, cantar, torcer.

DICA 10
CLASSES GRAMATICAIS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS

INVARIÁVEIS VARIÁVEIS

INTERJEIÇÕES ADJETIVOS

PREPOSIÇÕES PRONOMES

CONJUNÇÕES SUBSTANTIVOS

ADVÉRBIOS NUMERAIS

VERBOS

ARTIGOS

As palavras invariáveis, como o próprio nome diz, NUNCA variam.

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Ex.: Amanhã, passearemos com os cachorros. → Veja que “amanhã” é um advérbio e


não importa se a frase estiver no singular ou no plural, a palavra “amanhã” é invariável.
As palavras variáveis, como o próprio nome diz, VARIAM.

Ex.: “esperto(a)” é um adjetivo e varia. Veja abaixo:

Ex.: A menina esperta.


As meninas espertas.
DICA 11
SUBSTANTIVAÇÃO
É um processo de formação de novas palavras. Também é chamado de DERIVAÇÃO
IMPRÓPRIA.

Veja os exemplos abaixo:

O andar de Paulo era estranho. → Veja que “andar” é verbo, mas nessa frase ele se
transformou em substantivo em decorrência do artigo usado (processo de
substantivação).

Marina disse um não com determinação. → Veja que “não” é um advérbio, mas
nessa frase ele se transformou em um substantivo.

O azul do mar é encantador. → Veja que “azul” é um adjetivo, mas nessa frase ele
se transformou em um substantivo.
DICA 12
SINTAXE

Frase: É um enunciado que tem sentido completo.


Ex.: Fogo! Choveu em Porto Alegre/RS. → Perceba que, para que exista frase, não
é necessária a presença de um verbo. O enunciado apenas deve possuir um sentido
completo para ser uma frase.
Oração: É uma sentença que possui verbo. Na oração há dois termos que se
relacionam entre si: sujeito e predicado. Porém, pode haver oração sem sujeito. Então,
no mínimo, haverá um predicado na oração.
Ex.: A menina fez a lição de casa. → “A menina” é o sujeito e “fez a lição
rapidamente” é o predicado.
OBS.: O verbo pode estar elíptico, ou seja, não aparece.
Ex.: A série fez tanto sucesso quanto (fez) o filme.
Período: É a frase organizada em orações (uma, duas ou mais orações). Divide-se
em: simples e composto.
Simples: é aquele que possui apenas uma oração ou uma locução verbal.
Ex.: Joana comeu maçã.
Composto: é aquele formado por mais de uma oração.

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Ex.: Desejo que a população respeite o meio ambiente.


DICA 13
SUJEITO

Sujeito caracteriza-se por ser o termo da oração sobre o qual se declara alguma
coisa a respeito.
Ex.: A aluna brigou com a professora.
Núcleo do sujeito: Dentro de uma oração há uma palavra que possui muita
importância. Este termo é o núcleo do sujeito, pois é com ele que as outras palavras se
relacionam.
Ex.: Os meninos do bairro jogavam futebol na rua.
TOME NOTA → O sujeito não necessariamente precisa aparecer no início da
oração. Portanto, quando o sujeito aparece no início, com o predicado logo após, significa
que os termos da oração estão em ordem DIRETA. Agora, se o sujeito aparece no meio
ou no final da oração, significa que os termos estão em ordem INDIRETA.

Ex.: O sol nasceu para brilhar → Ordem DIRETA.


Nasceu o sol para brilhar → Ordem INDIRETA.

DICA 14
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO

Simples: é o sujeito que aparece de forma expressa na oração e possui apenas um


núcleo.
Ex.: O sol nasceu para brilhar.
Aquela é a maior jogadora de vôlei do momento.
A menina chorou.
Composto: é o sujeito que aparece de forma expressa na oração e possui mais de um
núcleo.
Ex.: Arroz e feijão são minhas comidas preferidas.
Romeu e Julieta morreram de amor.
Desinencial: é o sujeito que não aparece de forma expressa na oração, mas está
implícito na desinência do verbo.

Ex.: (Eu) Conheço meu pai biológico. / (Nós) Dormíamos no mesmo quarto.
DICA 15
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO

Indeterminado: quando a informação que se encontra no predicado refere-se a um


elemento que não se quer ou que não se pode determinar.
Ex.: Falaram muito bem de você na reunião escolar.

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ATENÇÃO!

O verbo está na 3ª pessoa do singular ou plural.


OBS.: Se for possível determinar a 3ª pessoa num contexto, será sujeito oculto.

Então, o sujeito será indeterminado se ocorrerem os seguintes casos:

Verbo na 3ª pessoa do plural Verbo na 3ª pessoa do singular


+ +
Não há sujeito expresso na oração: Índice de indeterminação do
Sujeito “se”:

Ex.: Ligaram para você. Ex.: Acredita-se em Jesus.


Espancaram o menino. Precisa-se de comida.

CUIDADO! Em: “Venderam-se as bolsas.” → As bolsas foram vendidas. Apesar


de, em um primeiro momento, a frase parecer que possui sujeito indeterminado, ela
possui sujeito expresso.
Oração sem sujeito: Neste caso, o verbo não aceita sujeito. São chamados de verbos
impessoais.

Verbos que expressam fenômenos Amanheceu rapidamente.


naturais:
Nevou muito no inverno.

Faz dois anos que casei.


Verbos “haver” e “fazer” exprimem
tempo transcorrido: Há três dias que não converso com
ela.

Há muitas crianças na festa.


Verbo “haver” no sentido de “existir”: OBS.: Se for utilizado o verbo
“existir”, a oração terá sujeito:

Existem muitas crianças na festa.

São sete horas.


Verbo “ser” aparece para indicar horas:
É uma hora.

Está frio hoje.


Verbo “ser” e “estar” indicam clima:
É cedo.

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DICA 16
CONCORDÂNCIA VERBAL

Sujeito simples: a concordância se dá em pessoa e número com o núcleo.

Ex.: A menina gritou alto.

Sujeito coletivo: o verbo pode ficar no singular ou plural.

Ex.: A alcateia possui visão apurada.

Ex.: A alcateia de lobos possui visão apurada. (CORRETO)


A alcateia de lobos possuem visão apurada. (CORRETO)
DICA 17
CONCORDÂNCIA VERBAL

Coletivos partitivos: com “a maioria de”, “grande número de”, “a maior parte
de” → os verbos podem ficar no singular ou plural.

Ex.: A maioria dos alunos reprovaram. (CORRETO)


A maioria dos alunos reprovou. (CORRETO)
“Mais de”, “menos de”, “cerca de”: verbo concorda com o numeral.

Ex.: Mais de uma pessoa faltou.

Nomes próprios: verbo deve concordar com o artigo, caso ele apareça.

Ex.: Os Estados Unidos são uma potente nação. (CORRETO)


Estados Unidos é uma potente nação. (CORRETO)
“Que” e “Quem” (pronomes relativos): o verbo concorda com o antecedente do
“que”.

Ex.: Foi ela que mordeu a língua.


Com o “quem”, o verbo pode estar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o
antecedente do "quem".

Ex.: Fui eu quem fez/fiz o bolo.


DICA 18
CONCORDÂNCIA VERBAL

Sujeito posposto: sujeito está depois do verbo.

Existem 2 maneiras de concordâncias:

O verbo fica no plural: Dormiram em casa a mãe e as filhas.

O verbo fica no singular e concorda com o núcleo que se encontra mais


próximo: Dormiu em casa a mãe e as filhas.
CUIDADO! Se o verbo vier com o pronome SE e houver RECIPROCIDADE, a
concordância será feita no PLURAL!
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Ex.: Abraçaram-se Maria e Júlia.


DICA 19
CONCORDÂNCIA VERBAL

Sujeito composto por pessoas gramaticais distintas: Verbo → plural. Porém, há


hierarquia no que tange à escolha da pessoa. 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e 3ª
pessoas. 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª.

Ex.: Eu e você corremos muito hoje.

No caso de “ou/nem”: Se a conjunção tiver sentido de EXCLUSÃO, o verbo


concorda com o núcleo mais próximo.

Ex.: João ou Mateus ganhará mais tempo.

Se indicar INCLUSÃO → verbo no PLURAL.

Ex.: Nem o aluno nem a aluna foram aprovados no concurso.


DICA 20
CONCORDÂNCIA VERBAL

Núcleos sinônimos no singular: verbo poderá ficar no plural ou no singular (daí


deverá concordar com o núcleo mais próximo).

Ex.: A raiva e fúria tomou/tomaram conta dele.

Aposto recapitulativo: o verbo concorda com a palavra que resume os termos da


oração (isso, tudo, ninguém…), e fica no singular.

Ex.: Os familiares, os amigos, ninguém presenciou minha vitória.

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ÉTICA
DICA 21
INFORMAÇÕES PRELIMINARES SOBRE MORAL E ÉTICA
A ética está relacionada ao caráter mais universal. Se a sociedade humana não tivesse
como base a ética em suas relações, talvez a mesma não tivesse durado até os dias de
hoje. Infelizmente, nesta caminhada da humanidade, houveram períodos históricos em
que a ética foi deixada de lado, adotando-se não apenas um comportamento antiético,
mas também imoral. Veja a seguir alguns exemplos:
Nos EUA, na década de 50, as leis eram segregadoras, baseando-se claramente no
preconceito étnico, especialmente direcionado à população negra. Esta é a prova de que
nem sempre o ordenamento jurídico vigente está alinhado à ética. No caso das leis
americanas segregadoras, eram o ordenamento vigente na época, mas eram antiéticas e
imorais.

Outro exemplo foram o reinado de terror e barbárie imposto pelos nazistas. Na


imagem, soldados nazistas rendem pessoas judias no gueto de Varsóvia, na Polônia. O
nazismo se baseava em ideais destrutivos, discriminatórios e totalmente contrários a
qualquer princípio ético e moral.

DICA 22
DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE MORAL E ÉTICA
No decorrer do estudo sobre ética não é incomum confundir ética com moral. Mas são dois
institutos diferentes e é extremamente importante que você saiba diferenciar eles.
Vejamos a seguir de uma forma contextualizada e esquematizada as diferenças mais
básicas:

ÉTICA MORAL

Do grego” ethos” = conduta, caráter Do latim “mos” = costumes

Tem uma natureza mais teórica Tem uma natureza prática

Universal Local, cultural, tradições (muda de acordo


com a cultura local)

Atemporal Temporal (o que era moral uma época,


hoje pode ser considerado imoral)

Importante salientar que é a ética é um ramo da disciplina da filosofia.

FILOSOFIA ÉTICA= RAMO DA FILOSOFIA

A partir da tabela acima, pode-se ter uma visão maior de que ética e moral são conceitos
diferentes. A ética é um conceito de cunho universal, enquanto que a moral varia de
um local ou cultura para o outro. Um comportamento que é considerado imoral aqui no
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Brasil seria o de prender crianças. Vemos tal comportamento como imoral e ilegal, mas no
Irã, um país localizado na Ásia Central, é um comportamento aceitável e moral. Veja
abaixo a recente notícia publicada pela revista Marie Claire:

Veja como uma banca de concurso pode tentar te fazer confundir o conceito de moral
com ética:

QUESTÃO, 2021.
A respeito da ética, julgue o item a seguir.
A ética pode ser entendida como uma escolha embasada em um conjunto de valores
pessoais.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTA: Errado.
COMENTÁRIO: Este é o conceito de moral, não de ética.
Adendo: Esta prova foi anulada por haver indícios de fraude, e não por causa das
questões em si.

DICA 23
ÉTICA E DEMOCRACIA
Vivemos em um Estado Democrático de Direito, regido por uma Constituição que tem
como base garantir os direitos individuais e coletivos de toda a sociedade, inclusive
dos projetos que se realizam nas relações da sociabilidade humana, e devendo os direitos
e os deveres andarem juntos no que diz respeito ao exercício da cidadania.
Mas vindo para um campo mais prático da vida, como a ética pode ser ligada ao ideal de
democracia? Vamos tomar como exemplo o direito ao voto, que é garantido pela CF/88.
Em outras palavras, é o povo que faz a escolha das pessoas que irão ocupar os cargos
políticos, como governador, senador, deputado federal, vereadores entre outros.
Art. 14 da CF/88:” A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.”

Cuidado para não confundir democracia com república


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Democracia = Regime de governo;

República = Forma de governo;


E como não esquecer que democracia é regime de governo. Lembre-se do seguinte
mnemônico:

Regime é coisa do demo (Democracia)

DICA 24
ÉTICA E SUAS INFLUÊNCIAS
A ética pode ser influenciada? Esta questão muitas vezes é abordada em concursos e
acaba pegando muitos examinandos de surpresa. A ética, por ser universal, não pode ser
influenciada por condições históricas e temporais, ainda que se tenha o intuito de
preservar os valores de determinada sociedade? A resposta é que a ética pode sim ser
influenciada por condições históricas e temporais, mesmo que se tenha o intuito de
preservar os valores de determinada sociedade.
Logo, em outras palavras, a ética é universal, porém é mutável.

QUESTÃO, 2018.
Considerando os conceitos, princípios e valores da ética e da moral, bem como o
disposto na Lei n.º 8.429/1992, julgue o item a seguir.
A ética, por ser universal, não pode ser influenciada por condições históricas e
temporais, ainda que se tenha o intuito de preservar os valores de determinada
sociedade.
( ) CERTO
( ) ERRADO
RESPOSTA: ERRADO.

DICA 25
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E ÉTICA
Um dos princípios da Administração Pública é o da legalidade. O Princípio da Legalidade,
de uma forma bem básica, afirma que a Administração Pública apenas poderá fazer as
condutas autorizadas por lei. E isto tem uma ligação muito forte com ética, pois o
princípio da legalidade liga o servidor e suas condutas ao que está normatizado na lei. Ou
seja, as disposições legais, inclusive deste código aqui tratado, estão dentro da legalidade.
Logo, tanto as condutas éticas quanto as vedações estão totalmente coerentes e de
acordo com o Princípio da Legalidade.

Existe uma frase do famoso doutrinador Hely Lopes Meirelles que cai em muitas
provas de concursos, que é a seguinte:

“Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na
Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza”.

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DICA 26
ÉTICA E CIDADANIA
A cidadania é tomada de consciência de seus direitos, tendo como contraponto a
realização de deveres, fato este que permite a mudança da vida social. Lembrando
sempre que a cidadania resulta no exercício dos direitos civis, socioeconômicos e políticos.
Vale a pena ressaltar até que não é preciso que o indivíduo tenha conhecimento de que
tem este direito de exercer a cidadania. Imagine o exemplo hipotético de uma pessoa que
vive em uma comunidade ribeirinha, tendo pouco acesso à informação e pouca instrução
acadêmica. Isto não a impede de ser um cidadão.
E mais: A efetivação da cidadania e consciência coletiva desta condição são
indicadores claramente reais do desenvolvimento moral e ético da sociedade.
DICA 27
ÉTICA, MORAL E CIDADANIA NA HORA DE VOTAR

O exercício da cidadania na hora de votar é um dos exercícios mais conhecidos da


cidadania. E nesta hora deve ser feito um juízo de valores morais. A pessoa votará no
candidato que esteja alinhado aos seus desejos e que tenha propostas que estejam de
acordo com seus valores morais. O voto constitui o mais importante instrumento de
mudança política e social.
Depois de uma série de lutas, a democracia passou a ser o regime do Brasil, e com
ele veio do direito ao voto. Ocorre que infelizmente muitos vendem este direito, que foi
fruto de tanto trabalho duro, em troca de dinheiro, favores entre outros. A prática de
venda de voto, além de ser ilegal (artigo 299 do Código Eleitoral), é completamente
antiética e imoral, visto que o candidato que se utiliza deste método de compra de voto já
mostra de cara que não tem ética nem moral em seus comportamentos. Além disto, o
voto é um direito, não uma mercadoria para ser vendido.
DICA 28
CONDUTA MORAL DO SERVIDOR PÚBLICO
A conduta ética do servidor público não se limita somente à uma questão de
comportamento permitido. Também se dá por outras ações, tais como: Sua dedicação,
sua pontualidade, o respeito com o qual trata seus colegas e o público em geral e etc.
Dentro deste tema, há dois tipos de regras (chamadas por alguns doutrinadores de
regramentos), conforme podem ser vistos a seguir:

REGRAS IMPERATIVAS REGRAS CONSTRUTIVAS

Vem da ideia de ordem, dizendo o que São regras de caráter instrutivo, orientador,
não pode ser realizado. que dizem o que pode ser feito

DICA 29
DECORO E ÉTICA
O decoro é uma “postura” porque une a disposição interna para agir corretamente com
a aparência desse agir. Decoro, do latim decorum, é “a face pública de um estado pessoal
da honradez” (David Burchell).

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Logo, é evidente a ligação entre o decoro e a função pública. Inclusive, é importante que
você saiba que o servidor público deverá ter conduta adequada até mesmo fora do
horário de trabalho.
E tome cuidado para não confundir o decoro com probidade, já que ambas as
qualidades devem ser achadas no servidor público, porém tem significados distintos.

Decoro = Postura

Probidade = Honestidade
DICA 30
ELEMENTOS DO CAMPO ÉTICO
Segundo ensinamento de boa parte dos doutrinadores (como por exemplo a professora
Marilena Chaui), há 3 elementos que compõe o âmbito ético, que são:

Pessoa, agente ou sujeito moral: Este deve ser dotado de vontade e ter
consciência de si dos outros.

Valores morais, virtudes éticas ou fins morais; e

Meios para que a pessoa possa atingir os fins éticos.

QUESTÃO, 2020.
A respeito de moral, ética e valores, julgue o item que se segue.
A pessoa moral e os valores são elementos constitutivos do campo ético.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTA: Certo.

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REGIMENTO INTERNO
DICA 31
ORGANIZAÇÃO, DA COMPOSIÇÃO E DA COMPETÊNCIA - ORGANIZAÇÃO DO TJDF
Sede: Capital Federal
Composição: 48 desembargadores
Exercício da jurisdição: no Distrito Federal e nos Territórios Federais
Funcionamento:

em sessões:

do Tribunal Pleno;

do Conselho Especial;
do Conselho da Magistratura;
da Câmara de Uniformização;

das Câmaras especializadas;

das Turmas especializadas.

em reuniões das comissões permanentes ou temporárias.


Possui:
3 Câmaras especializadas: 2 cíveis e 1 criminal
11 Turmas: 8 cíveis e 3 criminais
DICA 32
TRIBUNAL PLENO
Constituído pela totalidade dos desembargadores
Presidido pelo Presidente do Tribunal
Possui atribuições administrativas
São eleitos pelo Tribunal Pleno:
Presidente do Tribunal;
Primeiro Vice-Presidente;
Segundo Vice-Presidente;
Corregedor da Justiça.

O Presidente, o Primeiro Vice-Presidente, o Segundo Vice-Presidente e o Corregedor da


Justiça compõem a Administração Superior e integram o Conselho Especial e o
Conselho da Magistratura, sem exercerem, no primeiro, as funções de relator ou de
revisor.

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DICA 33
TRIBUNAL PLENO
SUPER DICA: Não poderão ter assento, na mesma Turma ou Câmara,
desembargadores cônjuges ou parentes em linha reta ou colateral, inclusive por afinidade,
até o terceiro grau.
Nos julgamentos do Conselho Especial, a intervenção de um dos desembargadores, nos
casos de que trata este artigo, determinará o impedimento do outro, o qual será
substituído, quando necessário, na forma determinada neste Regimento.
DICA 34
CONSELHO ESPECIAL
Composição: 21 membros
Presidido: pelo presidente do tribunal
Integrantes: 11 desembargadores mais antigos
10 desembargadores eleitos pelo Tribunal Pleno
Memorize! Em caso de impedimento do Presidente, a condução dos trabalhos será
transmitida ao Primeiro Vice-Presidente ou, na impossibilidade deste, ao Segundo Vice-
Presidente. Na impossibilidade de ambos, ao membro mais antigo que lhes suceder
na ordem decrescente de antiguidade.
DICA 35
CONSELHO ESPECIAL
SUPER DICA! O mandato dos membros eleitos será de 2 anos, admitida 1
recondução.
O desembargador que integrar o Conselho Especial por quatro anos, desprezada
convocação por período igual ou inferior a seis meses, só poderá ser candidato se
esgotados todos os nomes dos elegíveis.

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LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA


DICA 36
DA COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
A Lei n.º 11.697/08 traz em seu art. 2º que compõem a Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios:

o Tribunal de Justiça;

o Conselho Especial;

o Conselho da Magistratura;

os Tribunais do Júri;

os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios;

os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal;

a Auditoria e o Conselho de Justiça Militar.

ATENÇÃO!

Muita atenção para não confundir com os órgãos do Poder Judiciário previsto no art.
92 da Constituição Federal.

DICA 37
DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Note-se que não estamos mais falando da composição da justiça, mas do tribunal.
O Tribunal de Justiça:

possui sua sede na Capital Federal;

é composto de 48 desembargadores;

exerce sua jurisdição no Distrito Federal e nos Territórios.

O Presidente, o Primeiro Vice-Presidente, o Segundo Vice-Presidente e o


Corregedor serão eleitos por seus pares, na forma da Lei Orgânica da Magistratura
Nacional - LOMAM, para um período de 2 anos, vedada a reeleição.

No caso de vacância dos cargos de Presidente, Primeiro e Segundo Vice-Presidentes


ou do Corregedor:

faltando + de 6 meses para o término do mandato será realizada nova eleição para
completar o mandato.

faltando - de 6 meses para o término do mandato a substituição do Presidente será


feita pelo Primeiro e Segundo Vice-Presidentes, sucessivamente, e a destes ou do
Corregedor pelo desembargador mais antigo.

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A eleição do Segundo Vice-Presidente proceder-se-á somente quando da


composição total do número de desembargadores definido na Lei (48
desembargadores).
A substituição de desembargador e a convocação de juízes (dentre os juízes de
direito do DF) se procederá nos termos da Lei Orgânica da Magistratura Nacional e do
Regimento Interno.
Não poderão ter assento na mesma Turma ou Câmara do Tribunal de Justiça
desembargadores cônjuges ou parentes em linha reta ou colateral, inclusive por
afinidade, até o 3º grau.
DICA 38
DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA PROCESSAR E JULGAR
ORIGINARIAMENTE

Conforme disposto no art. 8º, inciso I, da Lei nº 11.697/08 compete ao Tribunal de


Justiça processar e julgar originariamente (o julgamento se inicia no próprio tribunal):

nos crimes comuns e de responsabilidade: os Governadores dos Territórios, o Vice-


Governador do Distrito Federal e os Secretários dos Governos do Distrito Federal e dos
Territórios, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

nos crimes comuns: os Deputados Distritais;

nos crimes comuns e de responsabilidade: os Juízes de Direito do Distrito Federal e


dos Territórios, os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal e dos Territórios,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

os mandados de segurança e os habeas data contra atos: do Presidente do


Tribunal e de qualquer de seus órgãos e membros, do Procurador-Geral da Justiça do
Distrito Federal e dos Territórios, dos Juízes do Distrito Federal e dos Territórios, do
Governador do Distrito Federal, dos Governadores dos Territórios, do Presidente do
Tribunal de Contas do Distrito Federal e de qualquer de seus membros, do Procurador-
Geral do Distrito Federal e dos Secretários de Governo do Distrito Federal e dos
Territórios;

os habeas corpus: quando o constrangimento apontado provier de ato de qualquer


das autoridades acima indicadas no mandado de segurança e habeas data, exceto do
Governador do Distrito Federal;

os mandados de injunção: quando a elaboração da norma regulamentadora for


atribuição de órgão, entidade ou autoridade do Distrito Federal, quer da administração
direta, quer da indireta;

os conflitos de competência entre órgãos do próprio Tribunal;

as ações rescisórias e as revisões criminais de seus julgados;

os pedidos de uniformização de sua jurisprudência;

os embargos infringentes de seus julgados;

os embargos declaratórios a seus acórdãos;

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as reclamações formuladas pelas partes e pelo Ministério Público, no prazo de 5


dias, contra ato ou omissão de juiz de que não caiba recurso ou que, importando em erro
de procedimento, possa causar dano irreparável ou de difícil reparação;

as representações por indignidade para o Oficialato da Polícia Militar e Corpo de


Bombeiros do Distrito Federal e dos Territórios;

a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de


constitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face de sua Lei
Orgânica.
DICA 39
DAS DEMAIS COMPETÊNCIAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
As competências delineadas na dica anterior, são aquelas em que o processo e julgamento
de ações judiciais se inicia e termina do próprio Tribunal de Justiça, por isso chamadas de
competência original.

Entretanto, além das competências originárias, a Lei 11.697/08 prevê que também
compete ao Tribunal de Justiça:

julgar as arguições de suspeição e impedimento opostas aos magistrados e ao


Procurador-Geral de Justiça;

julgar os recursos e remessas de ofício relativos a decisões proferidas pelos Juízes


de Direito do Distrito Federal e dos Territórios;

julgar a exceção da verdade nos casos de crime contra a honra em que o


querelante tenha direito a foro por prerrogativa da função;

julgar os recursos das decisões dos membros do Tribunal nos casos previstos
nas leis de processo e em seu Regimento Interno;

executar as decisões que proferir, nas causas de sua competência originária,


podendo delegar aos juízes de primeiro grau a prática de atos não decisórios;

aplicar as sanções disciplinares aos magistrados; decidir, para efeito de


aposentadoria, sobre sua incapacidade física ou mental, bem como quanto à
disponibilidade e à remoção compulsória de Juiz de Direito;

aplicar pena de demissão ou perda da delegação, se for o caso, aos integrantes


dos serviços auxiliares da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios;

decidir sobre a perda de posto e da patente dos oficiais e da graduação dos


praças;

elaborar lista tríplice para o preenchimento das vagas correspondentes ao quinto


constitucional reservado aos advogados e membros do Ministério Público, bem como para
a escolha dos advogados que devem integrar o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito
Federal;

eleger os desembargadores e juízes de direito que devam integrar o Tribunal


Regional Eleitoral do Distrito Federal;

indicar ao Presidente do Tribunal o juiz que deva ser promovido por antiguidade
ou merecimento e autorizar permutas;

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indicar ao Presidente do Tribunal os juízes que devam compor as Turmas


Recursais;

promover o pedido de Intervenção Federal no Distrito Federal ou nos Territórios,


de ofício ou mediante provocação;

elaborar o Regimento Interno do Tribunal;

aprovar o Regimento Administrativo da Secretaria e da Corregedoria;

organizar os serviços auxiliares, provendo os cargos, na forma da lei;

decidir sobre matéria administrativa pertinente à organização e ao


funcionamento da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios;

organizar e realizar os concursos para o ingresso na Magistratura do Distrito


Federal e dos Territórios;

organizar e realizar concursos públicos para provimento dos cargos do Quadro


do Tribunal de Justiça;

organizar e realizar concursos públicos para o exercício da atividade notarial e


de registro;

dispor sobre normas e critérios para o concurso de remoção dos notários e


oficiais de registro;

propor ao Congresso Nacional o Regimento de Custas das Serventias Judiciais e


dos Serviços Notariais e de Registro a viger no Distrito Federal e Territórios;

designar, sem prejuízo de suas funções:

até 2 Juízes de Direito para Assistentes da Presidência do Tribunal;

até 4 Juízes de Direito para Assistentes do Corregedor de Justiça, a eles podendo


ser delegadas funções correicionais em cartórios judiciais e Serviços Notariais e de
Registro.
DICA 40
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL

O art. 10 da Lei 11.697/08 enumera como atribuições do Presidente do Tribunal:

dirigir os trabalhos do Tribunal;

representar o Poder Judiciário do Distrito Federal e dos Territórios em suas relações


com os demais Poderes e autoridades;

conceder a delegação para o exercício da atividade notarial e de registro, bem


como extingui-la, nos casos previstos em lei, declarando vago o respectivo serviço;

autorizar, na forma da lei, a ocupação de áreas de prédios da Justiça do Distrito


Federal e dos Territórios.
Ainda segundo a Lei 11.697/08, as demais competências serão fixadas pelo
Regimento Interno.

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PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E OFÍCIOS


JUDICIAIS
DICA 41
DOS JUÍZES DE DIREITO

O PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZOS E OFÍCIOS


JUDICIAIS dispõe acerca:

das rotinas de trabalho e

da aplicabilidade de dispositivos de lei.

Aplicado no âmbito da Primeira Instância do TJDFT.

DICA 42

DOS JUIZES DE DIREITO

ATENÇÃO!

Dentre as competências do juiz previstas no Art. 1º, DUAS competências constituem


prerrogativas do Juiz de Direito titular da Vara:
indicar, por meio eletrônico, para fins de nomeação, o diretor da secretaria e, para
fins de designação, seu substituto, dentre os bacharéis em Direito do Quadro de Pessoal
do Tribunal, em efetivo exercício;
indicar, por meio eletrônico, os servidores para as demais funções comissionadas
sob sua direção, dentre os ocupantes de cargos de provimento efetivo e em exercício;

DICA 43

VARAS DE NATUREZA CÍVEL

As varas de natureza cível deverão registrar no sistema informatizado do Tribunal a


ocorrência de:

retificação do nome das partes e de sua qualificação;

inclusão, exclusão e baixa de partes;

reconvenção, intervenção de terceiros, incidente de desconsideração da personalidade


jurídica e conversão em cumprimento de sentença ou em execução;

modificação da classe ou do assunto de processo;

remessa de processo a outro juízo.

DICA 44

VARAS DE NATUREZA CÍVEL - AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO

A condução da audiência de conciliação e mediação poderá ser delegada a conciliador


nomeado por ato da Segunda Vice-Presidência do Tribunal ou, em sua ausência, por
servidor lotado no juízo.
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GRAVAÇÕES

A audiência de instrução e julgamento poderá ser gravada por meio de sistema de


áudio ou audiovisual, com certificação no termo de audiência.

Para fins de recurso, a audiência gravada apenas em áudio poderá ser transcrita por
iniciativa e às expensas do interessado.

As gravações permanecerão disponíveis às partes.

A gravação poderá ser realizada diretamente por qualquer das partes

MEMORIZE! Não haverá transcrição no caso de registro da audiência por meio


audiovisual.

DICA 45

VARAS DE NATUREZA CRIMINAL

As varas de natureza criminal deverão registrar no sistema informatizado do Tribunal,


bem como comunicar ao Instituto Nacional de Identificação – INI a ocorrência de:

recebimento de denúncia ou queixa-crime;

recebimento de aditamento que importe em retificação de nomes, inclusão ou exclusão


de réus e suas qualificações, modificação ou nova definição jurídica do fato;

transação penal, suspensões processuais realizadas na forma da Lei nº 9.099, de 26 de


setembro de 1995, absolvição, desclassificação, impronúncia, condenação, extinção de
punibilidade e arquivamento;

desmembramentos e remembramentos de processos;

redistribuição de processos.

DICA 46

VARAS DE NATUREZA CRIMINAL

As varas de natureza criminal, deverão inserir nos sistemas informatizados do


Tribunal os seguintes dados:

Data do fato;

Incidência penal e data do oferecimento e do recebimento da denúncia;

Data da suspensão do processo;

Data da citação;

Data da sentença, bem como da sua publicação;

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Espécie de recurso, data do acórdão, bem como da sua publicação;

Data do trânsito em julgado;

Pena aplicada;

Dispositivo das decisões, das sentenças e dos acórdãos;

As informações sobre a prisão, a soltura, a recomendação e o estabelecimento em que


se encontra recolhido o preso provisório;

DICA 47

VARAS DE NATUREZA CRIMINAL

SUPER DICA

Terão atendimento prioritário:

habeas corpus;

processos relativos a réus presos;

processos com réus monitorados eletronicamente.

MEMORIZE! No caso de sentença absolutória, a vara deverá expedir,


imediatamente, o alvará de soltura em favor do réu, se ainda não foi posto em
liberdade.

DICA 48

VARAS DE NATUREZA CRIMINAL

O réu preso será intimado das sentenças e dos acórdãos por meio de oficial de justiça,
dispensada a requisição.

Caso o réu manifeste interesse em recorrer, firmará, no momento da intimação, o termo


respectivo.

O diretor de secretaria ou seu substituto dará conhecimento da sentença ao


Ministério Público no prazo de 3 dias após a publicação.

DICA 49

VARAS DE NATUREZA CRIMINAL

Caberá ao JUIZ DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS – VEP decidir sobre pedidos de


concessão ou regulamentação de visitas, bem como de remoção, ingresso e permanência
de quaisquer presos em estabelecimentos penais sujeitos à sua fiscalização, inclusive os
que não tenham vinculação com a Justiça do Distrito Federal, sejam eles presos
provisórios ou com condenação definitiva.

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A fiança e os valores apreendidos com o réu e que, por decisão judicial, devam ser
restituídos, serão levantados ou reclamados no prazo de 90 dias, a contar da sua
ciência.

DICA 50

JUIZADOS ESPECIAIS

ATENÇÃO!

A audiência de instrução e julgamento poderá ser gravada por meio do sistema de


áudio ou audiovisual, com certificação no termo de audiência.

As gravações permanecerão disponíveis às partes até o trânsito em julgado da


sentença, quando poderão ser destruídas, exceto no caso de sentença penal
condenatória.

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PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO


DICA 51
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

O provimento nº 12 regulamenta o processo judicial eletrônico no âmbito das


unidades judiciais de Primeira Instância.
Processo eletrônico é o processo judicial que tramita mediante um conjunto de arquivos
digitais, cuja comunicação, armazenamento e consulta ocorre por meio eletrônico.

É padronizado pelo CNJ – Conselho Nacional de Justiça.


Os atos processuais praticados por meio do sistema PJe têm registro, visualização,
tramitação e controle exclusivamente em meio eletrônico.

DICA 52
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

O uso inadequado do PJE que venha a causar prejuízo às partes ou à atividade


jurisidicional importará bloqueio do cadastro do usuário, sem prejuízo de outras sanções.
Os originais dos documentos juntados aos autos deverão ser preservados pela parte:
até o trânsito em julgado da sentença.
ou, quando admitida, até o final do prazo para interposição de ação rescisória.

DICA 53
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Todos os atos processuais do processo eletrônico serão assinados eletronicamente,


por meio de certificação digital.

É de exclusiva responsabilidade do titular de certificação digital o uso e sigilo da


chave privada de sua identidade digital, não sendo oponível, em nenhuma hipótese,
alegação de uso indevido.
DICA 54
DO ACESSO AO SISTEMA PJE
SUPER DICA: Dispõe o Art. 8º que, para acesso ao PJe, é obrigatória a utilização da
assinatura digital do tipo ICP-Brasil – Padrão A3, ou equivalente, com exceção das
situações previstas no § 3º deste artigo.
O § 3º, por sua vez, prevê que será possível o acesso ao sistema PJe
independentemente de certificação digital, por meio de usuário (login e senha), desde
que disponível solução tecnológica para tanto, exceto para:
a) assinatura de documentos e arquivos;
b) operações que exijam identificação por certificação digital.

Ou seja, para essas duas hipóteses, a certificação digital é indispensável, memorize-


as!

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DICA 55
ARQUIVOS NÃO ASSINADOS DIGITALMENTE
O usuário, ao acessar o PJe mediante o uso de login e senha, poderá enviar arquivos
não assinados digitalmente.
Qual o prazo o usuário terá para assiná-los com certificado digital? Prazo de até 5 dias.

Arquivos não assinados


Prazo: 5 dias
digitalmente

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 56
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - QUANTO AO CONTEÚDO

Quanto ao conteúdo as constituições são classificadas como:

Material: materialmente, identifica-se como as normas que regulam a estrutura do


Estado, a sua organização e os direitos fundamentais. Só os temas atinentes a esse
escopo são constitucionais. Desta forma, as regras que fossem materialmente
constitucionais, codificadas ou não em um mesmo documento, seriam essencialmente
constitucionais. Tudo o mais que constar da Constituição e que a isso não se refira não
será matéria constitucional.

Formal: É o modo de ser do Estado, estabelecido em documento escrito. Não se


há de pesquisar qual o conteúdo da matéria. Tudo o que estiver na constituição é matéria
constitucional.

Mista: Uma classificação ainda polêmica, e não sendo adotada por alguns
doutrinadores. Essa teoria traz que, nos termos do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal,
os Tratados e as Convenções de direitos humanos, aprovados em cada casa do Congresso,
em dois turnos, com voto de 3/5 de seus membros equivalerão a uma Emenda
Constitucional, ou seja, um documento de natureza constitucional que está fora da
Constituição, sendo adotado tanto o critério material como o formal. É a Teoria do Bloco
da Constitucionalidade, através da qual não é constitucional apenas o que está na CF, mas
toda e qualquer regra de natureza constitucional. Portanto, para alguns, o sistema que
usamos é o misto.
Portanto, ao analisar a Constituição Federal de 1988 em relação com seu conteúdo,
pode-se dizer que ela é formal ou formalmente. O que seria dizer que a constituição é o
modo de ser do Estado, estabelecido em documento escrito. Não se há de pesquisar qual
o conteúdo da matéria. Tudo o que há na constituição é matéria constitucional. Essa
distinção hoje perde o sentido, carreando toda a doutrina no sentido de considerar
materialmente constitucional tudo o que formalmente nela se contiver.

CF/88 → Conteúdo → Formal

DICA 57
QUANTO A ESTABILIDADE

Quanto à estabilidade as constituições podem ser:

Rígidas: constituições que exigem, para sua alteração, um processo legis mais árduo
do que o processo de alteração das normas não constitucionais.

Flexíveis: o processo de alteração é idêntico às normas não constitucionais. Não há


hierarquia entre as leis.

Semirrígidas/Semiflexíveis: algumas matérias tem alteração mais difícil, outras nem


tanto.

Fixas: podem ser alteradas por poder igual ao que a criou, poder constituinte
originário.

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Transitoriamente flexíveis: por um tempo serão suscetíveis de reforma e depois


passam a ser rígidas.

Imutáveis: inalteráveis, verdadeira relíquia.


A constituição brasileira atual pode ser classificada como rígida em relação a sua
mutabilidade, uma vez que o processo de alteração é mais rigoroso do que o processo
de elaboração das leis ordinárias, em consonância com princípio da supremacia da
Constituição.

CF/88 → Estabilidade → Rígida

DICA 58
QUANTO A FORMA

Quanto à forma as constituições são classificadas como:

Escrita: É constituição consistente num código, num documento único sistematizado. É


o sistema usual no continente europeu e, consequentemente, em toda a América Latina.

Costumeira\não escrita\consuetudinária: É a constituição consistente em normas


esparsas, não aglutinadas em um texto solene, centrada nos usos e costumes, na prática
política e judicial. Seu grande exemplo é a constituição inglesa que não tem um
documento escrito, um código. Ao contrário o seu direito constitucional decorre da
identificação dos chamados direitos imemoriais do povo inglês. O sistema parlamentarista,
que é o grande modelo para todo o mundo civilizado, não está estruturado em qualquer
norma escrita.
Quanto à Forma a Constituição Federal de 1988 é escrita. Constituição escrita é
aquela sistematizada em um único documento constitucional escrito.

CF/88 → Forma → Escrita

DICA 59
QUANTO A ORIGEM

A classificação de uma constituição quanto à origem:

Constituição promulgada, democrática, popular ou votada: Elaborada pela


Assembleia Nacional Constituinte, composta por representantes legitimamente eleitos pelo
povo, com a finalidade de sua elaboração. Como ocorreu com as Constituições brasileiras
de 1891, 1934, 1946, 1988.

Constituição outorgada: Elaborada sem a participação popular, estas são impostas


pelo poder da época. Como ocorreu com a Constituição de 1824 (outorgada pelo
Imperador Dom Pedro I), Constituição de 1937 (imposta por Getulio Vargas), Carta
Política de 1967 (instituída pelo regime militar) e Emenda Constitucional 1/1969, que
alterou substancialmente a Constituição de 1967 (outorgada por uma junta militar).

Cesarista: São outorgadas, mas dependem de ratificação popular através do


referendo. Um exemplo é a constituição napoleônica que, embora aparente ser

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promulgada, tem núcleo de outorgada. São feitas pelo governador sem observância da
capacidade popular.

Pactuada: Decorre de um acordo entre dois grupos sociais, havendo mais de um


titular do poder constituinte. Um exemplo é a Carta Magna de 1215, que decorreu de um
acordo entre o rei e a nobreza.
A Constituição Federal de 1988 é promulgada, pois foi elaborada com a participação
popular. Originou-se de um órgão constituinte composto de representantes do povo,
eleitos com a finalidade de elaborar o texto constitucional.

CF/88 → Origem → Promulgada

DICA 60
QUANTO A EXTENSÃO

A classificação de uma constituição quanto à extensão:

Sintéticas: Preveem somente princípios e normas gerais, organizando e limitando o


poder do Estado apenas com diretrizes gerais, mínimas, firmando princípios, não detalhes.
É concisa, breve, sucinta, também chamada de Constituição Federal negativa.

Analíticas: Abrangem todos os assuntos que entende relevantes. São amplas,


extensas, prolixas, detalhas, como a nossa Constituição de 1988, por exemplo.
Quanto à Extensão a Origem a Constituição Federal é analítica, pois examina e
regulamenta todos os assuntos que entende relevantes. Contém normas materialmente
constitucionais e normas formalmente constitucionais. Por essa razão, é extensa e prolixa.

CF/88 → Extensão →Analítica

DICA 61
QUANTO A FINALIDADE

Constituição Garantia: Limita-se a fixar os direitos e garantias. É uma carta


declaratória.

Constituição Dirigente: Além de fixar direitos e garantias, fixa metas estatais, fixa
uma direção para o Estado.
Quanto à Finalidade a Constituição Federal de 1988 é dirigente, pois além de criar
limites para a atuação do Estado com a previsão de direitos e garantias fundamentais, cria
direitos, garantias e metas para o Governo. Dirige programas institucionais para o Estado,
preocupa-se não só com o presente, mas também com o futuro, buscando condicionar os
órgãos estatais à satisfação de objetivos predefinidos. O termo “dirigente” significa que a
Constituição “dirige” a atuação futura do Estado, por meio da previsão de metas. E
caracteriza-se pela presença de normas constitucionais de eficácia limitada definidoras de
princípios programáticos.

CF/88 → Finalidade → Dirigente


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DICA 62
QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO

A classificação de uma constituição quanto ao modo de elaboração:

Dogmáticas: São as constituições escritas, elaboradas por um órgão especialmente


designado para esse fim, normalmente designado Assembleia Nacional Constituinte. Adota
expressamente a ideia de direito prevalente num momento dado.

Históricas: São as constituições consuetudinárias, fruto de uma lenta e contínua


síntese da história e da tradição de um povo.
A Constituição Federal é Dogmática, pois originou-se de um trabalho legislativo
específico e de um determinado órgão constituinte, sistematizando os dogmas
fundamentais da política e do direito dominantes naquele momento histórico. Tem esse
nome por refletir os dogmas presentes, e, por isso, será sempre escrita.

CF/88 → Modo de elaboração → Dogmática

DICA 63
RESUMO DAS CLASSIFICAÇÕES

Vale relembrar como a nossa Constituição Federal pode ser classificada hoje:

Quanto ao conteúdo: Materiais e formais.

Quanto à forma: Escritas e não escritas.

Quanto ao modo de elaboração: Dogmática e histórica.

Quanto a origem: Promulgadas e outorgadas

Quanto a estabilidade: Rígidas, super-rígidas, semirrígidas e flexíveis.

Quanto a extensão: Analítica e sintética.

Vamos utilizar um mnemônico para melhor fixação!


A CF/88 é classificada como uma PEDRAF:

P Promulgada

E Escrita

D Dogmática

R Rígida

A Analítica

F Formal

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DICA 64
OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Outras características da Constituição Federal de 1988, são:

Quanto à correspondência com a realidade: Normativa.


Quanto à finalidade: Constituição-dirigente.

Quanto ao conteúdo ideológico: Constituição Social.


Quanto ao local da decretação: Auto constituição/Autônoma.

Quanto ao sistema: Constituição Principiológica ou Aberta.

Quanto à ideologia: Eclética / Pragmática / Heterodoxa.


DICA 65
CONSTITUIÇÃO - SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO

Supremacia Material - É um corolário do objeto clássico das constituições, ou seja,


das chamadas matérias constitucionais, as quais são os fundamentos do Estado de
Direito. Por isso, segundo a doutrina, estão acima das leis. A supremacia material é
um atributo de toda constituição. Não gera consequências jurídicas.

Supremacia Formal - É uma característica exclusiva das constituições rígidas. A


supremacia formal decorre da rigidez (isto é muito importante para o controle de
constitucionalidade). A rigidez constitucional decorre exatamente da previsão de um
processo especial e agravado, reservado para alteração das normas constitucionais,
significantemente distinto do processo comum e simples, previsto para a elaboração e
alteração das leis complementares e ordinárias.

A supremacia formal da Constituição decorre da rigidez e da presença de


mecanismos de controle de Constitucionalidade. Porém, a supremacia material,
que é a que decorre de uma consciência constitucional.
Fixando!

Formal → típica de constituições rígidas


Material → típica de constituições flexíveis
DICA 66
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
A aptidão das normas constitucionais de produzirem efeitos é denominada eficácia
jurídica, a qual é conferida conforme a classificação das normas segundo a sua
aplicabilidade.

1ª Teoria – Americana (século XIX): existem dois tipos de normas: as normas


constitucionais auto executórias e as normas constitucionais não auto executáveis.

Crítica: algumas normas constitucionais não seriam dotadas de imperatividade e


inexistência de análise do papel das normas pragmáticas.

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2ª Teoria – Italiana (século XX): reconhecimento às normas pragmáticas de


juridicidade, entendendo-as como jurídico constitucionais.

Doutrina Brasileira: Para José Afonso da Silva todas as normas constitucionais são
dotadas de aplicabilidade/eficácia.

DICA 67
NORMAS DE EFICÁCIA PLENA, CONTIDA E LIMITADA

Possui todos os elementos


para a produção de efeitos
EFICÁCIA PLENA Eficácia plena =
jurídicos diretos e
imediatos, ex. art. 1º, 44 e direta + imediata + integral
46, CF.
Eficácia: 100%

Possui todos os elementos,


mas seu âmbito de eficácia
EFICÁCIA CONTIDA Eficácia contida =
é restringido/contido pelo
legislador ordinário, ex. art. direta + imediata + não
37, I, CF. integral
Eficácia: 100% - lei

Não possui todos os


elementos. Necessita da
EFICÁCIA LIMITADA Eficácia limitada =
atuação do legislador
ordinário para que produza indireta + mediata +
seus efeitos e aumentar seu reduzida + diferida
âmbito de eficácia.
Eficácia: % + lei = 100%

DICA 68
NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA
As normas de eficácia limitada se subdividem em:
Normas de princípio programático: Direcionam a atuação do Estado instituindo
programas de governo.
São normas que estabelece os princípios e diretrizes que serão cumpridos pelo Estado
observando seus fins sociais, estabelecendo programas de ação futura.
Vinculam programas de governo, sendo dirigidas aos próprios governantes.

STF

Normas programáticas, sobretudo de temas relacionados à saúde e educação, possuem


aplicabilidade direta e imediata, à luz da teoria do mínimo existencial atrelado à
dignidade da pessoa humana.

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Normas de princípio institutivo: Ordenam ao legislador a organização ou


instituição de órgãos, instituições ou regulamentos.
DICA 69
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e


Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

Soberania; Mnemônico:
Cidadania; SO-CI-DI-VA-PLU
Dignidade da pessoa humana;

Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Pluralismo político.

Fique atento!

Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal.

INDEPENDÊNCIA E HARMONIA DOS PODERES


São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.

DICA 70
PRINCÍPIOS DE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL

A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos


seguintes princípios:

Independência nacional;

Prevalência dos direitos humanos;

Autodeterminação dos povos;

Não-intervenção;

Igualdade entre os Estados;

Defesa da paz;

Solução pacífica dos conflitos;

Repúdio ao terrorismo e ao racismo;

Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

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Concessão de asilo político.

Fique atento!

A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural


dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
DICA 71
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
No artigo 5º da CF/88, encontram-se 05 (cinco) direitos fundamentais, a saber:
direito à vida;
direito à liberdade;
direito à igualdade;
direito à segurança e o;
direito à propriedade.
O entendimento é de que esses direitos são estendidos a todos que se encontrem em
território nacional, e não somente aos brasileiros e estrangeiros residentes no país.
Não somente as pessoas físicas encontram-se tuteladas, as pessoas jurídicas e o
próprio Estado encontram-se sob a égide desses direitos.
DICA 72
DIREITO À VIDA
O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina.
Nota-se que nem o direito à vida é absoluto. No Brasil, em caso de guerra declarada,
admite-se a pena de morte. O aborto, por sua vez, é permitido em casos excepcionais.

Aborto terapêutico ou necessário: ocorre quando o médico interrompe a gravidez


quando não há outra forma de salvar a vida da gestante.

Aborto sentimental ou humanitário: é a interrupção da gravidez praticada por


médico nos casos de estupro, desde que haja autorização da gestante ou de seu
representante legal quando a gestante dor menor de 18 anos.

Aborto eugenésico ou eugênico: É aquele realizado para evitar o nascimento de


uma criança com grave deformidade genética.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 73
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O artigo 2º, da CF/88 dispõe, expressamente, sobre a separação de poderes. Trata-se
de doutrina nascida na obra “Espírito das Leis” de Montesquieu. Segundo preconiza o
dispositivo em apreço, são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Judiciário, o Executivo e o Legislativo.

Administração Direta (Entes Políticos): União, Estados, Distrito Federal e


Municípios.

Administração Indireta (Entes Administrativos): Autarquia, Sociedade de


Economia Mista, Fundação Pública e Empresa Pública.

Quanto à criação das entidades da Administração Indireta, a CF/88, nos incisos XIX e XX,
do artigo 37, dispõe que somente por lei (ordinária) poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e
de fundação, cabendo à lei complementar, no caso da fundação, definir as áreas de sua
atuação.

Nota-se que a lei ordinária cria (direto) a autarquia e autoriza a criação dos demais
entes administrativos. Resumindo:

LEI CRIA autarquias

AUTORIZA a criação dos demais entes federativos

DICA 74
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura


administrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento
do interesse público.

O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública)


executa o rumo adotado.

Sentido material/objetivo: é a atividade estatal exercida sob um regime jurídico,


por meio de serviço público, polícia administrativa, fomento à iniciativa privada ou
intervenção.

Sentido formal/subjetivo: são os sujeitos que atuam em nome da Administração


Pública, se dividindo em Administração Pública Direta (entes da federação) e
Administração Pública Indireta (órgãos e entidades).

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PRINCÍPIOS QUE REGEM O REGIME JURÍDICO:

SUPREMACIA DO O interesse público prevalece em


INTERESSE detrimento dos interesses particular, por
PÚBLICO exemplo, a desapropriação.

Voltado à atuação do administrador, posto


que este deve exercer suas funções sempre
INDISPONIBILIDADE DO
buscando garantir o interesse público, não
INTERESSE PÚBLICO
devendo desistir dos feitos ou dispor de
suas prerrogativas.

DICA 75
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
A administração direta é composta pelos entes públicos (União, Estados, DF e Municípios)
e seus órgãos ( Ex: Ministérios, Secretarias, etc).
Os órgãos que compõe a administração direta não possuem personalidade jurídica.
DICA 76
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A administração indireta é composta por pessoas jurídicas, com personalidade
jurídica:

Autarquias;

Fundações;

Empresas Públicas;

Sociedades de Economia Mista;


As pessoas jurídicas que se enquadram na administração indireta necessitam de lei para
sua existência.

Autarquia – criada por lei – A publicação de lei cria a autarquia.


A autarquia possuí personalidade jurídica de direito público.

Empresa Pública ( Ex: Caixa Federal) e Sociedade de Economia Mista ( Ex:


Banco do Brasil) são autorizadas por lei, necessitando do registro de seu ato
constitutivo nos órgãos responsáveis para que ganhem vida.
EP / SEM – Possuem personalidade jurídica de direito privado.

Fundação Pública - são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.
Fundação – personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito privado.
Se público é criada por lei como a autarquia; Se privado, é autorizada por lei como
EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida.

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DICA 77
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

DIFERENÇAS

Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Pessoas jurídicas de direito privado. Pessoas jurídicas de direito privado.

Criadas mediante autorização legal Criadas mediante autorização legal

Capital exclusivamente público Capital público e privado (o poder público


detém a maioria do capital votante).

Prestação de serviço público ou exploração Prestação de serviço público ou


de atividade econômica. exploração de atividade econômica.

Qualquer forma de organização empresarial Sob a forma de sociedade anônima

Foro Federal (apenas empresa pública Foro comum


federal)

DICA 78
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS - CLASSIFICAÇÃO

Quanto à posição estatal - cai bastante nas provas - os órgãos podem ser:
independentes, autônomos, superiores e subalternos.

- Independentes

- Autônomos
Os órgãos podem ser: - Superiores

- Subalternos

DICA 79
ÓRGÃOS INDEPENDENTES

Os órgãos independentes são os originários da Constituição de 1988 e


representativos dos poderes do Estado, de modo que não possuem qualquer
subordinação hierárquica ou funcional.

Também são chamados de órgãos primários do Estado, pois exercem as funções


outorgadas diretamente pela Constituição Federal.

Ex.: Chefias do Executivo - Presidência da República.

DICA 80
ÓRGÃOS AUTÔNOMOS
Os órgãos autônomos são aqueles que estão na cúpula da administração.

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Encontram-se localizados imediatamente abaixo dos órgãos independentes e estão


diretamente subordinados aos seus chefes.
Tem ampla autonomia administrativa e financeira.
Exercem funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das
atividades que estão dentro de sua esfera de competência.
Ex.: Ministérios e secretarias de Estado.

DICA 81
ÓRGÃOS SUPERIORES

Os órgãos superiores possuem poder de direção, controle, decisão e comando de


assuntos relacionados com a sua competência específica.

Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais elevada.

Não gozam de autonomia administrativa nem financeira.

Sua atuação funcional se restringe ao planejamento e soluções técnicas dentro da sua


área de competência.

Ex.: Gabinetes, Divisões, Coordenadorias e Departamentos.

DICA 82
ÓRGÃOS SUBALTERNOS

Os órgãos subalternos são todos aqueles subordinados a órgãos mais elevados, com
reduzido poder de decisão e predominância de atribuições de execução.

São destinados à realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos,


cumprimento de decisões, dentre outras atribuições.

Ex.: Delegacia.

DICA 83
AGENTES PÚBLICOS
Agente público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta ou indireta;

Todo aquele que exerce, ainda que


transitoriamente ou sem remuneração,
Agentes por eleição, designação, contratação ou
públicos qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função na administração pública.

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DICA 84
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO
Agente público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta ou indireta;

Os agentes públicos se classificam em:

Agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à organização política do


Estado. São agentes políticos: Chefes dos Poderes executivos, Senadores, Deputados,
Vereadores, membros da Magistratura e do Ministério Público.

Servidores públicos:

Em sentido amplo: pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades


da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos
cofres públicos.

Estatutários ou servidor público em sentido estrito: titulares de cargo público


efetivo e em comissão, com regime jurídico estatutário, integrantes da Administração
Direta, autarquias e fundações públicas com personalidade jurídica de Direito Público.

Empregados públicos: regidos pela CLT, não ocupam cargo público e não
possuem estabilidade, mas submetem-se às normas constitucionais referentes a
requisitos do cargo, investidura, acumulação, vencimentos entre outros. Enquadram-se no
regime geral da previdência tais como comissionados e temporários. Com exceção das
funções de direção e de confiança das pessoas jurídicas da Administração Indireta, os
empregados públicos são admitidos mediante concurso público ou processo seletivo;

Temporários: exercem função sem vinculação a cargo ou emprego público e são


submetidos a regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade da
federação.

Militares: pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (Exército,


Marinha e Aeronáutica), e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
dos Estados, Distrito Federal e Territórios, com vínculo estatutário sujeito a regime
jurídico próprio, mediante remuneração paga pelo Governo.

Particulares em colaboração com o poder público: exercem função pública,


entretanto, não deixam de ser particulares. São os requisitados, que exercem munus
público e são os recrutados para o serviço militar obrigatório; os jurados e os que
trabalham nos cartórios eleitorais; os concessionários e os permissionários de serviços
públicos.

DICA 85
PROCESSO ADMINISTRATIVO - CRITÉRIOS A SEREM OBSERVADOS
A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

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Nos processos administrativos serão observados, entre outros (rol exemplificativo), os


critérios de:

Atuação conforme a lei e o Direito (princípio da juridicidade);

Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes


ou competências, salvo autorização em lei;

Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de


agentes ou autoridades;

Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas


na Constituição;

Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções


em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público;

Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;

Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,


segurança e respeito aos direitos dos administrados;

Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de


provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas
situações de litígio;

Proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos


interessados;

Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do


fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

DICA 86
DO INÍCIO DO PROCESSO
O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.

Início do - Ofício
processo
- Pedido de interessado
Administrativo

Tome nota! A regra é que o requerimento inicial do interessado seja formulado por
escrito. Admite-se, no entanto, a solicitação de forma oral nos casos permitidos.

O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação


oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:

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Órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

Identificação do interessado ou de quem o represente;

Domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;

Formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;

Data e assinatura do requerente ou de seu representante.

Fique atento!

É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos,


devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

DICA 87
PRETENSÕES EQUIVALENTES E PEDIDOS COM CONTEÚDO IDÊNTICO
Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários
padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.

Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos


idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo disposição legal
em contrário.

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DIREITO CIVIL

DICA 88
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB)
A LINDB é estudada no âmbito do Direito Civil, mas a sua aplicação vai muito além dele,
abrangendo assim os mais variados ramos do direito: tributário, civil, empresarial, penal
etc.
Essa lei foi recepcionada como Lei Ordinária e podemos chamá-la de norma de
sobredireito, tendo em vista seu caráter introdutório, que disciplina princípios,
aplicação, vigência, interpretação e integração, itens relacionados a todo o direito e não
somente ao Código Civil.
Para uma lei ser criada há um procedimento próprio que está definido na
Constituição Federal (Processo Legislativo) e que envolve outras etapas como:

a tramitação no legislativo;
a sanção pelo executivo;

a sua promulgação e por último;

a publicação.
Destaca-se que é a partir da publicação que a LINDB começa a ser aplicada.
Quando uma Lei tem vigência, significa dizer que ela tem força obrigatória, tem
executoriedade, que já pode produzir efeitos para os casos concretos nela previstos. Como
se a lei fosse um ser vivo e que, enquanto vigente, tem vida.
A vigência da lei pode ser abordada por 2 aspectos, que são:

o tempo (quando começam e quando terminam seus efeitos) e;


o espaço (o território em que a lei terá validade).
DICA 89
VIGÊNCIA DA LEI – ART. 1º
A Lei só começará a vigorar depois de sua publicação no Diário Oficial. Ao finalizar o
processo de sua produção, a norma já é considerada válida, mas ainda não vigente. A
vigência é um aspecto temporal da norma (prazo que demarca o seu período de
aplicação;
Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de
oficialmente publicada;
O período entre a publicação e a vigência é o que chamamos de vacância, ou vacatio
legis, e serve para que os textos legais tenham uma melhor divulgação, um alcance
maior, contemplando, dessa forma, prazo adequado para que da lei se tenha amplo
conhecimento.
A lei pode indicar outro prazo de vigência, que pode ser na data da publicação da lei,
inferior ou superior aos 45 dias citados na LINDB. Se for constatado que a lei tem um
prazo específico, dispondo em contrário à LINDB, esta é que prevalecerá.

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Logo, a publicação indicará o início da vigência da lei e tem a finalidade de tornar a lei
conhecida.
DICA 90
VIGÊNCIA DA LEI – ART. 1º, §1º AO §4º
É importante destaca que quando a obrigatoriedade da lei brasileira for admitida em
Estados estrangeiros, ela se inicia 3 (três) meses depois de oficialmente publicada e será
nos casos por exemplo de registro civil de pessoas naturais no estrangeiro. Os brasileiros
residentes no exterior podem registrar seus filhos no estrangeiro, para que sejam
brasileiros natos. Se uma lei sobre o registro civil for publicada no Brasil, sem
especificação de vacatio legis, ela será aplicada em 45 dias, no Brasil, e em 3 meses,
nesse país.
Vejamos:

Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se


inicia 3 meses depois de oficialmente publicada;
De mais a mais, caso haja uma lei já publicada, mas que ainda não está em vigor e,
portanto, ainda está no período de vacatio legis. Se essa lei for republicada para correção
(devido a erros materiais, omissões ou até mesmo falhas de ortografia), o prazo
recomeçará a ser contado a partir dessa nova publicação. Assim, vejamos o que a LINDB
diz:
Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a
correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova
publicação;
As correções a texto de lei já em vigor consideram-se Lei nova, ou seja, caso a vacatio
legis já tenha sido superado, já tenha transcorrido o prazo de 45 dias, ou outro que a lei
determine, estando, desta forma, a lei em sua plena vigência. Nesse caso a correção a
texto será considerada como lei nova.
DICA 91
VIGÊNCIA DA LEI – ART. 2º
A revogação é a supressão da força obrigatória da lei, retirando-lhe a eficácia, o que
só pode ser feito por outra lei, da mesma hierarquia ou de hierarquia superior.
Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou
revogue.
Esse é chamado princípio da continuidade das leis. É quando uma lei pode ter vigência
para o futuro sem prazo determinado, durando até que seja modificada ou revogada por
outra.
Quanto à forma de sua execução, a revogação pode ser expressa ou tácita;
Revogação expressa é quando a lei expressamente o declare. A revogação está no texto
da lei. Esse tipo de revogação é a mais segura, pois evita dúvidas e obscuridades,
Já a revogação tácita ocorre em 2 situações:
quando seja com esta incompatível ou;

quando regule inteiramente a matéria, mesmo não mencionando a lei revogada;


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Prosseguindo, quanto à sua extensão, a revogação pode ser PARCIAL chamada de


DERROGAÇÃO ou pode ser TOTAL chamada de AB-ROGAÇÃO.
DICA 92
PESSOA NATURAL

De acordo com o art. 1º do CC, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na vida
civil.
A capacidade civil pode ser dividida de três formas:
capacidade de fato;
capacidade de direito e;
capacidade plena.

CAPACIDADE DE CAPACIDADE DE CAPACIDADE PLENA


FATO/EXERCÍCIO DIREITO/GOZO

Capacidade para exercer Capacidade para ser Legitimação: capacidade


direitos na órbita civil; sujeito de direitos e deveres especial para determinado
na ordem civil; ato ou negócio jurídico;
Nem todas as pessoas
naturais possuem Toda pessoa natural Legitimidade:
(incapazes do art. 3º e 4º, possui; capacidade processual;
CC);
Termina com a morte. Personalidade: soma
Adquire-se com a dos caracteres ou aptidões
maioridade civil ou da pessoa.
emancipação.

DICA 93
INCAPACIDADES

ABSOLUTAMENTE INCAPAZES RELATIVAMENTE INCAPAZES

Apenas os menores de 16 anos. Não Maiores de 16 anos e menores de 18


existem maiores de idade que sejam anos;
absolutamente incapazes. (art. 3º CC)
Ébrios habituais e viciados em tóxicos;

Pessoas que, por causa transitória ou


definitiva, não puderem expressar
vontade;

Pródigos. (art. 4º, CC)

OBS.: Os absolutamente incapazes devem ser representados enquanto os


relativamente incapazes devem ser assistidos.

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DICA 94
O TRATAMENTO JURÍDICO DO NASCITURO
Nascituro é aquele que já está concebido, no ventre materno, mas ainda não nasceu. É
aquele que ainda está no corpo da genitora.
Devido à imprecisão do art. 2º do CC ao estabelecer a natureza jurídica do nascituro,
foram arquitetadas três teorias sobre o tema: natalista, condicionalista e
concepcionista.

TEORIAS SOBRE A NATUREZA JURÍDICA DO NASCITURO

Teoria Natalista: defende que a personalidade jurídica se inicia com o


nascimento com vida, seria uma interpretação literal do art. 2º do CC.

Teoria Condicionalista: defende que a personalidade jurídica do nascituro está


condicionada ao nascimento com vida. Ou seja, há uma condição pendente para
sua personalidade jurídica, que é o nascimento com vida.

Teoria Concepcionista: entende que o nascituro já titulariza desde a concepção


os direitos da personalidade. No entanto, os direitos patrimoniais estão
condicionados ao nascimento com vida (teoria que prevalece no STJ).

OBS: Nascer com vida significa o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório do


recém-nascido, e isso se verifica por meio de um exame denominado docimasia
hidrostática de galeno.
DICA 95
EMANCIPAÇÃO

A emancipação antecipa os efeitos civis da maioridade antes dos 18 anos de idade.

Modalidades de emancipação (art. 5º, CC):

Voluntária – realizada com a concessão dos pais, por meio de escritura pública,
tendo o menor 16 anos completos.

Judicial – realizada por sentença judicial, tendo o menor 16 anos completos;


Legal – decorre da norma jurídica, em casos de: casamento; exercício de emprego
público efetivo; colação de grau em ensino superior; ou emancipação profissional ou
laboral.
DICA 96
PESSOA JURÍDICA - PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO

ASSOCIAÇÕES Conjunto de pessoas.

SOCIEDADES Em regra, é o conjunto de pessoas, salvo a


sociedade limitada unipessoal.

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FUNDAÇÕES Conjunto de bens.

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS Conjunto de pessoas.

PARTIDOS POLÍTICOS Conjunto de pessoas

EIRELIs Pessoas jurídicas formadas por uma só pessoa.

TOME NOTA:
A pessoa jurídica de direito privado tem existência a partir dos atos constitutivos no
respectivo registro.
DICA 97
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Em regra, a pessoa jurídica não se confunde com seus sócios, associados,
instituidores ou administradores. Contudo, em casos de abusos praticados por
membros das pessoas jurídicas existe a possibilidade de quebrar essa autonomia por meio
da desconsideração da personalidade jurídica.
TOME NOTA:

Existem duas modalidades de desconsideração:

Desconsideração direta ou regular: os bens dos sócios ou administradores


respondem por dívidas da pessoa jurídica.

Desconsideração inversa ou invertida: os bens da pessoa jurídica respondem por


dívidas dos sócios ou administradores.
DICA 98
DOMICÍLIO
Moradia ≠ Residência ≠ Domicílio
A moradia é o local do repouso da pessoa (física), já quando se tem uma moradia
estável, teremos uma residência, ou seja, a residência é tipo de moradia. Já o
domicílio é o local em que a pessoa pode ser sujeito de direitos e deveres na ordem
privada, ou seja, o domicilio não deve ser, necessariamente, a residência do sujeito.
Qual o domicílio das pessoas sem moradia fixa (como por exemplo os artistas
circenses)? Fala o art. 73 do CC/02 “Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não
tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada”. Este domicílio se chama
domicílio eventual.
Lembrando que o ordenamento jurídico brasileiro NÃO admite a inexistência de
domicílio, sendo assim, todas as pessoas (físicas ou jurídicas) devem ter domicílio.

Domicílio contratual: Ele também é chamado de domicilio de eleição ou de


convenção, está previsto no art. 78 do CC/02:
Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e
cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. Logo, a ideia do art. 327 do CC/02
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(que define que o pagamento de uma obrigação deve ser feito no domicílio do devedor) é
afastada aqui neste caso. O domicílio contratual é um tipo de domicílio voluntário.
Domicílio necessário ou legal: É o mais comum de cair em provas, o domicilio
necessário é normatizado pelo Código Civil.

PESSOAS QUE DEVEM TER DOMICÍLIO NECESSÁRIO

Servidor público;

Incapaz

Marítimo;

Preso;

Militar.

Para não esquecer: SIM PM.


DICA 99
DOMIÍCILIO – DETALHES IMPORTANTES
Para sua prova, é importante que você guarde esses aspectos importantes, vejamos:
Importante: No caso do militar, quando o militar do Exército (ou seja, que atua em
solo) é onde ele servir. Ex.: Um soldado do Exército que serve na Amazônia tem
como domicílio a Amazônia.
Já no caso dos militares insulares (Aeronáutica e Marinha) o domicílio é na sede do
Comando, pois estes militares muitas vezes estão em missão fora do solo.
Cuidado: O marítimo não é, necessariamente, só que trabalha no mar, mas pode ser
também uma pessoa que trabalha embarcada em uma embarcação fluvial (de rio).
Exemplo: Um condutor de balsa no Rio Amazonas. Neste caso, domicílio do marítimo será
o local da matrícula da embarcação. Ou seja, o condutor de uma balsa no Rio Amazonas,
cuja balsa tenha matricula no Pará terá como domicilio o Pará.
Importante: No caso do preso, o domicílio será o local em que ele cumpre a
pena (não se aplica ao preso temporário, em flagrante, preso por alimentos ou preso por
prisão preventiva). E no caso do preso que cumpre prisão domiciliar, a residência dele
terá dois domicílios: O necessário e o voluntário.
Existe um tipo de domicílio chamado diplomático (art. 77 CC/02), que é o tipo de
domicílio que apenas agentes diplomáticos podem ter, e isso ocorre quando o agente
diplomático é citado fora do brasil e alega que lá não é seu domicílio
(extraterritorialidade), podendo ser citado no DF ou no último domicílio que ele teve no
Brasil.
DICA 100
BENS
Bens corpóreos são os que têm existência física, material e podem ser tangidos pelo
homem, como uma casa, um automóvel...
Bens Incorpóreos são os que têm existência abstrata ou ideal, mas valor econômico,
como o direito autoral.
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Bens móveis → Se transmite a propriedade com a tradição.


Bens imóveis → Se transmite a propriedade com escritura pública e registro no
Cartório de Registro de Imóveis (CC/02, arts. 108, 1.226 e 1.227).
Os direitos reais sobre imóveis são considerados como bens imóveis.
Bens públicos não são passiveis de usucapião.
DICA 101
BEM DE FAMÍLIA
O bem de família surgiu com o intuito de proteger a habitação da família, que é
considerada pelo nosso ordenamento, como base da sociedade.

Súmula 486 do STJ

É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a


terceiros, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a
subsistência ou a moradia da sua família.

A dissolução da sociedade conjugal não extingue o bem de família.


DICA 102
BEM DE FAMÍLIA

De acordo com a Lei nº 8.009/90, o imóvel residencial do próprio casal ou da entidade


familiar é considerado um bem de família, não respondendo por qualquer tipo de
dívida contraída pelos cônjuges, pais ou filhos, que sejam proprietários e nele residam.
Há algumas exceções previstas em lei, como os créditos trabalhistas de
trabalhadores da própria residência.
TOME NOTA:

O bem de família pode ser classificado em duas espécies:

Bem de família voluntário – instituído por ato de vontade da entidade familiar, por
meio da formalização do registro de imóveis, gerando dois efeitos: impenhorabilidade
limitada e inalienabilidade relativa (arts. 1711 a 1717 do CC).
Bem de família legal – refere-se à impenhorabilidade legal do bem de família
independentemente de inscrição voluntária em cartório (Lei nº 8.009/90).
DICA 103
FATO JURÍDICO
Fato jurídico é todo evento natural ou humano que possui repercussão na esfera
jurídica.
O fato jurídico em sentido estrito é aquele que ocorre sem vontade humana e
pode ser subdividido em:
Ordinário – é aquele previsível, como o nascimento, a morte, a maioridade etc.
Ressalta-se que o passar do tempo é previsível, e se manifesta nas relações jurídicas por
meio dos institutos da prescrição e decadência;
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Extraordinário – é aquele fato imprevisível, sendo incabível imputar a alguém o


extraordinário, pois carece de vontade humana, como exemplo, pode-se citar uma pessoa
que deixou de entregar um veículo que foi vendido pois ele foi destruído por uma
enchente no dia posterior.
DICA 104
ATO JURÍDICO
É toda manifestação de vontade que está de acordo com o ordenamento jurídico. É
composto pelo elemento volitivo (manifestação de vontade humana) e pela licitude.
O ato jurídico é subdividido em:
Atos ilícitos – são aqueles atos contrários ao ordenamento jurídico, ocasionando o
fenômeno da responsabilidade civil;
Atos lícitos – são aqueles praticados em conformidade com o ordenamento jurídico
civilista. Estes atos podem ser: (a) ato jurídico em sentido estrito: é aquele que a
vontade humana está direcionada para o ato em si, e suas consequências já
estão previstas na lei.
Ex.: o reconhecimento de paternidade; (b) negócio jurídico: é aquele que a vontade
humana está direcionada para as consequências de determinado ato, dentre as
permitidas pela lei.
Ex.: os contratos e o testamento.
DICA 105
ATOS JURÍDICOS
Acontecem sempre que existir a presença de um comportamento humano voluntário.
Dos atos jurídicos nascem os negócios jurídicos e atos não negociais (ou atos jurídicos em
sentido estrito).
Exemplo de negócio jurídico: compra e venda.
Exemplo de atos não negociais (ou atos jurídicos em sentido estrito): adoção e
emancipação.
DICA 106
NEGÓCIO JURÍDICO

REQUISITOS DE VALIDADE DO REQUISITOS DE EFICÁCIA DO


NEGÓCIO JURÍDICO NEGÓCIO JURÍDICO

Partes capazes; Condição: condiciona a eficácia do negócio


jurídico a evento futuro e incerto;

Vontade livre; Termo: relaciona a eficácia do negócio


jurídico a evento futuro e certo;

Objeto lícito, possível e determinável; Encargo: é um ônus introduzido em um


ato de liberalidade.

Forma prescrita ou não defesa em lei.

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OBS: Caso haja algum vício nos requisitos de validade, o negócio jurídico será
inválido.
DICA 107
NEGÓCIO JURIDICO

Negócio jurídico → vontade do particular + vontade do estado


Lembrando que o negócio jurídico deve obedecer aos dispostos na escada ponteana.

EFICÁCIA

VALIDADE

EXISTÊNCIA

Ou seja, o negócio jurídico precisa ser existente, válido e eficaz.

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PROCESSO CIVIL
DICA 108
NORMAS FUNDAMENTAIS
De acordo com o art. 1º do CPC, o processo civil será ordenado, disciplinado e
interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na
Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste
Código;
A Constituição é a norma mais importante do ordenamento e conforma (orienta) toda a
legislação infraconstitucional e, portanto, o processo civil será ordenado, disciplinado e
interpretado conforme a CF.
DICA 109
NORMAS FUNDAMENTAIS

Princípio da inércia da jurisdição: O princípio da inércia da jurisdição tem por


finalidade garantir a imparcialidade do Juízo, impondo à parte o dever de iniciar o
processo. Esse princípio indica que somente a parte pode iniciar o processo. Dito de outra
forma, o Poder Judiciário permanece inerte até ser provocado, conforme o art.2º.
Pelo art. 2º, o processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial,
salvo as exceções previstas em lei;
Por iniciativa significa que a parte deverá provocar o início do processo.
Por Impulso Oficial indica que o desenvolvimento do processo é responsabilidade do juiz.
DICA 110
NORMAS FUNDAMENTAIS

Princípio da inafastabilidade da atuação jurisdicional: Art. 3º Não se excluirá da


apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito;
Também conhecido como princípio do acesso à Justiça ou da ubiquidade, o artigo remete
à ideia de que o Poder Judiciário apreciará a lesão ou ameaça à lesão de direito. O Estado
tem o dever de responder ao jurisdicionado (quem ingressa com uma ação em Juízo),
proferindo uma decisão, mesmo que negativa;
Tanto em lesões já ocorridas, aquele que se sentiu lesado poderá buscar reparação à
violação perante o Poder Judiciário, quanto em ameaça de lesão, a pessoa poderá
buscar proteção jurisdicional a fim de evitar que haja lesão a direito;
DICA 111
NORMAS FUNDAMENTAIS

SÚMULA VINCULANTE Nº 28

É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de


ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.

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O princípio da inevitabilidade refere-se à vinculação das partes ao processo. Uma


vez envolvidas na demanda, as partes do processo vinculam-se à relação processual em
estado de sujeição aos efeitos da decisão jurisdicional;
DICA 112
NORMAS FUNDAMENTAIS

Princípio da celeridade: Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a


solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa;

Ações Repetitivas: foi criada uma ferramenta para dar a mesma decisão a milhares
de ações iguais, por exemplo, planos de saúde, operadoras de telefonia, bancos etc.,
dando mais celeridade aos processos na primeira instância;
Sabe-se que a razoável duração do processo foi elevada a garantia constitucional, mas é
preciso que a preocupação com a celeridade não comprometa a segurança do processo.
DICA 113
JURISDIÇÃO – ART. 16

A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território


nacional, conforme as disposições deste Código;
Esse artigo deixa claro que o processo é civil, vale dizer, o CPC se insere dentro das
matérias cíveis, a excluir, inicialmente, a jurisdição penal. Além disso, dentro da área
cível, o CPC disciplina diretamente um procedimento para resolução de conflitos civis, que
envolve relações entre privados, sujeitas à Justiça Comum (federal ou estadual). Nesse
contexto, é importante compreender que temos outras matérias cíveis – como a Eleitoral
e a do Trabalho – cuja aplicação do CPC é subsidiária;
A necessidade da jurisdição se justifica na medida em que apenas a previsão de direitos e
deveres nas leis não é suficiente para evitar ou solucionar conflitos. Desse modo, é
necessário existir instrumento capaz, justo e efetivo de solucionar os conflitos, para
restabelecer a harmonia nas relações sociais. Nesse contexto, a partir da divisão de
poderes, o Estado cria um poder específico para exercer a função jurisdicional, cuja
atuação é voltada para promoção dessa harmonia social;
DICA 114
JURISDIÇÃO
A jurisdição pode ser compreendida como atuação do Estado por intermédio do
processo, do qual o juiz necessariamente irá participar, para aplicar o direito objetivo ao
caso concreto. O resultado do exercício da jurisdição é a solução da lide existente entre as
partes, com a pretensão última de que ambos (autor e réu) saiam do processo satisfeitos
com a solução adotada. Pode-se afirmar, por tanto, que a satisfação faz parte do conceito
de jurisdição;

O escopo jurídico da jurisdição é a solução da crise jurídica e espera-se a conformação


das partes (escopo social);
Portanto, Jurisdição envolve formas estatal de resolução de conflitos, por intermédio
do qual aplica-se o direito objetivo ao caso concreto como forma de pôr fim, de forma
definitiva, à crise jurídica, gerando a pacificação social.

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DICA 115
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO

Os princípios mais comuns da jurisdição são a investidura, territorialidade,


indelegabilidade, inevitabilidade, inafastabilidade e o juiz natural;
O princípio da investidura envolve a transmissão do poder jurisdicional ao juiz, que
exercerá a atividade jurisdicional. Vale dizer que o princípio implica a necessidade de que
a jurisdição seja exercida pela pessoa legitimamente investida na função jurisdicional;

O princípio da territorialidade é conhecido também como princípio da aderência ao


território;
O princípio da indelegabilidade é um dos mais relevantes, podendo ser analisado
sob duas perspectivas: a) externa; e b) interna;

Pela perspectiva externa, o princípio da indelegabilidade remete à ideia de que o Poder


Judiciário não poderá outorgar a sua competência a outros poderes. Dito de forma
simples, não pode o Poder Judiciário delegar a atribuição de julgar os processos aos
poderes Executivo ou Legislativo.
Pela perspectiva interna, o princípio da indelegabilidade entende que a jurisdição é fixada
por intermédio de um conjunto de normas gerais, abstratas e impessoais, não sendo
admissível a delegação da competência para julgar de um Juiz para outro.
DICA 116
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO

Princípio da inevitabilidade a jurisdição é inevitável, de modo que as partes estão


vinculadas ao processo judicial e em estado de sujeição, tanto na vinculação das partes ao
processo judicial quanto no estado de sujeição à decisão judicial (sujeitando-se aos efeitos
da decisão da jurisdição);
O princípio da inafastabilidade da atuação jurisdicional está consagrado no art. 5º,
XXXV, da CF, além de estar exposto no CPC como uma normal fundamental, no art. 3º,
estabelecendo que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de
lesão a direito;
Princípio do juízo natural é extraído do art. 5º, incisos. XXVII e LII, da CF/88, que
prevê a vedação dos tribunais ou órgãos de exceção e que ninguém será julgado a não
ser pela autoridade competente.
DICA 117
DA AÇÃO – TEORIAS DA AÇÃO ECLÉTICA E DE ASSERÇÃO

A teoria eclética mantém a distinção entre direito de ação e o direito material,


argumentando que são autônomos e independentes entre si. De toda forma, para o
exercício do direito de ação, é necessário verificar algumas condições prévias. Assim,
somente haverá julgamento de mérito se essas condições forem preenchidas;

Na Teoria de asserção temos a separação entre direito material e direito de ação com
a presença das condições da ação. A diferença reside no fato de que a avalição das
condições da ação será efetuada no início do processo, de acordo com os elementos
fornecidos pela parte na petição inicial. Fala-se em cognição superficial, pois o magistrado

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irá verificar a legitimidade e o interesse tão logo seja apresentada a ação apenas com os
elementos fornecidos pela parte autora quando da propositura da ação judicial;
Por isso que se fala em teoria da asserção, porque a análise das condições da ação parte
da proposição feita pela parte, do que ela alega inicialmente. Com essa análise prévia do
juiz (cognição sumária), é possível eliminar processos inúteis que, manifestamente, não
possuem as condições da ação e, com isso, o magistrado profere uma sentença
terminativa;
Logo, a teoria da asserção, a análise das condições da ação é feita pelo juiz com base
nas alegações apresentadas na petição inicial.
DICA 118
DAS PARTES E DOS PROCURADORES

A União será presentada em juízo pela AGU;

Os Estados e Distrito Federal serão presentados pelos procuradores do Estado;

O Município pelo Prefeito ou procuradores municipais;

As autarquias e fundações públicas por quem tiver essa prerrogativa de acordo


com lei específica;

A massa falida pelo administrador judicial;


A herança jacente ou vacante pelo curador;
O espólio pelo inventariante;

A pessoa jurídica quem o ato constitutivo designar ou seus diretores;

A sociedade e associações sem personalidade jurídica pela pessoa que for


responsável pela administração dos bens;

A pessoa jurídica estrangeira pelo gerente, representante ou administrador da


filial no Brasil;

O condomínio pelo administrador ou síndico.


DICA 119
CAPACIDADE PROCESSUAL (OU POSTULATÓRIA) – ART. 76
Devemos entender a capacidade postulatória como o atributo para que determinada
pessoa possa praticar validamente atos processuais. Esse atributo é conferido ao
advogado regular perante a OAB e, em situações específicas, à própria parte;
Quando a parte não possuir capacidade postulatória, deverá entregar uma procuração a
um advogado, que o representará em Juízo. Se o magistrado verificar, no curso do
processo, qualquer situação de incapacidade processual ou irregularidade na
representação, por falta de capacidade, deverá suspender o curso do processo e fixar
prazo para que a parte corrija o vício;

Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o


juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício;

Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:

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O processo será extinto, se a providência couber ao autor;

O réu será considerado revel, se a providência lhe couber;


O terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que
se encontre;

Ex.: A capacidade postulatória, definida como a autorização legal para atuar em juízo,
é prerrogativa de advogados públicos e privados e defensores públicos, por exemplo.
DICA 120
DA LEGITIMIDADE – LEGITIMAÇÃO PARA AGIR
De acordo com o artigo 73, do CPC. O cônjuge necessitará do consentimento do outro
para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o
regime de separação absoluta de bens;

Desse modo, cabe destacar que não é necessário formar litisconsórcio no polo
ativo, basta o consentimento do cônjuge, ou seja, a parte poderá agir sozinha desde
que tenha obtido o consentimento do cônjuge e isso reste provado no processo;

Legitimação para agir dos cônjuges: Para propor ação→ devem ingressar juntos
quando envolver ação sobre direito real imobiliário, exceto se o regime de bens for de
separação total;

Legitimação para agir dos cônjuges: Quando demandados→ devem ser citados
quando envolver ação sobre direito real imobiliário, exceto se casados em regime de
separação total de bens; e ambos os cônjuges deverão necessariamente ser citados nas
seguintes hipóteses→ quando ação que envolva fatos relacionados a ambos os cônjuges.
DICA 121
MINISTÉRIO PÚBLICO
De acordo com o art. 176, do CPC, o Ministério Público atuará na defesa: da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuais
indisponíveis;
O Ministério Público atua ora como parte, ora como fiscal da ordem jurídica;
A atuação do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica será exercida, quando
estiver previsto na CF/88 ou na legislação, quando envolver interesse público ou social,
quando envolver interesse de incapaz ou quando se trata de litígio coletivo pela posse de
terra rural ou urbana;
Nesses casos de intervenção, como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público terá vista
dos autos após as partes, será intimado de todos os atos do processo, poderá produzir
provas, poderá requerer medidas processuais e poderá recorrer;

Ex.: João ajuizou ação de interdição e curatela contra seu pai, Francisco. Nesse caso, o
Ministério Público poderá produzir provas, e poderá impugnar as provas requeridas pelas
partes;
Como o Ministério Público possui uma grande carga de processos para atuar, prevê o art.
180, do CPC, que ele terá sempre prazo em dobro para se manifestar nos autos, a

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contar da intimação pessoal, que poderá ocorrer por carga ou remessa dos autos e,
também, por meio eletrônico;
Esse prazo em dobro somente não será considerado quando a legislação prever prazo
específico para a manifestação do Ministério Público.
DICA 122
ADVOCACIA PÚBLICA
Declara o CPC, em seu Art. 182: Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, defender e
promover os interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, por meio da representação judicial, em todos os âmbitos federativos, das
pessoas jurídicas de direito público que integram a administração direta e indireta;
A advocacia pública atua na defesa do interesse público da União, dos estados-
membros, do Distrito Federal e dos Municípios;
A advocacia pública goza de prazo em dobro para todas as manifestações processuais, a
não ser quando a lei prever prazo específico, contando-se o prazo da intimação pessoal
(carga, remessa ou meio eletrônico);
Os advogados públicos sujeitam-se à responsabilidade civil regressiva em caso de
atuação com dolo ou fraude.
DICA 123
DEFENSORIA PÚBLICA
A Defensoria Pública é instituição fundamental para a promoção do acesso ao Poder
Judiciário, tendo por prerrogativa o exercício da orientação jurídica, da promoção dos
direitos humanos e da defesa dos direitos individuais e coletivos das pessoas
necessitadas, em todos os graus, de forma integral e gratuita;
Tal como o Ministério Público e a advocacia pública, a Defensoria também goza da
prerrogativa processual do prazo em dobro;
O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando
agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções;
Prazo em Dobro: aplica-se aos membros do MP, da advocacia pública e da DP, aplica-se
a todas as manifestações processuais e conta a partir da intimação pessoal (carga,
remessa ou meio eletrônico);

Atuação da DP apenas em relação aos necessitados.


DICA 124
DA COMPETÊNCIA – COMPETÊNCIA INTERNA – ARTS. 42 e 43
A competência é a capacidade de exercer a jurisdição. A jurisdição, como parcela do Poder
Estatal, é a capacidade genérica de dizer o direito de forma definitiva. Portanto, a
competência retrata essa capacidade aplicada ao caso concreto;
Ao passo que a jurisdição é um poder nacional para dizer o direito, a competência é o
exercício dessa jurisdição no caso concreto. Assim, enquanto todos os magistrados
possuem jurisdição, apenas um deles será competente para resolver determinado caso;

As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua
competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei;
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É importante registrar que o CPC é diretamente aplicável às causas cíveis que tramitam
perante a justiça comum, estadual ou federal e, aplica-se de forma subsidiária às causas
que tramitam perante a justiça especializada, que envolve a justiça eleitoral, do trabalho e
a militar;

Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição


inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas
posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência
absoluta;
No art.43 temos a tratativa do momento em que é determinada a competência, ou seja, o
exato instante em que a jurisdição brasileira deixa de ser genérica, para atribuir
especificamente a competência a determinado magistrado.
DICA 125
CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA

Competência de foro: O foro deve ser compreendido como o local em que o


magistrado exerce sua competência;

Competência do Juízo: Uma vez definido o local, deve-se perquirir qual é o Juízo
competente, ou seja, qual, entre os vários juízes do foro, é concretamente competente;

Competência Originária: Define o órgão jurisdicional para conhecer o processo pela


primeira vez;

Competência Derivada: Estabelece a responsabilidade de julgar recursos a partir da


decisão do órgão originariamente competente;

Competência Absoluta: Estabelece regras de competência a partir do interesse


público;

Competência Relativa: Fixa regras de competência a partir do interesse particular.


DICA 126
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
Sabe-se que a competência é fixada quando a petição inicial é registrada ou distribuída;
Uma vez fixada, somente em situações excepcionais seria possível modificá-la. Dito de
outro modo, em casos específicos admite-se que um determinado juízo, que não é
originariamente competente, passe a ter competência para julgar aquela ação;
Logo, a modificação da competência poderá se dar em razão da Supressão do órgão
judiciário, Alteração da competência absoluta, Conexão (art. 55 do CPC) e
Continência (arts. 56 e 57, ambos do CPC);
DICA 127
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA

Supressão do órgão judiciário: é o que ocorre quando a lei de organização judiciária


de determinado Estado decide pela agregação de determinada vara. De duas varas cíveis,
decide-se reduzir para apenas uma. Se isso ocorrer, as ações ajuizadas perante a vara
agregada passam automaticamente para a vara que se manteve. Há, portanto,
modificação de competência já fixada;

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Alteração da competência absoluta: é a hipótese de criação de varas especializadas


em determinada Comarca. Isso fará com que os processos especializados sejam
concentrados na nova Vara criada, que receberá os processos em cursos e remeterá os
processos que não são da matéria específica às demais varas;

Art. 54. - A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela


continência, observado o disposto nesta Seção;
Não haverá modificação da competência por conexão ou continência se fixada em razão
de regra absoluta;
Na conexão e na continência ocorre uma identidade parcial dos elementos da ação. Se em
determinado processo forem identificadas as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o
mesmo pedido haverá identidade na demanda (identidade total) e ocorrerá a
litispendência, que leva à extinção do processo sem julgamento do mérito dos processos
litispendentes;

Conexão ocorre quando forem comuns o pedido ou a causa de pedir. Contudo, para
que seja verificada, não é necessário que haja correspondência exata desses elementos,
interessando a identidade da relação material e a conveniência da reunião dos processos a
serem julgados conjuntamente;

A continência, por sua vez, assemelha-se à litispendência, pela proximidade dos


elementos da ação. Na continência, há identidade entre as partes e a causa de pedir, mas
o pedido de uma é mais amplo que o da outra;

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DIREITO PENAL

DICA 128
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Nullum crimen sine praevia lege (não há crime sem lei anterior que o defina)

Não há:

Crime sem lei anterior que o defina;


Pena sem prévia cominação legal.
A elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei;

Divisão do princípio da legalidade: reserva legal + anterioridade da lei penal.


DICA 129
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL

Somente lei em sentido estrito (formal) pode:


Definir condutas criminosas; e

Estabelecer sanções penais (penas e medidas de segurança).


Fique atento!

Não podem estabelecer condutas criminosas nem sanções:

Medidas Provisórias (MP);

Decretos;

Demais diplomas legislativos.


CUIDADO!

MP em matéria penal: pode, se favorável ao réu (STF).

Ex.: descriminalização de condutas.


DICA 130
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL

A lei deve ser anterior a prática do crime;

Culmina no princípio da irretroatividade da lei penal gravosa.


Fique atento!

Lei penal não retroage para prejudicar;


Lei penal retroage para beneficiar.

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DICA 131
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA

O Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que
a sua intervenção fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter
subsidiário), observando somente os casos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem
jurídico tutelado (caráter fragmentário).

Intervenção do DP fica
condicionada ao fracasso
Subsidiariedade
das demais esferas de
controle
Princípio da
intervenção mínima

Apenas tutela os bens


Fragmentariedade jurídicos mais relevantes

DICA 132
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE

Nilo Batista explica que o princípio da lesividade/ofensividade apresenta quatro


funções:

1) "proibir a incriminação de uma atitude interna”

2) "proibir a incriminação de uma conduta que não


exceda o âmbito do próprio autor"
Princípio da lesividade
3) "proibir a incriminação de simples estados existenciais"

4) afastar a "incriminação de condutas desviadas que não


afetem qualquer bem jurídico"

"proibir a incriminação de uma atitude interna”: As ideias e convicções, os


desejos, aspirações e sentimentos dos homens não podem constituir o fundamento de um
tipo penal. Dessa forma, evidencia-se, mais uma vez, a radical separação entre direito e
moral que deve nortear o direito penal, ao impedir que o sujeito seja punido por
pensamentos e ideias, daí a exigência da exterioridade da ação para que haja uma
reprovação penal.

"proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio


autor", impedindo a punição e a criminalização de atos preparatórios.

"proibir a incriminação de simples estados existenciais", norteando o direito


penal do fato e eliminando-se a possibilidade da criação de um direito penal do autor.
por fim, o princípio da lesividade tem por objetivo afastar a "incriminação de
condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico".

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DICA 133
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA

O direito penal não deve se ocupar de condutas insignificantes, incapazes de lesar ou


pelo menos colocar em perigo bem jurídico protegido pela lei penal.

Requisitos do princípio da insignificância:

mínima ofensividade da conduta do agente;


nenhuma periculosidade social da ação;

reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento;


inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Memorize!

INFRAÇÃO BAGATELAR PRÓPRIA INFRAÇÃO BAGATELAR IMPRÓPRIA


PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA PRINCÍPIO DA IRRELEVÂNCIA PENAL
DO FATO

A situação nasce penalmente relevante. O


A situação já nasce atípica. O fato é atípico fato é típico do ponto de vista formal e
por atipicidade material material. Em virtude de circunstâncias
envolvendo o fato e o seu autor, constata-
se que a pena se tornou desnecessária.

O agente tem que ser processado (a ação


penal deve ser iniciada) e somente após a
análise das peculiaridades do caso
O agente não deveria nem mesmo ser concreto, o juiz poderia reconhecer a
processado já que o fato é atípico desnecessidade da pena.

Não tem previsão legal no direito brasileiro Está previsto no artigo 59 do CP.

DICA 134
LEI PENAL NO TEMPO

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Abolitio criminis: descriminalização da conduta – não necessariamente legaliza a


conduta.

Ex.: adultério.

Efeito penal da sentença condenatória.

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Principal Execução da pena


Efeito da
sentença penal
condenatória Reincidência,
Secundário antecedentes
criminais, etc

Fique atento!
A abolitio criminis não cessa os efeitos extrapenais: art. 91, 91-A e 92 do CP - reparação
de dano, perda do mandato, perda do poder familiar, etc.
DICA 135
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL

Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada
em julgado.

Desdobramento do princípio da legalidade;

Cláusula pétrea, uma vez que também está previsto no art. 5º da CF/88;

Se houver o trânsito em julgado quem aplica a lei nova é o juízo da execução.

ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL

STF/STJ

Não é possível combinação de leis. Analisa-se a nova lei no todo, pois senão o juiz
estaria aplicando uma terceira lei que resultaria na junção de duas leis, atuando como
legislador positivo.

SÚMULA 611-STF

Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a


aplicação de lei mais benigna.

SÚMULA 471-STJ

Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da


Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de
Execução Penal) para a progressão de regime prisional.

SÚMULA 501-STJ:

É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da


incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo
da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.

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DICA 136
LEI EXCEPCIONAL E LEI TEMPORÁRIA

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou


cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigência.

→ Lei temporária: prazo determinado para sua vigência.


Ex.: Lei Geral da Copa.

→ Lei excepcional: vigora enquanto perdurarem as situações de instabilidade


institucional.

Características: auto revogabilidade, ultratividade (aplica a lei mesmo depois da lei não
estiver mais em vigor).

Leis intermitentes são as leis temporárias ou excepcionais.


Fique atento!
Segundo Rogério Greco, extra-atividade é gênero do qual seriam espécies a ultra-
atividade e a retroatividade.

→ Ultratividade: ocorre quando a lei, mesmo depois de revogada, continua a regular os


fatos ocorridos durante a sua vigência.

→ Retroatividade: possibilidade conferida à lei penal de retroagir no tempo, a fim de


regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor.
Memorize!

Ativas
Aplicação da lei a fatos Retroatividade: retroage
ocorridos durante sua no tempo para alcançar
vigência fatos ocorridos antes de sua
entrada em vigor.

Leis penais

Extra-ativas (extra-
atividade)
Aplicação da lei fora do seu
período de vigência Ultra-atividade: quando a lei
penal, depois de revogada, avança
no tempo de modo a continuar a
regular os fatos ocorridos durante a
vigência. Ex,: Leis excepcionais,
temporárias, crimes continuados.

Ex.: Ultratividade: Leis Excepcionais ou Temporárias. Aplica-se a legislação do tempo


do cometer do fato delitivo, mesmo que não mais vigente.

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Ex.: Ultratividade: Crimes Continuados (quando vários crimes são praticados em


continuidade delitiva – art. 71 do CP) ou permanentes (aquele que o momento
consumativa se prolonga no tempo – sequestro).
DICA 137
TEMPO E LUGAR DO CRIME

O TEMPO do crime será considerado no momento de sua ação ou omissão (teoria da


atividade);

O LUGAR do crime será considerado no momento da ação ou da omissão ou o lugar


onde o resultado aconteceu ou deveria ter acontecido (teoria da ubiquidade);

L Lugar

U Ubiquidade

T Tempo

A Atividade

Não se aplica a teoria da ubiquidade:

CPP: teoria do resultado (art. 70). Aplicado nas hipóteses de crimes plurilocais.
Abrangem lugares distintos, mas todos dentro do mesmo país.

Crimes conexos: crimes conexos são crimes que estão relacionados entre si. Não
aceitam a ubiquidade uma vez que não constituem unidade jurídica.

Crimes plurilocais: teoria do resultado

Infrações penais de menor potencial ofensivo (juizado especial): teoria da


atividade

Crimes falimentares: local da decretação da falência.

Atos infracionais: teoria da atividade

Crimes contra a vida: teoria da atividade - deve preponderar a teoria da atividade,


devido à dificuldade em se realizar o júri.
DICA 138
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO

Em regra, a lei penal brasileira se aplica aos fatos praticados no território nacional;

Excepcionalmente, pode se aplicar a fatos praticados fora do país, são os casos de


extraterritorialidade;

A extraterritorialidade pode ser incondicionada, quando a lei brasileira de aplica em


qualquer hipótese, até mesmo se o agente já tiver sido condenado ou absolvido no
exterior, ou condicionada quando depender de alguns requisitos;
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As aeronaves ou embarcações do GOVERNO brasileiro são consideradas extensão


do BRASIL, ou seja, se aplica o princípio da territorialidade.
DICA 139
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA

Crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

Princípio de proteção / real / da defesa: aplica-se a lei penal brasileira aos crimes
praticados no exterior quando o bem jurídico violado for brasileiro. O que importa nesse
caso é a função pública exercida pelo Presidente.

Crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado,


de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia
ou fundação instituída pelo Poder Público;

Princípio de proteção / real / da defesa

Crime contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

Princípio de proteção / real / da defesa

Crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

Princípio da Justiça Universal ou cosmopolita

Crimes contra a
P. de proteção /
vida ou a
real / da defesa
liberdade do PR

Crimes contra ao
patrimônio ou a P. de proteção /
fé pública da adm real / da defesa
direta e indireta
Extraterritorialidade
incondicionada
Crimes contra a
adm pública - por P. de proteção /
quem está a seu real / da defesa
serviço

O agente é punido
segundo a lei brasileira, Crimes de
ainda que absolvido ou genocídio,
P. da Justiça
condenado no quando o agente
Universal ou
estrangeiro. for brasileiro ou
cosmopolita
domiciliado no
Brasil

DICA 140
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA

Crimes ocorridos fora do Brasil e que o Brasil irá pretender aplicar a sua lei penal
brasileira desde que estejam implementadas algumas condições previstas no art. 7º, II do
CP.
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a) Crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir:

Princípio da justiça universal / cosmopolita / jurisdição mundial.


b) Crimes praticados por brasileiro:

Princípio da nacionalidade ativa: é importante a aplicação da lei, pois o brasileiro nato


não pode ser extraditado.
c) Crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados:

Quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

Princípio da bandeira / pavilhão / representação / subsidiário / substituição.

Crimes que, por


tratado ou P. justiça universal
convenção, o Brasil / cosmopolita /
se obrigou a jurisdição mundial
reprimir

P. Princípio da
Crimes praticados
Extraterritorialidade por brasileiro
nacionalidade
condicionada ativa:

Crimes praticados em
aeronaves ou
embarcações P. da bandeira /
brasileiras, mercantes pavilhão /
ou de propriedade representação /
privada, quando em subsidiário /
território estrangeiro substituição
e aí não sejam
julgados

DICA 141
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA: CONDIÇÕES CUMULATIVAS

Nos casos de extraterritorialidade condicionada, a aplicação da lei brasileira depende do


concurso das seguintes condições (cumulativas):

Entrar o agente no território nacional;

Ser o fato punível também no país em que foi praticado;

Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
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Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta
a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
DICA 142
EXTRATERRITORIALIDADE

MNEMÔNICO – “PAG A BET”

INCONDICIONADA

P Presidente

A Administração

G Genocídio

CONDICIONADA

B Brasileiro

E Embarcação ou Aeronave privada

T Tratado ou Convenção

DICA 143
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO

A pena cumprida no estrangeiro influencia na condenação brasileira pelo mesmo crime


da seguinte forma:

Quando as penas são diversas, atenua a pena imposta no Brasil;

Quando são idênticas nela é computada.


DICA 144
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA

A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as


mesmas consequências, pode ser homologada (STJ) no Brasil para:
a) Obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos
civis

Depende de requerimento da parte interessada


b) Sujeitá-lo a medida de segurança

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Não pode homologar a sentença estrangeira para imposição de pena.

MS: inimputabilidade por doença mental – (i) internação ou (ii) tratamento


ambulatorial.

Depende de tratado de extradição com o país que emanou a sentença OU requisição do


Ministro da Justiça.
DICA 145
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS

RECLUSÃO

CRIMES

DETENÇÃO
INFRAÇÕES
PENAIS

CONTRAVENÇÕES
PRISÃO SIMPLES
("crime anão")

CRIME CONTRAVENÇÃO

PENA MÁXIMA 40 anos 5 anos

PENA reclusão ou detenção prisão simples

NÃO PODE ser aplicada PODE ser aplicada


MULTA
isoladamente isoladamente

TENTATIVA Cabe NÃO cabe

Todas APENAS pública


AÇÃO PENAL
incondicionada

DICA 146
CRIME

Infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção;


Previsto no código penal e legislação extravagante;
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Penal de multa não pode ser aplicada isoladamente;

É possível a tentativa;

Todos os tipos de ação penal.

CONTRAVENÇÃO:

Infração penal a que a lei comina pena de prisão simples;

Lei das Contravenções Penais (Dec-Lei nº 3.688/41);

Penal de multa pode ser aplicada isoladamente;


Não cabe tentativa;

Somente ação penal pública incondicionada.


DICA 147
TEORIA GERAL DO CRIME
Conceito tripartido de crime:
O conceito de crime adotado no Brasil é dividido em três elementos:
Fato típico;
Ilicitude ou antijuridicidade;
Culpabilidade;

A teoria adotada é a finalista, pois a conduta do agente deve ser dirigida a um fim
(DOLO ou CULPA).

ATENÇÃO!

A punibilidade não integra o conceito de crime, pois é apenas pressuposto para


aplicação da pena.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL


DICA 148
GARANTIAS DO INVESTIGADO NO INQUÉRITO POLICIAL - COMUNICAÇÃO DA
PRISÃO
De acordo com o art. 5º, inciso LXII, da Constituição de 1988 [...] "a prisão de qualquer
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada".
O referido inciso define que a prisão deverá ser publicizada, no sentido de se tornar
pública ao juiz competente e à família do preso, ou à pessoa por ele indicada.
Trata-se de um direito de extrema relevância para o Estado Democrático de Direito.
DICA 149
DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - DIREITO AO
SILÊNCIO
Segundo o artigo 5º, inciso LXIII, da Constituição de 1988 [...] "o preso será informado de
seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a
assistência da família e de advogado".
Verifica-se que o referido dispositivo constitucional consagra o direito fundamental ao
silêncio, uma das implicações do princípio nemo tenetur detegere, segundo o qual
ninguém será obrigado a produzir provas contra si, modalidade da autodefesa
passiva.
DICA 150
DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - IDENTIFICAÇÃO
DOS RESPONSÁVEIS PELA PRISÃO
Um dos direitos constitucionais garantidos ao preso, considerado inclusive uma garantia
fundamental, é o de ter a identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial. Veja só, na íntegra:
Artigo 5º, inciso LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua
prisão ou por seu interrogatório policial;
Assim, quando da sua prisão, é seu direito saber quem o prendeu ou quem o interrogou e,
inclusive, a não observância desse direito no primeiro caso, pode ensejar ao
relaxamento da prisão, ao passo que no segundo, na nulidade do procedimento.
Resumindo:
Fui preso? Tenho direito de ser informado sobre quem me prendeu ou interrogou.
DICA 151
DA INCOMUNICABILIDADE

Conceito: era a possibilidade de que o preso no IP não tivesse contato com terceiros,
em favor da eficiência da investigação.

Requisitos:
Ordem judicial motivada;
Prazo de 3 dias;
Acesso do advogado.
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Filtro constitucional: com o advento do art. 136, § 3º, IV, CF que inadmite a
incomunicabilidade mesmo no Estado de Defesa, conclui-se que o art. 21 do CPP não foi
recepcionado (interpretação lógica).
DICA 152
DO INQUÉRITO POLICIAL - CONCEITO DO INQUÉRITO POLICIAL

Conceito: O inquérito consiste num conjunto de diligências visando elucidar os fatos,


as fontes de prova. Além disso, possui caráter preparatório, pois através dele a polícia
investigativa possibilita que o titular da ação penal (ex.: Ministério Público) possa
ingressar com a Ação Penal.
Natureza do inquérito: O inquérito policial possui a natureza de um procedimento
administrativo, preparatório, presidido pela autoridade policial (delegado de polícia).
NÃO é um processo ou procedimento judicial!
Condução do inquérito: Vejam o art. 2º §1º da Lei 12.830/2013, que prevê que cabe
ao delegado de polícia a condução do inquérito policial, o que reforça a sua natureza
administrativa, e não jurisdicional.
DICA 153
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

Procedimento ESCRITO As peças do inquérito devem ser reduzidas a escrito.


(art. 9º, CPP)

O inquérito é dispensável à propositura da Ação Penal.


Procedimento
O MP dispensará o inquérito se com a representação
DISPENSÁVEL (art. 39,
forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a
§5, CPP)
ação penal.

Uma vez instaurado, a autoridade policial NÃO pode


mandar arquivar os autos do inquérito policial.
Procedimento
INDISPONÍVEL O delegado pode até concluir que o fato apurado não é
crime, mas não pode arquivar o inquérito.
(art. 17, CPP)
Quem o faz é o Ministério Público, titular da ação penal,
observando o procedimento do art. 28 do CPP.

A autoridade deve assegurar o SIGILO no inquérito,


necessário à elucidação do fato.
Procedimento SIGILOSO Imaginem se cair no conhecimento popular que um
determinado chefe do tráfico está sendo objeto de uma
(art. 20)
interceptação telefônica. A medida ficaria sem efeito,
correto? É por isso que o inquérito é um procedimento
SIGILOSO.

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DICA 154
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INQUISITIVO
No inquérito policial há concentração de poder em autoridade única. Logo, há o
afastamento do contraditório e da ampla defesa. (NESTOR TÁVORA)
Fique atento!
A título de conhecimento, ressalte-se que é possível que o inquérito tenha contraditório e
ampla defesa. Havendo desejo político, é possível a regulação de inquéritos com
contraditório e ampla defesa, a exemplo do inquérito para a expulsão do estrangeiro
regulado na Lei de Migração (Art. 58, Lei 13.445/2017).
DICA 155
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISCRICIONÁRIO
O Delegado preside a investigação da forma que entender mais estratégico, adequando o
Inquérito Policial a realidade do crime apurado.
Tome nota!

Os arts. 6º e 7º do CPP, de forma não exaustiva, apontam diligências que podem ou


devem ser cumpridas, para melhor aparelhar o Inquérito Policial.

As diligências requeridas pela vítima ou pelo suspeito podem ser negadas, salvo
o exame de corpo de delito quando a infração deixar vestígios (arts. 14, 158 e 184 do
CPP).
DICA 156
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO SIGILOSO
Cabe ao delegado de polícia velar pelo sigilo em favor da eficiência da investigação (art.
20, CPP).

Princípio da presunção de inocência:


Informações do Inquérito Policial não serão apontadas na certidão de antecedentes
criminais.
DICA 157
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO ESCRITO
Prevalece a forma documental, sendo que os atos orais serão reduzidos a termo (art.
9º, CPP).

O delegado deve rubricar todas as laudas do Inquérito Policial.

As novas ferramentas tecnológicas podem ser empregadas na documentação, o que


envolve captação de som e imagem, assim como a estenotipia (técnica de resumo de
palavras por símbolos).
DICA 158
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INDISPONÍVEL
O delegado NUNCA poderá arquivar o inquérito policial.
Toda investigação iniciada deve ser concluída e encaminhada a autoridade competente.
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Memorize!

JAMAIS poderá arquivar o inquérito


Delegado
policial

DICA 159
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL
A deflagração do processo independe da prévia elaboração do Inquérito Policial
(posição majoritária).
Fique atento! Inquérito indispensável (posição minoritária).
Para Henrique Hoffmann, em posição minoritária, o inquérito é indispensável para a
deflagração do processo; afinal, é possível que o inquérito seja a fonte de fornecimento de
justa causa para o ajuizamento da ação penal.
DICA 160
CONTRADITÓRIO DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL

O contraditório é um dos princípios bases do processo penal, expressamente


consagrado na Constituição Federal. Contudo, o inquérito policial é um procedimento
sigiloso. Então, como fazer para conciliar essas duas previsões?
Regra geral, não há contraditório pleno no âmbito do inquérito policial. Trata-se de
um procedimento de característica inquisitorial, em que o contraditório e a estrutura
dialética, típica da ampla defesa e dos processos judiciais, não é observada.
O Estatuto da OAB prevê que é direito do advogado examinar, mesmo sem
procuração, os autos do inquérito policial (art. 7º, inciso XIV, Estatuto da OAB).
A forma que a jurisprudência encontrou de compatibilizar isso é permitindo ao advogado o
amplo acesso aos elementos de prova que já tiverem sido documentadas no inquérito
policial. As diligências ainda em curso não serão permitidas o acesso ao advogado.
É isso o que quer dizer a Súmula Vinculante n. 14: “é direito do defensor, no interesse
do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa”.
DICA 161
INQUÉRITO POLICIAL CONTRA POLICIAIS PELO USO DAS FORÇAS LETAIS
Inovação importante trazida pelo Pacote Anticrime!
Em regra geral, não se observa o contraditório pleno e efetivo no inquérito policial, dada a
sua estrutura inquisitorial e sigilosa. Mas os advogados possuem acesso às diligências que
já tiverem sido documentadas, conforme súmula vinculante n. 14.
Uma novidade trazida pelo Pacote Anticrime e que de certa forma excepciona essa
restrição ao contraditório no âmbito do inquérito policial está prevista no art. 14-A do
CPP.
No caso em que os policiais forem investigados por algum fato relacionado ao uso da
força letal (ex.: arma de fogo), praticados no exercício profissional. O policial investigado
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deverá ser citado sobre a instauração do inquérito, podendo constituir defensor no


prazo de 48 horas, contados do recebimento da citação.
Se o prazo de 48 horas acabar sem que o policial tenha constituído advogado, deverá ser
intimado a instituição a que estava vinculado na época dos fatos para que, no
prazo de 48 horas, indique algum defensor para a representação do investigado.
A previsão de citação do investigado acerca da instauração do inquérito é uma novidade, e
que só existe nos crimes em que os policiais forem investigados pelo uso das forças letais.
É uma novidade que de certa forma “fortalece” o contraditório, mesmo em sede de
investigação criminal!
DICA 162
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
Não deixe de fazer a redação LITERAL do art. 155 do CPP!!

FORÇA PROBATÓRIA DO INQUÉRITO POLICIAL (ARTIGO 155, CPP)

São colhidos no inquérito policial, Sozinhas, NÃO podem


ELEMENTOS DE
sem a observância do embasar a
INFORMAÇÃO
contraditório. condenação.

São aquelas produzidas sob o São elas que servem


contraditório judicial, durante a para embasar a
PROVAS instrução criminal. condenação.

ELEMENTOS São elementos que, embora São eles:


MIGRATÓRIOS colhidos durante o inquérito
policial, podem servir para 1) provas cautelares;
embasar a condenação. 2) provas não
repetíveis;
3) provas antecipadas.

Somente será considerado prova no âmbito do processo penal aquela submetida ao


contraditório judicial, ou seja, aquela colhida durante a instrução processual penal (fase
processual), em que seja dada oportunidade para a parte acusada se manifestar
previamente, participando ativamente da sua colheita.
No âmbito do inquérito policial, isso não ocorre. O Inquérito Policial é um
procedimento sigiloso, em que NÃO se observa o contraditório prévio. A parte
investigada não participa das investigações, não participa da colheita da prova.
Quando o juiz for analisar se condena ou não o acusado, ele deverá observar as PROVAS
produzidas em contraditório judicial. Ele NÃO poderá, como regra, fundamentar a sua
condenação exclusivamente nos elementos informativos colhidos durante a investigação.
Na verdade, esses elementos colhidos pela entidade responsável, durante o inquérito
policial, tecnicamente sequer são chamados de provas, mas sim ELEMENTOS DE
INFORMAÇÃO. Isso porque tais elementos não se prestam como provas, mas sim como
elemento para que o Ministério Público faça a acusação, bem como para direcionar os
rumos da instrução criminal, na fase processual.
Certo? Espero que sim! Mas, existem algumas exceções… Isso porque muitas vezes os
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elementos de informação colhidos na delegacia NÃO poderão ser repetidos durante a


instrução criminal, seja porque às vezes os vestígios desaparecem, ou ainda porque a
testemunha que prestou o depoimento morreu, etc.
É por isso que a lei ressalva as provas cautelares, não repetíveis e as antecipadas.
Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de elementos
migratórios. Recebem esse nome porque, embora colhidas durante o inquérito policial,
elas podem, sozinhas, embasar a condenação do juiz.
Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher agredida, etc.
Já Prova cautelar são aquelas pautadas pela necessidade e urgência, como o caso de
uma interceptação telefônica. Não há como o juiz repetir essa prova, concordam?
DICA 163
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
Importante!!!!
A duração do inquérito variará de acordo com o réu estar preso ou não. Além disso, há
uma regra específica na Lei de Drogas que é importante vocês saberem!
Duração do inquérito para réu preso:
Primeiramente, em se tratando de réu preso, o CPP prevê o prazo de 10 dias, contados
do dia em que se executar a ordem de prisão.
Porém, o Pacote Anticrime passou a prever a possibilidade de o juiz prorrogar o
inquérito em se tratando de réu preso, por uma única vez, por mais 15 dias. Se, após
essa prorrogação, ainda não houver concluído as investigações, a prisão deverá ser
imediatamente relaxada.
Portanto, para RÉU PRESO = 10 dias, prorrogáveis por mais 15 dias.
Duração do inquérito para réu solto:
Além disso, em se tratando de réu solto, a duração do inquérito é de 30 dias, podendo
haver sucessivas prorrogações na hipótese de o caso ser de difícil elucidação (na prática,
quase todo inquérito com réu solto extrapola esse prazo).
Duração do inquérito na lei de drogas:
Há uma outra regra específica na Lei de Drogas que é importante você memorize.
Em se tratando de inquérito para apurar os crimes previstos na lei de drogas
(exemplo: tráfico de entorpecentes), a duração do inquérito é de 30 dias para o réu
preso, e de 90 dias para o réu solto, podendo, em ambos os casos, ser duplicados pelo
juiz (ver artigo 51 da Lei de Drogas).

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PRAZO DE RÉU PRESO RÉU SOLTO


CONCLUSÃO

Regra do CPP Prazo de 10 dias, contados da data em Prazo de 30


que se executar a ordem de prisão (art. 10, dias, podendo ser
CPP) prorrogado.
O pacote anticrime passou a prever a
possibilidade de prorrogação, por uma
única vez, por mais 15 dias. (art. 3º-B,
CPP)

Lei de Drogas 30 dias (podendo ser duplicado) 90 dias


(podendo ser
duplicado)

ATENÇÃO!

Para complementar os estudos, vale a leitura do art. 155 do CPP!!


Para complementar as informações dessa dica, FAÇAM A LEITURA LITERAL de
três artigos:
artigo 10 do CPP;
art. 3º-B, §2º, do CPP;
art. 51 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).

DICA 164
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP)

Possibilidade de
Espécie de crimes Observação
instaurar
De ofício, pelo delegado A peça inaugural do inquérito será
uma portaria.
Mediante requerimento Se o requerimento de instauração
do ofendido for indeferido, cabe recurso ao
Nos crimes de ação Chefe de Polícia.
penal pública
INCONDICIONADA Por requisição da Prevalece que a autoridade
autoridade judiciária e do judiciária requisitar a instauração
Ver artigo 5º, CPP Ministério Público de inquérito policial ofende o
Sistema Acusatório.
Notícia de qualquer É o que chamamos de delatio
pessoa do povo criminis. Na prática, exercida
através do B.O.

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DICA 165
NOTITIA CRIMINIS, DELATIO CRIMINIS E DENÚNCIA ANÔNIMA

Notitia criminis: é o conhecimento, por parte da autoridade policial, acerca de um


crime. A partir dela, o delegado dá início à investigação, apurando a sua verdadeira
ocorrência bem como descobrindo a sua autoria. Pode ser espontâneo (ex: delegado ao
andar na rua vê a prática de um crime) ou provocado (ex.: B.O., requisição do MP, etc)

Delatio criminis: é uma espécie de notitia criminis. Quando qualquer pessoa do


povo (e não a vítima/ofendido) comunica um fato criminoso à autoridade policial.

Denúncia anônima: esse ponto é importante. A denúncia anônima é um importante


instrumento no combate à criminalidade. Porém, a CF veda expressamente o anonimato
(art. 5º, inciso IV).
É por isso que, diante de uma denúncia anônima, a autoridade policial não pode, de
pronto, instaurar um inquérito policial.
Pelo contrário, deverá verificar a procedência e a veracidade das informações veiculadas
pela denúncia anônima, através de um procedimento chamado de Verificação da
Procedência das Informações (VPI), previsto no art. 5º, §3º do CPP.
Portanto, a denúncia anônima, por si só, NÃO serve para fundamentar a instauração de
inquérito policial. Mas, a partir dela, pode a polícia realizar diligências preliminares para
apurar a veracidade das informações obtidas anonimamente e, a partir disso, instaurar o
inquérito.
DICA 166
REQUISIÇÕES DE INFORMAÇÕES (ARTS. 13-A E 13-B)

REQUISIÇÕES DOS ARTS. 13-A E 13-B

1. Possibilidade do MP e delegado requisitar


REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES dados e informações cadastrais de órgãos
públicos ou empresas privadas.
(art. 13-A)
2. INDEPENDE de autorização judicial

1) Sequestro e cárcere privado; 2) Redução à


condição análoga à de escravo; 3) Tráfico de
pessoas; 4) Extorsão; 5) Extorsão mediante
sequestro; 6) Envio de criança ao exterior.

Qual o prazo para atendimento? 24 horas.

1. Possibilidade do MP e delegado requisitar


meios técnicos necessários que permitam a
localização da vítima às empresas de
REQUISIÇÃO DE MEIOS telecomunicação.
TÉCNICOS ADEQUADOS
(ART. 13-B) 2. PRECISA de autorização judicial, mas se o
juiz não se manifestar em 12 horas, a
autoridade pode requisitar diretamente, com
imediata comunicação ao juiz.

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REQUISIÇÕES DOS ARTS. 13-A E 13-B

REQUISIÇÃO DE MEIOS 3. Previsto apenas para o crime de tráfico de


TÉCNICOS ADEQUADOS pessoas
(ART. 13-B)
4. Prazo máximo da diligência: 30 dias, renovável por
igual período

5. Nesses casos, o inquérito policial deve ser


instaurado em 72 horas, contado do registro da
ocorrência.

DICA 167
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
O pacote anticrime trouxe significativa alterações no que diz respeito à forma de
arquivamento do inquérito policial, com as modificações no art. 28 do CPP.
Por força do caráter indisponível do inquérito, a autoridade policial não pode mandar
arquivar os autos do inquérito. Além disso, o arquivamento também NÃO pode ser
determinado de ofício pelo juiz.
Na verdade, incumbe exclusivamente ao MP avaliar se os elementos de informação
colhidos são ou não suficientes para o oferecimento da denúncia.
O Pacote Anticrime implementou uma mudança na forma de arquivamento do inquérito
policial, implementando o que se chama de arquivamento no âmbito do Ministério
Público.
Agora, caso o MP entenda que é caso de arquivamento do inquérito, deverá realizar a
comunicação à vítima, ao investigado e à autoridade policial. Ainda, deverá
encaminhar os autos para a instância de Revisão Ministerial, para fins de
HOMOLOGAÇÃO.
PRESTEM BEM ATENÇÃO: quem homologa o arquivamento do inquérito é um
“órgão superior” do próprio Ministério Público, chamado de instância de Revisão
Ministerial.
Antes do pacote anticrime, o MP pedia o arquivamento do inquérito ao juiz, que deveria
homologar o arquivamento. No entanto, caso o juiz discordasse do MP e entendesse que
NÃO seria caso de arquivamento, deveria remeter os autos ao Procurador Geral de Justiça.
Veja, portanto, a novidade: agora o arquivamento não passa pelo crivo do juiz. O juiz
não decide mais se vai ou não arquivar. Se o MP entender que é caso de arquivamento,
faz as comunicações e submete à instância de Revisão Ministerial.
Portanto: se o MP entender que é caso de arquivamento, ele submete à homologação da
instância de Revisão Ministerial. NÃO É MAIS O JUIZ que homologa o arquivamento!!!
Por fim, se a vítima não concordar com o arquivamento do inquérito, poderá recorrer, no
prazo de 30 dias, submetendo a matéria à revisão de instância no âmbito do Ministério
Público.

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ATENÇÃO!

Por conta da concessão de liminar na ADI 6305/DF, pelo Ministro Luiz Fux, está
suspensa “sine die” a alteração constante da lei nº 13.964/2019, no que tange o
procedimento de arquivamento de inquérito policial. Portanto, até o momento,
prevalece a redação anterior desse artigo, ou seja, MP pede arquivamento e
encaminha para o Magistrado, tendo esse a competência de deferir ou não!

Note que aqui, é extremamente importante ter conhecimento a respeito da redação


anterior (ainda vigente) e a suspensão da redação nova, haja vista que a FGV pode
cobrar do candidato esse assunto, exigindo que esse tenha conhecimento a respeito da
ADI 6305/DF.
DICA BÔNUS
TERMO CIRCUNSTANCIADO
No âmbito dos Juizados Especiais Criminais, NÃO se exige a instauração de inquéritos
policiais. O inquérito é substituído por um procedimento mais simples e mais célere,
chamado de Termo Circunstanciado.
Portanto, o procedimento para investigar crimes de menor potencial ofensivo (pena
máxima menor do que 2 anos) é o Termo Circunstanciado.
Nos termos do art. 69 da Lei 9.099/95, “a autoridade policial que tomar conhecimento da
ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com
o autor do fato e a vítima”.

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