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AGENDA 21 COMPERJ
Grupo Gestor:
Petrobras Gilberto Maldonado Puig
Ministério do Meio Karla Monteiro Matos (2007 a junho de 2010)
Ambiente Geraldo Abreu (a partir de julho de 2010)
Secretaria de Estado do Carlos Frederico Castelo Branco
Ambiente (RJ)
Equipe:
Coordenação Geral: Ricardo Frosini de Barros Ferraz
Coordenação Técnica: Patricia Kranz
Redação: Arilda Teixeira
Janete Abrahão
Kátia Valéria Pereira Gonzaga
Patricia Kranz
Thiago Ferreira de Albuquerque
Pesquisa: Mônica Deluqui e Ruth Saldanha
Revisão de Conteúdo: Ruth Saldanha
Revisão: Bruno Piotto e Fani Knoploch
Leitura Crítica: Cláudia Pfeiffer
Edição de Texto: Vania Mezzonato / Via Texto
Colaboração: Ana Paula Costa
Bruno Piotto
Hebert Lima
Liane Reis
Luiz Nascimento
Nathália Araújo e Silva
Fomento dos Fóruns: Ana Paula Costa
Colaboração: Leandro Quintão
Paulo Brahim
Roberto Rocco
Projeto Gráfi co: Grevy Conti Designers
Seleção e Tratamento de Maria Clara de Moraes
Imagens:
Fotos: Ana Paula Costa
Jorge Luís Miranda da Silva
Mara Lucia Nunes dos Santos
Milena Almeida
Paulo Lulo
Roberto Rocco
Rossinni Maraca
Vera Lucia Felgueiras
Banco de Imagens Petrobras / Beto Paes Leme
Impressão: Stilgraf
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MEMBROS DO FÓRUM DA AGENDA 21 DE SAQUAREMA
Isaurinha de Resende - Secretaria Municipal de Promoção Almir Pereira da Silva – Renascer Obras Sociais
Social e Cidadania
Anylcio Teixeira Pinto Telles Filho - OAB
João Batista Alves Pereira - Emater
Marques Guilherme Ourique – ONG Poabas Brasil
Jorge Mathias do Nascimento - Secretaria Municipal de
Saúde Nanci Xavier – Associação Prof issional dos Ar tesãos
Autônomos de Saquarema
Marlucia Pinto de Oliveira Silva - Secretaria Municipal
de Agricultura, Abastecimento e Pesca Vera Lucia da Silva Felgueiras – Paróquia Nossa Senhora
de Nazareth
Rafael Pinheiro - Câmara Municipal
Suplente
Suplente
Irmã Maria de Lourdes Basílio – Centro Social Madre
Sandra Bittencourt - INSS Maria das Neves
Thatiana Mazzo – MR Refrigeração Ltda Layla Gar r ido Pereira – A ssociação de Moradores e
Amigos da Restinga de Jaconé
Suplente
Lucia Regina Peçanha – Associação de Moradores do
Rita Maria Cristina Daumas Pereira Lopez – Daumas Castelinho e Gravatá
Academia
Nilce Mar y de Souza Cezar Machado – Associação de
Moradores e Amigos do Boqueirão
Suplente
Carine Rodrigues de Souza – Colônia de Pescadores Z-24
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6
Um dos principais empreendimentos da história da Petrobras, o Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro (Comperj) deverá entrar em operação em 2013. Situado em Itaboraí,
vai transformar o perfil socioeconômico de sua região de inf luência.
Esse esforço só foi possível devido à ampla participação de toda a sociedade. Assim,
agradecemos a todas as instituições, empresas, associações e cidadãos que, voluntaria-
mente, dedicaram seu tempo e esforços ao fortalecimento da cidadania em seus municí-
pios em busca de um modelo de desenvolvimento que leve qualidade de vida para todos.
Esperamos que a Agenda 21, fruto de trabalho intenso e amplo compromisso, contribua
para a construção de um futuro de paz e prosperidade para esta e as próximas gerações.
Transformá-la em realidade é uma tarefa de todos.
A Agenda 21 é um compromisso socioambiental fi rmado pela comunidade internacional durante a célebre Confe-
rência Rio-92. Propondo o modelo de desenvolvimento sustentável, a Agenda 21 pretende resguardar a qualidade
de vida das gerações futuras. Assim, 172 países, entre eles o Brasil, aprovaram a Agenda 21, assumindo um
novo modelo de civilização, onde predominam o equilíbrio ambiental, a justiça social e a paz entre os povos.
Segundo a Agenda 21 Brasileira, elaborada através de ampla mobilização pública de 1997 a 2002, uma das principais
tarefas que se colocam para os gestores é o cumprimento da Agenda 21, tendo em vista o futuro das cidades sus-
tentáveis, com inserção social e oportunidades para todos. Neste sentido, trata-se de um processo de transformação
permanente, que incorpora uma nova maneira de gestão, integrada e participativa. É também uma ferramenta para
a construção de um município com mais consciência ecológica, necessária ao desenvolvimento sustentável.
Em 2007, o governo do Estado, através da SEA, criou a Superintendência da Agenda 21 do Rio de Janeiro. Agora,
é chegada a vez de os municípios criarem suas Agendas 21 Locais. O município de Saquarema já começou este
processo, através da Lei no 985, de 29 de abril de 2009, que institui o Fórum da Agenda 21 Local. Também foi
criado, recentemente, o Programa de Educação Ambiental, nas escolas. Estamos desenvolvendo programas de
replantio de mudas nativas na Praia de Itaúna. Fizemos um convênio com os pescadores e agricultores locais
para adquirir diretamente seus produtos para a merenda escolar. E acabamos de criar um consórcio entre quatro
municípios para a construção de um aterro sanitário, a fim de resolver o problema do lixo.
São os primeiros passos no sentido de consolidar uma cultura ambiental em Saquarema, para edificar a so-
ciedade que queremos e estamos construindo dia a dia, envolvendo todos os atores sociais.
Franciane Motta
Prefeita de Saquarema
Um processo de desenvolvimento sustentável
A Agenda 21 é um processo que teve início na famosa Rio-92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Na ocasião, 179 países assinaram a Agenda 21 Global, que
em seus 40 capítulos que preconiza o desenvolvimento sustentável, conciliando proteção ambiental, justiça
social e eficiência econômica. Anos depois, após um amplo debate que envolveu representantes do governo e
da sociedade civil, o Brasil aprovou sua Agenda 21, adotando o padrão do desenvolvimento sustentável, com
este novo olhar sobre o planeta. A Agenda 21 Brasileira definiu seis temas básicos: agricultura sustentável,
cidades sustentáveis, infraestrutura e integração regional, gestão dos recursos naturais, redução das desigual-
dades sociais, ciência e tecnologia com sustentabilidade.
Hoje, em todo o País, cerca de 200 municípios estão vivendo seus processos de construção de uma Agenda 21
Local. Saquarema há anos vem tentando consolidar sua Agenda 21. A primeira tentativa foi há mais de 12 anos,
quando a sociedade civil organizada promoveu um grande debate na Câmara Municipal, para sensibilizar o
Poder Executivo e o Legislativo. Outra tentativa foi quando se elaborou um Plano de Desenvolvimento Susten-
tável, no âmbito do Programa Comunidade Ativa, uma extensão do antigo Programa Comunidade Solidária,
do governo federal. Agora, estamos na terceira tentativa, construindo dia a dia o nosso Fórum da Agenda 21
Local, depois de termos aprovado nosso Plano Local de Desenvolvimento Sustentável.
Nesta terceira fase, a Agenda 21 de Saquarema teve início a partir de uma reunião de sensibilização com cerca
de mil pessoas, promovida pela Caravana Comperj em 2007, preparatória de uma grande reunião realizada
posteriormente em Itaboraí, quando foram eleitos quatro representantes, por setor, de cada município, para
compor um Fórum da Agenda 21, com o patrocínio da Petrobras, Ministério do Meio Ambiente e Secretaria de
Estado do Ambiente. Em seguida, realizaram-se reuniões setoriais no município, contemplando os segmentos
setor público, empresarial, Organizações Não Governamentais (ONGs) e comunidade (associações de morado-
res, pescadores e agricultores). Aos poucos, Saquarema começou a constituir seu Fórum da Agenda 21 Local,
inclusive nos termos da lei sancionada em 14 de novembro de 2007 e retificada em 29 de abril de 2009.
Durante todo esse processo, houve inúmeras reuniões nos bairros, no Centro e na Câmara Municipal, envol-
vendo centenas de cidadãos saquaremenses. Várias instituições colaboraram com o Fórum da Agenda 21 de
Saquarema, como o Centro Paroquial da Igreja de Santo Antônio; o Lyons Clube de Saquarema; o Fly Shop-
ping, em Bacaxá; a Cinéia House Fest; a Associação de Moradores Castelinho Gravatá; o Centro Social Madre
Teresa das Neves; a Colônia de Pesca Z-24; a Pousada Recando d’Itália; a OAB em Saquarema; o Street Show,
em Jaconé, entre outras que abriram espaço para nossas reuniões.
Assim, num processo natural, através de consenso, foram escolhidos os representantes da sociedade civil or-
ganizada (ONGs), empresários, funcionários públicos e membros de associações comunitárias para compor o
Fórum da Agenda 21 de Saquarema, em busca do desenvolvimento sustentável do município, visando a uma
melhor qualidade de vida para todos nós e para as futuras gerações. Hoje, o Fórum da Agenda 21 de Saquarema
é constituído por 28 membros, que representam o conjunto da sociedade. Missão: planejar o desenvolvimento
sustentável local que todos almejam. Desafio: garantir um futuro saudável para todos os cidadãos de Saquarema.
1o Setor
O COMPERJ 16
Agendas 21 Locais na Região 16
Premissas 17
Organização da Sociedade 17
Metodologia 18
Desafios e Lições Aprendidas 22
O MUNICÍPIO DE SAQUAREMA 25
Um pouco da história de Saquarema 25
Processo de construção da Agenda 21 Local 26
AGENDA 21 DE SAQUAREMA 29
Para ler a Agenda 29
Vetores Qualitativos 30
Vocação e Visão 33
ORDEM AMBIENTAL 35
Recursos Naturais 36
Recursos Hídricos 43
Biodiversidade 48
Mudanças Climáticas 52
ORDEM FÍSICA 57
Habitação 58
Saneamento 62
Mobilidade e Transporte 66
Segurança 69
ORDEM SOCIAL 73
Educação 74
Educação Ambiental 77
Cultura 79
Saúde 82
Grupos Principais 85
Padrões de Consumo 90
Esporte e Lazer 92
ORDEM ECONÔMICA 95
Geração de Trabalho, Renda e Inclusão Social 96
Agricultura 104
Indústria e Comércio 108
Turismo 112
Geração de Resíduos 116
15
para a necessidade de políticas de integração entre questões ambientais,
sociais e econômicas.
“A Agenda 21 é um Em seus 40 capítulos, o documento detalha as ações esperadas dos governos
processo muito importante que se comprometeram com a Agenda 21 e os papéis que cabem a empresá-
neste momento e fortalece rios, sindicatos, cientistas, professores, povos indígenas, mulheres, jovens e
crianças na construção de um novo modelo de desenvolvimento para o mundo.
a participação popular
nas tomadas de decisões
nas políticas públicas A Agenda 21 local
em Saquarema.”
Mais de dois terços das declarações da Agenda 21 adotadas pelos governos
nacionais participantes da Rio-92 não podem ser cumpridos sem a cooperação
e o compromisso dos governos locais. Em todo o documento há uma forte
ênfase na “ação local” e na administração descentralizada.
A construção das Agendas 21 Locais se dá por meio dos Fóruns de Agenda 21,
espaços de diálogo onde representantes de diversos setores da sociedade se
reúnem regularmente para acompanhar a construção das Agendas 21 Locais
e a viabilização dos Planos Locais de Desenvolvimento Sustentável.
16
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MM A), a Agenda 21 Local é o
processo de planejamento participativo de determinado território que en-
volve a implantação de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e
sociedade civil, o Fórum é responsável pela construção de um Plano Local
de Desenvolvimento Sustentável (PLDS), que estrutura as prioridades locais
por meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos. No Fórum são
também definidas as responsabilidades do governo e dos demais setores
da sociedade local na implementação, acompanhamento e revisão desses
projetos e ações.
A Agenda 21 no Brasil
O processo de elaboração da Agenda 21 brasileira se deu entre 1996 e 2002,
e foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável
(CPDS). Durante esse período, cerca de 40 mil pessoas em todo o País foram
ouvidas, em um processo que valorizava a participação cidadã e democrática.
Ética – demanda que se reconheça que o que está em jogo é a vida no planeta
e a própria espécie humana;
Assim como nos demais países, a Agenda 21 brasileira não pode ser cumprida
sem a cooperação e o compromisso dos governos locais.
17
O COMPERJ
O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos principais
empreendimentos da Petrobras no setor petroquímico, está sendo construído
no município de Itaboraí, no Estado do Rio de Janeiro.
18
O objetivo do projeto é criar e fomentar processos de Agenda 21 Locais, con-
tribuindo para o desenvolvimento sustentável em toda a região e melhorando
a qualidade de vida de seus habitantes, hoje e no futuro.
Premissas
O projeto Agenda 21 Comperj adota as premissas de construção de Agenda
21 preconizadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA):
Abordagem multissetorial e sistêmica, que envolve as dimensões econô-
mica, social e ambiental;
Sustentabilidade progressiva e ampliada, ou seja, construção de consensos
e parcerias a partir da realidade atual para o futuro desejado;
Planejamento estratégico participativo: a Agenda 21 não pode ser um
documento de governo, mas um projeto de toda a sociedade;
Envolvimento constante dos atores no estabelecimento de parcerias, aberto
à participação e ao engajamento de pessoas, instituições e organizações
da sociedade;
Processo tão importante quanto o produto;
Consensos para superação de entraves do atual processo de desenvolvimento.
Organização da sociedade
O projeto Agenda 21 Comperj substituiu a divisão paritária da malha social
entre governo e sociedade civil, comumente adotada, pela divisão em quatro
setores – público, privado, sociedade civil organizada e a comunidade – no
19
intuito de identificar mais detalhadamente as demandas locais, fortalecendo
a representação dos diversos segmentos.
Metodologia
A metodologia do Projeto Agenda 21 Comperj é constituída de cinco etapas:
1) Mobilização da Sociedade;
2) Construção Coletiva;
3) Consolidação Municipal;
20
Ao final das cinco etapas, as Agendas 21 Comperj compõem um mosaico
do contexto regional e oferecem uma visão privilegiada do cenário no qual
o Complexo Petroquímico será instalado, indicando as potencialidades que
podem ser aproveitadas em benefício de todos, fortalecendo a cidadania e
a organização social.
1 Os Vetores Qualitativos foram elaborados a partir da metodologia do Instituto Ethos para a construção do desenvolvimento
sustentável em empresas. Esta ferramenta defi niu uma escala que possibilitou a identifi cação do estágio no qual o município
se encontrava em relação a cada um dos 40 capítulos da Agenda 21, ajudando os participantes a relacioná-los com a realidade
local e planejar aonde gostariam de chegar.
21
ETAPAS ATIVIDADES RESULTADOS/PRODUTOS RESPONSABILIDADES
Consolidação Municipal Duas ofi cinas com os Na região:
Novembro de 2008 a representantes dos 30 oficinas de 20 horas cada.
quatro setores de cada
Junho de 2009 Em cada município:
município para:
• Integrar os setores, • Consenso acerca
orientando-os para das preocupações e
um objetivo comum: o potencialidades municipais
desenvolvimento sustentável e estágios dos vetores
do município; identificados;
“Espero que
através deste trabalho
possamos crescer e que
por meio dele surjam projetos,
melhorias para os moradores,
crescimento da cidade através
da sustentabilidade e, acima
de tudo, através das
parcerias”
22
ETAPAS ATIVIDADES RESULTADOS/PRODUTOS RESPONSABILIDADES
Formalização dos Duas ofi cinas em cada Na região:
Fóruns Locais município para: • 28 oficinas e diversas visitas
Julho a Dezembro de 2009 • Orientar os Fóruns para sua técnicas realizadas;
organização, estruturação
• Portal na internet para
e formalização através de
relacionamento e divulgação
projeto de lei ou decreto;
do projeto lançado.
• Desenvolver o Regimento
Em cada município:
Interno;
• Decreto ou projeto de lei
• Aprimorar a vocação e a criando o Fórum da Agenda MMA/SEA/ Coordenação
visão de futuro municipal; 21 Local aprovado; Petrobras estratégica e
• Realizar a análise técnica (Grupo executiva
• Regimento interno do Fórum
das propostas de ação. Gestor)
elaborado;
• Fórum organizado com estruturas Ipanema, Iser, Responsabilidade
de coordenação, secretaria Roda Viva, operacional e
executiva e grupos de trabalho; ASA metodológica
• Primeira versão do Plano
Local de Desenvolvimento
Sustentável finalizada;
• Segunda versão da vocação
e da visão de futuro municipal
desenvolvida;
• Propostas de ação
analisadas tecnicamente.
Finalização das Consultoria e serviços Na região:
Agendas para: • 28 oficinas e diversos
Janeiro de 2010 a Junho • Pesquisar dados estatísticos encontros e reuniões locais e
de 2011 e informações técnicas; regionais realizados;
• Levantar e produzir material visual; • Comitê Regional da Agenda
• Redigir, editar, revisar, 21 Comperj estruturado para
diagramar e imprimir as Agendas. apoiar os Fóruns e planejar
e facilitar ações regionais ou
Duas ofi cinas em cada intermunicipais.
município, para:
Em cada município: MMA/SEA/ Coordenação
• Validar os textos de
diagnósticos; • Fórum de Agenda 21 Local Petrobras estratégica e
em funcionamento; (Grupo executiva
• Atualizar e validar as Gestor)
propostas de ação. • Agenda 21 Local publicada
e lançada;
Cinco encontros de Consultores Responsabilidade
coordenação dos Fóruns • Site do Fórum Local em contratados técnica e
de Agenda 21 Locais para: funcionamento; operacional
• Promover a integração e • Vídeo da Agenda 21 local
fomentar o apoio mútuo entre produzido.
os Fóruns locais.
Encontros, reuniões locais e
contato permanente para:
• Fortalecer a integração do
Fórum com o poder público local;
• Desenvolver e fomentar o
Fórum Local.
23
DESAFIOS E LIÇÕES APRENDIDAS
Processos participativos são sempre muito complexos. A ordem de grandeza
deste projeto – 15 municípios envolvidos e mais de 8 mil participantes di-
retos – se por um lado o tornava mais estimulante, por outro aumentava os
desafios para o sucesso da iniciativa.
O tempo dedicado às etapas iniciais constituiu uma limitação para uma me-
lhor identificação de lideranças representativas, para que novas pessoas se
incorporassem ao processo e para a capacitação dos participantes em tantos
e tão variados temas. Estes percalços foram trabalhados nas etapas seguintes.
Outra questão foi o equilíbrio delicado entre usar a mesma metodologia para
todos os municípios e fazer as adaptações necessárias às diferentes reali-
dades encontradas. Quanto mais o processo evoluía, mais as diferenças se
acentuavam. Mesmo assim, foi possível alcançar um resultado que ref lete
as peculiaridades de cada município e o grau de maturidade de cada grupo
mantendo uma estrutura semelhante e apoiando a todos da mesma forma.
24
é representatividade e tempo para que esta se desenvolva. O debate sobre o
Regimento Interno foi um momento rico e determinante para a sustentabili-
dade dos Fóruns. Assim, foi encaminhado sem pressa, com foco nos valores
que cada grupo desejava adotar e por meio do desenvolvimento de critérios
para a tomada de decisão.
A criação de um portal com um site para cada município, com notícias atuali-
zadas, divulgação de oportunidades, editais e boas práticas, biblioteca, vídeos
e ferramentas de interatividade, como o chat, traz inúmeras possibilidades
de comunicação, funcionando como uma vitrine do projeto e uma janela dos
Fóruns para o mundo.
25
qualidade de vida e a justiça social, sem perder de vista os limites impostos
pelo planeta e tendo um futuro sustentável como horizonte comum.
26
O MUNICÍPIO DE SAQUAREMA
O relevo da região é constituído por serras, colinas e amplas baixadas formadas por
restingas e material trazido pelos rios. Nas baixadas dominam as lagoas e extensos
brejos periféricos, drenados em parte pelo governo do Estado do Rio de Janeiro nos
idos de 1950 e, posteriormente, por proprietários rurais e empresas imobiliárias.
A região é cor tada pelas rodov ias R J-106 (A ma ra l Pei xoto) e R J-128
(Latino Melo – Bacaxá) e era ser vida pela Estrada de Ferro Maricá até o
f inal dos anos 1960.
Em março de 1531, Martin Afonso de Souza reiniciou sua viagem para o sul
do país. Com o passar dos dias, após contornar a região de Cabo Frio, atracou
no costão rochoso localizado em frente ao antigo Morro do Canto, situado
próximo a praia da Barra Nova. Nesse local, encontrou um número razoável
27
de selvagens da tribo dos Tamoios, obedientes à chefia de um índio chamado
de ”Sapuguaçu” e que chamavam o local onde habitavam de Sacoa-y-rema,
que significa “lago sem conchas”.
Quatro anos depois, o imperador D. João III, buscando uma solução menos dis-
pendiosa para o problema da colonização do Brasil, dividiu o País em capitanias
hereditárias. Dessa forma, as terras do atual município de Saquarema passaram
a pertencer a Martin Afonso de Souza, como parte da Capitania de São Vicente.
Por volta de 1660, foi erguida uma capela em honra a Nossa Senhora de Na-
zaré de Saquarema. Pouco tempo depois de inaugurada, foi reconhecida como
capela curada e filial da Matriz de Nossa Senhora de Assunção do Cabo Frio.
28
Em 6 de fevereiro de 1859, os habitantes de Saquarema protestaram junto
às autoridades e conseguiram a reintegração na categoria de vila, em 29
de janeiro de 1861. Já no período republicano, em 3 de janeiro de 1890, foi
elevada à categoria de cidade.
29
mico do Rio de Janeiro, foi escolhido um representante de cada segmento
social (governo, empresariado, ONGs e comunidade), por município, para
formar o Fórum Regional da Agenda 21 Comperj.
Assim, cada município tinha quatro representantes neste Fórum, que ficou
responsável pelo monitoramento dos encontros e pelo andamento das Agendas
21 municipais. O Fórum Regional tinha caráter consultivo ao Grupo Gestor e a
tarefa de facilitar a integração de ações regionais ou de grupos de municípios.
Foram realizados mais três encontros por setor, nos quais os participantes
definiram as ações necessárias para prevenir ou mitigar as questões identi-
ficadas como preocupações e para aproveitar, da melhor forma possível, as
potencialidades levantadas.
Na última dessas reuniões, cada setor indicou cinco representantes e dois suplentes
para compor o Fórum da Agenda 21 de Saquarema, totalizando 28 componentes.
30
partir dela, os resultados setoriais foram estruturados, e o Fórum da Agenda
21 de Saquarema ficou constituído.
O grupo fez grande esforço para mudar a lei que fixou critérios de compo-
sição do Fórum 21 Local em 2007, estabelecendo uma composição conforme
os princípios e diretrizes de paridade e consenso. Em 29 de abril de 2009,
a Prefeitura de Saquarema reconheceu, em publicação no Diário Ofi cial, o
Fórum da Agenda 21 do município.
31
AGENDA 21 DE SAQUAREMA
“Eu espero
que nos próximos dez
anos possamos olhar e Para ler a Agenda
dizer que o nosso trabalho Este trabalho é resultado do empenho e esforço voluntários de moradores de
funciona, que somos um Saquarema, que atuaram em conjunto com técnicos e consultores nas diversas
fases do projeto Agenda 21 Comperj.
município que conta com
uma participação O trabalho foi dividido em cinco ORDENS e 24 TEMAS referentes aos 40
capítulos da Agenda 21. Cada tema apresenta a situação do município de
popular ativa.”
acordo com os dados e informações mais recentes.
32
Estão elencadas também, e evidenciadas por fontes em itálico, as preocupações dos
moradores e as potencialidades do município, conforme percebidas e apontadas
por consenso pelos participantes do processo.
Estágios da tabela:
1 – Quase nada foi feito
2 – Já existem ações encaminhadas
3 – Já há alguns resultados
4 – Estamos satisfeitos
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Estágio
Capítulos da Agenda 21
1 2 3 4
1 Preâmbulo
3 Combater a pobreza
9 Proteger a atmosfera
11 Combater o desflorestamento
34
Estágio
Capítulos da Agenda 21
1 2 3 4
20 Gerenciar de forma ambientalmente sustentável os resíduos
perigosos, incluindo a prevenção do tráfico ilegal internacional
de resíduos perigosos
21 Gerenciar de forma ambientalmente responsável os resíduos
sólidos e os relacionados ao esgotamento sanitário
35
Vocação e Visão
“Uma visão sem ação não passa de um sonho.
Ação sem visão é só um passatempo.
Mas uma visão com ação pode mudar o mundo.”
(Joel Baker – vídeo: A Visão do Futuro)
“Eu espero que nos próximos dez anos possamos olhar e dizer que o nosso
trabalho funciona, que somos um município que conta com uma participação
popular ativa.”
Vocação
Uso sustentável da pluralidade de recursos naturais, culturais e históricos
do município.
Visão de Futuro
Ser referência no marco regulatório de políticas públicas articuladas e
integradas.
Ter capital natural e serviços ambientais valorizados.
Prover educação e capacitação de mão de obra em todos os níveis
Desenvolver e diversificar os serviços culturais e tecnológicos.
Ser polo de turismo integrado às características ambientais e culturais do
município.
Ser gerador de emprego e renda na área rural, com fixação das famílias
no campo.
Ter cobertura universal de qualidade em saneamento, educação, saúde,
segurança e transporte.
36
37
1 Ordem Ambiental
RECURSOS NATURAIS
Chamamos de recursos naturais tudo o que obtemos da natureza com os
objetivos de desenvolvimento, sobrevivência e conforto da sociedade. São
classificados como “renováveis” quando, mesmo explorados por algum tem-
po em determinado lugar, continuam disponíveis, e como “não renováveis”
quando inevitavelmente se esgotam.
M at a A t l â nt ic a – Um dos bio-
mas mais ricos em biodiversidade A vida humana depende dos recursos naturais – terra, água, f lorestas, re-
do mundo, chegou a ocupar quase cursos marinhos e costeiros – e de suas múltiplas funções. Tanto os seres
todo o litoral brasileiro. Devido ao
humanos quanto os demais seres vivos, agora e no futuro, têm direito a um
intenso desmata mento, in iciado
meio ambiente saudável, que forneça os meios necessários a uma vida digna.
com a chegada dos colonizadores
Para isto, é preciso manter os ecossistemas, a biodiversidade e os serviços
por t ugueses, at ua lmente restam
ambientais em quantidade e qualidade apropriadas.
apenas 7% de sua área or iginal.
Considerada uma das florestas mais Não é possível pensar em um futuro para a humanidade sem construir uma
ameaçadas do planeta, nela estão
relação adequada entre o homem e a natureza que o cerca. E essa magnífica
localizados mananciais hídricos es-
variedade de formas de vida não pode ser vista apenas como “recursos na-
senciais ao abastecimento de cerca
turais”, sem a valorização dos inúmeros benefícios intangíveis que nos traz.
de 70% da população brasileira.
40
A APA de Massambaba e a RPPN Mato Grosso abrangem cerca de 9% do
território das Unidades de Conser vação de uso sustentável do município, Corredor ecológico ou de biodiver-
que abriga ainda a Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) de Jaconé, sidade – Faixa de vegetação que
liga grandes f ragmentos f lores-
com vegetação em razoável estágio de conservação. Essas localidades estão
tais ou Unidades de Conser vação,
inseridas no Corredor Ecológico da Serra do Mar e são prioritárias para a
separados pela atividade humana
preservação da Mata Atlântica.
(est radas, agr icu lt u ra, clareiras
abertas pela atividade madeireira
Mapa 2: Descrição da cobertura vegetal etc.), proporciona ndo à fau na o
no município de Saquarema. livre trânsito entre as áreas pro-
teg ida s e, con sequente mente, a
troca genética entre as espécies.
É uma das principais estratégias
utilizadas na conservação da bio-
diversidade de determinado local.
Lagoa de Saquarema
41
Gráfico 1: Proporções do uso do solo
Á r e a s d e P r ot e ç ã o A m bie nt a l
no município de Saquarema
(APA) – Áreas naturais (incluindo
recursos ambientais e águas juris-
dicionais) legalmente instituídas Área agrícola 0,1%
pelo poder público, com limites de-
finidos e características relevantes,
Área de reflorestamento 0,1%
com objetivos de conservação e sob
regime especial de administração,
Solo exposto 0,2%
às quais se aplicam garantias ade-
quadas de proteção.
Área urbana 0,6%
Área de Relevante Interesse Ecoló- de baixa densidade
gico (Arie) – Áreas que têm pouca
Praia 0,7%
ou nen hu ma oc upação hu ma na,
constituídas por terras públicas ou Área urbana
privadas. Sua finalidade é a manu- 2,1%
de média densidade
tenção dos ecossistemas naturais
de importância regional ou local. Mata atlântica 5,5%
Seu uso deve regular, a cada caso,
atividades que possam pôr em risco Área inundável 6,1%
a conser vação dos ecossistemas,
a proteção especial das espécies Área urbana 6,8%
endêmicas ou raras, ou a harmonia
da paisagem. Restinga 8,7%
Pastagem 44,5%
0 10 20 30 40 50
42
Mapa 3: Mapeamento do uso do solo
Plano Diretor – Lei municipal que
no município de Saquarema.
estabelece diretrizes para a ade-
quada ocupação do município. É o
instrumento básico da política de
desenvolv imento municipal. Sua
pr incipal f inalidade é or ientar o
poder público e a iniciativa privada
no que se refere à construção dos
espaços urbano e rural, e à oferta
dos serviços públicos essenciais, vi-
sando assegurar melhores condições
de vida à população.
43
Rio Tingui em Sampaio Correa
44
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Melhoria da gestão dos Infraestrutura
recursos naturais 3. Cobrar melhoria na infraestrutura da Guarda Ambiental
municipal e do Batalhão Florestal.
Gestão pública Articulação
1. Criar Unidades de Conservação, de Usos Restrito e Susten- 4. Articular com a Câmara Municipal, o Poder Judiciário (in-
tável, para preservar o patrimônio ambiental local. clusive o Ministério Público), o Poder Executivo e o Fórum
2. Integrar as Secretarias Municipais para promover a apli- da Agenda 21 Local a gestão de recursos naturais voltada
cação das leis ambientais voltadas à preservação dos ecos- ao desenvolvimento sustentável do município.
sistemas e definir as informações que devem constar na
elaboração dos projetos participativos. Comunicação
3. Viabilizar a implantação de Unidades de Conser vação, de 5. Fornecer informações sobre recursos naturais no município
acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. e convocar reuniões e palestras abertas à participação da
sociedade civil.
Planejamento 6. Produzir mecanismos de comunicação e otimizar os exis-
4. Utilizar as informações existentes sobre ecossistemas lo- tentes (folhetos, informativos, cursos destinados a crianças
cais, experiências com Educação Ambiental e resultados de e adultos).
pesquisas, para viabilizar a elaboração de novos projetos. 7. Div ulgar a existência das áreas de Proteção A mbiental
5. Promover, gerenciar e divulgar a necessidade de preservação (APA) de Massambaba, Área de Relevante Interesse Ecoló-
de recursos naturais, em consonância com a retomada do gico (Arie) do Formigueiro e Reserva Florestal de Vilatur.
crescimento e a melhoria dos padrões de distribuição de 8. Divulgar o Código Ambiental Municipal aprovado em 2010.
renda no município.
Fiscalização
1. Cobrar maior eficiência na fiscalização, a fim de coibir a
• Prioridade aos serviços ambientais
extração predatória dos recursos minerais. Capacitação
2. Implantar um serviço de Disque Denúncia (0800) para aten- 1. Promover a apropriação técnica do estudo de serviços am-
der a reclamações sobre degradação ambiental. bientais desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente, com
vistas a sua aplicabilidade no ecossistema Mata Atlântica.
45
Planejamento . Colônia de Pesca Z-24 . Comitê de Bacia Lagos São João .
Concessionária Águas de Juturnaíba . Conselho Gestor da APA
2. Identificar, nas universidades, especialistas em sistemas de Massambaba . Conservação Internacional do Brasil . Emater .
créditos de carbono, clima e recursos hídricos. Empresas associadas ao Comperj . Fundação Cide . Fundação
3. Pesquisar os incentivos fiscais e financeiros existentes para SOS Mata Atlântica . Ibama . IBGE . Inea . Ministérios (Meio
estruturar a manutenção de f lorestas em pé (ICMS-Verde, Ambiente, Cidades) . MP . OAB . ONGs . SEA . Sebrae . Secreta-
pagamento para produtor de água, crédito de carbono e rias Municipais (Agricultura, Meio Ambiente, Obras e Desenvol-
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL, entre outros). vimento Urbano) . Sindicatos . Surfrider Foundation . Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro . Universidades . WWF.
4. Criar circuitos de ecoturismo rural para estimular o paga-
mento por serviços ambientais prestados.
Possíveis fontes de financiamento
Gestão pública
Ampla . Banco do Brasil . Basf . BNDES . Consórcio Intermunici-
5. Definir os critérios de avaliação para monitorar os projetos pal Lagos São João . Fecam . Finep . FNMA . Fundação Bradesco
relacionados ao tema. . Fundação Gessy Lever . Fundação O Boticário de proteção a
6. Ampliar o rigor na concessão de autorizações e outorgas natureza . LDO . LOA . Programa Petrobras Ambiental . Química
(revisão dos critérios) para a exploração de recursos mine- Amparo (Produtos Ypê).
rais (areia).
Possíveis parceiros
Alerj . Associação Comercial, Industrial e Agropastorial de
Saquarema . Associações de Moradores . Câmara Municipal
46
RECURSOS HÍDRICOS
A água é essencial à vida no planeta. Embora seja um recurso renovável, seu
consumo excessivo, aliado ao desperdício e à poluição, vem causando um Poluição – Alteração das proprie-
déficit global, em grande parte invisível. Cada ser humano consome direta dades físicas, químicas e biológicas
do meio ambiente pelo lançamento
ou indiretamente quatro litros de água por dia, enquanto o volume de água
de substâncias sólidas, líquidas ou
necessário para produzir nosso alimento diário é de pelo menos 2 mil litros.
gasosas que se tornem efetiva ou
Isso explica por que aproximadamente 70% da água consumida no mundo vão
potencialmente nocivas à saúde, à
para a irrigação (outros 20% são usados na indústria e 10% nas residências). segurança e ao bem-estar da po-
pulação, ou causem danos à fl ora
Segundo a ONU, cerca de um terço da população mundial vai sofrer os efeitos
e à fauna.
da escassez hídrica nos próximos anos. A análise do ciclo completo de uso e
reúso da água aponta o desaparecimento de mananciais como poços, lagos e Assoreamento – Deposição de sedi-
rios, e destaca a pouca atenção dada à diminuição das reservas subterrâneas. mentos (areia, detritos etc.) origina-
dos de processos erosivos, transpor-
O Brasil conta com recursos hídricos em abundância, o que levou à dissemi- tados pela chuva ou pelo vento para
nação de uma cultura de despreocupação e desperdício de água. No entanto, os cursos d’água e fundos de vale.
o País enfrenta problemas gravíssimos: muitos cursos d’água sofrem com Provoca a redução da profundidade
poluição por esgotos domésticos e dejetos industriais e agrícolas, e falta e da correnteza dos rios, dificul-
proteção para os principais mananciais. tando a navegação e diminuindo a
massa de água superficial.
O uso sustentável dos recursos hídricos depende do conhecimento da co-
munidade sobre as águas de sua região e de sua participação efetiva em
seu gerenciamento.
Bacia hidrográfica – Área drenada
por um rio principal e seus afluentes,
A região hidrográfica das lagoas de Saquarema , Jaconé e Jacarepiá incluindo nascentes, subafl uentes
cobre uma superfície de cerca de 310 km 2 . Suas respectivas bacias hidro- etc. É a unidade territorial de plane-
gráficas situam-se, em grande parte, no município de Saquarema, que está jamento e gerenciamento das águas.
inserido de forma integral na região hidrográfica RH VI – Lagos São João,
integrando o Comitê de Bacia Lagos São João e o Consórcio Intermunicipal
de mesmo nome. Na planície costeira, de oeste para leste, a primeira lagoa
é a de Jaconé, seguida por Saquarema e Jacarepiá.
47
Comitê de Bacias Hidrográf icas
– Colegiados instituídos por lei, no
âmbito do Sistema Nacional de Re-
cursos Hídricos e dos Sistemas Esta-
duais. Considerados a base da gestão
participativa e integrada da água,
tais comitês têm papel deliberativo,
são compostos por representantes
do poder público, da sociedade civil A Lagoa de Saquarema, que já foi uma grande produtora de pescados e crustáceos,
e de usuários de água, e podem ser
ainda provê o sustento de pescadores artesanais
ofi cialmente instalados em águas
de domínio da União e dos estados.
O aumento da especulação imobiliária na região acarreta o desmatamento da
mata ciliar e das fl orestas próximas às nascentes – que causa o assoreamento
de rios e lagoas –, bem como o uso indevido de manguezais, restingas e turfas,
transformados em áreas urbanizáveis.
Mata ciliar – Vegetação presente
na margem de rios, lagos, nascen- Segundo relatos da população, a ocupação predatória e desordenada da
tes, represas e açudes. Consideradas
orla marítima por quiosques, barracas e moradores, bem como o plantio de
áreas de preservação permanente, as
espécies exóticas (amendoeiras e casuarinas) causam a destruição de uma
matas ciliares protegem as margens
faixa de vegetação pioneira de restinga. Outra preocupação é com a falta de
contra a erosão, evitando o assorea-
limpeza das praias, agravada pelo descarte de entulho de obras da construção
mento, permitem a conservação da
flora e da fauna e regulam os fluxos civil em suas areias. A circulação irregular de off-roads, bugres e motos nas
de água. praias (inclusive na Praia de Vilatur-APA de Massambaba) contribui para a
degradação do ambiente.
48
Lençol freático – Depósito de água
nat u r a l no subsolo, ág ua s sub-
ter râneas que alimentam os r ios
perenes, garantindo a presença de
água durante todo o ano. A profun-
didade do lençol freático depende
de vários fatores.
Também causa indignação a proteção insufi ciente da zona costeira por parte
da Capitania dos Portos, Guarda Costeira, Ibama, Polícia Militar, Corpo de
Bombeiros, Serviço de Salva Mar e Associação de Surfe de Saquarema, devido
à falta de recursos.
49
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Mobilização popular para a Planejamento
preservação dos recursos hídricos 6. Acompanhar o alargamento do canal da barra da Lagoa de
Saquarema, a fim de melhorar a navegabilidade das embar-
Comunicação cações permitidas por lei.
50
Fiscalização Juturnaíba . Conser vação Internacional do Brasil . Emater .
Embrapa . Empresas associadas ao Comperj . Fundação SOS
2. Fiscalizar e controlar a exploração dos recursos naturais Mata Atlântica . Ibama . Inea . Ministérios (Meio Ambiente,
na Lagoa de Saquarema. Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Desenvolvimento Agrá-
Comunicação rio) . MP . ONGs . SEA . Secretarias Municipais (Agricultura,
Abastecimento e Pesca, Meio Ambiente, Turismo) . Surfrider
3. Divulgar o relatório anual enviado pelo Inea, com informa- Foundation . Universidades . WWF.
ções de f luxo e vazão de água para monitoramento.
Possíveis parceiros
Ampla . Câmara Municipal . Cedae . Colônia de Pesca Z-24 .
Comitê de Bacia Lagos-São João . Concessionária Águas de
51
BIODIVERSIDADE
A biodiversidade é a base do equilíbrio ecológico do planeta. Sua conser-
vação deve se concentrar na manutenção das espécies em seus ecossistemas
naturais, por meio do aumento e da implantação efetiva das áreas protegidas,
que asseguram a manutenção da diversidade biológica, a sobrevivência das
espécies ameaçadas de extinção e as funções ecológicas dos ecossistemas.
52
Mapa 5: Áreas Prioritárias para a
preservação da biodiversidade
53
Gaivotas
54
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Programa de preservação 8. Realizar seminários e palestras para a divulgação dos es-
tudos científicos sobre a biodiversidade do município.
da biodiversidade local
Articulação
Estudo técnico 9. Realizar parcerias com universidades para estudos e pes-
1. Realizar o levantamento da biodiversidade local. quisas relacionados à biodiversidade da região.
55
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
O aumento da concentração dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera
contribui para a retenção de calor na Terra, provoca a elevação da tempera-
tura média do planeta e é a principal causa das mudanças climáticas. Isso se
deve, principalmente, à queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural
e carvão mineral), ao desmatamento, às queimadas e aos incêndios f lorestais.
56
O aumento da circulação de veículos em
Saquarema preocupa a população
à adoção de boas práticas. A realização de trabalhos sistemáticos de cons-
cientização (desde as fases escolares mais elementares até as últimas séries)
é importante para promover a participação popular na tomada de decisões
referentes ao tema.
57
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Contribuição do município 7. Realizar palestras, seminários, feiras de ciências e outros
eventos sobre questões relacionadas aos gases estufa, crédito
para minimizar os efeitos de carbono, mudanças climáticas, medidas preservacionistas
e informações divulgadas pelo Painel Intergovernamental
das mudanças climáticas sobre Mudanças Climáticas no planeta.
Gestão pública
1. Rever o Plano Diretor Participativo do município no que diz
Possíveis parceiros
respeito às áreas de abrangência dos setores rural e urbano, Câmara Municipal . Colônia de Pesca Z-24 . Comitê de Bacia
evitando a expansão imobiliária sobre áreas estratégicas Lagos São João . Concessionária Águas de Juturnaíba . Conselho
do ponto de vista de manutenção da cobertura vegetal. Gestor da APA de Massambaba . Emater . Empresas associadas
ao Comperj . Fundação Cide . Fundação SOS Mata Atlântica
2. riar instrumentos que regulem a emissão de gases estufa
. Ibama . IBGE . Inea . Ministérios (Meio Ambiente, Cidades)
pelas indústrias instaladas no município, especialmente no
. ONGs . SEA . Sebrae . Secretarias Municipais (Agricultura,
condomínio industrial.
Meio Ambiente, Obras e Desenvolvimento Urbano) . Surfrider
3. Criar incentivos fiscais para renovar a frota automotiva, Foundation . Universidades . WWF.
reduzindo o f luxo de veículos que liberam gases estufa
acima do permitido.
Possíveis fontes de financiamento
Planejamento Banco do Brasil . BNDES . Conservação Internacional do Brasil
4. Criar um Grupo de Trabalho sobre Mudanças Climáticas no . Fecam . FNMA . Fundação Bradesco . Fundação O Boticário de
Fórum da Agenda 21 Local que possibilite o diálogo com a Proteção a Natureza . Programa Petrobras Ambiental . Química
população, especialistas e representantes do poder públics. Amparo (Produtos Ypê).
5. Promover o plantio de mudas em todos os bairros.
Comunicação
6. Realizar trabalho sistemático de conscientização em es-
paços de educação, formal e informal, buscando promover
mudanças comportamentais.
58
59
2 Ordem Física
HABITAÇÃO
A Agenda 21, em seu capítulo 7, afi rma que o acesso à habitação segura e sau-
dável é essencial para o bem-estar físico, psicológico, social e econômico das
pessoas e que o objetivo dos assentamentos humanos é melhorar as condições de
vida e de trabalho de todos, especialmente dos pobres, em áreas urbanas e rurais.
Essa menção especial aos mais pobres se deve ao fato de que estes tendem a
estar nas áreas ecologicamente mais frágeis ou nas periferias das grandes
cidades. Moradores instalados em assentamentos precários estão mais sujeitos
a problemas como falta de saneamento e de serviços públicos adequados e a
desastres naturais, como inundações e deslizamentos de terra.
62
Moradias na Praia da Vila e parte do
Centro de Saquarema
O uso inadequado e a ocupação desordenada do solo levam à destruição da
restinga, do mangue e da faixa marginal de praias, rios e lagoas, e à ocupação
desordenada das encostas das montanhas.
Plano Diretor – Lei municipal que
Os loteamentos irregulares aumentam as áreas de desmatamento e os riscos estabelece diretrizes para a ade-
de queimadas, ocasionando o fim das nascentes. quada ocupação do município. É o
instrumento básico da política de
Outras questões importantes são a falta de acesso às informações, de fi scali- desenvolv imento municipal. Sua
zação dos assentamentos em áreas sujeitas a alagamentos e de drenagem dos pr incipal f inalidade é or ientar o
terrenos baixos. Há um plano de emergência para as áreas de risco, elaborado poder público e a iniciativa privada
pela Defesa Civil, porém a infraestrutura e os recursos humanos são insufi- no que se refere à construção dos
cientes para atender às emergências de todo o município. espaços urbano e rural, e à oferta
dos serviços públicos essenciais, vi-
Há uma quantidade signifi cativa de moradias sem titularidade, o que expõe sando assegurar melhores condições
as famílias a situações de vulnerabilidade. A população está preocupada de vida à população.
também com o crescimento do número de moradores de rua.
63
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Ações para a melhoria da Fiscalização
infraestrutura urbana 7. Fiscalizar os loteamentos de construções imobiliárias.
64
SANEAMENTO
Saneamento ambiental é o conjunto de práticas voltadas para a conservação
e a melhoria das condições do meio ambiente em benefício da saúde. Envolve
abastecimento de água, esgoto sanitário, coleta de resíduos sólidos, drenagem
urbana e controle de doenças transmissíveis.
65
Falta fi scalização das residências e estabelecimentos comerciais em relação
ao uso de fossas, fi ltros e sumidouros e das ligações clandestinas de esgotos
que poluem o meio ambiente , contaminam o solo e o lençol freático.
Resíduos Sólidos
Aterros – Existem três formas de
d isposição de resíduos em ater- Dados da Secretaria Municipal de Ser viços Urbanos mostram que, em 2010,
ros: os aterros sanitários, que rece- foram coletadas 50,1 toneladas/dia de resíduos sólidos em Saquarema,
bem os resíduos de origem urbana cujo destino era um vazadouro a céu aberto, de propriedade da prefeitura,
(domésticos, comerciais, públicos, localizado no 2º distrito, a 6 km do Centro.
hospitalares etc.); os industr iais
(somente para resíduos considerados Segundo o grupo, há preocupação com o aumento da produção de lixo e falta
perigosos); e os aterros controlados um programa de reciclagem para todo o município.
para lixo residencial urbano, onde
os resíduos são depositados e rece- Eles também defendem a colocação de lixeiras pela cidade e uma solução mais
bem uma camada de terra por cima. adequada para o lixão em Bacaxá. Saquarema faz parte do Consórcio Inter-
Na impossibilidade de reciclar o municipal da Região dos Lagos de Manejo de Resíduos Sólidos – junto com
lixo por compostagem acelerada ou Araruama, Silva Jardim e Arraial do Cabo – e vai abrigar o aterro sanitário
a céu aberto, as normas sanitárias que receberá o lixo dos demais municípios.
e ambientais recomendam a adoção
de aterro sanitário e não controlado. Existe coleta de lixo efi ciente em alguns bairros, realizada por empresas ter-
ceirizadas, e a distribuição do serviço no município é regular.
66
Faltam conscientização e cobrança junto ao comércio local e aos comercian-
tes de quiosques e barracas quanto à destinação do lixo que produzem e à
separação do lixo reciclável.
67
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Criação de um sistema de captação 7. Instalar fossas anaeróbicas nas residências que não possuem
esta infraestrutura.
e escoamento das águas pluviais 8. Instalar banheiros públicos nos distritos e químicos em
períodos de festas.
Articulação
1. Realizar parcerias com o poder público local para desenvol- Fiscalização
ver estratégias que solucionem o problema dos alagamentos 9. Fiscalizar o cronograma de obras da concessionária dos ser-
e da quantidade de lama após as fortes chuvas, assim como viços de água, se possível reduzindo os prazos de execução.
o abastecimento de água irregular.
10. Cobrar maior rigor na fiscalização das ligações clandestinas
Planejamento ou irregulares de água e esgoto.
2. Acompanhar a aplicação efetiva do Plano Di retor Participativo. 11. Criar uma ouvidoria para atender a emergências dos serviços
de água e esgoto.
Infraestrutura 12. Fiscalizar o despejo irregular de esgoto nas lagoas, no mar
3. Construir um sistema de distribuição das águas pluviais e no canal.
que permita o escoamento até os pontos estratégicos, con-
13. Fiscalizar os caminhões coletores de resíduos de fossas do-
siderando a topografia do município.
miciliares, para que se tenha conhecimento da destinação
4. Criar um sistema integrado de escoamento, tratamento e do material transportado.
distribuição de águas pluviais.
14. Fiscalizar intensamente o cumpr imento da lei sobre os
filtros anaeróbicos nas obras em andamento e nas futuras.
• Medidas para o fornecimento de Estudos técnicos
água potável e tratamento de esgoto
15. Realizar a avaliação ambiental estratégica da exploração
Articulação da água, permitindo identificar os impactos ambientais a
partir de sua demanda e oferta.
1. A r ticular com a empresa concessionár ia do ser v iço de
distribuição de águas e coleta de esgoto a necessidade de
antecipar as metas de obras de expansão da rede. • Estabelecimento de um sistema de
2. Estabelecer parcerias com o Inea e a Concessionária Águas coleta de lixo regular, eficiente e
de Juturnaíba para estudar a tecnologia mais adequada à
solução dos problemas de esgoto no município.
universal para todo o município
Gestão pública Infraestrutura
3. Solicitar o cumprimento do contrato com a Cedae relacio- 1. Instalar coletores de lixo (móveis e em postes) em praias
nado à ampliação da rede de água e esgoto no 3º distrito e ruas, com espaçamento padrão entre eles e sinalização
educativa, realizando sua manutenção.
4. Regularizar a situação das empresas particulares que trans-
portam e distribuem a água de nascentes e subterrâneas Comunicação
para abastecimento do município, de forma a conferir mais 2. Criar campanhas educativas para informar a população,
transparência aos seus serviços. permanente e f lutuante, sobre o destino mais adequado dos
5. Alterar o cronograma de expansão da concessionária dos resíduos sólidos, domiciliares, empresariais e hospitalares.
serviços de água e esgoto, reduzindo os prazos acordados 3. Informar a mão de obra da construção civil local, bem como
com o poder público para solucionar os problemas de dis- empregados domésticos, quanto à importância de desenvol-
tribuição de rede. ver boas práticas no destino dos resíduos.
Infraestrutura Gestão pública
6. Assegurar a rede de esgoto e água necessária para atender 4. Regularizar a passagem, em todos os bairros do município,
à totalidade da população. do caminhão coletor de lixo.
68
5. Implantar o programa de garis comunitários, visando à limpe- 6. Estimular a reciclagem do lixo em seus vários subprodutos
za regular e à coleta de entulhos nas áreas menos atendidas. (ex.: óleo de cozinha, plásticos, vidros, fibra de coco e ma-
6. Intensificar e promover a limpeza das praias, principalmente riscos, entre outros).
em períodos de ressaca e na alta temporada. Infraestrutura
Fiscalização 7. Instalar uma usina de reciclagem, em caráter experimental.
7. Fiscalizar os projetos existentes (ex.: Estação de Tratamento 8. Instalar equipamentos de coleta seletiva no município,
de Esgoto – ETE em Saquarema, Itaúna e Bacaxá). principalmente na orla e em locais de grande circulação.
8. Cobrar maior fiscalização do despejo de entulhos de obras Comunicação
em locais não apropriados.
9. Informar a população sobre a necessidade da diminuição
9. Desenvolver mecanismos de denúncia de más práticas no progressiva do lixo gerado por habitante no município,
despejo de resíduos (entulhos de obra e restos de jardinagem, através de programas de reciclagem.
entre outros).
10. Usar o equipamento de coleta seletiva como espaço publi-
citário do Fórum da Agenda 21 Local e seus parceiros.
• Criação de programa de Fiscalização
coleta seletiva e reciclagem
11. Fiscalizar o cumprimento das normas de segurança (uso de
Gestão pública equipamentos obrigatórios para os catadores, como botas e
luvas, entre outros).
1. Criar um programa municipal de coleta seletiva e reciclagem.
69
MOBILIDADE E TRANSPORTE
Praticamente todos os aspectos da vida moderna estão ligados a sistemas
de transporte que permitem o deslocamento de pessoas, matérias-primas
e mercadorias. Nosso ambiente, economia e bem-estar social dependem de
transportes limpos, eficientes e acessíveis a todos. No entanto, os meios de
transporte disponíveis são insustentáveis e ameaçam a qualidade de vida e
a saúde da população e do planeta.
Saquarema é atendida por linhas de ônibus que fazem ligação com Rio de
Janeiro, Araruama, Cabo Frio, Rio Bonito e Niterói. O município também
possui um aeródromo com pista de pouso para aeronaves de pequeno porte.
70
Mapa 6: Localização das principais estradas
existentes no município de Saquarema
Os participantes entendem que a Via Lagos não deveria cobrar pedágio dos
carros com placa de Saquarema – e já existe um movimento popular no mu-
nicípio com esse objetivo.
Não há vans regularizadas à noite na rota dos bairros movimentados pela vida
noturna. Devido à precariedade apontada, o grupo considera que a proibição
dos transportes alternativos prejudica a população e defende sua legalização
ou a abertura de licitação para escolher novas empresas.
71
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Gestão racional dos transportes Gestão pública
2. Elaborar e/ou fiscalizar o cumprimento da lei municipal
Articulação que fixa as regras para construção e uso de calçadas.
1. Negociar junto à Concessionária Via Lagos a isenção de
pedágio para veículos licenciados em Saquarema.
Planejamento
3. Manter rotina de fiscalização.
Gestão pública
4. Reivindicar junto às empresas de transporte local a melhoria
2. Elaborar uma lei que regulamente a instalação de taxímetros. do acesso de moradores.
3. Rever o Plano Diretor Participativo, incluindo o planeja- 5. Adequar à legislação vigente os meios de transporte para a
mento de transportes como prioridade. locomoção de pessoas com necessidades especiais.
4. Promover a transparência nos processos licitatórios da con-
corrência pública entre empresas de transporte, viabilizando
Comunicação
a integração do serviço para todo o município, inclusive em 6. Orientar moradores e comércio local quanto às novas regras
finais de semana e feriados. da lei de acessibilidade.
Planejamento Infraestrutura
5. Estimular a criação de cooperativas de transporte alterna- 7. Melhorar as condições de acesso e circulação de veículos
tivo (vans e motos) para atuarem legalmente no município, nas áreas rurais.
facilitando o deslocamento de usuários. 8. Melhorar a oferta do serviço de transporte entre a serra e
6. Promover o acesso ao transporte escolar exclusivo, aten- outras partes do município.
dendo aos alunos em todos os distritos do município.
7. Promover o uso de bicicletas, visando minimizar a emissão Possíveis parceiros
de gases gerados por outros tipos de transporte. Associações de Moradores . Câmara Municipal . Concessio-
Comunicação nária Via Lagos . Cooperativas de transportes alternativos .
DER . Detran . Detro . DNIT . Inea . Prefeitura Municipal . SEA
8. Criar campanhas de divulgação para o incentivo à utilização . Secretarias Municipais (Obras e Desenvolvimento Urbano,
de combustíveis alternativos, como biodiesel e etanol. Transporte e Ser viços Públicos, Educação, Meio Ambiente) .
Sindicato dos taxistas.
Infraestrutura
9. Racionalizar os horários e a frequência do transporte pú-
blico em todos os distritos.
Possíveis fontes de financiamento
10. Cobrar melhor sinalização nas áreas rurais. BNDES . Caixa Econômica Federal . CT-Transporte . Empresas
associadas ao Comperj . LOA . PAC.
Fiscalização
11. Cobrar a fiscalização da frota de caminhões, ônibus e uti-
litários, a fim de minimizar a emissão de gases poluentes.
72
SEGURANÇA
Justiça e paz são aspirações humanas legítimas. Sua falta representa uma
perda para a qualidade de vida. Segurança é um tema que transcende as
ações policiais e judiciais de repressão e contenção da violência armada e
prevenção de mortes.
Saquarema faz parte da Aisp 25 junto com Cabo Frio, São Pedro da Aldeia,
Araruama, Iguaba Grande, Arraial do Cabo e Armação de Búzios. O muni-
cípio é atendido pelo 25º Batalhão da Polícia Militar e pela 124ª Delegacia
Policial – e tem Guarda Municipal com efetivo de 60 guardas treinados no
Rio de Janeiro ou localmente.
73
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Valorização da vida Comunicação
2. Criar mecanismos de interlocução direta com os órgãos
Articulação competentes para prevenir e solucionar os problemas rela-
1. Articular com os vários representantes da segurança pública cionados ao tema.
a integração entre suas ações e competências. 3. Convocar a população a participar ativamente do Conselho
Comunitário Municipal de Segurança Pública.
Capacitação
2. Solicitar a capacitação da Guarda Municipal para criar laços
solidários com a população e gerenciar apropriadamente o • Proteção das mulheres
trânsito nas áreas principais. Gestão pública
Infraestrutura 1. Formalizar uma Coordenadoria de Proteção à Mulher vítima
3. Solicitar a ampliação da rede física de Segurança Pública, de violência.
com a instalação de novos postos da Polícia Militar em áreas Comunicação
estratégicas.
2. Divulgar leis, como a Lei Maria da Penha, que garantam às
4. Solicitar o aumento do efetivo de policiais militares aloca- mulheres proteção contra a violência.
dos no município.
5. Solicitar o aumento do efetivo do Corpo de Bombeiros, além Infraestrutura
de adequar o horário de atendimento na praia nos períodos 3. Instalar centros de apoio às mulheres.
de férias e feriados.
Planejamento
6. Solicitar a ampliação da frota disponível (quadriciclos, mo-
tos e bugres) para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. 4. Acompanhar a instalação, prevista na Lei 4.646/05, da De-
legacia da Mulher, com profissionais especializados nesse
7. Criar um serviço de perícia médica em Saquarema. tipo de atendimento.
8. Criar um serviço de remoção de cadáveres no município.
Possíveis parceiros
• Promovendo o fortalecimento do Associações de Moradores . Câmara Municipal . ISP . Minis-
Conselho Comunitário de Segurança tério Público . ONGs . PMERJ . Prefeitura Municipal . Seseg .
Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública.
Gestão pública
1. Fortalecer o Conselho Comunitário Municipal de Segurança Possíveis fontes de financiamento
Pública, já atuante.
BNDES . Finep . LDO . LOA . PAC . Pronasci.
74
75
3 Ordem Social
EDUCAÇÃO
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco), a educação, em todas as suas formas, molda o mundo
de amanhã, instrumentalizando indivíduos com habilidades, perspectivas,
conhecimento e valores necessários para se viver e trabalhar.
78
Novas escolas públicas estão sendo construídas no município
15.000
11.744
12.000
9.228
9.000
5.091 4.757
6.000
2.023
3.000
2.577
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
79
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Melhoria no sistema educacional Comunicação
12. Divulgar para a população residente no entorno das escolas
Gestão pública as atividades realizadas por estas, através de voluntariado.
1. Ampliar o número de vagas nas creches municipais.
2. Elaborar um plano de cargos e salários do magistério mu- • Obtenção de recursos internacionais
nicipal. para a formação técnica
3. Assegurar o acesso ao transporte escolar, exclusivo e gra-
tuito, aos alunos da rede municipal que residam em áreas Planejamento
mais afastadas do município. 1. Desenvolver mecanismos que promovam a captação de in-
4. Promover a inclusão digital para todos os estudantes da vestimentos para a formação técnica por parte de empresas
rede pública de ensino. estrangeiras a serem instaladas no município.
2. Promover a inserção no mercado de trabalho dos jovens que
Capacitação
serão formados pela escola técnica.
5. Realizar cursos de reciclagem, para constante atualização
dos professores. Comunicação
6. Qualificar os profi ssionais da área de ensino no município 3. Divulgar as potencialidades do município em relação às
(professores, psicopedagogos e assistentes sociais, entre outros). oportunidades de empregos.
80
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trata-se de processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade cons-
troem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltados para a conservação do meio ambiente e dos bens de uso comum,
essenciais à qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Não existe divulgação dos estudos científi cos sobre os ecossistemas locais, bem
como dos poucos programas de Educação Ambiental, o que dificulta o acesso
dos moradores ao conhecimento sobre as riquezas naturais de Saquarema e
a importância de preservá-las.
81
Em 2010, foi criado um Programa de Educação Ambiental (PEA) fruto da
parceria entre a Prefeitura e o Instituto Ambiental Reciclar voltada para
ações de reciclagem nas escolas do município.
3 Contatos com o projeto em Saquarema podem ser feitos através do e-mail: polo_
saquarema@projetopolen.com.br ou através da Escola Municipal Orgé Ferreira dos
Santos – Bairro de Itaúna – Saquarema/RJ – CEP 28990-000.
82
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Fortalecimento da Comunicação
Educação Ambiental 2. Desenvolver campanhas de participação comunitária (ex.:
“Adote a Sua Rua”).
Capacitação 3. Promover cursos, palestras, of icinas e seminários sobre
1. Capacitar e treinar os professores em temas relacionados ao legislação ambiental para a população.
desenvolvimento sustentável. 4. Informar a população sobre a possibilidade do uso econô-
2. Capacitar os moradores da comunidade para atuarem como mico sustentável dos recursos naturais.
guias ecológicos. 5. Informar a população sobre a riqueza e a importância da
biodiversidade da região.
Planejamento
6. Informar a população sobre a necessidade de gerir os re-
3. Convocar a comunidade escolar para a realização de pales- cursos terrestres através de manejo sustentável.
tras, gincanas, peças de teatro e concursos culturais que
abordem a temática da Educação Ambiental. Articulação
4. Estabelecer um compromisso das empresas instaladas no 7. Realizar parcerias para viabilizar a distribuição de infor-
município com o meio ambiente local, através da realização mativos que esclareçam a população sobre a importância
de programas de Educação Ambiental. da preservação ambiental.
5. Introduzir nas palestras e cursos de formação informações sobre Capacitação
o ecossistema local, principalmente restingas e manguezais.
8. Realizar cursos de capacitação em manejo de recursos naturais.
Gestão pública 9. Promover cursos para a formação de agentes ambientais
6. Integrar as Secretar ias Municipais e as instit uições de comunitários.
ensino, destacando a impor tância de desenvolver ações
estratégicas que promovam a preser vação dos recursos
naturais do município.
Possíveis parceiros
Associações de Moradores . Conselho Gestor da APA Massamba-
Comunicação ba . Empresas associadas ao Comperj . Escolas . Fundação SOS
7. Realizar campanhas de conscientização de moradores e tu- Mata Atlântica . Inea . Ministério do Meio Ambiente . ONGs
ristas sobre a preservação das riquezas naturais da cidade. . SEA . Secretarias Municipais (Agricultura, Abastecimento e
Pesca, Meio Ambiente, Educação) . Universidades . WWF.
83
CULTURA
Segundo a Unesco, a diversidade cultural, produto de milhares de anos de histó-
Desigualdades no acesso à produ- ria e fruto da contribuição coletiva de todos os povos, é o principal patrimônio
ção cultural
da humanidade. As civilizações e suas culturas também resultam da localiza-
Entretenimento – Apenas 13% dos ção geográfica e das condições de vida que cada uma oferece, o que se traduz
brasileiros vão ao cinema alguma na riqueza e diversidade de formas de viver e sobreviver da espécie humana.
vez no ano; 92% nunca frequenta-
ram museus; 93,4% jamais visita- A cultura representa as formas de organização de um povo, seus costumes
ram uma exposição de ar te; 78% e tradições, que são transmitidos de geração a geração, como uma memória
nunca assistiram a um espetáculo coletiva, formando sua identidade e, muitas vezes, mantendo-a intacta, apesar
de da nça , e mbor a 28,8% sa ia m das mudanças pelas quais o mundo passa.
pa r a d a nç a r. M a i s de 9 0 % do s
municípios não possuem salas de A identidade cultural é uma das mais importantes riquezas de um povo, pois
cinema, teatro, museus e espaços representa um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos,
culturais multiuso. historicamente compartilhados, que estabelece a comunhão de determinados
valores entre os membros de uma sociedade. Trata-se de um conceito de ta-
Livros e bibliotecas – O brasileiro
manha complexidade, que pode ser manifestado de várias formas e envolver
lê, em média, 1,8 livro per capita/
situações que vão desde a fala até a participação em certos eventos.
ano (contra 2,4 na Colômbia e 7 na
França, por exemplo); 73% dos li- A diversidade cultural é um dos pilares da identidade brasileira e fator de
vros estão concentrados nas mãos de sustentabilidade do desenvolvimento do País. O maior desafio nesta área é
apenas 16% da população. O preço
enfrentar a pressão que o desenvolvimento exerce sobre as estruturas tradi-
médio do livro de leitura corrente é
cionais – sejam físicas, como sítios arqueológicos ou patrimônios históricos,
de R$ 25,00, elevadíssimo quando
sejam imateriais, como conhecimentos e práticas das populações.
comparado com a renda do brasi-
leiro nas classes C/D/E. Dos cerca
de 600 municípios brasileiros que
nunca receberam uma biblioteca,
405 f icam no Nordeste, e apenas
dois no Sudeste.
84
Saquarema tem grande riqueza cultural: além das inf luências indí-
Sa mbaqu i – Em t upi “monte de
genas, possui traços de diversos grupamentos étnicos, como as populações
conchas”, são depósitos compostos
afrodescendentes, as comunidades quilombolas e a população caiçara.
por materiais orgânicos, como restos
Em Saquarema acontece a Festa de Nazareth mais antiga do Brasil. Os pri- de conchas e ossos, empilhados ao
meiros registros da festa no município datam de 1640, data da construção longo do tempo. Os mais antigos
da igreja que depois foi reconstruída no século 19 e hoje é a Igreja Matriz, surgiram há 6.500 anos. Pesquisa-
dores encontraram neles restos de
tombada pelo Iphan. No município, vários outros espaços ref letem o mul-
esqueletos humanos, indicando que
ticulturalismo presente em sua história, como a Igreja de Santo Antônio,
também eram cemitérios.
Casa de Cultura, que abriga a Biblioteca Pública, Capela de São Pedro em
Jaconé (ambas tombadas pelo Inepac), e Teatro Municipal Mário Lago.
Também merece menção a Casa do Nós, em Bacaxá, uma filial do grupo Nós
do Morro (do Vidigal, Rio de Janeiro), que promove teatro experimental e po-
pular de grande impacto; a Casa da Cultura Walmir Ayala, que foi a primeira
Câmara Municipal de Saquarema, no século 19, e é tombada pelo Iphan e
pelo Inepac, onde são realizadas exposições e aulas de pintura e artesanato. Sambaqui da Beirada
85
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Valorização dos sambaquis 3. Identificar talentos locais, para realizar programas de pro-
fissionalização.
Infraestrutura 4. Mapear a existência de artesãos no município, identificando
suas localidades.
1. Sugerir um sistema de segurança, com guarita para guardas,
a fi m de garantir a preservação dos sambaquis remanescentes. 5. Realizar ações que potencializem a identidade do artesanato
local, como no caso da produção da cerâmica de barro vermelho.
2. Fornecer a infraestrutura necessária para receber grupos de
visitantes, com informações relevantes sobre os sambaquis. 6. Inserir no currículo escolar, como temas transversais, a
arte, o artesanato, a cultura e o folclore locais.
3. Criar um memorial Lina Kneipp, no sambaqui da Pontinha,
onde existe o registro de uma cerimônia funerária, única Capacitação
na América Latina.
7. Capacitar os artesãos para a produção e venda de seus produtos.
Planejamento 8. Promover cursos que resgatem a importância da continui-
4. Criar uma rota pré-histórica que integre os quatro samba- dade das festas tradicionais.
quis remanescentes para a realização de visitas guiadas.
Infraestrutura
Capacitação 9. Criar um museu histórico do município.
5. Capacitar jovens locais para atuarem como guias nas visi- 10. Criar um centro cultural para atividades de teatro, cinema,
tações aos sambaquis. música, dança, videoteca e biblioteca, entre outras.
Comunicação Comunicação
6. Realizar campanhas de conscientização popular sobre a 11. Divulgar a importância da tradição cultural das folias de
importância histórica dos sambaquis. Reis e do Divino, das festas religiosas e das datas cívicas
7. Divulgar a existência dos sambaquis através de todos os do município.
recursos de mídia. 12. Divulgar, através da Secretaria de Turismo, a existência da
tradicional Feira de Artesanato em sites e fôlderes.
• Fortalecimento da cultura
de Saquarema Possíveis parceiros
Associação de Artesãos de Saquarema . Associações de Morado-
Estudos técnicos res . Crea . Entidades Religiosas . Inepac . Iphan . ONGs . Secre-
1. Realizar um levantamento da história e cultura do município tarias Municipais (Educação, Cultura, Turismo) . Universidades.
com a participação dos moradores.
86
SAÚDE
A Agenda 21 brasileira afirma em seu objetivo 7 – “Promover a saúde e evitar
a doença, democratizando o SUS” – que a origem ambiental de diversas do-
enças é bem conhecida e que o ambiente natural e as condições de trabalho,
moradia, higiene e salubridade, tanto quanto a alimentação e a segurança,
afetam a saúde, podendo prejudicá-la ou, ao contrário, prolongar a vida.
87
Os postos de saúde de Saquarema precisam melhorar seu atendimento
88
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Melhoria no sistema de saúde • Melhoria na infraestrutura
Infraestrutura do Hospital de Bacaxá
1. A mpliar o atendimento do Programa Saúde da Família Infraestrutura
(médico generalista, enfermeiros, técnicos de enfermagem
1. Acompanhar a futura reforma da estrutura física do Hospital
e agentes comunitários de saúde), já estabelecido em 12
de Bacaxá (pintura, rachaduras, vazamentos).
bairros, para a cobertura completa de todo o município,
priorizando os bairros de Bacaxá, Jaconé e Porto da Roça. 2. Buscar assistência multiprofi ssional na UTI para o futuro Hos-
pital de Bacaxá (fi sioterapeuta e nutricionista, entre outros).
2. A mpliar o Programa de Saúde Bucal para todos os PSF
do município.
3. Instalar um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf ) a • Controle de epidemias e endemias
fim de prover a integralidade da assistência à saúde (fisio-
Comunicação
terapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista, psicólogo
e outros). 1. Criar campanhas educativas para esclarecer a população quanto
aos problemas de saúde causados pelo caramujo africano.
4. Ampliar a oferta de especialistas no ambulatório para aten-
der à grande demanda da população. 2. Div ulgar nos veículos de comunicação locais, de forma
permanente, os riscos da dengue, orientando a população
Gestão pública sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito
5. Instalar o Programa Saúde na Escola (PSE). vetor da doença.
Comunicação
4. Realizar campanhas educativas, visando à prevenção do
uso de drogas psicoativas.
89
• Melhoria no sistema de • Melhoria do padrão de
comunicação da saúde familiar atendimento na saúde
e orientação sexual Gestão pública
Comunicação 1. Elaborar um plano de cargos, carreira e salários para os
profissionais de saúde.
1. Divulgar a importância da realização de exames periódicos
como medida de prevenção ao câncer de próstata. 2. Realizar concurso público para preenchimento dos cargos.
2. Divulgar a importância da realização periódica de exames Capacitação
para prevenir o câncer do colo de útero e de mama.
3. Promover cursos de atualização para os profi ssionais de saúde.
3. Divulgar a atuação do programa DST/Aids no município.
4. Exigir formação universitária para administração hospitalar.
Planejamento
4. Elaborar um calendário de visitação em escolas, comunida- • Melhoria da vigilância sanitária,
des carentes, grupos religiosos e associações de moradores. ambiental e epidemiológica
5. Retomar o Programa Redução de Danos, com distribuição
de preservativos e seringas. Gestão pública
6. Intensificar os projetos de orientação sexual no município. 1. Fornecer recursos materiais para as ações de Vigilância
Sanitária, ambiental e epidemiológica.
Comunicação
2. Atualizar o Código Sanitário do município.
7. Divulgar junto à população a existência de programas de
3. Fortalecer o Programa de Saúde do Trabalhador.
planejamento familiar.
Capacitação
• Melhoria do sistema de saúde 4. Capacitar funcionários para as ações de vigilância sanitária,
para os grupos principais epidemiológica e ambiental.
Comunicação Comunicação
5. Divulgar a existência de campanhas de vacinação, princi-
1. Divulgar a existência do Programa de Atenção Integral à
palmente a antirrábica.
Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (Paimsca).
2. Elaborar campanhas educacionais sobre orientação sexual
nos espaços escolares formais e não formais.
Possíveis parceiros
Assessoria de Comunicação Social . Conselhos Estaduais (Anti-
Elaboração de programas Drogas, Saúde) . Conselho Municipal de Saúde . Coren . CRM .
3. Elaborar um Programa de Atenção à Saúde do Idoso. CRP . Ministério da Saúde . MP . ONGs . Prefeitura Municipal
. Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil . Secretarias Mu-
• Melhoria do atendimento nos Postos nicipais (Educação, Saúde) . TCE . Universidades.
90
GRUPOS PRINCIPAIS
A Agenda 21 Global define como grupos principais as mulheres, crianças e
jovens, povos indígenas, ONGs, autoridades locais, trabalhadores e seus sin-
dicatos, comerciantes e industriários, a comunidade científica e tecnológica,
agricultores e empresários. É desses grupos que o documento cobra compro-
metimento e participação para a implementação dos objetivos, políticas e
mecanismos de ação previstos em seu texto.
A Agenda 21 brasileira vai além e destaca como uma de suas prioridades a neces-
sidade de diminuir as desigualdades sociais no País para garantir as condições
mínimas de cidadania a todos os brasileiros, enfatizando a importância de pro-
teger os segmentos mais vulneráveis da população: mulheres, negros e jovens.
91
sobre ervas medicinais, artesanato, confecção de redes de pesca e culinária para
a identidade cultural de Saquarema. Eles também se preocupam com a ausência
de políticas locais que favoreçam os pescadores artesanais.
92
A Associação de Moradores e Amigos de Boqueirão é uma das mais ativas de
Saquarema
93
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Fortalecimento do Conselho Tutelar • Melhorias nos serviços
Comunicação oferecidos aos jovens
1. Divulgar as datas das eleições, locais de voto e ações do Elaboração de programas
Conselho Tutelar.
1. Desenvolver programas e projetos que promovam a parti-
cipação dos jovens em eventos de esporte e lazer.
• Melhorias nos serviços 2. Elaborar programas de for mação de jovens educadores
oferecidos aos idosos ambientais, com incentivo financeiro através de bolsas de
estudo.
Gestão pública
Capacitação
1. Fortalecer as ações realizadas pelo Conselho Municipal do
Idoso. 3. Promover o acesso à formação técnica e ao mercado de
trabalho.
Fiscalização
Comunicação
2. Fiscalizar o cumprimento do Estatuto do Idoso.
4. Divulgar os programas e eventos voltados aos jovens.
Comunicação
3. Informar a população sobre a importância de respeitar os
idosos.
• Ações desenvolvidas pela Diretoria
da Infância e da Juventude
Planejamento
Comunicação
4. Promover atividades esportivas, culturais e demais tipos de
eventos voltados aos idosos. 1. Divulgar, de forma transparente, as ações da Diretoria da
Infância e da Juventude, assim como a aplicação das verbas
5. Promover eventos que comemorem o Dia do Idoso.
de seu fundo municipal.
6. Realizar eventos em praças públicas que promovam o bem-
2. Desenvolver um plano de comunicação, com o objetivo de
estar do idoso.
divulgar a existência de programas voltados para a promo-
ção da infância e adolescência.
• Valorização dos grupos tradicionais
Estudos técnicos • Políticas para a juventude
1. Pesquisar e catalogar os povos indígenas, caiçaras e quilom- Elaboração de programas
bolas, visando ao estabelecimento de condições necessárias
1. Elaborar programas de orientação vocacional.
à sua plena cidadania.
2. Realizar um levantamento dos conhecimentos locais sobre Comunicação
ervas medicinais, artesanato, confecção de redes de pesca 2. Promover encontros com profissionais especializados, vi-
e culinária, entre outros. sando à orientação vocacional dos jovens.
Gestão pública 3. Divulgar os grupos de movimentos sociais formados por
jovens.
3. Elaborar uma política pública para a valorização das popu-
lações tradicionais existentes em Saquarema.
Planejamento
• Inserção das questões de gênero
4. Valorizar o histórico dos grupos tradicionais, organizados Gestão pública
durante o processo de formação do município. 1. Criar o Conselho Municipal da Mulher.
5. Promover a participação dos representantes das comunida-
des tradicionais nos espaços de tomadas de decisão.
94
Infraestrutura • Fortalecimento dos sindicatos
2. Instalar uma Delegacia da Mulher (Deam) ou um Núcleo
Especializado de Atendimento à Mulher (Neam). Planejamento
1. Mapear os sindicatos existentes no município.
Comunicação
2. Identificar, com os profissionais sindicalizados, as propostas
3. Realizar palestras em associações de moradores e grupos
de planos de ação estratégicos para o seu fortalecimento.
religiosos para divulgar os direitos da mulher.
3. Estimular o desenvolvimento das associações de classe e
4. Divulgar a Lei Maria da Penha de combate à violência do-
movimentos sociais locais.
méstica.
4. Reativar o Sindicato dos Servidores Municipais.
Planejamento
Comunicação
5. Criar uma comissão para assegurar os direitos da mulher,
identificando as vulnerabilidades de gênero. 5. Divulgar as ações dos sindicatos à população.
6. Apoiar a criação de um centro de negócios da mulher. 6. Informar os sindicatos sobre a importância de sua respon-
sabilidade nas questões socioambientais e com o desenvol-
7. Criar grupos de mulheres artesãs, visando a sua profissio-
vimento sustentável.
nalização.
8. Promover a participação da mulher nas políticas públicas
de Saquarema.
Possíveis parceiros
A ssociação de Moradores . A ssociação de Sur fe . Câmara
Capacitação Municipal . Coletivo Jovem do Rio de Janeiro . Colônia de
9. Capacitar mulheres para o cultivo de hortas familiares. Pescadores Z-24 . Conselho Estadual de Defesa dos Direitos
da Pessoa Idosa . Conselhos Municipais (Assistência Social,
95
PADRÕES DE CONSUMO
A pobreza e a degradação ambiental estão estreitamente relacionadas.
Con su mo r eespon
spon sáve l – Signi- Enquanto a primeira tem como resultado determinados tipos de pressão
fi ca adquirir produtos eticamente ambiental, segundo a Agenda 21, as principais causas da deterioração inin-
corretos, ou seja, cuja elaboração terrupta do meio ambiente mundial são os padrões insustentáveis de consu-
não envolva a exploração de seres mo e produção, especialmente nos países industrializados. Motivo de séria
humanos e animais e não provoque
preocupação, tais padrões de consumo e produção provocam o agravamento
danos ao meio ambiente.
da pobreza e dos desequilíbrios.
96
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Fortalecimento da Comunicação
economia solidária 2. Informar a população sobre a existência de técnicas de
captação de energia solar.
Elaboração de programas 3. Divulgar a importância da redução do consumo de energia.
1. Fortalecer o Programa de Economia Solidária.
Comunicação
• Mudanças nos padrões de consumo
2. Divulgar a importância da economia solidária para o de- Gestão pública
senvolvimento do município. 1. Elaborar políticas públicas de incentivo à mudança dos
3. Promover campanhas educativas sobre o consumo cons- padrões de consumo da população.
ciente e a permacultura (utilização sustentável dos recursos
naturais). Possíveis parceiros
4. Divulgar as ações do Procon, de economia solidária e do Ampla . Associações de Moradores . Concessionária Águas de
uso sustentável dos recursos naturais. Juturnaíba . Empresas associadas ao Comperj . MP . Ministérios
Planejamento (Pesca e Aqüicultura, Agricultura, Pecuária e Abastecimento) .
ONGs. Petrobras . Prefeitura Municipal . Sindicatos.
5. Promover a venda direta de produtos agrícolas e artesanais
através do Galpão do Produtor Rural, em Madressilva.
Possíveis fontes de financiamento
6. Promover a venda direta do pescado através dos estandes
doados pelo Ministério da Pesca. Ampla . Empresas associadas ao Comperj . FAT . Fecam . LOA
. PAC . Petrobras.
97
ESPORTE E LAZER
O conceito de qualidade de vida, embora subjetivo, independentemente da
nação, cultura ou época, relaciona-se a bem-estar psicológico, boas condições
físicas, integração social e funcionalidade.
Centro de Treinamento da Confederação Atividades esportivas são uma ferramenta de baixo custo e alto impacto
Brasileira de Voleibol nos esforços de desenvolvimento, educação e combate à violência em várias
sociedades, e o lazer é fundamental para a qualidade de vida dos indivíduos.
Em relação aos esportes radicais, existem duas rampas de vôo livre e o mu-
nicípio abrigou vários campeonatos estaduais, nos últimos anos. O Centro de
Desenvolvimento do Vôlei abriga várias seleções, desde a juvenil até a adulta,
masculina e feminina, e tem atividades durante o ano inteiro. O município
também sedia campeonatos de futebol americano.
98
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Valorização dos esportes náuticos Planejamento
2. Realizar um evento anual de voleibol envolvendo as redes
Estudo técnico estudantis públicas e particulares, no mesmo modelo do 1º
1. Levantar o potencial dos esportes náuticos na lagoa. Festvoley, ocorrido em 2008.
3. Promover visitas guiadas da rede escolar ao Centro de De-
Infraestrutura
senvolvimento de Voleibol, incluindo o Museu do Vôlei.
2. Construir uma marina, com toda a infraestrutura urbana e
4. Promover campeonatos de vôlei de praia.
náutica necessária.
99
Possíveis parceiros
Agências de Viagem . Associação de Surfe . Associação de Voo
Livre de Sampaio Corrêa . CBV . CDV . Clubes Locais . Colônia
de Pescadores Z-24 . Comitê de Bacias Lagos São João . Empresas
associadas ao Comperj . Inea . Marinha do Brasil . ONGs . Pre-
feitura Municipal . Sebrae . Secretarias Municipais (Educação,
Esporte e Lazer, Turismo) . Senai . Sesc . Universidades.
100
101
4 Ordem Econômica
GERAÇÃO DE TRABALHO,
RENDA E INCLUSÃO SOCIAL
As mudanças climáticas e seus impactos, e a degradação do meio ambiente em
geral, têm implicações significativas para o desenvolvimento econômico e so-
cial, para os padrões de produção e de consumo e, portanto, para a criação de
empregos e geração de renda.
– Empenham-se em processos de
produção humanos, dignos e intrin-
secamente satisfatórios;
Região de Inf luência Ampliada e respondeu, no mesmo período, por 0,28%
do PIB da região 4 .
futuras gerações;
104
Gráfico 3: Número de estabelecimentos
Roya lt ies – Uma das compensa-
por setor conforme o tamanho
ções f inanceiras relacionadas às
atividades de exploração e produção
5.000
de petróleo e gás nat ural que as
4.058 companhias petrolíferas pagam aos
4.000
estados e municípios produtores. A
Micro
legislação prevê regras diferentes
3.000 Pequena para a distr ibuição dos royalties
em função da localização do campo
Média
2.000 produtor, se em terra ou no mar.
1.334
Grande
1.000
412
66 1 0 0 6 1 0 51 7 1 66 6 14
0
Agropecuária Indústria Comércio Serviços
%
100
88,66 91,20
77,21
80
2002
60
2004
38,99
40 2007
28,16
25,68
21,23
20 9,90
1,43 1,56 0,86 7,94
0
Agropecuária Indústria Serviço Administração
Pública
Fonte: IBGE 2008
105
A população total do município em 2007 era de 62.174 habitantes, quando
96,1% das pessoas residiam na área urbana, e 3,9%, na área rural . A maior
parte da população tem idade acima de 15 anos (Gráfico 4).
Fonte: Fundação Cide. Anuário Estatístico 2008
%
40
30 27,73%
20 16,33%
18,50%
0
0a4 5a9 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 49 50 anos +
anos anos anos anos anos anos
%
80 72,10
70
60 56,79
50
40,94
40 33,39
30
20
10
0
% da população % da PEA ocupada % da população % da PEA ocupada
que é PEA que é PEA ocupada que é assalariada
106
de R$ 11.228, enquanto a renda média dos trabalhadores, em período equi-
valente, permaneceu em R$ 435,86.
107
Mapa 7: Densidade de pobreza no Estado do Rio de Janeiro
108
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Políticas públicas para o 8. Capacitar empresários locais para promover o gerenciamento
de seus recursos humanos.
desenvolvimento social
Infraestrutura
Gestão pública 9. Construir um Centro de Integração Regional, para atender
1. Ampliar a rede de saúde. às demandas do Comperj.
2. Integrar as ações de fi scalização do cumprimento das leis 10. Criar um centro de capacitação e exposição de artesãos.
trabalhistas, em parceria com os governos estadual e federal.
Elaboração de projetos
Planejamento 11. Elaborar projetos que promovam a geração de emprego e renda.
3. Criar um balcão de empregos com a finalidade de divulgar 12. Elaborar projetos de responsabilidade social, em parceria
as oportunidades na região. com as empresas.
4. Promover a produção de artesanato, valorizando a matéria-
prima local. Possíveis parceiros
5. Identificar oportunidades de trabalho existentes no município. Firjan . Ministérios (Desenvolvimento Social, Trabalho) . Pro-
minp . Sebrae . Secretarias Municipais (Promoção Social, Saúde).
Capacitação
6. Elaborar grade com cur sos técnicos de cur ta duração,
voltados às áreas de turismo, hotelaria, meio ambiente,
Possíveis fontes de financiamento
tecnologias limpas, agricultura e pesca. Ashoka . Banco do Brasil . Basf . BNDES . Caixa Econômica
Federal . FAT . Fundação Ford . Proger.
7. Realizar cursos de capacitação para atender às demandas
mais imediatas, a partir da instalação do Comperj.
109
AGRICULTURA
A Agenda 21, em seu Capítulo 32, afirma que a agricultura ocupa um terço
da superfície da Terra e constitui a atividade central de grande parte da
população mundial. Segundo o documento, as atividades rurais ocorrem
em contato estreito com a natureza – a que agregam valor com a produção
de recursos renováveis –, ao mesmo tempo em que a tornam vulnerável à
exploração excessiva e ao manejo inadequado.
110
Pesqueira de Saquarema), constituído pelas instituições que prestam serviços
ao produtor rural e ao pescador, e por aquelas que os representam.
Além disso, o setor convive com a destruição das áreas cultiváveis em função
da pecuária de corte, com queimadas e desmatamentos para a prática da agri-
cultura, inclusive a de subsistência. O grupo se queixa da pouca divulgação
das reuniões do Conselho Municipal de Política Agrícola e Pesqueira (Compap).
A Emater foi muito citada devido às boas orientações prestadas sobre o con-
trole de uso das substâncias tóxicas pelos produtores rurais e aos estudos e
manejos corretos que promove, como os realizados em conjunto com a Colônia
Z-24. Mas o grupo diz que a transferência da tecnologia da Emater é precária,
pois falta apoio do poder público ao controle efi ciente das pragas e às ativida-
des desenvolvidas (recursos humanos, fi nanceiros e materiais do município).
111
de insumos agropecuários contribui para o uso indevido destes, colocando em
risco a saúde de pessoas e animais.
112
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Fortalecimento do papel Gestão pública
do agricultor 4. Promover o cumprimento da Lei do Receituário Agronômico.
Comunicação
Gestão pública
5. Divulgar conhecimentos técnicos sobre a utilização correta
1. Dotar a Secretaria Municipal de Agricultura de infraestrutura de agrotóxicos aos pequenos produtores rurais.
adequada para fi scalizar ações ilícitas e desenvolver políticas
públicas que melhorem as condições do produtor rural. 6. Realizar campanhas educativas permanentes sobre o geren-
ciamento das áreas agrícolas junto à população rural.
2. Desenvolver ações que estimulem a f i xação do homem
no campo. 7. Divulgar continuamente as atividades do Conselho Muni-
cipal de Política Agrícola e Pesqueira.
3. Promover o controle social das ações dos órgãos compe-
tentes. Capacitação
4. Cobrar transparência nos processos de seleção pública de 8. Capacitar os proprietários rurais através de oficinas e ati-
projetos agrícolas. vidades práticas, como o Aprender Fazendo.
5. Cr iar incentivos que for taleçam e ampliem o setor agr í-
cola e pecuár io. • Controle e fiscalização
6. Cr iar escolas técnicas para estimular o desenvolv imento da pesca predatória
de técnicas agr ícolas.
Elaboração de programas e projetos Gestão pública
1. Criar uma Secretaria Municipal de Pesca.
7. Elaborar programas e projetos que valorizem o setor agrícola
do município. 2. Elaborar políticas integradas para o combate à pesca predatória.
8. Identificar mecanismos que promovam a valorização da 4. Disponibilizar recursos para capacitação e desenvolvimento
agricultura familiar. da atividade pesqueira (fortalecimento da Colônia) e imple-
mentar políticas integradas para combater a pesca predatória.
9. Contratar mais especialistas para desenvolver ações que
promovam o aumento de produção e diversificação agrícola. Capacitação
Comunicação 5. Realizar cursos de capacitação para os pescadores desen-
volverem estratégias de combate à pesca predatória.
10. Div ulgar ações que informem e esclareçam a população
sobre o setor agrícola e pecuário. Fiscalização
6. Apoiar a fiscalização das atividades de pesca predatória na
• Gerenciamento das áreas agrícolas região (ex.: barcos que não respeitam o limite costeiro para
pesca, uso de rede de arrastos e bombas).
Infraestrutura 7. Cobrar da Guarda Costeira maior eficácia na fi scalização.
1. Melhorar a infraestr ut ura da Emater (equipamentos de
informática e veículos, entre outros). Infraestrutura
8. Auxiliar na criação de uma estrutura municipal de fiscali-
Fiscalização zação das atividades pesqueiras, devidamente estruturada
2. Formalizar parcerias com órgãos fi scalizadores para coibir e articulada com o Inea.
agressões ambientais e o uso indiscriminado de agrotóxicos.
Planejamento
3. Promover a adequação das propriedades rurais de acordo
com os princípios agroecológicos e a legislação ambiental.
113
• Estratégias para a valorização 6. Repassar os recursos financeiros, em tempo hábil, para que
a Emater viabilize a realização de suas atividades.
das atividades pesqueiras 7. Assegurar a liberação de recursos necessários para equipar
a Secretaria Municipal de Agricultura (aquisição de “pa-
Infraestrutura trulha motomecanizada”, acompanhamento aos produtores,
1. Criar um Mercado de Peixe. estruturas de comercialização e outros).
114
• Produção limpa através da • Transferência de tecnologias
agricultura orgânica agrícolas sustentáveis
Estudo técnico Comunicação
1. Mapear as áreas improdutivas existentes no município. 1. Difundir o conhecimento de técnicas agroecológicas nas
escolas públicas.
Comunicação
2. Promover campanhas de divulgação das ações realizadas
2. Promover campanhas de conscientização, divulgando os pela Emater.
benefícios da produção agrícola orgânica.
3. Promover campanhas educativas sobre a importância da Possíveis parceiros
produção orgânica.
Ampla . Anvisa . Associação de Artesãos de Saquarema . Câ-
Infraestrutura mara Municipal . Capitania dos Portos . Colônia de Pescadores
4. Estimular a criação de um mercado popular para incremen- Z-24 . Comitê de Bacia Lagos São João . Concessionária Águas
tar o escoamento da produção orgânica local. de Juturnaíba . Conselhos Municipais (Meio Ambiente, Saúde)
. Embrapa . Emater . Empresas associadas ao Comperj . Fiperj .
Planejamento Fundação O Boticário de Proteção a Natureza . Fundação SOS
Mata Atlântica . Ibama . Inea . Ministérios (Ciência e Tecnolo-
5. Criar hortas orgânicas, comunitárias e escolares.
gia, Meio Ambiente, Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
6. Identificar as possíveis fontes de financiamento para via- Aqüicultura e Pesca) . MP . ONGs . Procuradoria Geral do Mu-
bilizar a produção agrícola sustentável. nicípio . Sebrae . Secretarias Estaduais (Agricultura, Ambiente)
. Secretarias Municipais (Agricultura, Abastecimento e Pesca,
Elaboração de projetos Meio Ambiente, Turismo, Saúde, Educação, Promoção Social)
7. Elaborar projetos que estimulem as práticas agrícolas sus- . Sindicatos dos Trabalhadores Rurais . Universidades . WWF.
tentáveis (pneu-manilha e adubos orgânicos, entre outras).
115
INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Em seu Capítulo 30, a Agenda 21 reconhece que a prosperidade constante, obje-
tivo fundamental do processo de desenvolvimento, resulta principalmente das
atividades do comércio e da indústria. Mas alerta que o setor econômico deve
reconhecer a gestão do meio ambiente como uma de suas mais altas prioridades.
Não é possível ter uma economia ou uma sociedade saudável num mundo com
tanta pobreza e degradação ambiental. O desenvolvimento econômico não pode
parar, mas precisa mudar de rumo para se tornar menos destrutivo.
Saquarema enfrenta falta de qualifi cação profi ssional específi ca para co-
mércio, indústria e serviços, e de estímulo e incentivo ao comércio formal.
116
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Mecanismos para a promoção Comunicação
do comércio local 2. Divulgar a indústria moveleira por meio de eventos, mate-
rial gráfico e informações transmitidas pelos veículos de
Planejamento comunicação de massa.
1. Promover o retorno das atividades do Sebrae e Senac ao 3. Convidar os responsáveis pelo setor de comércio, indústria
município a fim de identificar os potenciais para negócios e serviços a participar de palestras e seminários sobre de-
e fortalecer o empreendedorismo. senvolvimento sustentável, a serem promovidos pelo Fórum
da Agenda 21 Local.
2. Elaborar um banco de dados sobre oferta e demanda de mão
de obra. Planejamento
Infraestrutura 4. Realizar eventos periódicos que fomentem as discussões
sobre o fortalecimento do setor industrial local.
3. Criar um polo expositivo nas indústrias do Comperj (feiras e
eventos que divulguem os produtos e serviços disponíveis). Gestão pública
Capacitação 5. Fomentar a implantação de leis de incentivos fiscais para
as indústrias que se estabelecerem no município.
4. Realizar cursos de capacitação em parceria com as empresas
que se instalarão no município.
Possíveis parceiros
• Seminário sobre futuros Empresas associadas ao Comperj . Firjan . Ministérios (Trabalho
e Emprego, Desenvolvimento Social) . Prominp . Rede Ceape .
impactos causados pela Sebrae . Secretaria Estadual do Trabalho e Renda . Secretarias
instalação do Comperj Municipais (Promoção Social, Desenvolvimento Econômico,
Indústria e Comércio) . Senac . Senai.
Comunicação
1. Realizar seminários com a par ticipação de especialistas Possíveis fontes de financiamento
que informem sobre os impactos causados pela instalação Banco do Brasil . BNDES . Caixa Econômica Federal . FAT .
do Comperj. Fenape . Ministérios (Trabalho e Emprego, Desenvolvimento
Social) . Planfor . Proger.
• Políticas municipais para a
geração de emprego e renda
na área da indústria
Capacitação
1. Realizar cursos de capacitação para promover a qualificação
da mão de obra local.
117
TURISMO
O turismo está entre as atividades econômicas que mais dependem da con-
servação e valorização do meio ambiente natural e construído, especialmente
para os destinos cujo destaque são os atrativos relacionados à cultura e às
belezas naturais. É considerado sustentável quando consegue alcançar os
resultados econômicos desejados respeitando o meio ambiente e o desenvol-
vimento das comunidades locais.
118
O município atrais diversos praticantes
de esportes ligados à natureza
O grupo entende que, para aproveitar todas as potencialidades – ecoturismo
nas montanhas, atividades de turismo ecológico rural (trilhas e cavalgada,
entre outros) e esportes ligados à natureza (náuticos, voo livre, surfe, vôlei de
praia e pesca esportiva) e eventos culturais e religiosos (Feira Cultural, Festa de
Nossa Senhora de Nazaré, entre outros) –, é preciso melhorar a infraestrutura
local, que não conta, por exemplo, com acesso planejado às áreas turísticas.
119
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Estruturação do potencial turístico 3. Promover atividades esportivas em áreas de montanhas,
lagoas, praias e cachoeiras.
Capacitação Articulação
1. Capacitar e reciclar os profissionais de redes hoteleiras, 4. Realizar parcerias para apoiar a prática do voo livre e outras
gastronômica e comércio em geral, para melhor atendi- atividades esportivas.
mento ao turista.
2. Oferecer cursos de línguas estrangeiras aos profissionais
Gestão pública
do setor de turismo. 5. Estimular a exploração sustentável do ecoturismo, através
da divulgação das potencialidades locais.
3. Realizar cursos de capacitação voltados às áreas de higiene
pessoal e do ambiente de trabalho. 6. Apoiar o desenvolvimento do turismo local, gerando inter-
câmbio entre os municípios.
Fiscalização
7. Divulgar o calendário de atividades culturais do município.
4. Ampliar a fiscalização da Vigilância Sanitária.
5. Atualizar o cadastro de pousadas e hotéis existentes no
município, fiscalizando o cumprimento das normas.
• Fomento ao ecoturismo
e turismo radical
Infraestrutura
6. Criar escolas técnicas voltadas à promoção do turismo (ex.: Elaboração de programas e projetos
formação de guias turísticos, entre outros). 1. Elaborar projetos que evidenciem os ecossistemas locais
(restingas, manguezais e sambaquis, entre outros), permi-
Planejamento tindo aos turistas e moradores conhecer melhor a região.
7. Criar rotas turísticas, valorizando as potencialidades locais 2. Desenvolver programas e projetos que fortaleçam a voca-
(turismo religioso, artesanato e esportes, entre outros). ção turística.
8. Fomentar a participação da iniciativa privada para forta-
lecer a vocação turística local. Articulação
9. Promover os vários segmentos do turismo no município 3. Realizar parcerias para executar ações voltadas ao ecotu-
como uma alternativa para a geração de emprego e renda. rismo e a esportes radicais.
2. Promover a prática de esportes aquáticos nas lagoas de Ja- 9. Cr iar estr utura para promover o monitoramento do tu-
coné, Saquarema e Jacarepiá, desde que não causem danos r ismo local.
ao meio ambiente.
120
Capacitação Gestão pública
10. Realizar capacitação para planejar e executar atividades 2. Promover o turismo rural a partir da organização e análise
turísticas sustentáveis. do potencial local para estas atividades (área física, produ-
tores e parcerias).
Comunicação
11. Divulgar o patrimônio natural local, visando desenvolver Possíveis parceiros
práticas turísticas sustentáveis.
Assessoria de Comunicação Social . Comitê de Bacia Lagos
12. Informar a população sobre a importância de preservação das São João . Corpo de Bombeiros . Embratur . Guarda Municipal
áreas de serra e montanha, lagos, rios e mar do município. . Ibama . ICMBio . Inea . Ministérios (Trabalho e Emprego, Tu-
Gestão pública rismo) . Pmerj . Riotur . SEA . Sebrae . Secretarias Municipais
(Turismo, Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio,
13. Elaborar políticas públicas, em caráter participativo, para Cultura) . Veículos de comunicação locais.
fortalecer as atividades que contemplem as vocações turís-
ticas do município.
Possíveis fontes de financiamento
14. Elaborar políticas públicas voltadas ao fomento do ecotu-
rismo, como vem sendo realizado na Serra do Mato Grosso. BNDES . FAT . LDO . LOA . Prodetur.
121
GERAÇÃO DE RESÍDUOS
As atividades industriais, agroindustriais, hospitalares, de transportes, serviços
de saúde, comerciais e domiciliares produzem grandes volumes de resíduos sólidos
sob a forma de plásticos, metais, papéis, vidros, pneus, entulhos, lixo eletrônico,
substâncias químicas e alimentos. Para piorar este quadro, a maioria dos muni-
cípios não conta com mecanismos de gerenciamento integrado desses resíduos.
Classes dos resíduos Tabela 3: Relação entre origem e classes de resíduos e responsáveis por seu
descarte
1 – Perigosos – Apresentam riscos
à saúde pública e ao meio ambiente, Origem Possíveis Classes Responsável
exigindo tratamento e disposição es-
peciais; Domiciliar 2 Prefeitura
Comercial 2, 3 Prefeitura
2 – Não inertes – Não apresentam
periculosidade. (ex.: lixo doméstico); Industrial 1, 2, 3 Gerador do resíduo
Público 2, 3 Prefeitura
3 – Inertes – Não contaminam a água,
não se degradam ou não se decom- Serviços de saúde 1, 2, 3 Gerador do resíduo
põem quando dispostos no solo (se Portos, aeroportos e terminais 1, 2, 3 Gerador do resíduo
degradam muito lentamente). Muitos ferroviários
deles são recicláveis (ex.: entulhos de Agrícola 1, 2, 3 Gerador do resíduo
demolição, pedras e areias retirados
Entulho 3 Gerador do resíduo
de escavações).
Fonte: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/residuos/
classes_dos_residuos.html
122
Segundo eles, há pouca fi scalização das atividades poluentes dos postos de
gasolina e dos licenciamentos ambientais e uso indiscriminado de produtos
tóxicos, que podem gerar doenças e danos ambientais.
123
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Estratégias para o descarte 3. Melhorar as vias de acesso, para o caso de escoamento emergencial.
Planejamento Infraestrutura
1. Definir um plano de ação específico, com envolvimento 2. Criar um ponto de coleta de material radioativo, com desvio
integrado dos governos municipal, estadual e federal. e transporte para São Pedro D’Aldeia.
Infraestrutura Comunicação
2. Melhorar a infraestrutura dos órgãos competentes (equipa- 3. Desenvolver um plano de comunicação, educação e sensibi-
mentos e técnicos). lização sobre resíduos radioativos nas escolas.
124
Possíveis parceiros Possíveis fontes de financiamento
ANP . Anvisa . Cnen . Colônia de Pescadores Z-24 . Conselhos Ação Comunitária do Espírito Santo . Banco do Brasil . BNDES
Municipais (Saúde, Meio Ambiente) . Corpo de Bombeiros . De- . Cnen . CNPq . Comissão Européia . Empresas associadas ao
partamento de Polícia Rodoviária Federal . DER . DNIT . Emater Comperj . Faperj . Fecam . Finep . FNMA . LDO . LOA . Pibic .
. Embrapa . Empresas associadas ao Comperj . Fiocruz . Ibama Projeto Peispa.
. Inea . Marinha do Brasil . Ministérios (Meio Ambiente, Pesca
e Aqüicultura) . ONGs . Secretarias Estaduais (Saúde e Defesa
Civil, Ambiente) . Secretarias Municipais (Agricultura, Abas-
tecimento e Pesca, Meio Ambiente, Promoção Social, Educação,
Saúde) . Universidades . Veículos de comunicação locais.
125
5 Meios
de Implementação
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Segundo a Agenda 21, o desafio relacionado a este tema é utilizar o conhe-
cimento científico e tecnológico em busca de soluções inovadoras em prol
do desenvolvimento sustentável. E um dos papéis da ciência é oferecer in-
formações que permitam desenvolver políticas adequadas à gestão cautelosa
do meio ambiente e ao desenvolvimento da humanidade.
A fim de alcançar esses objetivos são necessárias ações para melhorar, atua-
lizar e ampliar, ao longo do tempo e de forma permanente, as bases de dados
científicos existentes. Isto exige o fortalecimento das instituições de pes-
quisas, o estímulo aos cientistas e a ampliação das fontes de financiamento,
além de uma aproximação das instituições científicas e tecnológicas e dos
cientistas com a população.
128
O município não possui e não apoia programas de transferência de tecnologia
voltados ao desenvolvimento sustentável (principalmente na questão do lixo) Biotecnologia – Aplicação tecno-
e há poucos incentivos para capacitação e orientação de pequenos empreen- lógica que usa organismos vivos
ou seus derivados para fabricar ou
dimentos que utilizem bases científi co-tecnológicas adequadas.
modif icar produtos ou processos.
O grupo defende a criação de um espaço público para a inclusão digital. Especialmente utilizada na agri-
cultura, nas ciências dos alimentos
e na medicina.
129
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Gestão integrada de capacitação Articulação
e formação profissional 2. Promover o intercâmbio com outros municípios e insti-
tuições de pesquisa para a transferência de tecnologias
Infraestrutura alternativas e ambientalmente viáveis.
1. Criar um centro de estudos e pesquisas sobre a biodiversi- 3. Criar parcerias com universidades, ONGs e empresas para
dade do ambiente aquático e desenvolvimento do cultivo desenvolver novos estudos e pesquisas nas diferentes linhas
de peixes e crustáceos. de atuação.
Planejamento Planejamento
2. Revitalizar o projeto de inclusão digital e estendê-lo a todos 4. Pesquisar novas tecnologias, que não agridam o meio ambiente.
os distritos. Comunicação
Articulação 5. Divulgar a aplicação de tecnologias alternativas em todo o
3. Realizar parcerias com instituições de ensino para imple- município.
mentação e financiamento de pesquisas científicas e tecno- 6. Solicitar às universidades que atuam no município (UFF,
lógicas nos setores pesqueiro, oceanográfico, agropecuário, UFRJ, UFRRJ, Fiocruz, UVA, entre outras) que forneçam os
turístico e ambiental. resultados das pesquisas realizadas.
Infraestrutura
• Implementação de 7. Instalar um campus avançado na área de tecnologias sus-
biotecnologia no município tentáveis, com a participação de universidades.
Gestão pública
1. Criar uma Secretaria de Ciência e Tecnologia no município.
130
RECURSOS FINANCEIROS
O cumprimento dos objetivos da Agenda 21 Global exige um f luxo substancial
de recursos financeiros, sobretudo para os países em desenvolvimento, que
ainda necessitam resolver questões estruturais para que sejam construídas
as bases de um desenvolvimento sustentável.
131
Eles afi rmaram haver pessoas que não acreditam que a Agenda 21 seja efetiva-
mente implantada na cidade e creditam isso à falta de informação sobre as po-
líticas e projetos municipais voltados ao meio ambiente e ao desenvolvimento.
ICMS-Verde – A legislação tradi-
Sobre transferência de tecnologia, dizem que não há recursos para as áreas
cional do Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Ser viços (ICMS) de artesanato, cultivo agrícola e reciclagem de lixo e de outros materiais.
prevê que 25% dos recursos arre-
O desconhecimento dos mecanismos de cooperação (nacional e internacional)
cadados pelo governo estadual do
no município e a indisponibilidade de informação sobre as possibilidades
Rio de Janeiro sejam repassados
de organização e utilização de mecanismos jurídicos internacionais foram
às prefeituras, segundo cr itér ios
como número de habitantes e área
identificados como entraves.
ter r itor ia l. Com a aprovação da
Apontaram ainda a falta de divulgação e discussão sobre padrões interna-
Lei do ICMS-Verde, o componente
cionais como riscos para a sustentabilidade local, que podem ser agravados
ecológico foi incor porado a essa
com a futura instalação de empresas nacionais e internacionais sem respon-
distribuição, tornando-se um dos
sabilidade socioambiental.
seis índices estabelecidos para o
cálculo do imposto. Dependendo do Citaram a ausência de um centro de intercâmbio que promova a capacitação da
tipo de política que adotar em favor
mão de obra local e a falta de intercâmbio entre organizações governamentais,
do meio ambiente, o município terá
não governamentais e empresariais voltadas ao comércio do crédito de carbono
direito a maior repasse do imposto.
como questões a superar para que o município alcance a sustentabilidade.
O índice de repasse do ICMS-Verde
é composto da seguinte forma: 45% O ICMS Ecológico pode ser uma boa fonte de recursos para ações no âmbito
para áreas conservadas (Unidades
da gestão ambiental sustentável, já que a estimativa de distribuição para
de Conservação, reservas particu-
Saquarema em 2010 é de R$ 453.259,00 assim distribuídos: tratamento de
lares e áreas de proteção perma-
esgoto (R$ 318.607,00) e Unidades de Conser vação (R$ 134.651,00)5 . Estes
nentes); 30 % pa ra qua lidade da
recursos podem ser ampliados com a instalação do aterro sanitário.
água; e 25% para a administração
dos resíduos sólidos. As prefeituras No âmbito municipal, as receitas totais somaram R$ 101,70 milhões em 2008,
que criarem suas próprias Unidades
enquanto que as despesas totais foram de R$ 102,28 milhões, constituindo
de Conservação terão direito a 20%
um aumento de 129% em receita entre 2003 e 2008, e um aumento de 105%
dos 45% destinados à manutenção
em despesas no mesmo período. A tabela a seguir traz alguns dos indicadores
de á r ea s proteg ida s. Os í nd ice s
para a premiação dos municípios
do TCE para 2008 em Saquarema.
são elaborados pela Fundação Cide.
(Fonte: Centro de Informações de
Dados do Rio de Janeiro)
132
Tabela 4: Descrição dos índices econômicos
no município de Saquarema
4 Esforço tributário transferencias correntes 0,551 Do total de receitas do município, 55,1% Ver Gráfico 10
próprio e de capital/receita vêm de transferências
realizada
5 Carga tributária per receita tributária 371,54 Ao longo do período (2008), cada Ver Gráfico 11
capita própria+cobrança dívida habitante contribuiu em média com R$
ativa/população 371,54 para o Fisco municipal
6 Investimentos per investimentos/população 262,02 Cada habitante recebeu da Ver Gráfico 12
capita do município administração pública, R$ 262,02 em
forma de investimentos
7 Grau de investimento investimentos/receita total 17,48% Os investimentos públicos representam Ver Gráfico 13
17,48% da receita total do município
8 Liquidez corrente Ativo financeiro/ Passivo 1,19 Para cada parte devida, existe 1,19 Ver Gráfico 14
financeiro vezes mais receita para pagar.
Fonte: TCE, Estudo Socioeconômico do Município de Saquarema 2009
2
2
0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 0
2003 2004 2005 2006 2007 2008
133
Gráfico 9: Autonomia fi nanceira Gráfico 12: Investimentos per capita
0,203
0,197
0,174 210
0,2
134,47
140 113,60
91,27 86,22
0,1 140,44
70
0,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 0
2003 2004 2005 2006 2007 2008
0,551 %
0,6
25
0,394 20 17,48%
0,4 0,337
0,311 0,312 13,63%
15 11,72% 12,18%
9,72% 10,17%
0,2 10
5
0,0015
0,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 0
2003 2004 2005 2006 2007 2008
Gráfico 11: Carga tributária per capita Gráfico 14: Liquidez corrente
360,15 371,54 3
400 2,47
289,98
300
2
192,65
165,28 1,24 1,19
200 160,40
1,00
1 0,72
100 0,35
0 0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2003 2004 2005 2006 2007 2008
134
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Estímulo à mudança da 2. Promover uma feira de negócios com foco em inovação
tecnológica e gestão pública participativa.
cultura política
Articulação
Planejamento 3. Identificar eventuais parceiros institucionais internacionais.
1. Fortalecer a participação popular no acompanhamento e 4. Buscar o apoio do empresariado local para a apresentação
alocação dos recursos da prefeitura. de propostas que promovam a sustentabilidade ambiental.
Articulação 5. Buscar intercâmbio com países que apresentem desenvol-
vimento sustentável.
2. Conv idar os f uncionár ios da prefeit ura e especialistas
pa r a pa r t icipa r das reu n iões do Fór u m da Agenda 21 6. Promover cooperação técnica com outras cidades, para
Local, com o intuito de promover sinergias e parcer ias conferir maior visibilidade às ações locais.
para otimizar resultados.
Capacitação
Gestão pública 7. Promover treinamento em cooperação internacional para
3. Criar um fundo municipal para dar apoio f inanceiro ao os técnicos.
fortalecimento da Agenda 21 Local. 8. Realizar capacitação para desenvolver a aplicabilidade
dos mecanismos e instr umentos jurídicos internacionais
• Incentivo à captação de recursos no município.
• Estímulo a parcerias
intermunicipais e internacionais
Planejamento
1. Captar recursos de empresas privadas e de capital misto
para o patrocínio de projetos realizados por ONGs.
135
MOBILIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO
A participação, essencial em um processo de Agenda 21 Local, tem a função
de aproximar o cidadão da gestão e das políticas públicas. Dessa maneira,
ele conquista espaço, garante a elaboração de um planejamento que ref lita
as necessidades locais e acompanha sua implantação.
136
I Seminário sobre Resíduos Sólidos realizado em Saquarema por iniciativa do
Fórum da Agenda 21
137
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Monitoramento do estado do meio 4. Elaborar um calendário anual de eventos ambientais.
138
GESTÃO AMBIENTAL
Nos últimos anos, os municípios brasileiros vêm assumindo um papel cada vez
A gestão envolve:
–
mais efetivo na gestão das políticas públicas, dentre elas a política ambiental.
Desde 1981, a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/81) define o papel Escolha inteligente dos serviços
do poder local dentro do Sistema Nacional do Meio Ambiente. A Constituição públicos oferecidos à comunidade;
Federal de 1988, por sua vez, transformou o município em ente autônomo da
federação e lhe facultou o poder de legislar suplementarmente sobre a política
ambiental, em especial sobre questões de interesse local.
– Edição de leis e normas claras,
simples e abrangentes de defesa
ambiental local;
Foi lamentado que as questões ambientais, na maioria das vezes, não são
consideradas nos processos de tomada de decisões, diferentemente das ques-
tões econômicas, e que faltam políticas públicas que promovam a integração
entre meio ambiente e desenvolvimento (comprometimento do poder público,
qualifi cação dos servidores, distribuição correta dos recursos públicos).
139
Reconheceram a necessidade de instrumentos de planejamento ambiental,
como o levantamento de áreas degradadas e a definição clara sobre os limites
municipais, já que há confl ito dos moradores em relação aos limites entre Sa-
quarema, Maricá, Rio Bonito e Araruama, apesar dos marcos feitos pelo IBGE.
140
PROPOSTAS
• Alta prioridade • Média prioridade • Baixa prioridade
• Projeto Casa Verde 2. Assegurar o comprometimento dos órgãos públicos em re-
lação à Agenda 21 Local, para gerar capacidade de análise
crítica das situações estratégicas que envolvam o município.
Planejamento
3. Continuar envolvendo o procurador e os vereadores para
1. Criar um centro de referência sobre práticas ambientais em
que defendam a Agenda 21 Local.
parceria com instituições especializadas.
2. Fortalecer as instituições municipais, dando apoio à sua Capacitação
organização, legalização e fortalecimento institucional e à 4. Nivelar os conhecimentos sobre cooperação internacional,
profissionalização de seu corpo técnico. permitindo o desenvolvimento de capacidades organizacio-
3. Resgatar dados e informações relevantes sobre o meio am- nal, humana, tecnológica e financeira locais.
biente local. 5. Capacitar periodicamente a equipe de técnicos da Secretaria
4. Sistematizar e documentar as informações ambientais e as Municipal de Meio Ambiente.
práticas sustentáveis desenvolvidas no município. 6. Formar multiplicadores a partir de projetos voltados à ca-
pacitação técnica da equipe de meio ambiente, educadores
Comunicação
e outros interessados no município.
5. Criar campanhas de sensibilização, ressaltando a importân-
7. Capacitar especialistas em direito internacional no município.
cia da preser vação e conser vação ambiental das riquezas
naturais do município.
• Fortalecimento da Secretaria
• Elaboração de uma política e do Conselho Municipal
ambiental eficiente de Meio Ambiente
Gestão pública Infraestrutura
1. Cumprir o Plano Diretor Participativo, que deverá ser pu- 1. Melhorar a infraestrutura para operacionalização da Se-
blicado e divulgado. cretaria Municipal de Meio Ambiente (veículos, impressora,
2. Rever e adequar os limites geográficos do município com cartucho, computador etc.).
Maricá, Rio Bonito e Araruama.
Articulação
3. Implementar o Parque da Cidade de Saquarema, em Vilatur.
2. Realizar parcerias com órgãos ambientais regionais, esta-
4. Cr iar um cor redor ecológico que interligue os distr itos duais e federais.
do município.
Gestão pública
Planejamento 3. Viabilizar, através da Lei Orçamentária, a concretização de
5. Formar comissões para participar da revisão da Lei Orgânica ações de preservação e conservação ambiental.
do Município, com vistas a melhorias das políticas públicas.
4. Viabilizar a dotação orçamentária e a liberação dos recursos
Elaboração de programas e projetos para esta Secretaria.
6. Elaborar programas e projetos, visando ao desenvolvimento 5. Compor o quadro técnico da Secretaria Municipal de Meio
de políticas públicas ambientais no município. Ambiente com prof issionais atuantes na área ambiental
(engenheiro f lorestal, agrônomo, geólogo, técnicos).
141
Comunicação Possíveis fontes de financiamento
8. Div ulgar o uso dos recursos f inanceiros (planejamento BVS&A . Empresas associadas ao Comperj . Fecam . Finep .
e aplicação). FNMA . LDO . LOA.
9. Divulgar quem integra o Conselho Municipal de Meio Ambiente.
Possíveis parceiros
Câmara Municipal . Empresas associadas ao Comperj . MP .
Prefeitura Municipal . Veículos de comunicação locais.
142
GLOSSÁRIO / SIGLAS
Abav – Associação Brasileira de Agências de Viagens CIID – Centro Internacional de Investigações para o
Desenvolvimento
Abes – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e
Ambiental CIIE – Centro de Integração Empresa Escola
Apae – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais COB – Comitê Olímpico Brasileiro
Apherj – Associação dos Produtores Codin – Coordenadoria da Defesa dos Interesses Difusos
Hortifrutigranjeiros do Estado do Rio de Janeiro e Coletivos
Asdi – Agência de Cooperação Internacional para o Commads – Conselho Municipal de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Desenvolvimento Sustentável
Bird – Banco Internacional para Reconstrução e Conade – Conselho Nacional das Pessoas com
Desenvolvimento Deficiência
BNDES – Banco de Desenvolvimento Econômico Social Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente
BVS&A – Bolsa de Valores Sociais e Ambientais Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-
Graduação e Pesquisa de Engenharia
Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior COREN – Conselho Regional de Enfermagem
143
Detran – Departamento de Trânsito do Estado do Rio de FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Janeiro Educação
Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Frida – Fundo Regional para a Inovação Digital na
Estudos Socioeconômicos América Latina e Caribe
Fenape – Federação Nacional de Apoio aos Pequenos Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Empreendimentos Nacional
Fiperj – Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio MEC – Ministério da Educação e Cultura
de Janeiro
OAB – Ordem dos Advogados do Brasil
Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Pais – Produção Agroecológica Integrada e Sustentável
Janeiro
Parnaso – Parque Nacional da Serra dos Órgãos
144
PDA – Programa de Desenvolvimento Ambiental TurisRio – Companhia de Turismo do Estado do Rio de
Janeiro
Pesagro – Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado
do Rio de Janeiro Uenf – Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro
Pibic – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Cientifica Uerj – Universidade do Estado do Rio de Janeiro
145
PARTICIPANTES
146
Leandro da Silva Melo - Secretaria Municipal de Silvia Marins - Colégio Municipal Gustavo C. da
Meio Ambiente Silveira
Luciana Molto - Prefeitura Municipal de Saquarema Silvia Vignoli - Prefeitura Municipal de Saquarema
Luiz Carlos de Oliveira - Secretaria Municipal de Simone Monteiro Salgado - Secretaria Municipal de
Meio Ambiente Turismo
Luiz Fernando de Oliveira - Secretaria Municipal de Solange Santos da Cruz - Secretaria Municipal de
Obras e Desenvolvimento Urbano Infância e Juventude
Luzinéa Vignoli - Prefeitura Municipal de Valdemir Dias O. Silva - Inea
Saquarema Valdinei Abreu da Silva - Escola Municipal Clotilde
Maria Ana Sobral Vieira de O. Rodrigues
Maria Aparecida Rezende - Secretaria Municipal de Valeria S. Amorim Pardellos - Emater
Educação Valmira J. da Silva - Escola Municipal João
Maria Aparecida S. de Rezena - Cederj Laureano
Maria C. da Costa Lessa - Secretaria Municipal de Valter V. Almeida - Secretaria Municipal de
Promoção Social e Cidadania Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio
Maria de Fátima G. Monteiro - Colégio Municipal Zadir Pereira dos Santos - Secretaria Municipal de
Gustavo C. da Silveira Agricultura, Abastecimento e Pesca
Maria Thereza V. dos Santos - Secretaria Municipal
de Promoção Social e Cidadania Segundo Setor
Marlúcia Pinto de Oliveira Silva - Secretaria Alexandre Corsa
Municipal de Agricultura, Abastecimento e Pesca Álvaro Vaz da Silva - Rottary Club de Saquarema
Marta Ourique da Silva - Secretaria Municipal de Celso Caciano Brito - Brito e Bonda Turismo Ltda.
Administração, Receita e Tributação Christina Maria Serdeira Valle - Sorveteria Zero
Miriam Lourdes de Melo Sikigudi - Secretaria Grau
Municipal de Meio Ambiente Dulce Tupy Caldas - Tupy Comunicações S/C Ltda.
Nilson Colocci - Prefeitura Municipal de Saquarema Edimilson Gomes Soares
Palmira J. da Silva - Escola Municipal Lauriano da Givaldo de Araújo Aguiar - OAB
Silva
Jorge do Amparo B. Pinto
Reis Moreira - Secretaria Municipal de
José Carlos Andrade dos Santos - Loja Maçônica
Administração, Receita e Tributação
Novo Horizonte de Saquarema
Rinaldo Alves - Inea
José Carlos Salles dos Santos - Crea
Rosângela Pires de Aguiar Cunha - Escola Municipal
José Pereira Irmão
Luciana S. Coutinho
Manoel Carlos de Alburquerque - Lions Clube
Sandra Nazareth de S. Machado - Escola Municipal
Lucio Nunes Marco Antonio Telles de Leiros - Jornal Litoral de
Saquarema
Sandra Santanna A. de Almeida - Escola Municipal
Presidente Castelo Branco Maria Tereza Albuquerque - Lions Clube
Marluce de Sá Domingues
147
Miguel Saraiva - OAB Dayse Brasil - Lar das Crianças Especiais de
Nurimar dos Santos Mendonça - Ju e Nu Confecções Saquarema
Ltda. Debora Makiane F. Costa
Renato Benevenuto - Núcleo Clube de Regatas Vasco Denise Cavalcanti Fortino - Associação de Mulheres
da Gama Empreendedoras Acontecendo em Saquarema
Rita Maria Daumas (Ameas)
Vendoval Clemente de Araújo - Vandaimes Locação Edson Ferreira Fonseca - ONG Poabas Brasil
de Andaimes Edson Valle de Oliveira - Associação Profissional de
Artesãos Autônomos de Saquarema
Terceiro Setor Elizabete de Souza Fonseca Costa - Primeira Igreja
Adelina Fonseca de Aragão - Sociedade Bem Viver Batista em Barra Nova
de Saquarema Elmira Souza da Costa - Paróquia Nossa Senhora de
Aldo Francisco Coelho - Sociedade Bem Viver de Nazareth
Saquarema Eloiza Gonçalves Maciel - Centro de Informação,
Almir Pereira da Silva - Renascer Obras Sociais Triagem e Tratamento de Dependências Químicas
Anabelle Gares (Associação Cittradeq)
Artur Cesar Marques de Goes - Centro de Fátima de Oliveira Pinho - Associação Profissional
Informação, Triagem e Tratamento de Dependências de Artesãos Autônomos de Saquarema
Químicas (Associação Cittradeq) Felipe Cunha
Carla Dárc dos Santos - Instituto nas Ondas do Francisco José Conti - Associação Profissional de
Futuro Artesãos Autônomos de Saquarema
Carla M. Rodrigues Proença Helita Tavares - Núcleo de Formação Política
Carmen Dárc dos Santos - Instituto nas Ondas do Professor Milton Santos
Futuro Hilton Seixas Pereira - Associação de Surfe de
Cauby Nascimento - Associação Profissional de Saquarema
Artesãos Autônomos de Saquarema Hosé Garcia Gomes - Sociedade Espírita Laços de
Cecília D. Rodrigues Proença - Associação Amor e Verdade
Profissional de Artesãos Autônomos de Saquarema Irene Sirinode - Associação Profissional de Artesãos
Autônomos de Saquarema
148
Irmã Célia Maciel - Centro Social Madre Maria das Mãe Dolores de Xangô - Candomblé Dolores de
Neves Xangô
Irmã Maria de Lourdes Basílio - Centro Social Marcelo Mourão Dias Rosário - Centro de
Madre Maria das Neves Informação, Triagem e Tratamento de Dependências
Irmã Sonia Marinho - Associação Beneficente Químicas (Associação Cittradeq)
Carmelita Marcia Barthel Rosa - ONG Poabas Brasil
Jaime dos Santos Coutinho Marcia Fustagno - Associação Profissional de
Janaína Monteiro do Nascimento - Paróquia Nossa Artesãos Autônomos de Saquarema
Senhora de Nazareth Marcio Santos Prudencio
Jaqueline Vieria Monteiro - Paróquia Nossa Senhora Maria Alice - Núcleo de Formação Política Professor
de Nazareth Milton Santos (Numisa)
Jeffe Aguiar - Associação de Surfe de Saquarema Maria Aparecida Pereira de Souza
João Bayones - Associação Profissional de Artesãos Maria Aparecida Pereira Martins
Autônomos de Saquarema Maria Cecília de A. Oliveira - Paróquia Nossa
João Francisco - Sindicato de Trabalhadores Rurais Senhora de Nazareth
de Saquarema Maria F. dos Santos - Associação Profissional de
Joaquim Marins de Carvalho - Sindicato de Artesãos Autônomos de Saquarema
Trabalhadores Rurais de Saquarema Maria Marcia Trece Pires - Associação de Artesãos
Jorge do Amparo B. Pinto Arte por Arte Brasil
José Domingos Mattos da Silva Maria Nazareth Teixeira - Sociedade Bem Viver de
José Faustino de Aragão Filho - Sociedade Bem Saquarema
Viver Saquarema Maria Salete Carvalho Pereira da Costa - Centro
José Luiz de Pina Social Madre Maria das Neves
Lucy Costa de Souza - Associação Profissional de Marques Ourique - ONG Poabas Brasil
Artesãos Autônomos de Saquarema Mary J. Morales - Associação Profissional de
Luis Augusto de Matos - Associação de Surfe de Artesãos Autônomos de Saquarema
Saquarema Maurício Pereira Nunes - Associação Profissional de
Luis Felipé Diniz Martins - Solares - Ação Social Artesãos Autônomos de Saquarema
Luiz Barroso - Associação Profissional de Artesãos Mauro Sergio Santos Gomes - Associação de Surfe
Autônomos de Saquarema de Saquarema
149
Miriam N. P - Associação Profissional de Artesãos Vera Lúcia da S. Felgueiras - Paróquia Nossa
Autônomos de Saquarema. Senhora de Nazareth
Nanci Xavier - Associação Profissional de Artesãos Vera Lúcia F. Marinho - Associação Profissional de
Autônomos de Saquarema Artesãos Autônomos de Saquarema
Nelson Alzemam Proença - Associação Profissional Vladimir Sacramento
de Artesãos Autônomos de Saquarema
Nivea Rafaela Silva de Miranda - Paróquia Nossa Comunidade
Senhora de Nazareth Adenilda Correa de Azevedo
Orlando Amorim - Clube dos Anos Dourados Adriana Guilhermina de Barros
Otavio da Silva Oliveira - Paróquia Nossa Senhora Aldecir Ribeiro
de Nazareth Alex Bruno Calcirta de Souza
Padre Jorge Ignaczuk - Pastoral da Paróquia de Aloísio Celso de Souza Pinto
Santo Antônio
Ana Carolina B. Menezes
Pastor Nelson Leal - Assembleia de Deus de Bacaxá
Ana Cristina Duffrayer da Silva
Antonio Mendonça Mendes - Sociedade Bem Viver
Ana Maria de Araújo
de Saquarema
Ana Maria do Nascimento Gomes
Quelita de O. Nascimento
Ana Paula Mattos da Silva
Ricardo Ramos da Silva - Núcleo de Formação
Política Professor Milton Santos Ana Paula Vicente
Rual Cruz de A. Costa - União Cristã Espírita Amor Ângela Pacheco do Couto
e Verdade Angélica Graciano Moreira
Rui Santos Gonçalves - Associação Profissional de Antonio Brasil de Andrade
Artesãos Autônomos de Saquarema
Antônio Carlos da Costa
Seixa Beatriz
Antonio Carlos de Mello
Sol Angel Lacon - Instituto nas Ondas do Futuro
Antônio Cezar Carvalho de Souza
Susana Rosa da Silva
Antonio Jose Simonim Ramalho
Tania Maria Batista Aboith
Antonio Maximiano
Terezinha Ruade - Associação de Artesãs Arte por
Anylcio Telles
Arte Brasil
Argemiro Zager Faria Tinoco - Associação de
Thais Helena de Araújo Seda - União Cristã Espírita
Moradores do Castelinho
Amor e Verdade
Artur S. Andrade
Tulio Cesar - Instituto de Integração Social
Aryana Carvalho de Almeida
Ubiratan Carreiro do Nascimento
Aurenice A. B. Pinto
150
Avelino Pereira Jorge Elaine Cristina Coelho Araújo
Benedito Gomes de Jesus Elenir Siqueira Alves
Betsabah Maria Azevedo Silva Elga Alves de Oliveira
Cacilda Ribeiro dos Santos Eliana Bonates
Cândido do Carmo Henriques Elias de Jesus Ramires
Carine Rodrigues de Souza - Colônia de Pescadores Elisete Alves Duffrayer - Associação de Moradores e
Z-24 Amigos de Jaconé
Carla Brito de Araújo Eliseu Alves da Silva - Igreja Presbiteriana de
Carlos Alberto Barro da Silva Saquarema
151
Iraci Maria de Jesus Liane Cramalho
Isis P. Montes Lilian Cristiane de S. B. Marins
Ismênia P. Caldeira - Associação de Moradores e Lourdes Pepicon da Fonseca
Amigos de Itaúna Lúcia Corrêa de Araújo
Ivone Friggo - Associação de Moradores do Lucia de Saldanha da Gama Gracie
Boqueirão
Lucia Regina Peçanha - Associação de Moradores
Jacy Silva Lima - Associação de Moradores e Castelinho e Gravatá
Amigos de Vilatur
Luciana Machado Ramos de Souza
Jair Barreto Medlado
Luciana Santos Lopes
Jania Catarino Pinto
Luciane dos Santos Costa de Oliveira
Janice Ribeiro dos Santos
Luciane Ducraux de Abreu
Jéssica Darling Gomes de Souza
Luciano dos Santos Pinto
Joacílio Ramos de Souza
Lucimar Lage
Joelcio Francisco Gomes
Lucy Coimbra de Matos
Jorge dos Santos
Luia Regina A. Peçanha
Jorge Evangelista dos Santos - Associação de
Luis Anderson de Almeida Medeiros
Moradores e Amigos de Vilatur
Luis Carlos Lopes - Associação de Moradores e
Jorge Luís Miranda
Amigos de Jaconé
Jorge Luiz Moreira
Luiz Clóvis de Moura
Jorge Moreira do Carmo - Associação de Moradores
Luiz da Cunha
do Condado de Bacaxá
Luiza dos Santos da Cunha
Jorgina B. Leal
Manolo Gomes de Sá
José Freitas Rodrigues
Mara Lúcia Nunes dos Santos - Associação de
José Garcia Gomes
Moradores e Amigos de Vilatur
José Gonçalves Alves Filho
Marcele Pontes da Silva
José Guetano Lopes
Marcello de Moura Estevão
José Joaquim Macedo Moreira Lima
Marcelo Aleixo dos Santos
José Luiz Onaissis
Marcelo Augusto Vaz Teixeira
Jozenilda Azevedo dos Santos
Marcelo de Moura Estevão
Jupira Efigênia dos Santos
Marcia Regina B. Berardinelli
Justino Schinzel de Souza
Marcio Antonio de Oliveira
Khawana Faker
Marcio Marques de Almeida
Layla Garrido Pereira - Associação de Moradores e
Marcos Xavier - Colônia de Pesca Z-24
Amigos da Restinga de Jaconé
Margarete Monteiro da Silva
Leide Jane Baêta Victorino de Souza
Mari Henrique dos Santos
Leonardo Pereira Bezerra
152
Maria Alice Correia Nilcemary de Souza Machado - Associação de
Maria Amável Barreto Pontes Moradores e Amigos do Boqueirão
Nei Ribeiro da Cunha - Câmara Comunitária Selma Gomes - Intercâmbio Cultural Franco-
Brasileiro
Neusa Pereira Garrrido
Selmma Ameri
Neusa Pinheiro Aguiar
Sérgio Aluisio de F. Alvarenga
Neusa Renault da Silva Oliveira
153
Severina de Mello - Associação de Moradores e Zaine dos Santos Coutinho - Colônia de Pescadores
Amigos de Jaconé Z-24
Shirley do Amaral Abreu - Colônia de Pescadores Zedequias Francisco Caciano
Z-24 Zelia Frutuoso Pereira
Sianiz Cunha Carvalho
Silas Pires da Costa
Silvana Teixeira Rodrigues de Rezende
Silvino Anesi
Sonia Maria Costa Goyen
Stuttigart Estigarribia Candeira de Lyra
Sueli Aparecida da Silva Furtado
Sylvia Ribeiro
Tânia Regina da Silva de Almeida
Teresa Cristina Dias
Tereza Cristina Figueiredo Melo - Associação de
Moradores e Amigos de Jaconé
Thais Alves Marins
Thiago Cavaggioni Simonin Ramalho
Thiago Ferreira Gallindo - Associação de Moradores
e Amigos de Vilatur
Vaguina de Souza
Valdira Maria de Lima Parra
Valnete C. de Almeida
Vânia L. A. Monte
Vânia Schinzel
Vera Maria da S. Toledo
Vilma de Almeida
Vinícius Mendes Perales
Vladimir Vieira do Sacramento - Colônia de
Pescadores Z-24
Walace Conceição de Oliveira
Walter Sílvio Carneiro de Macêdo
Wanderley de Almeida
Webson de Macedo e Silva
Wemerson Oss Florentino
154
PROJETO AGENDA 21 COMPERJ –
CRÉDITOS TÉCNICOS E INSTITUCIONAIS
Petrobras
Instituto Ipanema
155
ISER
Rodaviva
156
ASA
Consultorias:
Consultorias:
157
158
159
março 2011
www.agenda21saquarema.com.br