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Número Extraordinário
a transparência e a responsabilização irá contribuir para
SUMÁRIO prestação de melhores serviços públicos, com consequentes
resultados no bem-estar e progresso da população e,
naturalmente, no aumento da confiança nas instituições do
GOVERNO : Estado.”
Decreto-Lei N.o 50/ 2023 de 24 de Agosto Com este desidrato a repartição de competências entre os
Orgânica do Ministério das Obras Públicas ........................ 1 serviços que integram a organização administrativa do MOP
tem como objeto imediato a boa governação, a simplificação e
redução de redundâncias administrativas de modo a diminuir
Decreto-Lei N.º 51/2023 de 24 de Agosto burocracias desnecessárias tornando mais célere os processos
administrativos nos serviços do Ministério, contribuindo para
Orgânica do Ministério da Saúde ...................................... 16 a prestação de um melhor serviço público.
O Ministério das Obras Públicas, abreviadamente designado m) Assegurar a coordenação do setor energético renovável e
por MOP, é o departamento governamental responsável pela estimular a complementaridade entre os seus diversos
conceção, execução, coordenação e avaliação da política, modos, bem como a sua competitividade, em ordem à melhor
definida e aprovada pelo Conselho de Ministros, para as áreas satisfação dos utentes;
das obras públicas, habitação, abastecimento, distribuição e
gestão de água, saneamento e eletricidade e execução do n) Regular, em coordenação com outros ministérios, opera-
planeamento urbano e habitação, cabendo-lhe, nomeadamente: dores na área de produção de eletricidade;
a) Propor e executar as linhas da política do ministério nos o) Estabelecer mecanismos de colaboração e de coordenação
domínios das obras públicas, da habitação, distribuição com outros órgãos do Governo com tutela sobre áreas
de água, gestão de recursos hídricos, saneamento e conexas.
eletricidade;
CAPÍTULO II
b) Executar os planos de ordenamento territorial e a política DIREÇÃO, TUTELA E SUPERINTENDÊNCIA
nacional de habitação, em coordenação com o Ministério
do Planeamento e Investimento Estratégico;
Artigo 3.°
Poderes de direção, tutela e superintendência
c) Assegurar a implementação e execução do quadro legal e
regulamentador das atividades do ministério;
1. O MOP é superiormente dirigido pelo Ministro das Obras
d) Criar e implementar o quadro legal e regulamentar da Públicas, que propõe, coordena e executa as políticas
atividade da construção civil e a investigação sobre públicas, definidas e aprovadas em Conselho de Ministros,
materiais de construção; para as áreas das obras públicas, execução do planeamento
urbano, da habitação, do abastecimento, distribuição e
e) Estudar, planear e executar as obras de construção gestão de água, do saneamento e da eletricidade e por elas
necessárias à proteção, conservação e reparação de pontes, responde perante o Primeiro-Ministro.
estradas, costas fluviais e marítimas, nomeadamente com
vista ao controlo de cheias; 2. O Ministro das Obras Públicas exerce poderes de
superintendência e tutela sobre as seguintes entidades,
f) Promover o estudo e a execução dos novos sistemas de nos termos dos diplomas legais que determinam a sua
redes de infraestruturas afetos à distribuição de água e criação e aprovam os seus estatutos:
recursos de água, bem como de saneamento básico, e
fiscalizar o seu funcionamento e exploração, sem prejuízo a) O Instituto de Gestão de Equipamento e Apoio ao
das atribuições cometidas nestes domínios a outros Desenvolvimento de Infraestrutura, I.P (IGEADI);
organismos;
b) A Eletricidade de Timor-Leste, E.P. (EDTL, E.P.);
g) Estabelecer a coordenação e promover a qualidade dos
projetos físicos executados pelo Estado;
c) A Bee Timor-Leste, E.P. (BTL, E.P.)
h) Promover a realização de obras de construção, conservação
e reparação de edifícios públicos, monumentos e d) O Laboratório Nacional para Garantir a Qualidade das
instalações especiais, nos casos em que tal lhe estiver Infraestruturas;
legalmente cometido;
3. O Ministro das Obras Públicas é coadjuvado no exercício
i) Licenciar e fiscalizar todas as edificações urbanas, das suas funções pelo Vice-Ministro das Infraestruturas e
designadamente particulares ou públicas, nos termos da pelo Secretário de Estado da Eletricidade, Água e
legislação aplicável; Saneamento.
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CAPÍTULO III c) Secretário de Estado;
ESTRUTURA ORGÂNICA
d) Diretores-Gerais;
Artigo 4.º
Estrutura geral e) Presidente do IGEADI, IP;
1. O Conselho Consultivo é o órgão de consulta do Ministro, iii. A Direção Nacional de Orçamento e Finanças;
de coordenação das atividades dos órgãos e serviços do
ministério e responsável pela realização de avaliações iv. A Direção Nacional de Aprovisionamento;
periódicas das mesmas.
c) A Direção-Geral de Estradas, Pontes, Prevenção e
2. Compete ao Conselho consultivo pronunciar-se sobre: Controlo de Cheias, que integra as seguintes direções
nacionais:
a) Os planos e os programas de trabalho;
i. A Direção Nacional de Construção de Vias
b) O balanço das atividades do MOP, avaliando os Rodoviárias;
resultados alcançados e propondo novos objetivos;
ii. A Direção Nacional de Manutenção e Conservação
c) O intercâmbio de experiências e de informações entre de Vias Rodoviárias;
todos os serviços do MOP e os respetivos dirigentes;
iii. A Direção Nacional de Planeamento, Pesquisa e
d) Os atos normativos de interesse para as áreas de ação Desenvolvimento;
do MOP ou quaisquer outros documentos provenientes
dos seus serviços; iv. A Direção Nacional de Prevenção e Controlo de
Cheias.
e) Os demais assuntos ou documentos que lhe sejam
submetidos pelo Ministro. d) A Direção-Geral de Habitação e Urbanismo, que integra
as seguintes direções nacionais:
3. O Conselho Consultivo é composto pelos seguintes
membros: i. A Direção Nacional de Habitação;
ii. A Direção Nacional para a Regulação da Água e d) Orientar e assegurar a elaboração do orçamento anual,
Saneamento. suplementar ou retificativo do MOP, de acordo com as
regras orçamentais e de contabilidade públicas;
f) O Gabinete de Inspeção e Auditoria;
e) Coordenar o planeamento, a execução e o controlo das
g) A Unidade dos Serviços Jurídicos; dotações orçamentais atribuídas aos serviços internos
do ministério, sem prejuízo da existência de outros meios
h) A Unidade de Classificação e Certificação de Empresas; de controlo e avaliação que sejam realizados por outras
entidades legalmente competentes;
i) A Unidade de Inspeção e Verificação para Pagamentos;
f) Acompanhar, em coordenação com a Presidência do
j) A Unidade de Planeamento e Monitorização. Conselho de Ministros, Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Cooperação e com o Ministério das
2. As seguintes entidades prosseguem as atribuições do MOP, Finanças, a execução de projetos e de programas de
integradas na administração indireta do Estado e sujeitas à cooperação internacional e de assistência externa e
superintendência e tutela do Ministro: proceder à sua avaliação interna, sem prejuízo da
existência de outros mecanismos de avaliação realizados
a) O Instituto de Gestão de Equipamentos e Apoio ao por outras entidades legalmente competentes;
Desenvolvimento de Infraestruturas, I.P.;
g) Assegurar o procedimento administrativo de
b) A Eletricidade de Timor-Leste, E.P.; aprovisionamento, incluindo os procedimentos de
execução de despesas superiormente autorizadas nos
c) A Bee Timor-Leste, E.P.; termos legais;
d) Laboratório Nacional para Garantir a Qualidade das h) Coordenar e controlar a arrecadação de receitas cuja
Infraestruturas arrecadação incumba aos serviços do MOP nos termos
da lei;
CAPÍTULO IV
SERVIÇOS CENTRAIS i) Assegurar e coordenar a gestão dos recursos humanos
do ministério em colaboração com os demais serviços
Artigo 8.º do ministério, incluindo a promoção da execução de
Direção-Geral de Administração e Finanças planos de formação e de desenvolvimento técnico e
profissional para as diferentes áreas de ação do MOP;
1. A Direção-Geral de Administração e Finanças,
abreviadamente designada por DGAF, é o serviço central j) Garantir a inventariação, a manutenção e a preservação
do MOP responsável por assegurar a orientação geral e a do património do Estado afeto ao MOP;
coordenação integrada de todos os serviços do ministério
nas áreas de administração e finanças, do planeamento e k) Assegurar a gestão dos recursos logísticos do MOP;
orçamento, do aprovisionamento, da gestão do património,
dos recursos humanos, da igualdade de género e inclusão l) Promover e garantir a coordenação, o controlo, a gestão
social, da informação e relações-públicas com a imprensa e e a execução das atividades do MOP em matéria de
da documentação e arquivo. tecnologias de informação, de gestão documental e de
comunicação do ministério;
2. Cabe à DGAF:
m) Assegurar e coordenar a divulgação de informação
a) A direção geral das atividades desenvolvidas pelos dirigida a outros órgãos ou serviços públicos, à
serviços do ministério, nas áreas enumeradas no comunicação social ou aos cidadãos em geral;
número anterior, de acordo com o Programa do Governo
e com as orientações superiores do Ministro; n) Assegurar a conservação da documentação e arquivo
do MOP;
b) Promover mecanismos de colaboração e coordenação
com outros órgãos e serviços da administração pública o) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas por
com competências sobre áreas similares ou conexas lei, por regulamento ou por determinação superior.
com as suas;
3. A DGAF é dirigida por um Diretor-Geral, nomeado nos
c) Elaborar os planos anual e plurianual de atividades e a termos do regime de cargos de direção e chefia da
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Administração Pública, diretamente subordinado ao 2. Cabe à DNRH:
Ministro.
a) Gerir os recursos humanos do MOP;
Artigo 9.º
Direção Nacional de Administração e Gestão do Património b) Estabelecer regras e procedimentos uniformes para o
registo e a aprovação de substituições, transferências,
1. A Direção Nacional de Administração e Gestão do Patri- faltas, licenças, subsídios e suplementos remunera-
mónio, adiante abreviadamente designada por DNAGP, é tórios;
o serviço da DGAF que assegura o apoio técnico em matéria
de logística e de gestão do património. c) Assegurar a coordenação e gerir as avaliações anuais
de desempenho dos recursos humanos do ministério
2. Cabe à DNAGP: em coordenação com os demais serviços do MOP e
com outros órgãos com competência nesta área;
a) Garantir a inventariação, a manutenção e a preservação d) Organizar e gerir o registo individual dos funcionários
do património do Estado afeto ao MOP e coordenar as em conformidade com o sistema de gestão de pessoal
respetivas atividades com os demais serviços, no (PMIS) da Comissão da Função Pública;
sentido de apurar as necessidades dos mesmos, e
executar os procedimentos destinados à aquisição e e) Elaborar os registos estatísticos relativos aos recursos
distribuição de materiais e equipamentos pelas várias humanos;
unidades e subunidades orgânicas ou funcionais;
f) Apoiar o desenvolvimento de estratégias que visem a
b) Coordenar e assegurar a inventariação, a gestão e o integração na perspetiva do género no MOP;
controlo de saídas e de entradas do património existente
nos armazéns das diversas unidades orgânicas do MOP g) Coordenar a elaboração da proposta do mapa de
através da implementação de sistemas de controlo e de pessoal do MOP, em colaboração com os demais órgãos
inspeções; e serviços do ministério;
c) Propor regras de utilização de veículos do Estado afetos h) Gerir e monitorizar o registo e o controlo da assiduidade
ao MOP; dos recursos humanos do MOP, em coordenação com
os demais órgãos e serviços do ministério, e manter
d) Monitorizar a gestão de combustível e a manutenção atualizado um arquivo físico e eletrónico, com a
dos veículos do Estado afetos ao MOP; descrição das funções correspondentes a cada uma
das posições existentes no MOP;
e) Promover a realização de pequenos trabalhos de i) Instruir e preparar os procedimentos relativos aos
manutenção a equipamentos ou a edifícios que pela processos de nomeação, de promoção ou progressão
sua simplicidade não necessitem de contratação de na carreira, de avaliação do desempenho, de seleção,
serviços externos; de recrutamento, de transferência, de permuta, de
requisição ou destacamento, de exoneração, de
f) Praticar os atos materiais necessários para a difusão de disciplina, de despedimento, de aposentação ou
informação dirigida a outros órgãos ou serviços demissão de pessoal, sem prejuízo das competências
públicos, à comunicação social ou aos cidadãos em próprias da Comissão da Função Pública;
geral, de acordo com as orientações superiores;
j) Apoiar a DNOF no processamento das listas de
g) Assegurar o apoio logístico aos eventos oficiais vencimentos relativas aos funcionários do MOP;
organizados pelo MOP;
k) Gerir as operações de recrutamento e seleção por mérito
h) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas por dos recursos humanos do ministério, de acordo com as
lei, por regulamento ou por determinação superior. necessidades específicas deste, em coordenação com
a Comissão da Função Pública e sem prejuízo das
3. A DNAGP é dirigida por um Diretor Nacional, nomeado nos competências próprias desta;
termos do regime de cargos de direção e chefia da
Administração Pública e diretamente subordinado ao l) Avaliar as necessidades específicas de cada serviço,
Diretor-Geral da DGAF. propor e executar os respetivos planos anuais de
formação e de capacitação dos recursos humanos do
Artigo 10.º ministério;
Direção Nacional dos Recursos Humanos
m) Rever, analisar e adequar, regularmente e em
1. A Direção Nacional dos Recursos Humanos, abreviada- coordenação com os dirigentes nacionais do ministério,
mente designada por DNRH, é o serviço da DGAF a distribuição dos recursos humanos do ministério
responsável por assegurar o apoio técnico e administrativo pelos serviços destes, promovendo a correspondência
nas áreas da gestão, da formação e da capacitação dos das competências técnicas daqueles com os cargos e
recursos humanos do MOP. funções que pelos mesmos são exercidos;
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n) Aconselhar os órgãos do ministério sobre as condições 4. A DNRH é dirigida por um Diretor Nacional, nomeado nos
de emprego, as transferências ou outras políticas de termos do regime de cargos de direção e chefia da
gestão de recursos humanos e garantir a sua Administração Pública, diretamente subordinado ao
disseminação; Diretor-Geral da DGAF.
b) Propor e assegurar em termos concretos que 60% das e) Assegurar a realização dos atos materiais necessários
mulheres tenham oportunidade de acesso a posições para a execução financeira do plano plurianual, do plano
de tomada de decisão nos serviços que integram a anual e do orçamento anual, em conformidade com as
organização administrativa do MOP; orientações superiores;
c) Reforçar a coordenação de trabalho do género de acordo f) Exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas
com a Resolução do Governo n.f 35/2017, de 21 de por lei, por regulamento ou por determinação superior.
junho, que aprova a criação e funcionamento do Grupo
de Trabalho Interministerial de Género, Grupos de 3. A DNOF é dirigida por um Diretor Nacional, nomeado nos
Trabalho Nacional de Género e Grupos de Trabalho termos do regime de cargos de direção e chefia da
Municipal de Género no domínio das obras públicas; Administração Pública, diretamente subordinado ao
Diretor-Geral da DGAF.
d) Assegurar o mecanismo de coordenação e cooperação
dos serviços internos do MOP com a Secretária de Artigo 12.º
Estado para a Igualdade e Inclusão na execução da Direção Nacional de Aprovisionamento
Resolução do Governo n.º 11/2008, de 19 de junho, que
Aprova a Constituição de Pontos Focais para as 1. A Direção Nacional de Aprovisionamento, abreviadamente
Questões do Género; designada por DNA, é o serviço da DGAF que assegura a
realização dos atos materiais necessários à tramitação dos
e) Desenvolver estratégias e instrumentos que permitam procedimentos de aprovisionamento e de gestão dos
a implementação da abordagem integrada do género contratos públicos de que o Estado seja parte por
em todos os serviços internos do MOP; intermédio do MOP.
e) Coordenar e harmonizar a execução do aprovisiona- g) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas por
mento de acordo com as orientações superiores do lei, por regulamento ou por determinação superior.
Ministro ou de outras entidades públicas que para o
efeito sejam legalmente competentes; 3. A DGEPCC é dirigida por um Diretor-Geral, nomeado nos
termos do regime de cargos de direção e chefia da
f) Assegurar e manter o registo e arquivo de todos os Administração Pública, diretamente subordinado ao
contratos públicos do MOP; Ministro.
1. A Direção Nacional de Manutenção e Conservação de Vias c) Preparar os documentos e estimativas com vista à
Rodoviárias, abreviadamente designada por DNMCVR, é avaliação económico-financeira dos projetos da
o serviço da DGEPPCC responsável pela manutenção, competência da DGEPPCC;
conservação e reabilitação de estradas nacionais,
regionais, vias rápidas, de pontes ou de quaisquer outras d) Colaborar com as entidades competentes em matéria
infraestruturas conexas. de projetos legislativos para o sector das obras
públicas;
2. Cabe à DNMCVR:
e) Efetuar levantamentos topográficos em cooperação com
a) Elaborar ou promover a elaboração de projetos de obras os demais serviços competentes;
de manutenção, conservação ou reabilitação de
estradas nacionais, regionais, vias rápidas, de pontes f) Criar e manter atualizada uma base de dados
ou de quaisquer outras infraestruturas conexas; topográficos e de custos unitários;
c) Efetuar planos de manutenção periódica de drenagens 3. A DGHU é dirigida por um Diretor-Geral, nomeado nos
pluviais e de normalização de rios e ribeiras; termos do regime de cargos de direção e chefia da
Administração Pública, diretamente subordinado ao
d) Cooperar com outros serviços e entidades públicas Ministro.
competentes para a identificação de zonas de risco de
inundações; Artigo 19.º
Direção Nacional de Habitação
e) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas por
lei, por regulamento ou por determinação superior. 1. A Direção Nacional de Habitação, abreviadamente desig-
nada por DNH, é o serviço da DGHU responsável pela
3. A DNPCC é dirigida por um Diretor Nacional, nomeado nos coordenação da elaboração, execução e avaliação da política
termos do regime de cargos de direção e chefia da nacional de habitação.
Administração Pública, diretamente subordinado ao
Diretor-Geral da DGEPPCC. 2. Cabe à DNH:
3. A DNU é dirigida por um Diretor Nacional, nomeado nos 1. A Direção-Geral para a Regulação dos Setores da
termos do regime de cargos de direção e chefia da Eletricidade, Água e Saneamento, abreviadamente
Administração Pública, diretamente subordinado ao designada por DGREAS, é o serviço central do MOP
Diretor-Geral da DGHU. responsável por assegurar a orientação geral e a
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coordenação integrada de todos os serviços do ministério a) Recolher, tratar e divulgar dados sobre as atividades
com competências nas áreas da criação de regulação de produção, transporte, distribuição e comercialização
sectorial para no âmbito da Eletricidade, Água e de energia elétrica no Sistema Nacional de Eletricidade;
Saneamento.
b) Propor a aprovação de regulamentação das atividades
2. Cabe à DGREAS: de produção, transporte, distribuição e comercialização
de energia elétrica;
a) Assegurar a implementação e a execução integrada da
política nacional para as áreas da sua atuação de acordo c) Promover o uso eficiente da energia elétrica;
com o Programa do Governo e as orientações superiores
do Ministro; d) Contribuir para a melhoria progressiva das condições
técnicas, económicas e ambientais de funcionamento
b) Contribuir para a melhoria progressiva das condições dos meios a utilizar na produção, transporte,
técnicas, económicas e ambientais dos sistemas distribuição e comercialização de energia elétrica;
públicos de fornecimento de eletricidade, água e
saneamento;
e) Estudar e propor medidas para promover a transição
para a produção de energia elétrica através de fontes
c) Proteger os interesses dos consumidores em relação à
renováveis;
qualidade do fornecimento dos serviços públicos de
eletricidade, água e saneamento;
f) Proteger os interesses dos consumidores em relação à
d) Propor a aprovação de regulamentação sectorial para qualidade do fornecimento de eletricidade e ao seu
as áreas da eletricidade, água e saneamento; tarifário;
i) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas por k) Assegurar a monitorização e licenciamento de
lei, por regulamento ou por determinação superior. infraestruturas e instalações privadas de fornecimento
de energia elétrica nos termos da lei;
3. A DGREAS é dirigida por um Diretor-Geral, nomeado nos
termos do regime de cargos de direção e chefia da l) Assegurar a fiscalização da operação e manutenção de
Administração Pública, diretamente subordinado ao sistemas de produção de energia elétrica por parte de
Ministro.
instituições privadas nos termos de contrato ou lei;
Artigo 23.º
m) Propor o estabelecimento das normas técnicas nacionais
Direção Nacional para a Regulação da Eletricidade
de componentes e instalações elétricas;
1. A Direção Nacional para a Regulação da Eletricidade,
abreviadamente designada por DNRE, é o serviço da n) Propor medidas de controlo e inspeção para a eliminação
DGREAS responsável por garantir a regulação e de conexões ilegais.
monitorização da produção, transporte, distribuição,
comercialização e utilização de energia elétrica no Sistema o) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas por
Nacional de Eletricidade, bem como a normalização lei, por regulamento ou por determinação superior.
nacional para componentes e instalações elétricas e ainda
do licenciamento e fiscalização de sistemas privados de 3. A DNRE é dirigida por um Diretor Nacional, nomeado nos
energia elétrica. termos do regime de cargos de direção e chefia da
Administração Pública, diretamente subordinado ao
2. Cabe à DNRE: Diretor-Geral da DGREAS.
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Artigo 24.º termos do regime de cargos de direção e chefia da
Direção Nacional para a Regulação da Água e Saneamento Administração Pública, diretamente subordinado ao
Diretor-Geral da DGREAS.
1. A Direção Nacional para a Regulação da Água e
Saneamento, abreviadamente designada por DNRAS, é o Artigo 25.º
serviço da DGREAS responsável por garantir a gestão Gabinete de Inspeção e Auditoria
sustentável e integrada dos recursos hídricos, bem como
assegurar a regulação e monitorização dos setores dos 1. O Gabinete de Inspeção e Auditoria, adiante abreviadamente
serviços de abastecimento público de água, saneamento designado por GIA, é o serviço central do MOP de inspeção
de águas residuais urbanas e resíduos sólidos urbanos, e auditoria às obras públicas ou particulares e de inspeção
bem como licenciar e fiscalizar sistemas privados de e auditoria aos serviços do ministério e aos organismos
abastecimento de água e saneamento. autónomos que se encontram sob a tutela e superinten-
dência do Ministro.
2. Cabe à DNRAS:
2. Cabe ao GIA:
a) Recolher, tratar e divulgar dados sobre o setor do
abastecimento de água, de saneamento de águas
a) Inspecionar as obras públicas e particulares para
residuais urbanas;
verificar a sua legalidade;
b) Promover o uso eficiente da água e o ordenamento dos
usos das águas através do Planeamento de Gestão de b) Propor a adoção de normas jurídicas para a regulação
Recursos Hídricos; do mercado das obras públicas e particulares;
c) Propor a criação, delimitar, inventariar e manter o registo c) Realizar, em cooperação e articulação com os serviços
de zonas do domínio público hídrico; congéneres de outros ministérios, a fiscalização
preventiva da execução das obras públicas;
d) Coordenar, ao nível nacional, a adoção de medidas
excecionais em situações extremas de seca ou de cheias;
d) Realizar, em cooperação e articulação com os serviços
e) Assegurar a monitorização, a fiscalização e o licencia- congéneres de outros ministérios, auditorias à gestão
mento dos usos dos recursos hídricos nos termos da da execução das obras públicas;
lei e dos planos de gestão dos recursos hídricos;
e) Participar, em cooperação e articulação com os serviços
f) Propor normas regulamentares relativas ao setor dos congéneres de outros ministérios, na comissão de
recursos hídricos, abastecimento de água e sanea- receção provisória ou definitiva de todas as obras
mento; públicas;
l) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas por 3. O GIA é dirigido por um Inspetor, nomeado nos termos do
lei, por regulamento ou por determinação superior. regime de cargos de direção e chefia da Administração
Pública, equiparado, para efeitos salariais, a Diretor-Geral,
3. A DNRAS é dirigida por um Diretor Nacional, nomeado nos diretamente subordinado ao Ministro.
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Artigo 26.º abreviadamente designada por UCCE, é o serviço central
Unidade de Serviços Jurídicos do MOP responsável pela classificação e certificação de
empresas de construção civil e consultoria técnica civil,
1. A Unidade de Serviços Jurídicos, abreviadamente designado que exerçam a sua atividade em território nacional,
por USJ, é o serviço central do MOP de consulta jurídica independentemente do local onde se situe a sua sede
do Ministro e dos demais órgãos e serviços do ministério. principal ou a sua efetiva administração principal.
2. Cabe à USJ, quando solicitado: 2. Cabe à UCCE praticar todos os atos necessários à certificação
e inscrição de Empresas de construção civil e consultoria
a) Elaborar, estudos, pareceres não vinculativos, relatórios técnica civil, nomeadamente:
e informações jurídicas relacionados com as atribuições
do ministério; a) Classificar as empresas de construção civil e de
consultoria técnica civil inscritas;
b) Participar nos processos legislativos relacionados com
a aprovação de normas jurídicas relacionadas com as b) Certificar as empresas de construção civil e de
atribuições do MOP; consultoria técnica civil inscritas, através da atribuição
do respetivo certificado;
c) Apoiar a tramitação dos procedimentos disciplinares,
das sindicâncias, dos inquéritos e das averiguações c) Inspecionar e verificar o cumprimento dos requisitos
realizados no âmbito do MOP; estabelecidos para cada tipo de certificado, nos termos
legais e regulamentares;
d) Representar o MOP nos grupos ou comissões de
trabalho relativos a assuntos jurídicos relacionados d) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas por
com as atribuições do MOP; lei, por regulamento ou por determinação superior.
e) Apoiar o MOP na articulação com outros órgãos do
3. A UCCE é dirigida por um Chefe, que é equiparado, para
Estado, nomeadamente nas equipas de consultas
efeitos salariais, a um Diretor-Geral, diretamente
multissetoriais para elaboração de textos jurídicos
subordinado ao Ministro.
relevantes;
Artigo 28.º
f) Preparar propostas de atos normativos relacionados
Unidade de Inspeção e Verificação para Pagamentos
com as atribuições do MOP;
1. A Unidade de Inspeção e Verificação para Pagamentos,
g) Analisar os contratos públicos nos quais intervenha o
abreviadamente designada por UIVP, é a unidade
Ministro, avaliar o cumprimento do quadro constitu-
responsável por prestar apoio aos demais serviços do
cional e legal vigente pelos mesmos e avaliar os riscos
legais envolvidos para promover a salvaguarda Ministério, com vista à monitorização, inspeção e
contratual do interesse público do Estado no âmbito verificação do cumprimento da execução dos contratos
dos referidos contratos públicos; públicos do MOP e recomendação de pagamento para
posterior processamento.
h) Acompanhar os processos de aprovisionamento, de
licitações ou outros, de modo a garantir a salvaguarda 2. Cabe à UIVP:
do interesse público e a legalidade;
a) Promover a inspeção e verificação da execução dos
i) Sugerir procedimentos internos com objetivos contratos públicos do MOP aquando da submissão de
preventivos, visando manter as atividades do MOP pedidos de pagamento dos contraentes privados;
dentro dos quadros constitucionais e legais vigentes;
b) Apoiar os demais serviços do MOP na monitorização e
j) Redigir correspondência que envolva aspetos jurídicos fiscalização dos contratos públicos do MOP para a sua
relevantes; execução dentro dos prazos contratualmente
estabelecidos;
k) Desempenhar qualquer outra função jurídica quando
tal lhe seja solicitado pelo Ministro. c) Colaborar com os demais serviços do MOP na
elaboração dos necessários ensaios laboratoriais no
3. A Unidade de Serviços Jurídicos é dirigida por um âmbito da engenharia civil para assegurar a
Coordenador, que é equiparado, para efeitos salariais, a conformidade das especificações técnicas e qualidade
um Diretor Nacional, diretamente subordinado ao Ministro. dos contratos de obras;
2. Cabe à UPM: 2. O IGEADI, I.P., rege-se por estatuto próprio, aprovado por
decreto-lei.
a) Preparar e elaborar, em colaboração com os restantes
serviços, planos a curto, médio e longo prazo, de Artigo 31.º
acordo com as orientações superiores do Plano Eletricidade de Timor-Leste, E.P.
Estratégico de Desenvolvimento Nacional (PEDN) e
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS); 1. A Eletricidade de Timor-Leste, E.P., abreviadamente
designada EDTL, E.P., é uma pessoa coletiva pública,
b) Preparar e elaborar, em colaboração com os restantes integrada na administração indireta do Estado, sob a forma
serviços, a proposta do Plano Anual de Atividades do de empresa pública, dotada de personalidade jurídica e
MOP, bem como proceder ao acompanhamento e capacidade judiciária, autonomia administrativa, autonomia
avaliação da sua execução de acordo com as financeira e património próprio, que propõe, acompanha e
orientações superiores; assegura a execução da política nacional do setor
energético, garantindo a gestão sustentável e integrada
c) Apoiar a coordenação e a cooperação intra e interminis-
da produção, transmissão, distribuição e venda de energia
terial no planeamento de atividades em concertação
elétrica, nomeadamente através do estabelecimento e
com os demais serviços e entidades públicas no âmbito
prestação de serviços públicos de fornecimento de energia
de matérias de competências partilhadas;
elétrica.
d) Colaborar na cooperação entre os serviços e na
2. A EDTL, E.P., rege-se por estatuto próprio, aprovado por
elaboração de planos de atividades abrangentes no
decreto-lei.
âmbito das atribuições do MOP passíveis de execução
através da cooperação com os diversos parceiros de
Artigo 32.º
desenvolvimento;
Bee Timor-Leste, E.P.
e) Coordenar na elaboração e inserção no sistema
1. A Bee Timor-Leste, E.P., abreviadamente designada BTL,
informático dos Planos Anuais de Atividade e Plano de
E.P., é uma pessoa coletiva de direito público, integrada na
Aprovisionamento do MOP, tal como a elaboração de
administração indireta do Estado, sob a forma de empresa
relatórios e informações na área da planificação das
pública, e dotada de personalidade jurídica, capacidade
atividades da competência do MOP;
judiciária, autonomia administrativa, autonomia financeira
e património próprio, que apoia o Governo na execução da
f) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas por
política nacional na área da água e saneamento e assegura
lei, por regulamento ou por determinação superior.
a administração do serviço público de abastecimento de
água e fornecimento de saneamento básico.
3. A UPM é dirigida por um Coordenador, que é equiparado,
para efeitos salariais, a um Diretor-Geral, diretamente 2. A BTL, E.P., rege-se por estatuto próprio, aprovado por
subordinado ao Ministro. decreto-lei.
2. O LNGQI, I.P., rege-se por estatuto próprio, aprovado por Artigo 39.º
decreto-lei. Norma revogatória
Artigo 35.º
Forma de articulação dos serviços O Ministro das Obras Públicas,
Artigo 37.º
Diplomas orgânicos complementares _______________
José Ramos Horta
A estrutura orgânico-funcional dos gabinetes, direções-gerais
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DECRETO-LEI N.º 51/2023 O Governo decreta, nos termos do n.º 3 do artigo 115.º da
Constituição da República, conjugado com o n.º 3 do artigo
de 24 de Agosto 20.º e do n.º 1 do artigo 44.º, ambos do Decreto-Lei n.º 46/2023,
de 28 de julho, para valer como lei, o seguinte:
ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
O Programa do IX Governo Constitucional estabelece um
compromisso firme e determinado de o Governo promover o Artigo 1.º
desenvolvimento, a prosperidade e o bem-estar dos cidadãos Objeto
timorenses. Para tanto, estabeleceu como objetivo melhorar a
prestação de cuidados de saúde em todo o país, com especial O presente diploma aprova a orgânica do Ministério da Saúde.
atenção para as áreas remotas e as camadas da população
mais desfavorecidas, seguindo os princípios da inclusão, Artigo 2.º
equidade, eficiência e qualidade. Definição
O n.º 1 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 46/2023, de 28 de julho, O Ministério da Saúde é o departamento governamental
que aprova a Orgânica do IX Governo Constitucional, consagra responsável pela conceção, execução, coordenação e avaliação
o Ministério da Saúde como o departamento governamental da política, definida e aprovada pelo Conselho de Ministros,
responsável pela conceção, execução, coordenação e avaliação para as áreas da saúde e das atividades farmacêuticas.
da política, definida e aprovada pelo Conselho de Ministros,
para as áreas da saúde e das atividades farmacêuticas. Artigo 3.º
Atribuições
Neste contexto, e almejando concretizar o Programa do
Governo, importa estabelecer uma estrutura de órgãos e O Ministério da Saúde prossegue as seguintes atribuições:
serviços hierarquizada e que atenda à segregação de funções,
mas que permita responder de forma uníssona às necessidades a) Propor a política e elaborar os projetos de regulamentação
da população, de forma eficaz e célere. necessários às suas áreas de tutela;
O presente diploma aprova a estrutura orgânica do Ministério b) Garantir o acesso aos cuidados de saúde de todos os
da Saúde o qual integra órgãos de consulta e coordenação cidadãos;
como são o Gabinete de Inspeção e Auditoria da Saúde, o
Gabinete de Licenciamento e Registo das Atividades de Saúde, c) Coordenar as atividades relativas ao controlo epidemioló-
o Gabinete de Ética Deontológica e Garantia de Qualidade, a gico;
Unidade de Gestão de Projetos da Saúde, a Unidade de
Aprovisionamento Central, o Gabinete de Apoio Jurídico, a d) Providenciar apoio técnico aos cuidados de saúde nos
Direção-Geral dos Serviços Corporativos, a Direção-Geral de municípios e regiões, quer diretamente quer através da
Cuidados de Saúde Primários, a Direção-Geral dos Serviços Administração Local;
Hospitalares e o Gabinete de Política, Planeamento,
Cooperação e Desenvolvimento da Saúde, bem como serviços e) Efetuar o controlo sanitário dos produtos com influência
centrais diretamente dependentes da Ministra da Saúde. A na saúde humana;
anterior Direção-Geral de Saúde dá origem a duas novas
direções-gerais, a Direção-Geral de Cuidados de Saúde f) Promover a formação dos profissionais de saúde;
Primários e a Direção-Geral dos Serviços Hospitalares para
melhor responder aos desafios estabelecidos no Programa do g) Contribuir para o sucesso na assistência humanitária, pro-
Governo. moção da paz, segurança e desenvolvimento socioeconó-
mico, através de mecanismos de coordenação e de
Por outro lado, estabelece-se a Unidade de Aprovisionamento colaboração com outros órgãos do Governo com tutela
Central diretamente dependente da Ministra da Saúde para sobre áreas conexas;
garantir uma resposta mais rápida e eficaz na concretização
dos programas da saúde e na tramitação dos processos de h) Promover e reforçar o banco nacional de sangue;
execução da despesa.
i) Implementar a política do medicamento, regular a atividade
Integram a Administração indireta do Estado, no âmbito do farmacêutica e fiscalizar a mesma em articulação com a
Ministério da Saúde, os Hospitais do Serviço Nacional de Autoridade de Inspeção e Fiscalização da Atividade
Saúde, o Serviço Autónomo de Medicamentos e Equipamentos Económica, Sanitária e Alimentar, I.P.;
de Saúde, o Instituto Nacional de Saúde Pública de Timor-
Leste e o Serviço Nacional de Ambulância e Emergência j) Promover a formação académica, a qualificação e a
Médica. especialização profissional dos profissionais de saúde;
1. A Ministra da Saúde é coadjuvada no exercício das suas a) Dar parecer sobre as propostas de políticas a serem
funções pelo Vice-Ministro para o Fortalecimento adotadas para os serviços centrais, quando seja
Institucional da Saúde e pelo Vice-Ministro para a solicitado pela Ministra da Saúde;
Operacionalização dos Hospitais.
b) Dar parecer e formular recomendações sobre a execução
2. O Vice-Ministro para o Fortalecimento Institucional da Saúde dos planos de atividade e de orçamento para o
e o Vice-Ministro para a Operacionalização dos Hospitais Ministério da Saúde, quando seja solicitado pela
não dispõem de competências próprias, exceto no que se Ministra da Saúde;
refere ao respetivo gabinete e exercem as competências
que forem delegadas pela Ministra da Saúde. c) Pronunciar-se, previamente, sobre os processos de
acreditação e licenciamento:
3. A Ministra da Saúde pode, nos termos da lei, delegar as
suas competências nos órgãos da administração direta i) De instituições privadas de prestação de cuidados
sujeitos ao seu poder de direção ou nas pessoas coletivas de saúde;
públicas sob a sua tutela e superintendência.
ii) De atividades farmacêuticas;
CAPÍTULO III
ESTRUTURA ORGÂNICA iii) Do exercício das profissões de saúde;
O Ministério da Saúde prossegue as suas atribuições através a) A Ministra da Saúde, que preside;
de órgãos e serviços integrados na Administração direta do
Estado e dos organismos integrados na Administração indireta b) O Vice-Ministro para o Fortalecimento Institucional da
do Estado. Saúde;
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c) O Vice-Ministro para a Operacionalização dos c) Aprecia e emitir recomendações sobre propostas de
Hospitais; planos de atividade e de orçamento anual para a saúde,
que para o efeito sejam submetidas pela Ministra da
d) O Diretor do Gabinete de Inspeção e Auditoria da Saúde;
Saúde;
d) Recomendar a adoção de medidas de coordenação para
a) O Diretor do Gabinete de Licenciamento e Registo das o desenvolvimento de programas estratégicos
Atividades de Saúde; intersectoriais de interesse para o setor da saúde;
b) O Diretor do Gabinete de Ética Deontológica e Garantia e) Apreciar e dar parecer sobre as matérias de impacto
de Qualidade; relevante para o setor da saúde, que para o efeito sejam
submetidas pela Ministra da Saúde;
c) O Diretor da Unidade de Gestão de Projetos da Saúde;
f) Demais assuntos que lhe sejam submetidos pela
Ministra da Saúde.
d) O Diretor da Unidade de Aprovisionamento Central;
3. Integram o Conselho Consultivo:
e) O Diretor do Gabinete de Apoio Jurídico;
a) A Ministra da Saúde, que preside;
f) O Diretor-geral da Direção-Geral dos Serviços
Corporativos; b) O Vice-Ministro para o Fortalecimento Institucional da
Saúde;
g) O Diretor-geral da Direção-Geral de Cuidados de Saúde
Primários; c) O Vice-Ministro para a Operacionalização dos
Hospitais;
h) O Diretor-geral da Direção-Geral dos Serviços
Hospitalares; e) O Diretor do Gabinete de Inspeção e Auditoria da
Saúde;
i) O Diretor do Gabinete de Política, Planeamento,
Cooperação e Desenvolvimento da Saúde; k) O Diretor do Gabinete de Licenciamento e Registo das
Atividades de Saúde;
j) Os diretores nacionais.
l) O Diretor do Gabinete de Ética Deontológica e Garantia
4. Podem participar nas reuniões do Conselho de Direção, de Qualidade;
sem direito a voto, outras personalidades que a Ministra
entenda convocar para o efeito em função da agenda de m) O Diretor da Unidade de Gestão de Projetos da Saúde;
trabalhos. n) O Diretor da Unidade de Aprovisionamento Central;
5. O regimento do Conselho de Direção é aprovado por diploma o) O Diretor do Gabinete de Apoio Jurídico;
ministerial da Ministra da Saúde.
p) O Diretor-geral da Direção-Geral dos Serviços
Secção III Corporativos;
Conselho Consultivo
q) O Diretor-geral da Direção-Geral de Cuidados de Saúde
Primários;
Artigo 10.º
Definição e competências do Conselho Consultivo
r) O Diretor-geral da Direção-Geral dos Serviços
Hospitalares;
1. O Conselho Consultivo é o órgão colegial de coordenação
e consulta da Ministra da Saúde em matéria de
s) O Diretor do Gabinete de Política, Planeamento,
implementação de políticas e estratégias definidas para o Cooperação e Desenvolvimento da Saúde;
Serviço Nacional de Saúde.
t) Os Diretores dos Serviços Municipais de Saúde;
2. Compete ao Conselho Consultivo:
u) O Diretor Executivo de cada hospital do Serviço
a) Promover a qualidade e ganhos em saúde, garantindo Nacional de Saúde;
a melhor articulação e colaboração entre os diversos
serviços e entidades do Serviço Nacional de Saúde; v) O Diretor Executivo do Serviço Autónomo de
Medicamentos e Equipamentos de Saúde;
b) Apreciar as propostas de políticas para o Serviço
Nacional de Saúde, que para o efeito sejam submetidas w) O Presidente do Conselho Diretivo do Instituto
pela Ministra da Saúde; Nacional de Saúde Pública de Timor-Leste;
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x) O Diretor Executivo do Serviço Nacional de Ambulância 2. Os serviços centrais têm estrutura própria e funcionam na
e Emergência Médica; dependência direta da Ministra da Saúde.
c) O Gabinete de Ética Deontológica e Garantia de f) Apoiar os dirigentes das instituições e dos serviços
Qualidade; do Ministério da Saúde no exercício do poder disciplinar,
sem prejuízo das competências da Comissão da Função
d) A Unidade de Gestão de Projetos da Saúde; Pública, e efetuar participações aos órgãos compe-
tentes acerca dos factos de que tome conhecimento e
e) A Unidade de Aprovisionamento Central; que sejam passiveis de constituírem ilícitos;
h) A Direção-Geral de Cuidados de Saúde Primários; h) Velar pela aplicação e divulgação da legislação sanitária
nacional e internacional, em particular no domínio do
i) A Direção-Geral dos Serviços Hospitalares; meio ambiente, alimentação, prestação de cuidados de
saúde, produtos farmacêuticos e equipamentos
j) O Gabinete de Política, Planeamento, Cooperação e médicos, em colaboração com outras entidades
Desenvolvimento da Saúde. nacionais ou organizações internacionais;
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i) Fiscalizar as instituições de ensino ou de formação Saúde, abreviadamente designado por GLRAS, é o serviço
profissional na área da saúde e das atividades central do Ministério da Saúde responsável pelo
farmacêuticas, em colaboração com outras entidades; licenciamento da atividade farmacêutica, das unidades
privadas de saúde, do exercício das profissões de saúde,
j) Participar na fiscalização do exercício das profissões da emissão das cédulas profissionais necessárias ao
de saúde; exercício das profissões de saúde, da fabricação e ou
k) Instaurar processos de contraordenação por violação importação de produtos de tabaco e do transporte de
da legislação sanitária e de saúde pública e aplicar as urgência e ou emergência e primeiros socorros aos
respetivas coimas quando legalmente previstas, sem sinistrados ou vítimas de doença súbita.
prejuízo das competências legais da Autoridade de
Inspeção e Fiscalização da Atividade Económica, 2. Cabe ao GLRAS:
Sanitária e Alimentar, I.P.;
a) Assegurar a inspeção e a vistoria necessárias para
l) Colaborar com a Comissão da Função Pública, com a efeitos de processamento do licenciamento das
Autoridade de Inspeção e Fiscalização da Atividade unidades privadas de saúde, nos termos da lei;
Económica, Sanitária e Alimentar, I.P. e com a Inspeção-
Geral do Estado, nos termos da legislação em vigor; b) Organizar e manter atualizada uma base de dados das
unidades privadas de saúde, incluindo as organizações
m) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se não governamentais sem fins lucrativos que prestam
encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como serviços de saúde, clínicas religiosas, postos de venda
as que lhe sejam determinadas superiormente. de medicamentos, laboratórios de produção
farmacêutica e análises clínicas, armazéns de
3. O GIAS funciona na dependência direta da Ministra da
medicamentos e produtos medicinais;
Saúde e é dirigido pelo Inspetor-geral da Saúde, equiparado
para todos os efeitos legais a diretor-geral, nomeado e
c) Assegurar a inspeção e a vistoria necessárias para
exonerado nos termos do regime geral de cargos de direção
efeitos de licenciamento das atividades farmacêuticas;
e chefia da Administração Pública.
d) Assegurar os procedimentos administrativos para a
Artigo 14.º
emissão das autorizações de introdução no mercado
Secretariado de Apoio ao Gabinete de Inspeção e Auditoria
de medicamentos, produtos farmacêuticos ou
da Saúde
equipamentos médicos, bem como o registo atualizado
dos mesmos;
1. O Secretariado de Apoio ao Gabinete de Inspeção e Audi-
toria da Saúde, abreviadamente designado por SAGIAS, é
e) Processar o registo dos profissionais de saúde em
o serviço do Gabinete de Inspeção e Auditoria da Saúde
serviço no Sistema Nacional de Saúde e manter uma
que assegura a realização das tarefas de apoio ao Inspetor-
base de dados atualizada de todos os profissionais de
geral da Saúde nas áreas de administração e finanças.
saúde registados em território nacional;
2. Cabe ao SAGIAS:
f) Conceder autorização para o fabrico e importação de
produtos de tabaco, nos termos da lei;
a) Assegurar o serviço administrativo, financeiro e
logístico do Inspetor-geral da Saúde;
g) Licenciar os serviços de transporte de urgência e ou
b) Assegurar a gestão da correspondência endereçada emergência e primeiros socorros aos sinistrados ou
ao Inspetor-geral da Saúde, e expedida; vítimas de doença súbita, nos termos da lei;
c) Gerir e assegurar a conservação de toda a documenta- h) Coordenar, com os órgãos legalmente competentes do
ção do Inspetor-geral da Saúde; Ministério da Saúde, o desenvolvimento de procedi-
mentos simplificados (standard operating procedure
d) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se SOP’s) para o licenciamento das clínicas, das farmácias,
encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como dos laboratórios e dos produtos médicos, incluindo o
as que lhe sejam determinadas superiormente. registo das profissões de saúde;
3. O SAGIAS é dirigido por um chefe de departamento no- i) Emitir pareceres e relatórios periódicos sobre os
meado e exonerado nos termos do regime geral de cargos licenciamentos e registos profissionais;
de direção e chefia da Administração Pública e
hierarquicamente subordinado ao Inspetor-geral da Saúde. j) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se
encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como
Artigo 15.º as que lhe sejam determinadas superiormente.
Gabinete de Licenciamento e Registo das Atividades de
Saúde 3. O GLRAS funciona na dependência direta da Ministra da
Saúde e é dirigido por um diretor, equiparado para todos
1. O Gabinete de Licenciamento e Registo das Atividades de os efeitos legais a diretor nacional nomeado e exonerado
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nos termos do regime geral de cargos de direção e chefia Artigo 17.º
da Administração Pública. Unidade de Gestão de Projetos da Saúde
a) Garantir o suporte técnico necessário para a elaboração a) Assegurar o apoio aÌ implementação e execução
de projetos de atos normativos que tenham por objeto integrada das políticas nacionais para as áreas da sua
matérias relacionadas com as atribuições do Ministério atuação, de acordo com o Programa do Governo e as
da Saúde; orientações superiores da Ministra;
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b) Dinamizar o desenvolvimento das políticas de gestão e) O Secretariado de Apoio à Direção-Geral dos Serviços
dos recursos humanos, financeiros e patrimoniais do Corporativos.
Ministério da Saúde;
Artigo 22.º
c) Coordenar e acompanhar a atividade das delegacias de Direção Nacional de Orçamento e Gestão Financeira
saúde nos municípios relativamente a assuntos de
natureza administrativa e financeira; 1. A Direção Nacional de Orçamento e Gestão Financeira,
abreviadamente designada por DNOGF, é o serviço da
d) Assegurar o bom funcionamento dos serviços Direção-Geral dos Serviços Corporativos que assegura a
administrativos de gestão dos recursos financeiros e execução dos atos de planeamento, elaboração, gestão,
patrimoniais a nível dos serviços centrais; controlo e execução do orçamento do Ministério da Saúde.
m) Assegurar a gestão dos armazéns centrais e garantir a c) Gerir e assegurar a conservação de toda a documen-
boa conservação dos bens do Ministério da Saúde; tação do Diretor-geral dos Serviços Corporativos;
n) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se d) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se
encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como
as que lhe sejam determinadas superiormente. as que lhe sejam determinadas superiormente.
3. A DNALP é dirigida por um diretor nacional nomeado e 3. O SADGSC é dirigido por um chefe de departamento
exonerado nos termos do regime geral de cargos de direção nomeado e exonerado nos termos do regime geral de cargos
e chefia da Administração Pública e hierarquicamente de direção e chefia da Administração Pública e hierarquica-
subordinado ao Diretor-geral dos Serviços Corporativos. mente subordinado ao Diretor-geral dos Serviços
Corporativos.
Artigo 25.º
Unidade de Ligação e Apoio aos Serviços Municipais de Artigo 27.º
Saúde Direção-Geral de Cuidados de Saúde Primários
1. A Unidade de Ligação e Apoio aos Serviços Municipais de 1. A Direção-Geral de Cuidados de Saúde Primários,
Saúde, abreviadamente designado por ULASMS, eì o abreviadamente designada por DGCSP é o serviço central
serviço da Direção-Geral dos Serviços Corporativos do Ministério da Saúde responsável por executar as
responsável por assegurar a ligação e o encaminhamento políticas e assegurar o apoio técnico-administrativo aos
de informação de e para os serviços municipais de saúde. membros do Governo responsáveis pela área da saúde,
aos órgãos e serviços da Administração direta do Estado,
2. Cabe à ULASMS: no âmbito do Ministério da Saúde, concretamente na
execução das políticas e coordenação dos serviços de
a) Coordenar o encaminhamento atempado e célere da prestação de cuidados de saúde primários, educação e
informação proveniente dos serviços municipais de promoção da saúde, de nutrição, prevenção e controlo de
saúde para os órgãos e serviços centrais do Ministério doenças, bem como saúde ambiental.
da Saúde, bem como para as pessoas coletivas públicas
integradas no âmbito da Administração indireta deste; 2. Cabe à DGCSP:
c) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se b) Coordenar, orientar e avaliar todas as atividades de
encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como saúde comunitária e familiar, com vista a assegurar o
as que lhe sejam determinadas superiormente. acesso aÌ prestação de cuidados de saúde individual e
familiar ao longo dos diferentes ciclos e fases de vida;
3. A ULASMS eì chefiada por um coordenador, equiparado c) Contribuir para o desenvolvimento de manuais e
para todos os efeitos legais a chefe de seção, nomeado e procedimentos operacionais de boas práticas das
exonerado nos termos do regime geral de cargos de direção unidades prestadoras dos serviços de saúde primários;
e chefia da Administração Pública e hierarquicamente
subordinado ao Diretor-geral dos Serviços Corporativos. d) Providenciar apoio técnico e supervisionar a
implementação das estratégias de intervenção para a
Artigo 26.º saúde materno-infantil e de crianças;
Secretariado de Apoio à Direção-Geral dos Serviços
Corporativos e) Providenciar apoio técnico e supervisionar a
implementação das estratégias de intervenção para a
1. O Secretariado de Apoio à Direção-Geral dos Serviços saúde dos adolescentes e jovens;
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f) Coordenar com os profissionais de saúde na família e mente designada por DNSMI, é o serviço da Direção-Geral
especialistas dos hospitais de referência de modo a de Cuidados de Saúde Primários responsável por realizar
providenciar os cuidados de saúde continuados aos as tarefas de planeamento, monitorização e avaliação das
adultos e idosos; estratégias de implementação do pacote integrado de
serviços de saúde materno-infantil e das crianças.
g) Fomentar o conhecimento e a construção de evidências
no campo da nutrição, através da realização de 2. Cabe à DNSMI:
investigação no contexto da política nacional,
mantendo atualizada uma agenda de prioridades de a) Participar, por determinação superior, na elaboração de
pesquisa em alimentação e nutrição para o Serviço políticas, estratégias e protocolos para a saúde materno-
Nacional de Saúde; infantil e crianças;
h) Monitorizar e avaliar o grau de satisfação dos utentes b) Contribuir para a promoção de ações de planeamento
afetos aos Postos e Centros de Saúde Comunitários; familiar e da saúde reprodutiva no seio das famílias;
1. A Direção Nacional da Educação e Promoção de Saúde, 1. A Direção Nacional de Prevenção e Controlo de Doenças,
abreviadamente designada por DNEPS, é o serviço da abreviadamente designada por DNPCD, é o serviço da
Direção-Geral de Cuidados de Saúde Primários responsável Direção-Geral de Cuidados de Saúde Primários cujas
pelo planeamento, monitorização e avaliação integrada das atribuições integram o planeamento, monitorização e
políticas e estratégias de promoção e educação para a avaliação da política nacional para a prevenção e controlo
saúde, bem como as de proteção da saúde ambiental. das doenças não-contagiosas, das doenças contagiosas,
das doenças alvo de erradicação, doenças tropicais
2. Cabe à DNEPS: negligenciadas.
3. A DNEPS é dirigida por um diretor nacional nomeado e 3. A DNPCD é dirigida por um diretor nacional nomeado e
exonerado nos termos do regime geral de cargos de direção exonerado nos termos do regime geral de cargos de direção
e chefia da Administração Pública e hierarquicamente e chefia da Administração Pública e hierarquicamente
subordinado ao Diretor-geral de Cuidados de Saúde subordinado ao Diretor-geral de Cuidados de Saúde
Primários. Primários.
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Artigo 32.º dos programas de nutrição e de outros sistemas de
Direção Nacional de Nutrição informação em saúde que contenham indicadores de
alimentação e nutrição;
1. A Direção Nacional de Nutrição, abreviadamente designada
por DNN, é o serviço da Direção-Geral de Cuidados de j) Apoiar a articulação e colaboração intersectorial, em
Saúde Primários responsável pela coordenação do apoio parceria com as instituições de ensino superior e de
técnico e da supervisão das políticas públicas na área da saúde pública, para a capacitação e a educação
dietética e nutrição e de fornecimento de alimentação nos permanentes dos profissionais de saúde para o
serviços de prestação de cuidados de saúde. planeamento, implementação, monitorização e avaliação
de programas e ações de alimentação e nutrição
2. Cabe à DNN: realizadas no Serviço Nacional de Saúde;
c) Aperfeiçoar os processos de planeamento e avaliação 3. A DNN é dirigida por um diretor nacional nomeado e
das ações para o combate à desnutrição de forma exonerado nos termos do regime geral de cargos de direção
contínua e articulada com as estratégias nacionais do e chefia da Administração Pública e hierarquicamente
setor da saúde e instrumentos operacionais de gestão subordinado ao Diretor-geral de Cuidados de Saúde
dos programas de saúde; Primários.
i) Prestar assessoria técnica aos hospitais do Serviço d) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se
Nacional de Saúde e às Autoridades e Administrações encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como
Municipais na implantação dos sistemas de informação as que lhe sejam determinadas superiormente.
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3. O SADGCSP é dirigido por um chefe de departamento h) Promover o processo de descentração das compe-
nomeado e exonerado nos termos do regime geral de cargos tências de administração e gestão financeira dos
de direção e chefia da Administração Pública e hierarquica- hospitais do Serviço Nacional de Saúde;
mente subordinado ao Diretor-geral de Cuidados de Saúde
Primários. i) Monitorizar e avaliar o grau de satisfação dos utentes
afetos aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde;
Artigo 34.º
Direção-Geral dos Serviços Hospitalares j) Pronunciar-se sobre os instrumentos de articulação,
gestão e controlo dos recursos afetos e disponibilizados
1. A Direção-Geral dos Serviços Hospitalares, abreviadamente aos municípios dos hospitais do Serviço Nacional de
designada por DGSH, é o serviço central do Ministério da Saúde para a prestação de serviços hospitalares;
Saúde responsável por executar as políticas e assegurar o
apoio técnico-administrativo aos membros do Governo k) Organizar, em coordenação com demais serviços e
responsáveis pela área da saúde, aos órgãos e serviços da órgãos do Ministério da Saúde, a produção e a divulga-
Administração direta do Estado, no âmbito do Ministério ção de indicadores de desempenho e de informação
da Saúde, designadamente na execução das políticas e estatística de saúde imprescindíveis ao planeamento
coordenação dos serviços de prestação de cuidados de de programas e atividades de saúde;
saúde secundários e terciários, incluindo os serviços
farmacêuticos, medicamentos e equipamentos médicos. l) Zelar pelo aperfeiçoamento dos sistemas de informação
de saúde eletrónico associada à prestação de cudados
2. Cabe à DGSH: de saúde primários, por meio das aplicações digitais e
dos dispositivos de monitorização e avaliação
a) Participar na elaboração de políticas e estratégias de integrada da saúde;
saúde abrangente e integrada a todos os níveis de
prestação de cuidados de saúde primários, secundários m) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se
encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como
e terciários;
as que lhe sejam determinadas superiormente.
b) Coordenar, orientar e avaliar os serviços prestados
3. A DGSH é dirigida por diretor-geral nomeado e exonerado
pelos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, com
nos termos do regime geral de cargos de direção e chefia
vista a assegurar o acesso aÌ prestação de cuidados de
da Administração Pública e hierarquicamente subordinado
secundários e terciários ao longo dos diferentes ciclos
à Ministra da Saúde.
e fases de vida;
Artigo 35.º
c) Contribuir para o desenvolvimento de manuais e
Serviços da Direção-Geral dos Serviços Hospitalares
procedimentos operacionais de boas práticas das
unidades prestadoras dos serviços de saúde
A Direção-Geral dos Serviços Hospitalares integra os seguintes
especializados afetos aos hospitais públicos e privados serviços:
no país;
a) A Direção Nacional de Apoio aos Serviços Hospitalares;
d) Providenciar apoio técnico e supervisionar a
implementação das estratégias de intervenção para b) A Direção Nacional de Farmácia e Medicamentos;
tratamento, diagnóstico, reabilitação e assistência
terapêutica especializada e superespecializada de c) A Direção Nacional de Equipamentos Médicos;
saúde;
d) O Secretariado de Apoio à Direção-Geral dos Serviços
e) Providenciar apoio técnico e supervisionar a Hospitalares.
implementação dos protocolos de tratamento de
doenças ou standard treatment guidelines; Artigo 36.º
Direção Nacional de Apoio aos Serviços Hospitalares
f) Fomentar conhecimentos e diálogo para a melhoria dos
padrões de produção, comercialização, armazenamento 1. A Direção Nacional de Apoio aos Serviços Hospitalares,
e distribuição de produtos farmacêuticos, medica- abreviadamente designada por DNASH, é o serviço da
mentos e equipamentos médicos; Direção-Geral dos Serviços Hospitalares responsável pela
coordenação, monitorização e avaliação das políticas de
g) Prestar apoio técnico e administrativo necessários à apoio aos serviços integrados de prestação de cuidados
redução de transferência de pacientes para tratamento de saúde secundários e terciários.
médico no estrangeiro, em coordenação com a Junta
Médica Nacional, órgãos de Administração direta e 2. Cabe à DNASH:
indireta do Estado no âmbito do Ministério da Saúde e
outras entidades do Estado com responsabilidades a) Contribuir tecnicamente para a definição da política e
nesta matéria; do pacote compreensivo da atenção hospitalar e
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monitorizar os programas específicos para as áreas de medicamentos, reagentes, bens de consumo médico e
diagnóstico e terapêutica de saúde secundária e equipamentos de saúde para as instituições do Serviço
terciária; Nacional de Saúde;
c) Promover o desenvolvimento da rede de hospitais do g) Organizar e manter atualizada uma base de dados das
Serviço Nacional de Saúde e a definição dos padrões farmácias, dos postos de venda de medicamentos, dos
de gestão hospitalar; laboratórios de produção farmacêutica e análises
clínicas e dos armazéns de medicamentos e de produtos
d) Coordenar o funcionamento da rede interna de medicinais;
encaminhamento e de contra referência de pacientes
entre os serviços de prestação de cuidados de saúde h) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se
primários e os hospitais do Serviço Nacional de Saúde; encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como
as que lhe sejam determinadas superiormente.
e) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se
encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como 3. A DNFM é dirigida por um diretor nacional nomeado e
as que lhe sejam determinadas superiormente. exonerado nos termos do regime geral de cargos de direção
e chefia da Administração Pública e hierarquicamente
3. A DNASH é dirigida por um diretor nacional nomeado e subordinado ao Diretor-geral dos Serviços Hospitalares.
exonerado nos termos do regime geral de cargos de direção
e chefia da Administração Pública e hierarquicamente Artigo 38.º
subordinado ao Diretor-geral dos Serviços Hospitalares. Direção Nacional de Equipamentos Médicos
c) Estudar e propor normas sobre o uso de produtos d) Planificar as necessidades em matéria de equipamentos
medicinais, manter atualizada a Lista Nacional de e de materiais médicos para a satisfação das
Medicamentos Essenciais e Suplementares e assegurar necessidades das instituições do Serviço Nacional de
o seu cumprimento; Saúde;
c) Gerir e assegurar a conservação de toda a documen- h) Preparar a participação do Ministério da Saúde nos
tação do Diretor-geral dos Serviços Hospitalares; encontros periódicos das comissões mistas previstas
no quadro das convenções ou acordos de que Timor-
d) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se
Leste seja parte;
encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como
as que lhe sejam determinadas superiormente.
i) Proceder periodicamente à monitorização, à avaliação
3. O SADGSH é dirigido por um chefe de departamento e à informação sobre o estado da cooperação do
nomeado nos termos do regime geral de cargos de direção Ministério da Saúde, favorecendo a introdução de
e chefia da Administração Pública e hierárquica e medidas corretivas e ou dinamizadoras dessa parceria;
imediatamente subordinado ao Diretor-geral dos Serviços
Hospitalares. j) Participar no processo negocial e celebrar, em
coordenação com o Ministério dos Negócios
Artigo 40.º Estrangeiros e Cooperação, acordos de cooperação e
Gabinete de Política, Planeamento, Cooperação e protocolos com entidades públicas e privadas de âmbito
Desenvolvimento da Saúde nacional ou internacional, nos termos da lei;
1. O Gabinete de Política, Planeamento, Cooperação e k) Realizar as demais tarefas que para o mesmo se
Desenvolvimento da Saúde é o serviço central do Ministério encontrem previstas na lei ou regulamento, bem como
da Saúde responsável por assegurar a coordenação e
as que lhe sejam determinadas superiormente.
suporte técnico necessários à conceção, ao planeamento,
à monitorização e à avaliação das políticas de saúde e de
3. O GPPCDS funciona na dependência direta da Ministra da
recolha, sistematização e divulgação de informações de
saúde, bem como pela coordenação e desenvolvimento Saúde e é dirigido por um diretor, equiparado para todos
das atividades de cooperação e parceria para a saúde. os efeitos legais a diretor-geral, nomeado e exonerado nos
termos do regime geral de cargos de direção e chefia da
2. Cabe ao GPPCDS: Administração Pública.
Série I, N.° 31 A Quinta-Feira, 24 de Agosto de 2023 Página 31
Jornal da República
Secção III Artigo 45.º
Administração indireta Instituto Nacional de Saúde Pública de Timor-Leste
a) Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde; 2. O Instituto Nacional de Saúde Pública de Timor-Leste rege-
se por estatuto próprio e pela demais legislação aplicável
b) O Serviço Autónomo de Medicamentos e Equipamentos às pessoas coletivas públicas em geral, e aos institutos em
de Saúde; especial.
O quadro de pessoal, incluindo os cargos de direção e chefia, é aprovado por diploma ministerial da Ministra da Saúde, no prazo
máximo de 45 dias a contar da data da entrada em vigor do presente diploma e após obtenção de parecer da Comissão da Função
Pública.
Artigo 50.º
Logotipo
1. É aprovado o logotipo do Ministério da Saúde, cuja representação gráfica consta do anexo ao presente diploma, do qual faz
parte integrante.
2. O logotipo a que alude o número anterior é de uso obrigatório nos documentos oficiais do Ministério da Saúde.
3. As regras de utilização do logotipo do Ministério da Saúde são aprovadas por diploma ministerial da Ministra da Saúde.
Artigo 51.º
Norma revogatória
São revogados:
Artigo 52.º
Forma de articulação dos serviços
Os serviços do Ministério da Saúde colaboram entre si e articulam as suas atividades de forma a promover uma atuação unitária
e integrada das atribuições e competências do Ministério.
Artigo 53.º
Entrada em vigor
O Primeiro-Ministro,
_____________________
Kay Rala Xanana Gusmão
A Ministra da Saúde,
___________________________
dra. Élia A. A. dos Reis Amaral, SH
Série I, N.° 31 A Quinta-Feira, 24 de Agosto de 2023 Página 33
Jornal da República
Promulgado em 24 / 8 / 2023.
Publique-se.
O Presidente da República,
_______________
José Ramos-Horta
ANEXO
(a que se refere o artigo 50.º)