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Memorex TJDFT – Analista Judiciário - Rodada 05

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Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
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resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ....................................................................................................4


ÉTICA ......................................................................................................................................13
REGIMENTO INTERNO ..................................................................................................19
LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA ......................................................................21
PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E
OFÍCIOS JUDICIAIS .......................................................................................................24
PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL
ELETRÔNICO.......................................................................................................................27
DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................29
DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................................................39
DIREITO CIVIL ..................................................................................................................45
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................52
DIREITO PENAL ................................................................................................................64
DIREITO PROCESSUAL PENAL..................................................................................75

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
SINTAXE - ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) SUBJETIVA

OSS Subjetiva: Terá a função de SUJEITO para a oração principal.


A oração principal é aquela que não tem conjunção e a oração subordinada é
aquela que tem a conjunção.
As conjunções integrantes são responsáveis em ligar a oração principal à subordinada
(se/que).

Ex.: É necessário que você assine esse papel para a realização da matrícula.
A parte em “azul” é a oração subordinada substantiva subjetiva (OSS Subjetiva).

→ ela é o SUJEITO da primeira oração “é necessário”.


DICA 02
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) OBJETIVAS DIRETAS E
INDIRETAS

OSS Objetivas Diretas: Terão função de OBJETO DIRETO (não tem preposição) do
verbo presente na oração principal.

Ex.: A aluna disse que odeia matemática.


- Sobre o exemplo acima, veja: O que a aluna disse? “que odeia matemática” (é o
OD do verbo DISSE).

OSS Objetivas Indiretas: Terão a função de OBJETO INDIRETO (é aquele que tem
preposição) do verbo presente na oração principal.

Ex.: Ninguém desconfiava de que a receita desandasse. (OSS Obj. Ind.)


Quem desconfia, desconfia DE alguma coisa.
DICA 03
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) COMPLETIVAS NOMINAIS

OSS Completivas Nominais: Elas complementam o nome (substantivo abstrato


com preposição) que está na oração principal.

Ex.: Eu tenho certeza de que eles passarão na prova.


Veja que “de que eles passarão na prova” complementa “certeza” que é um
substantivo abstrato com preposição.
DICA 04
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (OSS) PREDICATIVAS E APOSTIVAS

OSS Predicativas: Terão função de predicativo do sujeito para a oração principal.

Ex.: O problema é que o prazo já expirou. (OSS Predicativa)

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Veja que a OSS Predicativa acima se liga ao sujeito da oração principal por meio do
verbo de ligação “é”.

OSS Apositivas: Terão a função de aposto (termo explicativo da oração principal).

Ex.: Temos apenas um desejo: que passemos no concurso. (OSS Apositiva) →


explica qual é o desejo.
DICA 05
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

TOME NOTA: A dica abaixo ajudará você a identificar uma oração subordinada
substantiva na sua prova, mas a classificação (se ela é uma OSS subjetiva, objetiva
direta, objetiva indireta, apositiva, predicativa...) deverá se analisada posteriormente.
DICA: Substituir a oração subordinada por “ISSO”.

Ex.: É provável que Juca coma mais tarde hoje.


É provável ISSO.

Note que “que Juca coma mais tarde hoje” é uma ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA, pois é possível substituir por “ISSO”. Após, você precisará saber a
classificação dessa OSS. “Que Juca coma mais tarde hoje” funciona como sujeito da
oração principal. Então, é uma OSS Subjetiva.
DICA 06
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
As orações subordinadas adjetivas recebem esse nome, pois exercem uma função
sintática de adjunto adnominal.
São introduzidas por um pronome relativo, o qual é um elemento de coesão que vai
retomar um antecedente.

Ex.: O homem que é sedentário vive menos. → “que é sedentário” é a ORAÇÃO


SUBORDINADA ADJETIVA e está no meio da oração principal “O homem vive menos.”

Podem ser classificadas em: Restritivas e Explicativas.


DICA 07
ORTOGRAFIA OFICIAL - ONDE X AONDE

Onde: faz referência a um lugar concreto. Dá a ideia de lugar fixo.

Ex.: Onde Jonas mora?


Quero ficar onde está minha vó.
Aonde: é utilizado quando o verbo expressa movimento. É usado com verbos que
pedem a preposição “a”.

Ex.: Aonde estamos indo?


Ela foi aonde ontem de madrugada?

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DICA 08
ACERCA DE X CERCA DE

Acerca de: possui o mesmo sentido de “sobre” ou “a respeito de”.

Ex.: Eu e meu marido estávamos comentando acerca da festa de casamento.

→ “sobre” a festa de casamento.


A cerca de: possui o mesmo sentido de “aproximadamente”.

Ex.: Gravataí fica a cerca de trinta minutos de Porto Alegre.

→ “aproximadamente” trinta minutos de Porto Alegre.


DICA 09
DEMAIS X DE MAIS

“De mais” é uma locução adjetiva e exprime quantidade. É o contrário de “de


menos”.

Ex.: Há pimenta de mais na massa que você serviu.


Tenho tema de mais para fazer.
Havia gente de mais na loja.
“Demais” poderá ser um advérbio de intensidade (indicando um excesso) ou
poderá ser um pronome indefinido (terá o significado de “os outros”).

Ex.: Rimos demais durante a festa. – advérbio


É cedo demais para levantar – advérbio
Aqueles que fizeram a lição podem ficar na sala, os demais podem sair.

→ “os outros” podem sair. – Pronome indefinido


DICA 10
MAIS X MAS

“Mas” é uma conjunção que exprime adversidade. Você poderá trocá-la por:
porém, contudo, entretanto.

Ex.: Eu olhei vários vestidos, mas não quis comprar nenhum.

→ “porém não quis comprar nenhum”.


Ela tem tantos pijamas, mas não para de comprar outros.

→ “entretanto não para de comprar outros”.


Geralmente, o “mais” será um advérbio de intensidade (antônimo de “menos”).

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Ex.: Lola tem mais amigos do que inimigos.


DICA 11
A FIM X AFIM

“A fim de” é uma locução prepositiva e possui o mesmo significado de “com a


finalidade de”.

Ex.: Terminei o tema cedo a fim de ir ao teatro.

→ “com a finalidade de” ir ao teatro.


TOME NOTA: Utiliza-se “a fim” para dizer que possui interesse em alguém.

Ex.: Estou a fim de um menino ruivo na escola.


“Afim” poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são semelhantes. Ainda,
poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são parentes.

Ex.: Eu e meu marido temos metas afins. = metas semelhantes


Os afins não comparecerão à reunião.
DICA 12
ACENTUAÇÃO GRÁFICA - MONOSSÍLABO TÔNICO

Monossílabos são palavras que têm apenas uma sílaba.

Exemplos de monossílabos tônicos não acentuados: bem; dor; flor; mar; mau;
trem; vez; voz.

São acentuados os monossílabos tônicos terminados em:

Terminados em a, as Pá; má; chás; já.

Terminados em e, es Pé; ré; sê; mês.

Terminados em o, os Pó; nó; dó; cós.

Terminados em éu, éus Céu; véu; véus.

Terminados em éi, éis Géis; méis.

Terminados em ói, óis Dói; sóis.

DICA 13
HIATO

O encontro vocálico entre 2 vogais que ficam em sílabas distintas é chamado de


hiato.

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Então: ENCONTRO VOCÁLICO → 2 VOGAIS → EM SÍLABAS DISTINTAS → HIATO


Ex.: “País” e “Coelho” → Note que há um encontro vocálico em cada uma dessas
palavras. Porém, quando as separamos, as vogais ficam em sílabas distintas: “pa-ís” e
“co-e-lho”.

São outros exemplos de hiato:

Paraíba = Pa-ra-í-ba

Juízes = ju-í-zes

Burocracia = bu-ro-cra-ci-a

Saúde = sa-ú-de

CUIDADO!

Hiato: as vogais ficam em sílabas distintas.

Ex.: País (divisão silábica: pa-ís)

Ditongo: as vogais ficam na mesma sílaba.

Ex.: Pais (divisão silábica: pais).


DICA 14
DITONGO E TRITONGO

Há um ditongo quando existe o encontro de uma semivogal e de uma vogal na


mesma sílaba. Os ditongos podem ser:

Crescente: Semivogal (som + fraco) + vogal (som + forte) → qual, tranquilo.


Decrescente: Vogal (som + forte) + semivogal (som + fraco) → mau, céu, caixa.
Nasal: ão, ãe, õe, am, an, em, en, ãi, ui → cãimbra, põe.
Oral: ai, ia, iu, ui, eu, éu, ue, ei, éi, ie, oi, ói... → chapéu, herói, lei.
Há um tritongo quando, numa mesma sílaba, existe o encontro de uma semivogal
+ vogal + semivogal. Os tritongos podem ser:

Oral: Paraguai, Uruguai.

Nasal: Quão, saguões.

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DICA 15
ACENTOS NOS VERBOS TER, VIR, PROVER

TOME NOTA: Os verbos ter, vir, prover, manter, intervir, não possuem acento.
Desse modo, quando precisamos colocá-los no plural, eles deverão receber o acento
circunflexo.
O verbo concorda com o sujeito. Portanto, se o sujeito estiver no singular, os verbos
acima ficarão sem acento. Se o sujeito estiver no plural, os verbos acima terão
acento.

Ex.: A jogadora de vôlei tem bolas profissionais em casa.


As jogadoras de vôlei têm bolas profissionais em casa.
João vem de ônibus para a academia.
João e Alberto vêm de ônibus para a academia.
DICA 16
ENCONTRO VOCÁLICO, ENCONTRO CONSONANTAL E DÍGRAFO

O encontro vocálico é o encontro de 2 ou mais vogais em uma palavra. São


encontros vocálicos o: ditongo, tritongo e hiato.
O encontro consonantal é o encontro de 2 consoantes ou mais e ambas são
pronunciadas. Pode ser classificado em:

Perfeito – é o encontro inseparável,


no qual há uma consoante + os fonema /l/ ou o /r/.

Ex.: a-tle-ta; cr-ise

Imperfeito – é separável, ficando em


sílabas diferentes.

Ex.: pac-to; ab-di-car.

O dígrafo é uma sequência de duas letras que forma um único som. Pode ser de 2
tipos: consonantais e vocálicos.

CONSONANTAIS VOCÁLICOS

O encontro de duas letras forma um O encontro de duas letras forma um único


único som consonantal. som vocálico.
Os dígrafos consonantais são: lh, ch, Os dígrafos vocálicos são: am, em,
nh, rr, ss, qu, gu, sc, sç, xc, xs. im, om, um, an, en, in, on, un.
Ex.: baralho, chuva, ganho, torre, Ex.: lâmpada, tempo, tombo, sangue,

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massa, aquilo... cinto...

DICA 17
REESCRITA DE FRASES - PARALELISMO RÍTMICO, MORFOLÓGICO E SEMÂNTICO

PARALELISMO RÍTMICO

- Quando existe ritmo harmonioso de palavras da mesma classe gramatical.

Ex.: Joana viu o pássaro cantar, a borboleta voar e o gato miar.

PARALELISMO MORFOLÓGICO

- As palavras que se encontram na oração são da mesma classe gramatical.

Ex.: Proibido fumar. Proibido brigar.

PARALELISMO SEMÂNTICO

- Quando existe simetria entre as ideias que estão em uma oração.

Ex.: Maria é fã de Rock, de MPB e de bolsas vermelhas.


(NÃO HÁ PARALELISMO SINTÁTICO)
Maria é fã de Rock, de MPB e de Pop.
(HÁ PARALELISMO SINTÁTICO, pois tudo se refere a estilo musical).

DICA 18
VARIAÇÕES LIGUÍSTICAS
As variações linguísticas são as divisões naturais da língua, que diferem da norma
padrão por motivos sociais, momento histórico, contexto ou região em que o
indivíduo ou grupo social está inserido. Portanto, como falantes de uma mesma língua
(Língua Portuguesa), podemos nos referir e falar diversas coisas por nomes diferentes.
As variações linguísticas podem ser: sociais (diastráticas), regionais (diatópicas),
históricas (diacrônicas) e estilísticas (diafásicas).

SOCIAIS (diastráticas): relaciona-se às condições socioeconômicas de quem


fala.

Ex.: Pessoas que possuem baixa escolaridade misturam o singular com o plural.
“As planta”, sendo que o correto seria “as plantas”.

REGIONAIS (diatópicas): são as falas típicas de cada região do país.

Ex.: No Sul se diz “aipim”. No Nordeste se diz “macaxeira”.

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QUESTÃO FGV, 2017.


Em São Paulo diz-se “bexigas”, enquanto no Rio de Janeiro diz-se “balões”. Essa
diferença é um exemplo de:
a) linguagem coloquial.
b) gíria.
c) regionalismo.
d) linguagem erudita.
e) arcaísmo.
Gabarito: Alternativa c.

DICA 19
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

HISTÓRICAS (diacrônicas)

Mudança do idioma com base no contexto histórico.


Ex.: português arcaico – português moderno.
Palavras como “flôr” e “vossemecê” caíram em desuso.

ESTILÍSTICAS (diafásicas)

Variações que acontecem em decorrência da situação em que se encontra o


falante.
A situação comunicativa pode ser de informalidade ou formalidade.
Ex.: Utilizar “a gente” no lugar de “nós”.
A gente foi caminhar no parque. (INFORMAL)
Nós fomos caminhar no parque. (FORMAL)

DICA 20
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

Vejamos exemplos de variações ESTILÍSTICAS (diafásicas):

LINGUAGEM FORMAL

É a linguagem mais culta e é utilizada quando não há familiaridade entre os


interlocutores. Também, é usada em momentos que necessitam de respeitabilidade e
sobriedade.
Ex.: - Boa tarde! Como você está?
- Onde está Maurício? Você viu-o nesta manhã?

LINGUAGEM INFORMAL
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Não é uma linguagem culta e é utilizada quando há familiaridade/intimidade entre os


interlocutores.
É muito utilizada no dia a dia das pessoas.
Ex.: - Fala aí! Beleza?
- Cadê Maurício? Viu ele de manhã?

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ÉTICA
DICA 21
DOSIMETRIA DA PENA EM CASOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Nos casos de improbidade, na hora de fixar as penas pelo ato de improbidade, o juiz deve
levar em consideração o tamanho do dano ocasionado, bem como o proveito patrimonial
obtido pelo agente.
Em outras palavras:

TAMANHO DO DANO CAUSADO + PROVEITO PATRIMONIAL OBTIDO PELO


AGENTE = DOSIMETRIA DA PENA

Importante: A penalidade de perda da função pública não incide sobre aposentados,


por haver ausência de previsão na Lei de Improbidade Administrativa. Quem determinou
este posicionamento foi STJ, em seu Resp 1.186.123.
DICA 22
NOMEAÇÃO OU INDICAÇÃO POLÍTICA
Segundo a LIA não se configurará improbidade a mera nomeação ou indicação política por
parte dos detentores de mandatos eletivos, sendo necessária a aferição de dolo com
finalidade ilícita por parte do agente. Em outras palavras, o dolo é um critério para que se
configure a improbidade administrativa.
Veja como esta temática pode ser cobrada na sua prova:

QUESTÃO SIMULADA.
João é um prefeito muito bem quisto da cidade de Tangamandápio, e resolve nomear
para um cargo comissionado o engenheiro Daniel, com quem o prefeito não possui
qualquer relação de amizade ou parentesco, tendo ele conseguido o cargo após uma
seleção de currículos feita por uma empresa de RH. O líder da câmara, o vereador
Ramón, filiado a um partido de oposição, resolve consultar um advogado para saber se
pode denunciar o prefeito por improbidade administrativa. O advogado, tendo
conhecimento da Lei 8429/92, deverá responder o seguinte:
a) Não é caso de improbidade, pois a mera nomeação ou indicação política por parte
dos detentores de mandatos eletivos não configura improbidade, sendo necessária a
aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do agente.
b) É caso de improbidade, pois a mera nomeação ou indicação política por parte dos
detentores de mandatos eletivos configura improbidade, não sendo necessária a
aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do agente
c) É caso de improbidade, pois embora a mera nomeação ou indicação política por
parte dos detentores de mandatos eletivos, sendo necessária a aferição de dolo com
finalidade ilícita por parte do agente não configure improbidade, este entendimento não
aplica-se em casos de prefeitos, segundo o STJ.
d) Não é caso improbidade, pois a mera nomeação ou indicação política por parte dos
detentores de mandatos eletivos não configure improbidade, sendo necessária a
aferição de culpa com finalidade ilícita por parte do agente.
Resposta: Letra a
Cuidado com a letra D: O erro dela reside na palavra “culpa” no lugar de dolo. Atente-
se a estes detalhes.
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DICA 23
SITUAÇÕES QUE NÃO SE APLICAM EM CASO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Não se aplicam na ação de improbidade administrativa:

a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em caso de revelia;

a imposição de ônus da prova ao réu, na forma dos §§ 1º e 2º do art. 373 da Lei nº


13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil);

o ajuizamento de mais de uma ação de improbidade administrativa pelo mesmo fato,


competindo ao Conselho Nacional do Ministério Público dirimir conflitos de atribuições
entre membros de Ministérios Públicos distintos;

o reexame obrigatório da sentença de improcedência ou de extinção sem resolução de


mérito.
Tá, mas como isto poderia ser cobrado em prova?

QUESTÃO SIMULADA.
Dustin é um servidor do Estado XY, que está sendo apontado como réu em uma ação
de improbidade administrativa. Ocorre que Duncan torna-se revel na ação, pois não
apresentou qualquer defesa. Dentro deste campo, com base na Lei 8.429/92, bem
como nas mudanças trazidas pela Lei 14.230/2021, podemos afirmar que:
a) a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em caso de revelia ( que foi
o caso de Dustin) não se aplica em casos de improbidade administrativa.
b) a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em caso de revelia (que foi
o caso de Dustin) se aplica em casos de improbidade administrativa.
c) a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em caso de revelia (que foi
o caso de Dustin), bem como a imposição de ônus da prova ao réu se aplicam em casos
de improbidade administrativa.
d) a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em caso de revelia (que foi
o caso de Dustin), bem como o reexame obrigatório da sentença de improcedência se
aplicam em casos de improbidade administrativa.
Resposta: Letra a

DICA 24
LOCAL DA PROPOSITURA DA AÇÃO
Qual seria o local correto para propor da ação para a aplicação das sanções (ação esta que
deve ser proposta pelo Ministério Público, observando-se todos os requisitos do
procedimento comum, normatizado no CPC/15) prevista na LIA (Lei 8.429/92)? Segundo
a recente alteração trazida pela lei 14.230/2021, a ação deverá ser proposta perante o
foro do local onde ocorrer o dano ou da pessoa jurídica prejudicada.

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o foro do local onde


Local da ocorrer o dano
propositura da

ação
O foro do local da pessoa
jurídica prejudicada

DICA 25
SILÊNCIO DO RÉU
O direito de permanecer em silêncio é um direito garantido por lei e bastante conhecido,
sendo tal direito normatizado pelo inciso LXIII do artigo 5º da CF/88. Muitos autores
chamam este direito de garantia à não autoincriminação. Mas será que, segundo a Lei de
Improbidade Administrativa, este direito de ficar calado poderia implicar em confissão? A
resposta é não. Segundo a mudança recentíssima trazida pela Lei 14.230/2021, ao réu
será assegurado o direito de ser interrogado sobre os fatos de que trata a ação, e a sua
recusa ou o seu silêncio não implicarão confissão.
DICA 26
O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
O Ministério Público tem um papel de extrema importância no cenário jurídico e
administrativo do nosso país, e em casos envolvendo improbidade seu papel também é
importante.
Veja a seguir a disposição da LIA a respeito do papel do Ministério Público:
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou
Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de
ato de improbidade.
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a
requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.
Lembrando sempre que O Ministério Público poderá, conforme as circunstâncias do caso
concreto, celebrar acordo de não persecução civil, desde que haja o integral ressarcimento
do dano e /ou a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida, ainda que
oriunda de agentes privado. Não é preciso que hajam estes dois requisitos, apenas um já
é suficiente.

Veja como a Banca FGV já cobrou o papel do Ministério Público segundo a Lei 8.492/92:

QUESTÃO FGV, 2018.


O Ministério Público recebeu informações de que determinado agente público teve
evolução patrimonial incompatível com a sua renda.
Considerando a tipologia dos atos de improbidade administrativa, prevista nos artigos
9º, 10, 10-A e 11 da Lei nº 8.429/92, é correto afirmar que essa conduta pode ser

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enquadrada como:
a) violação aos princípios regentes da atividade estatal.
b) dano ao patrimônio público.
c) excessiva exação tributária.
d) enriquecimento ilícito.
e) infração disciplinar.
Resposta: Letra d
Comentário: Trata-se de um ato de improbidade administrativa que importa em
enriquecimento ilícito. Vejamos:
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito
auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,
mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei,
e notadamente:
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à
evolução do patrimônio ou à renda do agente público.

DICA 27
FALSA REPRESENTAÇÃO POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Imagine o exemplo hipotético de uma pessoa que denuncia um servidor por em
improbidade administrativa, porém a denúncia é falsa e o autor da denúncia sabe que é
falsa. Ele o faz com intuito de prejudicar este servidor, pois teve uma desavença pessoal
com ele. O que ocorre com este autor?

Vejamos: Lei 8.429/92


Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou
terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: DETENÇÃO de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o
denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

Em outras palavras: O falso denunciante responde civilmente e penalmente pela falsa


denúncia de improbidade.
Dica: Falsa DEnúncia = DEtenção
DICA 28
PRESCRIÇÃO
As ações previstas na LIA (Lei n. 8.429/92) prescrevem em 8 anos, contados a partir da
ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a
permanência. A instauração de um inquérito civil ou de processo administrativo para
apuração dos ilícitos normatizados na LIA suspende o curso do prazo prescricional por, no

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máximo, 180 dias corridos, recomeçando a correr após a sua conclusão ou, caso não
concluído o processo, esgotado o prazo de suspensão.

E mais: O inquérito civil para apuração do ato de improbidade será concluído no prazo
de 365 dias corridos, prorrogável UMA ÚNICA VEZ por igual período, mediante ato
fundamentado submetido à revisão da instância competente do órgão ministerial,
conforme dispuser a respectiva lei orgânica.

Mas existe alguma possibilidade de interromper o prazo esta prescrição? Sim, há


possibilidades, que são as seguintes:

pelo ajuizamento da ação de improbidade administrativa;

pela publicação da sentença condenatória;

pela publicação de decisão ou acórdão de Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional


Federal que confirma sentença condenatória ou que reforma sentença de improcedência;

pela publicação de decisão ou acórdão do Superior Tribunal de Justiça que confirma


acórdão condenatório ou que reforma acórdão de improcedência;

pela publicação de decisão ou acórdão do Supremo Tribunal Federal que confirma


acórdão condenatório ou que reforma acórdão de improcedência.
CUIDADO: Nas ações previstas na LIA NÃO haverá adiantamento de custas, de
preparo, de emolumentos, de honorários periciais e de quaisquer outras despesas. Logo,
no caso de procedência da ação, as custas e as demais despesas processuais serão pagas
ao final.
Mas também se atente ao fato de que haverá condenação em honorários sucumbenciais
em caso de improcedência da ação de improbidade se comprovada má-fé.
DICA 29
NATUREZA JURÍDICA DA LIA
Você sabe qual a natureza jurídica da LIA (Lei 8.429/92)? A Lei de Improbidade
Administrativa tem natureza de lei nacional, se diferenciando das leis federais comuns que
são obrigatórias somente para a esfera federal.

E mais: o Superior Tribunal de Justiça entendeu que a LIA não poderá ser aplicada
para punir condutas que sejam anteriores à sua vigência, mesmo que ocorridas após a
edição da CF/88.

Importante: LEI NACIONAL ≠ LEI FEDERAL

Lei federal: É a lei que vale só para o campo da União, e não se aplica às demais
searas federativas. Exemplo: Lei n. 8.112/90 – Estatuto do Servidor Público Civil da
União.

Lei nacional: É a lei obrigatória para a União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios. Exemplo: Código Civil.
DICA 30
ALGUMAS MUDANÇAS IMPORTANTES TRAZIDAS PELA LEI 14.230/2021

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Nepotismo e promoção pessoal: Foram devidamente inseridos como novos tipos de


improbidade, o nepotismo (até mesmo o nepotismo cruzado), chegando até o terceiro
grau para cargos de confiança e a promoção pessoal de agentes públicos em atos,
programas, obras, serviços ou campanhas dos órgãos públicos.

Rol taxativo: As condutas consideradas como improbidade são apenas aquelas


listadas no texto da lei, de forma taxativa, pois anteriormente, a lista era considerada um
rol exemplificativo.

Prazo do inquérito: Agora teve um aumento do prazo do inquérito para 1 ano, sendo
este prorrogável por mais uma única vez.

Sucumbência: Agora a condenação em honorários de sucumbência ocorre somente


para os casos de comprovada má-fé.
DICA BÔNUS
A POLÊMICA QUESTÃO DO BEM DE FAMÍLIA
O conceito de bem da família é que este é a propriedade destinada à residência e moradia
da família, e que recebe o benefício da impenhorabilidade, ou seja, não pode ser
penhorado. Até aí, tudo bem. Mas o que isto tem haver com nosso estudo sobre
improbidade? É que a Lei 14.230/21 traz uma disposição nova sobre isto:
“É vedada a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu, salvo se
comprovado que o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida, conforme descrito
no art. 9º desta Lei”.

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REGIMENTO INTERNO
DICA 31
JULGAMENTO ELETRÔNICO
Poderão ser julgados por meio eletrônico os recursos e os processos de competência
originária.
As partes serão intimadas do julgamento eletrônico e poderão, no prazo de 5 dias úteis,
apresentar memoriais ou objeção à forma de julgamento.

O julgamento eletrônico será feito mediante aplicativo próprio e observará o seguinte


procedimento:

o relator enviará seu voto aos demais membros do colegiado integrantes do quorum de
julgamento;

no prazo máximo de 5 dias úteis a partir do recebimento do voto do relator, os demais


desembargadores compartilharão seu voto de adesão ou de divergência;

caso não seja observado o prazo de que trata o inciso anterior, o relator poderá incluir
o processo em pauta para julgamento presencial;

persistindo a divergência, poderá o processo ser apreciado em sessão presencial


mediante inclusão em pauta.
DICA 32
DOS PROCESSOS EM ESPECIE

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade:


o Governador do Distrito Federal;

a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

o Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios;


a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal;

o partido político com representação na Câmara Legislativa do Distrito Federal;

a entidade sindical ou de classe com atuação no Distrito Federal, a qual demonstrará


que a pretensão por ela deduzida guarda relação de pertinência direta com seus objetivos
institucionais.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou de ato normativo


distrital:

o Governador do Distrito Federal;


a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

o Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

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DICA 33
RECURSO EXTRAORDINÁRIO E DO RECURSO ESPECIAL

Interpostos perante o Presidente do Tribunal em petições distintas.

Recebida a petição do recurso, a secretaria intimará o recorrido para apresentar


contrarrazões no prazo de 15 dias.
Findo esse prazo os autos serão conclusos para admissão ou não do recurso, em
decisão fundamentada.
DICA 34
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
O incidente de desconsideração da personalidade jurídica atenderá aos termos da
legislação processual.
Poderá ser requerido por qualquer das partes ou pelo Ministério Público, quando lhe
couber intervir no processo.

MEMORIZE! O relator poderá indeferir de plano o incidente:

quando manifestamente incabível a sua instauração;

quando a petição não descrever fatos e fundamentos jurídicos que autorizam a


desconsideração da personalidade jurídica;

quando manifestamente improcedente a desconsideração da personalidade jurídica.

Da decisão do relator cabe agravo interno.


DICA 35
DOS PRAZOS

Os prazos no Tribunal serão contados a partir:

da publicação do ato no Diário da Justiça Eletrônico

ou, se determinado, a partir da intimação pessoal ou da ciência por outro meio.

ATENÇÃO!

NÃO correm os prazos no período de feriado forense, SALVO nas hipóteses previstas
na lei ou neste Regimento.

As informações oficiais apresentadas fora do prazo, POR JUSTO MOTIVO, poderão


ser admitidas se ainda oportuna sua apreciação

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LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA


DICA 36
DA OUVIDORIA GERAL DE JUSTIÇA.
O art. 82 da Lei 11.697/08 determina a criação da Ouvidoria Geral da Justiça do Distrito
Federal e dos Territórios, que tem como missão tornar a Justiça mais próxima do
cidadão, ouvindo sua opinião acerca dos serviços prestados pelo Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e dos Territórios, colaborando para elevar o nível de excelência das
atividades necessárias à prestação jurisdicional, sugerindo medidas de aprimoramento e
buscando soluções para os problemas apontados.
A organização e o detalhamento das competências da Ouvidoria Geral serão definidos
por ato próprio do Tribunal de Justiça.
DICA 37
DO PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DA JUSTIÇA DO
DISTRITO FEDERAL - PROJUS.
O art. 83 da Lei 11.697/08 cria o Programa de Modernização e Aperfeiçoamento da
Justiça do Distrito Federal – PROJUS com o objetivo de executar os recursos
financeiros arrecadados por esta Corte necessários à modernização e ao
reaparelhamento da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, sem prejuízo da
proposta orçamentária anual.
Os recursos arrecadados compreenderão:

custas, taxas, emolumentos, multas e fianças arrecadados no âmbito da


Justiça do Distrito Federal e dos Territórios de Primeiro e Segundo Graus,
ressalvado o que dispõe a Lei Complementar no 79, de 7 de janeiro de 1994, os
repasses devidos à Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Distrito Federal
(Decreto-Lei no 115, de 25 de janeiro de 1967) e os casos legais de devolução de custas;

auxílios, subvenções, contribuições, doações de entidades privadas e


transferências de instituições públicas, nacionais ou estrangeiras;

inscrição em concursos públicos de ingresso no quadro de pessoal e em provas


seletivas de estagiários;

inscrição para realização de cursos, simpósios, seminários e congressos


promovidos pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios;

venda de assinatura ou volumes avulsos de revistas, boletins ou outras


publicações editadas pelo Tribunal de Justiça;

aluguéis ou permissões de uso de espaços para terceiros onde funcionam


atividades da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios;

produto da alienação de equipamentos, veículos ou outros materiais


permanentes inservíveis ou imprestáveis;

multas aplicadas a fornecedores por descumprimento contratual;

quaisquer outros ingressos que lhe forem destinados por lei, bem como outros
supervenientes.

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Os recursos do PROJUS serão aplicados, preferencialmente, na modernização e


aperfeiçoamento dos serviços judiciários da Primeira Instância.
DICA 38
DA VARA DE EXECUÇÃO DE TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS E DE CONFLITOS
ARBITRAIS.
Trata-se de novidade legislativa acrescida na Lei 11.697/08 pela Lei 13.850/19 e,
portanto, tem grandes chances de ser cobrada no concurso. Por isso, muita atenção nesta
dica!
A Lei 13.850/19 acrescentou o art. 25-A definindo que compete ao juiz da Vara de
Execução de Títulos Extrajudiciais e de Conflitos Arbitrais:
o processamento e o julgamento das execuções de títulos extrajudiciais,
inclusive quando figurar como parte qualquer das pessoas jurídicas referidas no art. 35
da Lei 11.697/08 (Distrito Federal ou entidades de sua administração descentralizada,
inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista de que participe),
ressalvada a competência da Vara de Execução Fiscal do Distrito Federal;
Nota-se, portanto, que a competência da Vara de Execução Fiscal se sobrepõe a da
recém criada Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais e de Conflitos Arbitrais.

o processamento e o julgamento dos embargos do devedor, dos embargos de


terceiro, das cautelares, dos processos incidentes e dos incidentes processuais
relacionados às execuções de títulos extrajudiciais;

o processamento e o julgamento das ações decorrentes da Lei nº 9.307, de 23 de


setembro de 1996 (Lei de Arbitragem), ressalvadas as questões falimentares de
competência da Vara de Falências, Recuperações Judiciais, Insolvência Civil e
Litígios Empresariais do Distrito Federal.
DICA 39
DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA.

A Lei 13.850/19 também alterou sobre a competência da Vara da Fazenda Pública,


passando a prever que compete ao Juiz da Vara da Fazenda Pública processar e
julgar:

os feitos em que o Distrito Federal ou entidades de sua administração


descentralizada, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista de
que participe, forem autores, réus, assistentes, litisconsortes, intervenientes ou
opoentes, excetuados os de falência e acidentes de trabalho;
as ações populares que interessem ao Distrito Federal e às entidades de sua
administração descentralizada;

os mandados de segurança contra atos de autoridade do Governo do Distrito


Federal e de sua administração descentralizada.
Os embargos de terceiros propostos pelo Distrito Federal ou entidades de sua
administração descentralizada serão processados e julgados perante o juízo onde
tiver curso o processo principal.

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DICA 40
DA VARA DE FAMÍLIA.
Compete ao Juiz da Vara de Família:

processar e julgar:

as ações de Estado;
as ações de alimentos;
as ações referentes ao regime de bens e à guarda de filhos;

as ações de petição de herança, quando cumuladas com as de investigação de


paternidade;

as ações decorrentes do art. 226 da Constituição Federal;


conhecer das questões relativas à capacidade e curatela, bem como de tutela,
em casos de ausência ou interdição dos pais, ressalvada a competência das Varas
da Infância e da Juventude e de Órfãos e Sucessões;

praticar os atos de jurisdição voluntária necessários à proteção de incapazes e


à guarda e administração de seus bens, ressalvada a competência das Varas da
Infância e da Juventude, de Órfãos e Sucessões e de Entorpecentes e Contravenções
Penais;
processar justificação judicial relativa a menores que não se encontrem em
situação descrita no art. 98 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Medidas de
Proteção);

declarar a ausência;
autorizar a adoção de maiores de 18 (dezoito) anos.

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PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E OFÍCIOS


JUDICIAIS
DICA 41
DA CONSULTA E DA CARGA DE AUTOS
O estagiário de direito somente estará apto a ter carga dos autos se, munido da carteira
de estagiário ou de declaração que a substitua, emitida pela Ordem dos
Advogados do Brasil – OAB, estiver cadastrado no sistema informatizado do Tribunal e
expressamente autorizado pelo procurador constituído.
A autorização ou o substabelecimento deverá conter declaração do advogado na qual se
responsabilize por todos os atos praticados pelo estagiário.
DICA 42
DA CONSULTA E DA CARGA DE AUTOS
O advogado sem procuração poderá, mediante certificação nos autos, obter cópia de
processos em andamento, desde que acompanhado por servidor, salvo se tramitarem
em segredo de justiça ou sob sigilo.
Por meio de ato próprio, o juízo poderá fixar horário para que partes e terceiros
interessados possam tirar cópia dos autos, devidamente acompanhados por servidor.
DICA 43
DA BAIXA NO SISTEMA INFORMATIZADO E DO ARQUIVAMENTO
Findo o processo de natureza cível, os autos serão remetidos à contadoria judicial para
a elaboração dos cálculos das custas finais, salvo se a parte responsável pelo pagamento
for beneficiária da justiça gratuita.
A parte sucumbente será intimada para pagamento das CUSTAS FINAIS em 5 dias,
independentemente do valor.
Caso as custas finais sejam superiores a R$ 1.000,00 e não tenham sido recolhidas, o
diretor de secretaria enviará ofício à Procuradoria da Fazenda Nacional para fins de
inscrição na DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO.
DICA 44
DAS INSPEÇÕES JUDICIAIS
Os Juízes realizarão, entre os meses de janeiro e junho, INSPEÇÃO ORDINÁRIA
ANUAL, que compreenderá todos os processos em tramitação na vara.
Os prazos processuais não serão suspensos durante a inspeção.
O Juiz poderá realizar INSPEÇÃO EXTRAORDINÁRIA, total ou parcial, a qualquer
tempo e independentemente de prévio aviso, sempre que identificar motivo
ensejador para esse procedimento, atendendo, no que couber, ao disposto nos artigos
anteriores.
DICA 45
DO PLANTÃO JUDICIÁRIO DE PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO
As medidas protocolizadas entre 19h e 12h do dia seguinte, nos dias úteis, sábados,
domingos e feriados, somente serão apreciadas pelo Juiz plantonista caso sejam de
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natureza urgentíssima.
MEMORIZE! Entende-se por medida de natureza urgentíssima aquela em que o
perigo de dano irreparável ou de difícil reparação possa ocorrer no horário indicado
no caput deste artigo.
Caso o magistrado não reconheça que a medida é de natureza urgentíssima, e se esta
abarcar qualquer das hipóteses previstas para o plantão judiciário, deverá determinar, por
escrito, o seu encaminhamento ao plantonista designado para o próximo período ou, se
não incluída nas referidas hipóteses, ao Juiz natural da causa.
DICA 46
DO PLANTÃO JUDICIÁRIO DE PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO
NÃO se admitirá nos períodos de PLANTÃO JUDICIÁRIO:
reiteração de pedido já apreciado no órgão judicial de origem ou em plantão anterior,
nem a sua reconsideração;
pedido de prorrogação de autorização judicial para escuta telefônica, ressalvada a
hipótese excepcional e comprovada de risco iminente e grave à vida ou à integridade física
de pessoas;
pedido de levantamento de importância em dinheiro ou valores;
liberação de bens apreendidos;
recebimento de comunicação de prisões temporárias, preventivas ou outras diversas
das efetuadas em flagrante;
recebimento de quaisquer documentos impertinentes às matérias de competência
do plantão;
apreciação de matérias afetas à Vara de Execução Penal do Distrito Federal e à Vara de
Execução das Penas e Medidas Alternativas do Distrito Federal, salvo a hipótese prevista
no art. 120, da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984.
DICA 47
DOS SERVIDORES SUBORDINADOS À CORREGEDORIA
São DEVERES dos servidores dos ofícios judiciais e dos demais órgãos subordinados à
Corregedoria, sem prejuízo dos demais deveres previstos em lei:
protocolizar os documentos recebidos e registrar o recebimento deles na via devolvida
ao interessado;
por nome e matrícula nos atos que subscrever, a fim de permitir sua identificação;
zelar pela conservação e pela segurança dos autos e dos demais documentos;
manter sigilo sobre atos, diligências e decisões relativas a processos sigilosos ou que
tramitem em segredo de justiça;
informar à Secretaria de Recursos Humanos qualquer alteração em seus assentamentos
funcionais;
comunicar, imediatamente, à Segurança do Tribunal a presença de vendedores,
pessoas embriagadas, armadas ou que se portem de modo inconveniente nas
dependências do fórum;
observar a ordem de chegada para atendimento ao público, priorizando o idoso, a
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gestante e o deficiente físico.


DICA 48
DOS SERVIDORES SUBORDINADOS À CORREGEDORIA

É vedado aos servidores dos ofícios judiciais e dos demais órgãos subordinados à
Corregedoria:

referir-se, por qualquer meio, de forma depreciativa a magistrado, promotor,


advogado ou ao Tribunal;

retirar da serventia autos ou outros documentos de interesse de partes ou


advogados, salvo se em cumprimento de ato de ofício ou de ordem superior;

sonegar informações essenciais ao convencimento da autoridade a que estiver


subordinado, gerando dúvida, ou para ela concorrendo, inclusive em procedimento de
natureza administrativa;

usar ou permitir o uso de materiais ou equipamentos do Tribunal por pessoa estranha


ou para fins alheios ao serviço;

prestar informações ou fazer certificações que não correspondam à verdade sobre


quaisquer processos;

violar sigilo ou segredo de justiça.


DICA 49
DA APURAÇÃO DISCIPLINAR
Compete ao Corregedor supervisionar e exercer o poder disciplinar em relação aos
servidores lotados nos ofícios judiciais por infração praticada no exercício de suas
atribuições.
É considerada conduta funcional irregular aquela que infringir as normas relacionadas
ao exercício das atribuições funcionais, bem como a que ferir os princípios que norteiam a
Administração Pública.
DICA 50
DOS DEPÓSITOS PÚBLICOS
Cabe ao depositário público a guarda e conservação dos bens oriundos dos processos
de natureza cível.

É vedada a guarda de bens imóveis sob a responsabilidade de depositário


público.

Todas as despesas com a remoção de bens para o Depósito Público são de


responsabilidade do INTERESSADO.

Os bens depositados por mais de 6 meses nos depósitos públicos serão alienados em
leilão público coletivo, mediante prévia autorização do juízo.

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PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO


DICA 51
DOS DEPÓSITOS JUDICIAIS E DOS ALVARÁS DE LEVANTAMENTO DE VALORES
As guias para recolhimento dos depósitos judiciais serão emitidas exclusivamente por
meio eletrônico, utilizando-se o sistema informatizado do TJDFT no formato de boleto
bancário.
O recolhimento dos depósitos judiciais será efetuado em instituição bancária oficial, a
qual administrará os valores, nos termos de instrumento próprio firmado com o
Tribunal.
DICA 52
DOS DEPÓSITOS JUDICIAIS E DOS ALVARÁS DE LEVANTAMENTO DE VALORES
Os valores decorrentes de depósitos judiciais serão levantados mediante ALVARÁ
ELETRÔNICO.
O alvará eletrônico conterá a assinatura digital do juiz da causa e será expedido em nome
da parte e/ou do advogado que tenha procuração válida com poderes específicos
para receber e dar quitação.
DICA 53
DAS COMUNICAÇÕS OFICIAIS ENTRE ÓRGÃOS DO TJDFT

Serão transmitidas eletronicamente:


informações que devam ser prestadas ao segundo grau de jurisdição, conforme
determinação do relator;

ofícios;
comunicações;

solicitações;

pedidos e encaminhamento de certidões de objeto e pé, certidões criminais e


certidões de distribuição;

cartas precatórias, nos casos de urgência; mandados de penhora no rosto dos autos.
DICA 54
DA CONTAGEM E DO CONTROLE DOS PRAZOS
SUPER DICA! Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte
ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça Eletrônico.
Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como
data da publicação.
DICA 55
DA CONTAGEM E DO CONTROLE DOS PRAZOS

Será considerada realizada a intimação eletrônica:

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na data em que o ato judicial for publicado no Diário da Justiça Eletrônico, na forma
do artigo 45 deste Provimento
ou, subsidiariamente, na data em que o intimando tiver inequívoca ciência quanto ao
integral conteúdo da decisão em momento anterior à publicação.

Fica dispensada a certificação, nos autos digitais, das publicações dos despachos e
atos decisórios.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 56
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES NO ESTADO - PODER LEGISLATIVO - IMUNIDADES
DOS CONGRESSISTAS
Os membros do Poder Legislativo possuem algumas prerrogativas. Atenção para o fato de
que as prerrogativas estão vinculadas ao cargo e não ao indivíduo que exerce o
cargo.
Tais garantias são irrenunciáveis justamente porque se vinculam ao cargo e não à
pessoa do congressista.
Foro por prerrogativa de função: essa prerrogativa garante ao parlamentar o
julgamento perante órgão específico do Poder Judiciário, e é aplicada para casos de
infrações penais comuns, não se aplica a toda demanda judicial.
Os Deputados Federais e Senadores serão julgados no STF.
Imunidade material: Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente,
por quaisquer de suas opiniões palavras e votos.
Imunidade formal: essa imunidade se refere à prisão e ao processo por crime
praticado pelo parlamentar.
As seguintes prerrogativas (foro por prerrogativa de função, imunidade material e
imunidade formal) começam após a diplomação do parlamentar.
DICA 57
PODER LEGISLATIVO – IMUNIDADE MATERIAL
A imunidade material está relacionada ao conteúdo das manifestações dos
parlamentares.
É importante definir se a manifestação do parlamentar ocorreu dentro ou fora do
Congresso Nacional (entenda-se Câmara dos Deputados e Senado Federal também).
Manifestação fora do Congresso Nacional – só estarão protegidas as declarações se
guardarem conexão com o exercício da função de parlamentar;
Manifestação dentro do Congresso Nacional – a manifestação não precisa guardar
relação com o exercício da função parlamentar.
DICA 58
PODER LEGISLATIVO – IMUNIDADE FORMAL
A imunidade formal relacionada à prisão significa que os parlamentares não poderão ser
presos, salvo em caso de flagrante de crime inafiançável.
TODAVIA, os parlamentares poderão ser presos caso tenha sentença penal
condenatória transitada em julgado. Portanto, o que se veda é a prisão cautelar, exceto o
flagrante de crime inafiançável.
A imunidade formal relacionada ao processo significa que, quando o STF recebe a
denúncia contra o parlamentar, deve dar ciência à Casa que o parlamentar integra, e por
iniciativa do partido político nela representado, e pelo voto da maioria dos membros,
poderá sustar o andamento da ação penal.
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Caso a Casa decida pela sustação da ação penal, também estará suspensa a prescrição
do crime, com o objetivo de não gerar a impunidade.

RESUMINDO

O parlamentar NÃO pode ser preso, salvo em caso de flagrante delito inafiançável; e
o processo por crime cometido após a diplomação pode ser SUSTADO.

DICA 59
IMUNIDADES DOS DEPUTADOS E SENADORES
Os Deputados Federais, Estaduais e Distritais (DF) e os Senadores gozam de
prerrogativa de foro, imunidade material e imunidade formal.
O foro por prerrogativa de função depende do cargo exercido:
Deputados Federais e Senadores – STF
Deputados Estatuais e Distritais – o foro depende do crime praticado e do bem
jurídico atingido, podendo ser o Tribunal de Justiça do Estado ou do Distrito Federal; TRF
ou TRE.
DICA 60
IMUNIDADE DOS VEREADORES
Os vereadores, integrantes do Poder Legislativo municipal, possuem apenas
IMUNIDADE MATERIAL, que é restrita aos limites do município onde exercem a
função (art. 29, VIII, da CF).
Na CF não há indicação de foro por prerrogativa de função. Mas a constituição do estado
podia até o ano de 2019 fixar o foro por prerrogativa de função.
Nesse sentido vale mencionar a Súmula Vinculante n. 25:
“A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa
de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.”
Assim, se um vereador praticar um crime da competência do Tribunal do Júri e
tiver foro por prerrogativa de função estabelecido na Constituição Estadual, deverá ser
julgado no juízo do Tribunal do Júri.
Sintetizando:

IMUNIDADES PARLAMENTARES

Deputados Senadores Deputados Vereadores


Federais Estaduais e
Distritais

Foro por SIM SIM SIM Fixado na


prerrogativa de Constituição
função Estadual

Imunidade material SIM SIM SIM SIM, mas nos


limites do
município

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Imunidade formal SIM SIM SIM NÃO

DICA 61
DO PROCESSO LEGISLATIVO - FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
CONCEITO (Ministro Alexandre de Moraes): “conjunto ordenado de disposições
que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção
de leis e atos normativos que derivam diretamente da própria constituição”.

O processo legislativo compreende a ELABORAÇÃO de:


emendas à Constituição;
leis complementares;
leis ordinárias;
leis delegadas;
medidas provisórias;
decretos legislativos;
resoluções.

ATENÇÃO!

As MEDIDAS PROVISÓRIAS, teoricamente, NÃO deveriam estar elencadas no art.


59 da CF/88, pois, tratam-se de atos do Poder Executivo, uma vez que são criadas
pelo Presidente da República e não pelo processo legislativo.

Lei complementar disporá sobre a:


elaboração,
redação,
alteração e
consolidação das leis.
DICA 62
PODER EXECUTIVO
Função Típica: administrar.

Chefe do Poder Executivo: cumula atribuições de Chefe de Governo e Chefe de


Estado, posto que comanda e administra o país, no âmbito interno, e representa a
República Federativa do Brasil perante a comunidade internacional, respectivamente.

Função atípica: o Chefe do Executivo realiza atribuições de caráter legislativo


ao vetar ou sancionar uma lei, editar medidas provisórias, elaborar leis delegadas
ou iniciar um novo projeto de lei.

DICA 63
PODER JUDICIÁRIO - ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO

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O Poder Judiciário é um dos Poderes da União ao lado do Poder Executivo e Legislativo.


A atividade típica do Poder Judiciário é a jurisdicional, oportunidade em que se substitui
aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do
conflito.
O Poder Judiciário ainda exerce atividade atípicas, tanto executivas-administrativas
(concessão de férias) quanto legislativas (elaboração de regimento interno).

ATENÇÃO!

O Poder Judiciário é constituído apenas na União, nos Estados e no Distrito Federal. Os


municípios não possuem poder judiciário próprio. Mas cuidado, os Municípios
apresentam fóruns e juízes, mas eles são constituídos pelo Estado respectivo, e não
pelo próprio Município.

São órgãos do Poder Judiciário:


Supremo Tribunal Federal – STF;
Conselho Nacional de Justiça – CNJ;
Superior Tribunal de Justiça – STJ;
Tribunal Superior do Trabalho – TST;
Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais – TRF;
Tribunais e Juízes do Trabalho;
Tribunais e Juízes Eleitorais;
Tribunais e Juízes Militares;
Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
DICA 64
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA - MINISTÉRIO PÚBLICO E SUA COMPOSIÇÃO
O Ministério Público é instituição permanente e essencial à função jurisdicional do
Estado.
Ao MP incumbe a defesa:
da ordem jurídica;
do regime democrático;
dos interesses sociais e individuais indisponíveis
Outro aspecto importante é os princípios que regem o Ministério Público, quais sejam, a
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
O Ministério Público é autônomo e independente, não se subordina a nenhum dos três
poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
O Ministério Público abrange:
Ministério Público da União – MPU:
Ministério Público Federal – MPF;
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Ministério Público do Trabalho – MPT;


Ministério Público Militar – MPM;
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT.
Ministério Público dos estados – MPE.
DICA 65
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO
As principais atribuições do Ministério Público são:
Promover, privativamente, a ação penal pública;
Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados nesta Constituição;
Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de
intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na CF.
Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
Exercer o controle externo da atividade policial.

ATENÇÃO!
Poder de investigação do MP
O STF já reconheceu que o MP tem legitimidade para promover investigações de
natureza criminal, segundo a Teoria dos Poderes Implícitos.
O raciocínio estabelecido para justificar o poder de investigação é o seguinte: se o MP
é o titular da ação penal pública, toda a investigação é destinada ao MP para
promover ou não a ação penal pública, ele também poderá realizar a atividade
antecedente que é a investigação.
QUESTÃO FGV, 2019.
De acordo com a Constituição da República de 1988, o Ministério Público é instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da
ordem jurídica e do regime democrático, sendo exemplo de sua função institucional
promover: a representação para fins de intervenção da União e dos Estados,
nos casos previstos na referida Constituição.
Gabarito: Certa.

DICA 66
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Semelhante ao Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público foi
instituído pela EC 45/2004 e atua em prol do cidadão executando a fiscalização
administrativa, financeira e disciplinar do Ministério Público no Brasil e de seus
membros, respeitando a autonomia da instituição.
O CNMP é composto por 14 membros, nomeados pelo Presidente da República, após
aprovação do Senado Federal. Os membros têm mandato de 2 anos, admitida uma
recondução.

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COMPOSIÇÃO DO CNMP

Instituição Indicação Aprovação Nomeação

Procurador-geral da - - -
República –
PRESIDENTE

4 membros do MPU MPF Senado, por Presidente da República.


voto da maioria
MPT absoluta.
MPM
MPDFT

3 membros do MPE

2 juízes 1 – indicado pelo


STF
1 – indicado pelo
STJ

2 advogados Conselho Federal da


OAB

2 cidadãos 1 – indicado pelo


Senado
1 – indicado pela
Câmara

Em resumo, são 8 membros do MP (MPU, MPE e Procurador-geral), 2 juízes, 2


advogados e 2 cidadãos.

ATENÇÃO!

O Corregedor do CNMP será escolhido dentre os membros do Ministério Público que


integram o CNMP, vedada a recondução.

As principais competências do CNMP são:


zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo
expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar
providências;
receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da
União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da
competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos
disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras
sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros
do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;

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DICA 67
ADVOCACIA
São funções essenciais à justiça tanto a advocacia pública, quanto a advocacia
privada.
Advocacia-Geral da União é a instituição que representa a União, judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico do Poder Executivo.
No âmbito dos estados, DF e municípios também existem os advogados públicos que
representam os interesses da unidade da federação e podem ser denominados como
Procurador do Estado. Advogados públicos não se confundem com defensores
públicos.
Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
Ressalta-se que em processo de dívida ativa de natureza tributária, a representação da
União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que é um órgão integrante da
AGU.
A advocacia privada é exercida pelos bacharéis em Direito, após a aprovação no exame da
OAB. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
DICA 68
DEFENSORIA PÚBLICA
A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, tem as funções de orientação jurídica, promoção dos direitos humanos e a
defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de
forma integral e gratuita, aos necessitados.
É vedado aos Defensores Públicos o exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais.
As Defensorias Públicas Estaduais têm autonomia funcional e administrativa e a
iniciativa de sua proposta orçamentária. Essa autonomia é desde a EC 45/2004.
As Defensorias Públicas do DF e da União não possuíam essa autonomia, a qual
somente foi estendida com a EC 74/2013.
São princípios Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.

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DICA 69
CONTROLE E CONSTITUCIONALIDADE - SISTEMAS DE CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE

SISTEMA JUDICIAL

Matriz Americana Matriz Austríaca

Juízes realizam o controle difuso de Órgão específico dotado de


constitucionalidade. O controle era afeto a casos legitimidade para a análise de
concretos, via incidental e seus efeitos são ex adequação.
tunc e inter partes.
Realizam um controle concentrado
de constitucionalidade, realizado de
modo direto pela via principal, com
efeitos erga omnes e ex nunc (não
retroage).

SISTEMA POLÍTICO

Matriz Francesa

Órgão político chamado “Conselho de Constitucionalidade”, composto por 9


membros e os ex-Presidentes da República, com mandato de 9 anos.
Realiza um controle prévio e depende de provocação para atuar.

DICA 70
ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE

Inconstitucionalidade formal: envolve um vício no processo de produção da lei/ato


normativo (vício nomodinâmico).

Formal Orgânica: descumprimento e normas de competência legislativa.

Formal por Descumprimento de Pressupostos Objetivos: violação de pressuposto


expresso, ex.: Medida provisória sem vigência ou relevância.

Formal Propriamente Dita: inobservância das normas do processo legislativo.

Vício formal subjetivo: na fase de iniciativa.

Vício formal objetivo: nas fases constitutiva ou complementar.

Inconstitucionalidade material: o conteúdo da lei ou ato normativo está em


desconformidade com a norma constitucional ou contém um desvio de poder ou excesso
do poder legislativo.

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Aplicação dos princípios da proporcionalidade (adequação + necessidade +


proporcionalidade); princípio da proibição do excesso e princípio da proibição da
proteção insuficiente.
DICA 71
EVOLUÇÃO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL

Constituição de 1824 Não havia nada assemelhado aos modelos


atuais de controle de constitucionalidade.

Influenciado pela matriz americana, a


Constituição Provisória de 1890 introduziu o
controle difuso por via de exceção,
Constituição de 1891 materializando no decreto 848/1890.
A magistratura federal poderia intervir em
espécie e por provocação da parte na guarda
e aplicação da Constituição.

Manteve o controle difuso, mas com algumas


alterações.
- Cláusula de Reserva de Plenário: a
declaração de inconstitucionalidade só
poderia ser feita pela maioria absoluta de
Constituição de 1934 seus membros.
- Atribuiu ao Senado Federal a competência
para suspender execução de leis ou aos
normativos quando declarados
inconstitucionais pelo STF, conferindo efeito
erga omnes a essas decisões.
- Representação Interventiva a cargo do
PGR, em caso de ofensa aos princípios e o
STF declarava a inconstitucionalidade da lei
interventiva.

Constituição de 1937 Houve retrocesso. Após a declaração de


inconstitucionalidade pelo STF, o Presidente
da república tinha a prerrogativa de
submetê-la ao Congresso Nacional,
invocando interesse nacional, para validação
da inconstitucionalidade com aprovação de
dois terços dos membros de cada Casa.

Constituição de 1946 Controle de Constitucionalidade deixa de


sofrer interferência do executivo e
Legislativo, volta a ser difuso.
Restaura a competência do Senado.
EC 16/1965: estabelece o controle
concentrado e abstrato de leis ou atos
normativos federais e estaduais.

Constituição de 1969 Manteve o controle difuso e concentrado via

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ADI Interventiva e ADI genérica.


Permitia o controle de constitucionalidade de
atos normativos municipais diante das
Constituições Estaduais.

Constituição de 1988 Controle difuso continua nos termos clássicos


(reserva de plenário + atuação do Senado
Federal), mas há uma ampliação do controle
concentrado surgindo novas ADIs e o PGR
perde o monopólio da legitimidade de
propositura.
Criação da ADPF e da possibilidade de
declarar inconstitucionalidade de uma norma
por omissão, via mandado de injunção ou
por ADI por omissão.

DICA 72
MOMENTOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

CONTROLE PREVENTIVO: é a exceção no Brasil. Ocorre antes do aperfeiçoamento


da lei ou ato normativo, violando o projeto de lei ou projeto de emenda constitucional.

Legislativo: apreciação de PL e PC pelas Comissão de Conselho e Justiça e pelo


plenário das Casas Legislativas.

Executivo: veto jurídico ao projeto de lei pelo Chefe do Poder executivo.

Judiciário: Impetração de Mandado de Segurança por parlamentar para garantir o


devido processo legislativo constitucional para sanar vício formal.

CONTROLE REPRESSIVO: após a edição da lei ou ato normativo. Via de regra é


realizado pelo Poder Judiciário no ordenamento jurídico brasileiro.

Legislativo: sustação, pelo Congresso Nacional, de lei delegada que exorbitar seus
limites (art. 49, V, CF);

Senado Federal suspender, no todo ou em parte, norma declarada inconstitucional pelo


STF em controle difuso;

Congresso Nacional entender que Medida Provisória seja sem vigência ou relevância.

Executivo: Chefe do executivo deixa de aplicar administrativamente norma por


entender ser inconstitucional e ajuizar ADI.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 73
LEI Nº. 8.429/92 – LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - INTRODUÇÃO
A todos os funcionários públicos impõe-se o dever de atuar de forma ética e com
probidade. Trata-se de exigência compelida pelo princípio da moralidade,
expressamente previsto no caput do artigo 37, da CF/88.
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, à indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Segundo a Lei 8.429/92, serão considerados atos de improbidade administrativa os
seguintes:
Os que importam enriquecimento ilícito;
Os que causam prejuízo ao erário;
Os decorrentes de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou
tributário;
Os que atentam contra os princípios da Administração Pública.
DICA 74
INTRODUÇÃO
Aos funcionários públicos impõe-se o dever de atuar de forma ética e proba. Trata-se
de exigência intimamente ligada ao princípio da moralidade, expressamente previsto no
caput, do artigo 37, da CF/88.
O ato de improbidade administrativa sempre configura uma violação do princípio
da moralidade, entretanto, nem sempre uma violação ao princípio da moralidade
configura ato de improbidade. Assim, a doutrina alerta para não confundir princípio da
moralidade com improbidade.
Portanto, caso o agente deixe de atuar com a probidade exigida, dar-se-á lugar a
improbidade administrativa.
DICA 75
INTRODUÇÃO
Para a doutrinadora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, sempre que se verificar, em
matéria administrativa, que o comportamento da Administração Pública ou do
administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora em consonância com a
lei, ofender a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de
justiça e de equidade, a ideia de honestidade, restará caracterizada a ofensa ao princípio
da moralidade.
Portanto, é plenamente possível que um ato legal (em consonância com a lei) seja
imoral.
Importante, destacar que, o processo judicial de apuração e as sanções por improbidade
administrativa possuem natureza jurídica cível. Portanto, não cai na “pegadinha” das
bancas de que o ato de improbidade administrativa é crime, pois não é!

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DICA 76
LEI Nº. 8.429/92 – LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Quando da prática de ato de improbidade administrativa, é possível a aplicação de
demissão do servidor público em âmbito de processo administrativo disciplinar,
sem prejuízo da ação civil pública por improbidade administrativa.
O processo judicial de apuração e as sanções por improbidade administrativa possuem
natureza jurídica cível.
O veículo jurídico adequado para a apuração dos atos de improbidade administrativa é a
ação civil pública (Lei nº. 7.347/85).
Segundo o inciso VIII, do artigo 1º, regem-se pela Lei n. 7.347/85, as ações de
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados ao patrimônio público e social.
DICA 77
LEI Nº 12.846/2013 (ANTICORRUPÇÃO) – ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Trata-se de uma lei nacional, isto é, feita pela União, mas que possui aplicabilidade em
todas as esferas federativas (União, Estados, Municípios e DF).
Objeto da lei: a responsabilização objetiva (independentemente de comprovação
de dolo ou culpa) das pessoas jurídicas.
A responsabilização objetiva ocorrerá quando as pessoas jurídicas praticarem atos
contra a Administração Pública, seja ela brasileira ou estrangeira.
Bem jurídico protegido pela lei 12.846/13: probidade da Administração Pública, no
sentido de responsabilizar as pessoas jurídicas que se beneficiem da prática de atos ilícitos
em detrimento do Poder Público.
DICA 78
LEI Nº 12.846/2013 (ANTICORRUPÇÃO) – APLICABILIDADE DA LEI 12.846/13

- Sociedades empresárias Independentemente


da forma de
Aplica a lei - Sociedades simples
organização ou
12.846/13 modelo societário
- Sociedades personificadas
ou não adotado

A quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas,


ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou
representação no território brasileiro, constituídas de fato ou
de direito, ainda que temporariamente.

As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos


administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse
ou benefício, exclusivo ou não.
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ATENÇÃO!

A lei 12.846/13 NÃO aplica as pessoas físicas.

DICA 79
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO – CONCEITO
Também chamada de responsabilidade extracontratual.
É a responsabilidade do Estado em indenizar o particular, quando possuir responsabilidade
pela ação de agente que causou um dano ao particular.
TEORIA DO RISCO
A Teoria do Risco Integral é a situação na qual o Estado responde por qualquer
prejuízo causado a terceiros, ainda que não tenha sido o responsável, não podendo
invocar em sua defesa as excludentes de responsabilidade.
A Teoria do Risco Administrativo é aquele na qual o Estado só responde por prejuízos
que tiver ocasionado a terceiros, podendo sua responsabilidade ser afastada nas
hipóteses de aplicação de excludentes de responsabilidade.
DICA 80
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
A responsabilidade civil do Estado é objetiva, conforme prescrito no artigo 37, § 6º da
CF/88.
Pela responsabilidade objetiva, o Estado responderá independentemente de dolo ou
culpa, quando o particular sofrer dano.
A regra é a responsabilidade objetiva, porém, quando o ato for por omissão, a
responsabilidade será subjetiva.
DICA 81
ATOS
Atos comissivos:
Para os atos comissivos (ação) o Estado responderá de acordo com a Responsabilidade
Objetiva, ou seja, independentemente da demonstração de dolo ou culpa.

Atos omissivos:
Entende-se que, quando o Estado é omisso no seu dever de agir, deverá reparar o
prejuízo causado.
Nos casos omissivos a responsabilidade será subjetiva, sendo necessária demonstrar a
omissão (culpa).

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DICA 82
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA – DESAPROPRIAÇÃO -
DIREITO DE PROPRIEDADE

Direito de propriedade: trata-se de um direito historicamente reconhecido como um


direito natural do indivíduo.

Além disso, no Brasil é reconhecido pela CF/88 como um direito fundamental, porém,
devendo atender a sua função social:
Art. 5°, XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;


Do mesmo modo, o Código Civil prevê em seu artigo 1.228 o direito de propriedade,
entretanto, também preconiza a possibilidade de desapropriação:

Art. 1.228 - O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o


direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas
finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de
conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o
equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do
ar e das águas. (...)
§ 3º O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de DESAPROPRIAÇÃO,
por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de
requisição, em caso de perigo público iminente.

DICA 83
CONCEITO DE DESAPROPRIAÇÃO

Para Celso Antônio Bandeira de Mello, a definição de desapropriação é: “como o


procedimento através do qual o Poder Público, fundado em:

Necessidade pública;

Utilidade pública; ou

Interesse social.

Compulsoriamente despeja alguém de um bem certo, normalmente adquirindo-o


para si, em caráter originário, mediante indenização prévia, justa e pagável em
dinheiro,
Salvo no caso de certos imóveis urbanos ou rurais, em que, por estarem em
desacordo com a função social legalmente caracterizada para eles, a indenização far-se-
á em títulos da dívida pública, resgatáveis em parcelas anuais e sucessivas,
preservado seu valor real."

Forma de aquisição originária da propriedade (bem livre e desembaraçado): a


desapropriação, segundo ampla maioria da doutrina, é forma originária de aquisição da
propriedade, o que significa que é, por si mesma, suficiente para instaurar a propriedade
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em favor do Poder Público, independentemente de qualquer vinculação com o título


jurídico do anterior proprietário.
DICA 84
CONCEITO DE DESAPROPRIAÇÃO ESQUEMATIZADO
A Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XXIV, prescreve que:

A lei estabelecerá o procedimento para DESAPROPRIAÇÃO por necessidade ou


utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

Necessidade pública: tem por principal característica uma situação de urgência,


cuja melhor solução será a transferência de bens particulares para o domínio do Poder
Público.

Utilidade pública: se traduz na transferência conveniente da propriedade privada para


a Administração. Não há o caráter imprescindível nessa transferência, pois é apenas
oportuna e vantajosa para o interesse coletivo. O Decreto-lei 3.365/41 prevê no
artigo 5º as hipóteses de necessidade e utilidade pública sem diferenciá-los, o que
somente poderá ser feito segundo o critério da situação de urgência. O bem será
utilizado diretamente pelo Estado.

Interesse social: segundo Hely Lopes "o interesse social ocorre quando as
circunstâncias impõem a distribuição ou o condicionamento da propriedade
para seu melhor aproveitamento, utilização ou produtividade em benefício da
coletividade ou de categorias sociais merecedoras de amparo específico do Poder
Público. Esse interesse social justificativo de desapropriação está indicado na norma
própria (Lei 4.132/62) e em dispositivos esparsos de outros diplomas legais. O que
convém assinalar, desde logo, é que os bens desapropriados por interesse social não se
destinam à Administração ou a seus delegados, mas sim à coletividade ou, mesmo, a
certos beneficiários que a lei credencia para recebê-los e utilizá-los convenientemente".

DICA 85
COMPETÊNCIAS

Para legislar sobre desapropriação: Trata-se de competência privativa da União,


como se vê abaixo no preceito constitucional:

Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre: II - desapropriação;

Para declarar a desapropriação:

Utilidade pública ou o interesse social: a União, os Estados, os Municípios, o


Distrito Federal e os Territórios;

Interesse social para fins de reforma agrária: a competência para a sua


declaração é privativa da União ou por uma de suas entidades da Administração indireta,
nos termos do art. 184, CF/88.

Desapropriação confiscatória: prevista no art. 243 da Carta Magna, é privativa da


União, podendo ser delegada à pessoa jurídica de sua Administração indireta.
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Competência executória: legitimidade para promover efetivamente a


desapropriação, providenciando todas as medidas e exercendo as atividades que
culminarão na transferência da propriedade.
Estabelece o art. 3º do Decreto-Lei nº 3.365/41 que, além da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e das entidades da Administração indireta desses entes
políticos, os delegatários podem propor a ação, desde que estejam expressamente
autorizadas em lei ou contrato.
DICA 86
OBJETO DA DESAPROPRIAÇÃO

Podem ser objeto de desapropriação as coisas passíveis de direito de propriedade, ou


seja, todo bem móvel ou imóvel, público ou privado, corpóreo ou incorpóreo,
incluindo-se aqui até mesmo direitos em geral.

Ex.: desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo.

Desapropriação de Bens Públicos: figura-se possível a desapropriação de bens


públicos, desde que, além de ser precedida de autorização legislativa da pessoa jurídica
Expropriante, seja observada a direção vertical das entidades federativas, isto é, a
União pode desapropriar bens dos Territórios, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, e os Estados podem desapropriar bens do Município, desde que este esteja
situado em sua dimensão territorial, conforme previsto no art. 2º, § 2º, do DL nº
3.365/41.
DICA 87
LICITAÇÕES – PRINCÍPIOS
A lei 14.133/21 trouxe uma gama de novos princípios inexistentes na lei 8.666/93.

Enquanto na antiga lei constam expressamente 12 princípios no Artigo 3º, o novo


diploma legal positiva no Artigo 5º os seguintes princípios:

LEGALIDADE IMPESSOALIDADE MORALIDADE

Publicidade Eficiência Interesse público

Probidade administrativa Igualdade Planejamento

Transparência Eficácia Segregação de funções

Motivação Vinculação ao edital Julgamento objetivo

Segurança jurídica Razoabilidade Competitividade

Proporcionalidade Celeridade Economicidade

Desenvolvimento
Observância da LINDB
nacional sustentável

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DIREITO CIVIL

DICA 88
PROPRIEDADE – ESTRUTURA DO DIREITO DE PROPRIEDADE
Os poderes do proprietário são conferidos no art. 1.228, CC, sendo eles: usar, gozar,
dispor ou reaver a coisa.

Usar Direito de uso, de servir-se das utilidades da coisa.

Gozar Direito de receber os frutos advindos da coisa (ex.: aluguel).

Dispor Transferir o bem a outrem, seja a título oneroso ou gratuito; ou gravá-


lo de ônus real.

Reaver Reivindicar o bem de qualquer pessoa que injustamente o possua ou


detenha. É o direito de sequela, que poderá ser exercido por meio de
demanda judicial (ação reivindicatória).

DICA 89
ATRIBUTOS DO DIREITO DE PROPRIEDADE

Complexo Reúne um conjunto de poderes (usar, gozar, dispor e reivindicar).

Absoluto É oponível erga omnes (contra todos).

Perpétuo Não é extinto pelo decurso do tempo.

Exclusivo Via de regra, a propriedade não pode ser de mais de uma pessoa,
exceção: condomínio.

Elástico A propriedade pode ser contraída ou distendida, sem perder a sua


essência. O proprietário pode a qualquer tempo aumentar ou
diminuir suas prerrogativas.

DICA 90
DIREITO DE FAMÍLIA – CASAMENTO
O que é o casamento? O casamento é a união legal, por meio de ato solene, entre duas
pessoas, com o objetivo de construir uma família.

São impedimentos originários do parentesco consanguinidade, afinidade e adoção.


São impedidos de se casar:

os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;

os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive.

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O adotante e o adotado;

tios e sobrinhos;

pessoas casadas;

o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio


contra o seu consorte;

os afins em linha reta;

Primos não são atingidos pela restrição e podem casar-se.


E quais são os documentos obrigatórios para a habilitação para o casamento?

Certidão de nascimento ou documento equivalente.

Declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e


afirmem não existir impedimento que os iniba de casar.

Autorização das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a
supra.

Declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus


pais, se forem conhecidos.

Certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de


anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
DICA 91
CASAMENTO POR PROCURAÇÃO
O casamento pode ser celebrado mediante procuração, por instrumento público, que
outorgue poderes especiais ao mandatário para receber, em nome do outorgante, o outro
contraente (art. 1.542).

Mas essa procuração tem prazo de validade? Sim, de 90 (noventa) dias.


Ah, e não esqueça: Também deve haver 2 (duas) testemunhas no documento.
DICA 92
DEVERES DOS COMPANHEIROS
O artigo 1724 do CC/02: “As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos
deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos.”
São deveres dos companheiros a fidelidade, o respeito, a assistência e a educação
dos filhos.
IMPORTANTE:
Enunciado 22 do IBDFAM: É possível a utilização da via extrajudicial para o
divórcio e dissolução da união estável, nos termos do artigo 733, do CPC/15 se, havendo
consenso entre as partes, inexistir nascituro e as questões relativas às crianças e
adolescentes e aos filhos não emancipados e curatelados (como guarda, convivência
familiar e alimento) já tiverem definição na via judicial.
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DICA 93
PACTO ANTENUPCIAL
Pacto antenupcial é um contrato do tipo solene e condicional, onde os noivos falarão
sobre o regime de bens que terá vigor depois do matrimônio.

E por qual motivo ele é condicional? Ele é condicional pois só se aperfeiçoa após o
casamento. Isto significa que se o casal fizer um pacto antenupcial, mas depois decidirem
não se casar, este pacto não valerá mais.

Fiz o pacto antenupcial em um instrumento particular. Pode? Não pode, o


artigo 1.653 do Código Civil é muito claro: “É nulo o pacto antenupcial se não for feito por
escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento”.
Enunciado 24 do IBDFAM: Em pacto antenupcial ou contrato de convivência podem
ser celebrados negócios jurídicos processuais.
DICA 94
REGIME DE BENS – SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS
Também é chamado de regime de separação legal dos bens.
Enunciado 634 da VIII Jornada de direito civil: É lícito aos que se enquadrem
no rol de pessoas sujeitas ao regime da separação obrigatória de bens (art. 1.641 do
Código Civil) estipular, por pacto antenupcial ou contrato de convivência, o regime
da separação de bens, a fim de assegurar os efeitos de tal regime e afastar a incidência
da Súmula 377 do STF.

Art. 1.641 do Código Civil diz: “É obrigatório o regime da separação de bens no


casamento:

I — das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da


celebração do casamento;
II — da pessoa maior de setenta anos (redação de acordo com a Lei n. 12.344, de 9-
12-2010);
III — de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial”.
IMPORTANTE: O Enunciado 261 da III Jornada de Direito Civil diz: A obrigatoriedade
do regime da separação de bens não se aplica a pessoa maior de sessenta anos, quando o
casamento for precedido de união estável iniciada antes dessa idade.
DICA 95
ALIMENTOS
Alimentos são prestações para satisfação das necessidades imprescindíveis para a vida do
alimentado.

ALIMENTANDO → QUE RECEBE OS ALIMENTOS


ALIMENTANTE → QUEM PRESTA OS ALIMENTOS

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Seu intuito é ofertar a um parente, filho*, companheiro ou cônjuge o necessário à sua


subsistência, com dignidade.
No caso específico dos alimentos devidos ao filho, o ECA traz uma disposição que você
precisa conhecer:
Art. 22 do ECA: Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir
as determinações judiciais.
É válido o acordo de alimentos celebrado pelos interessados na presença do magistrado e
do Ministério Público, mas sem a participação do advogado do alimentante capaz. (STJ-
lnfo 582)

Posso penhorar os alimentos? JAMAIS! Alimentos são impenhoráveis (CC, art.


1.707)

SUMULA STJ -1

O foro do domicílio ou da residência do alimentando é o competente para a ação de


investigação de paternidade, quando cumulada com a de alimentos.

DICA 96
ALIMENTOS AVOENGOS
Alimentos avoengos são os prestados pelos avós do alimentando.
No caso dos alimentos avoengos, não há obrigação solidária entre avós e genitores
de presta-los
Lembrando que a obrigação dos avós de prestar alimentos é subsidiária e
complementar.

SÚMULA 596 DO STJ

"A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária, somente
se configurando no caso da impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos
pais."

DICA 97
TUTELA
Art. 1.728 CC/02. Os filhos menores são postos em tutela:

com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;

em caso de os pais decaírem do poder familiar.

E de quem é a responsabilidade de nomear o tutor? O Código Civil fala que:

Art. 1.729. O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.

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Parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro


documento autêntico.
E se o pai ou mãe, na época que fez a nomeação do tutor não detinha poder familiar? Aí
é nula a nomeação. Vejamos:

Art. 1.730. É nula a nomeação de tutor pelo pai ou pela mãe que, ao tempo de sua
morte, não tinha o poder familiar.
DICA 98
ESCUSA DE EXERCER A TUTELA

Podem escusar-se (negar-se a exercer) da tutela:

mulheres casadas;

maiores de sessenta anos;

aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;

os impossibilitados por enfermidade;

aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela;

aqueles que já exercerem tutela ou curatela;

militares em serviço.
DICA 99
CURATELA
Conforme artigo 1.775-A Código Civil: “Na nomeação de curador para a pessoa com
deficiência, o juiz poderá estabelecer curatela compartilhada a mais de uma pessoa.”
Falando em curatela, veja que interessante este posicionamento do STJ:
O rol de legitimados para requerer o levantamento de curatela (previsto no artigo 756,
parágrafo 1º do CPC) NÃO É TAXATIVO. STJ.RECURSO ESPECIAL Nº 1.735.668 - MT
(2018/0086544-0)- Relatora: Ministra Nancy Andrighi
OK, MAS QUAL A DIFERENÇA ENTRE TUTELA E CURATELA? PRIMEIRO, IDADE.
O TUTELADO É MENOR, QUANTO QUE O CURATELADO É MAIOR.
IMPORTANTÍSSIMO: não devem casar “o tutor ou o curador e os seus
descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou
curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as
respectivas contas.
DICA 100
TOMADA DE DECISÃO APOIADA
No caso da tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência conserva o seu
status de plenamente capaz (ela tem capacidade civil plena).

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TOMADA DE DECISÃO APOIADA CURATELA


(ART. 1783 A, CC/02) (ART.1767 AO 1783 CC/02)

A pessoa com deficiência elege pelo A curatela de pessoa com deficiência é uma
menos 2 pessoas idôneas, com as quais medida extraordinária, devendo durar
mantenha vínculos e que gozem de sua apenas o tempo necessário da condição,
confiança, para prestar-lhe apoio na onde será nomeado um curador. Hoje em
tomada de decisão sobre atos da vida dia existe também a curatela
civil. compartilhada.

DICA 101
DIREITO DAS SUCESSÕES - PRINCÍPIO DA SAISINE
É o princípio mais basilar do direito sucessório, onde se transmite ao sucessor a
propriedade e a posse da herança em questão.
Art. 1.784 do CC/02: “Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários.”

SÚMULA 112 DO STF:

“O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da


abertura da sucessão”.

DICA 102
SUCESSÃO CONTRATUAL
É proibida a sucessão contratual em nossa legislação. Isto quer basicamente dizer que
não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva, pois isto geraria uma
expectativa pela morte desta pessoa (pacta corvina).
Art. 426 do CC/02: Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
DICA 103
COMORIÊNCIA
O art. 8º do Código Civil diz: “Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião,
não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos”.
Imagine uma situação de um acidente de avião, aonde o esposo e a esposa falecem na
mesma hora. São considerados comorientes, ou seja, morreram de forma simultânea.
É obrigatório que a morte tenha ocorrido no mesmo lugar? Não. Imagine o exemplo
que um marido morre em certo horário no Brasil e sua esposa também morre no mesmo
horário (segundo o fuso horário) nos EUA. Serão mesmo assim comorientes.
Não há transferência de bens e direitos entre comorientes.
Enunciado 610 da VII Jornada de Direito Civil: “Nos casos de comoriência entre
ascendente e descendente, ou entre irmãos, reconhece-se o direito de representação aos
descendentes e aos filhos dos irmãos. “
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DICA 104
MEAÇÃO E HERANÇA
Existe diferença entre os dois institutos? Sim.
O meeiro é o cônjuge ou convivente sobrevivente que tem direito à metade do patrimônio
do casal, de acordo com o regime de casamento.
Vale lembrar:

MEEIRO
METADE

Já os herdeiros são os que tem uma titularidade de direito à uma herança, podendo estar
herdando percentuais diferentes do que há na meação.
DICA 105
CODICILO
Codicilo é ato de última vontade, com o objetivo de destinar objetos de pequeno valor,
como por exemplo roupas, sapatos entre outros. Não exige as mesmas formalidades do
testamento.
DICA 106
AUTOR DA HERANÇA OU DE CUJUS
O termo “De cujus” é usado para definir a pessoa falecida, ou seja, trata-se daquele que
deixou a herança (bens a serem inventariados).
É também chamado de inventariado, uma vez que é o “autor” da herança a se realizar o
inventario (processo que reunirá todos os bens do falecido).
DICA 107
ALIMENTOS GRAVÍDICOS
A lei que regula os alimentos gravídicos é a Lei n. 11.804/08.
Na prática, o objetivo dos alimentos gravídicos é o de garantir a subsistência da
gestante, onde os alimentos serão prestados (pagos) pelo provável pai do bebê. As
provas da provável paternidade podem ser conversas de WhatsApp, fotos, cartas,
mensagens de SMS entre outras.
Enunciado 522 da V Jornada de Direito Civil: “Cabe prisão civil do devedor nos
alimentos gravídicos estabelecidos com base na Lei n. 11.804/2008, inclusive deferidos
em qualquer caso de tutela de urgência”.
MUITO IMPORTANTE: O juiz do caso não poderá determinar a realização de exame
de DNA, por intermédio da coleta de líquido amniótico intrauterino, para evitar atrasos no
feito e principalmente, para não pôr em risco a vida do bebê.
Uma das finalidades do codicilo é reabilitar o indigno, conforme normatiza o art. 1.818 do
CC/02.
Também serve para reconhecer filho havido fora do casamento.
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PROCESSO CIVIL
DICA 108
DO PROCEDIMENTO COMUM – DO PEDIDO
O pedido deve ser certo.

Compreendem-se no (pedido) principal:

os juros legais,

a correção monetária e

as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.


A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio
da boa-fé.
A intenção do legislador com a imposição da precisão do pedido é EVITAR que partes
requeiram algo ampliativo ou extensivo.
Ressalta-se, que, ao prever a observância do princípio da boa-fé na interpretação do
pedido pelo magistrado, o legislador se preocupa com a ética processual em que se busca
NÃO apenas o pedido em si, mas se analisa o sentido desse pedido, quando NÃO expresso
de maneira satisfatória, devendo-se buscar sempre a solução mais justa.
Portanto, o pedido NÃO poderá ser interpretado, exclusivamente, de maneira literal, mas
através de uma interpretação sistêmica, ou seja, analisando-se de maneira mais ampla
frente a todo o processo.

Múltiplas interpretações do pedido: Se o pedido comporta mais de uma


interpretação, deve-se recorrer a causa petendi (causa de pedir) para a respectiva
compreensão.
DICA 109
DO PEDIDO
O pedido deve ser determinado.

É lícito (permitido), porém, formular pedido genérico:

nas ações universais, se o autor NÃO puder individuar os bens demandados;

quando NÃO for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do


fato;

quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que


deva ser praticado pelo réu.

ATENÇÃO!

O mesmo aplica-se à reconvenção.

Entende-se por determinado a estipulação dos limites da pretensão, ou seja, a parte que
realizar o pedido deverá fazê-lo da maneira mais clara e precisa. A parte autora do pedido

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deverá ter em mente exatamente o que pretende que seja pronunciado pela sentença e,
baseada nisso, realizar o pedido.

Objeto imediato do pedido: de forma alguma poderá ser realizado de maneira


genérica, deverá sempre ser específico/determinado. Por exemplo: uma condenação, uma
constituição, uma declaração, uma execução, uma medida cautelar.

Objeto mediato do pedido: trata-se da utilidade prática visada pelo autor do pedido,
este, como citado acima poderá ser genérico, desde que se enquadre nas especificações
supracitadas. Porém NÃO há de se falar em generalidade total ou absoluta, dentro dessa
indeterminação o pedido deverá ser sempre certo e determinado.
Por exemplo, NÃO é legítimo pleitear a condenação a qualquer prestação, sendo
permitido, porém, o pedido pela entrega de certa coisa indicada apenas pelo gênero ou
algum pagamento cujo valor ainda NÃO está apurado.
DICA 110
DO PEDIDO
Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas,
essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração
expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o
devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
O principal exemplo deste caso é o contrato de aluguel. Nele a obrigação, usualmente,
consiste em diversas prestações periódicas (aluguéis mensais), o mesmo ocorre com os
juros ou outros encargos que estejam previstos em obrigação de maneira a se prolongar
no tempo.

Pedidos implícitos: se a causa versa, por exemplo, sobre ressarcimento de alguma


obrigação de pagamento recorrente que NÃO estiver sendo cumprida, é patente a
existência de parcelas, com periodicidade anual, a vencerem após o ajuizamento da ação
e, por isso mesmo, implícitas no pedido inicial, devem ser incluídas na condenação, nos
termos do art. 290 do CPC

ATENÇÃO!

A banca poderá adotar o termo doutrinário: obrigação de trato sucessivo.

Segundo o professor Carlos Roberto Gonçalves “é a que se prolonga no tempo, sem


solução de continuidade ou mediante prestações periódicas ou reiteradas. No último
caso, tem-se uma obrigação de trato sucessivo, que é aquela cuja prestação se renova
em prestações singulares e sucessivas, em períodos consecutivos, como sucede na
compra e venda a prazo, no pagamento mensal do aluguel pelo locatário, etc”.
DICA 111
DO PEDIDO
O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder
cumprir a prestação de mais de um modo.

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Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o
direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor NÃO tenha
formulado pedido alternativo.
Pedido alternativo é aquele que possibilita prestações disjuntivas: ou uma prestação ou
outra. A alternatividade refere-se ao pedido mediato, ou seja, ao bem jurídico que o autor
pretende extrair da prestação jurisdicional.

Pedidos alternativos x obrigações alternativas: é entendimento pacífico na


doutrina que o artigo que trata da possibilidade de pedidos alternativos aplica-se a
obrigações alternativas, as quais têm ‘por objeto uma pluralidade de bens reciprocamente
heterogêneos e acidentalmente reunidos pelo contrato’.
DICA 112
DO PEDIDO
É lícito (permitido) formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o
juiz conheça do posterior, quando NÃO acolher o anterior.
É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um
deles.
Enquanto a alternatividade se acena somente à prestação que é objeto do pedido
mediato, no episódio de pedidos subsidiários a substituição pode também se referir ao
pedido imediato, ou seja, à própria tutela jurisdicional. Portanto, o autor do pedido
poderá, por exemplo, pedir a rescisão do contrato com perdas e danos ou, se NÃO
configurada razão para tanto, a condenação do réu a pagar a prestação vencida.
Tratando-se de litígios matrimoniais poderá ser realizado o pedido alternativo mediante
formulação de pretensão que vise a anulação do casamento, ou, NÃO sendo possível, que
seja decidido pela decretação do divórcio.
Os pedidos subsidiários podem, inclusive, ser alternativos, conforme supracitado,
para que fique a critério do magistrado decidir sobre um deles.
Pedido sucessivo no recurso de apelação: como visto, é permitida a formulação de
pedidos sucessivos, inclusive na apelação, ou seja, no recurso utilizado quando o réu for
vencido em 1° grau. Se o Tribunal, por maioria, dá provimento (aceita) à apelação e
reforma a sentença (do 1° grau) para julgar improcedente o pedido indenizatório, o réu
(que apresentou a apelação) NÃO terá mais interesse no exame do 2° pedido, sucessivo,
de redução proporcional da indenização, pois a indenização em si já foi julgada
improcedente. Porém, caso o autor apresente embargos infringentes e estes sejam
acolhidos (aceitos) pelo Tribunal, o interesse no exame do pedido sucessivo ressurge, haja
vista que estar-se-á reestabelecendo a sentença que declarou inteiramente procedente o
pedido indenizatório. Então, perceba, que nesse 2° caso o pedido sucessivo, antes
desconsiderado, voltará a ser considerado.
DICA 113
DA CONTESTAÇÃO E SEU TERMO INICIAL
Contestação é a defesa do réu no procedimento comum, deve ser feita por petição escrita
e oferecida no prazo de 15 dias ÚTEIS.

Quanto ao prazo, o termo inicial será a data:

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da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação,


quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
Caso ocorra mais de uma sessão, será contado da última delas – se houve audiência,
independente do comparecimento ou não das partes.

do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação


apresentado pelo réu;
Nesse caso, ambas as partes manifestam desinteresse pela realização da audiência,
hipótese em que ela é cancelada.
LEMBRE-SE: Em caso de litisconsórcio passivo com manifestação deles em datas
distintas, o prazo será contado individualmente.

Hipótese em que não se admite a realização de audiência (direitos que não


admitem autocomposição – réu já é citado para contestar): a contagem é realizada de
acordo com os prazos do art. 231 do CPC.
Quando há desistência em relação a réu não citado, não se contará o prazo da última
citação, mas sim da intimação acerca da homologação da desistência.
OBS.: Oposição de embargos de declaração não interrompe o prazo para contestar.
DICA 114
ESPÉCIES DE DEFESA QUE PODEM SER APRESENTADAS PELO RÉU EM
CONTESTAÇÃO

Existem algumas espécies de defesa que podem ser trazidas pelo réu na
CONTESTAÇÃO:

DEFESAS PRÉVIAS: antes do debate acerca do mérito;


Preliminares: questões processuais.
Prejudiciais: réu contesta o fundamento jurídico do pedido do autor.
Ex.: Em determinada ação de alimentos o réu nega a relação de paternidade.
Apesar de não dizer respeito ao mérito, o juiz tem que, necessariamente, passar por
isso antes de decidir o mérito.

DEFESAS DE MÉRITO: dizem respeito ao objeto da questão discutida:


Defesa de mérito direita:
réu nega os fatos;
réu reconhece os fatos, mas nega a consequência jurídica buscada pelo autor.
Ex.: autor requer indenização por danos morais, o réu concorda com os fatos, mas
explicita que não são passíveis de gerar dano, configurando mero aborrecimento.
Defesa de mérito indireta: réu traz novo fato modificativo, impeditivo ou
extintivo do direito do autor.
Ex.: autor aviou uma ação de cobrança, em sua defesa, porém, o réu alega o
pagamento (novo fato extintivo).

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DICA 115
DO PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE

Segundo o qual, cabe ao réu alegar a totalidade da matéria de defesa, ainda que
possa parecer contradição.

Esse ônus é tido como ônus da eventualidade ou princípio da concentração.


Nesse sentido, prevê o art. 336 do CPC que: “incumbe ao réu alegar, na contestação, toda
a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do
autor e especificando as provas que pretende produzir.
Apesar da regra da concentração, após a contestação ainda é lícito ao réu alegar
determinadas matérias em sua defesa, conforme previsão do art. 342:
Fato ou direito superveniente.
Matéria conhecível de ofício;
Quando houver autorização legal para tanto.
OBS.: Porém, não se deve confundir a possibilidade de trazer novas alegações (art.
342 do CPC), com possibilidade de “complementação da contestação”. Não é possível a
complementação devido a preclusão consumativa.
DICA 116
DO ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA

Conforme previsão do art. 341 do CPC, incumbe também ao réu manifestar-se


precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se
verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
não for admissível, a seu respeito, a confissão;
a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da
substância do ato;
estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
ATENTE-SE! O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor
público, ao advogado dativo e ao curador especial.
DICA 117
DAS PROVAS
As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente
legítimos, ainda que NÃO especificados no CPC/15, para provar a verdade dos fatos
em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
Caberá ao juiz, de ofício (por livre iniciativa) ou a requerimento da parte, determinar as
provas necessárias ao julgamento do mérito.
O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente
protelatórias (para atrasar o processo).
O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver
promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
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O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o


valor que considerar adequado, observado o contraditório.

O ÔNUS DA PROVA incumbe:

Ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

Ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito


do autor.

Elementos da prova judiciária:

Objetivos: os fatos deduzidos pelas partes em juízo;

Finalidade: a formação da convicção em torno dos mesmos fatos;

Destinatário: o juiz.
DICA 118
DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA
Conforme o CPC/15 são 10 (dez) os casos em que o juiz NÃO resolverá o mérito
quando ocorrerem:

Indeferir a petição inicial;

O processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;

Por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a
causa por mais de 30 (trinta) dias;

Verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e


regular do processo;

Reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;

Verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;

Acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo


arbitral reconhecer sua competência;

Homologar a desistência da ação;

Em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição


legal;

Nos demais casos prescritos no CPC/15.


Nas hipóteses descritas nos itens 1 e 2, a parte será intimada pessoalmente para
suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
No caso acima, quanto ao item 2, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e,
quanto ao item 3, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos
honorários de advogado.
O juiz conhecerá de ofício (sem provocação) da matéria constante dos itens 4, 5, 6 e 9,
em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.

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Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir


da ação. A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor
depende de requerimento do réu.
Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os itens acima, o juiz terá 5
(cinco) dias para retratar-se.
O CPC/15 observa o preconizado pelo art. 5º, XXXVI, da CF/88 onde afirma que “a lei não
prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”.
Embora a relação processual tenha como desígnio final a composição ou solução da lide
em certos casos o este objetivo poderá ser impedido, causando o término definitivo desta
relação, provocando a dissolução do processo, sem que a lide tivesse sido solucionada.
Trata-se, como demonstrado da extinção do processo SEM resolução de mérito.
DICA 119
COISA JULGADA
Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a
decisão de mérito NÃO mais sujeita a recurso.

NÃO FAZEM coisa julgada:

Os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da


sentença;

A verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença.


A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, NÃO prejudicando
terceiros.

ATENÇÃO!

Segundo previsão literal do texto legal e entendimento doutrinário majoritário, a coisa


julgada ocorre sobre toda e qualquer decisão que resolva, no todo ou em parte,
o mérito da causa, NÃO sendo exclusiva da sentença.

Contudo, há o entendimento abaixo do Superior Tribunal de Justiça que preconiza (1) a


necessidade da extinção do processo e (2) a resolução de todas as questões de
mérito como consequências da coisa julgada material.
Deste modo, é importante interpretar da questão qual dos dois entendimentos a banca
está querendo, de tal sorte, que, havendo os dois posicionamentos dentre as alternativas
de resposta, sem especificidade da origem da posição, restará a questão passível de
anulação. Contudo a orientação é de que, sendo possível, sempre seguir a literalidade da
lei.
DICA 120
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA
O cumprimento da sentença será feito segundo as regras do Título II do CPC/15 (DO
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA), observando-se, no que couber e conforme a natureza

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da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial (DO PROCESSO DE EXECUÇÃO) do


próprio CPC/15.
O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou
definitivo, far-se-á a requerimento do exequente.

O devedor será intimado para cumprir a sentença:

Pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;

Por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública
ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do item 4
abaixo;

Por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246, não tiver procurador
constituído nos autos;

Por edital, quando, citado na forma do art. 256 do CPC, tiver sido revel na fase de
conhecimento.
Na hipótese dos itens 2 e 3 acima, considera-se realizada a intimação quando o
devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o
disposto no parágrafo único do art. 274 do CPC/15
Se o REQUERIMENTO citado acima for formulado após 1 (um) ano do trânsito em
julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de
carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos,
observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no parágrafo acima.
O cumprimento da sentença NÃO poderá ser promovido em face do fiador, do
coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de
conhecimento.
DICA 121
CUMPRIMENTO DA SENTENÇA
O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou
definitivo, far-se-á a requerimento do exequente.
O devedor será intimado para cumprir a sentença:

Pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;

Por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública
ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do item 4
abaixo;

Por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246, não tiver procurador
constituído nos autos.

Por edital, quando, citado na forma do art. 256 do CPC, tiver sido revel na fase de
conhecimento.

Na hipótese dos itens 1 e 2 acima, considera-se realizada a intimação quando o


devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o
disposto no parágrafo único do art. 274:

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(art. 274) Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos


autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação
temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os
prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no
primitivo endereço.
O cumprimento da sentença NÃO poderá ser promovido em face do fiador, do
coobrigado ou do corresponsável que NÃO tiver participado da fase de
conhecimento.

ATENÇÃO!

Em observância ao princípio do dispositivo, NÃO se faz necessário o ajuizamento de


nova ação para satisfazer o crédito reconhecido na fase de conhecimento, como
descrito acima basta o requerimento da parte para o início da fase executiva.

DICA 122
DOS RECURSOS

Conforme o Código de Processo Civil são cabíveis os 09 (nove) RECURSOS:

Apelação;

Agravo de instrumento;

Agravo interno;

Embargos de declaração;

Recurso ordinário;

Recurso especial;

Recurso extraordinário;

Agravo em recurso especial ou extraordinário;

Embargos de divergência.

ATENÇÃO!

Rol taxativo: o rol dos recursos é ‘numerus clausus’, entendendo-se como recurso
somente aquele previsto em lei, NÃO se criando por interpretação analógica ou
extensiva.

Princípio da Fungibilidade Recursal: só é aplicável quando houver:

Dúvida objetiva quanto ao recurso cabível na espécie,

Inexistência de erro grosseiro e

Observância do prazo do recurso adequado.

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Embargos infringentes: tais recursos, antes previstos no CPC/73 (arts. 496, III, e
530) foram suprimidos pelo Novo Código de Processo Civil. Contudo, apesar do recurso ter
sido suprimido, o aperfeiçoamento das decisões colegiadas tomadas por escassa maioria
de votos passou a ser alcançável por meio de simples prosseguimento do julgamento da
apelação, com a inclusão de outros julgadores convocados, a fim de conseguir maioria
mais ampla no resultado final do acórdão (NCPC, art. 942).
DICA 123
DOS RECURSOS
Regra: Os recursos NÃO impedem a eficácia da decisão.
Exceção: SALVO, disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se, da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível
reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
O CPC/73 tratava o feito suspensivo como regra geral, entretanto, com o advento do
CPC/15 ele passou a ser tratado como exceção, sendo previsto apenas para o caso de
apelação, conforme o art. 1.012 do Código.
Deste modo, apenas em casos raros a decisão poderá ser suspensa, conforme
supracitado. Contudo, em relação a apelação prevalecerá como regra a aplicação do efeito
suspensivo do recurso, sendo excepcionais os casos em que ocorre apenas o efeito
devolutivo (art. 1.012).
DICA 124
DOS RECURSOS

O recurso pode ser interposto:

Pela parte vencida,

Pelo terceiro prejudicado; e

Pelo ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.


Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica
submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa
discutir em juízo como substituto processual.

Legitimidade do Ministério Público: o MP possui legitimidade para recorrer quando


tratar-se de interesses sociais e individuais indisponíveis, conforme previsão no artigo
127, da Constituição Federal.

ATENÇÃO!

O recurso do terceiro prejudicado é uma forma de assistência à parte vencida, pois não
pode ele introduzir questões novas, estranhas à contestação da lide.

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DICA 125
PROCESSO DE EXECUÇÃO
A entrega de coisa incerta é compreendida como aquela determinável ao tempo do
adimplemento pelo gênero e pela quantidade.
Quando a execução recair sobre coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, o
executado será citado para entregá-la individualizada, se lhe couber a escolha.
Obrigação de fazer é aquela em que o devedor se comprometeu a prestar um ato positivo,
por exemplo, construir um muro, escrever um livro. Obrigação de não fazer é aquela em
que o devedor assume o compromisso de se abster de praticar determinado ato, como
não construir edifício com mais de três andares, não impedir a passagem do vizinho.
Na execução de obrigação de fazer ou de não fazer fundada em título extrajudicial, ao
despachar a inicial, o juiz fixará multa por período de atraso no cumprimento da obrigação
e a data a partir da qual será devida.
Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o executado será citado para
satisfazê-la no prazo que o juiz lhe designar, se outro não estiver determinado no título
executivo;
DICA 126
PROCESSO DE EXECUÇÃO
Se o executado NÃO satisfizer a obrigação no prazo designado, é lícito ao exequente, nos
próprios autos do processo, requerer a satisfação da obrigação à custa do executado ou
perdas e danos, hipótese em que se converterá em indenização.
Realizada a prestação, o juiz ouvirá as partes no prazo de 10 dias e, não havendo
impugnação, considerará satisfeita a obrigação, ou seja, se a parte executada cumprir
com a obrigação de fazer, ambos serão intimados a se manifestarem para apresentar
eventuais impugnações no prazo de 10 dias. Sem qualquer irresignação, os autos serão
extintos com a declaração de cumprimento.
Se o executado praticou ato a cuja abstenção estava obrigado por lei ou por contrato, o
exequente requererá ao juiz que assine prazo ao executado para desfazê-lo.
A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado,
ressalvadas as execuções especiais;
Expropriação é um conjunto de técnicas processuais que visa a retirar do patrimônio do
executado valores que sirvam para satisfação do exequente. Consiste na adjudicação (arts.
825, I, 876 e 877, CPC), na alienação por iniciativa particular ou em leilão público (arts.
825, II, e 879, CPC) ou na apropriação de frutos e rendimentos (art. 825, III e 866-869,
CPC).
DICA 127
PROCESSO DE EXECUÇÃO
A penhora deverá cobrir bens que bastem para o pagamento do principal atualizado, dos
juros, das custas e dos honorários advocatícios.
Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis.

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Inalienabilidade é característica de bens que não podem ser vendidos por determinação
de lei, ou gravados por cláusula, que não possam ser vendidos ou gravados com ônus reais.
Após a apreensão e documentação da penhora, temos o depósito. Conforme o Art. 839
considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens,
lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia.
O depósito envolve a escolha de uma pessoa a quem será confiada a guarda do bem
durante o processo de execução. Esse depositário deverá guardar e zelar pela conservação
do bem.
A avaliação tem por finalidade determinar o valor do bem. Com a determinação do valor
do bem apreendido, é possível saber se aquele valor é, ou não, suficiente para cobrir a
dívida do executado. É a partir da avaliação que podemos determinar a necessidade de
reforço ou de redução da penhora.
A avaliação será feita pelo oficial de justiça e se forem necessários conhecimentos
especializados e o valor da execução o comportar, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe
prazo não superior a 10 dias para entrega do laudo.

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DIREITO PENAL

DICA 128
CONCUSSÃO

EXIGIR + EM RAZÃO FUNÇÃO (fora ou antes) + VANTAGEM INDEVIDA

→ Não precisa haver ameaça específica, basta o temor genérico da função;


→ Pode ocorrer durante licença, férias ou antes da posse;
→ Se aplicar violência ou grave ameaça, praticará o crime de extorsão;
→ Se apenas solicitar será corrupção passiva.
DICA 129
CORRUPÇÃO PASSIVA

SOLICITAR, RECEBER ou ACEITAR PROMESSA + em RAZÃO DA FUNÇÃO (antes


ou fora) + VANTAGEM INDEVIDA

O crime se consuma simplesmente com o ato de solicitar, receber ou aceitar a promessa,


mas se em razão disso o funcionário público não praticar o ato legal ou demorar
para praticá-lo, haverá causa de aumento;
Na corrupção passiva o agente não pode exigir, mas simplesmente solicitar, receber ou
aceitar;

CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA:

Pratica, Deixa de Praticar ou Retarda + Pedido ou Influência de Outrem.

Difere da concussão pois aqui não há exigência, há pedido, solicitação de vantagem


indevida.

Solicitar, receber ou aceitar promessa.

O vereador que solicita dinheiro para ser aprovada emenda parlamentar pratica o
crime.

É crime unilateral, pois a existência de corrupção passiva não exige a de corrupção


ativa.

Se o funcionário realmente deixar de praticar o ato ou o retardar incidirá causa de


aumento de pena.

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DICA 130
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA

Consiste em:

Deixar de responsabilizar o subordinado ou de comunicar ao chefe responsável,


quando não o for;

Prática de infração por outro funcionário, seja administrativa ou penal, mas que
tenha sido cometida em razão da função;

Movido por sentimento de indulgência: clemência, tolerância, vontade de perdoar;


CUIDADO para não confundir a prevaricação com a corrupção passiva
privilegiada e a condescendência criminosa:

Corrupção Passiva Privilegiada Pedido ou Influência

Prevaricação Interesse ou Sentimento Pessoal

Condescendência Criminosa Indulgência

DICA 131
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

A conduta típica é patrocinar o agente, direta ou indiretamente, ainda que não no


exercício do cargo, emprego ou função, mas valendo-se da sua qualidade de funcionário,
interesse privado perante a Administração Pública;

Advogar é defender, pleitear, advogar junto a companheiros ou superiores hierárquicos


o interesse particular de terceiro;

Para que ocorra o crime não basta que o agente seja funcionário público, pois é
necessário e indispensável que pratique a ação aproveitando-se das facilidades que a
qualidade de funcionário proporciona.
CUIDADO: não existe a infração quando o funcionário pleiteia interesse próprio.

Embora o crime se chame advocacia administrativa, o agente não precisa ser


advogado ou estar inscrito na OAB;
IMPORTANTE: haverá o crime se o interesse for legítimo ou ilegítimo, ou seja, ainda
que o interesse do terceiro defendido pelo funcionário público seja devido, pode o crime
ocorrer;

A diferença é que se o interesse for ilegítimo, a pena será maior;


Nos dois casos, a pena será de detenção, mas no primeiro, de 1 a 3 meses, e no
segundo, de 3 meses a um ano.

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DICA 132
RESISTÊNCIA

O crime de resistência exige:

Violência ou grave ameaça ao Funcionário Público;

Se a violência for contra coisa, como chutar uma viatura, poderá haver o crime de
dano;

A oposição deve ser à ato legal:

Se houver violência, poderá haver concurso material entre resistência e lesão


corporal, por exemplo;

O crime é chamado de desobediência belicosa;

DICA 133
DESOBEDIÊNCIA

O crime de desobediência se diferencia do crime de resistência, pois aqui há uma forma


passiva, pois não há violência ou grave ameaça;

Só admite a forma DOLOSA!

RESISTÊNCIA DESOBEDIÊNCIA

opor-se à execução de ato legal desobedecer à ordem

violência ou ameaça pacificamente

figura qualificada: se o ato não e realizar

DICA 134
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA X COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE
CONTRAVENÇÃO

Na denunciação caluniosa, exige-se que a imputação faça referência à pessoa


determinada.

Na comunicação falsa, o agente limita-se a narrar à autoridade infração inexistente,


sem contudo, identificar se autor.

Denunciação Caluniosa

Comunicação Falsa de crime ou contravenção: crime inexistente.

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COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU


DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
CONTRAVENÇÃO

Dar causa à investigação, processo, PAD


Comunicar à autoridade fato inexistente.
e ação de improbidade.

Prática de crime. Crime ou contravenção.

Indicação do autor. Sem indicação de autoria.

DICA 135
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - ASPECTOS GERAIS DA LEI
13.869/2019
Finalidade:
Modernizar a prevenção e repressão aos comportamentos abusivos praticados por
agentes públicos.
Bem jurídico:
Valor fundamental que a norma procurou proteger (bem jurídico):
Regular funcionamento da administração pública;
Direitos fundamentais da pessoa humana.
DICA 136
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) – SUJEITO ATIVO E PASSIVO
Sujeito ativo:
Crime próprio: deve ser praticado por agente público, servidor ou não, que, no
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha
sido atribuído.

ATENÇÃO!

Agente público é todo aquele que exerce cargo, emprego, função, mandato na ADM
direta ou indireta de qualquer dos poderes dos entes federados ou territórios, ainda que
de forma transitória ou sem remuneração, por qualquer forma de investidura ou
vínculo.

Fique atento!
O abuso de autoridade poderá ocorrer no exercício da função ou a pretexto de
exercê-la.
O particular pode responder por abuso de autoridade?
Como regra, não pode cometer o crime de abuso de autoridade, pois não é agente
público. No entanto, excepcionalmente, se o particular atuar em concurso de pessoas
(coautoria ou participação) com o agente público, desde que ele saiba da condição de
agente público, poderá responder por abuso de autoridade.
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Sujeito passivo:
Estado;
Pessoa física ou jurídica vítima do abuso.

QUESTÃO, 2021.
Em caso de membro do Poder Legislativo eleito para mandato legislativo praticar
conduta descrita em lei como abuso de autoridade,
a) a conduta do sujeito não poderá ser enquadrada na Lei de Abuso de Autoridade,
porquanto esta alcança apenas o servidor público.
b) o sujeito poderá ser enquadrado na Lei de Abuso de Autoridade, mediante requisição
do ministro da Justiça.
c) o parlamentar estará sujeito aos ditames da Lei de Abuso de Autoridade, como
qualquer outro servidor público.
d) o sujeito não se submeterá à Lei de Abuso de Autoridade, em razão de prerrogativa
de função.
Gabarito: Alternativa c.

DICA 137
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)
ELEMENTO SUBJETIVO:
As condutas descritas na lei 13.869/2019 constituem crime de abuso de autoridade
quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação
pessoal.
Memorize!
Para configurar o crime de abuso de autoridade exige-se:

Dolo (intenção / Finalidade


vontade) de praticar o
abuso específica

O que seriam essas finalidades específicas da lei de abuso de autoridade?

Prejudicar outrem;

Beneficiar a si mesmo;

Beneficiar a terceiro;

Mero capricho ou satisfação


pessoal.

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Fique atento!
O funcionário aposentado ou exonerado não pode cometer o crime, já que se
desvinculou funcionalmente da Administração Pública.
Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos na lei de abuso de
autoridade, no que couber, as disposições do Código de Processo Penal, e da Lei dos
Juizados Especiais Criminais.
DICA 138
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)

Divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas


A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas NÃO configura
abuso de autoridade.

Ação penal
Todos os crimes serão processados e julgado mediante ação penal pública
incondicionada.
Fique atento!
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação
como parte principal.

A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da


data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
DICA 139
EFEITOS DA CONDENAÇÃO

São efeitos da condenação:

Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
Obs.: A obrigação de indenizar é um efeito automático da condenação.

A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período


de 1 (um) a 5 (cinco) anos;

A perda do cargo, do mandato ou da função pública.


Os efeitos da inabilitação para o exercício de cargo e a perda do cargo são
condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença.

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1) Condicionados à ocorrência
Inabilitação para o exercício de REINCIDÊNCIA em crime
de cargo, mandato ou função de abuso de autoridade.
pública
2) NÃO são automáticos, de
Perda do cargo, mandato ou modo que devem ser
função pública declarados motivadamente
na sentença.

DICA 140
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas na Lei
13.869/2019 são:

Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;

Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6


(seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens;
Fique atento!
As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.

- Prestação de serviços à
As penas restritivas
comunidade ou a entidades
de direitos que
públicas;
substituem as
privativas de liberdade - Suspensão do exercício de
previstas na lei de cargo, mandato ou função pública
abuso de autoridade – Prazo: 1 a 6 meses + perda de
são: vencimentos e vantagens.

DICA 141
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - CRIMES EM ESPÉCIES
Pontos relevantes que serão aplicados a todos os crimes:

Elemento subjetivo: dolo + finalidade específica

Formas do cometimento da conduta: ação (regra) ou omissão

Objeto material: pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta do agente => pessoa
física ou pessoa jurídica vítima do abuso de autoridade
Fique atento!
Não há nenhum crime de abuso de autoridade culposo, ou seja, são todos dolosos e
punidos com pena de DETENÇÃO.

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DICA 142
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 9º:


Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as
hipóteses legais.
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Conduta: decretar medida de privação de liberdade em manifesta desconformidade


com a lei.

Figura equiparada:
Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de:

Relaxar a prisão manifestamente ilegal;

Substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade


provisória, quando manifestamente cabível;

Deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente cabível.


OBS.: Sujeito ativo (quem pode praticar o crime): autoridade judiciária.
DICA 143
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 10º:


Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente
descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo.
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Conduta: decretar condução coercitiva de testemunha ou investigado, quando


manifestamente descabida OU sem prévia intimação
OBS: Sujeito ativo: qualquer agente público com atribuição de praticar a conduta
típica.
DICA 144
LEI Nº 10.826/2003 (ESTATUTO DO DESARMAMENTO) - DOS CRIMES E PENAS

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido


Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o
titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.
Pena: detenção, de 1 a 3 anos, e multa.

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Omissão de cautela
Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 anos ou
pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade,
Pena: detenção, de 1 a 2 anos, e multa.
Fique atento!
Único crime culposo do Estatuto do desarmamento

Figura equiparada a omissão de cautela


Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de
segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma
de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 horas
depois de ocorrido o fato.
DICA 145
DOS CRIMES E PENAS

Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido


Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de
fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Pena: reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.

Disparo de arma de fogo


Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências,
em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade
a prática de outro crime.
Pena: reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.
DICA 146
DOS CRIMES E PENAS

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito


Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena: reclusão, de 3 a 6 anos, e multa.

Figuras equiparadas
Nas mesmas penas incorre quem:

Suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma


de fogo ou artefato;
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Modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a


arma de fogo de uso PROIBIDO ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer
modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;

Possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem


autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;

Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca
ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;

Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório,


munição ou explosivo a criança ou adolescente; e

Produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer


forma, munição ou explosivo.
Fique atento!
Se as condutas de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e suas figuras
equiparadas envolverem arma de fogo de uso PROIBIDO, a pena é de reclusão, de 4
a 12 anos.
DICA 147
DOS CRIMES E PENAS

Comércio ilegal de arma de fogo


Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de
fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena: reclusão, de 6 a 12 anos, e multa.
Fique atento!
Equipara-se à atividade comercial ou industrial, qualquer forma de prestação de
serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência. (Redação dada pelo Pacote Anticrime)

Figura equiparada
Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente
policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta
criminal preexistente. (Importante – incluído pelo Pacote Anticrime)
DICA BÔNUS
DOS CRIMES E PENAS

Tráfico internacional de arma de fogo


Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade
competente.

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Pena: reclusão, de 8 a 16 anos, e multa.

Figura equiparada
Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, em
operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente. (Importante – incluído pelo Pacote Anticrime)

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DIREITO PROCESSUAL PENAL


DICA 148
PRISÃO

Há duas espécies de pena que interessam ao direito processual penal:


1) a prisão penal;
2) a prisão processual, ou prisão cautelar, ou provisória.

Na PRISÃO PENAL, o criminoso já foi processado, condenado, havendo trânsito em


julgado da pena. Ele está lá cumprindo a sua pena devidamente imposta pelo juiz.

Já na PRISÃO PROCESSUAL, também chamada de prisão cautelar ou prisão


provisória, isso não acontece. não há trânsito em julgado e muitas vezes sequer há
processo instaurado. Os motivos da prisão aqui são outros, que não a decisão
condenatória do juiz.

Nesse sentido, há 3 espécies de prisões cautelares:


1) prisão em flagrante;
2) prisão preventiva;
3) prisão temporária.
As prisões processuais, não possuem a finalidade punir o réu. A finalidade de cada
uma varia de acordo com sua espécie.
DICA 149
PRISÃO EM FLAGRANTE

A prisão em flagrante é muito conhecida.

Ex.: Você está dormindo, percebe uma movimentação estranha em sua casa. Acorda e
decide ligar no 190. A polícia chega e realmente pega o bandido em flagrante, no interior
de sua casa, armado, prestes a roubá-la.
Qualquer pessoa do povo PODE decretar a prisão em flagrante (art. 301, CPP),
sendo que a autoridade policial DEVE decretá-la.
A prisão em flagrante é aquela imposta quando o crime está queimando, quando a
infração está prestes a acontecer. É por isso mesmo que ela independe de mandado
judicial. A autoridade policial pode decretá-la independente de mandado.
DICA 150
ESPÉCIES DE FLAGRANTE

As hipóteses que autorizam o flagrante estão previstas no art. 302 do CPP.

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Flagrante
PRÓPRIO O agente está cometendo o crime (art.
302, inciso I), ou acabou de cometer
(art. 302, I (art. 302, inciso II).
e II)

Flagrante O agente é PERSEGUIDO, logo


IMPRÓPRIO após, em situação que é possível
(quase- presumir ser ele o autor do
Espécies de flagrante) crime.
flagrante
Art. 302, III
(Art. 302)

O agente é preso LOGO DEPOIS de


Flagrante cometer o crime, com
PRESUMIDO instrumentos, armas, objetos,
que façam PRESUMIR ser ele o
Art. 302, IV
autor do crime.

É possível prender em flagrante mesmo depois da prática da infração, seja no caso


de perseguição (flagrante impróprio ou quase-flagrante), ou ainda quando, logo depois
do crime, o agente é encontrado na posse de objetos que levam à presunção de que é
ele o autor do crime.
DICA 151
FLAGRANTE PREPARADO X FLAGRANTE ESPERADO

O flagrante preparado é ilegal. Ao passo que o flagrante esperado é possível.

Flagrante preparado: ocorre quando alguma pessoa instiga, ou seja, estimula,


incentiva uma pessoa à prática do crime, com o objeto de depois prendê-lo em
flagrante.
A doutrina se refere ao flagrante preparado como uma cena de teatro, o que torna ilegal a
prisão e, mais do que isso: sequer haveria crime nessa conduta!

Súmula 145 do STF: NÃO há crime, quando a preparação do flagrante pela


polícia torna impossível a sua consumação.

Flagrante esperado: no flagrante esperado, a situação é distinta. NÃO há qualquer


induzimento ou provocação por parte de uma terceira pessoa. Aqui, a autoridade
policial, tendo informações, apenas espera o momento do cometimento do delito para
realizar a prisão em flagrante.

Ex.: a polícia tem informações de que uma determinada quadrilha vai estourar um
determinado caixa eletrônico, num determinado dia e hora. A polícia, ao invés de
prontamente desmantelar a quadrilha, espera, monta uma campana, e aguarda o dia e
hora ajustados para prendê-los em flagrante.

É por isso que o flagrante esperado é possível e válido. já o flagrante preparado não!!!
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DICA 152
AÇÃO CONTROLADA (OU FLAGRANTE PRORROGADO)

A ação controlada é um instituto importante, disciplinada pela Lei das Organizações


Criminosas (Lei 12.850/2013) e pela Lei de Drogas (Lei 11.343/06).

A ação controlada (também chamada de flagrante prorrogado) se aproxima


bastante do flagrante esperado, mas com ele não se confunde.

A autoridade policial tem o dever de realizar o flagrante (art. 301). Nesse sentido, a
ação controlada é uma verdadeira autorização para que a prisão em flagrante seja
adiada para outro momento, mais oportuno para as investigações.

A polícia adia/retarda a intervenção policial visando a formação de um maior acervo


de provas e obtenção de informações. A polícia sabe que o crime está ocorrendo, mas
não faz o flagrante para pegar maiores informações sobre aquela organização criminosa.
Isso porque, muitas vezes, no combate à criminalidade organizada (Organizações
Criminosas), o mais importante não é combater os pequenos criminosos, na linha de
frente da organização criminosa. É muito difícil alcançar a “cabeça”, o alto escalão dessas
organizações. Daí porque a lei autoriza não fazer o flagrante para obter maiores provas
sobre a organização e funcionamento daquela criminalidade organizada.

Esse adiamento deve ser previamente comunicado ao juiz (art. 8º, §1º, Lei
12.850/2013).
DICA 153
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Na audiência de custódia, portanto, o juiz vai analisar a regularidade do auto de prisão


em flagrante, na presença do acusado, de seu defensor, e do membro do Ministério
Público. Nessa audiência de custódia, o juiz pode:

1) Relaxar a prisão ilegal

AUDIÊNCIA DE
CUSTÓDIA 2) Converter a prisão em
flagrante em prisão preventiva
(Art. 310, CPP)

3) Conceder liberdade
provisória, com ou sem
fiança.

→ Se a prisão for ILEGAL, o juiz deve relaxar a prisão.


→ Se verificar que a prisão é legal e válida, mas desnecessária neste momento,
concederá ao réu a liberdade provisória, podendo ou não fixar fiança.
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→ Mesmo quando o réu permanece preso, não há que se falar mais em prisão
provisória, mas sim em prisão preventiva!
Por fim, de acordo com o art. 310, §4º, se decorrer 24 horas, após o prazo para
audiência de custódia (que também é de 24 horas!), sem que a audiência tenha sido
realizada, estará configurada a ilegalidade da prisão, que deverá ser RELAXADA pelo
juiz.
DICA 154
PRISÃO PREVENTIVA

A prisão preventiva é uma espécie de prisão cautelar decretada pelo juiz, em


qualquer fase da persecução penal (na investigação ou no processo), sempre que ocorrer
os motivos que a lei autoriza e desde que preenchidos os requisitos legais.
Nos termos do art. 313, §2, não será admitida a decretação da prisão preventiva
como antecipação de cumprimento de pena, ou como decorrência direta/automática
da investigação/denúncia.

A prisão preventiva é sempre a última saída. Ou seja, ela só pode ser decretada pelo
juiz quando as outras medidas cautelares forem insuficientes, nos termos do art. 312 do
CPP. Exemplo: ao invés de decretar a prisão, o juiz deve priorizar decretar outras
medidas, como a proibição de sair da comarca, a tornozeleira eletrônica etc.
Ademais, uma das modificações mais importantes do Pacote Anticrime diz respeito à
impossibilidade de o juiz decretar a prisão preventiva ou outra medida cautelar de
ofício, seja na fase de investigação policial, seja na fase processual penal.
Portanto, para decretar a prisão preventiva é necessário requerimento do MP (ação
penal pública), assistente ou querelante (ação penal privada).
Art. 311 – em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a
prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante
ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
ATENTE-SE!! Isso é novidade do pacote anticrime que certamente estará na
sua prova!!

Juiz não pode decretar prisão preventiva de ofício. NÃO pode decretar preventiva
de ofício na fase de investigação. NÃO pode decretar preventiva de ofício durante o
processo/instrução criminal.

ATENÇÃO!

O art. 316 do CPP prevê que o juiz pode, de ofício ou a requerimento, REVOGAR a
prisão preventiva. Veja: o juiz não pode decretá-la de ofício, mas REVOGAR pode!!!!

DICA 155
PRISÃO PREVENTIVA – PRESSUPOSTOS

Pressupostos da prisão preventiva se trata do que é preciso para que o juiz possa
decretá-la. Essa resposta nós encontramos no art. 312 do CPP.

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Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como (1) garantia da ordem pública,
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver (2) prova da existência do crime e indício
suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

PROVA da existência do crime

INDÍCIO suficiente de autoria

Pressupostos Da Garantia da ordem pública


Prisão Preventiva

Garantia da ordem econômica

ia
Conveniência da instrução criminal

Garantia da aplicação da lei penal

Esses pressupostos servem como norte ao juiz. Só poderá decretar a prisão preventiva
caso esteja presente a prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. E,
mesmo presentes esses 2 requisitos, ainda assim só poderá decretá-la para a finalidade
de garantia da ordem pública/econômica, para a conveniência da instrução criminal ou
para a garantia da aplicação da lei penal.
Mnemônico:

“PRECISA de 3GIN”

PRECISA → PRova da Existência do Crime + Indício Suficiente de Autoria.


3G → Garantia da ordem pública + Garantia da ordem econômica + Garantia da
aplicação da lei penal.

IN → Conveniência da Instrução criminal


DICA 156
PRISÃO PREVENTIVA – HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE

Não é para todo e qualquer crime que se admite a prisão preventiva. Imaginem só uma
prisão preventiva decretada num crime em que sequer seja punido com pena privativa de
liberdade. A prisão preventiva (de natureza processual) seria mais grave do que a própria
pena máxima daquele crime.
É por isso que o art. 313 prevê as hipóteses de admissibilidade da prisão preventiva,
sendo admissível nos seguintes casos:

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nos crimes DOLOSOS punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4
anos;

se tiver sido condenado por OUTRO crime doloso (o acusado deve ser reincidente
em crime doloso);

Quando o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,


adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência.

Além disso, o art. 313, parágrafo único do CPP admite a prisão preventiva quando
se tiver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando essa pessoa não fornecer
dados para esclarecer a sua identidade.
Por fim, o CPP também prevê a decretação da prisão preventiva em razão do
descumprimento de outras medidas cautelares diversas da prisão. Exemplo: réu que
arrebenta a tornozeleira eletrônica na intenção de fraudá-la. Pode ser decretada a prisão
preventiva.
DICA 157
DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE: TIPOS DE PROCEDIMENTO

O procedimento poderá ser comum ou especial.

O procedimento COMUM poderá ser:

ORDINÁRIO: pena máxima igual ou superior a 4 anos;

SUMÁRIO: pena máxima superior a 2 anos e inferior a 4 anos (ou seja, quase sempre
3 anos);

SUMARÍSSIMO: crimes com pena máxima até 2 anos e contravenções penais;

JÚRI: crimes dolosos contra a vida (homicídio, auxílio ao suicídio ou automutilação,


infanticídio e aborto), independente da pena.

ATENÇÃO!

No processo civil o procedimento sumário foi extinto, mas segue existindo no


processo penal.

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DICA 158
PRAZOS IMPORTANTES DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

ORDINÁRIO

Audiência em 60 dias

Testemunhas 8 de cada lado

Alegações finais orais 20 minutos para cada lado

Tempo de prorrogação 10 minutos para cada lado

Tempo do assistente do MP 10 minutos

Alegações finais escritas (memoriais) 5 dias para cada

Sentença Em audiência ou em 10 dias

DICA 159
PRAZOS IMPORTANTES DO PROCEDIMENTO SUMÁRIO

SUMÁRIO

Audiência em 30 dias

Testemunhas 5 de cada lado

Alegações finais orais 20 minutos para cada lado

Tempo de prorrogação 10 minutos para cada lado

Tempo do assistente do MP 10 minutos

Alegações finais escritas (memoriais) NÃO HÁ

Sentença Sempre em audiência

DICA 160
TRIBUNAL DO JÚRI: FASES DO JÚRI

O procedimento do Júri é composto por duas fases chamadas de: sumário da culpa
e plenário;

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PRIMEIRA FASE SEGUNDA FASE

TESTEMUNHAS 8 TESTEMUNHAS 5

DURAÇÃO 90 DIAS DURAÇÃO SEM PRAZO

INSTRUÇÃO PLENÁRIO

DICA 161
DECISÕES

A primeira fase do Júri se encerra com uma decisão do Juiz, que pode ser: pronúncia,
impronúncia, desclassificação e absolvição sumária;

Quando há prova da
Encaminhado para a fase
PRONÚNCIA materialidade e indícios de
de plenário de Júri;
autoria;

O processo é extinto, mas


Quando não há provas
a punibilidade do agente
suficientes da materialidade,
IMPRONÚNCIA não. Havendo novas
nem indícios suficientes de
provas, pode haver nova
autoria;
denúncia;

Quando se perceber que não se


O processo será remetido
DESCLASSIFICAÇÃO trata de crime doloso contra a
ao juízo competente;
vida;

Quando estiver provada a


INEXISTÊNCIA do fato;
provado que o acusado NÃO
Nesse caso, o processo é
participou do crime; quando o
ABSOLVIÇÃO extinto e a punibilidade do
fato NÃO for crime; quando o
SUMÁRIA agente também, pois ele é
agente for isento de pena ou
considerado inocente.
houver causa de exclusão do
crime (exceto inimputabilidade
- doença mental)

DICA 162
RECURSOS

Cada decisão proferida na primeira fase do Júri é combatida por um recurso;


O macete é: se a decisão começa com vogal, o recurso também; se começa com
consoante, o recurso também:

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Pronúncia Recurso em Sentido Estrito

Impronúncia Apelação

Desclassificação Recurso em Sentido Estrito

Absolvição Sumária Apelação

DICA 163
DESAFORAMENTO

É a mudança de comarca onde ocorrerá o Júri e pode acontecer por três motivos:

Interesse de ordem pública;

Dúvida sobre a imparcialidade do Júri;

Segurança pessoal do acusado;

→ Excesso de trabalho que não permita o julgamento em 6 (seis) meses da


pronúncia;

→ Será realizado pelo TRIBUNAL a pedido do juiz, do acusado, do Ministério Público,


do assistente ou do querelante;

→ Deve-se priorizar a comarca mais próxima;


→ Não caberá pedido de desaforamento se estiver pendente o julgamento de
recurso;
DICA 164
RECURSOS: RECURSOS DE OFÍCIO
Em regra, os recursos são voluntários.

Contudo, existem exceções em que o JUIZ deverá interpor de OFÍCIO (sem


provocação) o recurso:

Sentença CONCESSIVA de habeas corpus;

Absolvição sumária do réu (exclusão do crime ou isenção de pena);

CUIDADO: não caberá recurso de ofício da sentença que absolver definitivamente o


réu por falta de provas, por exemplo.

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DICA 165

CONCURSO DE AGENTES
Imagine que João e José foram condenados por homicídio, apenas João recorre e o
recurso é julgado PROCEDENTE e ele é considerado agora inocente. Esse resultado
aproveita à José?

DEPENDE!

Se, por exemplo, a alegação de João envolver José (dizer que foi Pedro que matou a
vítima), o resultado do recurso o atingirá, ainda que não tenha apelado.

Porém, se o motivo for pessoal de João, o resultado do recurso não o aproveitará.

Art. 580: No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos
réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal,
aproveitará aos outros.

DICA 166

DECISÕES IRRECORRÍVEIS
DECORE as hipóteses de decisões irrecorríveis para eliminar alternativas:

Recebe a denúncia;

Julga a entrada de assistente;

Julga incidente de insanidade mental;

Julga exceção de suspeição.

DICA 167

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO


Em regra, o RESE é interposto de decisões que não encerram o processo.

O prazo de interposição é de 5 dias e de razões é de 2 dias.

São as hipóteses mais relevantes:

Não recebe a denúncia;

Incompetência do Juízo;

Procedentes as exceções (exceto suspeição que é irrecorrível);

Referentes à fiança;

Prescrição ou extinção da punibilidade;

Referentes a Habeas Corpus, Suspensão Condicional da Pena ou Livramento


Condicional;
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Anular o processo;

Referentes à Medida de Segurança;

Incidente de falsidade.

CUIDADO! O incidente de insanidade mental é combatido por apelação.

ATENÇÃO!

HIPÓTESE NOVA:
Recusar HOMOLOGAÇÃO ao acordo de NÃO PERSECUÇÃO PENAL.

DICA BÔNUS

REVISÃO CRIMINAL

São hipóteses de revisão criminal:

Sentença condenatória contrária à lei;

Sentença condenatória contrária à evidência dos autos;

Sentença condenatória fundada em provas falsas;

Quando surgirem novas provas benéficas depois da sentença;

DICA BÔNUS

MOMENTO DA REVISÃO CRIMINAL

A revisão poderá ser solicitada em qualquer tempo depois do trânsito em julgado;

Antes ou depois da extinção da pena;

O pedido só não poderá ser feito novamente, se fundamentado em provas já


apreciadas anteriormente no processo;

Se houver novas provas, pode pedir mais uma revisão;

Fique atento! Em caso de ser procedente a revisão criminal, o réu poderá ser
indenizado;

Se o réu tiver sido condenado pela justiça do Distrito Federal ou de Território, será paga
pela união, se tiver sido pela justiça estadual, pelo estado.

Não será devida indenização:

Se o erro ou injustiça tiver se dado por falha do réu, como confissão ou prova que
escondeu;

Quando a ação tiver sido privada.


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Falecimento do réu no julgamento da revisão criminal

Se no decorrer do julgamento da revisão criminal, o réu falecer, o processo não será


extinto;

O presidente do Tribunal nomeará um CURADOR para a defesa;

Em regra, o curador faz parte do CADI (cônjuge, ascendente, descendente, irmão);

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