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Memorex TJDFT – Analista Judiciário - Rodada 06

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ....................................................................................................4


ÉTICA ......................................................................................................................................13
REGIMENTO INTERNO ..................................................................................................18
LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA ......................................................................20
PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E
OFÍCIOS JUDICIAIS .......................................................................................................24
PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL
ELETRÔNICO.......................................................................................................................28
DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................30
DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................................................39
DIREITO CIVIL ..................................................................................................................50
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................60
DIREITO PENAL ................................................................................................................72
DIREITO PROCESSUAL PENAL..................................................................................84

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
SINTAXE – ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA

Explicativa: COM vírgula. A oração subordinada adjetiva explicativa qualifica o seu


referente de modo mais genérico. Desse modo, a informação não restringe.

As vírgulas introduzem uma informação que é adicional. Isso significa que a


informação está presente em todos os termos do seu antecedente.

Exemplo: A Lua, que é o único satélite natural da Terra, é divina.

Note que “que é o único satélite natural da Terra” é uma informação acessória
da Lua, uma explicação, uma ampliação de sentido.
CUIDADO!

→ à Minha neta, que mora em Porto Alegre, estuda Medicina. à EXPLICATIVA


→ à Minha neta que mora em Porto Alegre estuda Medicina. à RESTRITIVA
Na oração 1 é possível entender que há apenas 1 neta e “, que mora em POA,” é
uma informação adicional, uma explicação.

A retirada das vírgulas na oração 2 muda o sentido, pois entende-se que existe
mais de uma neta e apenas aquela que mora em POA estuda Medicina.
DICA 02
CLASSIFICAÇÃO DA ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA

Podem ser classificadas em: Restritivas e Explicativas.


Após identificar a oração subordinada adjetiva, faz-se necessário identificar se ela é
restritiva ou explicativa.
Restritiva: SEM vírgula.
Veja que na frase: “O estudante que se dedica passa” é possível substituir o pronome
“que” por “O estudante”. O “que” faz referência ao termo anterior “O estudante”,
exercendo função de pronome relativo.
Então, “que se dedica” é uma oração subordinada adjetiva restritiva, pois não
possui vírgula.

TOME NOTA: A oração subordinada adjetiva RESTRITIVA → DELIMITA de


modo mais preciso o seu referente. Ela restringe o tipo de estudante que passa →
o que se dedica. Há vários tipos de estudantes, mas apenas o estudante que se dedica
passa.
Explicativa: COM vírgula. A oração subordinada adjetiva explicativa qualifica o
seu referente de modo mais genérico. Desse modo, a informação não restringe.

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As vírgulas introduzem uma informação que é ADICIONAL. Isso significa que a


informação está presente em todos os termos do seu antecedente.

Ex.: A Terra, que é um planeta, é coberta por 70% de água.

Note que “que é um planeta” é uma informação acessória da Terra, uma


explicação, uma ampliação de sentido.
CUIDADO:

Meu filho, que mora em São Paulo, estuda Direito. → EXPLICATIVA


Meu filho que mora em São Paulo estuda Direito. → RESTRITIVA
Na oração 1 entende-se que existe apenas 1 filho e “, que mora em SP,” é uma
informação adicional, uma explicação.
A retirada das vírgulas na oração 2 muda o sentido, pois entende-se que existe
mais de um filho e apenas aquele que mora em SP estuda Direito.
DICA 03
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
A oração subordinada adverbial exprime uma circunstância para a oração principal.
Ela desempenha as funções um advérbio (e sintaticamente de adjunto adverbial). Essa
oração inicia com uma conjunção subordinativa adverbial, a qual indicará a circunstância
que a oração expressa.

Então, a oração subordinada adverbial pode ser do tipo:


Causal
Comparativa
Concessiva
Condicional
Conformativa
Consecutiva
Final
Proporcional
Temporal
DICA 04
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS: CAUSAL
Causal: indica uma causa, um motivo.
Exemplos de conjunções causais: porque, como, na medida em que, visto que, uma
vez que, porquanto...

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Ex.: Ela não foi ao parque porque estava doente. → Note que a conjunção causal
“porque” representa uma causa do que foi dito na oração principal, é o motivo de ela
não ter ido ao parque (porque estava doente).
DICA 05
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS: COMPARATIVA
Comparativa: exprime uma comparação.
Exemplos de conjunções comparativas: tanto... quanto, tal como, (do) que, tal ...
qual, como (no sentido de comparação, normalmente vem acompanhado com
“quem”).

Ex.: O guepardo é mais veloz do que o leão. → Note que há uma comparação
entre o guepardo e o leão no que diz respeito à velocidade.
DICA 06
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS: CONCESSIVA
Concessiva: indica uma concessão e exprime algo inesperado em determinadas
circunstâncias. Exemplos de conjunções concessivas: apesar de, conquanto, embora,
ainda que, se bem que, por mais que...

Ex.: Por mais que Júlia não esteja bem, ela irá ao casamento. → Note que é
inesperado que Júlia vá ao casamento, já que ela não está bem... Mas, ela irá.
DICA 07
ORTOGRAFIA OFICIAL

ABSOLVER X ABSORVER

A palavra ABSORVER, geralmente, significa “consumir”; “sorver”.


Ex.: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.
Ainda, pode significar “concentrar-se”. Exemplo: Mônica absorve-se no trabalho.

A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.


Ex.: O júri absolveu o réu.

DICA 08
ORTOGRAFIA OFICIAL

EMINENTE X IMINENTE

EMINENTE significa “elevado”; “notável”.


Ex.: É eminente o fato de que a saúde no Brasil está um caos.

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→ É notável o fato de que...


IMINENTE significa que alguma coisa está próxima de acontecer.
Ex.: O risco de eu ficar gripado é iminente!

DICA 09
ORTOGRAFIA OFICIAL

ASCENDER X ACENDER

ACENDER significa “atear fogo”; “iluminar”.

→ É verbo transitivo direto (VTD).


Ex.: Ela acendeu a luz da sala.

ASCENDER significa “subir”. É VERBO TRANSITIVO INDIRETO (VTI), ou


seja, aparece com preposição.
Ex.: Júlia ascendeu ao cargo de Diretora.

DICA 10
ORTOGRAFIA OFICIAL

CENSO X SENSO

CENSO tem o sentido de “recenseamento”. Sempre que aparecer a palavra


“censo” lembre do IBGE, que divulga os dados da população.

SENSO pode significar “ter juízo”.


Ex.: Tenha bom senso, Juliana!

DICA 11
ORTOGRAFIA OFICIAL

MANDATO X MANDADO

Mandato essa palavra significa “procuração”; “delegação”.


Geralmente, é usada na política.
Ex.: O Presidente tem um mandato de quatro anos.

Mandado Como substantivo poderá ter o sentido de “ordem judicial”.


Já, como adjetivo poderá ter o sentido de “receber ordem”, “ser mandado”.

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Ex.: Ele é mandado pela esposa. – “recebe ordens”


Recebi um mandado de prisão – “ordem judicial”

DICA 12
ACENTUAÇÃO GRÁFICA – DIVISÃO SILÁBICA
Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu.
Ex.: cha-ve, ba-nha, quei-xa.
Não se separam os ditongos e tritongos.
Ex.: foi-ce, Pa-ra-guai.
Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba.
Ex.: psi-qui-a-tra.
DICA 13
DIVISÃO SILÁBICA
Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc.
Ex.: car-ro, ex-ce-len-te.
Separam-se as vogais dos hiatos.
Ex.: sa-ú-de
Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, SALVO aqueles em
que a segunda consoante é l ou r.
Ex.: ap-to, con-vic-ção.
DICA 14
ACENTO DIFERENCIAL
CUIDADO! O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi extinto.

ANTES VÔO

ENJÔO

CRÊEM

LÊEM

DEPOIS VOO

ENJOO

CREEM

LEEM

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MACETE → “CREDELEVE” → São os verbos: CRER, DAR, LER e VER. → Quando


ficam no plural, dobra-se o “e” e não levam acento, como exposto no quadro acima.

QUESTÃO FGV, 2013.


(Questão adaptada) Indique a alternativa cujos vocábulos tiveram sua acentuação
gráfica alterada em função do último acordo ortográfico.
A) têm – vêm
B) heroico – saúde
C) colmeia – herói

D) veem – leem. Não mais se acentua os encontros -oo e –ee. Ex.: voo,
enjoo, creem, deem, leem, veem.

DICA 15
ACENTO DIFERENCIAL

Não existe mais o acento diferencial. Mas em algumas palavras ele aparece para
diferenciar uma da outra que se grafa de igual maneira:

PÔR – VERBO / POR – PREPOSIÇÃO.

Pôr: verbo, mesmo sentido de: colocar, botar, inserir.


Por: preposição, mesmo sentido de: através de, para, durante.

PÔDE – VERBO PASSADO / PODE – VERBO PRESENTE

Ex.: Joana pôde fazer no passado coisas que não mais pode realizar atualmente.

TEM – VERBO NA 3ª PESSOA DO SINGULAR/ TÊM – VERBO NA 3ª PESSOA DO


PLURAL

Ex.: Ela tem um papagaio muito fofo. / Eles têm dois papagaios em casa.

VEM – VERBO NA 3ª PESSOA DO SINGULAR/ VÊM – VERBO NA 3ª PESSOA DO


PLURAL

Ex.: Ele vem de longe. / Eles vêm jantar conosco.

DICA 16
PONTUAÇÃO
Primeiramente, importante destacar que os sinais de pontuação servem para dar
coesão e coerência ao texto. Desse modo, os sinais são utilizados para marcar pausas e

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mudanças de entonação na escrita. A pontuação tem o condão de alterar o sentido da


frase (leia e imagine a entonação mentalmente das frases abaixo):

Silvia fez um almoço delicioso.


Silvia fez um almoço delicioso!
Silvia fez um almoço delicioso?

Desse modo, os sinais de pontuação podem ser: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e
vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de
interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o
travessão (—).
DICA 17
USO DA VÍRGULA
Você verá alguns casos importantes em que há o uso da vírgula:

Para separar elementos:


Ex.: Teoria, revisão, questões e simulados são o plano perfeito para a aprovação na
prova da OAB.
OBS.: Uma dica bem importante: se for uma lista de várias coisas, a vírgula será
necessária!

Uso da vírgula entre aposto:

Ex.: Mariana, professora de Português, está de férias.


OBS.: Veja que o que está entre vírgulas na frase acima é um aposto explicativo.
Então, haverá vírgula!
Sempre que existir uma explicação no meio da oração: haverá vírgula!

Uso da vírgula depois do vocativo:

Ex.: Geórgia, leia o e-mail que está na sua caixa de entrada!


OBS.: Veja que há um “chamamento”. Desse modo, haverá o uso da vírgula
após o “chamamento”.

Uso na vírgula na intercalação de textos:

Ex.: Júlia não vai, de modo algum, falhar.


OBS.: Veja que “de modo algum” está “quebrando” a frase. Desse modo, há a
colocação de vírgulas.

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DICA 18
USO DA VÍRGULA

Veja outros casos importantes acerca do uso da vírgula:

Uso da vírgula após os advérbios “sim” e “não”:

Ex.: Sim, eu estou feliz com o meu casamento.


Não, ele não deu sinal de vida.
OBS.: Veja que após o uso do “sim” e do “não” em respostas: há o uso da
vírgula!

Uso da vírgula para separar um adjunto adverbial antecipado ou intercalado


entre o discurso:
Adjunto adverbial deslocado até 3 palavras = vírgula OPCIONAL.
Adjunto adverbial deslocado LONGO = vírgula OBRIGATÓRIA.

Ex.: Na data de ontem, eu escrevi um livro.

Uso da vírgula na omissão de verbos:

Ex.: Vamos ao cinema; eles, ao teatro.


OBS.: Veja que a vírgula após “eles” substitui o verbo “ir”.

DICA 19
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA – NORMA CULTA

Norma culta: são padrões linguísticos usados habitualmente por aqueles que possuem
um alto nível de escolaridade. É uma variação linguística utilizada por indivíduos que
residem nos meios urbanos e que discursam de modo formal.
Na norma culta há uso rigoroso das normas e regras gramaticais; há o uso de
estruturas sintáticas complexas e de vocabulário “rico”; é usada em situações formais.
Ainda, na norma culta há o correto uso da acentuação, da pontuação, da
concordância, da regência e da colocação pronominal.
DICA 20
NORMA CULTA

Norma culta e variação linguística: Como já visto, no Português há variações


linguísticas, em decorrência dos grupos sociais existentes, que possuem níveis de
escolaridade diferentes, bem como hábitos linguísticos diversos. Nem todas as variações
linguísticas usufruem da norma culta, o que gera o chamado “preconceito linguístico”.

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Alguns exemplos de utilização da norma culta:

REGÊNCIA VERBAL COM O USO CORRETO DA PREPOSIÇÃO

Jonas jamais obedece ao tio.

Maria e Joana assistiram ao jogo de vôlei animadas.

ÊNCLISE NO INÍCIO DA ORAÇÃO

Telefonei-lhe na hora certa.

Dá-me a garrafa de suco, por gentileza.

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ÉTICA
DICA 21
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO – LEI 8.112/90
Deveres são obrigações ou condutas que os agentes devem adotar em conjunto com as
suas atribuições funcionais na Lei 8.112/1990, eles estão dispostos no art. 116;

Art. 116. São deveres do servidor:


Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
Ser leal às instituições a que servir;

Observar as normas legais e regulamentares;


Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
Atender com presteza: ao público em geral (prestando as informações requeridas,
ressalvadas as protegidas por sigilo), à expedição de certidões requeridas para defesa de
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal, e às requisições para a defesa
da Fazenda Pública;
Levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao
conhecimento de outra autoridade competente para apuração;
Da análise conjunta do dispositivo IV e VI, podemos perceber que, sempre que receber
uma ordem, o servidor público terá algum dever a cumprir, porém, quando receber
uma ordem manifestamente ilegal, ele deverá abster se de cumpri-la;
DICA 22
DEVERES DO SERVIDOR – LEI 8.112/90

116. São deveres do servidor:


Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
Guardar sigilo sobre assunto da repartição;
Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
Ser assíduo e pontual ao serviço;
Tratar com urbanidade as pessoas;
Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder;
O servidor público deve representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder
e o parágrafo único do mesmo artigo dispõe que essa representação será encaminhada
pela via hierárquica, ou seja, o servidor público deve encaminhá-la para o seu superior
imediato;
Contudo, a apreciação será feita pela autoridade superior àquela contra a qual foi
formulada a representação, assegurando-se ao representando ampla defesa.

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DICA 23
PROIBIÇÕES – LEI 8.112/90
Proibições são condutas vedadas aos servidores públicos, estando enumeradas no
art. 117 da Lei 8.112/1990 e o Estatuto prevê, para cada proibição, um tipo de
penalidade, como advertência, suspensão e demissão;

A pena de advertência será aplicada no caso de violação das seguintes proibições:


ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe
imediato;
retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou
objeto da repartição;
recusar fé a documentos públicos;
opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de
serviço;
promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou
sindical, ou a partido político;

manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,


companheiro ou parente até o segundo grau civil;
recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado;
DICA 24
PENA DE SUSPENSÃO – LEI 8.112/90

A pena de suspensão será aplicada no caso de reincidência da penalidade de


advertência e quando o servidor infringir as seguintes proibições:
cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em
situações de emergência e transitórias;
exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou
função e com o horário de trabalho;
A suspensão, que não poderá exceder a 90 (noventa) dias;

A penalidade de demissão será aplicada no caso de infringência das seguintes


proibições:
receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de
suas atribuições;
aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
praticar usura sob qualquer de suas formas (isto é, cobrar juros excessivos, superiores
aos praticados no mercado);

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DICA 25
DEMISSÃO – LEI 8.112/90

A penalidade de demissão será aplicada no caso de infringência das seguintes


proibições:

proceder de forma desidiosa;


utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades
particulares;
participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não
personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;

Será aplicada a pena de demissão e incompatibilidade do ex-servidor para nova


investidura em cargo público federal, pelo prazo de 05 (cinco) anos, no caso de
cometimento das seguintes proibições:
valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da
dignidade da função pública;
atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de
cônjuge ou companheiro;
DICA 26
RESPONSABILIDADES - LEI 8.112/90
Responsabilidades, pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor público
poderá responder nas esferas civil, penal e administrativa (art. 121);

A esfera civil decorre da ocorrência de dano e consiste no respectivo ressarcimento;

A espera penal ocasiona a aplicação de sanções penais (detenção);

A esfera administrativa decorre da prática dos ilícitos administrativos, previstos no


Estatuto dos Servidores;

A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou


culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros (art. 122), neste caso, exige-se a
responsabilidade subjetiva ou com culpa do servidor público;

Caso o dano seja causado contra a Administração, o servidor será diretamente


contra ela responsabilizado, já se o dano ocorrer contra terceiros, o servidor
responderá perante a Fazenda Pública por meio de ação regressiva;
DICA 27
RESPONSABILIDADE - LEI 8.112/90
O art. 37, §6º, da Constituição Federal, determina que as pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa;

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Ex.: Se um servidor público causar dano a terceiro, o Estado deverá primeiro ressarcir
o prejudicado para, em seguida, mover a ação de regresso contra o servidor, para dele
recuperar os valores gastos com a indenização;

A Responsabilidade Penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor,


nessa qualidade (art. 123) incluídos os crimes tipificados no Código Penal e na lei de
Licitações 8.666/1993;

A Responsabilidade administrativa (Civil Administrativa) resulta de ato omissivo ou


comissivo praticado no desempenho do cargo ou função (art. 124). A responsabilidade
administrativa decorre da prática dos ilícitos administrativos, como por exemplo a
infringência em algumas das vedações que vimos acima ou a falta de observância dos
deveres funcionais do servidor;
O art. 125 dispõe que as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,
sendo independentes entre si;
Mas a esfera penal poderá, em alguns casos, influenciar as demais órbitas de
responsabilidade, a depender do conteúdo da sentença penal;

A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição


criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, ou seja, deve ficar comprovado
no processo penal que o fato não existiu ou então que o servidor não é o seu autor;
DICA 28
PENALIDADES - LEI 8.112/90
As penalidades disciplinares são as sanções administrativas impostas aos
servidores em decorrência da prática dos ilícitos administrativos e se dividem em:
Advertência, Suspensão, Demissão, Cassação de aposentadoria ou disponibilidade,
Destituição de cargo em comissão e Destituição de função comissionada;

A penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% por


dia de vencimento ou remuneração, desde que haja conveniência para o serviço;

As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados,


após o decurso de 3 e 5 anos de efetivo exercício, desde que o servidor não tenha
praticado, nesse período, nova infração e o cancelamento da penalidade não surtirá
efeitos retroativos;

A advertência deve ser aplicada por escrito, no caso de (art. 129):

violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX conforme visto
acima;

inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna,


que não justifique a imposição de penalidade mais grave;
DICA 29
DEMISSÃO - LEI 8.112/90

A pena de demissão será aplicada nos seguintes casos (art. 132):


crime contra a administração pública;

abandono de cargo;
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inassiduidade habitual;
improbidade administrativa;

incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;


insubordinação grave em serviço;
ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria
ou de outrem;

aplicação irregular de dinheiros públicos;


revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;


corrupção;

acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;


transgressão das proibições constantes dos incisos IX a XVI do art. 117 conforme
visto acima;
DICA 30
ABANDONO DE CARGO - LEI 8.112/90
O abandono de cargo decorre da ausência intencional do servidor ao serviço por mais de
30 (trinta) dias consecutivos (art. 138);
A inassiduidade habitual representa a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60
(sessenta) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses;
Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na
atividade, falta punível com a demissão;
A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será
aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão;
Caso o servidor tenha sido exonerado e, posteriormente, seja constatada a prática de
infração punível com suspensão ou demissão, a exoneração será convertida em
destituição de cargo em comissão;

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REGIMENTO INTERNO
DICA 31
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
SUPER DICA: O Tribunal funciona em sessões administrativas:
do Tribunal Pleno;
do Conselho Especial;
do Conselho da Magistratura.

TRIBUNAL PLENO
Composição: todos os desembargadores
Presidência: Presidente do Tribunal
Reunião: presença de desembargadores em número equivalente, no mínimo, ao inteiro
que se seguir à metade de seus membros.

→ Quando exigido quorum qualificado para deliberação, o Tribunal Pleno não se reunirá
sem que estejam presentes desembargadores em número equivalente, no mínimo, a dois
terços dos membros que o integram.
DICA 32
CONSELHOS

Conselho fiscal:

Reunião: no exercício das funções administrativas, reunir-se-á na presença de


desembargadores em número equivalente, no mínimo, ao inteiro que se segue à metade
de seus membros

Conselho da magistratura:

Composição: Presidente, do Primeiro Vice-Presidente, do Segundo Vice-Presidente e


do Corregedor da Justiça

Funcionará: como órgão deliberativo da Administração Superior

Reunião: presença de, no mínimo, três de seus membros.


DICA 33
DAS ELEIÇÕES PARA OS CARGOS DE DIREÇÃO
As eleições para os cargos de direção do Tribunal de Justiça serão realizadas pelo
Tribunal Pleno no mês de fevereiro do ano em que findar o mandato dos antecessores,
mediante convocação do Presidente.
O quorum mínimo de deliberação do Tribunal Pleno é de dois terços dos seus
membros.
Será considerado eleito quem obtiver pelo menos metade mais um dos votos.
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DICA 34
DA INDICAÇÃO DE ADVOGADOS E DE MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Se ocorrer vaga no Tribunal de Justiça para ser provida por membro do Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios ou por advogado, o Presidente do Tribunal solicitará ao
Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios e ao Presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal, LISTA SÊXTUPLA
DOS INDICADOS.
DICA 35
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR RELATIVO A MAGISTRADOS

Quem deve promover, mediante procedimento preliminar, a apuração de falta


disciplinar de que tiverem ciência?

O Presidente do Tribunal, no caso de desembargadores,

O Corregedor da Justiça, no caso de magistrados de primeiro grau

MEMORIZE! São PENAS DISCIPLINARES aplicáveis aos magistrados do Distrito


Federal e dos Territórios:

advertência;

censura;

remoção compulsória;

disponibilidade;

aposentadoria compulsória;

demissão.

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LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA


DICA 36
DA VARA CRIMINAL E DO TRIBUNAL DO JÚRI.

Compete ao Juiz da Vara Criminal:


processar e julgar os feitos criminais da competência do juiz singular, ressalvada a dos
juízos especializados, onde houver;
praticar atos anteriores à instauração do processo, deferidos aos juízes de primeiro
grau pelas leis processuais penais.
Os Tribunais do Júri terão a organização e a competência estabelecidas no Código de
Processo Penal.

Compete ao Juiz-Presidente do Tribunal do Júri:


processar os feitos da competência do Tribunal do Júri, ainda que anteriores à
propositura da ação penal, até julgamento final;
processar e julgar habeas corpus, quando o crime atribuído ao paciente for da
competência do Tribunal do Júri;
exercer as demais atribuições previstas nas leis processuais.
Em cada Tribunal do Júri, oficiará, sempre que possível, um Juiz de Direito
Substituto, que terá competência para a instrução dos processos, sem prejuízo de outras
atribuições que lhe sejam cometidas pelo titular da Vara.
DICA 37
DA VARA DE ENTORPECENTES E CONTRAVENÇÕES PENAIS E DA VARA DE
DELITOS DE TRÂNSITO.

Compete ao Juiz da Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais:


processar e julgar os feitos relativos a entorpecentes ou substâncias capazes de
determinar dependência física ou psíquica e os com eles conexos, ressalvada a
competência do Tribunal do Júri;
decretar interdições, internamento e quaisquer medidas de natureza
administrativa previstas na legislação pertinente;
baixar atos normativos visando à prevenção, à assistência e à repressão,
relacionados com a matéria de sua competência;
fiscalizar os estabelecimentos públicos ou privados destinados à prevenção e à
repressão das toxicomanias e à assistência e à recuperação de toxicômanos,
baixando os atos que se fizerem necessários;
processar e julgar as causas relativas às contravenções penais, salvo quando
conexas com infração da competência de outra Vara.
Compete ao Juiz da Vara de Delitos de Trânsito processar e julgar os feitos
relativos às infrações penais previstas na legislação de trânsito, ressalvada a
competência de outra Vara em crimes conexos e a dos Juizados Especiais Criminais

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DICA 38
DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS E DA VARA DE EXECUÇÕES DAS PENAS E
MEDIDAS ALTERNATIVAS.

Compete ao Juiz da Vara de Execuções Penais:


a execução das penas e das medidas de segurança e o julgamento dos respectivos
incidentes;
decidir os pedidos de unificação ou de detração das penas;
homologar as multas aplicadas pela autoridade policial nos casos previstos em lei;
inspecionar os estabelecimentos prisionais e os órgãos de que trata a legislação
processual penal;
expedir as normas e procedimentos previstos no Código de Processo Penal.

Compete ao Juiz da Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas:


a execução de penas restritivas de direito provenientes de sentença penal
condenatória, da suspensão condicional da pena e o regime aberto em prisão domiciliar e
livramento condicional;
fixar as condições do regime aberto em prisão domiciliar;
o acompanhamento e a avaliação dos resultados das penas e medidas
alternativas, articulando, para esse fim, as ações das instituições, órgãos e setores,
externos e internos, envolvidos no programa;
desenvolver contatos e articulações com vistas na busca de parcerias e
celebração de convênios e acordos capazes de ampliar e aprimorar as oportunidades
de aplicação e execução das penas e medidas alternativas;
colaborar com a Vara de Execuções Penais na descentralização de suas atividades;
designar a entidade credenciada para cumprimento da pena ou medida
alternativa, em cada caso, supervisionando e acompanhando seu cumprimento;
inspecionar os estabelecimentos onde se efetive o cumprimento de penas ou
medidas alternativas;
decidir os pedidos de unificação das penas, bem como julgar os respectivos
incidentes;
coordenar os núcleos descentralizados de execução das penas e medidas
alternativas.
O Tribunal poderá estabelecer mecanismos de cooperação entre as Varas de
Execuções das Penas e Medidas Alternativas - VEPEMA, Varas de Execuções
Penais - VEP, Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais, em matéria de
execução e acompanhamento das penas e medidas alternativas.
DICA 39
DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE.

Compete ao Juiz da Vara da Infância e da Juventude:


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conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público para apuração de


ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis;
conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo;
conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos
à criança e ao adolescente;
conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento,
aplicando as medidas cabíveis;
aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de
proteção a criança ou adolescente;
conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas
cabíveis.

Quando se tratar de criança ou adolescente ao qual é aplicado medida de


proteção é também competente o Juiz da Vara da Infância e da Juventude para o
fim de:
conhecer de pedidos de guarda e tutela;
conhecer de ações de destituição do pátrio poder (PODER FAMILIAR), perda ou
modificação da tutela ou guarda;
suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;
conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação
ao exercício do pátrio poder (PODER FAMILIAR);
conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais;
designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação ou
de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança ou
adolescente;
conhecer de ações de alimentos;
determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros de
nascimento e óbito.

Compete, ainda, ao Juiz da Vara da Infância e da Juventude o poder normativo


previsto no art. 149 da Lei nº 8.069/90, e a direção administrativa da Vara,
especialmente:
receber, movimentar e prestar contas dos recursos orçamentários consignados ao
juizado;
celebrar convênios com entidades públicas ou privadas para melhor desempenho das
atividades de proteção, assistência e vigilância de menores;
designar comissários voluntários de menores;
conceder autorização a menores de 18 anos para quaisquer atos ou atividades em
que ela seja exigida.
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DICA 40
DA JUSTIÇA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL.
A Justiça Militar do Distrito Federal será exercida:
pelo Tribunal de Justiça em segundo grau;
pelo Juiz Auditor e pelos Conselhos de Justiça.
Compete à Justiça Militar o processo e o julgamento dos crimes militares, definidos
em lei, praticados por Oficiais e Praças da Polícia Militar do Distrito Federal e do
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Os feitos de competência da Justiça Militar serão processados e julgados de acordo com o
Código de Processo Penal Militar e, no que couber, respeitada a competência do Tribunal
de Justiça, pela Lei de Organização Judiciária Militar.
A Justiça Militar será composta de 1 Auditoria e dos Conselhos de Justiça, com
jurisdição em todo o Distrito Federal.
O cargo de Juiz-Auditor será preenchido por Juiz de Direito da Circunscrição Judiciária de
Brasília, a ele cabendo presidir e relatar todos os processos perante os Conselhos de
Justiça.
Os Conselhos de Justiça serão de 2 (duas) espécies:
Conselho Especial de Justiça, para processar e julgar os Oficiais e composto por
4 Juízes Militares, de patente igual ou superior à do acusado (não havendo deve se
recorrer a oficiais em inatividade), e do Juiz-Auditor;
Conselho Permanente de Justiça, para processar e julgar os Praças e composto
de 4 Juízes Militares, escolhidos dentre os oficiais da ativa, e do Juiz-Auditor.
Os Juízes Militares do Conselho Permanente de Justiça servirão pelo período de 4
meses consecutivos e só poderão ser de novo sorteados após transcorrido o
prazo de 6 meses, contados da dissolução do Conselho que tenham integrado.
Cada Juiz Militar do Conselho Especial ou Permanente de Justiça terá um suplente,
ambos escolhidos em sorteio presidido pelo Juiz-Auditor em sessão pública.
Os Juízes Militares dos Conselhos Especial e Permanente de Justiça serão sorteados
dentre os oficiais constantes da relação que deverá ser remetida ao Juiz-Auditor
pelo Comando-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal e pelo do Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal.
Não serão incluídos na relação os comandantes-gerais, os oficiais em serviço fora da
respectiva Corporação, os assistentes militares e os ajudantes de ordem.
Compete ao Juiz-Auditor:
expedir alvarás, mandados e outros atos, em cumprimento às decisões dos
Conselhos ou no exercício de suas próprias funções;
conceder habeas corpus, quando a coação partir de autoridade administrativa ou
judiciária militar, ressalvada a competência do Tribunal de Justiça;
exercer supervisão administrativa dos serviços da Auditoria e o poder
disciplinar sobre servidores que nela estejam localizados, respeitada a competência da
Corregedoria de Justiça.

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PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E OFÍCIOS


JUDICIAIS
DICA 41
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

Algumas atribuições que incumbem ao oficial de justiça:


cumprir pessoalmente as diligências, identificando-se pelo nome e pela função,
portando o crachá em local visível e, se solicitado, apresentar a carteira de identidade
funcional;
avaliar bens, salvo quando exigidos conhecimentos técnicos especializados;
proceder à prévia avaliação na hipótese de bens a serem removidos ao Depósito
Público;
realizar leilões públicos, coletivos ou individuais, exceto quando houver indicação
de leiloeiro por credor em leilão público individual, admitido pelo juízo do feito;
lavrar certidões circunstanciadas, conforme modelos aprovados pela Corregedoria;
responder, até o dia útil seguinte, às orientações encaminhadas pela Administração e
pelos ofícios judiciais, bem como as mensagens eletrônicas enviadas pelas partes e
advogados;
providenciar o depósito em banco credenciado dos valores provenientes das constrições
sobre dinheiro, os quais ficarão à disposição do juízo, devendo juntar aos autos o
respectivo comprovante nas 48 horas subsequentes.
LEMBRETE! Não deixe de ler o art. 175 do Provimento Geral onde estão listadas
todas as atribuições dos oficiais de justiça!
DICA 42
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

É vedado lavrar certidões manuscritas.


É proibido ao oficial de justiça receber valores ou vantagens, a qualquer título, para o
exercício de suas atribuições.
O e-mail institucional do oficial de justiça será disponibilizado na consulta processual
realizada no sítio eletrônico do TJDFT.
DICA 43
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA
Os mandados serão cumpridos e devolvidos no prazo improrrogável de 20 dias, a
contar da data de distribuição, salvo prazo diverso previsto.
Os mandados de CITAÇÃO DE RÉU PRESO deverão ser cumpridos e devolvidos em até 5
dias a contar da sua distribuição.

DICA 44
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DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA


É vedada a devolução dos mandados diretamente nas secretarias das varas.
Tratando-se de mandado de intimação para AUDIÊNCIA OU LEILÃO, o oficial de justiça
deverá devolvê-lo com até 3 dias úteis de antecedência, salvo se cumprido em regime
de plantão.

ATENÇÃO!

Se não houver tempo hábil para a devolução do mandado no prazo determinado no


parágrafo anterior, o oficial deverá informar à unidade expedidora o resultado da
diligência por telefone ou e-mail, fazendo constar tal fato na certidão, bem como o
nome e matrícula do servidor contatado.

DICA 45
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA
É vedado ao oficial de justiça devolver mandado sem cumprimento, salvo nas hipóteses
excepcionadas neste Provimento.
Mandado cumprido é aquele que alcança a finalidade do ato determinado pelo Juiz,
produzindo os efeitos processuais pretendidos.
Ainda que não atingida a sua finalidade, reputa-se cumprido o mandado nos
seguintes casos, desde que esgotados os meios e certificados os atos realizados para o
êxito da diligência:
se verificada a necessidade de autorização judicial específica para a sua consecução,
tais como ordem de arrombamento, horário especial ou força policial;

se o destinatário estiver viajando com prazo para retorno desconhecido ou superior a


20 dias;

se as informações contidas no mandado forem errôneas ou insuficientes para o seu


cumprimento;
nas demais circunstâncias que inviabilizem o seu cumprimento.

Somente serão cumpridas diligências nos estabelecimentos prisionais, EM HORÁRIO


NOTURNO, quando se cuidar de alvará de soltura, salvo se diversamente ordenar o
Juiz.
DICA 46
DO RECOLHIMENTO E DO CONTROLE DAS CUSTAS PROCESSUAIS

A COBRANÇA de custas processuais para as ações sujeitas à distribuição


compreenderá os itens:
custas;
mandado;
distribuidor;
contabilista-partidor;
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diligência;
ofício de averbação de baixa.

São ISENTOS do recolhimento de custas processuais:

o Distrito Federal e suas autarquias e fundações;


o Ministério Público;

os beneficiários de justiça gratuita.


DICA 47
DO RECOLHIMENTO E DO CONTROLE DAS CUSTAS PROCESSUAIS

NÃO há incidência de custas processuais:


nas ações populares;
nas ações civis públicas;
nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor, ressalvada a
hipótese de litigância de má–fé;
no habeas corpus e no habeas data;
nas ações de competência das Varas da Infância e da Juventude, quando figurarem
crianças ou adolescentes no pólo ativo ou no passivo.
DICA 48
DO RECOLHIMENTO E DO CONTROLE DAS CUSTAS PROCESSUAIS

Será cabível a DEVOLUÇÃO de custas processuais em caso de:


desistência do ajuizamento da ação ou da interposição do recurso;

recolhimento indevido decorrente de erro na emissão da guia;


recolhimento em duplicidade;
concessão de gratuidade de justiça;
determinação judicial ou administrativa.
O direito à devolução das custas processuais prescreve em 5 anos contados da data do
recolhimento.
DICA 49
PROVIMENTO 7 DE 08 DE SETEMBRO DE 2010
A PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO consiste na:

autuação,

prolação de despachos,
decisões ou sentenças,

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designação de audiências,
expedição de documentos necessários ao cumprimento da ordem judicial, tais como
mandados, cartas precatórias, intimações,
encaminhamento dos autos à apreciação do Juiz de Direito competente,
remessa dos autos ao Ministério Público ou à Defensoria Pública.
DICA 50
PROVIMENTO 7 DE 08 DE SETEMBRO DE 2010
Compete aos diretores de secretaria e aos demais servidores dos respectivos Juízos,
bem como aos oficiais de justiça, por ocasião do cumprimento de mandados judiciais
provenientes dos respectivos processos, a observância das regras quanto à prioridade de
tramitação previstas neste Provimento.
As serventias judiciais, observada a competência e capacidade operacional, poderão
suplementar os procedimentos ora estabelecidos, de forma a imprimir aos respectivos
processos judiciais mais celeridade e eficiência.

ATENÇÃO!

As dicas 59 e 60 aplicam-se ao Provimento 3, DJE de 20/06/2011.

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PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO


DICA 51
DA CONTAGEM E DO CONTROLE DOS PRAZOS
Nas citações ou intimações pelos correios, considera-se como data de juntada do
aviso de recebimento aos autos, para fins de contagem do prazo previsto no art. 231,
do CPC:

a data da juntada, no processo eletrônico, do aviso de recebimento digitalizado;

a data da disponibilização, pelos Correios, no processo eletrônico, do aviso de


recebimento digital.
DICA 52
DA DIGITALIZAÇÃO E DA GUARDA DE DOCUMENTOS
As petições e documentos recebidos em meio físico, dirigidos a processos eletrônicos, nos
casos permitidos, serão digitalizados, juntados aos autos e mantidos no ofício de justiça
pelo período de 45 dias corridos.
Findo o prazo previsto no artigo, caso qualquer das partes, devidamente intimada, não
manifeste o interesse em manter a guarda dos documentos físicos, estes serão
descartados, salvo determinação judicial em sentidocontrário.
DICA 53
DA DIGITALIZAÇÃO E DA GUARDA DE DOCUMENTOS
É facultado às unidades jurisdicionais realizar a digitalização dos processos físicos que se
encontrem em tramitação, exceto os que estiverem conclusos para julgamento.
A digitalização de processos físicos deve ser integral e de maneira sequencial, de todas
as folhas dos autos, mantida a ordem das folhas do processo físico.
DICA 54
DA INSPEÇÃO
As varas que operam com o sistema PJe devem realizar INSPEÇÃO ORDINÁRIA ANUAL
relativa aos processos eletrônicos, observando, no que couber, o regramento contido no
Provimento Geral da Corregedoria aplicado aos Juízes e Ofícios Judiciais, relativo à
inspeção dos processos físicos.
Os Juízes realizarão, entre os meses de janeiro e junho, inspeção ordinária anual dos
processos eletrônicos em tramitação na vara.

ATENÇÃO!

Durante a inspeção os prazos processuais não serão suspensos.

DICA 55
DA INSPEÇÃO
Na inspeção será verificada a regularidade dos processos eletrônicos, abrangendo os
seguintes aspectos:
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prazos processuais;

publicação;
cumprimento dos mandados expedidos;
existência de ofícios não respondidos e de cartas precatórias e rogatória não
devolvidas;
despachos e decisões ainda não cumpridos;

cumprimento das metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ e pelo
Tribunal;
registro dos dados relativos ao processo, incluindo, conforme o caso:

dados das partes, advogados e terceiros;

registro de preferências na tramitação;

classificação do processo;

baixa de documentos não lidos;

baixa de partes.

ATENÇÃO!

O Juiz poderá realizar INSPEÇÃO EXTRAORDINÁRIA, total ou parcial, a qualquer


tempo e independentemente de prévio aviso, sempre que identificar motivo
ensejador para esse procedimento, atendendo, no que couber ao disposto nos artigos
anteriores.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 56
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - CONTROLE DIFUSO-CONCRETO
Características:
Realizado por todos os juízes;
Via de exceção;
Em um caso concreto;
Modo incidental;
Inspiração americana.
Parâmetros de Controle:
Norma pós 1988 frente à Constituição em vigor (parâmetro tradicional);
Norma anterior a 1988 perante à atual constituição (juízo de recepção ou não
recepção);
Norma antes de 1988 em face da Constituição anterior em vigor à época de edição do
ator.
DICA 57

CLÁSULA DE RESERVA ATUAÇÃO DO SENADO


SÚMULA VINCULANTE
DE PLENÁRIO FEDERAL

A declaração de A decisão do STF em sede Confere efeito erga omnes.


inconstitucionalidade de controle difuso-concreto
afeta apenas ao pleno ou ganhará efeito vinculante.
órgão especial do Requisitos: 8 ministros;
Tribunal, que, por reiteradas decisões sobre a
maioria absoluta, decide, A decisão do senado que matéria objeto da súmula;
sob pena de nulidade suspende a lei controvérsia judicial ou entre
absoluta da decisão. inconstitucional é definitiva, o Judiciário e o executivo.
assim como a suspensão.

Efeitos: inter partes e ex STF poderá, de ofício ou


tunc. Procedimento: solicitação mediante provocação, com
do Presidente do STF ao decisão de dois terços dos
Senado; representação do ministros, aprovar súmula
Mitigações, art. 949, PGR ao Senado; elaboração que terá efeito vinculante a
CPC: de resolução da própria CCJ partir da publicação em
do senado. imprensa oficial.
Quando o plenário do
tribunal já tiver decidido
pela inconstitucionalidade
O ato administrativo ou
da norma; quando o
decisão que contrariar
plenário do STF já tiver
súmula, caberá Reclamação
analisado a
ao STF.
inconstitucionalidade.

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Súmula Vinculante 10, STF: viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de


órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade e lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no
todo ou em parte.
DICA 58
CONTROLE ABSTRATO

Competência do STF em face de lei ou ato


normativo estadual ou federal.
Legitimados Universais: Presidente da
República; Mesas do senado ou Câmara dos
deputados; Conselho Federal da OAB e
partidos políticos com representação no
Congresso.
ADI
Legitimados Especiais: Governador; Mesa
da Assembleia Legislativa; confederações
sindicais e entidade de classe de âmbito
nacional.
Participação do AGU em defesa da lei/ato.
Possibilidade de audiência pública ou amicus
curiae.

Objeto: ato normativo federal.


Mesmos legitimados da ADI e competência
exclusiva do STF.
Características: causa de pedir aberta;
impossibilidade de intervenção de terceiros,
ADC exceto amicus curiae; mesmos efeitos da
ADI; possibilidade de modulação de efeitos;
decisão irrecorrível e não cabimento de ação
rescisória.
STF afasta a obrigatoriedade de citação do
AGU nos processos de ADC.

Objetivo: evitar ou reparar lesão à preceito


fundamento previsto na CF.
Caráter subsidiário: quando houver
qualquer outro meio capaz de sanar a
ADPF lesividade, este deverá ser utilizado.
Não cabe ADPF em face de: atos
presidenciais; substituição de embargos em
execução; questionar norma anterior a 88
ante à constituição da época; normas
originárias e súmulas vinculantes.
Pode ser interposta em caráter incidental ou
como ação autônoma.

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Utilizada em caso de descumprimento de


súmula vinculante,
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL Responsável pela interpretação ou
reinterpretação da decisão proferida em
controle de constitucionalidade abstrato.
Não pode ser utilizada como substituta de
recurso ou de ação própria que analise a
constitucionalidade e norma.
Em caso de ato ou omissão da administração
pública, se faz necessário o esgotamento da
via administrativa.

DICA 59
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADIN)
A Ação Direta de Inconstitucionalidade, também conhecida como Ação Direta de
Inconstitucionalidade Genérica é um instrumento utilizado no chamado controle direto
da constitucionalidade das leis e atos normativos, exercido perante o Supremo Tribunal
Federal brasileiro.
Prevista pela Constituição Federal, esta ação visa a declaração da inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo federal ou estadual perante a própria Constituição. Sua competência
originária é do Supremo Tribunal Federal e seu procedimento está previsto na Lei nº
9.868/99.
Se a arguição pela inconstitucionalidade versar sobre lei estadual ou municipal
perante a Constituição Estadual, terá por competência originária o Tribunal de Justiça
do Estado em questão.
DICA 60
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADIN) - COMPETÊNCIA PARA
PROPOSITURA
De acordo com a Constituição Federal, podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:

Presidente da República;

A Mesa do Senado Federal;

Mesa da Câmara dos Deputados;

A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

Governador do Estado ou Distrito Federal;

Procurador-Geral da República;

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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

Partido político com representação no Congresso Nacional;

Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

DICA 61
AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
Prevista no artigo 103 da Constituição Federal, tem por objetivo suprir uma omissão
dos poderes constituídos que deixaram de elaborar normas para regulamentar a
possibilidade de exercício de determinado direito previsto na Constituição Federal.
Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. Assim
sendo, quando a omissão for:

Administrativa: o órgão competente será cientificado para que providencie a edição e


complementação dela.

Legislativa: o Congresso Nacional deverá ser comunicado da mora, mas não será
estipulado nenhum prazo para a elaboração da norma complementadora que, de certa
forma, é considerada indispensável para o exercício do direito previsto, porém não
aplicado por falta de previsão legal pela Constituição Federal.

ATENÇÃO!

A omissão pode ser total ou parcial, sendo total quando não houver uma norma
regulamentadora possibilitando o exercício de determinado direito e parcial quando a
norma apenas possibilitar parte do exercício do direito previsto na CF.

DICA 62
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA
Deve ser proposta quando há a necessidade de haver a decretação da intervenção
federal ou até mesmo estadual, pelos Chefes do Executivo, por não terem sido
observados alguns princípios essenciais estabelecidos pelas Constituições Federal ou
Estadual.
A ADIN interventiva visa resguardar os princípios sensíveis: forma republicana; sistema
representativo e regime democrático; direitos da pessoa; autonomia municipal; prestação
de contas da administração pública, direta ou indireta; aplicação do mínimo exigido da
receita resultante de impostos estaduais, na manutenção e desenvolvimento do ensino e
da saúde.

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DICA 63
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA FEDERAL
O objeto desta ação é a lei ou ato normativo estadual ou distrital que não respeita os
princípios sensíveis estabelecidos pela Constituição Federal, isto é, quando a lei estadual
se contrapor a:

Forma republicana, sistema representativo e regime democrático;


Direitos da pessoa humana;
Autonomia municipal;
Prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

ATENÇÃO!

A legitimidade ativa para propor esta ação é do procurador geral da república e o


Supremo Tribunal Federal é o detentor da competência para julgá-lo.

DICA 64
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA ESTADUAL
A ADIN Interventiva Estadual, por sua vez, deve ser impetrada quando a lei municipal
desrespeitar os princípios indicados na Constituição Estadual e, por isso, o Estado
necessita intervir, servindo também como pressuposto desta intervenção. A competência
para o julgamento desta ADIN é do Tribunal de Justiça do Estado que teve os
princípios de sua Constituição desrespeitados, devendo ser proposta pelo Procurador
Geral de justiça, conforme prevê a Constituição Federal.
DICA 65
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
Prevista na Constituição Federal, a arguição de descumprimento de preceito fundamental
é de competência do Supremo Tribunal Federal, o qual deve apreciá-la e julgá-la.
Esta ação será sempre subsidiária, ou seja, não pode ser admitida se houver outro meio
válido para sanar a lesividade.

ATENÇÃO!

Só poderá ser proposta se não for cabível uma ADIN, mandado de segurança, recurso
extraordinário, ação popular, entre outros.

Têm legitimidade ativa para propor esta arguição todos os elencados no artigo
103 da Constituição Federal, sendo estes:

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→ o Presidente da República;
→ a Mesa do Senado Federal;
→ a Mesa da Câmara dos Deputados;
→ a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
→ o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
→ o Procurador-Geral da República;
→ o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
→ partido político com representação no Congresso Nacional;
→ confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Os demais interessados podem solicitar a propositura desta arguição mediante


representação ao Procurador Geral da República, porém sendo facultativo. E esta ação
pode ser proposta:
Para reparar ou até mesmo evitar lesão a um preceito fundamental decorrente de ato
ou omissão do poder público;
Quando for importante salientar o fundamento da controvérsia constitucional sobre
lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal anteriores à Constituição Federal.
DICA 66
DEFESA DO ESTADO

Estado de exceção: situação de crise institucional, na qual a CF prevê a possibilidade


de adoção de certas medidas para garantir a ordem social e a soberania do Estado, em
caso de necessidade, temporariedade e obediência exata dos comandos
constitucionais.

Necessidade: é imprescindível que essa medida seja adotada, desde que não exista
outra forma menos gravosa de solucionar a situação.

Temporariedade: a medida adotada deverá ter prazo determinado para que seja
reestabelecida a ordem. Em caso de guerra declarada, contudo, existe a possibilidade que

Obediência: os estados de exceção só se legitimaram se em observância às normas


constitucionais.
DICA 67
ESTADO DE DEFESA

Busca preservar ou reestabelecer a ordem pública ou a paz social.

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O decreto que determinar a medida indicará o local em que ele irá ocorrer, posto que
ocorre em local restrito e determinado.

Pressupostos: existência de uma grave instabilidade institucional ou calamidades de


grandes proporções na natureza.
Não poderá ter prazo superior a 30 dias, sendo permitida a prorrogação apenas uma
vez por 30 dias, desde que demonstradas as razões que justificarem a sua decretação.
DICA 68
ESTADO DE SÍTIO
O Presidente requer ou solicita ao Congresso Nacional a autorização para decretar o
estado de sítio.

Hipótese de estado de sítio:

→ Comoção grave de repercussão nacional ou ineficácia das medidas tomadas durante


o estado de defesa;

→ Situação de guerra ou necessidade de repelir agressão armada.

As seguintes medidas poderão ser adotadas no estado de sítio:

→ obrigação de permanência em determinada localidade: estado controla o ir e vir


do cidadão.

→ detenção em edifício não destinado a criminosos comuns: é possível que uma


escola pública se torne presídio.

→ restrições ao sigilo de correspondência e comunicações, bem como restrições


à liberdade de imprensa, salvo pronunciamentos parlamentares difundidos a partir da
Câmara ou do Senado, desde que devidamente liberados pelas respectivas Mesas;

→ suspensão da liberdade de reunião;


→ busca e apreensão e domicílio;
→ intervenção nas empresas de serviço público: visa garantir a continuidade dos
serviços públicos.

→ requisição de bens, públicos ou particulares.

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DICA 69
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - HABEAS CORPUS
ATENÇÃO!

HABEAS CORPUS:
Sua principal finalidade é a proteção à liberdade de locomoção
contra abuso de poder e ilegalidades; ao passo que sua principal característica é a
informalidade.

→ Preventivo: não é necessária a efetiva lesão, mas apenas a ameaça à lesão ao


direito de locomoção do indivíduo.

→ Repressivo: já houve a lesão ao direito do indivíduo, logo a medida é utilizada para


reprimir a ofensa e cessá-la.

→ Suspensivo: o pedido será um contramando da prisão, pois será cabível quando a


ordem de prisão tenha sido expedida, mas ainda não cumprida.

Não é cabível em caso de punições militares disciplinares, salvo para discutir a


legalidade da medida ou a competência da autoridade responsável pela expedição da
ordem.

DICA 70
MANDADO DE SEGURANÇA E HABEAS DATA
MANDADO DE SEGURANÇA:
Tem por objetivo resguardar direito líquido e certo
contra abuso de poder ou ilegalidade praticado por autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

→ Caráter subsidiário, uma vez que será utilizado quando não couber impetração de
habeas corpus ou habeas data.

→ Direito líquido e certo é aquele que possui prova documental pré-constituída.

MS Coletivo: poderá ser impetrado por partido político com representação no


Congresso; entidade de classe, organização sindical ou associação constituída a mais
de 1 ano e com pertinência temática.

HABEAS DATA:
Será concedido habeas data com o objetivo de assegurar o
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; ou
ainda para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo ou processo sigiloso,
judicial ou administrativo.

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NÃO pode ser impetrada em favor de terceiro, apenas em prol do próprio impetrante.
Só pode ser impetrado após o esgotamento da via administrativa: a inicial deverá
ser proposta acompanhada da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais
de 10 dias sem decisão.

DICA 71
MANDADO DE INJUNÇÃO E AÇÃO POPULAR
MANDADO DE INJUNÇÃO
É cabível em caso de omissão total ou parcial de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, ex. art. 37, VII,
CF/88.

AÇÃO POPULAR:
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural.

Objetivo: tutela do patrimônio público ou entidade de que o Estado participe;


moralidade administrativa; o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural.
Isenção de custas judiciais e sucumbenciais, salvo em caso de litigância de má-
fé, e é necessária assistência de advogado.

Não é necessário a ocorrência de efetivo dano patrimonial para que a ação seja
proposta; isto é; a lesão à moralidade não pressupõe a lesão material.

DICA 72
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS – ESQUEMATIZADO

REMÉDIO FINALIDADE GRATUIDADE ADVOGADO

Habeas Corpus Liberdade de locomoção SIM NÃO

Habeas Data Direito de informação pessoal SIM SIM


e retificação.

Mandado de Proteger direito líquido e NÃO SIM


Segurança certo, não amparado por HC
ou HD.

Mandado de Sanar omissões legislativas NÃO SIM


Injunção

Ação Popular ANULAR ATO LESIVO SIM SIM


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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 73
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE
OBJETIVA

Caso Fortuito ou Força Maior;


Culpa Exclusiva da Vítima;
Atos de Terceiros.
DICA 74
SUJEITOS DA DESAPROPRIAÇÃO

Polo ativo da desapropriação (expropriante): pode figurar o ente federativo, ou


seja, o Poder Público, sendo possível a delegação de sua competência, com exceção
quanto à produção do ato expropriatório, sendo este denominado Expropriante.

Polo passivo da desapropriação (expropriado): normalmente trata-se do


particular, proprietário do bem ou direito objeto da desapropriação.
Contudo, a lei enuncia que a pessoa jurídica de direito público também pode ser
sujeito passivo, visto que é possível a desapropriação de bem público (art. 2º, § 2º do
DL 3.365/41). Entretanto, deve-se ter em mente sempre a autonomia dos entes
federativos, sendo necessário lei que o autorize.
Portanto, o expropriado poderá ser pessoa física ou jurídica, pública ou privada.
DICA 75
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
Conceito: Trata-se de direito pessoal da Administração por meio do qual o Estado utiliza
bens móveis, imóveis e serviços particulares em situação de perigo público iminente. A
requisição poderá ser civil ou militar.
É obrigatória a constatação do perigo público iminente, que coloque em risco a
coletividade. A situação de perigo não se restringe às ações humanas.

Requisição civil: visa a evitar danos à vida, à saúde e aos bens da coletividade.

Requisição militar: visa resguardar segurança interna do País e a manutenção da


Soberania Nacional.

ATENÇÃO!

Independente da natureza da requisição (se civil ou militar) será SEMPRE obrigatória a


constatação do perigo público iminente.

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Conforme preconizado pela Carta Magna de 1988:

Art. 5°, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se
houver dano;
Art. 22, III – Compete privativamente à União legislar sobre (...) requisições civis e
militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;

Lembrando que o Art. 1.228, § 3º, do Código Civil prevê que o proprietário pode ser
privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou
interesse social, bem como no de REQUISIÇÃO, em caso de perigo público iminente.

EXTINÇÃO DA REQUISIÇÃO: teoricamente, somente se dará quando cessada a


situação de iminente perigo público. Assim, a requisição é transitória.
DICA 76
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
Conceito: trata-se de uma modalidade de intervenção por prazo determinado, na qual
o Poder Público usa temporariamente imóveis privados como meio de apoio à
execução de obras e serviços públicos, afetando a exclusividade do direito de
propriedade.
Diferentemente do que ocorre na requisição, aqui NÃO há uma situação de perigo público
iminente. Vale mencionar que somente a ocupação temporária vinculada à
desapropriação exige indenização. Caso contrário, a indenização fica condicionada à
existência de dano.

Ex.: Obras em estradas para alocação de máquinas de asfalto e outros; uso de escolas,
clubes e outros estabelecimentos privados por ocasião das eleições ou por alguma
necessidade pública (art. 136, II, da CRFB/88).

NECESSIDADE DE ATO INSTITUIDOR: Não há consenso doutrinário a respeito do


tema, ao contrário, existem divergências sobre a necessidade ou não de ato formal para a
instituição desta modalidade de intervenção. Pode-se citar que para a professora Lucia
Valle Figueiredo, o ato é autoexecutório; já para Diógenes Gasparini, há a necessidade de
ato instituidor.
OBS.: sobre isso deve-se ter especial cuidado no momento da prova, qualquer
afirmativa absoluta para qualquer das posições tornará, provavelmente, a questão
passível de recurso.

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DICA 77
QUADRO RESUMO – SERVIDÃO ADMINISTRATIVA, REQUISIÇÃO, OCUPAÇÃO
TEMPORÁRIA, LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA

Servidão Ocupação Limitação


Requisição
administrativa temporária administrativa

Atos
legislativos ou
Natureza
Direito real Direito pessoal Direito pessoal administrativos
Jurídica
de caráter
geral

Bens móveis, Interesses


Bens imóveis
Objeto imóveis e Bens imóveis públicos
alheios
serviços abstratos

Prazo Indeterminado Transitório Transitório Indeterminado

Ato formal
Atos (necessidade
Acordo ou autoexecutórios de realização Leis de caráter
Instituição
decisão judicial (iminente de obras e geral
perigo público) serviços
públicos)

Prévia e
Só se houver
condicionada Só se houver
Indenização prejuízo. É NÃO há
(no caso de prejuízo
posterior
prejuízo)

DICA 78
LICITAÇÕES - NOVOS PRINCÍPIOS

Vamos destacar alguns dos princípios novos:

Eficiência: impõe a necessidade de realizar as licitações com o menor dispêndio de


energia e recursos possíveis e observar o melhor aproveitamento possível dos atos já
realizados;

Planejamento: tem como objetivo realizar a correta identificação dos problemas a


serem resolvidos;

Transparência: impõe que todos os atos da administração pública nos procedimentos


licitatórios devem ser acessíveis ao público, órgãos de controle e aos licitantes;

Motivação: exposição correta dos fatos e justificativa legal do processo licitatório;

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Segurança jurídica: três linhas de defesa para que o processo não cause danos a
ninguém e respeite os direitos de todos.
LICITAÇÕES - DA PUBLICIDADE DOS ATOS PRATICADOS NO PROCESSO
LICITATÓRIO
Embora o Princípio da Publicidade esteja previsto no Artigo 5° como um dos norteadores
da aplicação da Lei 14.133/21 existe a possibilidade da decretação de sigilo, como já
mencionado, bem como, da possibilidade de publicidade diferida.

Possibilidade de sigilo:
Os atos praticados no processo licitatório são públicos, ressalvadas as hipóteses de
informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, na
forma da Lei 14.133/21.

Possibilidade de publicidade diferida:

A publicidade será diferida:

quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura;

quanto ao orçamento da Administração, nos termos do Artigo 24 da Lei 14.133/21.

Art. 24. Desde que justificado, o orçamento estimado da contratação PODERÁ ter caráter
sigiloso, SEM prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais
informações necessárias para a elaboração das propostas, e, nesse caso:

I - O sigilo NÃO prevalecerá para os órgãos de controle interno e externo;

Como visto, no primeiro caso o sigilo quanto ao conteúdo das propostas será suspenso
após o marco de abertura das propostas, já no segundo caso o orçamento da
Administração não será sigiloso para os órgãos de controle interno e externo.

ATENÇÃO!

O sigilo no orçamento da Administração citado acima não é absoluto, ele deve ser
divulgado na abertura da sessão, porém essa previsão NÃO está expressamente
descrita na Lei 14.133/21. Para efeitos do certame público o candidato deverá dar
total prioridade ao que está literalmente positivado em lei.

DICA 79
DOS PRINCÍPIOS

As contratações relativas à gestão, direta e indireta, das reservas internacionais


do País, inclusive as de serviços conexos ou acessórios a essa atividade, serão
disciplinadas em ato normativo próprio do Banco Central do Brasil, assegurada a
observância dos princípios estabelecidos no caput do art. 37 da Constituição Federal.

Abaixo:

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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...).

Na aplicação desta Lei, serão observados os seguintes princípios, além dos 05


(cinco) já citados acima:
do interesse público,
da probidade administrativa,
da igualdade,
do planejamento,
da transparência,
da eficácia,
da segregação de funções,
da motivação,
da vinculação ao edital,
do julgamento objetivo,
da segurança jurídica,
da razoabilidade,
da competitividade,
da proporcionalidade,
da celeridade,
da economicidade e
do desenvolvimento nacional sustentável,

ATENÇÃO!

Também deverão ser observadas as disposições as disposições do Decreto-Lei nº


4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro).

DICA 80
LICITAÇÃO

No processo de licitação, poderá ser estabelecida MARGEM DE PREFERÊNCIA


para:

bens manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras

bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis, conforme regulamento.

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A margem de preferência:
será definida em decisão fundamentada do Poder Executivo federal, no caso do
item 1 acima;
poderá ser de até 10% (dez por cento) sobre o preço dos bens e serviços que NÃO se
enquadrem no disposto nos itens 1 e 2 acima;
poderá ser estendida a bens manufaturados e serviços originários de Estados Partes
do Mercado Comum do Sul (Mercosul), desde que haja reciprocidade com o País
prevista em acordo internacional aprovado pelo Congresso Nacional e ratificado pelo
Presidente da República.
poderá ser de até 20% (vinte por cento) para os bens manufaturados nacionais e
serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica no
País, definidos conforme regulamento do Poder Executivo federal

NÃO se aplica aos bens manufaturados nacionais e aos serviços nacionais se a


capacidade de produção desses bens ou de prestação desses serviços no País for
inferior:
à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou
aos quantitativos fixados em razão do parcelamento do objeto, quando for o caso.
Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão,
mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado promova,
em favor de órgão ou entidade integrante da Administração Pública ou daqueles por ela
indicados a partir de processo isonômico, medidas de compensação comercial,
industrial ou tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento,
cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo Poder Executivo federal.
Será divulgada, em sítio eletrônico oficial, a cada exercício financeiro, a relação de
empresas favorecidas em decorrência do disposto no art. 26 da Lei 14.133/21 (margem
de preferência), com indicação do volume de recursos destinados a cada uma delas.
DICA 81
LICITAÇÃO

O MODO DE DISPUTA poderá ser, ISOLADA ou CONJUNTAMENTE

aberto, hipótese em que os licitantes apresentarão suas propostas por meio de


lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes;

fechado, hipótese em que as propostas permanecerão em sigilo até a data e


hora designadas para sua divulgação.

Misto, NÃO possui conceituação literal em lei, contudo, depreende-se da adoção do


modo de disputa aberto e fechado ocorrendo CONJUNTAMENTE.
A utilização isolada do modo de disputa fechado será VEDADA quando adotados os
critérios de julgamento de menor preço ou de maior desconto.
A utilização do modo de disputa aberto será VEDADA quando adotado o critério de
julgamento de técnica e preço.
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Serão considerados INTERMEDIÁRIOS os lances:


iguais ou INFERIORES ao maior já ofertado, quando adotado o critério de
julgamento de maior lance;
iguais ou SUPERIORES ao menor já ofertado, quando adotados os demais critérios
de julgamento.
Após a definição da melhor proposta, se a diferença em relação à proposta
classificada em segundo lugar for de pelo menos 5% (cinco por cento), a
Administração PODERÁ admitir o reinício da disputa aberta, nos termos estabelecidos
no instrumento convocatório, para a definição das demais colocações.

Nas licitações de obras ou serviços de engenharia, após o julgamento, o licitante


vencedor deverá reelaborar e apresentar à Administração, por meio eletrônico:

as planilhas com indicação dos quantitativos e dos custos unitários, bem como
com detalhamento das Bonificações e Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos
Sociais (ES), com os respectivos valores adequados ao valor final da proposta
vencedora, admitida a utilização dos preços unitários, no caso de empreitada por preço
global, empreitada integral, contratação semi-integrada e contratação integrada,
exclusivamente para eventuais adequações indispensáveis no cronograma físico-financeiro
e para balizar excepcional aditamento posterior do contrato.
DICA 82
APLICABILIDADE DA LEI

Esta Lei aplica-se a:

alienação e concessão de direito real de uso de bens;

compra, inclusive por encomenda;

locação;

concessão e permissão de uso de bens públicos;

prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais especializados;

obras e serviços de arquitetura e engenharia;

contratações de tecnologia da informação e de comunicação.

INAPLICABILIDADE DA LEI

NÃO se subordinam ao regime desta Lei:

contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, e


gestão de dívida pública, incluídas as contratações de agente financeiro e a concessão
de garantia relacionadas a esses contratos;

contratações sujeitas a normas previstas em legislação própria.

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ATENÇÃO!

Aplicam-se às licitações e contratos disciplinados pela Lei 14.133/21 as disposições


constantes dos arts. 42 a 49 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de
2006.

EXCETO:

no caso de licitação para aquisição de bens ou contratação de serviços em geral, ao


item cujo valor estimado for superior à receita bruta máxima admitida para fins de
enquadramento como empresa de pequeno porte;

no caso de contratação de obras e serviços de engenharia, às licitações cujo valor


estimado for superior à receita bruta máxima admitida para fins de enquadramento
como empresa de pequeno porte.
DICA 83
CONTRATAÇÃO

O PROCESSO DE CONTRATAÇÃO DIRETA, que compreende os casos de:

inexigibilidade (impossível a competição. Ex.: fornecedor exclusivo) e

dispensa de licitação (quando o processo licitatório é discricionário),

Deverá ser instruído com os seguintes documentos:

documento de formalização de demanda e, SE FOR O CASO:

estudo técnico preliminar,

análise de riscos,

termo de referência,

projeto básico ou

projeto executivo;

estimativa de despesa, que deverá ser calculada na forma estabelecida no Artigo 23


da Lei 14.133/21;

Art. 23. O valor previamente estimado da contratação deverá ser compatível com os
valores praticados pelo mercado, considerados os preços constantes de bancos de dados
públicos e as quantidades a serem contratadas, observadas a potencial economia de
escala e as peculiaridades do local de execução do objeto.

parecer jurídico e pareceres técnicos, SE FOR O CASO, que demonstrem o


atendimnto dos requisitos exigidos;

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demonstração da compatibilidade da previsão de recursos orçamentários com o


compromisso a ser assumido;

comprovação de que o contratado preenche os requisitos de habilitação e


qualificação mínima necessária;

razão da escolha do contratado;

justificativa de preço;

autorização da autoridade competente.


O ato que autoriza a contratação direta ou o extrato decorrente do contrato
DEVERÁ ser divulgado e mantido à disposição do público em sítio eletrônico oficial.
Na hipótese de contratação direta INDEVIDA OCORRIDA COM DOLO, fraude ou
erro grosseiro, o contratado e o agente público responsável responderão
SOLIDARIAMENTE pelo dano causado ao erário, SEM prejuízo de outras sanções legais
cabíveis.
DICA 84
CRIMES NA LEI Nº 8.666/1993
Os arts. 89 a 99 da Lei nº 8.666/1993 tipificam alguns crimes relacionados com o
procedimento licitatório e a celebração de contratos administrativos. Podem incorrer
nessas condutas tanto particulares licitantes quanto agentes públicos. Todos os crimes são
de ação penal pública incondicionada, e seu cometimento não impede a aplicação das
sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/1992.
As condutas definidas como crime são as seguintes:
1) dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de
observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade;
2) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o
caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para
outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação;
3) patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração,
dando causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a
ser decretada pelo Poder Judiciário;
4) admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive
prorrogação contratual, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos
celebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação
ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da
ordem cronológica de sua exigibilidade.
DICA 85
CRIMES NA LEI Nº 8.666/1993
São exemplos e outros crimes mencionado nos arts. 89 a 99 da Lei nº 8.666/1993:
impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento
licitatório;
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devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou


proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo;
afastar ou procurar afastar licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou
oferecimento de vantagem de qualquer tipo;

fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação instaurada para aquisição ou


venda de bens ou mercadorias, ou contrato dela decorrente:

elevando arbitrariamente os preços;

vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou deteriorada;


entregando uma mercadoria por outra;

alterando substância, qualidade ou quantidade da mercadoria fornecida;

tornando, por qualquer modo, injustamente, mais onerosa a proposta ou a execução


do contrato;

admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa ou profissional declarado


inidôneo;
obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição de qualquer interessado nos
registros cadastrais ou promover indevidamente.
DICA 86
DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
As concessões especiais, ou simplesmente Parcerias Público-Privadas (PPP’s),
previstas na Lei n. 11.079/04, são:
contratos de prestação de obras ou serviços
com valores não inferiores a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais),
com duração mínima de 05 (cinco) anos e no máximo 35 (trinta e cinco) anos,
firmados entre empresa privada e a Administração Pública federal, estadual ou
municipal.

OUTRAS CARACTERÍSTICAS DAS PPP´S:


Necessidade de contraprestação financeira por parte do Poder Público, ausente
nas concessões comuns, onde o concessionário é remunerado exclusivamente pelas tarifas
cobrados aos usuários. Desta forma, não constitui parceria público-privada a concessão
comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas quando
não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado;
A Lei 11.079 trata de normais gerais, o que NÃO impede que Estados e Municípios
tenham suas próprias regras sobre PPP´s, observadas as normas gerais;
As funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de outras
atividades exclusivas do Estado, são indelegáveis;
Repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força
maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária;

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O contrato PODERÁ prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração


variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e
disponibilidade definidos no contrato – contrato de performance;
Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito
específico (SPE), incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. Fica VEDADO à
Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das SPE´s;
A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na
modalidade de concorrência e o edital PODERÁ prever a inversão da ordem das fases
de habilitação e julgamento;
A contraprestação da Administração Pública será OBRIGATORIAMENTE precedida da
disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada;
É VEDADA a celebração de PPP que tenha como objeto único o fornecimento de
mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra
pública.
DICA 87
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com
Deficiência) se preocupa em assegurar e promover, em condições de igualdade, o
exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa com deficiência,
visando à sua inclusão social cidadania.

Em condições
Assegurar de igualdade,
Estatuto da o exercício
Pessoa com dos direitos e
Deficiência liberdades
Promover fundamentais
da pessoa com
deficiência.

Destaca-se que a Lei n° 13.146/2015 decorre da Convenção sobre os Direitos das


Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo.
Este tratado internacional (Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência) foi
ratificado pelo Congresso Nacional na forma do art. 5º, § 3º da Constituição Federal e, por
isso, tem status de emenda constitucional.

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DIREITO CIVIL

DICA 88
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI Nº 8.069/1990) - DISTINÇÃO
DE CRIANÇA E ADOLESCENTE
O legislador adotou o critério cronológico para realizar a distinção, conforme previsão
do art. 2º, da Lei n. 8.069/1990.

CRIANÇA: até 12 anos, incompletos. É aplicada medida de proteção e não possuem


caráter sancionatório.

ADOLESCENTE: de 12 aos 18 anos incompletos. É aplicada medida socioeducativa,


possuem caráter sancionatório e finalidade pedagógica.

Aplica-se excepcionalmente o Estatuto da criança e do adolescente às pessoas entre


18 e 21 anos de idade, são os casos de adoção e apuração de ato infracional/cumprindo
medida socioeducativa.
DICA 89
PRINCÍPIOS

Princípio da Dignidade da Pessoa Humana: refere-se ao mínimo existencial da


pessoa, possui previsão no art. 1º, III da CF, servindo de fundamento para outros
princípios.

Princípio da Proteção Integral à Criança e ao Adolescente: A criança e o


adolescente são considerados mais frágeis, assim, o legislador assegurou direitos e
privilégios em detrimento das demais pessoas. Protege desde a concepção, o pré-natal,
passando pelo nascimento até a maioridade civil. Previsto no art. 6º da CF e art. 3º do
ECA.

Princípio da Prioridade Absoluta: É um metaprincípio, pois a criança e o


adolescente são assegurados a prioridade integral, em todas as áreas e em prioridade
com as demais pessoas. Previsto no art. 3º, I da Convenção sobre Direitos da Criança e
do adolescente; art. 227 da CF e art. 4º do ECA.
Derivam do princípio da prioridade absoluta: o Princípio da Condição da Criança e
do Adolescente (estabelece que são sujeitos de direitos); Princípio da Responsabilidade
Primária e Solidária do Poder Público; Princípio da Privacidade (respeito a intimidade,
imagem e reserva da vida privada); Princípio da Responsabilidade Parental; Princípio da
Oitiva Obrigatória e Participação (pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos
menores); Princípio da Oitiva Obrigatória e Participação.

Princípio da Excepcionalidade: restringir-se-á a liberdade da criança e do


adolescente somente em último caso, conforme art. 227, § 3º, V, da CF.
DICA 90
PODER FAMILIAR
O poder familiar compete aos pais, na forma do art. 1631 do CC e art. 21 do ECA,
refere-se aos direitos e deveres que os pais têm em relação aos filhos.
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Os filhos, enquanto menores (não emancipados), estão sujeitos ao poder familiar.


Será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, que possuem
deveres e responsabilidades compartilhadas no cuidado e na educação da criança.
Na falta ou impedimento de um dos pais, o outro exercerá com exclusividade.
DICA 91
LEI DO INQUILINATO (LEI Nº 8.245/1991) - LOCAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS

A lei de locação de imóveis urbanos é popularmente conhecida como Lei do inquilinato.


c A locação de imóvel urbano regula – se pelo disposto nesta lei:

Parágrafo único. Continuam regulados pelo Código Civil e pelas leis especiais:

as locações:
de imóveis de propriedade da União, dos Estados e dos Municípios, de suas autarquias
e fundações pública;
de vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos;
de espaços destinados à publicidade;
em apart-hotéis, hotéis – residência ou equiparados, assim considerados aqueles que
prestam serviços regulares a seus usuários e como tais sejam autorizados a funcionar;

o arrendamento mercantil, em qualquer de suas modalidades.


DICA 92
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (LEI Nº 8.078/1990) - CONCEITOS
INICIAIS

O direito do consumidor é considerado um direito fundamental previsto na CF/88,


sem seu art. 5º, inciso XXXII, assim como um princípio da ordem econômica nos
termos do art.170, caput e inciso V. O principal instrumento jurídico de proteção ao
consumidor está no Código de Defesa do Consumidor (CDC), Lei 8.078/90, que é
considerada um microssistema jurídico, sendo aplicável não apenas para a defesa do
consumidor, mas também para a tutela coletiva de direitos.
O CDC disciplina as relações de consumo em geral, mas nada impede, caso haja norma
mais favorável em outra norma, que a mesma seja aplicada, como por exemplo, norma
legal presente no Código Civil, desde que o objetivo maior seja a proteção do
consumidor, que é considerado parte mais vulnerável da relação jurídica. Nesse sentido,
aplica-se a técnica chamada de diálogo das fontes, teoria desenvolvida pelo alemão Erick
Jayme.
Segundo Flávio Tartuce, a doutrina do diálogo das fontes significa que as normas jurídicas
não se excluem por serem de ramos jurídicos distintos, até porque o Direito é um só, mas
se complementam, como é o caso da interação do CDC e do CC/02, em matéria de
responsabilidade civil e Direito contratual.

Deve-se entender que o CDC é uma lei principiológica, ou seja, é uma lei que serve
de norma geral para outras normas que cuidem de relações de consumo. Dessa forma,

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por exemplo, uma lei que trate dos planos de saúde individuais está sujeita à incidência
concomitante do CDC, como norma geral.
Para Luiz Antônio Rizzato Nunes, o CDC é norma de ordem pública e de interesse
social, geral e principiológica, quer dizer, é uma norma que prevalece sobre as demais
normas especiais anteriores que com ele colidirem. Sendo assim, como o CDC é regido por
normas de ordem pública O juiz pode conhecer de ofício de toda a matéria nele
disciplinada.
DICA 93
CONSUMIDOR
Mas, afinal, o que a lei considera como consumidor? O CDC traz a seguinte
previsão:

Art. 2°. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final.

O conceito acima previsto na lei, que é o conceito stricto sensu ou standard, traz então a
possibilidade de ser considerado consumidor tanto a pessoa física, como a pessoa jurídica,
e revela de extrema importância atentar para o conceito geral de destinatário
final.
Somente os destinatários finais, de acordo com a legislação, é que serão considerados
consumidores.

A doutrina, por sua vez, traz a seguinte interpretação sobre quem seria o destinatário
final:

Teoria Maximalista – consumidor seria qualquer pessoa física ou jurídica que retira
do mercado de consumo um bem ou serviço. Para essa teoria, não importa se o
bem/serviço adquirido servirá para atendimento pessoal ou profissional, como no caso
em que uma indústria adquire matéria-prima (também chamado insumo) para produzir
um bem e o revende.

Teoria Finalista ou Subjetiva – consumidor seria aquele que retira o bem ou serviço
para necessidades próprias, é o destinatário fático e econômico, isto é, exclui do
conceito de consumidor a figura do consumidor intermediário, que adquiriria o produto
apenas como insumo.

Teoria Mitigada/temperada/atenuada – STJ tem aplicado essa teoria, como se


fosse uma intermediária entre a teoria maximalista e teoria finalista, pois aceita que a
pessoa jurídica também seja considerada como consumidora, caso o bem que adquira
seja fora de sua área de atuação, devendo haver a comprovação da
vulnerabilidade da pessoa jurídica no caso concreto. Ex.: empresa que adquire
obra de arte apenas para enfeitar a sala de recepções, mas cujo objeto social seja a
comercialização de veículos.

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DICA 94
JURISPRUDÊNCIAS ATUALIZADAS SOBRE CONCEITO DE CONSUMIDOR:
APLICAÇÃO DO CDC
Em maio de 2021, o STJ aplicou, mais uma vez a teoria mitigada do conceito de
consumidor para considerar o adquirente de unidade imobiliária, mesmo não sendo o
destinatário final do bem, entendendo que o referido adquirente, ainda que tenha
comprado o imóvel apenas para investimento, como estava de boa-fé e não se tratava de
especialista em investimentos imobiliários, estava presente a vulnerabilidade e, portanto,
foi considerado consumidor. (STJ, 4ª T. AgInt no AREsp 1786252/RJ, Min. Antonio Carlos
Ferreira).
Outras situações em que a jurisprudência entende pela aplicação do CDC:
Jurisprudência em teses, STJ, ed.n.74, Tema 12: As normas do CDC são aplicáveis aos
contratos do Sistema Financeiro de Habitação - SFH, desde que não vinculados ao
Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS e posteriores à entrada em vigor
da Lei n. 8.078/90.
Súmulas aplicáveis quanto ao reconhecimento de relação de consumo:

Súmula 608, STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano
de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão.

Súmula 563, STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas


de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados
com entidades fechadas.

DICA 95
ESTATUTO DA CIDADE - LEI Nº 10.257/2001
Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal,
será aplicado o previsto na Lei Ordinária Federal 10.257/2001.
Esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e
interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da
segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade e da propriedade urbana.
É de competência da União:
legislar sobre normas gerais de direito urbanístico;
legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional;
promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;

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promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios, programas de construção de moradias e melhoria das condições habitacionais,
de saneamento básico, das calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário urbano e dos
demais espaços de uso público.
Ainda compete à União:
instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico e transportes urbanos;
instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico, transportes urbanos e infraestrutura de energia e telecomunicações;
instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento
básico, transporte e mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos locais de
uso público;
elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social.
DICA 96
ESTATUTO DA CIDADE - LEI Nº 10.257/2001
Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por
órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação específica nessa área, a
concessão de direito real de uso de imóveis públicos poderá ser contratada coletivamente.
Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsória do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação
da referida obrigação.
É considerado subutilizado o imóvel, cujo aproveitamento seja inferior ao mínimo
definido no plano diretor ou em legislação dele decorrente.
O proprietário será notificado pelo Poder Executivo Municipal para o cumprimento da
obrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório de registro de imóveis;
A notificação será feita por funcionário do órgão competente do Poder Público
municipal, ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha
poderes de gerência geral ou administração ou por edital quando frustrada, por 3 vezes, a
tentativa de notificação.
DICA 97
ESTATUTO DA CIDADE - LEI Nº 10.257/2001
Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos no Estatuto da
cidade, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo
prazo de 5 anos consecutivos.
É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva do
IPTU.

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Decorridos 5 anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha


cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá
proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública;
A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o
atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e
ao desenvolvimento das atividades econômicas.
DICA 98
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS - LEI Nº 13.709/2018
Esta Lei, conhecida pela sigla LGPD, dispõe sobre o tratamento de dados pessoais,
inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou
privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de
privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natura;
A LGPD deve ser observada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios;
A disciplina da proteção de dados pessoais tem como fundamentos:
o respeito à privacidade, a autodeterminação informativa, a liberdade de expressão, de
informação, de comunicação e de opinião, a inviolabilidade da intimidade, da honra e da
imagem, o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação, a livre iniciativa, a
livre concorrência e a defesa do consumidor e os direitos humanos, o livre
desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas
naturais.
A LGPD não se aplica ao tratamento de dados pessoais: realizado por pessoa natural
para fins exclusivamente particulares e não econômicos, realizado para fins
exclusivamente: jornalístico e artísticos, ou acadêmicos, de segurança pública, de defesa
nacional, de segurança do Estado ou atividades de investigação e repressão de infrações
penais;
DICA 99
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS - LEI Nº 13.709/2018
O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado:
mediante o fornecimento de consentimento pelo titular, para o cumprimento de
obrigação legal ou regulatória pelo controlador, pela administração pública, para o
tratamento e uso compartilhado de dados necessários à execução de políticas públicas
previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos
congêneres, para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que
possível, a anonimização dos dados pessoais e quando necessário para a execução de
contrato ou de procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o
titular, a pedido do titular dos dados.
O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o tratamento de seus
dados, que deverão ser disponibilizadas de forma clara, adequada e ostensiva.
Toda pessoa natural tem assegurada a titularidade de seus dados pessoais e
garantidos os direitos fundamentais de liberdade, de intimidade e de privacidade.
O tratamento de dados pessoais pelas pessoas jurídicas de direito público deverá ser
realizado para o atendimento de sua finalidade pública, na persecução do interesse
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público, com o objetivo de executar as competências legais ou cumprir as atribuições


legais do serviço público.
DICA 100
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS - LEI Nº 13.709/2018
A autoridade nacional poderá dispor sobre as formas de publicidade das operações
de tratamento.
Os dados deverão ser mantidos em formato interoperável e estruturado para o uso
compartilhado, com vistas à execução de políticas públicas, à prestação de serviços
públicos, à descentralização da atividade pública e à disseminação e ao acesso das
informações pelo público em geral.
A comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais de pessoa jurídica de direito
público a pessoa de direito privado será informada à autoridade nacional e dependerá
de consentimento do titular.
Quando houver infração a LGPD em decorrência do tratamento de dados pessoais por
órgãos públicos, a autoridade nacional poderá enviar informe com medidas cabíveis
para fazer cessar a violação.
A autoridade nacional poderá solicitar a agentes do Poder Público a publicação de
relatórios de impacto à proteção de dados pessoais e sugerir a adoção de padrões e de
boas práticas para os tratamentos de dados pessoais pelo Poder Público.
DICA 101
REGIME JURÍDICO EMERGENCIAL E TRANSITÓRIO DAS RELAÇÕES JURÍDICAS DE
DIREITO PRIVADO - LEI Nº 14.010/2020
Esta Lei institui normas de caráter transitório e emergencial para a regulação de
relações jurídicas de Direito Privado em virtude da pandemia do coronavírus (Covid-19);
Para os fins desta Lei, considera-se 20 de março de 2020, como termo inicial dos
eventos derivados da pandemia do coronavírus (Covid-19).
A suspensão da aplicação das normas referidas nesta Lei não implica sua revogação ou
alteração.
Os prazos prescricionais consideram-se impedidos ou suspensos, conforme o caso, a partir
de 20 de março de 20 até 30 de outubro de 2020, e aplica-se também à decadência,
conforme ressalva prevista no art. 207 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil).
DICA 102
REGIME JURÍDICO EMERGENCIAL E TRANSITÓRIO DAS RELAÇÕES JURÍDICAS DE
DIREITO PRIVADO - LEI Nº 14.010/2020
Até 30 de outubro de 2020, fica suspensa a aplicação do art. 49 do Código de Defesa
do Consumidor na hipótese de entrega domiciliar (delivery) de produtos perecíveis ou de
consumo imediato e medicamentos;
O art. 49 do CDC consagra o direito do arrependimento em favor do consumidor no caso
de contratos celebrados a distância (fora do estabelecimento comercial), “especialmente
por telefone ou a domicílio”, logo fica suspenso esse direito do contribuinte.

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A assembleia condominial e a respectiva votação poderão ocorrer, em caráter


emergencial, até 30 de outubro de 2020, por meios virtuais, caso em que a
manifestação de vontade de cada condômino será equiparada, para todos os efeitos
jurídicos, à sua assinatura presencial.
Não sendo possível a realização de assembleia condominial na forma prevista, os
mandatos de síndico vencidos a partir de 20 de março de 2020 ficam prorrogados até
30 de outubro de 2020;
É obrigatória, sob pena de destituição do síndico, a prestação de contas regular de seus
atos de administração.
DICA 103
REGIME JURÍDICO EMERGENCIAL E TRANSITÓRIO DAS RELAÇÕES JURÍDICAS DE
DIREITO PRIVADO - LEI Nº 14.010/2020
Até 30 de outubro de 2020, a prisão civil por dívida alimentícia deverá ser cumprida
exclusivamente sob a modalidade domiciliar, sem prejuízo da exigibilidade das
respectivas obrigações;
O descumprimento voluntário e inescusável da obrigação legal de pagamento de alimentos
enseja a prisão civil do devedor, que nesse caso deverá ser cumprida no seu domicílio.
O prazo do art. 611 do Código de Processo Civil para sucessões abertas a partir de 1º de
fevereiro de 2020 terá seu termo inicial dilatado para 30 de outubro de 2020.
O processo de inventário e de partilha deve ser instaurado dentro de 2 meses, a
contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 meses subsequentes, podendo o juiz
prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de parte, caso a morte haja ocorrido a
partir de 1º de fevereiro de 2020, o termo inicial do prazo de dois meses previsto no
referido art. 611 será postergado para 30 de outubro de 2020.
DICA 104
PROVIMENTO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Caso o menor tenha sido registrado apenas com a maternidade estabelecida, sem
obtenção, à época, do reconhecimento de paternidade pelo procedimento descrito no art.
2º, caput, da Lei nº 8.560/92, este deverá ser observado, a qualquer tempo, sempre que,
durante a menoridade do filho, a mãe comparecer pessoalmente perante Oficial de
Registro de Pessoas Naturais e apontar o suposto pai.
Para indicar o suposto pai, com preenchimento e assinatura do termo, a pessoa
interessada poderá, facultativamente, comparecera Ofício de Registro de Pessoas Naturais
diverso daquele em que realizado o registro de nascimento;
Nas hipóteses de indicação do suposto pai e de reconhecimento voluntário de filho,
competirá ao Oficial a minuciosa verificação da identidade de pessoa interessada que,
para os fins deste Provimento, perante ele comparecer, mediante colheita, no termo
próprio, de sua qualificação e assinatura, além de rigorosa conferência de seus
documentos pessoais.

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DICA 105
PROVIMENTO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
As certidões de casamento, nascimento e óbito, sem exceção, passarão a consignar a
matrícula que identifica o código nacional da serventia, o código do acervo, o tipo do
serviço prestado, o tipo de livro, o número do livro, o número da folha, o número do
termo e o dígito verificador.
O oficial de registro civil das pessoas naturais incluirá no assento de nascimento, em
campo próprio, a naturalidade do recém-nascido ou a do adotado na hipótese de adoção
iniciada antes do registro de nascimento.
O CPF será obrigatoriamente incluído nas certidões de nascimento, casamento e óbito;
Poderão requerer o reconhecimento da paternidade ou maternidade socioafetiva de filho
os maiores de dezoito anos de idade, independentemente do estado civil.
DICA 106
PROVIMENTO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA – N° 73/2018
Toda pessoa maior de 18 anos completos habilitada à prática de todos os atos da vida civil
poderá requerer ao ofício do Registro Civil de Pessoas Naturais (RCPN) a alteração e a
averbação do prenome e do gênero, a fim de adequá-los à identidade autopercebida.
A alteração poderá abranger a inclusão ou a exclusão de agnomes indicativos de gênero
ou de descendência.
Esta alteração não compreende a alteração dos nomes de família e não pode ensejar a
identidade de prenome com outro membro da família.
A alteração poderá ser desconstituída na via administrativa, mediante autorização do juiz
corregedor permanente, ou na via judicial.
A alteração de que trata o presente provimento 73/2018 tem natureza sigilosa, razão pela
qual a informação a seu respeito não pode constar das certidões dos assentos, salvo por
solicitação da pessoa requerente ou por determinação judicial, hipóteses em que a
certidão deverá dispor sobre todo o conteúdo registral.
DICA 107
PROVIMENTO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
A averbação do prenome, do gênero ou de ambos poderá ser realizada diretamente no
ofício do RCPN onde o assento foi lavrado.
O pedido poderá ser formulado em ofício do RCPN diverso do que lavrou o assento, nesse
caso, deverá o registrador encaminhar o procedimento ao oficial competente, às expensas
da pessoa requerente, para a averbação pela Central de Informações do Registro Civil
(CRC).
O procedimento será realizado com base na autonomia da pessoa requerente, que deverá
declarar, perante o registrador do RCPN, a vontade de proceder à adequação da
identidade mediante a averbação do prenome, do gênero ou de ambos.
O atendimento do pedido apresentado ao registrador independe de prévia autorização
judicial ou da comprovação de realização de cirurgia de redesignação sexual e/ou de

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tratamento hormonal ou patologizante, assim como de apresentação de laudo médico ou


psicológico.
A opção pela via administrativa na hipótese de tramitação anterior de processo judicial
cujo objeto tenha sido a alteração pretendida será condicionada à comprovação de
arquivamento do feito judicial.

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PROCESSO CIVIL
DICA 108
DOS RECURSOS - DOS FATOS IMPEDITIVOS/EXTINTIVOS DO DIREITO DE
RECORRER
Trata-se de requisito negativo, ou seja, inexistir fato impeditivo ou extintivo do direito:

DESISTÊNCIA: A desistência impede o conhecimento do recurso. Conforme art.


998 do CPC, o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos
litisconsortes, desistir do recurso.
A qualquer tempo, desde que respeitada a boa-fé.
Não há necessidade de anuência da parte contrária ou dos litisconsortes.
ATENÇÃO: Não confundir desistência do recurso com desistência da ação:

DESISTÊNCIA DO RECURSO DESISTÊNCIA DA AÇÃO

A qualquer tempo (art. 998),


salvo identificado interesse coletivo no
Até a sentença (art. 485, VIII e §5º).
prosseguimento do recurso ou má-fé
processual.

Independe da anuência dos recorridos ou Se já houve a contestação o réu precisa


litisconsortes. consentir. (art.VIII e §4º)

RENÚNCIA: ocorre antes da interposição do recurso, motivo pelo qual é um fato


extintivo do direito de recorrer. Conforme art. 999 do CPC, A renúncia ao direito de
recorrer independe da aceitação da outra parte.
Informativo 671 do STJ: Inexistindo homologação judicial do pedido de renúncia,
não se pode permitir a abertura do prazo decadencial de dois anos para propor ação
rescisória antes que ocorra a indispensável intimação da parte interessada.

ACEITAÇÃO DA DECISÃO: pode ocorrer de forma expressa ou tácita. Sendo a


aceitação expressa, o vencido manifesta estar de acordo com a decisão. Por sua vez,
a aceitação tácita ocorre com a prática de ato incompatível com o direito de recorrer.
Conforme o art. 1.000 do CPC, a parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não
poderá recorrer.

Ex.: o cumprimento da decisão = preclusão lógica.


DICA 109
TÉCNICA DE AMPLIAÇÃO DO COLEGIADO
No CPC/15 não há mais previsão dos embargos infringente, porém passou a ser previsto o
chamado Julgamento Estendido.
Ocorre quando o acórdão de um julgamento não é unânime, é necessário convocar
novos julgadores e ampliar do colegiado e, somente após esse julgamento estendido,
chegaremos ao resultado final.
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Conforme o art. 942 do CPC, “quando o resultado da apelação for não unânime, o
julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros
julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento
interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado
inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas
razões perante os novos julgadores.”.
Sendo possível, o prosseguimento do julgamento acontecerá na mesma sessão,
colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado.
Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do
prosseguimento do julgamento.

A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento


não unânime proferido em:

ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso,
seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento
interno;

agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o


mérito.

Não se aplica a técnica de ampliação do colegiado ao julgamento:

do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas


repetitivas;

da remessa necessária;

não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial

DICA 110
DO CABIMENTO E REQUISITOS DA APELAÇÃO
A apelação será cabível contra sentença.
Essa determinação se aplica mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015
(agravo de instrumento) integrarem capítulo da sentença.
As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser
suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final,
ou nas contrarrazões. Caso as questões forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente
será intimado para, em 15 dias, manifestar-se a respeito delas.
O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é
impugnável na apelação.
O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no
art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.
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A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:

os nomes e a qualificação das partes;

a exposição do fato e do direito;

as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;

o pedido de nova decisão.

O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias. Caso o


apelado interponha apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar
contrarrazões.
DICA 111
DAS DECISÕES DO RELATOR
Após cumpridas as formalidades, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz,
independentemente de juízo de admissibilidade.

Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator:

Decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V, quais
sejam:

não conhecer do recurso: inadmissível, prejudicado ou se não respeitou a


dialeticidade;

negar provimento ao recurso:


se a decisão contrariar súmula do STF/STJ e do próprio Tribunal.
se a decisão contrariar acórdão de recurso repetitivo/IRDR/IAC.

Dar provimento ao recuso:

se a sentença contrariar súmula do STF/STJ e do próprio Tribunal, recurso


repetitivo/IRDR/IAC.

se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do
recurso pelo órgão colegiado.

DICA 112
DO EFEITO SUSPENSIVO DA APELAÇÃO
A apelação terá efeito suspensivo.

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Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos


imediatamente após a sua publicação a sentença (ou seja, não tem efeito suspensivo)
que:
homologa divisão ou demarcação de terras;
condena a pagar alimentos;

extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;

SÚMULA 317 DO STJ

É definitiva a execução de título extrajudicial, ainda que pendente apelação contra


sentença que julgue improcedentes os embargos.

julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;


confirma, concede ou revoga tutela provisória;
decreta a interdição.
A vantagem de não ter o efeito suspensivo é o cumprimento provisório de sentença.
Em todas as outras hipóteses fora as acima citadas, a apelação possui efeito
suspensivo.

O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser formulado por


requerimento dirigido ao:

tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua


distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;

relator, se já distribuída a apelação.

A eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante


demonstrar:

a probabilidade de provimento do recurso; ou

sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil


reparação.

DICA 113
DO EFEITO DEVOLUTIVO DA APELAÇÃO
A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões
suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde
que relativas ao capítulo impugnado.

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Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas


um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
DICA 114
APELAÇÃO E A TEORIA DA CAUSA MADURA

Conforme o §3º do art. 1.013, se o processo estiver em condições de imediato


julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
reformar sentença fundada no art. 485 (julgamento sem resolução de mérito);
decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido
ou da causa de pedir;
constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.

Informativo 590 do STJ

Admite-se a aplicação da teoria da causa madura em julgamento de agravo de


instrumento. O Tribunal de origem reconheceu a apresentação de argumentos
genéricos, mas aplicou a teoria da causa madura, supriu o vício de fundamentação e
manteve a decisão recorrida.

Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal,


se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno
do processo ao juízo de primeiro grau.

O objetivo é que o Tribunal resolva a situação em vez de devolver o processo para


primeira instância.
DICA 115
DA ALEGAÇÃO DE NOVAS QUESTÕES NA APELAÇÃO
O art. 1.014 do CPC prevê que “as questões de fato não propostas no juízo inferior
poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo
de força maior.”.

O artigo acima permite que novas questões de fato sejam suscitadas em apelação,
ainda que não suscitadas no primeiro grau, desde que:
Fato superveniente;
Se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
DICA 116
DAS HIPÓTESES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem


sobre:

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tutelas provisórias;

mérito do processo;

rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua


revogação;

exibição ou posse de documento ou coisa;

exclusão de litisconsorte;

rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à


execução;

redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º;

outros casos expressamente referidos em lei.

Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas


na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo
de execução e no processo de inventário.

DICA 117
DA TAXATIVIDADE DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Existem situações que apesar de não previstas, necessitam de recurso de forma
imediata. Assim sendo, passou a entender o STJ que a taxatividade do rol do art. 1.015
do CPC deve ser mitigada.

Informativo 639 do STJ

O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de
agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do
julgamento da questão no recurso de apelação.

DICA 118
DOS REQUISITOS DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
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O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por


meio de petição com os seguintes requisitos:
os nomes das partes;
a exposição do fato e do direito;
as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.
DICA 119
DA INSTRUÇÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
O art. 1.017 do CPC preconiza que a petição de agravo de instrumento será instruída:

obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que


ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva
intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;

com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos acima,


feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;

facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.


Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do
porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.

No prazo do recurso, o agravo será interposto por:

protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo;

protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;

postagem, sob registro, com aviso de recebimento;

transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;

Nesse caso, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original.

outra forma prevista em lei.

Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que


comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o
disposto no art. 932, parágrafo único (prazo de 5 dias para sanar).
Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças tidas como
obrigatórias, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis
para a compreensão da controvérsia.

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Informativo 605 do STJ:

A disposição constante do art. 1.017, § 5º, do CPC/2015, que dispensa a juntada das
peças obrigatórias à formação do agravo de instrumento em se tratando de processo
eletrônico, exige, para sua aplicação, que os autos tramitem por meio digital tanto no
primeiro quanto no segundo grau de jurisdição.

DICA 120
PODERES DO RELATOR NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
O art. 1.019 do CPC prevê que: Recebido o agravo de instrumento no tribunal e
distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV (não
conhecer de recurso inadmissível ou negar provimento), o relator, no prazo de 5 (cinco)
dias:
poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela,
total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de


recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por
carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo
de 15 dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento
do recurso;

determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio


eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15
dias.
DICA 121
DO AGRAVO INTERNO
Aduz o art. 1.021 do CPC que contra decisão proferida pelo relator caberá agravo
interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as
regras do regimento interno do tribunal.
Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os
fundamentos da decisão agravada.
O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o
recurso no prazo de 15 dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á
a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada
para julgar improcedente o agravo interno.
Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente
em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o
agravante a pagar ao agravado multa fixada entre 1% e 5% do valor atualizado da
causa.
LEMBRE-SE: A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao
depósito prévio do valor desta multa, à exceção da Fazenda Pública e do
beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.

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A doutrina pacificou o entendimento que a aplicação dessa multa exige: manifesta


inadmissibilidade ou manifesta improcedência, reconhecida por votação unânime.

En. 358, FPPC: A aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, exige manifesta
inadmissibilidade ou manifesta improcedência.

Informativo 666 do STJ:

A multa do art. 1.021, § 4º, do CPC/2015 tem como destinatário a parte contrária e não
o Fundo de Aparelhamento do Poder Judiciário.

O agravo interno era previsto apenas nos Regimentos Internos, e o prazo de


interposição era, em regra, de 5 dias.
De acordo com o art. 1.070 do CPC, esse prazo agora foi unificado e é de 15 dias.
DICA 122
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E O SEU CABIMENTO
Os embargos de declaração diferenciam-se dos demais recursos pois podem ser opostos
em face de qualquer decisão, seja ela interlocutória, sentença, acórdão e mesmo
despachos, salvo decisão de Presidente de Tribunal acerca da admissibilidade de recursos
especiais.

Informativo 886 do STF:

Não cabem embargos de declaração contra decisão de presidente do tribunal que não
admite recurso extraordinário.

Consoante jurisprudência desta Declaração oferecidos contra admissibilidade do Recurso


desta Corte Superior, os Embargos de decisão de juízo prévio admissibilidade do Recurso
Especial são manifestamente incabíveis.
Entretanto, excepcionalmente, naqueles casos em que a decisão de inadmissibilidade do
Recurso Especial é genérica, a ponto de inviabilizar a interposição de Agravo, é que é
cabível a oposição dos Embargos de Declaração. (STJ, AgInt no AREsp 1.529.119/2020).

Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou
a requerimento;

corrigir erro material.

Considera-se omissa a decisão que:

deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em


incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º (decisões não

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fundamentadas).

Os embargos serão opostos, no prazo de 5 dias, em petição dirigida ao juiz, com


indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
En. 360, FPPC: A não oposição de embargos de declaração em caso de erro material na
decisão não impede sua correção a qualquer tempo.

DICA 123
PROCEDIMENTO DO EMBARGOS DECLARATÓRIOS

Caso os Embargos de Declaração sejam opostos contra:


decisão de 1º grau: o mesmo juiz é quem irá julgar o recurso.
decisão de Tribunal.
Decisão monocrática: embargos declaratórios serão decididos monocraticamente;
Contra decisão colegiada: apresentação dos embargos declaratórios “em mesa” na
sessão subsequente e, em caso de não ocorrer o julgamento nesta sessão, será incluído
em pauta automaticamente.
O §1º do art. 1.024 traz a expressão “em mesa” significa que os embargos não precisarão
ser colocados em pauta de julgamento, autorizando um julgamento mais célere.
Enunciado 650, FPPC: Os embargos de declaração, se não submetidos a julgamento na
primeira sessão subsequente à sua oposição, deverão ser incluídos em pauta.
DICA 124
INTERPOSIÇÃO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS SIMULTANEAMENTE A
RECURSOS ESPECIAIS
Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão
embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária
tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da
modificação, no prazo de 15 dias, contado da intimação da decisão dos embargos de
declaração.
Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do
julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do
julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente
de ratificação.

Súmula 579, STJ

Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento


dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior.

Interpretando a súmula a contrário senso, havendo alteração do resultado anterior, é


necessário pelo menos a ratificação do recurso.
Por outro lado, não havendo alteração ou se forem rejeitados os embargos de declaração,
não se faz necessária a ratificação.

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DICA 125
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIOS
Esse recurso muitas vezes é utilizado de forma protelatória por se tratar de recurso de
efeito interruptivo e sem preparo.

A fim de evitar essa situação, a lei previu que a proposição de embargos declaratórios
manifestamente protelatórios enseja:
multa de até 2% do valor da causa atualizado;
reiteração (Embargos protelatórios + Embargos protelatórios):
ampliação da multa até 10% e depósito da multa como condição para outros
recursos, (exceto Fazenda Pública e justiça gratuita que pagarão ao final), além de
vedação de novos embargos declaratórios.
En. 361, FPPC: Na hipótese do art. 1.026, § 4º, não cabem embargos de declaração e,
caso opostos, não produzirão qualquer efeito.

PARA FIXAR E NÃO CONFUNDIR ALGUMAS MULTAS

Manifestamente
inadmissível ou
Agravo Interno De 1 a 5 % do valor da causa
improcedente, por votação
unânime

Embargos Manifestamente
Até 2% do valor da causa
Declaratórios protelatórios

Majoração da multa para até


10%
Reiteração de Depósito da multa como
Manifestamente
Embargos condição para interposição de
protelatórios
Declaratórios outros recursos;
Vedado a interposição de
novos embargos declaratórios.

DICA 126
PROCESSO DE EXECUÇÃO
A expropriação de bens consiste no ato pelo qual o Estado-juízo, para satisfação do
direito de crédito, desapossa o devedor de seus bens, converte esses bens em dinheiro ou
simplesmente transfere o domínio deles ao credor.
A adjudicação é a transferência do bem penhorado ao exequente como forma de
satisfação do crédito.
Destaca-se que é lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação,
requerer que lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
Logo, a adjudicação depende de requerimento do exequente, não pode ser por valor
inferior ao da avaliação, depende de intimação do executado e depende decisão judicial.

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No caso de frustrada a adjudicação, teremos a alienação de bens que pode ocorrer por
iniciativa particular ou em leilão judicial;
A execução de título executivo extrajudicial contra a Fazenda Pública apresenta uma
forma específica, particular, de cumprimento dos débitos pecuniários da Fazenda, que é
delineado pelo art. 100. CF/88 como o procedimento de precatórios e requisições de
pequeno valor para pagamento desses débitos.
Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública (Entes Políticos) será citada
para opor embargos em 30 dias.
DICA 127
PROCESSO DE EXECUÇÃO
Não opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar, expedir-se-á
precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente, observando-se o
disposto no art. 100 da Constituição Federal.
Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha obrigação
alimentar, o juiz mandará citar o executado para, em 03 dias, efetuar o pagamento das
parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que
o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo.

O devedor poderá:
adimplir a obrigação (nessa hipótese, sentenciará com a extinção do procedimento de
execução);
justificar e comprovar a impossibilidade de absoluta de efetuar o pagamento (nesse caso,
o juiz avaliará a justificativa.
Se as aceitar, não haverá decreto de prisão. Caso contrário, se o débito de alimentos for
atual, determinará a prisão. Se o débito não for atual, segue com a expropriação mediante
quantia certa) ou manter-se inerte (nesse caso vamos diretamente para a verificação da
atualidade do débito. Se atual: prisão; caso contrário, procede-se à execução como quantia
certa);
Considera-se débito atual aquele que tem por causa de pedir o inadimplemento das
03 parcelas vencidas antes do ajuizamento dada execução e das que se vencerem no curso
do processo;
Os embargos à execução nada mais são do que uma ação de conhecimento. Não é
defesa no processo de execução, nem mesmo uma espécie de contestação ao procedimento
executório. É uma ação.
O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à
execução por meio de embargos e serão oferecidos no prazo de 15 dias.

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DIREITO PENAL

DICA 128
CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU DE COR (LEI 7.716/89) -
RACISMO
Ato previsto na Lei 7.716/1989 e para sua caracterização é necessário que haja ofensa à
dignidade de alguém, com base em elementos referentes à raça, cor, etnia, religião,
idade ou deficiência. Foi elaborada para regulamentar a punição de crimes resultantes
de preconceito de raça ou de cor.
Não confunda racismo com injúria racial, o primeiro está previsto na Lei n.7716/1989
e é a ofensa contra uma coletividade, ao passo que o segundo, tem previsão legal no
Código Penal e ocorre quando a ofensa é direcionada a um indivíduo específico.

Racismo Injúria racial

Ofensa contra uma coletividade Ofensa é direcionada a um indivíduo


específico.

Lei 7.716/1989 CP

Imprescritível O STF, no HC 154.248/DF, no dia


28/10/2021, seguindo o que já foi
decidido pelo STJ, equiparou a injúria
racial ao crime de racismo. Portanto, o
delito de injúria racial passou a ser
imprescritível.

A Constituição Federal trata o racismo como imprescritível e inafiançável, além do


combate à discriminação racial, ao dispor sobre o repúdio ao racismo como um dos
princípios que regem as relações internacionais brasileiras.
DICA 129
LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) - DOS CRIMES EM
ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA - PEDOFILIA

Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer
meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou
adolescente:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
§ 1 o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de
qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas
referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena.
o
§2 Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime:
I – No exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la;
II – Prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de
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hospitalidade; ou
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consanguíneo ou afim até o
terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da
vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou
com seu consentimento.

Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente.
Elemento objetivo: Trata-se de tipo misto alternativo, assim se o agente praticar mais
de uma conduta descrita no caput responderá por um único crime.
Somente pode ser praticado na modalidade dolosa.
Não admite suspensão condicional do processo.
DICA 130
DOS CRIMES EM ESPÉCIE PREVISTOS NO ECA - DIVULGAÇÃO DE PEDOFILIA

Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou


divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou
telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1 o Nas mesmas penas incorre quem: (figura equiparada)
I – Assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou
imagens de que trata o caput deste artigo;
II –Assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias,
cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo.
§ 2 o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1 o deste artigo são puníveis
quando o responsável pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa
de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo.
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou
outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1 o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena
quantidade o material a que se refere o caput deste artigo.
§ 2 o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de
comunicar às autoridades competentes a ocorrência das condutas descritas nos
arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por:
I – Agente público no exercício de suas funções;
II -Membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades
institucionais, o recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos
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crimes referidos neste parágrafo;


III – Representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou
serviço prestado por meio de rede de computadores, até o recebimento do material
relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder
Judiciário.
§ 3 o As pessoas referidas no § 2 o deste artigo deverão manter sob sigilo o material
ilícito referido.
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo
explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de
fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda,
disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou
armazena o material produzido na forma do caput deste artigo.

Em regra, a Justiça Estadual é competente para julgar os crimes descritos acima, a


exceção se dá com o recente entendimento do STF, vejamos:
Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar
ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (artigos 241, 241-A
e 241-B da Lei 8.069/1990) quando praticados por meio da rede mundial de
computadores.
Sujeito ativo: crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito passivo: Criança e/ou adolescente.
Elemento objetivo: Trata-se de tipo misto alternativo, assim se o agente praticar
mais de uma conduta descrita no caput responderá por um único crime.
Somente pode ser praticado na modalidade dolosa.
Não admite suspensão condicional do processo no caso do art. 241-A.
Admite suspensão condicional do processo os artigos 241-B e 241-C do ECA.
Ambas as condutas descritas (art. 241-A, B e C) admitem tentativa.
DICA 131
LEI DE CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/90) - ROL DOS CRIMES HEDIONDOS

O rol dos crimes hediondos sofreu forte alteração com o Pacote Anticrime. Fique
atento às novidades:

HOMICÍDIO EM LESÃO DOLOSA FUNCIONAL


HOMICÍDIO QUALIFICADO ATIVIDADE DE GRAVÍSSIMA E SEGUIDA DE
EXTERMÍNIO MORTE

ROUBO COM RESTRIÇÃO DA ROUBO COM ARMA DE ROUBO COM LESÃO GRAVE
LIBERDADE DA VÍTIMA FOGO OU MORTE

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EXTORSÃO COM RESTRIÇÃO EXTORSÃO COM LESÃO EXTORSÃO QUALILIFICADA E


DA LIBERDADE DA VÍTIMA CORPORAL OU MORTE MEDIANTE SEQUESTRO

ESTUPRO DE
ESTUPRO EPIDEMIA COM MORTE
VULNERÁVEL

FAVORECIMENTO DA
FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO E
PROSTITUIÇÃO DE FURTO QUALIFICADO PELO
ADULTERAÇÃO DE PRODUTO
CRIANÇA E EMPREGO DE EXPLOSIVO
TERAPÊUTICO OU MEDICINAL
ADOLESCENTE

POSSE OU PORTE ILEGAL


COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA
GENOCÍDIO DE ARMA DE FOGO DE
DE FOGO
USO PROIBIDO

EQUIPARADOS:
ORGANIZAÇÃO
TRÁFICO INTERNACIONAL DE CRIMINOSA PARA A TRÁFICO DE DROGAS
ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO PRÁTICA DE CRIME
OU MUNIÇÃO HEDIONDO OU TORTURA
EQUIPARADO
TERRORISMO

DICA 132
HIPÓTESE DE FURTO HEDIONDO

O pacote anticrime trouxe duas hipóteses de furto qualificado: com o emprego de


artefato explosivo e furto DE artefato explosivo;

O furto qualificado pelo USO de artefato explosivo ou análogo é hediondo;


Contudo, o furto DO artefato explosivo NÃO é hediondo!
CUIDADO se a sua prova diz que o furto foi praticado com emprego de explosivo
(como, por exemplo, explodir o caixa eletrônico) ou se o agente simplesmente entrou
numa loja e furtou explosivos;

→ FURTO COM EMPREGO DE EXPLOSIVOS: HEDIONDO


→ FURTO DE EXPLOSIVOS: NÃO É HEDIONDO
DICA 133
HIPÓTESES DE ROUBO E EXTORSÃO HEDIONDOS

Nem todo roubo será hediondo, mas serão hediondos aqueles com:

Restrição da liberdade;

Emprego de arma de fogo (qualquer arma de fogo);

Lesão grave ou morte.

Já os crimes de extorsão serão hediondos aqueles com:


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Restrição da liberdade;

Lesão grave e morte;


CUIDADO: A extorsão com arma de fogo não é crime hediondo.
DICA 134
LESÃO CORPORAL HEDIONDA
Há apenas UMA hipótese de lesão corporal de natureza hedionda: lesão corporal dolosa,
funcional, de natureza gravíssima ou seguida morte;

ATENÇÃO!

Para que seja hedionda tem que preencher os três requisitos:

DOLOSA;

FUNCIONAL;

GRAVÍSSIMA ou SEGUIDA DE MORTE.

→ Dolosa diz quanto à intenção do agente (intencional);


→ Funcional é a lesão corporal praticada contra autoridade ou agente descrito nos
arts. 142 e 144 da Constituição Federal (Segurança Pública), integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo
até TERCEIRO GRAU, em razão dessa condição;

→ Se o resultado for uma lesão GRAVÍSSIMA ou SEGUIDA DE MORTE;


DICA 135
ARMA DE FOGO

ATENÇÃO!

Com a modificação feita pelo pacote anticrime, passou a ser crime hediondo apenas a
POSSE ou PORTE de arma de fogo de uso PROIBIDO;
Assim sendo, o crime de posse ou porte de arma de uso permitido ou restrito NÃO
será crime hediondo;

Importante ressaltar que no Brasil se adota o critério legal, ou seja, só será crime
hediondo o que estiver no rol legal;
Assim sendo, a gravidade do crime não interessa se ele não estiver previsto na lei de
crimes hediondos.

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DICA 136
LEI Nº 9.455/1997 - MODALIDADES DE CRIMES DE TORTURA
Memorize!

Tortura prova - obter informação,


declaração ou confissão.

Tortura crime - provocar ação ou omissão


de natureza criminosa

Modalidades de crimes
de tortura Tortura discriminatória - discriminação
racial ou religiosa

Tortura castigo - castigo pessoal ou


medida de caráter preventivo (crime
próprio)

Para todos esses delitos a pena será de reclusão de 2 a 8 anos.


DICA 137
FORMA OMISSIVA DA TORTURA
Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou
apurá-las, incorre na pena de detenção de 1 a 4 anos.
Fique atento!
A forma omissiva da tortura é o único delito da lei de antitortura que não é equiparado ao
hediondo. Também é o único que a pena é de detenção.
Trata-se de crime próprio, uma vez que é exigido uma especial qualidade do agente.

Ex.: Diretor de Presídio percebe que os policiais penais estão torturando um preso na
Unidade Prisional e não faz nada para impedi-los. O Diretor responderá pelo delito de
omissão perante a tortura, enquanto os agentes responderão por tortura.
O particular, que não possua tal dever, caso se depare com a prática de crime de tortura e
não o impeça, responderá pelo crime de omissão de socorro.

A pena para este delito é de detenção de 1 a 4 anos.

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DICA 138
TORTURA QUALIFICADA PELO RESULTADO LESÃO GRAVE OU MORTE

Se a tortura
praticada resulta em Pena: reclusão de 4
lesão grave ou a 10 anos
gravíssima

Se a tortura Pena: reclusão de 8


praticada resulta em a 16 anos
morte

Trata-se de um crime preterdoloso, tendo em vista que há dolo na tortura e culpa no


resultado lesão grave ou morte.
CUIDADO!

Se o sujeito tem a intenção de torturar e, culposamente, lesiona de forma grave ou


mata a vítima, responderá pelo delito de tortura qualificada pelo resultado, previsto no
art. 1º, § 3º, da Lei 9.455/97.

Se o autor tem a intenção de torturar e, após consumado o crime, decide matar a


vítima, responderá por tortura em concurso com homicídio qualificado.

Se o indivíduo tem, desde o início, a intenção de matar a vítima e para tanto emprega
a tortura, responderá por homicídio qualificado pela tortura.
DICA 139
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA

Cometido por agente público

Contra criança, gestante,


A pena aumenta de 1/6 até 1/3 portador de deficiência,
adolescente ou + 60 anos

Cometido mediante sequestro

A pena aumenta de 1/6 até 1/3:

Se o crime for cometido por agente público;

Se o crime for cometido contra criança, gestante, portador de deficiência,


adolescentes ou maior de 60 anos;
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Se o crime for cometido mediante sequestro;


DICA 140
LEI Nº 9.455/1997 (ANTITORTURA): EFEITOS DA SENTENÇA CONDENATÓRIA
A condenação pela prática de crime previsto na Lei nº. 9.455/97 (inclusive na forma
omissiva) acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição
para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
Trata-se de efeito automático da sentença condenatória por crime de tortura.
A interdição consiste na impossibilidade de o agente voltar ao serviço público.
Fique atento!
O prazo da interdição é calculado com base no dobro da pena aplicada na sentença
condenatória.

Perda do cargo, função ou emprego


Condenação pela prática público.
de crime de tortura
Interdição para seu exercício pelo
DOBRO do prazo da pena aplicada.

DICA 141
CRIMES DO ESTATUTO DO IDOSO
Competência e ação penal:
IDOSO: pessoa com idade igual ou superior a 60 anos;
Aos crimes previstos no Estatuto do Idoso se aplica o procedimento dos juizados
especiais criminais àqueles cuja pena máxima privativa de liberdade não
ultrapasse 4 anos;

ATENÇÃO!

Normalmente, a competência do Juizado atinge os crimes com pena máxima até 2


anos, mas por ser um procedimento mais célere, aplica-se aos crimes do Estatuto
do Idoso de penas máximas até 4 anos;

A ação penal é incondicionada;


Não se aplicam as escusas absolutórias do Código Penal, ou seja, ainda que seja
crime sem violência com pai ou avô, haverá crime.

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DICA 142
CRIMES DO ESTATUTO DO IDOSO - PUNIDOS COM RECLUSÃO
A lei traz 12 (doze) tipos penais contra os idosos, além das figuras majoradas.
São punidos com reclusão os seguintes crimes:
OBS.: faça a leitura integral dos tipos na lei e utilize essa dica para memorização.
Discriminar pessoa idosa por motivo de idade;
Desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar por qualquer motivo;
Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, quando desta
exposição houver lesão corporal grave ou morte;
Obstar o acesso a cargo público por motivo de idade;
Negar trabalho por motivo de idade;
Recusar, retardar ou dificultar assistência à saúde sem justa causa;
Deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de ordem judicial em ação civil;
Recusar, retardar ou omitir dados indispensáveis à propositura da ação civil,
quando requisitados pelo Ministério Público;
Induzir pessoa idosa sem discernimento a outorgar procuração para fins de
administração de bens;
Coagir o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração;
Lavrar ato notarial de pessoa idosa sem discernimento, sem a devida
representação legal;
DICA 143
CRIMES DO ESTATUTO DO IDOSO - PUNIDOS COM DETENÇÃO
Deixar de prestar assistência ao idoso, em situação de iminente perigo, ou
recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir
socorro de autoridade pública;
Abandonar o idoso em hospitais ou congêneres, ou não prover suas necessidades
básicas;
Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso desde que não
haja lesão grave ou morte;
Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem
judicial;
Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste
em outorgar procuração à entidade de atendimento;
Reter qualquer documento do idoso com objetivo de assegurar recebimento ou
ressarcimento de dívida;

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Exibir ou veicular informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa


do idoso.
DICA 144
PROGRESSÃO DE REGIME – LEI DE EXECUÇÃO PENAL
Existem então 3 regimes de cumprimento da pena privativa de liberdade: fechado,
semiaberto e aberto. O art. 33, §2 do CP estabelece os critérios para que o juiz, ao
condenar, fixe o regime inicial de cumprimento da pena.
O juiz vai fixar o regime inicial de cumprimento da pena. Mas, o réu vai de forma
progressiva passando para regimes mais brandos, visando o seu retorno ao convívio social
aos poucos.
A ideia da progressão de regime é justamente essa: que o réu vá, aos poucos,
passando para regimes mais flexíveis e, progressivamente, retorne o seu convívio social.
Até chegar o dia em que a pena é extinta e ele adquire de volta a sua plena liberdade.
Isso serve tanto para o Estado verificar se aquela pessoa está realmente pronta para o
retorno ao seu convívio social, sem que corra o risco de que ele volte a praticar novo
crime, como também serve ao acusado não se “assustar” com o seu retorno à sociedade.
Progressão de regime ocorre justamente quando o condenado passa de um regime
mais severo para um mais brando, com regras mais flexíveis e com uma maior interação
com o meio social.
A lei prevê alguns requisitos para essa progressão de regime, como o cumprimento de
uma parte da pena no regime anterior. O Pacote Anticrime alterou substancialmente a
sistemática da progressão de regime prisional.
Preste atenção nos novos percentuais!!!!

PROGRESSÃO DE REGIME

Hipótese Percentual de cumprimento da pena

16% Réu Primário + crime SEM violência ou grave ameaça

20% Réu Reincidente + crime SEM violência ou grave ameaça

25% Réu Primário + crime COM violência ou grave ameaça

30% Réu Reincidente + crime COM violência ou grave ameaça

40% Réu Primário + crime hediondo ou equiparado

Réu Primário + crime hediondo ou equiparado com

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resultado MORTE, vedado o livramento condicional. ***

Exercer o comando, individual ou coletivo, de organização


50%
criminosa estruturada para a prática de crime hediondo
ou equiparado

Crime de constituição de milícia privada

60% Réu Reincidente + crime hediondo ou equiparado

Réu Reincidente + crime hediondo ou equiparado, com


70%
resultado MORTE, vedado o livramento condicional. ***

DICA 145
CRIMES DE “LAVAGEM” OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E VALORES (LEI
9.613/1998)

Condutas consideradas lavagem de capitais:


Considera-se lavagem de dinheiro o ato de tentar disfarçar a origem ilícita de
determinado valor, que tenha sido adquirido de forma direta ou indireta de infração
penal.
São as condutas em relação a esses bens, direitos ou valores:
Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou
propriedade;
Converter em ativos lícitos;
Adquirir, receber, trocar, negociar, dar ou receber em garantia, guardar, ter em
depósito, movimentar ou transferir;
Importar ou exportar bens com valores não correspondentes aos verdadeiros;
Utilizar, na atividade econômica ou financeira;
Participar de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua
atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.
DICA 146
CAUSAS DE AUMENTO E DE DIMINUIÇÃO

Pena: reclusão, de 3 a 10 anos.

CAUSA DE AUMENTO CAUSA DE DIMINUIÇÃO

1/3 a 2/3 1/3 a 2/3

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De forma reiterada ou por intermédio


Em caso de tentativa
de organização criminosa

INCLUSÃO PACOTE ANTICRIME:


Para a apuração do crime de que trata este artigo, admite-se a utilização da Ação
controlada e da infiltração de agentes.
DICA 147
COLABORAÇÃO PREMIADA
É a hipótese em que o autor, coautor ou partícipe pode ser premiado ou fornecer
informações que contribuam para a investigação;
Essa colaboração precisa ser ESPONTÂNEA. (NÃO pode ser obrigado, forçado, coagido):

CONTRIBUIÇÃO PRÊMIO

Apuração das infrações Redução de 1/3 a 2/3

Identificação de autores Regime aberto ou semiaberto

Localização de bens, direitos ou Substituição por pena restritiva de


valores direitos

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DIREITO PROCESSUAL PENAL


DICA 148
RECURSO EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL
O Recurso Extraordinário não tem efeito suspensivo;

Por isso, após o recorrente interpor o recurso, os autos descerão para execução da
sentença;

O recurso extraordinário será julgado pelo Supremo Tribunal Federal;

O recurso especial será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça.


DICA 149
HABEAS CORPUS
O habeas corpus é ação constitucional destinada a defender o direito à locomoção;
Pode ser interposto em caso de ameaça ou de restrição da liberdade;

Paciente preso (HC Repressivo) → expedido alvará de soltura


Paciente solto (HC Preventivo) → expedido salvo-condulto.
Caberá HC:

Quando não houver justa causa;

Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;

Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;

Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;

Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;

Quando o processo for manifestamente nulo;

Quando extinta a punibilidade.

Fique atento! Não caberá HC de punições disciplinares

Empate na votação do HC
Se o HC for julgado por TRIBUNAL a decisão será tomada pela maioria dos votos;

Havendo empate: Presidente desempata.

Empatou com voto do presidente: resultado favorável ao paciente (preso).

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DICA 150
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS: COMPETÊNCIA

Os Juizados Especiais Criminais têm competência para a conciliação, julgamento e


execução;

Das infrações de menor potencial ofensivo: contravenções penais de qualquer


pena e crimes cuja pena máxima não ultrapasse dois anos;

Será competente o Juizado do local da infração (teoria da atividade);

Os Juizados são regidos pelas regras da:

Simplicidade,

Oralidade,

Informalidade,

Celeridade,

Economia processual.
DICA 151
TRANSAÇÃO PENAL

Havendo representação nas ações condicionadas ou nas ações públicas;

Acordo proposto pelo MINISTÉRIO PÚBLICO;

Para aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa;

Aceita a proposta, será submetida ao juiz;

A homologação do acordo não gera reincidência;

A homologação do acordo impede novo acordo em 05 anos.


Tome nota!

Não caberá transação penal

Autor condenado por sentença definitiva por CRIME a pena privativa de liberdade;

Autor ter sido beneficiado com acordo nos últimos 5 anos;

Não for a medida indicada em razão dos antecedentes, conduta social,


personalidade do agente, motivos e circunstâncias da infração;
DICA 152
SUSPENSÃO DO PROCESSO

Caberá o chamado SURSIS PROCESSUAL:

Crimes com pena mínima igual ou inferior a 1 ano;

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Suspensão do processo por 2 a 4 anos;

Proposto pelo Ministério Público;

Se o autor não estiver sendo processado;

Se o autor não tiver sido condenado por outro crime.


Fique atento! Condições da suspensão condicional do processo

Aceitando a proposta, o autor deverá:

Reparar o dano, EXCETO se não puder;

Se abster de frequentar lugares indicados pelo juiz;

Não se ausentar da comarca em que reside sem autorização do juiz

Comparecer em juízo mensalmente para informar e justificar suas atividades;

Cumprir outras condições adequadas determinadas pelo juiz.


DICA 153
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA
A CF prevê, no art. 5º, inciso XII, que é inviolável o sigilo das comunicações telegráficas,
de dados e das comunicações telefônicas, SALVO, neste último caso, por ordem
judicial para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL: Pela Constituição, para a quebra do sigilo das
comunicações telefônicas é indispensável a autorização judicial. No plano
infraconstitucional, a regulamentação dessa quebra de sigilo das comunicações telefônicas
foi regulamentada pela Lei 9296/96.
CONCEITO: interceptação telefônica significa captar a comunicação telefônica de outra
pessoa, passando a descobrir o conteúdo da comunicação.
DICA 154
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA: TERMINOLOGIAS
Há algumas terminologias e distinções relevantes para a sua prova, veja abaixo:

Interceptação É a captação da comunicação telefônica alheia por um terceiro,


telefônica sem o conhecimento de nenhum dos comunicadores.

Escuta É a captação da comunicação por um terceiro, com o


telefônica conhecimento de um dos comunicadores e desconhecimento
do outro.

Gravação É uma autogravação. Ou seja, a gravação por um dos


telefônica comunicadores, normalmente feita sem o conhecimento do
clandestina outro comunicador.

Comunicação Refere-se às comunicações realizadas diretamente num ambiente,


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ambiental como numa sala, num carro etc. Normalmente realizado por cabos
de fibra óticas.

Escuta É a captação de uma comunicação no ambiente feita por terceiro


ambiental com o consentimento de um dos comunicadores.

Gravação É a captação da comunicação no ambiente feita por um dos


ambiental comunicadores.

DICA 155
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

ESSA É IMPORTANTE!
Lei 9.296/96 regulamenta tanto os requisitos, hipóteses de cabimento e o procedimento
das interceptações telefônicas.
Há alguns requisitos à decretação judicial da interceptação telefônica. Nesse sentido, o
art. 2º da Lei 9296/96 é IMPORTANTÍSSIMA, sendo imprescindível a sua leitura.
Primeiramente, só pode haver decretação da interceptação telefônica se houver indícios
razoáveis de autoria ou participação em infração penal.
Além disso, mencione-se o caráter RESIDUAL da interceptação telefônica. Ela só pode ser
decretada quando os fatos NÃO puderem ser provados por outros meios.
Por fim, mencione-se que o crime investigado deve ser punido com PENA DE RECLUSÃO.
Se a pena do crime investigado for de DETENÇÃO, NÃO será admitida a quebra do sigilo
das comunicações telefônicas!!!
Memorize!

1) NÃO houver indícios razoáveis da


autoria ou participação em infração
penal

2) a prova puder ser feita


por outros meios
disponíveis
NÃO será admitida
interceptação telefônica
(art. 2º, Lei 9.296/96)
3) o fato investigado
constituir infração punida,
no máximo, com pena de
DETENÇÃO

PRAZO: a interceptação telefônica pode ser decretada pelo juiz, em decisão


fundamentada, pelo prazo de 15 DIAS, renovável por igual tempo, uma vez
comprovada a indispensabilidade da prova.

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DICA 156
CAPTAÇÃO AMBIENTAL
ESSA É IMPORTANTE! VAI CAIR!!!!!!
A captação ambiental é a quebra do sigilo da comunicação realizada num ambiente,
e NÃO através de meios telefônicos, como na interceptação telefônica.

Ex.: num reality show da televisão, quando uma das participantes se infiltra e se
esconde no ambiente para ouvir a conversa dos demais, está havendo captação
ambiental das comunicações. No meio policial isso é um pouco mais “sofisticado”, já
que muitas vezes há recursos tecnológicos à disposição da polícia para interceptar a
comunicação dos investigados.
Essa captação ambiental foi regulamentada pelo PACOTE ANTICRIME, que incluiu o art.
8º-A na Lei de Interceptações Telefônicas (lei 9296/96).
Segundo esse artigo, a captação ambiental pode ser determinada em sede de investigação
ou instrução penal, dependendo de autorização judicial após requerimento do MP ou
da autoridade policial, e desde que observados os seguintes REQUISITOS:

1) A prova NÃO puder ser feita por


outros meios disponíveis e igualmente
eficazes

2) Elementos probatórios
CAPTAÇÃO razoáveis de autoria ou
AMBIENTAL participação
(art. 8º-Aº, Lei
9.296/96)
3) Infrações penais com pena
máxima superior a 4 ANOS, ou em
infrações penais conexas.

PRAZO: A captação ambiental NÃO pode exceder o prazo de 15 dias, renovável por
iguais períodos através de nova decisão judicial, desde que comprovada a
indispensabilidade do meio de prova, e quando presente atividade criminal permanente,
habitual ou continuada.
CUIDADO: Na interceptação telefônica, só pode prorrogar o prazo de 15 dias
uma vez. Na captação ambiental, pela lei, pode prorrogar tal prazo por sucessivos
períodos.
O requerimento do MP ou da autoridade policial deve descrever detalhadamente o
local e a forma de instalação do dispositivo de captação ambiental.

A instalação do dispositivo de captação ambiental pode ser realizada por meio de


operação policial disfarçada, se necessário, ou ainda no período noturno, EXCETO na
casa (art. 8º-A, §2º).

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A gravação ambiental (captação feita por um dos interlocutores sem o prévio


conhecimento do outro), sem o prévio conhecimento da autoridade policial ou do MP pode
ser utilizada em MATÉRIA DE DEFESA, quando demonstrada a integridade da gravação
(§4º). Isso nos remete a uma observação feita nas rodadas anteriores, que diz respeito à
possibilidade de utilização da prova ilícita em favor do réu.
DICA 157
LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA - CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
A Lei de Organização Criminosa, Lei nº 12.850/2013, veio para regulamentar as condições
já existentes na Convenção de Palermo.
Um dos pontos mais importantes dessa lei é a definição de organização criminosa:

Esta caracteriza-se pela união de quatro ou mais indivíduos, organizados de


maneira estruturada, para aferir vantagens, por meio de infrações penais, cujas penas
máximas ultrapassam quatro anos, OU que tenham caráter transnacional.

Os requisitos para a constituição de uma organização criminosa são:

Organização de quatro ou mais pessoas;

Caráter de permanência ou estabilidade;

Estruturação e divisão de tarefas;

Ter como fim obter alguma vantagem econômica ou moral;

Prática de infrações (crime ou contravenção) com pena máxima superior a quatro


anos;
Prática de infrações de caráter transnacional (qualquer pena).

CUIDADO!

Só será organização criminosa a reunião de NO MÍNIMO quatro pessoas;

A reunião dessas pessoas não pode ser eventual, é necessário que haja estabilidade;

A organização deve ser, como o nome diz, minimamente organizada, ou seja, com uma
estrutura e divisão de tarefas entre os seus membros;
DICA 158
MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA

A Lei de Organização Criminosa prevê vários meios de obtenção de prova com vistas
a auxiliar na investigação. São eles:

colaboração premiada;

captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;

ação controlada;

acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes


de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;
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interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas;

afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal;

infiltração, por policiais, em atividade de investigação;

cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais;


Mnemônico: 2A 3C 2I

A Acesso a dados

A Afastamento de sigilo

C Colaboração premiada

C Captação ambiental

C Cooperação entre instituições

I Interceptação telefônica

I Infiltração de agentes

DICA 159
COLABORAÇÃO PREMIADA

COLABORAÇÃO Identificação dos coautores e das infrações praticadas

Revelação da estrutura hierárquica e das tarefas da ORCRIM

Prevenção de infrações praticadas pela ORCRIM

Recuperação total ou PARCIAL do produto ou proveito

Localização de vítima com integridade física preservada

REQUISITOS Personalidade do colaborador

Natureza, circunstâncias, gravidade e repercussão social do


fato

Eficácia da colaboração

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PRÊMIOS Redução da pena em 2/3

Perdão Judicial

Substituição da pena por restritiva de direitos

Não oferecimento da denúncia (apenas se o colaborador não


for o líder da organização e tiver sido o primeiro a colaborar

Redução da pena até a metade ou progressão de regime


(colaboração após a sentença)

DICA 160
INFILTRAÇÃO VIRTUAL DE AGENTES

Infiltração virtual de agentes policiais na internet;

Quando demonstrada sua necessidade;

Devem ser indicados o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das
pessoas investigadas;

Quando possível, devem ser informados os dados de conexão ou cadastrais que


permitam a identificação dessas pessoas.

Prazo: até 6 meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não
exceda a 720 dias;

INFILTRAÇÃO PRAZO RENOVAÇÃO

Presencial 6 meses Sem limite

Virtual 6 meses Até 720 dias

DICA 161
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER).

SITUAÇÕES EM QUE É POSSÍVEL APLICAR A LEI MARIA DA PENHA:

VIOLÊNCIA PRATICADA POR: SE É POSSÍVEL?

FILHO OU FILHA CONTRA A MÃE SIM

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PAI CONTRA A FILHA SIM

IRMÃO CONTRA IRMÃ SIM

GENRO CONTRA NORA SIM

NORA CONTRA SOGRA SIM

PADRASTO CONTRA ENTEADA SIM

EX-NAMORADO CONTRA EX-NAMORADA SIM

FILHO CONTRA PAI NÃO


OBS.: O sujeito passivo NÃO pode ser do
sexo masculino

O STJ tem decidido reiteradamente acerca dos requisitos para caracterização da


violênciadoméstica, sendo necessário:

Vítima mulher;

Ação ou omissão baseada no gênero;

No âmbito da unidade doméstica, familiar ou de relação de afeto decorrendo daí;

Morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral oupatrimonial


DICA 162
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER).
O art. 17 VEDA a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher,
de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a
substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.

Veda a aplicação de penas de cesta


básica ou outras de prestação
pecuniária, bem como a
A lei Maria da Penha
substituição de pena que implique o
pagamento isolado de multa.

DICA 163
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA A MULHER) - CRIME DE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA DE
URGÊNCIA
Foi inserido um tipo penal por meio da Lei 13.641/18, que traduz o crime de
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descumprimento de medidas protetivas de urgência:

Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência
previstas nesta Lei:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz
quedeferiu as medidas.
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá
concederfiança.
§ 3º O disposto neste artigo NÃO exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.

Crime punido apenas a título de DOLO, NÃO prevê conduta culposa.

Se consuma no momento em que o agente deixa de cumprir a ordem dada


pelo Juiz.

ATENÇÃO!!

Apenas a autoridade judicial pode conceder fiança no caso de descumprimento de


decisão judicial.

Delegado NÃO pode conceder fiança de acordo com o §2º do art. 24-A.

DICA 164
LEI Nº 11.343/2006 (LEI DE DROGAS): CRIMES EM ESPÉCIE

Posse ou porte de drogas para consumo pessoal


Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas:

Advertência sobre os efeitos das drogas;

Prestação de serviços à comunidade;

Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.


DICA 165
CRIMES EM ESPÉCIE - DAS PENAS APLICÁVEIS AO USUÁRIO DE DROGAS

Medida educativa de
Advertência sobre os Prestação de serviços comparecimento à
efeitos das drogas à comunidade programa ou curso
educativo

Exaure-se em si mesma. Prazo máximo: 5 meses Prazo máximo: 5 meses

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É um esclarecimento que Reincidência: 10 meses Reincidência: 10 meses


deve ser feito pelo juiz
quanto às consequências
maléficas causadas pelo uso
de drogas.

As penas poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como


substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor.
DICA 166
CRIMES EM ESPÉCIE - DAS PENAS APLICÁVEIS AO USUÁRIO DE DROGAS

Para garantia do cumprimento das penas aplicáveis ao usuário (medidas educativas), a


que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente
a:

Admoestação verbal;

Multa

- 40 a 100 dias – multa – grau de


reprovabilidade social Destinação: FUNAD
Multa (Fundo Nacional
- Valor de 1/30 avos até 3x o
Antidrogas)
valor do salário-mínimo –
capacidade financeira

Fique atento!

Prescrição e prisão do usuário


O prazo prescricional para o crime de posse ou porte de drogas para consumo
pessoal é de 2 anos.
O usuário não será preso, nem mesmo em caso de flagrante delito, por expressa
disposição legal (art. 48, § 3º, L. 11.343/06), salvo se na ocasião houver concurso com
outro crime que admite a prisão em flagrante.
DICA 167
CRIMES EM ESPÉCIE

Tráfico de drogas
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda,
oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena: reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a 1.500 dias-multa.

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Fique atento!
Para que o crime de tráfico de drogas ocorra não se exige onerosidade, uma vez que
poderá ocorrer ainda que de forma gratuita.
DICA BÔNUS
CRIMES EM ESPÉCIE

Figuras equiparadas ao tráfico de drogas:

Nas mesmas penas incorre quem:

Importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece,
fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;

Semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação


legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a
preparação de drogas;

Utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse,


administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.

Vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à


preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios
razoáveis de conduta criminal preexistente. (Importante - novidade do pacote
anticrime).

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