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Segunda-feira, 28 de Dezembro de 2020 I SÉRIE — Número 247

BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P. é responsável pela organização, funcionamento e inspecção


da Administração Pública, organização territorial - administrativa,
AVISO toponímia e nomes geográficos, bem como pela gestão estratégica
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser dos recursos humanos do Estado.
remetida em cópia devidamente autenticada, uma por cada
ARTIGO 2
assunto, donde conste, além das indicações necessárias para
esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: (Atribuições)
Para publicação no «Boletim da República». São atribuições do Ministério da Administração Estatal
e Função Pública:
a) Direcção central da Administração Local do Estado;
b) Elaboração e implementação de normas de organização
SUMÁRIO da Administração Pública;
Presidência da República: c) Gestão da reforma do sector público;
Decreto Presidencial n.º 39/2020:
d) Coordenação do processo de descentralização;
e) Desenvolvimento de políticas e estratégias integradas
Redefine as atribuições e competências do Ministério de gestão de recursos humanos do aparelho do Estado;
da Administração Estatal e Função Pública, criado pelo Decreto f) Organização, funcionamento e desenvolvimento
Presidencial n.º 1/2015, de 16 de Janeiro e revoga o Decreto dos órgãos, dos órgãos de Representação do Estado
Presidencial n.° 22/2020, de 28 de Julho. a nível local, das entidades descentralizadas bem
como a mobilização e organização da participação
Decreto Presidencial n.º 40/2020:
das comunidades locais;
Define as atribuições e competências do Ministério g) Direcção do processo de criação, implantação e desen-
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, criado pelo Decreto volvimento das autarquias locais;
Presidencial n.º 36/2020, de 17 de Novembro e revoga h) Elaboração e implementação de normas sobre a orga-
o Decreto Presidencial n.° 14/2015, de 16 de Março. nização territorial, toponímia e nomes geográficos;
i) Promoção da melhoria da qualidade dos serviços
Decreto Presidencial n.º 41/2020: prestados pelos órgãos da Administração Pública;
Define as competências, organização e funcionamento j) Inspecção da Administração Pública;
da entidade Coordenadora de Gestão e Redução do Risco k) Controlo da implementação das políticas de assistência
de Desastres, ao abrigo do n.º 2 do artigo 10 da Lei e previdência social dos funcionários e agentes
n.º 10/2020, de 2 de Agosto e revoga o Decreto n.º 38/99, do Estado;
de 10 de Junho.
l) Coordenação do processo de gestão das relações entre
a Administração Pública e as respectivas associações
sindicais;
m) Organização do sistema de informação, documentação
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA e arquivo do Estado;
n) Formação e capacitação dos recursos humanos do Estado
Decreto Presidencial n.º 39/2020 e das entidades descentralizadas; e
o) Participação na organização dos processos eleitorais.
de 28 de Dezembro

Havendo necessidade de redefinir as atribuições e competências ARTIGO 3


do Ministério da Administração Estatal e Função Pública, (Competências)
criado pelo Decreto Presidencial n.º 1/2015, de16 de Janeiro, Para a concretização das suas atribuições, o Ministério
da alínea c) do n.º 1 do artigo 159 da Constituição da República da Administração Estatal e Função Pública, tem as seguintes
e do n.º 1 do artigo 46 da Lei n.º 7/2012, de 8 de Fevereiro, competências:
o Presidente da República decreta: a) Na área da organização e desenvolvimento
da Administração Pública:
ARTIGO 1
i. coordenar as actividades de organização e desen-
(Natureza) volvimento da Administração Pública;
O Ministério da Administração Estatal e Função Pública ii. promover a criação e aplicação de critérios
é o órgão central do aparelho do Estado que, de acordo com orientadores para a organização dos serviços
os princípios, objectivos e tarefas definidos pelo Governo, do Estado;
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ARTIGO 4 d) aprovar a contratação de empréstimos externos e internos


de créditos correntes com a obrigação de reembolso
(Estatuto Orgânico)
até dois anos;
Compete ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino e) ordenar a realização de inspecções financeiras;
Superior submeter ao órgão competente a proposta de Estatuto f) praticar outros actos de controlo financeiro nos termos
do Ministério, no prazo de sessenta (60) dias, contados a partir do diploma de criação e demais legislação aplicável.
da data da publicação do presente Decreto Presidencial.
ARTIGO 4
ARTIGO 5
(Atribuições)
(Norma Revogatória)
São atribuições do INGD:
É revogado o Decreto Presidencial n.° 14/2015, de 16
de Março. a) Coordenar as acções de prevenção, mitigação, prontidão
e resposta a desastres;
ARTIGO 6 b) Coordenar a gestão e resposta às emergências;
(Entrada em vigor) c) Coordenar o desenvolvimento das zonas áridas
e semiáridas;
O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data
d) Coordenar a reconstrução pós desastres;
da sua publicação.
e) Coordenar a Unidade Nacional de Protecção Civil;
Publique-se. f) Coordenar o processo de prevenção, mitigação, prontidão
Maputo, 17 de Dezembro de 2020. e resposta aos fenómenos de riscos e ameaças;
O Presidente da República. FILIPE JACINTO NYUSI. g) Fortalecer programas de resiliência e gestão do risco
de desastres.

ARTIGO 5
(Competências)

Decreto Presidencial n.º 41/2020 São competências do INGD:


a) Monitorar riscos e ameaças e adoptar medidas
de 28 de Dezembro
para redução dos seus impactos;
Havendo necessidade de definir as competências, organização b) Formular e propor ao Governo, politicas, estratégias
e funcionamento da Entidade Coordenadora de Gestão e Redução e planos para a gestão e redução do risco de desastres;
do Risco de Desastres, ao abrigo do n.º 2 do artigo 10 da Lei c) Avaliar periodicamente as tendências globais
n.º 10 /2020, de 24 de Agosto, o Presidente da República decreta: da conjuntura e impactos das mudanças climáticas
na redução do risco de desastres e propor ao Governo
ARTIGO 1 soluções e medidas de curto, médio e longo prazos;
(Natureza) d) Assegurar o fortalecimento da resiliência humana e infra-
estrutural aos eventos extremos;
A Entidade Coordenadora de Gestão e Redução do Risco
e) Mapear as zonas de risco de desastres, em coordenação
de Desastres em Moçambique é o Instituto Nacional de Gestão
com os órgãos locais;
e Redução do Risco de Desastres, abreviadamente designada
f) Criar, formar e capacitar Comités Locais de Gestão
por INGD, pessoa colectiva de direito público, dotada
e Redução do Risco de Desastres e outros Núcleos
de personalidade jurídica, autonomia técnica, administrativa
de participação comunitária, em matérias de redução
e patrimonial.
do risco de desastres;
ARTIGO 2 g) Assegurar uma prontidão estratégica e operacional
para a resposta e gestão dos eventos extremos;
(Articulação e Coordenação) h) Elaborar e propor ao Governo planos específicos para
No exercício das suas funções, o INGD assegura a articulação o desenvolvimento socioeconómico das zonas áridas
e coordenação multissectorial no âmbito de gestão e redução e semiáridas;
do risco de desastres. i) Emitir comunicados e informações oficiais sobre
o processo de gestão e redução do risco de desastres;
ARTIGO 3 j) Mobilizar recursos humanos, materiais e financeiros
(Tutela) para resposta as emergências;
k) Gerir o Fundo de Gestão e Redução do Risco de Desas-
1. A tutela sobre o INGD é exercida pelo Conselho tres;
de Ministros. l) Propor e pronunciar-se sobre legislação relevante
2. O Conselho de Ministros pode delegar a tutela do INGD no âmbito da gestão do risco de desastres; e
a um membro do Governo. m) Propor e implementar a política nacional de gestão
3. A tutela financeira sobre o INGD é exercida pelo Ministro e redução do risco de desastres em articulação com
que superintende a área das finanças, e compreende os seguintes os órgãos da administração central e local, municípios
actos: e demais pessoas colectivas púbicas e privadas.
a) aprovar os planos de investimento;
b) aprovar a alienação de bens próprios, observando ARTIGO 6
o disposto na legislação aplicável;
(Órgãos)
c) proceder ao controlo do desempenho financeiro,
em especial quanto ao cumprimento dos fins São órgãos do INGD:
e dos objectivos estabelecidos e quanto à utilização a) Conselho de Direcção;
dos recursos postos à sua disposição; b) Conselho Consultivo;
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c) Conselho Fiscal; d) coordenar a elaboração do plano anual de actividade


d) Conselho Técnico de Gestão e Redução do Risco do INGD;
de Desastres; e e) exercer os poderes de direcção, gestão e disciplina
e) Conselho Técnico. do pessoal;
f) representar o INGD em juízo ou fora dele;
ARTIGO 7 g) controlar a arrecadação de receitas do INGD;
(Conselho de Direcção)
h) autorizar a realização de despesas do INGD;
i) submeter ao parecer do órgão de tutela e à aprovação
1. O Conselho de Direcção é um órgão de gestão corrente das do Conselho Coordenador de Gestão e Redução
actividades do INGD, dirigido pelo Presidente do INGD. do Risco de Desastres, o plano e relatório anual
2. Compete ao Conselho de Direcção: de actividades do INGD;
a) elaborar os planos anuais e os respectivos orçamentos, j) nomear, exonerar e demitir funcionários e agentes
plurianuais de actividades e assegurar a respectiva do INGD;
execução; k) submeter a aprovação do Ministro que superintende
b) analisar e aprovar propostas sobre a preparação, execução a área das finanças o plano de actividades e a proposta
e controlo dos planos de actividades do INGD; de orçamento do INGD;
c) elaborar o relatório de actividades; l) submeter ao Tribunal Administrativo a conta gerência
d) discutir e deliberar sobre questões relevantes após aprovação do Ministro que exerce a tutela
da organização interna e funcionamento do INGD; financeira;
e) apreciar e submeter ao órgão da tutela os orçamentos m) realizar outras actividades que lhe sejam acometidas por
de funcionamento, de investimento e do Plano lei ou estatuto orgânico.
de Contingência; 2. Na eminência ou durante a ocorrência de um evento extremo,
f) analisar e aprovar relatórios de prestação de contas o Presidente pode tomar as medidas adequadas e comunicar
das actividades do INGD, bem como da execução posteriormente ao órgão de tutela, salvo aquelas que pela sua
orçamental; natureza, careçam de autorização prévia da tutela.
g) analisar e pronunciar-se sobre os assuntos internos
do INGD; ARTIGO 10
h) aprovar os projectos dos regulamentos previstos
no Estatuto Orgânico e os que sejam necessários (Competências do Vice-Presidente do INGD)
ao desempenho das atribuições; Compete ao Vice-Presidente:
i) proceder a análise de assuntos de natureza técnica a) coadjuvar o Presidente no exercício das suas atribuições;
relacionados com as actividades que concorrem para b) substituir o Presidente nos seus impedimentos;
a redução do risco de desastres; c) convocar e dirigir o Conselho Técnico; e
j) elaborar o balanço, nos termos da legislação aplicável; d) exercer as demais competências que lhe forem delegadas
k) praticar os demais actos de gestão decorrente ou subdelegadas pelo Presidente.
da aplicação do Estatuto Orgânico necessário ao bom
funcionamento dos serviços. ARTIGO 11
3. O Conselho de Direcção tem a seguinte composição: (Conselho Consultivo)
a) Presidente; 1. O Conselho Consultivo é um Órgão de Consulta convocado
b) Vice-Presidente; e dirigido pelo Presidente.
c) Titulares das unidades orgânicas que respondem
2. Compete ao Conselho Consultivo:
directamente ao Presidente.
a) coordenar, planificar, avaliar e controlar a acção conjunta
4. Podem ser convidados pelo Presidente, outros técnicos
a participar nas sessões do Conselho de Direcção de acordo dos órgãos centrais e locais do INGD, na realização
com as matérias a tratar. dos objectivos do sector;
5. O Conselho de Direcção reúne ordinariamente de quinze b) analisar a implementação de políticas e estratégias
em quinze dias e extraordinariamente sempre que convocado do INGD e propor acções que conduzam à melhoria
pelo Presidente do INGD. das mesmas;
c) emitir recomendações sobre políticas e estratégias
ARTIGO 8 na gestão e redução do risco de desastres;
(Direcção) d) apreciar a proposta do Plano e Orçamento anual
1. O INGD é dirigido por um Presidente, coadjuvado por um do INGD;
Vice-Presidente ambos nomeados pelo Presidente da República. e) promover e institucionalizar a troca de experiências
2. O mandato do Presidente do INGD e do Vice -Presidente e informação entre os quadros dirigentes do INGD;
do INGD é de quatro anos, renovável uma única vez. f) realizar o balanço das actividades do INGD.
ARTIGO 9 3. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição:
(Competências do Presidente do INGD) a) Presidente;
b) Vice-Presidente;
1. compete ao Presidente do INGD:
c) Titulares das Unidades Orgânicas;
a) dirigir o INGD; d) Delegados Provinciais.
b) presidir as reuniões do Conselho Consultivo, Conselho
de Direcção, Conselho Técnico de Gestão e Redução 4. Podem ser convidados a participar das sessões do conselho
do Risco de Desastres e assegurar o funcionamento Consultivo outros técnicos de acordo com a matéria a tratar,
regular do INGD; mediante a autorização do Presidente.
c) executar e fazer cumprir a lei, as resoluções e as deli- 5. O conselho Consultivo reúne ordinariamente uma vez por
berações do Conselho de Direcção; ano e extraordinariamente sempre que convocado pelo Presidente.
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ARTIGO 12 r) aferir o grau de alcance das metas periódicas definida


pelo INGD, bem assim, pela entidade de tutela;
(Conselho Fiscal)
s) pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam submetidos
1. O Conselho Fiscal é o órgão responsável pelo controlo pela Direcção, pelo Tribunal Administrativo e pelas
da legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira entidades que integram o sistema de controlo interno
e patrimonial do INGD. da administração financeira do Estado.
2. O Conselho Fiscal integra três membros sendo um Presidente 2. Os membros do Conselho Fiscal participam obrigatoriamente
e dois vogais, representando as áreas de tutela financeira, nas reuniões do Conselho de Direcção, em que se aprecia
da função pública e do sector de actividade. o relatório e contas e a proposta de orçamento.
3. Os membros do Conselho Fiscal são nomeados por despacho
conjunto dos Ministros que superintendem as áreas das finanças, ARTIGO 14
função pública e sector de tutela sectorial. (Conselho Técnico de Gestão e Redução do Risco de Desastres)
4. O mandato dos membros do Conselho Fiscal é de três anos,
renovável uma vez. 1. O Conselho Técnico de Gestão e Redução do Risco
5. O Conselho Fiscal reúne-se ordinariamente uma vez de Desastres é um órgão multissectorial de aconselhamento
em cada trimestre. técnico ao Conselho Coordenador de Gestão e Redução
do Risco de Desastres sobre matérias de Gestão e Redução
ARTIGO 13 do Risco de Desastres.
2. O Conselho Técnico de Gestão e Redução do Risco
(Competências do conselho fiscal) de Desastres é presidido pelo Presidente e integra os directores
1. Compete ao Conselho Fiscal: e representantes das seguintes áreas:
a) acompanhar e controlar com regularidade o cumprimento a) gestão e redução do risco de desastres;
das leis e Decretos aplicáveis, a execução orçamental, b) administração estatal;
a situação económica, financeira e patrimonial c) meteorologia;
do INGD; d) recursos hídricos;
b) analisar a contabilidade do INGD; e) geologia;
c) proceder à verificação prévia e dar o respectivo parecer f) saúde;
g) agricultura;
sobre o orçamento, suas revisões e alterações, bem
h) educação;
como sobre o plano de actividades na perspectiva
i) ambiente;
da sua cobertura orçamental; j) acção social;
d) dar parecer sobre o relatório de gestão de exercício k) obras públicas;
e contas de gerência, incluindo documentos l) abastecimento de água;
de certificação legal de contas; m) defesa e segurança;
e) dar parecer sobre a aquisição, arrendamento, alienação n) habitação;
e oneração de bens imóveis; o) energia;
f) dar parecer sobre a aceitação de doações, heranças p) saneamento;
ou legados; q) indústria;
g) dar parecer sobre a contratação de empréstimos, quando r) comércio;
o INGD, esteja habilitado a fazê-lo: s) transportes e comunicações;
h) manter a Direcção informada sobre os resultados t) economia e finanças;
das verificações e exames a que proceda; u) negócios estrangeiros e cooperação;
i) elaborar relatórios da sua acção fiscalizadora, incluindo v) pescas;
um relatório anual global; w) turismo;
j) propor a entidade da tutela financeira e a Direcção x) desporto; e
a realização de auditorias externas, quando isso se y) representantes de outras entidades relevantes
revelar necessário ou conveniente; para a prossecução dos objectivos que concorrem
k) verificar, fiscalizar e apreciar a legalidade da organização para o processo de gestão e redução do risco
e funcionamento do INGD; de desastres.
l) avaliar a eficiência, eficácia e efectividade dos processos 3. Na prossecução dos seus objectivos, compete ao Conselho
de descentralização e desconcentração de competências Técnico de Gestão e Redução do Risco de Desastres:
e verificar o funcionamento; a) coordenar os sistemas sectoriais de alerta e aviso
m) verificar a eficácia dos mecanismos técnicas adoptados prévio sobre fenómenos de origem meteorológica,
pelo INGD, para o atendimento e prestação de serviços hidrológica, geológica, epidemias, pandemias
públicos; e impactos na segurança alimentar e nutricional;
n) fiscalizar a aplicação do estatuto orgânico do INGD, b) propor ao Conselho Coordenador de gestão e Redução
do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do risco de Desastres a declaração da Situação
do Estado e demais legislação relativa ao pessoal, de Calamidade Pública ou de Emergência;
ao procedimento administrativo e ao funcionamento c) formular e propor o quadro legal que defina os parâmetros
do INGD, e outra legislação de carácter geral aplicável de emergência, os níveis de actuação, procedimentos
à Administração Pública; e actos de prevenção;
o) aferir o grau de resposta dado pelo INGD, às solicitações d) propor o lançamento de apelos de assistência humanitária,
dos cidadãos; para acções de socorro e reabilitação pós-desastre, numa
p) averiguar o nível de alinhamento dos planos estreita ligação entre emergência e desenvolvimento;
de actividades adoptados e implementados pelo INGD e) monitorar e cumprir os planos plurianuais e anuais
com os objectivos e prioridades do Governo; de gestão de desastres;
q) aferir o grau de observância das instruções técnico f) definir os padrões de qualidade dos sistemas
e metodológicas emitidas pela entidade de tutela de armazenamento e abastecimento de água para
sectorial; as populações;
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2422 I SÉRIE — NÚMERO 247

g) conceber e implementar práticas de agricultura alternativa ARTIGO 17


que sejam rentáveis e sustentáveis para as zonas áridas
(Despesas)
e semiáridas;
h) promover a construção de infra-estruturas resilientes aos Constituem despesas do INGD:
eventos extremos; a) os encargos com o respectivo funcionamento;
i) assegurar o funcionamento de centros de coordenação b) os custos de aquisição, manutenção e conservação
de operações de prevenção e socorro, ao nível central de bens ou de utilização de serviços; e
e local, c) outras despesas afins.
j) elaborar propostas dos planos de contingência
e os relatórios anuais sobre os riscos e ameaças; ARTIGO 18
k) regulamentar a organização e funcionamento dos Comités (Regime Patrimonial)
Locais de Gestão de Risco de Desastres; Constituem património do INGD:
l) activar os Comités Locais de Gestão de Risco
de Desastres: a) os bens, direitos e outros valores dotados pelo Estado
e parceiros de cooperação;
m) operacionalizar as decisões do Conselho Coordenador
b) os bens, direitos e valores doados pela comunidade
de Gestão e Redução do Risco de Desastres;
internacional, sector privado e sociedade civil;
n) deliberar sobre a activação e desactivação do alerta c) os balanços líquidos remanescentes das receitas do Fundo
amarelo sempre que se mostrar necessário. de Gestão de Calamidades;
4. O Conselho Técnico de Gestão e Redução do Risco d) os bens, direitos e valores adquiridos com recurso
de Desastres reúne ordinariamente uma vez por mês e extraor- à fundos próprios.
dinariamente sempre que seja convocado pelo presidente
do órgão. ARTIGO 19
5. Podem ser convidados para o Conselho Técnico de Gestão (Regime de Pessoal)
e Redução do Risco de Desastres representantes dos Parceiros
de cooperação, Cruz Vermelha, sector privado, órgãos de comu- Ao pessoal do INGD, aplica-se o regime jurídico da função
nicação social, academia, organizações não governamentais pública, sendo porém, admissível a celebração de contratos de
trabalho que se regem pelo regime geral sempre que isso for
e a sociedade civil.
compatível com a natureza das funções a desempenhar.
ARTIGO 15 ARTIGO 20
(Conselho Técnico)
(Regime Remuneratório)
1. O Conselho Técnico é o órgão de carácter técnico convocado Sem prejuízo dos direitos adquiridos, o regime remuneratório
e dirigido pelo Vice Presidente do INGD, salvaguardada aplicável ao Pessoal do INGD, é o dos funcionários e agentes
a prerrogativa do Presidente do INGD o dirigir, sempre que do Estado, com a possibilidade de adopção de tabelas diferenciadas
julgar necessário. em função da especificidade da actividade desenvolvida
2. Compete ao Conselho Técnico: e de aprovação de suplementos adicionais pelos Ministros
a) garantir a implementação dos programas do INGD que superintendem as áreas de finanças e função pública.
e deliberações do Conselho de Direcção;
b) analisar e preparar pareceres técnicos sobre programas, ARTIGO 21
planos e projectos de desenvolvimento da administração
específica da área da redução do risco de desastres
(Estatuto Orgânico)

e gestão de emergências. Compete ao Presidente do INGD submeter a proposta


do Estatuto Orgânico à aprovação do órgão competente no prazo
3. O Conselho Técnico tem a seguinte composição: de 60 dias, após a publicação do presente Decreto.
a) Vice-Presidente;
b) Titulares das unidades orgânicas que respondem ARTIGO 22
directamente ao Presidente.
(Transição de Recursos)
4. Podem ser convidados a participar das sessões do Conselho
Técnico outros técnicos de acordo com a matéria a tratar. Os recursos humanos, materiais e financeiros do INGC
5. O Conselho Técnico reúne ordinariamente uma vez por transitam para o INGD.
mês e extraordinariamente sempre que convocado pelo Vice-
-Presidente. ARTIGO 23
(Norma Revogatória)
ARTIGO 16
É revogado o Decreto n.° 38/99, de 10 de Junho, que cria
(Receitas) o INGC.
Constituem receitas do INGD: ARTIGO 24
a) dotações anuais do Orçamento do Estado; (Entrada em Vigor)
b) fundos provenientes de receitas próprias;
c) rendimentos provenientes de aplicações financeiras; e O presente Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
d) comparticipações, subvenções ou doações atribuídas Publique-se.
por quaisquer entidades públicas ou privadas, Maputo, aos 17 de Dezembro de 2020.
nacionais ou estrangeiras. O Presidente da República, FILIPE JACINTO NYUSI.

Preço — 40,00 MT

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