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A SECA DE 1958

Uma Avaliação pelo ETENE


PLANO DA OBRA

SÉRIE: ESTUDOS SOBRE AS SECAS NO NORDESTE

Volume 1: A Seca de 1958: Uma avaliação pelo ETENE

Volume 2: Caráter e Efeitos da Seca Nordestina de 1970

Volume 3: A Seca de 1979-80: Uma avaliação pela


Fundação Joaquim Nabuco

Volume 4: A Seca de 1993: Crônica de um Flagelo


Anunciado

Volume 5: Do Desastre Natural à Calamidade Pública -


A Seca de 1998-1999

Volume 6: O Estado da Arte das Tecnologias para a


Convivência com as Secas no Nordeste

Volume 7: Bibliografia sobre as Secas no Nordeste


Renato Santos Duarte
(Organizador)
Oswaldo Lamartine de Faria
Eduardo de Castro Bezerra Neto
Pedro Guimarães Mariz Filho

A SECA DE 1958

Uma Avaliação pelo ETENE

Fortaleza - Banco do Nordeste


Recife - Fundação Joaquim Nabuco
2002
Obra publicada pelo

Banco do
Nordeste r-Cf,':',,j lÍ;,: I', 'I

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.-X:V':"\~ __ .~.•..,......•__....~__.•.__._~
..._..,._
Presidente:
Byron Costa de Queiroz -------_. __ .._-
Ernp0!!ho

Diretores:
Ernani José Varela de Meio
Osmundo Evangelista Rebouças
Raimundo Nonato Carneiro Sobrinho
Marcelo Pelágio da Costa Bomfim

Cliente Consulta: 0800783030 UFRN SISTEMA DE BIBLIOTECAS INTEGRADAS

www.banconordeste.gov.br

Fundação Joaquim Nabuco


l\ 1\\,,\ \\, \\ 1\\1\ \11, ,\,
SIGAA 2010077915
Presidente:
Fernando de Mello Freyre

Superitendente do Instituto de Pesquisas Sociais:


Clóvis Cavalcanti

Diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas:


Renato Santos Duarte
www.fundaj.gov.br

Série Estudos sobre as Secas no Nordeste


Supervisores: Rubens Vaz da Costa e George W. Barr

Depósito Legal junto à Biblioteca Nacional, conforme decreto


n.? 1823, de 20 de dezembro de 1907

s444 A seca de 1958: uma avaliação pelo ETENE/ Renato


Santos Duarte (organizador). - Fortaleza: Banco do
Nordeste; Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2002.
200p. - (Série Estudos sobre as Secas no Nordeste;
v.1).

1. Seca. L Duarte, Renato Santos. II. Série.

CDD: 574.526 52
SUMÁRIO

APRESENTAÇAO ••.••••.•••.•••••••.••••••••••••••.••••••••••••.•.••••.•••..••...
7

PARTE 1
A SECA DE 1958: UMA AVALIAÇÃO PELO ETENE

1 - OS RELATÓRIOS DO ETENE SOBRE A SECA


DE 1958 11
1.1 - Introdução 11
1.2 - Os Relatórios de Hans Singer, do ETENE
e do GTDN .•........•.....•.........•.•.....••........••...••...••...•... 13
1.3 - As Análises do ETENE sobre a Seca de 1958 •••••.••• 16
1.4 - Propostas do ETENE para o Enfrentamento
das Secas................................................................ 2O
PARTE 2
A SECA DE 1958: CONSEQÜÊNCIAS E SUGESTÕES PARA
SE MINIMIZAREM OS SEUS EFEITOS - RELATÓRIO 1

1 - APRESENTAÇAO •••••••••••••••••••••••••••••..••••.••••.••••••••••••• Ii 27
2 - METODOLOGIA •••••••••••••.••••.•••.••••.•.•..••••..••••.••••.•••••••••
28
3 - O POLÍGONO DAS SECAS •.•...•.•••.••..••........................ 3 O
4 - A POPULAçÃO DA ÁREA SECA ••..•••••••••••••••.•••••••••.•••••31
5 - ATIVIDADES ECONÔMICAS ..•••••.~•.••••••..•.•••...•••.••••••••31
6 - O PROBLEMA DA SECA •••••••••..••••.•••••••••.•••••••••••••••••••• 33
7 - MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO DAS SECAS •.•.•••.•.••• 34
8 - LOCALIZAÇAO •••.••.••••••..•••..•••••••.•.•••..•••..••••••••••••••••••••35
9 - POPULAçÃO ATINGIDA E EMIGRAÇÃO ..•.••••••..•.••..•.• 38
10 - ESTIMATIVA DOS PREJUÍZOS ..••••••••..•.••••••....••••••••.41
11 - MEDIDAS GOVERNAMENTAIS •••••••••.•••••••.••••••••••••••• 43
PARTE 3
A SECA DE 1958: INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
AO RELATÓRIO PUBLICADO EM AGOSTO - RELATÓRIO 2

1 - ASPECTOS ECONÔMICOS DA SECA •••••••••••••••••••••••••••57


2 - A SECA DE 1958 59
3 - POPULAÇÕES AFETADAS PELAS SECAS ••••••••••••••••••••60
4 - O COMBATE AOS EFEITOS DA SECA •..••.••••.••••••••.••••••60
5 - OS RECURSOS,DESPENDIDOS DESDE 1909
NO COMBATE AS SECAS 63
6 - NATUREZA DAS OBRAS REALIZADAS ••••••••••••••••••••••.•64
7 - O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO DO NORDESTE ••••• 67
8 - PROBLEMAS DE SUBDESENVOLVIMENTO •••••••••••.••••70
9 - PLANEJAMENTO GLOBAL ••••••••••••••••••••••••••••••.••••.•••••.
70

PARTE 4
Ef-EITOS DA SECA SOBRE A ECONOMIA AGROPECUÁRIA
DO NORDESTE - 1958 - RELATÓRIO 3

1 - LOCALIZAÇÃO E INTENSIDADE ••••••••..••••..••••.•••.••••••••89


2 - EFEITOS DA SECA 93
3 - AÇAO GOVERNAMENTAL 99
4 - SUGESTÕES
, DE UM PROGRAMA PARA
A PECUARIA Ii 11.1 ••••• 102
Ii I •••••••••••••••• 11 ••••• 11 ••••••••• 11.

5 - PROBLEMAS DA ESTOCAGEM DE ALIMENTOS •.•••••• 105

BIBLIOGRAFIA SOBRE SECAS: LEVANTAMENTO


REALIZADO PELO ETENE EM 1957 •••.•••.••••.••••..••••••••.•••117
A

REFERENCIAS 199
APRESENTAÇÃO

Esta "Série: Estudos sobre as Secas no Nordeste", constituída


de sete volumes, resulta de uma parceria firmada entre o Banco do
Nordeste (BN) e a Fundação Joaquim Nabuco (FJN). No ensejo do
cinqüentenário do Banco do Nordeste, ambas instituições decidir arn
unir suas competências, objetivando a publicação dos relatórios,
até hoje inéditos, das pesquisas que analisaram os efeitos econômicos
e sociais e as características meteorológicas das últimas grandes
secas que atingiram a zona sem i-árida do Nordeste. Através da
publicação dessa série de estudos, as duas instituições prestam um
serviço à comunidade nordestina por, pelo menos, três relevantes
motivos. Primeiramente, porque fazem o resgate de documentos
que retratam, cada um à sua época, os efeitos do desastre natural
da seca sobre as populações do semi-árido nordestino,
particularmente as que vivem nas zonas rurais. Em segundo lugar,
porque estudam as maneiras como as secas debilitam a economia
regional através das perdas na agricultura e na pecuária e, por
extensão, nos demais setores produtivos. Finalmente, porque
devolvem ao povo nordestino em geral, e à comunidade científica,
à classe política e aos gestores públicos em particular, as informações
e as propostas de políticas públicas feitas pelos especialistas que
elaboraram aqueles documentos.
Esta série de estudos agora entregue ao público nordestino
permite que se tirem algumas conclusões relativamente ao
comportamento das autoridades governamentais - em especial das
sucessivas administrações federais que comandaram os destinos
do país nos últimos 50 anos - no enfrentamento da calamidade
social que decorre de uma seca de grandes proporções. Aqueles
documentos contêm advertências enfáticas sobre a necessidade
de se implementarem políticas de natureza estrutural a fim de se
criarem formas de convivência da população rural com as condições
ambientais do sem i-árido nordestino. Porém, as crises sociais
causadas pelas secas ocorridas na segunda metade do século XX
são reveladoras do pouco que foi realizado nesse sentido. Motivos
de natureza diversa - política, institucional, tecnológica, financeira -
podem ser apontados como explicação para a ausência de iniciativas

7
governamentais efetivas e eficazes. É justo reconhecer, por outro
lado, que, à falta de soluções duradouras - várias delas, por sinal,
apontadas no primeiro volume desta série, referente à seca de
1958 -, as administrações federais do momento responderam, com
maior ou menor agilidade, à necessidade de se implementarem
medidas emergenciais de socorro aos flagelados das secas. Embora
aquelas medidas tenham sido inquestionavelmente paliativas e
temporárias, não se pode desconhecer a sua dimensão social e
humanitária. Não havendo como impedir as privações a que fica
sujeita a população mais vulnerável aos efeitos do desastre natural,
cabe às autoridades constituídas a responsabilidade pela atenuação
do sofrimento das pessoas vitimadas.
Lamentavelmente, a seca é um fenômeno recorrente e
impossível de evitar. Não obstante os avanços nos métodos de
previsão da ocorrência daquele desastre natural, sabe-se que a
zona semi-árida do Nordeste continuará a sofrer os seus efeitos
destrutivos. Entretanto, graças a outros avanços que se verificaram
em vários campos do conhecimento, sabemos que é possível adotar
ações para melhorar a convivência humana com a seca.
Os documentos que compõem esta série de estudos
mostram, por outro lado, que existe, hoje, um apreciável acervo
de conhecimentos técnicos e de propostas de políticas públicas que
permitem uma convivência menos traumática da população do semi-
árido nordestino com a inelutabilidade das secas periódicas.

Byron Costa de Queiroz Fernando de Mello Freyre


Presidente do Banco do Nordeste Presidente da Fundação
Joaquim Nabuco

8
PARTE 1

A SECA DE 1958:
UMA AVALIAÇÃO PELO ETENE
1- OS RELATÓRIOS DO ETENE SOBRE A SECA DE 1958

1.1 - Introdução

Este é o primeiro dos sete volumes que compõem a "Série:


Estudos sobre as Secas no Nordeste", organizada pela Fundação
Joaquim Nabuco e publicada pelo Banco do Nordeste no ensejo da
comemoração do seu cinqüentenário de criação. O volume 1 da
série reproduz os relatórios elaborados por agrônomos e economistas
do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE)
daquele Banco, sobre a seca ocorrida no ano de 1958. Aqueles
técnicos basearam os seus relatórios em pesquisas de campo que
realizaram nos Estados mais afetados pela seca - Piauí, Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco - e na bibliografia existente
sobre aquele fenômeno climático que periodicamente assola a zona
semi-árida do Nordeste. Como se verá nestas notas introdutórias e,
principalmente, nos relatórios transcritos neste volume, foi graças
aos conhecimentos então acumulados pelos técnicos do ETENE,
que os autores daqueles relatórios puderam elaborar estudos de
apreciável consistência técnica e científica.
Os relatórios que compõem este volume revestem-se de
inegável importância técnica, histórica e documental, por
apresentarem análises sobre a seca sob vários aspectos: climático,
agronômico, social, demográfico e econômico. A bibliografia até então
existente sobre as secas que castigaram o semi-árido nordestino
desde os primórdios da sua ocupação econômica já era, em fins da
década de 1950, razoavelmente extensa': No entanto, por se
tratarem de textos de autores especializados - historiadores,
geógrafos, agrônomos, cronistas, literatos - aqueles textos,
conquanto reveladoras das características físicas do desastre natural,
das perdas econômicas e das privações a que ficaram sujeitos milhões
de habitantes das áreas afetadas, não apresentavam um quadro

1 Vários autores publicaram trabalhos que se tornaram clássicos nas respectivas


especialidades, a exemplo de Rodolpho Theophilo, Thomaz Pompeu Sobrinho,
Miguel Arrojado Lisboa, Joaquim Alves, José Américo de Almeida e José Guimarães
Duque; na literatura, vale lembrar a força descritiva do drama das secas nas obras
de Euclides da Cunha, Graciliano Ramos e Rachei de Queiroz.

11
abrangente dos efeitos econômicos e sociais que podem transformar
uma seca severa em calamidade pública. Na verdade, os relatórios
elaborados pelos técnicos do ETENE sobre a seca de 1958 vão
mais além da identificação da abrangência territorial daquele desastre
natural e das perdas econômicas por ele provocadas. Além das
informações colhidas in loco acerca das perdas materiais, aqueles
relatórios retratam o diagnóstico já formado pelo ETENE, naquela
época, sobre as fragilidades físico-climáticas e agroeconômicas da
área do Políqono das Secas, bem como a magnitude do debilitamento
causado pelas secas na economia do Nordeste. As análises
econômica e demográfica contidas naqueles relatórios constituem
diagnósticos relativos a uma extensa área da região nordestina,
excluídas apenas a Zona da Mata e o Litoral Oriental e a Zona
Fisiográfica do Meio Norte (basicamente o Estado do í-taranhão),
que naquela época não fazia parte do Nordeste.
Dois dos mais completos documentos contendo diagnósticos
e propostas sobre a economia do Nordeste foram elaborados na
década de 1950: o estudo do economista inglês Hans H. Singer e o
texto apresentado pelo Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento
do Nordeste (GTDN) ao então presidente da República, Juscelino
Kubitschek, no segundo semestre de 1959. Ademais da importância
que têm aqueles documentos como diagnósticos do atraso relativo
do Nordeste comparativamente às regiões Sudes:e e Sul, eles
apresentam uma característica comum: as muitas coincidências na
abordagem dos problemas a que estava sujeita a economia do
semi-árido nordestino. Em princípio, nada haveria a destacar no
tocante às convergências nos diagnósticos e nas orcccstas, que,
aliás, se mostravam criativas, consistentes e reatistas à luz dos
conhecimentos técnico-científicos daquela época, e rc contexto da
realidade política e econômica do Brasil na década de 1950.
A questão que o autor destas notas preterce .evantar é
que os conhecimentos (e as propostas) demonstrad:::s nos relatórios
elaborados pelos técnicos do ETENE, em 1958, perrite""'" entrever
que aquele núcleo já se havia convertido em um centro ae reflexões,
análises, discussões e coleta de informações sobre o deservclv'mento
do Nordeste. A cronologia das principais publicações Çe:2s na década
de 50 do século passado leva a essa constataçàc. C eccncrnlsta
Hans Singer, na qualidade de especialista da Orqanizacàc ::::S "lações

12
Unidas (ONU), oferecendo consultoria ao BNDE (atual BNDES), colheu
no ETENE grande parte das informações apresentadas no seu
relatório. A leitura atenta do documento escrito por Singer leva à
percepção de que a maior parte dos dados e informações nele
contidas lhe foi oferecida pelos técnicos do BNDE e do ETENE. Isso
não representa um demérito ao trabalho de Singer, que, sendo
estrangeiro, não tinha porque conhecer as estatísticas e as
peculiaridades da economia nordestina. A propósito, é isso que afirma
Celso Furtado na seguinte referência a Singer:

Hans Singer, técnico das Nações Unidas, havia feito para o


BNDE, poucos anos antes, um primeiro exercício
macroeconômico sobre o esforço financeiro para retirar a
economia nordestina da estagnação. Ele não conhecia as
peculiaridades da economia regional e tampouco as
assimetrias existentes nas relações econômicas do Nordeste
com o Centro-Sul. Preocupara-se especificamente em estimar
a magnitude da 'ajuda financeira' para romper a inércia inicial.

Como se verá a seguir, Singer superou facilmente o natural


desconhecimento das peculiaridades da economia nordestina e
ofereceu importante contribuição para a superação dos problemas
econômicos da região. A contribuição do economista inglês foi, como
era de se esperar, de sistematizar as informações disponíveis sobre
a economia regional e - aí está a maior contribuição do seu trabalho
- de calcular a taxa anual de inversão líquida necessária ao
crescimento da economia nordestina.

1.2 - Os Relatórios de Hans Singer, do ETENE e do GTDN.

Em 1994, o autor destas notas introdutórias realizou um


estudo comparativo entre o trabalho de Singer e o relatório do
GTDN. Reconhece este autor que o documento elaborado pelo
GTDN constitui-se no mais completo e abrangente diagnóstico até
hoje publicado sobre a economia nordestina, e que o plano de ação
ali apresentado continha estratégias bem articuladas e capazes
de impulsionar o crescimento econômico da região. No entanto, a
comparação que este autor realizou entre o conteúdo daquele
documento, divulgado em 1959, e o estudo feito por Singer em

13
1953, deixou claro que houvera uma antecipação, por parte do
economista inglês, de vários aspectos da problemática econômica
do Nordeste na década de 1950. Ao abordar o problema das
disparidades interregionais nos níveis e nos ritmos de crescimento
da renda, Singer chamou a atenção - como o fez posteriormente o
GTDN - para a tendência observada em outras partes do mundo,
de cristalização da concentração espacial, que implicava uma reversão
difícil de concretizar. As causas apontadas pelo GTDN para o atraso
relativo do Nordeste vis-à-visa região Sudeste - quocientes menores,
no Nordeste, entre população, terras aráveis e capital, menor
produtlvidade média da mão-de-obra nas atividades agrícolas e não-
agrícolas - haviam sido lembradas por Singer no seu estudo. Singer
foi ainda mais longe do que o GTDN, ao fazer um exercício de
quantificação da influência de cada um daqueles fatores sobre o
nível da renda per capita do Nordeste.
Uma questão que ocupa especial atenção do GTDN - a
triangulação nas relações comerciais do Nordeste com o exterior e
o resto do país - havia sido analisada por Singer, que, inclusive,
chegou a estimar a perda anual média da região nas suas relações
de troca. Outra antecipação do estudo do especialista das Nações
Unidas foi quanto à penalização sofrida pelo Nordeste em decorrência
da política tributária em vigor no Brasil da década de 1950, que era
claramente regressiva e, por isso, prejudicava a região mais pobre,
que era submetida a uma carga tributária relativamente maior do
que a região mais rica. Em relação ao problema das secas, Singer
também se antecipou ao GTDN, ao apontar a existência de um
excedente populacional de 14,9% da população agrícola do Nordeste,
da mesma maneira como havia identificado um "volume ponderável
de subemprego nas cidades". No seu empenho de quantificação
dos problemas e das necessidades do Nordeste, Singer estimou o
potencial de irrigação da região em cerca de 200 mil hectares, uma
avaliação pessimista também adotada pelo GTDN. Uma importante
estratégia do plano de ação proposto pelo GTDN era o deslocamento
da fronteira agrícola do Nordeste para áreas não afetadas pelas
secas, devendo os fluxos migratórios se direcionar, em maior escala,
para o Estado do Maranhão. Igual sugestão havia sido feita por
Hans Singer no seu estudo de 1953. Ao justificar o plano de ação
para o desenvolvimento do Nordeste, o GTDN propôs um "ataque

14
simultâneo em um conjunto de frentes consideradas vitais", enquanto
que Singer (1953), com a mesma visão, havia sugerido um 'esquema
de desenvolvimento [ ...] traçado com base nas relações entre várias
zonas".
Entre as propostas apresentadas pelo economista inglês para
a atenuação dos efeitos negativos das secas, podem ser
mencionadas, além dos deslocamentos populacionais e da irrigação,
o cultivo de lavouras xerófilas e o melhoramento genético das
plantas, a fim de torná-Ias adaptadas às estiagens prolongadas.
Dentro de uma perspectiva ampla dos requisitos para o
desenvolvimento do Nordeste, Singer apontou - como o fez
posteriormente o GTDN - a necessidade de industrialização, partindo-
se da utilização de matérias-primas existentes na região. O
economista inglês destacou também a precariedade da oferta de
energia elétrica e revelou a sua estranheza pela inexistência de
incentivos fiscais que contrabalançassem as desvantagens naturais
e artificiais enfrentadas pela região Nordeste. .
A menção relativamente alongada, nestas notas, ao trabalho
de Hans Singer, tem uma motivação: mostrar que havia no Nordeste,
particularmente no ETENE, um grupo de técnicos dotados de amplo
conhecimento sobre a realidade econômica do Nordeste e que se
dedicava, ademais, à tarefa de produzir estatísticas e outras
informações sobre a economia da região. Seguramente, havia um
intercâmbio de idéias e de dados estatísticos entre o BNDE e o
BNB, sendo sintomático, a propósito, que o economista Rômulo de
Almeida, primeiro presidente do Banco, tenha sido um influente
integrante do GTDN. A existência" no ETENE de técnicos
conhecedores da realidade econômica e das estatísticas sobre a
economia nordestina explica a alta qualidade técnico-científica dos
três relatórios que compõem este primeiro volume da "Série: Estudos
sobre as Secas no Nordeste". Os três trabalhos mencionados nestas
notas introdutórias permitem que se elabore, a partir dos respectivos
anos em que foram divulgados, a seguinte ordem cronológica dos
estudos seminais sobre a economia e os efeitos das secas no
Nordeste: 1) Estudo realizado por Hans Singer; 2) Relatórios do
ETENE sobre a seca de 1958; 3) Documento preparado pelo GTDN.
Porém, sendo Singer desconhecedor - o que, aliás, era natural e
compreensível - das peculiaridades da economia nordestina, como

15
afirmou Celso Furtado, é razoável aceitar que muitas das idéias
expostas nos relatórios do ETENE sobre a seca de 1958 já vinham
sendo discutidas naquele mesmo núcleo de estudos econômicos. A
ser aceita essa dedução lógica, fica caracterizada a importância
histórica, técnica e documental dos três relatórios elaborados pelos
especialistas do ETENE sobre a seca de 1958.

1.3 - As Análises do ETENE sobre a Seca de 1958

A seguir, são destacados os principais aspectos da seca de


1958 e os seus efeitos sobre a economia regional, conforme a
visão dos técnicos do ETENE. Um dos passos iniciais daquela equipe
ao estudar a seca de 1958 foi o de tentar estabelecer os limites
geográficos e a intensidade daquela estiagem. Utilizando-se das
informações fornecidas pelos postos meteorológicos distribuídos no
espaço definido pelo Poliqono das Secas, os técnicos do ETENE
estimaram a área atingida em aproximadamente 650.000 krn", onde
viviam cerca de 7 milhões de pessoas. Outras informações obtidas
nas viagens realizadas pela equipe nas áreas mais afetadas
mostraram que aquelas estimativas estiveram muito próximas da
situação real. A análise feita pelos especialistas do ETENE sobre a
meteorologia da seca de 1958 levou-os a tentar definir os níveis das
precipitações pluviométricas que, em municípios distintos,
caracterizavam a ocorrência da seca. Aquele foi um importante
passo para se conhecer a intensidade e a variabilidade temporal e
espacial das secas, aspectos esses que foram se tornando melhor
conhecidos à medida que evoluíram as técnicas de previsão e
medição das precipitações pluviométricas. A propósito da variabilidade
climática, os relatórios do ETENE fazem referência, brevemente, às
áreas de microclima, ou áreas de exceção climática - brejos de
altitude, vales úmidos e pequenas áreas de irrigação - existentes
no interior do Polígono das Secas, bem como às atividades econômicas
predominantes naqueles espaços climáticos diferenciados. Essa
antecipação serviu de base para estudos realizados posteriormente
por outras instituições, a exemplo da Fundação Joaquim Nabuco.
Os relatórios do ETENE, ao tratarem das atividades
econômicas predominantes na zona semi-árida, destacaram o tripé
em que se apoiava a economia rural: as lavouras de subsistência

16
(de ciclo curto e dependentes das chuvas), o algodão (principalmente
o arbóreo, denominado "mocó") e a pecuária extensiva
(principalmente os rebanhos bovino, caprino e ovino), que
representava mais da metade do valor da produção pecuária total
do Nordeste. Essas fontes de renda - que ensejavam formas de
coexistência e interpendência peculiares - eram, então, objeto de
análises feitas pelos especialistas sobre a economia agropecuária da
região, tendo sido, inclusive, objeto de detalhada apreciação por
parte do GTDN.
Os relatórios elaborados pelos técnicos do ETENE em 1958
apontavam a persistência do problema % anteriormente identificado
na zona rural do Polígono das Secas % de concentração na estrutura
fundiária como sendo resultante, quer do incremento do número
das grandes propriedades, quer do aumento na quantidade dos
pequenos estabelecimentos rurais. Aqueles relatórios destacam os
dois problemas mais visíveis do processo de concentração fundiária:
de um lado, a tendência que têm as grandes propriedades pecuárias
de utilizar muita terra e pouca mão-de-obra; de outro, o fato de as
pequenas propriedades, em decorrência das condições físico-
climáticas do sem i-árido, serem desprovidas de condições de evitar
as perdas econômicas provocadas pelas secas mais severas. De
qualquer maneira, os textos elaborados pelo ETENE chamam a
atenção para a característica discriminatória - assunto ao qual o
GTDN dedicou especial atenção - das secas, seja em relação às
atividades econômicas praticadas, na zona semi-árida - as culturas
alimentares sendo as mais vulneráveis e, quando necessário, as
que serão sacrificadas para servir de alimento aos rebanhos -, seja
nos efeitos que provocam nas diversas categorias ocupacionais ali
predominantes. Isso ocorria porque os pequenos proprietários e os
trabalhadores sem terra não conseguiam, em anos de inverno
normal, formar reservas em dinheiro ou em alimentos, de que se
valessem para sobreviver nos períodos de seca; já os médios e
grandes proprietários dispunham dos meios, na agropecuária ou
fora dela, para atravessar as longas estiagens.
De acordo com os três relatórios divulgados pelo ETENE, as
secas apenas acentuavam os problemas causados pela baixa
produtividade média da economia rural, decorrente da insuficiência
do capital utilizado por hectare, do uso de métodos tradicionais na

17
agropecuária e dos elevados índices de analfabetismo predominantes
entre os habitantes da zona rural do Políqono das Secas. Assim, os
relatórios do ETENE identificaram elevadas densidades demográficas
em algumas áreas da zona semi-árida onde os recursos naturais
(solos agricultáveis, existência de fontes de água) eram insuficientes.
Em algumas daquelas áreas, segundo cálculos feitos pelos técnicos
do ETENE, a densidade demográfica chegava a mais de 20 habj
krn-, tida como alta, considerando-se as condições ambientais do
semi-árido nordestino. Também em algumas áreas, de acordo com
aqueles relatórios, os rebanhos bovinos existentes superavam a
capacidade de produção de forragens para alimentá-Ias, o que sugeria
a ocorrência de rendimentos decrescentes de escala em relação à
pecuária bovina.
Talvez a maior contribuição feita pelo ETENE através das
pesquisas realizadas em 1958 tenha sido o esforço de quantificação
dos efeitos negativos da seca para a economia regional e para os
agropecuaristas. Relativamente à queda da renda real (estimada a
preços de 1957) nos cinco Estados pesquisados, os técnicos do
ETENE chegaram aos seguintes valores aproximados: perda total
de Cr$ 10 bilhões, dos quais Cr$ 8 bilhões decorreram dos prejuízos
nas lavouras e Cr$ 2 bilhões provieram das perdas na pecuária.
Aqueles especialistas compararam o montante dos recursos
extraordinários alocados pelo governo federal nos programas de
socorro às vítimas da seca de 1958 com o valor da renda regional
naquele ano, tendo chegado à conclusão de que as transferências
governamentais representaram cerca de metade do valor da renda
perdida, naquele ano, pelos cinco Estados em decorrência da seca.
Outra estimativa inovadora do ETENE foi o cálculo do valor dos
gastos governamentais por flagelado da seca e por alistado nas
frentes de trabalho. Algumas estimativas feitas pela equipe do ETENE
em 1958 não foram repetidas pelos responsáveis por pesquisas
realizadas nas secas subseqüentes, ocorridas em 1970, 1979-19802,
1993 e 1998-2000. Aquele esforço de estimativa de valores e
quantidades - queda na renda das áreas atingidas, gastos públicos
por habitante e por trabalhador inscrito nas frentes de trabalho, por

2 Essa foi uma das secas mais prolongadas de quantas já atingiram a zona serní-
árida do Nordeste, tendo durado cinco anos, entre 1979 e 1983.

18
exemplo - feitas pela equipe do ETENE em 1958 foi facilitada pela
metodologia adotada: consultas a pessoas de diversas categorias
econômicas, sociais, políticas e técnicas nas áreas afetadas,
utilização das experiências e conhecimentos pessoais dos integrantes
das equipes responsáveis pelas pesquisas e uma avaliação crítica
dos valores encontrados. As pesquisas realizadas a partir da seca
de 1970 enfatizaram as causas e os efeitos daqueles desastres
naturais sobre as populações afetadas, bem como a evolução dos
métodos de previsão das secas, a sua duração e as áreas mais
sujeitas aos seus efeitos destrutivos. É importante ressaltar, a esta
altura, que uma parte expressiva das estimativas feitas pelo ETENE
vieram a se mostrar bastante próximas do que efetivamente ocorreu
em 1958, como demonstram os dados estatísticos publicados pelo
IBGE.
Os relatórios do ETENE abordam, também, a ação das frentes
de trabalho - tanto as criadas em 1958 quanto as anteriores. Além
de revelar a tendência crescente nos números de trabalhadores
alistados durante as secas que ocorreram depois da grande estiagem
de 1932 e de informar as quantidades de trabalhadores inscritos
pelos diversos órgãos públicos - IFOCSjDNOCS, DNER, CODEVASF,
entre outros - responsáveis pela administração das frentes, os
relatórios do ETENEfazem avaliações sobre o funcionamento daquele
programa de socorro aos flagelados da seca de 1958. Uma primeira
observação encontrada nos três relatórios - e que lamentavelmente
permanece atual- diz respeito ao desperdício de recursos financeiros
decorrente da falta de planejamento das obras de engenharia
(construção de açudes, barragens e' obras complementares;
construção de estradas). A ausência de uma política de formação
de estoques de instrumentos de trabalho, de alimentos para os
alistados e de forragens para os animais também é mencionada
nos relatórios como conseqüência da falta de um sistema de
planejamento para o funcionamento das frentes de emergência. A
título de contribuição, os relatórios apresentam uma série de
sugestões para a diminuição dos impactos econômicos e sociais ria
seca: são idéias voltadas para o que hoje se costuma chamar de
"políticas para a convivência da população do sem i-árido com as
secas".

19
1.4 - Propostas do ETENE para o Enfrentamento das Secas

Uma das primeiras sugestões apresentadas nos documentos


do ETENE é de que se procure disponibilizar, com a antecipação e
rapidez possíveis, as previsões meteorológicas para as áreas sujeitas
à ocorrência de secas. Outra sugestão considerada de grande
alcance é o apoio às propriedades rurais através da construção de
açudes e silos, da perfuração de poços, da introdução de culturas
comerciais e forrageiras xerófilas, de incentivo ao reflorestamento e
às técnicas de conservação dos solos. Com relação à preparação
dos rebanhos para o enfrentamento dos anos secos, os relatórios
do ETENE recomendam a disseminação de plantas xerófi/as (palma,
algaroba e sorgo) sob a forma de ensilagem e fenação; o elenco de
sugestões inclui, ainda, a transferência dos rebanhos para áreas
não afetadas ou o abate para fabricação de charque a ser vendido
aos alistados das frentes de emergência, além da criação de um
sistema de planejamento articulado visando a transferência dirigida
de contingentes populacionais para núcleos de colonização nos
Estados do Maranhão e Goiás. Os relatórios do ETENE propõem
também algumas medidas caracterizadas como específicas,
destacando-se entre eles a aprovação de uma lei de irrigação, de
que, como é sabido, a região e o país ainda hoje se ressentem.
Dois pontos merecedores de destaque entre as sugestões
apresentadas pelos técnicos do ETENE são a necessidade de se
estabelecerem sistemas de planejamento para o enfrentamento
das secas, como anteriormente mencionado, e de planejamento
global para o desenvolvimento da região. Sobre este último, os
relatórios mostram que já havia, desde o início da década de 1950,
a compreensão acerca da necessidade de um amplo programa que
contemplasse o aprofundamento dos conhecimentos sobre os
recursos naturais da região, bem como a implementação de
programas voltados para a solução dos problemas então
diagnosticados. A Mensagem 363, através da qual o Poder Executivo
propôs ao Congresso Nacional a criação do Banco do Nordeste,
menciona os setores e atividades que deveriam ser objeto de especial
atenção. Falava-se, já naquela altura, de uma agência que articulasse
os projetos e as ações voltadas para o desenvolvimento do Nordeste.
Anos depois, seria criada a Superintendência do Desenvolvimento

20
do Nordeste (SUDENE), com aquelas atribuições. Os relatórios do
ETENE insistem também na necessidade de industrialização do
Nordeste como contraponto às desvantagens físico-climáticas,
principalmente na zona semi-árida. Para desenvolver esta última, os
relatórios apontam a necessidade de políticas que propiciassem o
desenvolvimento de uma agropecuária com níveis de produtividade
satisfatórios. Os relatórios sugerem ainda - como o faria
posteriormente o documento do GTDN - uma ação simultânea visando
à industrialização do Nordeste e a emigração controlada, para áreas
de colonização, de parte da população mais vulnerável aos efeitos da
seca. Os relatórios justificam essa política tanto como uma forma de
aliviar a pressão demográfica em extensa área do Políqono das Secas,
como uma solução para o povoamento dos espaços vazios então
existentes no país. A proposta de um plano articulado de industrialização
e colonização (a par de medidas voltadas para a diminuição da
economia de subsistência na zona semi-árida e para o aumento da
produtividade da agricultura canavieira na Zona da Mata) é tida como
uma importante contribuição apresentada, também pelo GTDN, para
o desenvolvimento da região.
Este volume contém, além dos três relatórios elaborados
pelos técnicos do ETENE - um deles sob a forma de depoimento do
presidente do Banco do Nordeste, Raul Barbosa, à Comissão Especial
de Estudos das Secas, do Senado Federal -, esta nota introdutória
escrita pelo organizador da Série: Estudos sobre as Secas no Nordeste
e o documento intitulado Contribuição à bibliografia das secas,
publicado pelo ETENE em setembro de 1957. Trata-se, como se
verá, de um amplo levantamento do que até então havia sido
publicado sobre as secas que periodicamente assolam a zona semi-
árida do Nordeste.

Recife, junho de 2002


Renato Duarte

21
PARTE 2

A SECA DE 1958:
CONSEQÜÊNCIAS E SUGESTÕES
PARA SE MINIMIZAREM
OS SEUS EFEITOS

(Relatório 1)
NOTA EXPLICATIVA

A divulgação do presente documento objetiva informar


técnicos e outras pessoas interessadas no problema das secas dos
resultados preliminares de pesquisas parciais que o Banco do
Nordeste do Brasil S. A. vem realizando no sentido de identificar a
extensão e gravidade da crise climática de 1958.
Os trabalhos não foram ainda concluídos. Técnicos do Banco
continuam estudando problemas da migração e estão realizando
levantamentos mais completos dos dados de pluviosidade. Nestas
condições, o documento não pode ter pretensões de ser completo
nem de tratar de todos os aspectos da seca. Reúne, entretanto,
uma massa de informações coletadas sistematicamente, criticadas
e analisadas, que poderão fornecer subsídios ao melhor conhecimento
dos problemas da região num ano seco e à formulação ou revisão
de políticas de desenvolvimento da economia nordestina e de combate
aos efeitos das secas.
As informações, conclusões e sugestões apresentadas
destinam-se também ao debate em nível técnico, e não representam,
necessariamente, opiniões ou pontos de vista do Banco do Nordeste
do Brasil S.A.

Fortaleza, 10 de outubro de 1958

Rubens Costa
Economista-Chefe

25
1- APRESENTAÇÃ03

Desde a instalação do Banco do Nordeste do Brasil S.A., em


1954, o ano de 1958 ofereceu a primeira oportunidade para um
estudo sistemático do fenômeno das secas que atingem
periodicamente a zona semi-árida do Nordeste.
Ao longo dos três primeiros anos de vida do Banco
registraram-se algumas estiagens de alcance territorial restrito e
sem graves conseqüências para a economia dos Estados incluídos
na área do Políqono das Secas. Neste ano, pela primeira vez, o
Banco teve que enfrentar o problema, com uma seca parcial afetando
seriamente os Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba
e pequenas faixas de Pernambuco e Bahia. Embora parcial, pode
ser considerada uma das mais sérias secas nos últimos 45 anos.
Os dados pluviométricos referentes às estações de Limoeiro, Crato,
Quixeramobim e Iguatu, no Ceará, Curais Novos, no Rio Grande do
Norte, Pombal, na Paraíba e Ouricuri, em Pernambuco, revelam a
ocorrência de secas semelhantes à de 1958 apenas nos seguintes
anos: 1915, 1919, 1930, 1931, 1932, 1942, 1951 e 1953.
Em face da ocorrência do fenômeno, o BNB resolveu realizar
vários estudos, inclusive comparando os dados pluviométricos
disponíveis nesta seca com os de anos passados, e estudando as
conseqüências da seca sobre a mão-de-obra e a emiqração",
O presente relatório resulta, também, de pesquisas feitas nesse
período e tem como objetivos precípuos: 1) Identificar a área, a
população e os ramos de atividade mais atingidos; 2) Assinalar as

3 Este relatório foi apresentado por Carlos Brandão da Silva, da equipe do ETENE.
Resulta de documentá rio recolhido em viagens feitas por três grupos de técnicos
do ETENE nas áreas afetadas pela seca de 1958. Muitas das observações e idéias
são frutos de relatórios parciais feitos segundo descrição no parágrafo 2. Outras
surgiram de discussões com o Dr. George W. Barr, da Food and Agriculture
Organization (FAO), das Nações Unidas, em missão técnica junto ao BNB. A
cooperação do Dr. Barr foi de inestimável valor à feitura do presente documento
e o autor agradece penhorado; deseja, porém, esclarecer que os conceitos e
fatos emitidos e citados são de sua exclusiva responsabilidade.
4 O primeiro, a cargo do Dr. George W. Barr, e o segundo sob a responsabilidade
do Dr. Gerard Cormier.

27
conseqüências mais importantes na economia da região; 3) Identificar
medidas adequadas à redução das conseqüências da seca.

2 - METODOLOGIA

As observações, idéias e sugestões deste relatório são


resultado de pesquisa sistemática na área afetada pela seca de
1958, feita por três grupos de técnicos" (economistas e agrônomos),
seguindo três roteiros diferentes, como se pode ver na FIGURA 1.
Praticamente foram cobertas todas as áreas economicamente
importantes e afetadas pela falta de chuvas.
A pesquisa foi cuidadosamente preparada, tanto o roteiro como
o check /ist, para uso em campo. Cada grupo reuniu, em relatórios
separados, a massa de informações colhidas, e apresentou um
documentário fotográfico. À base desses relatórios parciais e dos
questionários preenchidos foi feito o presente relatório, que contém,
também, uma apreciação crítica e interpretativa do fenômeno das secas,
de suas conseqüências e de medidas adotadas e a serem tomadas.

5Constituíram o primeiro grupo: Dr. George W. Barr (FAO), Carlos Brandão da Silva
e J. Franácio de Castro; o segundo grupo: Mário Rocha e Pedro Guimarães Mariz
Filho e o terceiro: Eduardo de Castro Bezerra Neto e Pedro Hudson de Paiva
Silveira.

28
ESTUDO DAS SECAS - ÁREA COBERTA PELA PESQUISA
DE CAMPO

LEGENDA

3:) GRUPO-

VIA. AEREA

1:.;:;: ~ a ;' flN e


«cos rc , ·!2'lSU

FIGURA 1

29
3' - O POLÍGONO DAS SECAS

o Polígono das Secas- compreende áreas parciais de nove


Estados da Federação, num total de 945.000 krn-, Sua delimitação
não corresponde exatamente aos limites da área semi-árida do
Nordeste? Parte do Agreste de Pernambuco e da Paraíba e partes
do Rio Grande do Norte e de Alagoas estão incluídos no Polígono,
embora nessas áreas nem sempre o fenômeno de irregularidade
pluviométrica se apresente sob a forma de secas, e sim de estiagens
prolongadas.
No Políqono existem áreas que se distinguem por melhor
regularidade e quantidade de chuvas, como os vales úmidos e
algumas serras. Essas faixas são mais propícias à atividade agrícola,
principalmente à lavoura, e nas secas mais severas apresentam,
ainda, volume razoável de produção, furtando-se a um recesso
econômico desastroso. Servem de amparo às zonas circunvizinhas
afetadas duramente pela ausência de chuvas.
Nas áreas de pluviosidade ou de umidade relativa do ar mais
elevadas dentro do Polígono, a população dedica-se, geralmente, à
lavoura ou à criação de bovinos de raças selecionadas. Nas grandes
extensões das caatingas, a atividade predominante é a criação de
bovinos de raças crioulas nativas e de caprinos, ovinos, suínos e
aves domésticas, de forma extensiva, sem cuidados zootécnicos
especiais e sem refinamento nas técnicas pastoris.
Há, no Poliqono das Secas, áreas onde se encontraram tipos
de atividades adequados às condições locais. Poderíamos citar como
exemplos o Seridó no Rio Grande do Norte, com a associação da
cultura.do algodão mocó à criação do gado Schwitz em mestiçagem
com o zebu; a zona de tomate de Pesqueira(PE); as zonas de
palma forraqeira" com gado holandês mestiçado com zebu, em
terras altas da Paraíba, Pernambuco e Alagoas; a zona de fumo ao
redor de Arapiraca, no último Estado, e a zona de criação de zebu

6 o Polígono das Secas foi delimitado pela Lei nO 1348, de 10.2.51.


7 O Nordeste é aqui considerado com a região formada pelos Estados abrangidos
pelo Polígono das Secas, exceto Minas Gerais. Os Estados são: Piauí, Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
8 Apuntia ficus índica.

30
nas matas do Orobó, na Bahia. Vale mencionar, ainda, as áreas
irrigadas nas proximidades de alguns açudes públicos, de alguns
açudes particulares e em trechos de regadio do médio e baixo São
Francisco.

4 - POPULAÇÃO DA ÁREA SECA

o Polígono das Secas, com aproximadamente 78% da área


do Nordeste, concentra cerca de 65% de sua população. Estima-
se a população do Polígono em pouco mais de 10,5 milhões de
habitantes, de um total de 16,4 milhões para todo o Nordeste,
segundo o último Censo Demográfico. A densidade demográfica no
Polígono é extremamente desigual. Nas áreas de condições melhores
para as lavouras, a concentração é maior. A lavoura ocupa abundante
mão-de-obra, ao passo que as atividades pecuárias utilizam reduzida
força de trabalho, em decorrência do seu caráter predominantemente
extensivo.
Excetuando algumas cidades do litoral, o maior centro
populacional no interior do Polígono das Secas é Campina Grande(PB),
com cerca de 100 mil habitantes, em meados da década de 1950.
Em toda a área, apenas 23 cidades (incluindo sete nos vértices do
Polígono) possuíam mais de 10 mil habitantes, em 1950.

5 - ATIVIDADES ECONÔMICAS

A atividade predominante no Pclíqono das Secas é a


agricultura. Em épocas normais, podemos estimar a produção agrícola
do Polígono entre 60 e 70% do total do Nordeste",
O principal produto agrícola na área seca é o algodão, que
gera uma renda de cerca de Cr$ 3,7 bilhões (US$ 40,1 milhões),
num total de Cr$ 3,9 bilhões (US$ 40,2 milhões) para toda a região,
em 1955. Outros produtos de grande importância são: cera de

9 o Produto Bruto da agricultura nordestina, em 1956, segundo cálculos da


Fundação Getúlio Varqas, foi de Cr$ 40 bilhões (cerca de US$ 538 milhões, ao
câmbio daquele ano). A base da estimativa de 60 a 70%, teríamos para o Polígono
um total de Cr$ 24bilhões a Cr$ 28 bilhões (entre US$ 323 e 377 milhões, a
preços daquele ano).

31
carnaúba, mamona, feijão, milho, agave, café, mandioca e banana,
com mais de Cr$ 6,1 bilhões de um total de Cr$ 8,2 bilhões para o
Nordeste, em 1955.
A distribuição dos diversos rebanhos dentro do Políqono das
Secas, pode ser estimada nos seguintes montantes, partindo-se de
levantamentos do Serviço de Estatística da Produção (em números
arredondados) :

TABELA 1
REBANHOS DO NORDESTE E DO POLÍGONO DAS SECAS - 1956

Rebanhos ,'r\iúmerosemMiltibeas "Valor em Cr$ iMijh 1\6.,


1-' NE Poli. Secas % ~~-' Poli. Secas o'
lo
(a) (b) (b/a) (a) (b) (b/a)
Bovinos 11.500 6.500 57 33.500 18.900 56

Su ínos 7.500 6.000 80 6.000 4.800 80

Ovinos 6.000 5.000 83 1.500 1.300 87

Caprinos 8.000 7.000 87 1.500 1.300 87

TOTAL 42.500 26.300 61

FONTE: Estimativas feitas pelo ETENE com base nos dados do SEP.

O valor dos efetivos dos rebanhos do Polígono representa


aproximadamente 60% do total da região. A distribuição e o tipo de
exploração do rebanho variam muito, de Estado a Estado, como
seria de esperar.
Nas caatingas do Nordeste baiano, nos sertões
pernambucano, paraibano, rio-grandense-do-norte, cearense e
piauiense predomina a criação extensiva, sobretudo a de gado crioulo,
em grandes fazendas de pastagens nativas. Nos campos centrais
de Sergipe e Alagoas, no sertão médio e no sul da Bahia, onde a
vegetação é mais densa, e por isso as pastagens são melhores,
predominam os mestiços de raças zebuínas, gado de porte mais
elevado e de maior peso médio. Todas essas áreas se dedicam à
cria e à engorda extensivas para a venda nos mercados litorâneos,
sobressaindo, de modo especial entre estes, o mercado do Recife e
da Zona da Mata de Pernambuco. Ao redor dos centros populacionais
de maior expressão se desenvolve a pecuária leiteira especializada,

32
podendo-se citar a bacia leiteira de Fortaleza como uma das de
maior relevo na área do Polígono das Secas.
Algumas zonas de maior umidade relativa do ar dentro do
Polígono, particularmente a zona de São Bento do Una, os Cariris
Paraibanos e parte da caatinga úmida de Alagoas, vêm
experimentando, há alguns anos, a criação de gado selecionado,
de aptidão leiteira. Pode-se mencionar, também, a zona do Seridó,
no Rio Grande do Norte. As forragens básicas nas duas primeiras
áreas são a palma forrageira, a torta do caroço de algodão, a
vegetação nativa e uma incipiente ensilagem de milho ou de sorgo.
O gado predominante é o mestiço de holandês com zebu. No Seridó,
os fazendeiros se orientam mais para a mestiçagem do Schwitz
com zebu, e a forragem básica é a torta e os capins das vazantes
dos açudes.

6 - O PROBLEMA DA SECA

O primeiro problema a ser encarado quando fica caracterizada


a situação de seca, é o desemprego rural, cujas proporções guardam
relação com a concentração de mão-de-obra nas lavouras. Grande
massa de trabalhadores deixa a sua atividade habitual, procurando
trabalhos nas frentes de trabalho governamentais ou em tipos
marginais ou complementares de atividade rural.
O problema das secas tem sido uma das grandes
preocupações dos administradores e técnicos do país. Desde o
Império, o governo central vem procurando pôr em prática medidas
e políticas com o objetivo de reduzir os efeitos das secas na renda e
no emprego regionais e, assim, dar estabilidade econômica à região.
Criaram-se órgãos especializados para combater os efeitos do flagelo
e promover o desenvolvimento econômico regional. A própria
Constituição de 1946 atribuiu à União o encargo de organizar a
defesa permanente contra os efeitos das secas, destinando para
esse fim 3% de sua renda tributária".

10 Ver constituição dos Estados Unidos do Brasil, art. 50, nO XIII e art. 198.

33
7 - MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO DAS SECAS

As medidas tomadas até o momento não foram suficientes


pera se cristalizar uma filosofia clara de desenvolvimento baseada
no conhecimento mais profundo do sistema econômico regional e
de seus problemas vitais. As providências adotadas ou se limitam a
uma posição defensiva, "obras contra as secas"" ou não definiram
um programa global e concreto de atuação governamental.
As políticas a longo prazo têm visado mais a construção de
obras de engenharia (DNOCS) - construção de açudes e estradas
- e a disponibilização de recursos financeiros para suplementar os
empreendimentos do capital privado (BNB).
As obras de emergência têm objetivado predominantemente:

a) Medidas de assistência social, visando atenuar os danos na


população humana, devido ao grande deslocamento de pessoas.
São dessa natureza, os trabalhos de assistência médica e os
donativos às populações flageladas.

b) Medidas de política econômica, visando minorar o recesso


ocasionado pela drástica redução da produção, sobretudo no
setor agrícola.

Deixamos de examinar as primeiras, porquanto escapam


aos objetivos deste relatório. Apenas registramos não ter sido
encontrado, entre as pessoas deslocadas, durante as pesquisas de
campo, nenhum caso de morte por fome ou por doença infecto-
contagiosa. Ouviram-se referências ao aumento da mortalidade
infantil e queixas sobre o modo ainda precário de deslocamento das
populações atingidas pela seca (principalmente desconforto e
problemas de família) e sobre o abastecimento de víveres, por
intermédio dos barracões, em algumas obras do governo.
As medidas do segundo tipo se concentram. sobretudo em
três setores básicos: 1) Intensificação da construção de açudes

11 Mensagem 363, de 1951, do Presidente da República ao Congresso Nacional.

34
e obras complementares; 2) Intensificação da construção de
estradas de rodagem e de ferro; 3) Transferência de pessoas para
outros Estados.
A construção de açudes e rodovias do programa de longo
prazo é consideravelmente ativada nas épocas de seca, a fim de
ocupar a grande massa de desempregados. Além dessas, são
intensificadas as obras de emergência, conforme a gravidade na
zona afetada e as peculiaridades locais.
A emigração, fenômeno normal mesmo as épocas de chuva,
aumenta consideravelmente durante as secas. Processa-se de dois
modos: por conta própria, por meio de caminhões, ônibus, navios
ou trens, pagando o próprio retirante a passagem (cerca de Cr$ 2
mil por pessoa até São Paulo) e demais despesas; assistida pelo
governo, sendo, neste caso, os transportes mais usuais o navio, o
trem ou o avião.
As obras executadas em regime de emergência, em que
pesem os maiores gastos e deficiências resultantes da improvisação,
de modo geral cumprem a sua finalidade: conservar a grande massa
rural desempregada em suas próprias zonas e assegurar-Ihes meios
de subsistência. A emigração é outra possibilidade. Muitos preferem
deixar a região e tentar a vida em outras áreas.

8 - LOCALIZAÇÃO

A seca de 1958 atingiu áreas parciais de seis Estados


nordestinos, tendo sido particularmente intensa no Ceará, Rio Grande
do Norte, Paraíba e Piauí.
Conforme podemos ver no Mapa 2, houve irregularidade de
chuvas em duas áreas da região. Na Zona 1, a ausência de chuvas
revestiu-se de caráter mais sério, ocasionando drástica redução
nas safras, estimada, durante as pesquisas de campo, em torno
de 40% em relação ao ano anterior. Na Zona 2, houve retardamento
de chuvas, tendo sido salvos, de modo geral, 80% das colheitas,
segundo idênticas estimativas. A Zona 3 teve inverno e produção
normais.
A área abrangida pela seca de 1958 (ver Zona 1, na FIGURA
2) compreende aproximadamente 650.000 krn", com uma

35
população de 7 milhões de habitantes. A Zona 2 extende-se por
cerca de 120.000 krn", com aproximadamente 7 milhões de
habitantes. A última área, não afetada pela seca, a Zona 3, tem
área de 450.000 km2 e 5 milhões de habitantes".
Dentro da Zona 1, a intensidade do fenômeno não foi a
mesma em toda parte. As áreas de serras, os vales úmidos e as
pequenas áreas de irrigação apresentam situação consideravelmente
melhor que a das caatingas circunvizinhas. Nesses pequenos espaços
verdes, o problema foi agravado, no entanto, pela chegada de
pessoas e animais provenientes de área secas. Na Chapada do
Araripe, por exemplo, a afluência de bovinos de outras zonas reduziu
consideravelmente a possibilidade de engorda do rebanho local. Essa
é uma saída a que os proprietários têm recorrido, secularmente,
para salvar os seus rebanhos.
Dentro da zona seca, as áreas menos afetadas foram a
Chapada do Araripe, o Vale do Cariri Cearense, a Chapada da
Ibiapaba, as serras de Baturité (CE) e do Teixeira (PB), as partes
mais elevadas do sistema da Borborema (RN, PB e PE) e outros
pequenos trechos serranos isolados, como as serras da
Ur.rburetarna (CE), do Doutor, de Santana e dos Martins (RN),
entre outras.

12 Os dados da população são extrapolações feitas a partir dos dados dos Censos
de 1940 e de 1950, para o ano de 1958.

36
ZONA 3

FIGURA 2

37
9 - POPULAçÃO ATINGIDA E EMIGRAÇÃO

Estima-se em cerca de 2 milhões de pessoas as vítimas


diretas da seca, ou seja, quase 30% da população da Zona l.
Segundo dados disponíveis em julho de 1958, as diversas obras do
governo ocupam quase 500 mil trabalhadores".
As conseqüências do fenômeno climático não atingem, com
a mesma intensidade, todas as classes sociais. Podemos distinguir
três grupos principais de pessoas que conformam as camadas sociais
da zona semi-árida:

a) O grupo das pessoas que percebem rendas fixas, como os


funcionários públicos, empregados do comércio, serviços,
transportes, etc. Estas sofrem apenas de modo indireto os
efeitos da seca, através da elevação dos preços dos produtos
agrícolas.

b) O grupo dos médios e grandes proprietários agrícolas, que recebe


um impacto mais direto, devido à desvalorização das propriedades
e à redução do volume dos negócios (esta em parte
compensada pela elevação dos preços). Esse grupo é atingido
tanto pela redução da renda como pela contração dos seus
ativos. Sendo, porém, a classe mais abastada, consegue
enfrentar melhor a fase crítica. Os proprietários de fazendas
organizadas têm sido beneficiados durante as secas pelas
oportunidades de aquisição de gado, ensejadas pela
armazenagem de forragens ou pela utilização de forrageiras
mais resistentes, como a palma e outras plantas xerófilas.

c) O terceiro grupo é constituído sobretudo dos pequenos


proprietários, dos meeiros, parceiros, arrendatários, agregados

13A distribuição, entre os diversos órgãos, era a seguinte: DNOCS, 300 mil; DNER,
131 mil; 10 Grupamento de Engenharia do Exército, 30 mil trabalhadores. De
acordo com estimativas baseadas nesses dados, o número de flagelados era de
cerca de 1.844 mil pessoas. Incluindo-se pequenas obras municipais e estaduais,
chegaríamos ao total apresentado no texto.

38
e trabalhadores avulsos, que não contam com reservas materiais
ou financeiras para enfrentar a crise. A falta de chuvas nas
épocas adequadas ao plantio significa o desemprego e a fome.

Dos ramos agrícolas, o que origina maiores excedentes de


mão-de-obra em decorrência da seca são as lavouras. Embora os
prejuízos na pecuária sejam bastante elevados, o desemprego nesse
setor é menor>. A mão-de-obra utilizada naquela atividade não é
imediatamente afetada. Essa questão pode ser melhor observada
vendo-se o caso do Piauí. Embora esse Estado tenha sido atingido
intensamente pela seca, vem conseguindo superá-Ia mais facilmente
devido ao fato de a atividade rural ali predominante ser a pecuária.
A densidade demográfica nordestina, relativamente aos
recursos disponíveis, mostra-se elevada em alguns municípios. A
emigração para outras partes da região e do país é uma válvula de
escape natural para essa situação, a menos que se aumentem as
possibilidades de absorção da mão-de-obra excedente na indústria
e nos serviços do próprio Nordeste. Nas áreas de criação (caatinga),
o número de habitantes por km2 tende a ser baixo. Há, porém,
áreas de caatinga com 20 e até mais habitantes por krn-, como se
verifica no sertão da Paraíba e no Seridó do Rio Grande do Norte.
O mesmo fenômeno pode-se observar relativamente à
população bovina. A disponibilidade de forragens não é suficiente
para alimentar os rebanhos no verão dos anos de chuvas normais
e, de modo particular, no dos anos secos. Os fazendeiros geralmente
definem o efetivo de seus rebanhos com base nas disponibilidades
forrageiras dos anos de chuvas regulàres. Além do mais, eles
raramente armazenam forragens nas épocas boas, visando a sua
utilização nos anos de recursos alimentares escassos.
O Nordeste é uma das regiões com maior disponibilidade de
mão-de-obra para a colonização das áreas virgens do país. Os
recursos naturais e o capital nordestinos não são abundantes, e o
incremento da população ativa é constante. Estima-se que até o
ano de 1965 deveriam ser criados 900 mil novos empregos para

14 A produção animal emprega 14% da mão-de-obra agrícola no Nordeste, e

corresponde a 27% do produto bruto da agricultura.

39
manter o mesmo nível de ocupação atual. Como a expansão industrial
é ainda tênue, o grosso desses empregos - cerca de 70% - deverá
ser criado nas lides do campo.
Porém, o que se tem verificado atualmente, são duas
tendências nas propriedades agrícolas do Nordeste:

a) Aumento do número de grandes fazendas.

b) Aumento do número de minifúndios.

o aumento do número de grandes propriedades pastoris


em certas áreas nordestinas não enseja a criação de novos
empregos, porquanto a pecuária extensiva regional utiliza pouca
mão-de-obra e muita terra>. O aumento do número de minifúndios,
por outro lado, cria sérios problemas sócio-econômicos e torna a
agricultura regional ainda mais vulnerável às secas, dadas as atuais
condições tecnológicas.
Dentre as soluções a que uma política adequada deveria
recorrer, a fim de empregar essa grande massa de pessoas à
procura de emprego, destacam-se:

a) Intensificar o processo de industrialização.

b) Recorrer a um programa emigratório bem orientado para novos


centros de colonização.

c) Industrializar e fomentar a emigração, simultaneamente.

A emigração, desde que encarada objetivamente, poderá


ser de grande alcance para aliviar a pressão da população sobre os
recursos disponíveis no Políqono das Secas. Ela não constitui estigma,
nem é prejudicial, quando bem orientada. Prejudicial é a forma atual
como está sendo feita, sem orientação nem assistência. Como
inúmeras vezes pudemos verificar nas pesquisas de campo, emigram

IS Observações feitas na zona de engorda de Sergipe e no Recôncavo Baiano


levaram-nos à afirmação acima.

40
os adultos, deixando os inativos como um peso para os que ficam e
trabalham".

10 - ESTIMATIVA DOS PREJuízos

Segundo estimativas feitas à base de informações colhidas


em campo e reajustadas criticamente, os prejuízos diretos causados
pelas secas à lavoura e à pecuária dos cinco Estados" mais
intensamente afetados pelo fenômeno, em 1958, subiram a cerca
de Cr$ 10 bilhões (cerca de US$ 132 milhões), aos preços de 1957.
Isso significa uma redução superior a 40% na renda agrícola daqueles
Estados. Os prejuízos causados às lavouras somam cerca de Cr$ 8
bilhões (US$ 106 milhões), e à produção animal chegam a Cr$ 2
bilhões (US$ 26 milhões).
Pela TABELA 2, baseada em informações de fazendeiros e
outras pessoas conhecedoras do assunto, a redução, somente nas
10 lavouras enumeradas, causaria um prejuízo superior a Cr$ 8,5
bilhões. É de crer, porém, que haja um certo exagero, daí porque
estimamos, para o conjunto das lavouras, um total ligeiramente
menor, de Cr$ 8 bilhões (US$ 106 milhões).

16 Na Irlanda, com menos de 3 milhões de habitantes, a emigração retira,


anualmente, 40 mil indivíduos, que, de qualquer maneira, não seriam empregados
no país, devido às poucas disponibilidades de capital e de recursos naturais. O
Nordeste, com cerca de 18 milhões de habitantes, apresentou, entre 1940 e
1950, um saldo emigratório inferior a 30 mil pessoas anualmente, ao passo que
somente do Estado de Minas Gerais, com cerca de 8 milhões de habitantes,
saíam, no mesmo período, 52 mil pessoas, por ano, para outras partes do Brasil.
17 Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

41
TABELA 2
ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO AGRíCOLA DE 1958 EM RELAÇÃO A
1957, NOS ESTADOS DO PIAUí, CEARÁ, RIO GRANDE DO NORTE,
PARAíBA E PERNAMBUCO
Produção de 1958 Quantidade em 1.000t
Produtos Relativamente à 1957 1958
de 1957 (%)
Milho 15 591 80
Feijão 15 295 45
Algodão 40 152'B 60
Mamona 40 59 25
Mandioca 50 3.188 1.590
Banana 50 956 480
Café 50 28 15
Laranja ' 50 100 50
Agave 90 82 75
Cana-de-Açúcar 90 11.135 10.000
TOTAL - - -
FONTE: Serviço de Estatística da Produção, 1957.
OBS: A tabela acima foi feita à base de entrevistas com fazendeiros, técnicos e outras
pessoas ligadas ao setor agrícola. A estimativa dada no texto do trabalho não se
cingiu estritamente aos dados acima, mas resultou dessas informações, das
estatísticas oficiais e de uma análise crítica do autor.

o
prejuízo na produção bovina, em termos de carne, foi
estimado em cerca de 100 mil toneladas, correspondentes à perda
de peso dos rebanhos, entre janeiro e julho. Aos preços de 1957,
ak'ançariam cerca de Cr$ 2 bilhões (US$ 26 milhões).
O prejuízo real da produção animal é consideravelmente maior
se examinarmos o problema em termos de valor do rebanho bovino.
Entre 1~ de Janeiro e 30 de junho, o valor estimado desse rebanho
reduziu-se à metade, devido à perda de peso e às perspectivas de
escassez de forragens nos meses seguintes. O rebanho da área
seca nos cinco Estados mencionados é de aproximadamente 4
milhões de cabeças. Tomando um valor médio de Cr$ 3.000,00 por
cabeça, em 1.1.1958, o valor total do rebanho seria de Cr$ 12
bilhões (US$ 93 milhões) em janeiro e Cr$ 6 bilhões (US$ 46 milhões)
em julho.

18 De acordo com informações de exportadores de algodão, estima-se que cerca

de 110 mil toneladas. são de algodão de fibra longa.

42
Excluindo outros possíveis fatores negativos, poder-se-ia
estimar em cerca de Cr$ 16 bilhões (US$ 124 milhões) os prejuízos,
de difícil ou impossível recuperação, causados à produção e ao
estoque de capital do setor agrícola, em decorrência da atual seca.
Utilizaremos, entretanto - para evitar superestimação - como
estimativa dos prejuízos da atual seca, no setor agropecuário, o
total mencionado no começo deste subtítulo: Cr$ 10 bilhões (US$
77 milhões).
Segundo dados pluviométricos levantados, registraram-se,
de 1912 a 1958, nove secas na Zona 1. Cada ano de seca deveria
ser compensado por um ano de chuvas regulares, a fim de que o
peso perdido pelos rebanhos fosse recuperado. Sendo assim, dos
47 anos que compreendem aquele período, 18 foram praticamente
inúteis para a produção animal - anos secos ou anos de
compensação.
Mesmo nos anos de chuvas regulares há perda de peso do
gado durante o verão. Isto revela, entre outras causas, a falta de
previsão e de planejamento na atividade rural. Sabemos, através
de estudos feitos no ETENE, que o custo da forragem ensilada e
fenada é bastante econômico. Os custos de ensilagem são bem
menores do que os prejuízos que seriam ocasionados pela perda de
peso do gado durante o verão. No entanto, aquelas práticas são
quase desconhecidas entre os pecuaristas da zona semi-árida do
Nordeste.

11 - MEDIDAS GOVERNAMENTAIS

Logo que a seca de 1958 foi oficialmente reconhecida, o


governo federal, adotou uma série de medidas a fim de poupar a
região de prejuízos ainda maiores. Em toda parte onde o desemprego
assumiu grandes proporções, foram iniciadas obras de infra-
estrutura: rodovias, ferrovias e açudes.
Estimam-se em cerca de Cr$ 5 bilhões (US$ 39 milhões) os
recursos extraordinários enviados, ou em processo de transferência,
para o Nordeste. A injeção adicional de recursos federais em obras
de emergência cobriu, assim, cerca de 50% da redução sofrida
pela renda nas atividades agropecuárias.

43
As providências governamentais estão contribuindo para
manter a população atingida em suas próprias áreas de residência,
assegurando-lhe a subsistência. Verifica-se, é verdade, a emigração
de muitas pessoas. Observa-se, às vezes, desperdício de recursos
financeiros em trabalhos de irrelevante significação econômica, por
serem mal planejados. Algumas obras de interesse local são
abandonadas, uma vez passado o período da crise, perdendo-se,
muitas vezes, todo ou quase todo o investimento feito. Essas são
constatações feitas a partir das secas anteriores e, também, da
atual.
Os planos de emergência poderiam dar maior atenção ao
processo migratório. Carecem eles de medidas objetivas, nesse
aspecto. O Nordeste tem-se apresentado, há várias décadas, como
uma área de emigraçãà. Se não há planejamento adequado, o
nordestino continua, todos os anos - e mais intensamente nos
anos secos - a deixar, desordenadamente, a região. Torna-se
necessário o planejamento, em bases sólidas, de uma política
migratória interna adequada às condições e oportunidades das novas
frentes de colonização do país, especialmente nas áreas contíguas
à região.
A atual seca ainda surpreendeu a região. Não havia estoques
de gêneros alimentícios, nem de forragens que atendessem as
necessidades pelo menos até o meio do ano. Os reservatórios de
água existentes concorreram para aliviar, em muitos lugares, os
efeitos das secas, tanto para a população humana como para os
rebanhos. A existência de uma razoável rede de transportes, por
outro lado, facilitou tanto o abastecimento de víveres como o
movimento migratório de pessoas e de animais.
Nas três viagens de campo empreendidas nas áreas atingidas
pela seca, uma das maiores preocupações foi de se recolher das
pessoas mais diretamente em contacto com o fenômeno, sugestões
de medidas visando atenuar os danos ocasionados pela calamidade.
Baseados nas sugestões, críticas e idéias apresentadas, e
nas observações in loco, passaremos a considerar os seguintes
pontos:

a) Informações Pluviométricas Atualizadas.

44
b) Preparo da Produção Animal para os Anos Secos.

c) Adequação dos Programas de Obras Públicas à Emergência das


Secas.

d) Subsídios e Obras nas Empresas Agrícolas.

e) Algumas Medidas Específicas.

f) Planejamento de Emigração.

Naturalmente, trata-se de considerações específicas, que


deverão ser incluídas em um programa global de desenvolvimento
do Nordeste, compreendendo industrialização, mineração, transportes
etc.

a) Informações Pluviométricas Atualizadas

Sugere-se o melhoramento do serviço de informações


pluviométricas, sem prejuízo da criação de um órgão especial
incumbido da previsão do tempo. As informações sobre a quantidade
e a distribuição das chuvas devem chegar com a urgência possível
ao posto central coletor;" que fará a divulgação ampla dos resumos,
para conhecimento do público. Os benefícios decorrentes do
melhoramento desse serviço compensariam amplamente as
despesas feitas. Em uma região sujeita a secas periódicas,
informações sobre a pluviometria, divulqadas em tempo hábil, é
fundamental. Caso se prenunciasse uma seca, a falta de chuvas
nos primeiros meses do ano seria rapidamente feita a identificação
das áreas mais atingidas e tomadas as medidas pertinentes para o
enfrentamento do problema.
A localização das áreas secas e das áreas com chuvas
regulares possibilitaria que os criadores tomassem providências, em
tempo, para o deslocamento dos rebanhos. Por outro lado, poderiam

19 Serviço de Meteorologia, do Ministério da Agricultura.

45
ser adotadas medidas de amparo à população potencialmente
atingida, conforme as propostas apresentadas mais à frente.

b) Preparo da Produção Animal Para os Anos Secos

Os grandes prejuízos sofridos pela pecuária durante a seca


poderiam ser consideravelmente reduzidos desde que se tomassem
medidas adequadas, a longo prazo, e providências de emergência,
tão logo fosse declarado a ocorrência do fenômeno. Entre outras,
seriam oportunas as seguintes medidas:

1. Transferir parte do rebanho para zonas onde houvesse chuvas


normais e, também, abundância de pastagem Atualmente, o
gado é retirado a pé ou em caminhões.

2. Estímulo ao abate, na medida do possível, para fabricação de


charque a ser vendido nas obras de emergência.

3. Adoção de uma política geral de melhoria de pastagens, com


introdução e difusão de plantas xerófilas mais resistentes e
adaptáveis às condições regionais, como a palma, a algaroba, o
sorgo e outras. Estudos agronômicos específicos deveriam ser
estimulados para esse fim. Verificamos, durante as pesquisas
de campo, que, nas zonas de plantação de palma, os danos à
criação bovina foram consideravelmente menores do que nas
áreas onde aquela xerófila não era amplamente cultivada.

4. Outra medida aconselhada em relação à pecuária é o estímulo,


mediante prêmio, à ensilagem e à fenação. A ensilagem deve
ser uma prática comum mesmo nos anos normais. Durante o
verão, o gado é bastante afetado pela escassez de forragens.
Se houvesse reservas, em silos ou medas, poder-se-ia conservar
parte do rebanho em boas condições, ao fim do verão, quando
se caracterizasse a seca. Na presente seca, o abate aumentou
consideravelmente em diversas zonas, como alternativa para
se evitarem maiores prejuízos. O gado abatido, provavelmente,
não estava em boas condições, devido à escassez de forragens

46
nos meses de verão. A forma de estimular a construção de silos
será discutida no item seguinte.

c) Adequação dos Programas de Obras Públicas à


Emergência das Secas

É importante a existência de estudos e projetos de interesse


econômico, como alternativas para a sua aplicação nas épocas de
seca. O governo federal tem procurado evitar que os planos de
emergência decaiam em simples programas assistenciais, sem uma
contraprestação de serviços. Os projetos poderiam ser dos seguintes
tipos: grandes obras de interesse nacional ou regional e obras de
âmbito estadual ou municipal. A concretização dessas sugestões
implica um trabalho contínuo de coordenação entre as três esferas
de poderes, ou seja, a União, os Estados e os municípios.
Grandes vantagens poderiam resultar de um esforço sério e
construtivo nesse sentido. A efetividade das obras governamentais
seria aumentada, trazendo maior produtividade aos investimentos
e atenuando muitos dos atuais problemas sociais decorrentes da
aglomeração improvisada de milhares de pessoas deslocadas dos
seus lugares de residência e trabalho.
Os trabalhos de interesse estadual e municipal
compreenderiam obras como: construção de prédios públicos,
calçamento de ruas, serviços urbanos de água e esgoto, estradas
municipais e estaduais. O plano poderia ainda objetivar o
fortalecimento econômico de cidades-pólo, de maior importância
regional.
Nesse mesmo sentido sugere-se, ainda, a formação de
estoques de instrumentos de trabalhos manuais como enxadas,
foices, picaretas, carrinhos de mão etc., que ficariam disponíveis
para uso imediato ao ser declarada a seca, bem como a preparação
de abrigos rurais desmontáveis para atender ao problema habitacional
das populações deslocadas.

47
d) Subsídios e Obras nas Empresas Agrícolas

o programa de obras públicas poderia ser ampliado e


dinamizado num programa geral de fortalecimento das empresas
agrícolas, capacitando as fazendas a manterem os moradores em
seus próprios limites. A filosofia dessa política seria de subsidiar obras
consideradas de grande alcance para o desenvolvimento agrícola,
como a construção de silos-trincheiras, a plantação de culturas
xerófilas, o reflorestamento, as obras de conservação do solo, a
limpa e construção de aguadas, açudes e poços, a construção de
cercas e currais etc.
Recomenda-se a realização de estudos sobre as maneiras
de como melhor concretizar essas sugestões. Tem-se já o exemplo
do subsídio que tradicionalmente é dado à construção de açudes,
em sistema de cooperação, que vem funcionando satisfatoriamente.

e) Algumas Medidas Específicas

Uma série de medidas específicas deveriam ainda ser


implementadas, como a ultimação da Lei de Irrigação, a
transformação dos serviços agrícolas em serviços de extensão, o
estímulo à mecanização racional da lavoura, estudos de mercados
de produtos agrícolas e investimentos na melhoria das condições de
vida das comunidades.

f) Planejamento da Emigração

Medida de grande relevância, é o planejamento e a


organização de movimentos migratórios, no contexto de uma política
nacional de desenvolvimento. Tradicionalmente, o Nordeste é um
celeiro de braços tanto para a Amazônia como para novas áreas
pioneiras da região Sudeste. Seguramente, a emigração de
nordestinos ainda continuará por muito tempo, até que a economia
regional esteja apta para utilizar o grande contingente de mão-de-
obra que ingressa no mercado de trabalho a cada ano.
O êxodo interregional tem sido encarado quase como um
estigma, tanto pela imprensa como por muitos líderes regionais. Ele

48
é, no entanto, uma das formas possíveis de se aliviar a pressão
demográfica. Países de alta renda per capita, como a Holanda, a
Bélgica e outros que já atingiram um nível razoável de
desenvolvimento, como a Itália e o Japão, recorrem normalmente
à emigração - embora disponham de recursos de capital
incomparavelmente maiores que o Nordeste - para resolver o
problema do desemprego.
A orientação dascorrentes emigratórias poderiatrazer grandes
benefícios, tanto de ordem social como econômica. Atualmente,
segundo ouvimos várias referências nas áreas visitadas, muitos
retirantes deixam mulher e filhos devido aos altos custos e à própria
dificuldade de encontrarem meios de transporte para os
deslocamentos. A emigração da mão-de-obra produtiva, deixando
para trás os dependentes, pode ser prejudicial tanto à economia
regional como à própria família dos emigrantes.
A emigração poderia ser orientada para núcleos coloniais
organizados dentro da própria região, nas áreas ainda virgens e de
reais possibilidades econômicas. Fora da região, as áreas mais
próximas e complementares à sua economia, como as zonas
pioneiras que vêm sendo ocupadas, desordenadamente, no sul do
Maranhão e no norte de Goiás, deveriam merecer prioridade. Já
existe uma corrente regular de emigração naquelas direções. A
construção de estradas, o loteamento das terras e o auxílio ao
migrante nessas novas áreas, seriam medidas positivas para a
concretização do desenvolvimento econômico regional e nacional.

49
PARTE 3

A SECA DE 1958:
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
AO RELATÓRIO PUBLICADO
EM AGOSTO

(Relatório 2)
NOTA EXPLICATIVA

Este documento complementa as informações contidas no


trabalho "A Seca de 1958", preparado em agosto do corrente ano,
em que se estudaram as conseqüências daquela estiagem até o
mês de junho e se apresentou um esboço de sugestões para se
minimizarem os efeitos da calamidade.
No roteiro do depoimento prestado pelo presidente deste
Banco, Dr. Raul Barbosa, à Comissão de Estudos das Conseqüências
da Seca no Nordeste, do Senado Federal, no dia 1 de dezembro
Q

de 1958, estão contidas as principais informações coletadas pelos


técnicos do Banco, as idéias e conclusões sobre os efeitos econômicos
da seca sobre o desenvolvimento da região.
O trabalho intitulado "Sugestões de um Programa Para Reduzir
Perdas no Setor Pecuário nos Anos de Seca no Nordeste do Brasil",
elaborado pelo Dr. George W. Bart, perito da FAO em missão de
assistência técnica junto ao Banco, examina o problema da seca do
ponto de vista do seu impacto sobre a pecuária, e apresenta
algumas sugestões de políticas.

53
DEPOIMENTO DO DR. RAUL BARBOSA, PRESIDENTE
DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A., PERANTE
A COMISSÃO ESPECIAL DE ESTUDOS DAS SECAS,
DO SENADO FEDERAL, NO DIA 1º/12/1958

Ao iniciar a presente exposição, devo agradecer, em nome


do Banco do Nordeste do Brasil, a oportunidade que esta douta
Comissão nos confere de focalizar os problemas nordestinos, com
o propósito de contribuir para esclarecer aspectos fundamentais do
desenvolvimento econômico e social da região.
A seca é, no conjunto de fatores que condicionam a economia
da área, o que vem preocupando mais fortemente os homens de
governo e os líderes da região. A intensidade e a rapidez com que
os efeitos da estiagem prolongada atingem as populações rurais
ferem a sensibilidade nacional, em vista dos impactos humanos de
que se revestem. A verdade é que a seca apenas desnuda e
agrava um quadro preexistente de pobreza e subdesenvolvimento.
A incidência do flagelo climático, que, no passado, quase se
limitava ao território do Ceará, estendeu-se a outras áreas, de modo
que, hoje, considera-se como região seca o polígono delimitado pela
Lei 1348, de 10.2.1951. O Polígono das Secas não coincide com a
área geográfica do Nordeste, mas, na realidade, se integra na
economia deste, razão por que, nesta exposição, utilizaremos dados
referentes ao conjunto dos Estados que vão do Piauí à Bahia (Ver
FIGURA 3).
A população nordestina já atinge; no corrente ano, lS,6
milhões de habitantes, correspondentes a 31% da população do
Brasil. Concentra-se essa população numa área de 1.223.000 km-,
equivalente a 14% da superfície territorial do país.
A renda social do Nordeste elevou-se, em 1956, à soma de
Cr$ 102 bilhões (aproximadamente U$ 1,4 milhões), representativa
de 13,6% da renda nacional. A renda per capita, naquele ano, foi
de Cr$ 5.450,00 (U$ 73), ou seja, 43,6% da renda per capita no
Brasil como um todo.

55
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FIGURA 3

56
1- ASPECTOS ECONÔMICOS DA SECA

A seca desencadeia uma crise de desemprego e de


desocupação nas zonas rurais, reduzindo a produção agrícola e
diminuindo o minguado poder aquisitivo das populações. A
concentração da força de trabalho nas lavouras amplia o impacto
da crise, atirando rapidamente no desemprego centenas de milhares
de trabalhadores e de pequenos proprietários rurais.
A intensificação das obras na região, nessas épocas, visa
precisamente dar ocupação à mão-de-obra desocupada,
proporcionando meios que assegurem a sobrevivência das populações
afetadas. Paralelamente, registra-se o aumento da emigração
espontânea, de forma desordenada, e em condições tão precárias
que sensibilizam a opinião pública do país.
A redução da produção agrícola afeta diretamente as
populações rurais e, indiretamente, as populações urbanas,
notadamente no que toca à oferta de produtos alimentares. Em
relação à pecuária, a gravidade dos efeitos da seca se vem
acentuando consideravelmente, sem que, até o presente, tenham
sido adotadas medidas sistemáticas de defesa das atividades
pastoris. Não está havendo a necessária correlação entre o aumento
dos rebanhos e a provisão de meios para alimentá-Ios nos meses
normais de estio e, muito menos, nas épocas de seca.
Em pesquisas de campo realizadas por técnicos do Banco
do Nordeste, constatou-se que, nos meses de janeiro e fevereiro
deste ano, os rebanhos começavam a emagrecer, por já se terem
praticamente esgotado as pastagens, muito antes da época em
que, mesmo em um ano normal, se poderia contar com pastos
renovados. Em junho, estando consideravelmente agravada a
situação, calculou-se que os rebanhos de quatro Estados (Piauí,
Ceará, Rio Grande do Norte e Paraiba) que deveriam ter sido levados
ao mercado, sofreram perdas estimadas em 100 mil toneladas de
carne, ocasionando prejuízos aos criadores da ordem de Cr$ 2
bilhões. Tais fatos espelham eloqüentemente as condições vigentes
de despreparo, de modo geral, na pecuária nordestina, para enfrentar
os rigores de uma seca.

57
Há, entretanto, exemplos de criadores que se preparam
para a ocorrência das secas, acumulando água e rações. Em
pesquisas realizadas no mês de outubro passado, quando os efeitos
da estiagem sobre a pecuária se apresentavam mais intensos,
observou-se que muitos fazendeiros não só mantiveram seus
rebanhos em razoáveis condições, como, em vários casos, chegaram
a aumentá-Ios. O êxito de tais criadores decorre da preparação das
fazendas para resistirem à seca, através do cultivo de forrageiras
xerófilas como a palma, da reserva de pastos, da silagem etc.
Aparte essas exceções, o que se observa é a inexistência
generalizada do hábito de guardar forragem para alimentar os
rebanhos nas épocas difíceis, tornando a pecuária nordestina cada
vez mais vulnerável aos efeitos das estiagens. De fato, o crescimento
do rebanho bovino, quede 6,5 milhões de cabeças em 1920 passou
a 11,5 milhões em 1956, e a considerável melhoria do gado (pela
mestiçagem com raças superiores, da qual resulta o aumento dos
valores comerciais dos animais) ampliam consideravelmente o
patrimônio sujeito ao desgaste ou à destruição na emergência de
uma seca. Os prejuízos decorrem das perdas diretas, da transferência
dos animais para outras zonas - quando já se encontram em
precárias condições - e do atraso mínimo de dois anos provocado
pelo impacto de uma estiagem à pecuária, através da perda de
crias, da atrofia dos animais que sobrevivem, da morte de matrizes
etc.
O problema da pecuária nordestina cresce de importância
numa crise climática. E bom recordar que a criação é uma das
atividades econômicas mais importantes do Poliqono das Secas,
seja pelo volume de recursos nela investidos, seja pela renda que
gera e, ainda, pela utilização de fatores de produção sem outras
alternativas de emprego. Há necessidade de que seja criado um
sistema racional e efetivo de ajuda aos fazendeiros para a salvaguarda
dos rebanhos e a redução das perdas, assegurando-se, por
conseguinte, um mínimo de estabilidade a uma atividade econômica
tão importante para a região. O sistema deve ser formulado e
executado de modo a atingir realmente os objetivos desejados,
evitando-se medidas que possam redundar em maiores prejuízos
para aqueles a quem se pretende assistir.

58
2 - A SECA DE 1958

A atual calamidade climática, embora não afete toda a área


do Poliqono das Secas, é das mais fortes que já se abateram sobre
o Nordeste do Brasil. Não se fez ouvir, ainda, a palavra dos órgãos
competentes para se estudarem e determinarem a intensidade e
os limites geográficos do flagelo. O que se conhece são depoimentos
de pessoas que presenciaram os efeitos da calamidade, o elevado
número de flagelados assistidos pelo governo, os apelos de
autoridades federais, estaduais e municipais por medidas urgentes
de socorro, e o esforço oficial para o atendimento dos necessitados.
Tudo isso sugere, efetivamente, que se trata de um fenômeno de
grave incidência. Não foram publicados, todavia, estudos que
demonstrem, documentada mente, a extensão e a intensidade da
seca.
Na falta de tais estudos, técnicos do Banco do Nordeste
realizaram uma pesquisa de campo e de gabinete, em que procuraram
calcular os índices e os limites da seca de 1958. Os trabalhos, ainda
não divulgados, demonstram que, na região de Sobral(CE), por
exemplo, até o mês de maio as precipitações pluviométricas atingiram
apenas 24% das chuvas normais; em Crateús, 17%; em Iguatu,
60%; em Limoeiro, 59% e em Quixeramobim (onde esta foi a seca
mais violenta de que há registro) caíram apenas 10% das chuvas
normais nos cinco primeiros meses deste ano. No Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco e Piauí, as chuvas ocorridas nas vastas
áreas afetadas pela seca variam de 24 a 60% das precipitações
normais.
As pesquisas indicaram também que a seca atinge
parcialmente os Estados referidos. Por outro lado, são normais -
com exceção de pequenas regiões - os índices pluviométricos em
Alagoas, Sergipe, Bahia e norte de Minas Gerais. Os trabalhos do
Banco do Nordeste visam a possível organização de um sistema de
informação sobre a incidência e a gravidade das estiagens, de
maneira a se advertirem os fazendeiros, criadores e autoridades,
no menor lapso de tempo possível, da ocorrência e intensidade das
secas.

59
3 - POPULAÇÕES AFETADAS PELAS SECAS

Na seca de 1932, o emprego, pelo DNOCS, de trabalhadores


flagelados, atingiu o máximo de 218 mil, no mês de novembro Em
1942, elevou-se a 35 mil flagelados; em 1951, a 65 mil; em 1952, a
43 mil; e em 1953, atingiu a média de 119 mil. No mês de novembro
deste ano - um mês atrás, portanto - o emprego, pelo DNOCS,
atingiu cerca de 400 mil trabalhadores, elevando-se a 536 mil o total
empregado pelos órgãos federais (Ver FIGURA 4).
Calculando-se o número de pessoas afetadas pela seca em
relação à população do Nordeste naqueles anos, verifica-se que em
1932 a população f1agelada representava 9% da população da região,
percentagem que se reduziu a 1% em 1952, e elevando-se a quase
13% no mês de outubro último (Ver FIGURA 5).

4 - O COMBATE AOS EFEITOS DA SECA

As medidas de combate aos efeitos da seca datam do


Império. Com a organização, em 1909, da Inspetoria Federal de
Obras Contra as Secas (IFOCS), a atuação do governo federal
passou a ser coordenada e executada por órgão específico. No
entanto, a assistência nos anos de calamidade ficava na dependência
de recursos extra-orçamentários, interrompendo-se as obras tão
logo voltavam as chuvas regulares.
O Constituinte de 1934 procurou criar uma base permanente
de recursos financeiros para as obras de defesa contra as secas,
estabelecendo (art. 177): "A defesa contra os efeitos da seca nos
Estados do Norte obedecerá a um plano sistemático e será
permanente, ficando a cargo da União, que despenderá, com obras
e serviços de assistência, quantia nunca inferior a 4% da sua receita
tributária sem aplicação especial".
A constituição de 1937 foi omissa nesse particular.

60
500 ~~,.~-'~--~~~~~-'~-~~-'~. 450

450 400

400
350

350 I 300

300
C/)
/
o 250
-o
250
s
.Si!
/
« ~t,. - 200
200 /
- 150
150 /
- 100
100 ~ /
-,-,
50 50

o
~êf.....
_-~ I "'~ o
NOV./1932 JUL./1942 DEZ./1951 JAN./1952 MA /1953 MAR./1957 OUT./1958

FIGURA 4
DNOCS - FREQÜÊNCIA MÁXIMA MENSAL DE ALISTADOS NAS FRENTES DE TRABALHO
(J'\
,..... FONTE: Relatório do DNOCS.
Q'I
N

1932

1942

1951

1952

1953

1958

0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 11% 12% 13% 14%

FIGURA 5
PERCENTAGEM DA POPULAçÃO AFETADA PElAS SECAS EM RELAÇÃO À POPULAçÃO
TOTAL DO NORDESTE
FONTE: Relatório do DNOCS.
A atual Carta Magna, de 1946, consolidou a dotação
permanente de recursos para a assistência federal às populações
atingidas pela seca, atribuindo à União, no artigo 5 inciso XIII, a
Q
,

competência para "organizar a defesa permanente contra os efeitos


da seca [ ... ]" e estabelecendo no artigo 198: "Na execução do
plano de defesa contra os efeitos da denominada seca do Nordeste,
a União despenderá anualmente, com obras e serviços de assistência
social, quantia nunca inferior a três por cento da sua renda tributária".
Reza o § 1Q: "Um terço dessa quantia será depositada em caixa
especial destinada ao socorro das populações atingidas pela
calamidade, podendo tal reserva, ou parte dela, ser aplicada a juro
módico, consoante as determinações legais, em empréstimos a
agricultores e industriais estabelecidos na área abrangida pela seca".
Portanto, a sistemática criada na lei básica assegura recursos mínimos
para os programas a longo prazo e cria meios para atender as
necessidades durante a calamidade climática.

5 - OS RECURSOS DESPENDIDOS DESDE 1909 NO


COMBATE ÀS SECAS

Em 1909, a União despendeu 447 contos de réis, através


da IFOCS, na assistência aos flagelados da seca. Na seca de 1915,
os gastos foram da ordem de 9.000 contos, correspondentes a
pouco mais de 2% da arrecadação do governo federal, e a mil réis
por habitante do Nordeste.
No período do governo de Epitácio Pessoa, nordestino do
Estado da Paraíba, as despesas com o combate às secas atingiram
o ponto mais alto em relação à arrecadação da União, chegando a
representar mais de 15% em 1921 e 1922. Naqueles anos, os
gastos equivaleram, respectivamente, a 13 e 14 mil réis por nordestino
e por ano.
Nos anos que se seguiram, até a seca de 1932, os gastos
do governo, através da IFOCS, situaram-se sempre abaixo de 1%
da receita da União. Em 1932, devido à seca, os dispêndios se
elevaram a 9,6% e a 14 mil réis (U$ 992,907.8) por nordestino.
Passada a crise climática, voltaram os gastos do governo da União
a situar-se abaixo de 2% da receita federal, exceto no ano de

63
1953, quando ocorreu uma seca-". quando atingiram essa
percentagem. As despesas per capita atingiram Cr$ 43,00.
Na atual seca, o esforço do governo federal eleva-se a 5%
da receita da União, situando-se em quase Cr$ 350,00 o gasto
anual por habitante do Nordeste, em Cr$ 2.700,00 (US$ 20) por
nordestino flagelado e em Cr$ 13.000,00 (US$ 100) por trabalhador
nas obras contra as secas (Ver FIGURA 6).

6 - NATUREZA DAS OBRAS REALIZADAS

É tradição no Nordeste que a assistência do governo federal


se realize através do emprego dos flagelados na construção de
obras públicas. Essa tradição, que reflete a altivez do nordestino,
seu desejo de oferecer o seu trabalho como contra partida ao auxílio
recebido, é das mais salutares, e indica que não se deseja
meramente assistência, mas oportunidade de trabalho quando
desaparecem as fontes normais de emprego. Isso é mais importante
quando se sabe que, em outros países, muitas vezes o problema
do desemprego é enfrentado com a ajuda direta, sem nenhuma
contra prestação.

20Essa seca constituiu, na realidade, a fase mais aguda de uma estiagem que
havia começado em 1951.

64
16,0
15,0
14,0
13,0
12,0
11,0
10,0
9,0
~ 8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
Anos'

FIGURA 6
PERCENTAGENS DAS DESPESAS, DO DNOCS SOBRE A ARRECADAÇÃO DA UNIÃO
(1909/1958)
o- FONTE: BNBjETENE, janeiro de 1959
U1
Mercê dessa orientação, foi possível dotar o Nordeste de
importante rede rodoviária e de uma quantidade de açudes que
transformaram o panorama doloroso da seca, não se registrando,
nos dias correntes, mortes de seres humanos por inanição. A rodovia,
por sua vez, conquistou o Nordeste e leva a civilização a seus mais
recônditos rincões.
A açudagem assegura água para uso das populações e dos
ar.imais, Seus efeitos diretos sobre o aumento da produção e sobre
a fixação de nordestinos são modestos. Até agora, a área irrigada
pelos açudes públicos é de 6 mil hectares, atingindo 18 mil se incluídas
as culturas de vazantes e da faixa seca. As possibilidades teóricas
máximas de irrigação, consideradas as diversas fontes de água,
como rios perenes, açudes presentes e futuros, lençóis subterrâneos,
lagoas e poços, não chega a 2% da área dos estabelecimentos
agrícolas do Nordeste. Essa percentagem corresponde a 800 mil
hectares, suficientes para fixar 80 mil famílias, ou seja, cerca de
400 mil pessoas, número inferior ao crescimento demográfico do
Nordeste em um ano (Ver FIGURA 7).
Os benefícios dos açudes não podem ser avaliados apenas
em função da área irrigável. As águas represadas servem para
matar a sede e atender a outras necessidades das populações, e
asseguram a sobrevivência de rebanhos, além de possibilitarem a
criação de peixes e, em alguns casos, constituírem potencial para a
geração de eletricidade. Além disso, a construção dos açudes, em
épocas de calamidade, garante ocupação para milhares de flagelados.

66
Area Provável de Irrigação
1,81%

mJ Área Provável de Irríqaçáo


[J Lavouras
O Matas
EiI Tenas Incultas
8 Pastagens

FIGURA 7
IRRIGAÇÃO NO NORDESTE

FONTE: Censo Agrícola - 1950


Estimativa do Engo. J.G. Duque

7 - O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO DO NORDESTE

A população nordestina vem crescendo a uma taxa média


de 2,4% ao ano. Presentemente, a região tem cerca de 20 milhões
de habitantes, que serão acrescidos de 500 mil anualmente. Tão
vertiginoso crescimento populacional não pode deixar de resultar
em pressão sobre os recursos naturais, especialmente porque os
movimentos migratórios nordestinos têm sido modestos e
desorganizados, representando, na década de 1940/1950, cerca
de 40 mil pessoas por ano. Mesmo num ano de calamidade como
o presente, as entradas de nordestinos na Hospedaria de Imigrantes,
em São Paulo, não chegaram a 90 mil pessoas, entre janeiro e
outubro, ou seja, menos de meio por cento da população, e um
quinto do seu crescimento anual.

67
o incremento da população nordestina requer que sejam
criadas, todos os anos, novas oportunidades de emprego na região.
Entre os anos de 1950 e 1960, o Nordeste apresentava a mesma
estrutura de emprego existente em 1950, devendo ser criados
cerca de 917 mil novos empregos na agricultura e 370 mil nos
outros setores, ou seja, quase 1,3 milhão de novos postos de
trabalho. Essa estimativa é feita supondo-se que a população
economicamente ativa continue representando 30% da população
total.
Se, entretanto, consideramos o problema sob o ângulo da
oferta de mão-de-obra, verificaremos que, naqueles dez anos, mais
de 2,8 milhões de pessoas, das quais 1,9 milhão residiam no campo,
atingiram a idade de trabalhar. Essa diferença é fácil de explicar,
pelo fato de que grande parcela da população feminina permanece
sempre na condição de potencialmente ativa, não conseguindo
emprego remunerado que a transferiria para a categoria de População
Economicamente Ativa, conforme as definições censitárias.
Se desejássemos ir mais além, poderíamos projetar o
crescimento da população ativa entre 1960 e 1970, e verificaríamos
que seria necessário criar mais de 1,1 milhão de empregos nas
atividades rurais ao longo do decênio. A população potencialmente
ativa, ou seja, aquela em idade de trabalhar, aumentaria de 3,5
milhões de pessoas, das quais mais de 2,3 milhões nos quadros
rurais (Ver FIGURA 8). Essa perspectiva nos leva a indagar se a
economia nordestina, especialmente a agricultura, tem condições
de absorver tão elevados contigentes adicionais de mão-de-obra.
Os números citados e os fatos referidos conduzem a duas
conclusões: a) O Nordeste é uma região com grande potencial
emigratório, o qual pode ser utilizado para integrar na economia
brasileira novas áreas do território nacional; b) As migrações de
nordestinos têm sido relativamente pequenas, representando menos
de meio por cento da população.

68
MLI-IPRESCE !lllAOOCOLA !lllW\O AffiÍCOLA
PESSO'S
LIOXJ

35XJ

3CüJ

25:XJ

2JJJ

15:XJ

1M

5:XJ

- 196')!l9/D-

AI'D)

FIGURA 8
INCREMENTO DECENAL DA FORÇA DE TRABALHO "ECONOMICAMENTE ATIVA" E
"POTENCIALMENTE ATIVA" DO NORDESTE 1950/1960 - 1960/1970
Q)
~
8 - PROBLEMAS DE SUBDESENVOLVIMENTO

A seca é, sem dúvida, um dos fatores determinantes do


subdesenvolvimento que caracteriza a economia nordestina,
agravando-o periodicamente pela redução da produção,
desorganização da agricultura e da pecuária e pelo desemprego a
que lança centenas de milhares de trabalhadores rurais.
O subdesenvolvimento do Nordeste tem múltiplas causas:
baixa produtividade média da economia, insuficiência de capitais,
práticas agrícolas rotineiras, elevados índices de analfabetismo etc.
A seca vem encontrar as populações sem reservas monetárias e
de alimentos, ou seja, incapacitadas para resistir aos primeiros meses
da estiagem sem o auxílio governamental.

9 - PLANEJAMENTO GLOBAL

Os problemas do Nordeste, quando definidos e caracterizados


como decorrência de atraso econômico da região, evidenciam que
as soluções não devem ser procuradas, exclusiva ou principalmente,
na construção de obras ou no auxílio transitório aos flagelados nas
épocas de emergência. As raízes daqueles problemas são mais
profundas. Os principais pontos de estrangulamento vêm sendo
identificados. Escapam à alçada de um único órgão ou ministério,
pois constituem problemas nacionais, interessando a todos os setores
dz sociedade brasileira.
O planejamento das medidas a serem adotadas requer, por
conseguinte, articulação entre os diferentes órgãos que atuam na
região. As soluções isoladas estiolarn-se, produzem fracos resultados,
ou agravam os problemas que aparentemente procuram solucionar.
Idéias de planejamento da economia nordestina foram
anunciados na Mensagem 363, através da qual o Poder Executivo
propôs ao Congresso Nacional a criação do Banco do Nordeste do
Brasil S.A.
Registrou, textualmente, aquele documento, em seu
preâmbulo:
A política do Governo Federal, no sentido de defender das
secas as vastas extensões do Nordeste e do Leste
Setentrional, a elas sujeitas periodicamente, e de integrar

70
tais regiões na economia moderna, requer uma revisão, com
o aperfeiçoamento, quando não superação, dos métodos
tradicionais. O próprio título de 'obras contra as secas'
expressa uma limitação, focalizando o problema sobretudo
pelo ângulo das obras de engenharia. É tempo de, à luz da
experiência passada e da moderna técnica do planejamento
regional, imprimir-se ao estudo a solução do problema uma
definida diretriz econômico-social.

Assinalava-se, ainda, a necessidade de se estabelecer "um


plano geral para vencer os efeitos econômicos-sociais do fenômeno
e, em função desse plano, renovar o atual Departamento Nacional
de Obras Contra as Secas".
Propunha-se o governo a "encaminhar fase nova no
tratamento dos problemas da seca, não só se preparando para o
socorro mais pronto, mas expandindo e multiplicando os centros de
resistência econômica, num programa integrado de aparelhamento
e organização da produção" esclarecendo: "Há fatores naturais e
humanos na região que permitem uma larga aplicação de recursos
financeiros e técnicos da União, não apenas no amparo ocasional
mas na organização de uma economia estável e florescente".
Em vez da política predominantemente defensiva ou de
socorro, convencia-se o governo da conveniência de ser adotado
um programa agressivo de desenvolvimento da área. Nesse sentido,
pretendia "reequipar o órgão encarregado do planejamento e da
administração da política federal na área das secas, renovar-lhe os
métodos de ação e estimular, por todos os meios adequados, a
máxima participação da iniciativa privada no erguimento econômico
do Nordeste".
O Plano do Políqono das Secas, segundo a concepção revelada
na Mensagem 363, deveria "estender-se em programas
perfeitamente caracterizados, embora com uma ocorrência perfeita:
os "extensivos", pela abertura de estradas, assistência técnica,
pesquisas, educação das populações, fomento agropecuário e mineral
em geral e melhoria das condições de crédito, com especial
cooperação financeira na abertura de poços e pequenos açudes,
montagem de bombas e irrigação; os intensivos, diferenciando em
zonas e concentrando recursos em torno do empreendimento de

71
larga envergadura, como a grande açudagem, a regularização dos
rios, e realização dos projetos maiores de irrigação e colonização, a
criação de fontes de energia e o desenvolvimento orientado de
núcleos de produção agrícola e industrial.
As diretrizes básicas voltadas para a busca de solução para
os problemas do Nordeste estão traçadas. Resta agora formular o
plano global de desenvolvimento da região à base dos indispensáveis
estudos e pesquisas e aparelhar os órgãos de execução, não só
com recursos financeiros, mas, igualmente, com o necessário pessoal
técnico.

72
SUGESTÕES DE UM PROGRAMA PARA REDUZIR
PERDAS NO SETOR PECUÁRIO NOS ANOS DE SECA
NO NORDESTE DO BRASIL

George W. Barr' *)

Que o Nordeste está sujeito a secas periódicas, é bem


sabido. As pessoas residentes no interior do Nordeste e que vivem
da agricultura são as mais seriamente afetadas. Em vista dos
conhecimentos atuais sobre condições pluviométricas na região, essas
secas periódicas podem ser consideradas inevitáveis.
O homem, portanto, precisa fazer planos para poder resistir,
não somente as secas extremas e excepcionais como as de 1915,
1919 e 1958, quando a pluviosidade foi, aproximadamente, de 40%
do normal - mas, também, as secas menos severas e mais
freqüentes, como as de 1930/32, 1942, 1951 e 1953, quando a
pluviosidade foi de cerca de dois terços do normal.
Embora a economia das cidades litorâneas não seja afetada
pela seca de imediato, os rurícolas e os habitantes de cidades do
interior logo ficam desprovidos de trabalho e de alimentos. Nas
cidades costeiras, as atividades de beneficiamento e industrialização,
dependentes de produtos agrícolas, continuam nos anos de seca -
tal como em 1958 - e o volume de emprego permanece estável.
Observa-se que o fluxo monetário do auxílio federal à área da seca
tende a manter o ritmo dos negócios na zona urbana.
O tempo mais crítico para uma cidade que depende da
agricultura é o ano após a seca. Por exemplo, em Fortaleza, no ano
de 1959, o emprego de trabalhadores dependentes da produção
agrícola deverá ser mínimo. A safra da mamona será baixa. Portanto,
o volume de emprego no beneficiamento desse produto será
pequeno nos últimos meses de 1958 e nos primeiros meses de
1959. A safra do caju poderá ser muito abaixo da normal. O
emprego, em Fortaleza, de trabalhadores não especializados nessa
indústria é bastante grande e, se não fossem as consideráveis

(') Economista da Food and Agriculture Organization (FAO), da Organização das


Nações Unidas (ONU), em missão técnica no Banco do Nordeste do Brasil S. A.

73
sobras da safra de 1957, diversas centenas de empregados ficariam
sem trabalho. A produção de oiticica, provavelmente, será pequena.
Novamente, o número de trabalhadores deverá ser reduzido. Em
escala maior, no Estado do Ceará, a safra de algodão, que poderá
não exceder um terço da normal, implicará a redução das atividades
de beneficiamento e de transporte do produto em menores
quantidades a serem embarcadas nos portos marítimos, em menor
processamento de sementes para a produção de óleo e em menor
quantidade de concentrados destinados ao gado. Tal alimento é,
em grande parte, subproduto das sementes de algodão utilizadas
na fabricação de óleo.
Dos prejuízos ocasionados pela seca no interior sem i-árido, a
inexistência de boas safras na primeira parte do ano seco de 1958
atraiu, inicialmente, a atenção pública. A falta de feijão e milho, a
diminuição da quantidade de mandioca e da colheita de arroz
ocasionaram a demanda imediata de alimentos de outras áreas e a
necessidade de o governo federal dar empregos que
proporcionassem meios para a aquisição de alimentos.
Os agricultores tiveram também de enfrentar o problema da
falta de forragem e de água para ser fornecida ao gado. Os rebanhos
vêm perdendo peso desde janeiro - em alguns casos, desde
dezembro de 1957 -, tendo sido pouco o que se fez relativamente
ao problema, antes que o gado começasse a morrer. A esse tempo
já se havia registrado grande perda no peso dos animais. Pode ser
grosseiramente estimado que o gado disponível, em 1 de janeiro,
Q

em quatro Estados secos do Nordeste", havia perdido, em seis


meses, cerca da metade do seu peso. Aplicando essa perda de
peso apenas às cabeças de gado que deveriam estar prontas para
o I nercado, entre março e dezembro de 1958, a perda total teria
sido de aproximadamente 100 mil toneladas de carne.
Essa era a situação constatada quando técnicos do Banco
do Nordeste viajaram pelo interior, no mês de julho. Entre julho e o
final de outubro não houve chuvas nem forragem adicionais; as
perdas, depois de julho, excederam as indicadas acima. Então,
houve perda de peso e de resistência física das vacas mantidas

21 Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

74
para reprodução. Quando as chuvas voltarem e houver nova
disponibilidade de forragem, serão necessários muitos meses para
esses animais recuperarem as suas energias e o peso normal.
Finalmente, devemos chamar a atenção para a perda de fêmeas e
de animais jovens, mantidos para fins de reprodução. A maior parte
dessas novilhas nunca atingirá o peso normal. Em outras palavras,
foi prejudicado o crescimento dos animais que sobreviveram, visto
que, por vários anos, eles terão a sua capacidade produtiva
retardada.
Com referência à agropecuária, o maior prejuízo causado
pela seca não diz respeito propriamente à redução (ou inexistência)
da colheita de produtos alimentícios para o consumo humano. A
drástica redução das safras dessas culturas anuais muito prejudicou
o agricultor, que deixou de produzir alimentos para a sua família e
para o mercado. Nesse ponto, a principal perda recaiu sobre o
elemento humano, pela desnutrição que acarretou. Além disso, a
queda das safras de algodão, mamona e mandioca pode ser
recuperada em poucos meses após o reinício das chuvas. Os
algodoeiros não morreram e haverá safra no próximo ano. O mesmo
se pode dizer da mamona e da mandioca. A perda econômica,
nesse caso, foi de um ano. Ela foi séria, afetando a renda de
grande número de pessoas, mas, de modo geral, não uma perda
completa. Em alguns casos, as perdas foram em parte
contrabalançadas pelos preços mais elevados obtidos pelos produtos.
Por outro lado, o maior prejuízo causado à agropecuária do
Nordeste foi a perda de gado bovino e, em grau menor, a perda de
ovinos e suínos. A pecuária exigirá, certamente, todo o ano de
1959, admitindo-se colheitas abundantes, para restabelecer-se nas
mesmas bases do início do mês de janeiro de 1958, sendo bem
provável que a recuperação ainda não esteja totalmente consolidada
no início de janeiro de 1960.
Portanto, o problema, do ponto de vista da agropecuária, é
primariamente de reorganização da produção do gado bovino,
obedecendo a um plano que precisa ser considerado pelos criadores,
mas que deve ser liderado pelo governo central. Deverá ser um
plano que minimize a perda do número de cabeças de gado no

75
decorrer de secas futuras". Um plano satisfatório para o manejo
do gado, nos anos em que houver ameaça de seca, dependerá da
ação a ser tomada não após diversos meses de contínua perda de
peso, mas logo após o primeiro mês de seca.
Nas partes secas dos Estados do Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba e na maior parte de Pernambuco e do Piauí, as
principais chuvas ocorrem em quatro meses: de janeiro a abril. Nas
partes secas da Bahia, Sergipe, Alagoas, sudoeste de Pernambuco
e sudeste do Piauí (vide FIGURA 9), normalmente chove em
novembro e continua a chover até abril ou maio. Foi traçado pelo
governo federal, um programa através do qual é possível determinar,
imediatamente após o fim de janeiro, se há seca em qualquer parte
do polígono, bem como a sua extensão e gravidade. Se houver
falta de chuvas até o final de janeiro, ainda poderá chover em
fevereiro, março ou abril. Porém, a estação chuvosa provavelmente
não produzirá, em três meses de chuva, a mesma quantidade de
forragem e de culturas para pastagens que produziria em quatro
meses. Se não houver chuvas em janeiro ou, digamos, se chover
menos de dois terços do normal, criar-se-à imediatamente uma
situação séria, por causa da prática, comumente adotada pelos
criadores, de manterem tantas cabeças de gado bovino, ovino e
caprino quantas a área comportar em um ano de precipitação normal.
Isto significa que faltará forragem, a menos que haja redução no
tamanho do rebanho.
Deve ser salientado, aqui, que a pequena pluviosidade em
um posto pluviométrico não indica necessariamente uma área seca,
por duas razões: (1) O relatório de um posto poderá não indicar
exatamente a pluviosidade total de uma área; (2) Falta de chuva
em uma pequena área não induz a intervenção governamental,
porque o gado pode ser facilmente transferido para outras áreas. O
governo deve se manter atento às áreas secas com raio de 250km,
em círculos, cujo centro é a área seca, e incluindo pelos menos
cinco postos de observação meteorológica mencionados na lista

22 Uma alternativa seria a importação de forragens e concentrados. Porém, mesmo


que tais alimentos estivessem disponíveis em outras regiões ou em áreas do
Nordeste não afetadas, a sua importação não seria economicamente viável.

76
LL
30
3<iti:;'
anexa, e com uma pluviosidade - em todas as estações incluídas no
círculo - de menos de dois terços das chuvas normais acumuladas
até o mês da observação mais recente. Os dados básicos para
esse cálculo encontram-se no quadro anexo.
A redução no número de cabeças de gado deve iniciar-se
imediatamente após a caracterização da seca. Os criadores devem
ser informados, no início de fevereiro, quais deverão ser as áreas
secas, qual a sua extensão, e para onde poderá ser transferido o
gado, ou seja, onde deverá haver forragem. Se não houver
excedentes de forragem disponíveis em lugar acessível, os criadores
e os marchantes deverão ser encorajados e, se necessário,
subsidiados pelo governo para que aumentem o abate do gado
para ser vendido no mercado. Depois de fevereiro, um segundo
relatório dos postos meteorolóqlcos mostrará as áreas secas em
janeiro e fevereiro (ou apenas em fevereiro). Aqui, novamente, há
uma oportunidade para os criadores se ajustarem à situação
emergencial. Se dentro de dois meses ocorrer uma seca severa, o
governo deverá insistir para que as medidas sejam tomadas pelos
pecuaristas. Poderá ser necessário, inclusive, aumentar os subsídios
e encorajar o transporte do gado para fora da área, pagando-se,
por exemplo, o combustível dos caminhões utilizados, de modo a
diminuir o custo dos fretes.
A medida acima deverá ser mantida até o mês de abril.
Depois de abril, se uma determinada área permanecer seca, o
plano governamental não só deverá compreender apenas um mês,
mas todo o período até a próxima estação chuvosa. O início de
maio é a época para o governo iniciar a execução de um plano
sazonal completo, visando a atenuação da crise provocada pela
seca e que, sem a ajuda oficial, aqravar-se-á cada vez mais, mês
após mês, até a estação chuvosa seguinte.

78
OX~N:V
TABELA 3
PRECIPITAÇÕES EM 28 ESTAÇÕES 00 NORDESTE, SELECIONADAS PARA REPRESENTAR TODAS AS
PARTES DO POLÍGONO DAS SECAS - EM MIÚMETROS
Mediana de 1912/1956 Qualquer A no - A no 1958 Usado como Exempio
Estações Acumulados Por mês Acumulados Por Mês % Acumulados Por Mês Divididos PeI3Medtma
Jan. F ev. Mar. Abr. MaL Jan. Fev. Mar. Abr. MaL Jan. Fev. Mar. Abr. MaL
Piauí
1. Barras (11) 167 447 786 1.115 1.273 144 315 546 691 813 86 70 . 69 -62 -64
2. Valença do Piauí (9) 132 322 515 659 676
3. Jaicós (10) 109 233 394 470 485 115 168 285 106 72 72
4. São R. Nonato (8) 285* 444 554 624 631 218* 76
Ceará
5. Sobral 59 192 418 641 773 62 69 116 150 185 105 -36 -28 -23 -24
6. C rateús (1) 68 212 419 572 603
7. Q uixeramobim (1) 34 149 313 490 601 17 30 67 103 103 -50 -20 -21 -21 -37
8. Limoeiro (1) 47 152 367 505 598 6 6 11 11 -02 -43 -4 -2 -2 -10
9. Iguatu (1) 57 224 420 618 672 28 103 182 270 396 -49 -46 -43 -44 -59
10. C rato (1) 121 314 667 816 867 65 185 401 431 517 -54 -60 -60 -53 -60
Rio Gra nde do Norte
11. A ngicos (2) 20 93 196 324 407 2 65 90 98 110 -15 71 -46 -30 -27
12. Currais Novos (1) 14 76 178 267 287 O 21 21 21 79 -o -28 -12 -8 -28
paraíba
13. Pombal (1) 50 168 359 518 633 3 83 95 186 233 -6 -49 -26 -36 -27
14. Soledade 10 49 145 220 239 O 55 61 61 70 O 112 -42 -28 -29
Pemarnbuco
15. O uricuri (1) 74 161 264 374 383 103 132 180 200 206 139 82 68 -53 -54
16. 5ertânia (2) 27 108 194 268 324 10 54 93 127 161 -37 -50 -48 -47 -50
17. Pesqueira (3)* * 77* 159 200 304 396 51* 184 247 268 365 -66 116 124 88 92
18. Petrolândia (14) 139* 155 165 227 231 65* 113 196 186 219 -47 73 119 86 95
A la90<15
19. Piranhas (15) 83* 112 158 237 317 76* 111 117 127 191 92 99 74 54 -60
20. Pi,o de Açúcar (2) 89* 139 183 222 309 10* 14 28 31 44 -11 -10 -15 -14 -14
- -~ - -- -~ - -~ ----- - -- -

CXJ
I-'- (continua)
co TABELA 1
N
r>RECIPITAÇÕES EM 28 ESTAÇÕES DO NORDESTE, SELECIONADAS PARA REPRESENTAR TODAS
AS PARTES DO POLÍGONO DAS SECAS - EM MILÍMETROS
-~.._._~-~
Mediana de 1912/1956 Oualcuer Ano - Ano 1958 Usado como Exemplo
Estações Acumulada Por mês Acumulados Por Mês % Acumulados Por Mês Divididos Pela Mediana
Jan . Fev. Mar. Abr. Mai. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai.
.6.il..!J.lo.
21. Xique-Xique (5) 264* 386 499 529 529
22. Senhor do Bonfim 227* 300 369 453 511
23. Queimadas (2) 162* 238 289 338 384 125* 180 241 264 279 77 76 83 78 73
24. Cipó (6) 155* 195 268 299 364 81* 166 217 274 386 -52 85 81 92 106
25. Mundo Novo (7) 221* 282 343 449 570
26. Andaraí (12) 433* 427 699 811 830 444* 607 747 791 810 103 142 107 98 98
27. Carinhanha (13) 465* 558 681 737 766 548* 642 721 839 839 118 115 106 114 10
28. 8rumado (1) 322* 411 504 531 535 413 499 511 511 511 128 122 102 96 36

FONTE: Os dados históricos, e a maior parte das informações, relativas ao ano de 1958, foram obtidos no Serviço de Pluviométrico do Ministério da Agricultura, no Rio de Janeiro.
Em alguns casos, os dados referentes aos primeiros meses de 1958 foram fornecidos, via telegráfica, pelos Agentes Municipais de Estatística.
Notas: (-) Os números com sinais negativos, representam o período de seca.
(*) Inclusive novembro e dezembro do ano anterior.
(**) Os dados relativos aos meses de novembro e dezembro de 1957, e ao ano de 1958, foram diretamente copiados dos boletins meteoro lógicos existentes
no posto de Pesqueira(PE).
O período a que se refere o presente registro foi determinado pela disponibilidade de dados, no Ministério da Agricultura, relativamente as seguintes anos:
1. 45 anos, 1912/1956.
2. 44 anos.
3. 36 anos.
4. 35 anos.
5. 24 anos.
6. 21 anos.
7. Janeiro, abril e maio, 42 anos; fevereiro, março, junho e novembro, 41 anos e dezembro 39 anos.
8. Janeiro, março, novembro e dezembro, 40 anos; fevereiro, maio e junho, 41 anos e abril, 39 anos.
9. Janeiro, maio, junho, novembro e dezembro 39 anos; fevereiro, março e abril, 38 anos.
10. Janeiro, 42 anos; fevereiro, março, abril e maio, 43 anos; junho, 39 anos; novembro 40 anos e dezembro, 37 anos.
11. Janeiro, fevereiro, abril e maio, 39 anos; março, 37 anos; junho, 41 anos; novembro, 40 anos e dezembro, 35 anos.
12. Janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho, 44 anos; novembro e dezembro, 43 anos.
13. Janeiro, 43 anos; outros meses, 44 anos.
14. Janeiro a junho, 21 anos; novembro e dezembro, 20 anos.
15. Janeiro, fevereiro, março, abril, maio e dezembro, 43 anos; junho e novembro, 44 anos.
TABELA 4
- - - - - - - - - - -

Habitantes de 5 Anos e Mais


Unidades % que Sabem Ler e Escrever em Cada
Que Sabem Ler e Escrever Total
da Grupo
Federação Quadros Quadros Quadros Quadros Quadros
! Quadros Quadros Quadros Quadros
Urbano Suburbano Rurais Urbano ! Suburbano Rurais Urbano Suburbano Rurais
Piauí 45.090 26.176 113.569 72.120 915.855 63,23 36.30 12,40
72.0991
,
Ceará 154.513 127.426 309.139 270.7 821 301.844 1.639.611 57,06 42,22 18,85

Rio Grande do Norte 85.565 22.730 114.628 145.586 68.769 586.183 58,77 33,05 19,55

Paraíba 137.968 35.860 187.281 268.577 119.982 1.035.069 51,37 29,89 18,09

Pernambuco 243.562 267.263 269.838 432.006 564.407 1.841.895 56.38 47,35 14.65

Alagoas 68.232 42.645 73.407 129.1351 116.821 664.022 52,84 36,50 11,05

Sergipe 71.395 '22.755 63.122 118.229 56.318 360.181 60,39 40.40 17,53

Bahia 508.152 89.251 505.826 819.859 256.665 2.975.525 61,98 34,77 17,00

Nordeste 1.314.977 634.106 1.636.810 2.256.273 1.556.926 10.018.341 58,28 40.73 16,34

São Paulo 2.579.190 647.272 1.400.867 3.235.602 983.844 3.577 .411 79,71 65,79 39.16

Brasil 8.290.306 2.742.372 7.556.044 11.334.4161 4.919.275 27.319.826 73,14 55,75 27,66
FONTE: Censo Demográfico - 1950

co
w
PARTE 4

EFEITOS DA SECA SOBRE


A ECONOMIA AGROPECUÁRIA
DO NORDESTE - 1958

(Relatório 3)
NOTA EXPLlCATIVA

o Banco do Nordeste realizou várias pesquisas sobre os


efeitos da seca de 1958. Publicou em agosto um trabalho intitulado
"A Seca de 1958 - Conseqüências da Seca e Sugestões Para Minimizar
Seus Efeitos" e, em dezembro, outro documento: "A Seca de 1958
- Informações Complementares ao Relatório Publicado em Agosto".
Esses relatórios foram apreciados pelo Conselho Consultivo
do Banco na reunião de 12 de dezembro de 1958, na qual foi
aprovada uma recomendação no sentido de o Banco prosseguir
nas pesquisas, publicando, oportunamente, um relato geral sobre
os efeitos da estiagem que assolou o Nordeste no ano passado.
O documento que ora apresentamos ao público, atualiza e
completa as informações constantes dos trabalhos divulgados
anteriormente e visa oferecer uma análise dos efeitos da seca na
economia agropecuária do Nordeste no ano de 1958.

Fortaleza, janeiro de 1959

87
1- LOCALIZAÇÃO E INTENSIDADE

Este documento> apresenta uma síntese dos resultados de


varias pesquisas e estudos realizados pelo Banco do Nordeste>
sobre os efeitos da seca na produção agropecuária e no suprimento
alimentar na área do Polígono das Secas":
No desenvolvimento deste trabalho procuramos: 1) Examinar
a intensidade da seca e seus efeitos na economia agrícola regional;
2) Traçar um paralelo com secas anteriores e delimitar numérica e
graficamente as diferentes zonas afetadas; 3) Contabilizar as perdas
no rebanho, a frustração da safra algodoeira e de culturas de
subsistência; 4) Analisar o trabalho assistencial através do DNOCS e
DNER em relação a secas anteriores; 5) Oferecer sugestões que
objetivem amenizar os efeitos das secas vindouras na economia
agropecuária nordestina.
Os registros pluviométricos e a própria tradição oral do
Nordeste apontam a seca de 1958 como uma das mais rigorosas
ocorridas nos últimos tempos, sendo de intensidade semelhante às
de 1915 e 1919 (FIGURA 10). Naqueles três anos, a pluviosidade
registrou menos de 40% do normal - conforme constatou-se pelas
anotações de sete postos distribuídos na área: Crato, Iguatu e
Quixeramobim (CE); Currais novos (RN); Pombal (PB) e Ouricuri
(PE).
O exame do Gráfico 1 leva à conclusão de que nos anos de
1930-32, 1942, 1951 e 1953 as chuvas se situaram abaixo de 60%
do normal. As secas de 1930-32, 1951 e 1953 - que tiveram duração

Z3 Preparado por Oswaldo Lamartine de Faria, Eduardo de Castro Bezerra Neto e


Pedro Guimarães Mariz Filho, sob a supervisão do Dr. George W. Barr, economista
agrícola da FAO, em missão de Assistência Técnica junto ao Banco do Nordeste
do Brasil S.A ., e de Rubens Vaz da Costa, economista-chefe do BNB.
24 O Banco do Nordeste publicou os seguintes trabalhos: "A Seca de 1958"; "A
Seca de 1958 - Informações complementares" e "Sugestões de Um Programa
Para Reduzir Perdas no Setor Pecuário nos Anos de Seca, no Nordeste do Brasil".
No anexo II está descrita a metodologia utilizada na elaboração desses trabalhos.
25 O Polígono das Secas compreende áreas dos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande
do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais, e foi
delimitado pela Lei nO 1.348, de 10.11.1951.

89
de três anos - colocaram-nas na lista das mais graves dentre as
registradas na reqião".
A análise dos registros pluviométricos e as pesquisas de
campo efetuadas por técnicos do Banco do Nordeste, permitiram
concluir que a seca de 1958 assolou diversamente a área do Políqono
das Secas, destacando-se três zonas afetadas, conforme o mapa.
A maior ou menor precisão das linhas divisionais está, naturalmente,
na dependência do acervo de informes pluviométricos.

26 Felipe Guerra registra, entre os anos de 1959 e 1942, "uma seca de cinco

anos, cinco secas de três anos, oito de dois anos e dezesseis de um ano, a saber:
1559, 1564, 1592, 1614, 1690-92, 1723-7, 1744-6, 1766, 1777-8, 1808-9,
1814, 1817, 1825-6, 1833, 1837, 1844-5, 1860, 1868-9, 1877-9, 1885, 1888-
9, 1891-2, 1898, 1900, 1902-4, 1907-8, 1915, 1919, 1930-2 e 1942.

90
180

160

140

120

100
~
80

60

40

20

O
1912 1914 1916 1918 1920 1922 1924 1926 1928 1930 1932 1934 1936 1938 1940 1942 1944 1946 1948 1950 1952 19541956 1958

Anos

FIGURA 10
PLUVIOMETRIA - 1912-1958
MÉDIA DOS ANOS 1912-56 = 100
FONTE: ETENE/BNB Ceará - Jan., 1959
OB5: A precipitação do Ano de 1957 foi calculada por estimativa
'-D
,.... Médias das estações de Pombal, Crato, Ouricuri, Currais Novos, Iguatu, Limoeiro e Quixeramobim.
Daí admitirmos que os limites traçados no mapa já oferecem
um retrato bem aproximado da realidade. Apenas algumas lacunas,
em diferentes sub-áreas, impediram um maior rigorismo na linha
divisora das zonas. No caso, a interrupção da coleta e a pequena
densidade de postos pluviométricos relativos à região que se inicia
às margens do rio Parnaíba (ao sul da cidade de Floriano) e se
prolonga ao norte e nordeste baiano (Xique-Xique, Senhor do Bonfim
- até as proximidades de Petrolândia). Os resultados do Posto de
Pão de Açúcar (AL) divergiam substancialmente dos circunvizinhos.
A ausência de uma constelação de postos ao redor dessa área
para testar os dados divergentes impediu que se concluísse pela
existência, ali, de um microclima. Assim, prudentemente, temos de
admitir tratar-se de um resultado passível de erro, e que não retrata
a situação de toda a área. Naturalmente, essas lacunas longe estão
de invalidar o retrato geral do quadro com suas diferentes divisões
pluviométricas. Mas é importante que sejam anotadas para uma
futura e desejável correção.
São estas as quatro zonas:

a) Zona 1 - Abrangendo aproximadamente 60% dos Estados do


Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba - sombreada mais
fortemente no mapa - incluindo os postos meteorológicos
informantes de: Sobral, Crateús, Quixeramobim, Limoeiro,
Angicos, Currais Novos, Pombal e Soledade. Em toda esta zona
a pluviosidade foi inferior a 40% do normal e, em algumas sub-
áreas, inferior a 20% do normal.

b) Zona 2 - Atingindo cerca de 40% do Piauí, o sul do Ceará, o


oeste da Paraíba e o noroeste de Pernambuco - sombreada
menos fortemente - onde a seca foi menos intensa. Nela, a
pluviosidade oscilou de 40% a 66% do normal, segundo informes
pluviométricos dos postos Barras e Jaicós (PI); Iguatu e Crato
(CE) e Ouricuri e Sertânia (PE).

c) Zona 3 - Uma faixa que, partindo da margem direita do Parnaíba


(com vértices nas imediações de Teresina e Floriano), vai-se
alargando na direção Sudeste, penetrando no sudoeste de

92
Pernambuco e norte da Bahia - para se estreitar - subindo pelos
limites oeste de Sergipe e Alagoas. Medianamente assolada, a
pluviosidade variou de 66 a 90% do normal, de acordo com
informes dos postos de Pesqueira e Petrolândia (PE) e Queimadas
(BA).

d) Zona 4 - Abrangendo o sul do Piauí, o Estado da Bahia e a faixa


litorânea até os contrafortes da Chapada da Borborema (do Rio
Grande do Norte a Sergipe). Zona que não sofreu um considerável
decréscimo nas lavouras e nos rebanhos.

o
levantamento das três zonas assoladas em 1958 deve
somar cerca de 500.000 km2 e afetar entre 10 e 11 milhões de
pessoas.

2 - EFEITOS DA SECA

a) Pecuária

A maior perda econômica no setor agropecuário é a da


pecuária. Esse problema foi objeto de estudo por parte de técnicos
do Banco do Nordeste, que, nos meses de junho, julho" e outubro>
de 1958 realizaram pesquisas de campo na parte seca do Polígono.
As conclusões do estudo destacaram o modo pelo qual se explora a
pecuária bovina na região.
O gado bovino, geralmente sem aptidão definida, criado
predominantemente para corte, é explorado sob regime extensivo,
solto nos campos de vegetação natural, onde a forragem é
constituída de pasto (ou seja, a mescla natural de porte herbáceo
com predominância, em geral, de gramíneas e leguminosas) e rama
(forragem fornecida pelas folhas das árvores e dos arbustos),
abundantes e verdes no inverno normal, porém escassas e fibrosas
nos últimos meses de estiagem anual. Concentrado nas fazendas

27 Ver ANEXO 2 - a.
28 Ver ANEXO 2 - 12.

93
em razão do volume disponível nos anos abundantes, o gado vacum
disputa esse pasto competindo ainda com os rebanhos de caprinos
e ovinos.
Escasseada a pastagem no segundo semestre do ano, o
suprimento forrageiro passa a ser feito pelo manejo do rebanho de
um cercado para outro ou pela reserva dos restos culturais das
lavouras. É habitual as vacas em lactação receberem suplemento
do concentrado - normalmente torta de algodão - no seu
arraçoamento. Ao findar o período das chuvas, começa igualmente
a preocupação em prover o suprimento líquido ao rebanho, que
passa a depender do açude, poço ou cacimba mais acessível.
Quando se iniciou a seca de 1958, já estando esgotadas as
reservas proporcionadas pelo inverno anterior, os criadores apelaram
para a alternativa de transferência dos rebanhos para zonas menos
adversas, ou para o recurso da alimentação alternativa. Esta pode
compreender o aproveitamento de xerófilas forrageiras (palma,
xique-xique, cardeiro, macambira etc.), a utilização de pastos
arbóreos (juazeiro, canafístula, feijão brabo etc.) e um pouco de
culturas de vazante. Esta é, no entanto, apenas uma pecuária de
"sustentação", que reclamará um ano seguinte abundante para a
recuperação das reses remanescentes, e até mais para atingir o
estado em que se encontravam ao sobrevir a seca.
Via de regra, o algodão cultivado na grande área assolada
pela seca fornece alimentação complementar ao rebanho. Inexistindo
o hábito e a condição de preparação de reservas para fazer face às
secas, verifica-se, quando estas ocorrem, um crescimento da
demanda de torta de algodão e, consequentemente, dos seus
preços. Em 1958, o preço da torta de algodão aumentou de Cr$
2,50 no início do ano, para Cr$ 6,50 a Cr$ 8,00 por quilo, em
outubro.
Em síntese, os efeitos da seca sobre o rebanho determinaram:

a) Transferência de animais para áreas menos, (ou não) afetadas,


com o fim de salvar parte do rebanho;

b) Aumento do número de abates, para aproveitamento da carne


enquanto estava disponível, visto ser contínuo o processo de
emagrecimento do gado;

94
c) Em áreas em que as transferências dos rebanhos foram maiores,
houve falta de reses para o corte e, em conseqüência, verificou-
se redução dos abates, e não o seu incremento;

d) Aumento da taxa de mortalidade das crias e das vacas paridas,


em virtude de insuficiência alimentar;

e) Perda de peso do gado remanescente.

Os pesquisadores do Banco do Nordeste tentaram obter


um indício, pelas informações coletadas em 16 munidpios-", da
magnitude do deslocamento do gado para fora da área, da
quantidade de abates, das perdas e da redução do gado restante.
Os dados levantados permitiram a organização da TABELA 5.
Os dados enumerados na TABELA 5 mostram a diferença
entre uma situação normal, apresentada na primeira coluna de
algarismos - onde os inventários iniciais e finais são aproximadamente
idênticos - e a situação nos primeiros 9 meses de 1958, nos
municípios relacionados. Quando o déficit de 9 meses, em 16
/
municípios (33.000 toneladas de carne) é aplicado numa base
proporcional à área da seca, a perda total eleva-se a 220 mil toneladas
de carne.

29 Sobral, Crateús, Tauá, Crato, Juazeiro do Norte, Iguatu, Senador Pompeu,


Quixeramobim, Quixadá, Baturité, Cabaceiras, São João do Cariri, Patos, Santa
Cruz do Inharé, Currais Novos e Caicó - constituindo 16 municípios que representam
juntos 15% do rebanho bovino do Políqono (ver ANEXO 2 b).

95
TABELA 5
ESTIMATIVA DOS EFEITOS DA SECA DE 1958,
SOBRE A PECUÁRIA NO NORDESTE (TONELADAS DE CARNE)
Situação Situação Entre
Normal 010/1/58 e 30/09/58
I· Dezesseis Municípios Estudados
a. Situação Inicial 85.000 85.000
b. Abates 5.000
c. Transferência Para Outras Áreas 11.000 20.000
d. Inventário Final 85.000 38.000

D~FICIT EM 1958 (9 meses) em 16 Municípios 33.000

11. Déficit em 1958 (9 meses) 220.000


(Cálculo das perdas nas áreas dos Estados do
Ceará, Rio G. do Norte. Paraíba é Pernambuco,
situados no Polígono, das quais os 16 rnunlcf-
pios re[l!esentam 15% da população ,,,-bo,--,-v,,-in,a=):.-.
--'- --'------ _
FONTE: Pesquisa direta do BNB-ETENE, 1958.

Não há dados disponíveis para o último semestre de 1958,


que continuou seco, registrando, provavelmente, um acentuado
volume de perdas. Uma estimativa razoável da perda total deveria
alcançar 300 mil toneladas de carne.
As perdas verificadas no rebanho bovino não se restringiram
a essas 300 mil toneladas. O gado sobrevivente é composto de
animais enfraquecidos por uma desnutrição que exigirá algum tempo
para ser superada. É o caso das reses que tiveram o crescimento
retardado pela carência de alimentos e que se tornarão vacas
atrofiadas, de crias raquíticas e de reduzida capacidade leiteira, ou
ainda dos bois de pequeno porte.

b) Algodão

A lavoura que detém o maior volume econômico na área do


Polígono das Secas é o algodão. Em 1955, o valor da produção de
algodão do Nordeste foi de Cr$ 3,9 bilhões (cerca de US$ 52 milhões),
dos quais Cr$ 3,7 bilhões (US$ 49 milhões) foram produzidos na
área seca. Dentre os diferentes tipos cultivados, destaca-se o algodão
mocó (Gossypium purpurascens) pois, de porte arbustivo, perene
e de fibra longa, em torno de 36/38 mm. De grande resistência às

96
estiagens, aquela lavoura vem de ano a ano dilatando a área de
cultura, originariamente restrita à zona do Seridó, no Rio Grande do
Norte. Sendo a lavoura comercial básica da zona semi-árida, o algodão
foi, naturalmente, afetado no ano de 1958, vindo a constituir, em
casos extremos, recurso forrageiro para o rebanho local.
A estimativa oferecida pelas maiores firmas algodoeiras da
região, para a safra de 1958, apresenta um déficit de 55 mil toneladas
de pluma de mocó, relativamente à safra anterior:

TABELA 6
SAFRA DE ALGODÃO MOCÓ (PLUMA)
Estados Produção em 1.000t
1957 I 1958
Ceará 42 15
Rio Grande do Norte 19 11
Paraiba 26 10
Pernambuco 8 4

TOTAL 9S 40
FONTE: Pesquisa direta do BNB-ETENE, 1958.

Naturalmente, a recuperação dos algodoais dependerá, em


grande parte, da distribuição das chuvas no ano de 1959. Se o
inverno tardar, ou sobrevier outra secà, enormes serão as perdas
de plantas nos algodoais sobreviventes. A formação de novas áreas
ou a recuperação das existentes muito dependem da ajuda oficial à
enfraquecida economia sertaneja e, também, da disponibilidade de
boas sementes. Infelizmente, há falta de sementes selecionadas,
mormente após um ano como o de 1958, em que se verificou
frustração de 55% a 60% do volume da safra.

c) Outras Culturas

Em julho de 1958, três equipes de técnicos do Banco do


Nordeste realizaram uma pesquisa de campo na área seca" com o

30 Constituíram o primeiro grupo: Dr. George W. Barr (FAO), Carlos Brandão da


Silva e J. Franácio de Castro; o segundo grupo: Mário Rocha e Pedro Guimarães
Mariz Filho, e o terceiro: Eduardo de Castro Bezerra Neto e Pedro Hudson de
Paiva Silveira.

97
objetivo de procurar conhecer a extensão da perda das culturas de
subsistência e dos recursos forrageiros regionais. Essa era a época
mais conveniente para aferir os efeitos da seca nesses setores,
pois seria a fase pós-colheita, caso o inverno tivesse sido normal.
Calculou-se, então, que nos Estados do Piauí, Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco a cultura do milho havia
sido apenas 15% da safra de 1957; a do feijão, 15%; a da mandioca,
50%; a da banana, 50%; a do café, 90% e a da cana-de-açúcar,
90%.
Uma estimativa da produção do Poliqono das Secas no ano
de 1958, em milhares de toneladas, segue-se abaixo, ao lado da
pr odução em 1957, cujos números aparecem entre parênteses:
algodão em pluma, l1S (160); mandioca, 2.700 (4.300); feijão,
140 (400); milho, 240 (725); banana, 400 (860); batata doce, 170
(270).

d) Sumário das Perdas

Os prejuízos provocados pela seca de 1958 não se limitaram


aos números acima apontados. Todavia, dada a dificuldade de um
levantamento mais minucioso, teve-se de investigar os produtos de
maior valor econômico, sem se considerarem as culturas de legumes
consorciadas, a pecuária de pequeno porte (caprinos, ovinos e
suínos), as aves e ovos etc. Os números aqui citados, em totais
arredondados, são resultado de estimativas realizadas pelas equipes
que efetuaram as pesquisas de campo, entrevistando as pessoas
mais bem informadas e ligadas aos problemas em cada município.
Os cálculos indicam que o déficit proveniente da seca de
1958 situa-se por volta de 300 mil toneladas de carne e,
provavelmente, 150 mil toneladas de leite. O saldo negativo referente
à lavoura deve orçar em cerca de 700 mil toneladas de culturas de
subsistência (feijão, milho, banana). Em termos de preço por atacado
nos mercados centrais do Nordeste, em janeiro de 1959, essas
perdas, conquanto compensadas em parte pelo aumento dos preços
(conseqüência da escassez e da inflação), se situam, no setor
agropecuário, entre Cr$ 15 e Cr$ 20 bilhões (US$ 116 e US$ 156
milhões).

98
3 - AÇÃO GOVERNAMENTAL

a) Gastos Com a Seca de 1958

Em 1958, as dotações da União para o combate aos efeitos


da seca, elevaram-se a quase dez bilhões de cruzeiros (US$ 77
milhões), importância correspondente a 10,7% da receita prevista
do governo federal, ou o equivalente a Cr$ 940,00 (US$ 73) por
habitante da zona assolada.
Mais da metade daquele valor total, aproximadamente Cr$
6 bilhões (US$ 46 milhões), foi despendida através do Departamento
Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS); outras entidades
através das quais as verbas foram distribuídas são: o Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), com pouco mais de Cr$
2,5 bilhões (US$ 19 milhões); o 1 Grupamento de Engenharia, com
Q

Cr$ 675 milhões (US$ 5,220 mil); Comissão Federal de Abastecimento


e Preços (COFAP), com Cr$ 400 milhões (US$ 3,93 mil); Instituto
Nacional de Imigração e Colonização (INIC), com Cr$ 50 milhões
(US$386 milhões); Legião Brasileira de Assistência (LBA), com cerca
de Cr$ 34 milhões (US$ 262 mil); o Departamento Nacional de
Obras e Saneamento (DNOS), com Cr$ 20 milhões (US$ 154 mil)
e, finalmente, o governo do Estado de Pernambuco, com Cr$ 15
milhões (US$116 mil).

b) Comparação de 1958 Com os Anos Anteriores

A assistência econômica do governo central ao Nordeste


data do Império. A partir de 1909, com a criação da Inspetoria
Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), a atuação do governo
passou a ser feita através de órgão específico. Mesmo nos anos
secos, os trabalhos dependiam de dotações extra-orçamentárias,
que praticamente se interrompiam nos anos de inverno regular.
A FIGURA 11 retrata os esforços da União no combate à
secas no período 1909-58. Ressaltam, à primeira vista, os pontos
culminantes, destacando-se os períodos 1921-22 e 1931-32, (que
coincidem com o governo Epitácio Pessoa e a gestão de José Américo
de Almeida no Ministério de Viação e Obras Públicas, ambos
nordestinos do Estado da Paraíba) e o ano de 1958.

99
c) População Afetada e Migração

A seca de 1958 afetou principalmente os Estados de Ceará,


Paraíba e Rio Grande do Norte e, de modo menos drástico, o Piauí e
Pernambuco. Os três primeiros Estados tinham uma população
conjunta, em 1957, de aproximadamente 6,3 milhões de pessoas.
O mais populoso era o Ceará com 3,2 milhões, seguido pela Paraíba
com 2 milhões e o Rio Grande do Norte com 1,1 milhão de
habitantes.
A deficiência de chuvas em princípios de 1958 fez a população
rural viver em permanente expectativa até fins de março, quando
compreendeu - mortas as esperanças - que não mais havia
alternativa diante da realidade do estio. Até aquele momento,
nenhuma ação direta fora tomada pelos Estados ou mesmo pela
União. A partir do mês de abril, os trabalhadores rurais começaram
a deixar as fazendas à procura de trabalho nas obras de emergência.

Ch

100
16,0

15,0

14,0

13,0

12,0

11,0

10,0

9,0

l 8,0
7,0

6,0

5,0

4,0

3,0

2,0

1,0

0,0
Anos

FIGURA 11
PERCENTAGENS DAS DESPESAS, DO DNOCS SOBRE A ARRECADAÇÃO DA UNIÃO
(1909/1958)

FONTE: ETENE/BNB

•......
O
•......
Ainda em abril, cerca de 220 mil pessoas estavam
empregadas em obras e serviços públicos, com o salário de Cr$
40,00 (US$ 3) por dia. Em conjunto com seus dependentes, aquelas
pessoas constituíam 14% da população total dos três Estados. No
mês seguinte, o número subiu para 400 mil trabalhadores alistados
nas obras de emergência. Tomando-se em consideração esses
trabalhadores e seus dependentes, cerca de 1,6 milhão de pessoas,
ou seja, 25% da população total da área fora afetada pela seca.
Em julho, o número cresceu para 438 mil pessoas registradas em
projetos públicos. Assim, cerca de 1,8 milhão de pessoas foram
diretamente afetadas pela seca, o que corresponde a 28% da
população dos três Estados (Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba).
Nos últimos meses do ano de 1958, o número de pessoas afetadas
havia subido para cerca de 2 milhões, ou seja, 31,7% da população
dos três Estados.
Segundo os dados mais recentes fornecidos pelo INIC, saíram
da região, durante o ano de 1958, aproximadamente 200 mil
pessoas. A grande corrente migratória dirigiu-se para o Sul - São
Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. Número substancial tomou a direção
oeste, especialmente o Maranhão, e menor quantidade de pessoas
emigrou para Goiás, atraídas pela construção de Brasília.

4 - SUGESTÕES DE UM PROGRAMA PARA A PECUÁRIA

o maior prejuízo causado à agropecuária do Nordeste foi a


perda de gado bovino e, em grau menor, a perda de ovinos e
suínos. A pecuária exigirá, certamente, todo o ano de 1959 para
restabelecer; admitindo-se que haja um bom inverno.
O problema, do ponto de vista da pecuária, é, primariamente,
de reorganização da produção de gado bovino, obedecendo a um
plano que precisa ser considerado pelos criadores, mas que deve
ser liderado pelo governo, e que proporcione adequada redução em
número de cabeças de gado nas secas futuras".

31 A alternativa seria a importação de forragens e concentrados. Mesmo que tais


alimentos estivessem disponíveis em outras regiões ou em áreas do Nordeste não
afetadas, a sua importação não seria economicamente viável.

102
Um plano satisfatório para o tratamento do gado, nos anos
em que houver ameaça de seca, dependerá da ação a ser tomada,
não depois de diversos meses de contínua perda de peso, mas
após o primeiro mês de seca.
Nas partes secas dos Estados do Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba e na maior parte de Pernambuco e do Piauí, as
principais chuvas ocorrem em quatro meses: de janeiro a abril. Nas
partes secas da Bahia, Sergipe, Alagoas, no sudoeste de Pernambuco
e no leste do Piauí (ver FIGURA 12), normalmente chove em
novembro e continua a chover até abril, ou data posterior.
Foi idealizado um esquema por meio do qual é possível estimar
com relativa precisão, no correr dos quatro primeiros meses do
ano, a extensão e a gravidade da seca", Se houver falta de chuvas
até o fim de janeiro, ainda poderá chover em fevereiro, março ou
abril, mas a estação chuvosa provavelmente não produzirá, em
três meses de chuva, a mesma quantidade de forragem e de
culturas que produziria em quatro meses. Se não houver chuvas
em janeiro, ou digamos se chover menos de dois terços do normal,
criar-se-á imediatamente uma situação séria, por causa da prática,
comumente adotada, de manter tantas cabeças de gado bovino,
ovino e caprino quantas a área comporta em ano de precipitação
normal. Isto significa que faltará forragem, a não ser que haja
redução do número de cabeças de gado.
Se as chuvas acumuladas de janeiro e fevereiro forem
inferiores a 2/3 das chuvas normais desses dois meses, a situação
se configurará muito mais séria e se a pluviosidade acumulada de
janeiro a março for menos de 2/3 da normal, ter-se-à um ano
seco.

32 Ver ANEXO 2 d,

103
/=[:N1:<;:.,;{io A~·;:t::;: ~;};.;: -i'~:%Ji;.d:,::;
,,~,~: ::~:::) >:õ'·;.'.

FIGURA 12

104
A redução do número de cabeças de gado deve iniciar-se
imediatamente. No princípio de fevereiro, as autoridades e o público
devem ser informados, onde estão as áreas secas, qual sua
extensão e para onde poderá ser transferido o gado, a fim de
conseguir forragem. Se não houver excedentes disponíveis em lugar
acessível, os criadores e os abatedores deverão ser aconselhados,
encorajados e, se necessário, subsidiados pelo governo, para que
aumentem o abate do gado pronto para o mercado.
Depois de fevereiro, um segundo relatório dos postos
meteorológicos mostrará as áreas secas em janeiro e fevereiro ou
apenas em fevereiro. Haverá, então, nova oportunidade para os
criadores se ajustarem à situação. Se nesses meses ocorrer uma
seca severa, o governo deverá insistir mais para que medidas sejam
tomadas. Poderá ser necessário aumentar subsídios e encorajar o
transporte de gado para fora da área.
A medida acima deverá ser mantida até abril. Depois de
abril, se uma área permanecer seca, o plano governamental não
deverá compreender apenas um mês, mas todo o período até a
próxima estação chuvosa. O início de maio é a época para o governo
iniciar a execução de um plano para reduzir os efeitos da situação
criada pela seca e que, com toda a probabilidade, sem essa ajuda
oficial, aqravar-se-á cada vez mais, mês após mês, até a estação
chuvosa seguinte.

5 - PROBLEMAS DA ESTOCAGEM DE ALIMENTOS

O preparo para os anos secos tem suscitado uma série de


medidas, objetivando, por um meio ou por outro, suprir de alimentos
a população e os rebanhos do Nordeste seco.
Uma das soluções ventiladas tem sido a estocagem. Aquela
é, em realidade, a mais desejável, se for possível que se lance mão
das reservas quase de imediato, tão logo a escassez se faça sentir.
Ela é igualmente desejável, por permitir o forrageamento dos
rebanhos, em contra posição à pecuária generalizada que as secas
têm acarretado.
Ocorre, entretanto, que o calendário evidencia, em cada
década, a ocorrência de uma grande seca e de outra de menor

105
intensidade - sem a constância aritmética que permitisse um plano
econômico de armazenamento de forragem e alimentos.
Admite-se que em um país com a extensão territorial e a
diversidade de clima como o nosso, ao invés de se estocar alimentos
com o objetivo de atender as necessidades em um ano vindouro
seco, aconselhável seria se considerar o fato de que as áreas não
assoladas podem suprir de gêneros a faixa seca. A estiagem de
1958 ilustra bem esta afirmativa.
Naturalmente que o problema do fornecimento de gêneros
tende a se suavizar com o crescente desenvolvimento da rede de
transportes e a organização de mercados. A estocagem, além de
reclamar um aparelhamento material grande, a organização de um
sistema de classificação e uma campanha educativa especial, teria
contra si ainda as possibilidades de pressões e interferências de
ordem não econômica, sobretudo as de natureza política.

106
ANEXO I

A Natureza do polígono das Secas

o Polígono das Secas compreende áreas parciais de nove


Estados da Federação, num total de 945.000 krn-. Sua delimitação
não corresponde exatamente aos limites da área semi-árida do
Nordeste". Parte do agreste de Pernambuco e da Paraíba e partes
do Rio Grande do Norte e de Alagoas estão incluídas no Polígono,
embora nessas áreas nem sempre o fenômeno de irregularidade
pluviométrica se apresente sob a forma de secas, e sim de estiagens
prolongadas.
No Políqono das Secas há áreas que se distinguem por melhor
regularidade e quantidade de chuvas, como os vales úmidos e
algumas serras. Essas faixas são mais propícias à atividade agrícola,
principalmente à lavoura, e nas secas mais severas apresentam,
ainda, volume razoável de produção, furtando-se a um desastre
econômico de grandes proporções. Aquelas áreas servem de amparo
às zonas circunvizinhas, afetadas duramente pela ausência de
chuvas.
Nas áreas de pluviosidade ou de umidade relativa do ar mais
elevadas, dentro do Poliqono das Secas, a população rural dedica-
se predominantemente à lavoura ou à criação de bovinos de raças
selecionadas. Nas grandes extensões das caatingas, a atividade
predominante é a criação de bovinos de raças crioulas nativas e de
caprinos, ovinos, suínos e aves domésticas, de forma extensiva e
sem cuidados zootécnicos especiais, e sem refinamento nas técnicas
pastoris.
Há no Políqono das Secas, áreas onde se encontram tipos
de atividade adequados às condições locais. Poderíamos citar como
exemplos: o Seridó no Rio Grande do Norte, com a associação da
cultura do algodão mocó à criação do gado Schwitz em mestiçagem
com o zebu; a zona de cultivo do tomate de Pesqueira (PE); as

33A região Nordeste é formada pelos Estados abrangidos pelo Políqono das Secas,
exceto Minas Gerais. Os Estados são: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

107
zonas de palma forrageira (Opuntia ficus indica) com gado holandês
mestiçado com zebu, em terras altas da Paraíba, Pernambuco e
Alagoas; a zona de fumo ao redor de Arapiraca (AL); e a zona de
criação de zebu nas matas do Orobó, na Bahia. Mencionamos,
ainda, as áreas irrigadas em alguns açudes públicos, em açudes
particulares e em trechos de regadio no médio e baixo São Francisco.

a) População da Área Seca

o Polígono das Secas, com aproximadamente 78% da área


do Nordeste, concentra cerca de 65% de sua população. Estima-se
a população do Polígono em pouco mais de 10,5 milhões de pessoas,
de um total de 16,4 milhões para todo o Nordeste, segundo o
Censo Demográfico de 1950. A densidade demográfica no Poliqono
é extremamente desigual. Nas áreas de condições melhores para
as lavouras, a concentração é maior. A lavoura ocupa abundante
mão-de-obra, ao passo que as atividades pecuárias utilizam reduzida
força de trabalho. Excetuando algumas cidades no litoral, o maior
centro populacional no interior do Polígono das Secas é Campina
Grande, com cerca de 100 mil habitantes. Em toda a área, apenas
23 cidades (inclusive sete nos vértices do Poliqono) possuíam mais
de 10 mil habitantes em 1950.

b) Atividade Econômica

A atividade predominante no Polfqono das Secas é a


agricultura. Em épocas normais, podemos estimar a produção agrícola
do polígono entre 60 a 70 por cento do total do Nordeste>'.
O principal produto agrícola na área seca é o algodão, que
gera uma renda de aproximadamente Cr$ 3,7 bilhões (US$ 49
milhões) num total de Cr$ 3,9 bilhões (US$ 52 milhões) para toda a
região, em 1955. Outros produtos de grande importância econômica

34o produto bruto da agricultura nordestina, em 1956, segundo cálculos da


Fundação Getúlio Vargas, foi de Cr$ 40 bilhões (US$ 538 milhões). Baseando-nos
na estimativa de 60 a 70 por cento, teríamos para o Polígono um total de Cr$ 24
a Cr$ 28 bilhões (US$ 323 a 376 milhões).

108
são: cera de carnaúba, mamona, feijão, milho, agave, café,
mandioca e banana, gerando mais de Cr$ 6,5 bilhões (US$ 86
milhões) de um total de Cr$ 8,2 bilhões (US$ 109 milhões) para o
Nordeste, em 1955.
Os diversos rebanhos existentes no Polígono podem ter os
valores estimados nos montantes apresentados na TABELA 7,
partindo-se de levantamentos do Serviço de Estatística da Produção
(em números arredondados):

TABELA 7
REBANHOS DO NORDESTE E DO POLíGONO DAS SECAS - 1956
Número em 1.000 Cabeças Valor em Cr$ 1 Milhão
Nordeste Polígono Nordeste Polígono
Bovinos 11.500 6.500 33.500 18.900
Suínos 7.500 6.000 6.000 4.800
Ovinos 6.000 5.000 1.500 1.500
Caprinos 8.000 7.000 1.500 1.300

TOTAL - - 42.500 26.300


FONTE: Estimativa feita pelo BNB-ETENE, com base em dados do SEP.

O valor dos efetivos dos rebanhos do Políqono das Secas


representa aproximadamente 60% do total da região. A distribuição
e o tipo de exploração do rebanho variam consideravelmente de
Estado para Estado.
Nas caatingas do nordeste baiano, nos sertões
pernambucano, paraibano, rio-qrandense-do-norte, cearense e
piauiense predomina a criação extensiva, sobretudo a de gado crioulo,
grandes fazendas de pastagens nativas. Nos campos centrais de
Sergipe e Alagoas, no sertão médio e 'no sul da Bahia, onde a
vegetação é mais densa - e por isso as pastagens são melhores -
predominam os mestiços de raças zebuínas, gado de porte mais
elevado e de maior peso médio. Todas essas áreas se dedicam à
cria e à engorda extensiva para a venda nos mercados litorâneos,
sobressaindo, de modo especial entre esses, o mercado de Recife
e da Zona da Mata de Pernambuco.
Ao redor dos centros populacionais de maior expressão se
desenvolve a pecuária leiteira especializada, podendo-se citar a bacia
leiteira de Fortaleza como uma das de maior relevo na área do
Poliqono das Secas.

109
Em algumas zonas dentro do Políqono que apresentam
umidade relativa do ar mais elevada, particularmente a zona de São
Bento do Una (PE), os Cariris Paraibanos e parte da caatinga úmida
de Alagoas, vêm-se destacando, há alguns anos, a criação de gado
selecionado de aptidão leiteira. Pode-se incluir, também, a zona do
Seridó, no Rio Grande do Norte. As forragens básicas nas duas
primeiras áreas são a palma forrageira, a torta do caroço de algodão,
a vegetação nativa e uma incipiente ensilagem de milho ou de
sorgo. O gado predominante é o mestiço de holandês com zebu.
No Seridó, os fazendeiros se orientam mais para a mestiçagem do
Schwitz com zebu e a forragem básica é a torta e os capins das
vazantes dos açudes.
A importância da açudagem se faz sentir principalmente no
uso da água para as populações e para a pecuária regional, além
do desenvolvimento da piscicultura como fonte de alimento e do
eventual aproveitamento de energia elétrica.
A FIGURA 13 ilustra a utilização da área agrícola nas fazendas
e a estimativa das possibilidades irrigáveis do Nordeste. A FIGURA
13 mostra que, presentemente, a faixa irrigada soma apenas 6 mil
hectares - ou 18 mil ha se consideradas as culturas de vazante e
da faixa seca. Estima-se ainda que as possibilidades teóricas máximas
de irrigação não atingem 2% da área dos estabelecimentos agrícolas
do Nordeste, mesmo considerando as diversas fontes de água
(rios perenes, açudes presentes e futuros, lençóis subterrâneos,
lagoas e poços). Ou seja, 800 mil hectares, suficientes para fixar
80 mil famílias, equivalentes a cerca de 400 mil pessoas. É importante
salientar que o crescimento demográfico do Nordeste, excede, em
apenas um ano, essa capacidade teórica de fixação da área irrigável.

110
Área Provável de Irrigação
1,81%

li Área Provável de lnigação


[J Lavouras
I!I Matas
O Terras Incultas
D Pastagens

FIGURA 13
IRRIGAÇÃO NO NORDESTE

FONTE: Censo Agrícola - 1950


Estimativa do Engo• J.G. Duque

c) Crescimento Demográfico

Calcula-se que a população nordestina está crescendo em


cerca de 500 mil habitantes por ano. São mais de 500 mil pessoasa
alimentar - já que a válvula migratória tem sido modesta e
desorganizada, alcançando, na década de 1940/50, uma média
inferior a 40 mil emigrantes por ano.
Supondo-se que se mantenha inalterada a taxa de
crescimento da população e a estrutura de emprego de 1950,
deverão ser criados 917 mil novos empregos na agricultura, além

111
de 370 mil nos outros setores, totalizando quase 1,3 milhão de
novas oportunidades, na década de 1950/6035•
Outro raciocínio concluiria que, no decorrer da década de
1950, mais de 2,8 milhões de pessoas atingirão a idade de trabalho,
sendo que dessas, 1,9 milhão residem no campo. A diferença é
explicável pelo fato de grande parte da população feminina
permanecer sempre como potencialmente ativa, não conquistando
empregos remunerados que a promoveriam à definição censitária
de economicamente ativa.
O prolongamento do cálculo para o decênio seguinte, isto é,
1960/70 - concluiria pela necessidade de mais de 1,1 milhão de
empregos nas atividades rurais. Por sua vez, a população
potencialmente ativa (em idade de trabalhar), aumentaria de 3,5
milhões de pessoas, das quais mais de 2,3 milhões nos quadros
rurais. Daí a interrogação: tem a economia nordestina, em especial
a agricultura, capacidade para absorver essa gente? De tudo, conclui-
se que:

a) O Nordeste é uma região com grande potencial migratório, o


qual pode ser utilizado para integrar na economia brasileira novas
áreas de território nacional;

b) As migrações de nordestinos têm sido relativamente pequenas,


representando menos de meio por cento da população.

35Depoimento de Raul Barbosa perante a Comissão Especial de Estudos das Secas


do Senado Federal, em dezembro de 1958. Estimativa admitindo que a população
economicamente ativa continuasse representando 30% da população total.

112
ANEXO 11

Metodologia

a) Metodologia Utilizada na Pesquisa "A Seca de 1958"

As observações, idéias e sugestões contidas no relatório são


resultados de pesquisa na área afetada pela seca de 1958, feita
por três grupos de técnicos (economistas e agrônomos), seguindo
três roteiros diferentes>, Praticamente foram cobertas todas as
áreas economicamente importantes e afetadas pela grande
estiagem.
A pesquisa foi cuidadosamente preparada, tanto o roteiro
como o questionário para uso em campo. Cada grupo reuniu a
massa de informações colhidas em relatórios separados, e
apresentou também um documentário fotográfico. À base desses
relatórios parciais e dos questionários preenchidos, foi feito o relatório,
que contém, ademais, uma apreciação crítica e interpretativa do
fenômeno das secas, de suas conseqüências e das medidas tomadas
e das que deveriam ser tomadas.

b) Metodologia para o Cálculo das Perdas no Setor da


Pecuária Bovina da Área Seca

1) Coleta de informes em 44 municípios situados na área afetada;

2) Seleção de 16 desses municípios, com base na coerência e


volume dos informes colhidos;

3) Balanço das perdas em cada município, separadamente;

4) Totalização das perdas, consolidada em uma tabela;

36 Constituíam o primeiro grupo: Dr. George W. Barr (FAO), Carlos Brandão da Silva
e J. Franácio de Castro; o segundo grupo: Mário Rocha e Pedro Guimarães ~,'ariz
filho e o terceiro: Eduardo de Castro Bezerra Neto e Pedro Hudson de P~'.'2
Silveira.

~~3
5) Estimativa dos prejuízos na área em estudo, partindo do balanço
global para os 16 municípios selecionados, sabendo-se que, pelas
estatísticas da década anterior, eles representam 15% da
população pecuária bovina da área;

6) A estimativa dos abates e transferência dos animais para outras


áreas (ver Tabela I, its. h e c - 11 mil toneladas) foi feita com
base na percentagem revelada pelas estatísticas oficiais, no
período 1949/56.

c) Metodologia do Roteiro do Depoimento Prestado pelo Dr.


Raul Barbosa, Presidente do Banco do Nordeste do Brasil
S.A., Perante a Comissão Especial de Estudos das Secas,
no Senado Federàl

Na elaboração do roteiro, apenas deu-se forma gráfica às


estatísticas do SEP - FGV - DNOCS - IBGE, reunidas, adaptando-
as ao fim a que se destinavam.
Por processo aritmético, estabeleceram-se as proporções
para comparação, ou apenas se cotejaram os totais obtidos, ano a
ano.
Referência especial merece ser feita apenas ao cálculo do
incremento decenal da força de trabalho do Nordeste, onde se
procedeu a uma projeção da População Economicamente Ativa e
potencialmente ativa, revelada em 1950.

d) Metodologia Utilizada na Análise Pluviométrica do


Políqono das Secas

As conclusões sobre os índices numéricos indicadores dos


anos de inverno ou de seca foram determinados pela:

1) Coleta da pluviosidade mensal dos anos 1912 a 1956, em cada


estação meteorológica selecionada;

2) Cálculo das medianas;

114
3) Considerou-se a mediana igual ao índice 100;

4) Cálculo da percentagem das chuvas, acumuladas por mês, em


relação à mediana. Ex.: o posto de Quixeramobim (CE) acusou
nos meses de janeiro e fevereiro (acumulados) de 1912 a 1956,
149 mm de mediana (significa que havia registros de 22 anos
acima dos 149 mm e outros 22 anos situados abaixo); a
acumulada em fevereiro de 1958 (janeiro + fevereiro) foi de 30
mm de precipitação; calculada a percentagem desse mês em
relação à mediana de 1912/56 do mesmo mês, temos:
149 : 100 : : 30 : x = 20%;

5) Arbitrado que acima de 67% (com relação à mediana acumulada


significa inverno) e abaixo de 66%, seca, conclui-se que em
Quixeramobim houve seca, entre janeiro e fevereiro de 1958.
Os cálculos prosseguiram mês a mês.

115
BIBLIOGRAFIA SOBRE AS SECAS

LEVANTAMENTO REALIZADO
PELO ETENE EM 1957
APRESENTAÇÃO

Vasta e variada é a bibliografia sobre o secular problema das


secas nordestinas. Patrimônio de inestimável valor, encontra-se
disperso em bibliotecas, em poder de estudiosos, de bibliófilos e de
quantos se preocupam com os problemas desta região brasileira.
Com a criação de novas instituições oficiais, semi-oficiais ou privadas,
com responsabilidade no Polígono das Secas, essa bibliografia tende
a aumentar rapidamente.
Sentiu o Banco do Nordeste do Brasil S.A. a necessidade de
procurar catalogar essa documentação, registrando de maneira
uniforme e sistemática, o muito que se já escreveu sobre as secas.
Como primeira tentativa, solicitou ao agrônomo Ruy Simões Menezes,
do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, a preparação
de uma Bibliografia das Secas Nordestinas, com os elementos
possíveis de coletar em Fortaleza.
Sabemos que esse trabalho, que ora divulgamos, é parcial e
incompleto. Ao publicá-Io, move-nos o intento de prestar uma
colaboração aos estudiosos dos problemas nordestinos, e de obter
deles, das bibliotecas, institutos geográficos e históricos e de outras
instituições, elementos para rever, ampliar e atualizar este registro
bibliográfico. Temos o máximo de empenho, por outro lado, em
obter obras referidas na bibliografia, ou não, sobre as secas
nordestinas para a nossa biblioteca e, consequentemente, para uso
de todos os pesquisadores e estudiosos da história e da vida
econômico-social desta região.
Aqui ficam o nosso apelo e a nossa contribuição inicial.

Fortaleza, junho de 1957

Banco do Nordeste do Brasil S.A. - ETENE

119
REFERÊNCIAS

LIVROS

ABREU, J. C. Capítulo de história colonial (1500-1800). 4.


ed. Rio de Janeiro: Briguiet, 1954. 386 p.

ALBANO, I. A pecuária no Ceará. Rio de Janeiro de Janeiro:


Imprensa Nacional, 1918. 66 p. (Secas). p. 54-60.

ALMEIDA, J. A. de. As secas do Nordeste: depoimentos sobre


as secas, em novembro de 1953, na Câmara dos Deputados. Rio
de Janeiro: Ministério da Viação e Obras Públicas, 1954. 109 p.

ALVES, J. História do Ceará: história das secas: século XVII a


IXI. Fortaleza: Instituto do Ceará, 1953. 242 p. V. 1.
(Monografia, n. 23).

ANDRADE, F. A. de. A propriedade rural no polígono das


secas. Fortaleza: Escola de Agronomia do Ceará, 1954. 39 p.
(Publicação, n. 1; Série C).

AUGUSTO, J. S. Bibl. hist. norte-riograndense - VI. Rio de


Janeiro: Borsoi, [19-], 28 p.

BANCO DO NORDESTE DO BRASIL. Banco do Nordeste do


Brasil: uma nova fase contra as secas. Rio de Janeiro: Ministério
da Fazenda, 1953. 51 p.

___ o Estatutos e prospectos de subscrição de capital.


Rio de Janeiro, 1953. 17 p.

___ o Contribuição à bibliografia das secas. Fortaleza,


1957, 49 p.

BARBOSA, A. A homeopatia: reflexões inócuas - as secas do


nordeste. Rio de Janeiro, 1920. 148 p.

120
BARBOSA, O. Seca de 32: impressões sobre a seca_nordestina.
Rio de Janeiro: Aderson Editores, 1935. 198 p.

BARREIRA, L E.; DOURADO, A. M. Observações sobre


algumas forrageiras erneíos de sua conservação, no
Nordeste. [S.I.]: Dnocs, 1946. 53 p. (Publicação, n. 145.: Série
I, A).

BARROS, M. Impressões do nordeste brasileiro. São Pa_::::


Monteiro Lobato, 1923.

BAYMA, A. C. Irrigação mecânica do nordeste. Rio de


Janeiro: Ministério da Agricultura, 1943. 123 p.

BERREDO, V. de. Obras contra as secas. [S.I.]: Dnocs, 1950. 46 p.

BOUCHARDET, J. O problema do norte e sua solução. Rio de


Janeiro: Paris, [19-]. 392 p.

___ Solução radical e científica do problema das


o

secas: complemento da obra - o problema do norte e sua


solução. Rio de Janeiro, 1915. 88 p.

BRASIL. Ministério da Viação e Obras Públicas. A luta contra as


secas no Nordeste. Rio de Janeiro, 1958. 94 p.

___ O problema social econômico das obras contra as


o

secas: relatório. Rio de Janeiro, 1937. 155 p.

BRASIL. Presidência da República. Planejamento do combate


às secas. Rio de Janeiro: Banco do Nordeste do Brasil, 1953. 58 p.

BRAGA, C. Secas do nordeste e reorganização econômica,


Rio de Janeiro, 1919. 88 p.

BRASIL, T. P. S. O Ceará no centenário da independência do


Brasil. Fortaleza: Tipografia Minerva , 1922.

121
___ o o Ceará no começo do século xx. Fortaleza, 1909.

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