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Tribunol de Justigo do Distrito Federal

e dos Territérios

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Memorex TJDFT – Técnico Administrativo - Rodada 06

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................... 4
ÉTICA.............................................................................................. 13
REGIMENTO INTERNO ..................................................................... 18
LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA ................................................ 20
PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E
OFÍCIOS JUDICIAIS ........................................................................ 24
PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL
ELETRÔNICO ................................................................................... 28
ADMINISTRAÇÃO DE RH E GESTÃO PÚBLICA .................................. 30
DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................ 43
DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................ 51
DIREITO CIVIL................................................................................ 60
PROCESSO CIVIL ............................................................................ 69
DIREITO PENAL .............................................................................. 82
DIREITO PROCESSUAL PENAL ......................................................... 90

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
SINTAXE – ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA

Explicativa: COM vírgula. A oração subordinada adjetiva explicativa qualifica o seu


referente de modo mais genérico. Desse modo, a informação não restringe.

As vírgulas introduzem uma informação que é adicional. Isso significa que a


informação está presente em todos os termos do seu antecedente.

Exemplo: A Lua, que é o único satélite natural da Terra, é divina.

Note que “que é o único satélite natural da Terra” é uma informação acessória
da Lua, uma explicação, uma ampliação de sentido.
CUIDADO!

→ à Minha neta, que mora em Porto Alegre, estuda Medicina. à EXPLICATIVA


→ à Minha neta que mora em Porto Alegre estuda Medicina. à RESTRITIVA
Na oração 1 é possível entender que há apenas 1 neta e “, que mora em POA,” é
uma informação adicional, uma explicação.

A retirada das vírgulas na oração 2 muda o sentido, pois entende-se que existe
mais de uma neta e apenas aquela que mora em POA estuda Medicina.
DICA 02
CLASSIFICAÇÃO DA ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA

Podem ser classificadas em: Restritivas e Explicativas.


Após identificar a oração subordinada adjetiva, faz-se necessário identificar se ela é
restritiva ou explicativa.
Restritiva: SEM vírgula.
Veja que na frase: “O estudante que se dedica passa” é possível substituir o pronome
“que” por “O estudante”. O “que” faz referência ao termo anterior “O estudante”,
exercendo função de pronome relativo.
Então, “que se dedica” é uma oração subordinada adjetiva restritiva, pois não
possui vírgula.

TOME NOTA: A oração subordinada adjetiva RESTRITIVA DELIMITA de →


modo mais preciso o seu referente. Ela restringe o tipo de estudante que passa →
o que se dedica. Há vários tipos de estudantes, mas apenas o estudante que se dedica
passa.
Explicativa: COM vírgula. A oração subordinada adjetiva explicativa qualifica o
seu referente de modo mais genérico. Desse modo, a informação não restringe.

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As vírgulas introduzem uma informação que é ADICIONAL. Isso significa que a


informação está presente em todos os termos do seu antecedente.

Ex.: A Terra, que é um planeta, é coberta por 70% de água.

Note que “que é um planeta” é uma informação acessória da Terra, uma


explicação, uma ampliação de sentido.
CUIDADO:

Meu filho, que mora em São Paulo, estuda Direito. → EXPLICATIVA


Meu filho que mora em São Paulo estuda Direito. → RESTRITIVA
Na oração 1 entende-se que existe apenas 1 filho e “, que mora em SP,” é uma
informação adicional, uma explicação.
A retirada das vírgulas na oração 2 muda o sentido, pois entende-se que existe
mais de um filho e apenas aquele que mora em SP estuda Direito.
DICA 03
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
A oração subordinada adverbial exprime uma circunstância para a oração principal.
Ela desempenha as funções um advérbio (e sintaticamente de adjunto adverbial). Essa
oração inicia com uma conjunção subordinativa adverbial, a qual indicará a circunstância
que a oração expressa.

Então, a oração subordinada adverbial pode ser do tipo:


Causal
Comparativa
Concessiva
Condicional
Conformativa
Consecutiva
Final

Proporcional
Temporal

DICA 04
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS: CAUSAL

Causal: indica uma causa, um motivo.


Exemplos de conjunções causais: porque, como, na medida em que, visto que, uma
vez que, porquanto...

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Ex.: Ela não foi ao parque porque estava doente. → Note que a conjunção causal
“porque” representa uma causa do que foi dito na oração principal, é o motivo de ela
não ter ido ao parque (porque estava doente).
DICA 05
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS: COMPARATIVA
Comparativa: exprime uma comparação.
Exemplos de conjunções comparativas: tanto... quanto, tal como, (do) que, tal ...
qual, como (no sentido de comparação, normalmente vem acompanhado com
“quem”).

Ex.: O guepardo é mais veloz do que o leão. → Note que há uma comparação
entre o guepardo e o leão no que diz respeito à velocidade.
DICA 06
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS: CONCESSIVA
Concessiva: indica uma concessão e exprime algo inesperado em determinadas
circunstâncias. Exemplos de conjunções concessivas: apesar de, conquanto, embora,
ainda que, se bem que, por mais que...

Ex.: Por mais que Júlia não esteja bem, ela irá ao casamento. → Note que é
inesperado que Júlia vá ao casamento, já que ela não está bem... Mas, ela irá.
DICA 07
ORTOGRAFIA OFICIAL

ABSOLVER X ABSORVER

A palavra ABSORVER, geralmente, significa “consumir”; “sorver”.


Ex.: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.
Ainda, pode significar “concentrar-se”. Exemplo: Mônica absorve-se no trabalho.

A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.


Ex.: O júri absolveu o réu.

DICA 08
ORTOGRAFIA OFICIAL

EMINENTE X IMINENTE

EMINENTE significa “elevado”; “notável”.


Ex.: É eminente o fato de que a saúde no Brasil está um caos.

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→ É notável o fato de que...


IMINENTE significa que alguma coisa está próxima de acontecer.
Ex.: O risco de eu ficar gripado é iminente!

DICA 09
ORTOGRAFIA OFICIAL

ASCENDER X ACENDER

ACENDER significa “atear fogo”; “iluminar”.

→ É verbo transitivo direto (VTD).


Ex.: Ela acendeu a luz da sala.

ASCENDER significa “subir”. É VERBO TRANSITIVO INDIRETO (VTI), ou


seja, aparece com preposição.
Ex.: Júlia ascendeu ao cargo de Diretora.

DICA 10
ORTOGRAFIA OFICIAL

CENSO X SENSO

CENSO tem o sentido de “recenseamento”. Sempre que aparecer a palavra


“censo” lembre do IBGE, que divulga os dados da população.

SENSO pode significar “ter juízo”.


Ex.: Tenha bom senso, Juliana!

DICA 11
ORTOGRAFIA OFICIAL

MANDATO X MANDADO

Mandato essa palavra significa “procuração”; “delegação”.


Geralmente, é usada na política.
Ex.: O Presidente tem um mandato de quatro anos.

Mandado Como substantivo poderá ter o sentido de “ordem judicial”.


Já, como adjetivo poderá ter o sentido de “receber ordem”, “ser mandado”.
Ex.: Ele é mandado pela esposa. – “recebe ordens”
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Recebi um mandado de prisão – “ordem judicial”

DICA 12
ACENTUAÇÃO GRÁFICA – DIVISÃO SILÁBICA
Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu.
Ex.: cha-ve, ba-nha, quei-xa.
Não se separam os ditongos e tritongos.
Ex.: foi-ce, Pa-ra-guai.
Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba.
Ex.: psi-qui-a-tra.
DICA 13
DIVISÃO SILÁBICA
Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc.
Ex.: car-ro, ex-ce-len-te.
Separam-se as vogais dos hiatos.
Ex.: sa-ú-de
Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, SALVO aqueles em
que a segunda consoante é l ou r.
Ex.: ap-to, con-vic-ção.

DICA 14
ACENTO DIFERENCIAL

CUIDADO! O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi extinto.

ANTES VÔO

ENJÔO

CRÊEM

LÊEM

DEPOIS VOO

ENJOO

CREEM

LEEM

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MACETE → “CREDELEVE” → São os verbos: CRER, DAR, LER e VER. → Quando


ficam no plural, dobra-se o “e” e não levam acento, como exposto no quadro acima.

QUESTÃO FGV, 2013.


(Questão adaptada) Indique a alternativa cujos vocábulos tiveram sua acentuação
gráfica alterada em função do último acordo ortográfico.
A) têm – vêm
B) heroico – saúde
C) colmeia – herói

D) veem – leem. Não mais se acentua os encontros -oo e –ee. Ex.: voo,
enjoo, creem, deem, leem, veem.

DICA 15
ACENTO DIFERENCIAL

Não existe mais o acento diferencial. Mas em algumas palavras ele aparece para
diferenciar uma da outra que se grafa de igual maneira:

PÔR – VERBO / POR – PREPOSIÇÃO.

Pôr: verbo, mesmo sentido de: colocar, botar, inserir.


Por: preposição, mesmo sentido de: através de, para, durante.

PÔDE – VERBO PASSADO / PODE – VERBO PRESENTE

Ex.: Joana pôde fazer no passado coisas que não mais pode realizar atualmente.

TEM – VERBO NA 3ª PESSOA DO SINGULAR/ TÊM – VERBO NA 3ª PESSOA DO


PLURAL

Ex.: Ela tem um papagaio muito fofo. / Eles têm dois papagaios em casa.

VEM – VERBO NA 3ª PESSOA DO SINGULAR/ VÊM – VERBO NA 3ª PESSOA DO


PLURAL

Ex.: Ele vem de longe. / Eles vêm jantar conosco.

DICA 16
PONTUAÇÃO
Primeiramente, importante destacar que os sinais de pontuação servem para dar
coesão e coerência ao texto. Desse modo, os sinais são utilizados para marcar pausas e

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mudanças de entonação na escrita. A pontuação tem o condão de alterar o sentido da


frase (leia e imagine a entonação mentalmente das frases abaixo):

Silvia fez um almoço delicioso.


Silvia fez um almoço delicioso!
Silvia fez um almoço delicioso?

Desse modo, os sinais de pontuação podem ser: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e
vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de
interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o
travessão (—).
DICA 17
USO DA VÍRGULA
Você verá alguns casos importantes em que há o uso da vírgula:

Uso da vírgula depois do vocativo:

Ex.: Geórgia, leia o e-mail que está na sua caixa de entrada!


OBS.: Veja que há um “chamamento”. Desse modo, haverá o uso da vírgula
após o “chamamento”.

Uso na vírgula na intercalação de textos:

Ex.: Júlia não vai, de modo algum, falhar.


OBS.: Veja que “de modo algum” está “quebrando” a frase. Desse modo, há a
colocação de vírgulas.

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DICA 18
USO DA VÍRGULA
Veja outros casos importantes acerca do uso da vírgula:

Uso da vírgula para separar um adjunto adverbial antecipado ou intercalado


entre o discurso:
Adjunto adverbial deslocado até 3 palavras = vírgula OPCIONAL.
Adjunto adverbial deslocado LONGO = vírgula OBRIGATÓRIA.

Ex.: Na data de ontem, eu escrevi um livro.

DICA 19
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA – NORMA CULTA

Norma culta: são padrões linguísticos usados habitualmente por aqueles que possuem
um alto nível de escolaridade. É uma variação linguística utilizada por indivíduos que
residem nos meios urbanos e que discursam de modo formal.
Na norma culta há uso rigoroso das normas e regras gramaticais; há o uso de
estruturas sintáticas complexas e de vocabulário “rico”; é usada em situações formais.
Ainda, na norma culta há o correto uso da acentuação, da pontuação, da
concordância, da regência e da colocação pronominal.
DICA 20
NORMA CULTA

Norma culta e variação linguística: Como já visto, no Português há variações


linguísticas, em decorrência dos grupos sociais existentes, que possuem níveis de
escolaridade diferentes, bem como hábitos linguísticos diversos. Nem todas as variações
linguísticas usufruem da norma culta, o que gera o chamado “preconceito linguístico”.

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Alguns exemplos de utilização da norma culta:

REGÊNCIA VERBAL COM O USO CORRETO DA PREPOSIÇÃO

Jonas jamais obedece ao tio.

Maria e Joana assistiram ao jogo de vôlei animadas.

ÊNCLISE NO INÍCIO DA ORAÇÃO

Telefonei-lhe na hora certa.

Dá-me a garrafa de suco, por gentileza.

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ÉTICA
DICA 21
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO – LEI 8.112/90
Deveres são obrigações ou condutas que os agentes devem adotar em conjunto com as
suas atribuições funcionais na Lei 8.112/1990, eles estão dispostos no art. 116;

Art. 116. São deveres do servidor:


Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
Ser leal às instituições a que servir;
Observar as normas legais e regulamentares;
Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
Atender com presteza: ao público em geral (prestando as informações requeridas,
ressalvadas as protegidas por sigilo), à expedição de certidões requeridas para defesa de
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal, e às requisições para a defesa
da Fazenda Pública;
Levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao
conhecimento de outra autoridade competente para apuração;
Da análise conjunta do dispositivo IV e VI, podemos perceber que, sempre que receber
uma ordem, o servidor público terá algum dever a cumprir, porém, quando receber
uma ordem manifestamente ilegal, ele deverá abster se de cumpri-la;
DICA 22
DEVERES DO SERVIDOR – LEI 8.112/90

116. São deveres do servidor:

Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;


Guardar sigilo sobre assunto da repartição;

Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;


Ser assíduo e pontual ao serviço;

Tratar com urbanidade as pessoas;

Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder;


O servidor público deve representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder
e o parágrafo único do mesmo artigo dispõe que essa representação será encaminhada
pela via hierárquica, ou seja, o servidor público deve encaminhá-la para o seu superior
imediato;
Contudo, a apreciação será feita pela autoridade superior àquela contra a qual foi
formulada a representação, assegurando-se ao representando ampla defesa.

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DICA 23
PROIBIÇÕES – LEI 8.112/90
Proibições são condutas vedadas aos servidores públicos, estando enumeradas no art.
117 da Lei 8.112/1990 e o Estatuto prevê, para cada proibição, um tipo de penalidade,
como advertência, suspensão e demissão;

A pena de advertência será aplicada no caso de violação das seguintes proibições:


ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe
imediato;
retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou
objeto da repartição;
recusar fé a documentos públicos;
opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de
serviço;
promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o


desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou
sindical, ou a partido político;
manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,
companheiro ou parente até o segundo grau civil;
recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado;
DICA 24
PENA DE SUSPENSÃO – LEI 8.112/90

A pena de suspensão será aplicada no caso de reincidência da penalidade de


advertência e quando o servidor infringir as seguintes proibições:
cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em
situações de emergência e transitórias;
exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou
função e com o horário de trabalho;
A suspensão, que não poderá exceder a 90 (noventa) dias;

A penalidade de demissão será aplicada no caso de infringência das seguintes


proibições:
receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de
suas atribuições;
aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
praticar usura sob qualquer de suas formas (isto é, cobrar juros excessivos, superiores
aos praticados no mercado);

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DICA 25
DEMISSÃO – LEI 8.112/90

A penalidade de demissão será aplicada no caso de infringência das seguintes


proibições:
proceder de forma desidiosa;
utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades
particulares;
participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não
personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;

Será aplicada a pena de demissão e incompatibilidade do ex-servidor para nova


investidura em cargo público federal, pelo prazo de 05 (cinco) anos, no caso de
cometimento das seguintes proibições:
valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da
dignidade da função pública;
atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de
cônjuge ou companheiro;
DICA 26
RESPONSABILIDADES - LEI 8.112/90
Responsabilidades, pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor público
poderá responder nas esferas civil, penal e administrativa (art. 121);

A esfera civil decorre da ocorrência de dano e consiste no respectivo ressarcimento;

A espera penal ocasiona a aplicação de sanções penais (detenção);

A esfera administrativa decorre da prática dos ilícitos administrativos, previstos no


Estatuto dos Servidores;

A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou


culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros (art. 122), neste caso, exige-se a
responsabilidade subjetiva ou com culpa do servidor público;

Caso o dano seja causado contra a Administração, o servidor será diretamente


contra ela responsabilizado, já se o dano ocorrer contra terceiros, o servidor
responderá perante a Fazenda Pública por meio de ação regressiva;
DICA 27
RESPONSABILIDADE - LEI 8.112/90
O art. 37, §6º, da Constituição Federal, determina que as pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa;

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Ex.: Se um servidor público causar dano a terceiro, o Estado deverá primeiro ressarcir
o prejudicado para, em seguida, mover a ação de regresso contra o servidor, para dele
recuperar os valores gastos com a indenização;

A Responsabilidade Penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor,


nessa qualidade (art. 123) incluídos os crimes tipificados no Código Penal e na lei de
Licitações 8.666/1993;

A Responsabilidade administrativa (Civil Administrativa) resulta de ato omissivo ou


comissivo praticado no desempenho do cargo ou função (art. 124). A responsabilidade
administrativa decorre da prática dos ilícitos administrativos, como por exemplo a
infringência em algumas das vedações que vimos acima ou a falta de observância dos
deveres funcionais do servidor;
O art. 125 dispõe que as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,
sendo independentes entre si;
Mas a esfera penal poderá, em alguns casos, influenciar as demais órbitas de
responsabilidade, a depender do conteúdo da sentença penal;

A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição


criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, ou seja, deve ficar comprovado
no processo penal que o fato não existiu ou então que o servidor não é o seu autor;
DICA 28
PENALIDADES - LEI 8.112/90
As penalidades disciplinares são as sanções administrativas impostas aos
servidores em decorrência da prática dos ilícitos administrativos e se dividem em:
Advertência, Suspensão, Demissão, Cassação de aposentadoria ou disponibilidade,
Destituição de cargo em comissão e Destituição de função comissionada;

A penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% por


dia de vencimento ou remuneração, desde que haja conveniência para o serviço;

As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados,


após o decurso de 3 e 5 anos de efetivo exercício, desde que o servidor não tenha
praticado, nesse período, nova infração e o cancelamento da penalidade não surtirá
efeitos retroativos;

A advertência deve ser aplicada por escrito, no caso de (art. 129):

violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX conforme visto
acima;

inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna,


que não justifique a imposição de penalidade mais grave;
DICA 29
DEMISSÃO - LEI 8.112/90

A pena de demissão será aplicada nos seguintes casos (art. 132):

crime contra a administração pública;


abandono de cargo;
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inassiduidade habitual;
improbidade administrativa;
incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
insubordinação grave em serviço;
ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria
ou de outrem;
aplicação irregular de dinheiros públicos;
revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
corrupção;

acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

transgressão das proibições constantes dos incisos IX a XVI do art. 117 conforme
visto acima;
DICA 30
ABANDONO DE CARGO - LEI 8.112/90
O abandono de cargo decorre da ausência intencional do servidor ao serviço por mais de
30 (trinta) dias consecutivos (art. 138);
A inassiduidade habitual representa a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60
(sessenta) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses;
Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na
atividade, falta punível com a demissão;
A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será
aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão;
Caso o servidor tenha sido exonerado e, posteriormente, seja constatada a prática de
infração punível com suspensão ou demissão, a exoneração será convertida em
destituição de cargo em comissão;

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REGIMENTO INTERNO
DICA 31
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
SUPER DICA: O Tribunal funciona em sessões administrativas:
do Tribunal Pleno;
do Conselho Especial;
do Conselho da Magistratura.

TRIBUNAL PLENO

Composição: todos os desembargadores


Presidência: Presidente do Tribunal
Reunião: presença de desembargadores em número equivalente, no mínimo, ao inteiro
que se seguir à metade de seus membros.

→ Quando exigido quorum qualificado para deliberação, o Tribunal Pleno não se reunirá
sem que estejam presentes desembargadores em número equivalente, no mínimo, a dois
terços dos membros que o integram.
DICA 32
CONSELHOS

Conselho fiscal:

Reunião: no exercício das funções administrativas, reunir-se-á na presença de


desembargadores em número equivalente, no mínimo, ao inteiro que se segue à metade
de seus membros

Conselho da magistratura:

Composição: Presidente, do Primeiro Vice-Presidente, do Segundo Vice-Presidente e


do Corregedor da Justiça

Funcionará: como órgão deliberativo da Administração Superior

Reunião: presença de, no mínimo, três de seus membros.


DICA 33
DAS ELEIÇÕES PARA OS CARGOS DE DIREÇÃO
As eleições para os cargos de direção do Tribunal de Justiça serão realizadas pelo
Tribunal Pleno no mês de fevereiro do ano em que findar o mandato dos antecessores,
mediante convocação do Presidente.
O quórum mínimo de deliberação do Tribunal Pleno é de dois terços dos seus
membros.
Será considerado eleito quem obtiver pelo menos metade mais um dos votos.
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DICA 34
DA INDICAÇÃO DE ADVOGADOS E DE MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Se ocorrer vaga no Tribunal de Justiça para ser provida por membro do Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios ou por advogado, o Presidente do Tribunal solicitará ao
Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios e ao Presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal, LISTA SÊXTUPLA
DOS INDICADOS.
DICA 35
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR RELATIVO A MAGISTRADOS

Quem deve promover, mediante procedimento preliminar, a apuração de falta


disciplinar de que tiverem ciência?

O Presidente do Tribunal, no caso de desembargadores,

O Corregedor da Justiça, no caso de magistrados de primeiro grau

MEMORIZE! São PENAS DISCIPLINARES aplicáveis aos magistrados do Distrito


Federal e dos Territórios:

advertência;

censura;

remoção compulsória;

disponibilidade;

aposentadoria compulsória;

demissão.

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LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA


DICA 36
DA VARA CRIMINAL E DO TRIBUNAL DO JÚRI.

Compete ao Juiz da Vara Criminal:

processar e julgar os feitos criminais da competência do juiz singular, ressalvada a dos


juízos especializados, onde houver;
praticar atos anteriores à instauração do processo, deferidos aos juízes de primeiro
grau pelas leis processuais penais.
Os Tribunais do Júri terão a organização e a competência estabelecidas no Código de
Processo Penal.

Compete ao Juiz-Presidente do Tribunal do Júri:


processar os feitos da competência do Tribunal do Júri, ainda que anteriores à
propositura da ação penal, até julgamento final;
processar e julgar habeas corpus, quando o crime atribuído ao paciente for da
competência do Tribunal do Júri;
exercer as demais atribuições previstas nas leis processuais.
Em cada Tribunal do Júri, oficiará, sempre que possível, um Juiz de Direito
Substituto, que terá competência para a instrução dos processos, sem prejuízo de outras
atribuições que lhe sejam cometidas pelo titular da Vara.
DICA 37
DA VARA DE ENTORPECENTES E CONTRAVENÇÕES PENAIS E DA VARA DE
DELITOS DE TRÂNSITO.

Compete ao Juiz da Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais:


processar e julgar os feitos relativos a entorpecentes ou substâncias capazes de
determinar dependência física ou psíquica e os com eles conexos, ressalvada a
competência do Tribunal do Júri;
decretar interdições, internamento e quaisquer medidas de natureza
administrativa previstas na legislação pertinente;
baixar atos normativos visando à prevenção, à assistência e à repressão,
relacionados com a matéria de sua competência;
fiscalizar os estabelecimentos públicos ou privados destinados à prevenção e à
repressão das toxicomanias e à assistência e à recuperação de toxicômanos,
baixando os atos que se fizerem necessários;
processar e julgar as causas relativas às contravenções penais, salvo quando
conexas com infração da competência de outra Vara.
Compete ao Juiz da Vara de Delitos de Trânsito processar e julgar os feitos
relativos às infrações penais previstas na legislação de trânsito, ressalvada a
competência de outra Vara em crimes conexos e a dos Juizados Especiais Criminais.

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DICA 38
DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS E DA VARA DE EXECUÇÕES DAS PENAS E
MEDIDAS ALTERNATIVAS.

Compete ao Juiz da Vara de Execuções Penais:


a execução das penas e das medidas de segurança e o julgamento dos respectivos
incidentes;
decidir os pedidos de unificação ou de detração das penas;
homologar as multas aplicadas pela autoridade policial nos casos previstos em lei;
inspecionar os estabelecimentos prisionais e os órgãos de que trata a legislação
processual penal;
expedir as normas e procedimentos previstos no Código de Processo Penal.

Compete ao Juiz da Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas:


a execução de penas restritivas de direito provenientes de sentença penal
condenatória, da suspensão condicional da pena e o regime aberto em prisão domiciliar e
livramento condicional;
fixar as condições do regime aberto em prisão domiciliar;
o acompanhamento e a avaliação dos resultados das penas e medidas
alternativas, articulando, para esse fim, as ações das instituições, órgãos e setores,
externos e internos, envolvidos no programa;
desenvolver contatos e articulações com vistas na busca de parcerias e
celebração de convênios e acordos capazes de ampliar e aprimorar as oportunidades
de aplicação e execução das penas e medidas alternativas;
colaborar com a Vara de Execuções Penais na descentralização de suas atividades;
designar a entidade credenciada para cumprimento da pena ou medida
alternativa, em cada caso, supervisionando e acompanhando seu cumprimento;
inspecionar os estabelecimentos onde se efetive o cumprimento de penas ou
medidas alternativas;
decidir os pedidos de unificação das penas, bem como julgar os respectivos
incidentes;
coordenar os núcleos descentralizados de execução das penas e medidas
alternativas.
O Tribunal poderá estabelecer mecanismos de cooperação entre as Varas de
Execuções das Penas e Medidas Alternativas - VEPEMA, Varas de Execuções
Penais - VEP, Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais, em matéria de
execução e acompanhamento das penas e medidas alternativas.
DICA 39
DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE.

Compete ao Juiz da Vara da Infância e da Juventude:


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conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público para apuração de


ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis;
conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo;
conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos
à criança e ao adolescente;
conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento,
aplicando as medidas cabíveis;
aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de
proteção a criança ou adolescente;
conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas
cabíveis.

Quando se tratar de criança ou adolescente ao qual é aplicado medida de


proteção é também competente o Juiz da Vara da Infância e da Juventude para o
fim de:
conhecer de pedidos de guarda e tutela;
conhecer de ações de destituição do pátrio poder (PODER FAMILIAR), perda ou
modificação da tutela ou guarda;
suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;
conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação
ao exercício do pátrio poder (PODER FAMILIAR);
conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais;
designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação ou
de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança ou
adolescente;
conhecer de ações de alimentos;
determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros de
nascimento e óbito.

Compete, ainda, ao Juiz da Vara da Infância e da Juventude o poder normativo


previsto no art. 149 da Lei nº 8.069/90, e a direção administrativa da Vara,
especialmente:
receber, movimentar e prestar contas dos recursos orçamentários consignados ao
juizado;
celebrar convênios com entidades públicas ou privadas para melhor desempenho das
atividades de proteção, assistência e vigilância de menores;
designar comissários voluntários de menores;
conceder autorização a menores de 18 anos para quaisquer atos ou atividades em
que ela seja exigida.
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DICA 40
DA JUSTIÇA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL.
A Justiça Militar do Distrito Federal será exercida:
pelo Tribunal de Justiça em segundo grau;
pelo Juiz Auditor e pelos Conselhos de Justiça.
Compete à Justiça Militar o processo e o julgamento dos crimes militares, definidos
em lei, praticados por Oficiais e Praças da Polícia Militar do Distrito Federal e do
Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Os feitos de competência da Justiça Militar serão processados e julgados de acordo com o
Código de Processo Penal Militar e, no que couber, respeitada a competência do Tribunal
de Justiça, pela Lei de Organização Judiciária Militar.
A Justiça Militar será composta de 1 Auditoria e dos Conselhos de Justiça, com
jurisdição em todo o Distrito Federal.
O cargo de Juiz-Auditor será preenchido por Juiz de Direito da Circunscrição Judiciária de
Brasília, a ele cabendo presidir e relatar todos os processos perante os Conselhos de
Justiça.
Os Conselhos de Justiça serão de 2 (duas) espécies:
Conselho Especial de Justiça, para processar e julgar os Oficiais e composto por
4 Juízes Militares, de patente igual ou superior à do acusado (não havendo deve se
recorrer a oficiais em inatividade), e do Juiz-Auditor;
Conselho Permanente de Justiça, para processar e julgar os Praças e composto
de 4 Juízes Militares, escolhidos dentre os oficiais da ativa, e do Juiz-Auditor.
Os Juízes Militares do Conselho Permanente de Justiça servirão pelo período de 4
meses consecutivos e só poderão ser de novo sorteados após transcorrido o
prazo de 6 meses, contados da dissolução do Conselho que tenham integrado.
Cada Juiz Militar do Conselho Especial ou Permanente de Justiça terá um suplente,
ambos escolhidos em sorteio presidido pelo Juiz-Auditor em sessão pública.
Os Juízes Militares dos Conselhos Especial e Permanente de Justiça serão sorteados
dentre os oficiais constantes da relação que deverá ser remetida ao Juiz-Auditor
pelo Comando-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal e pelo do Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal.
Não serão incluídos na relação os comandantes-gerais, os oficiais em serviço fora da
respectiva Corporação, os assistentes militares e os ajudantes de ordem.
Compete ao Juiz-Auditor:
expedir alvarás, mandados e outros atos, em cumprimento às decisões dos
Conselhos ou no exercício de suas próprias funções;
conceder habeas corpus, quando a coação partir de autoridade administrativa ou
judiciária militar, ressalvada a competência do Tribunal de Justiça;
exercer supervisão administrativa dos serviços da Auditoria e o poder
disciplinar sobre servidores que nela estejam localizados, respeitada a competência da
Corregedoria de Justiça.

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PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E OFÍCIOS


JUDICIAIS
DICA 41
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

Algumas atribuições que incumbem ao oficial de justiça:


cumprir pessoalmente as diligências, identificando-se pelo nome e pela função,
portando o crachá em local visível e, se solicitado, apresentar a carteira de identidade
funcional;
avaliar bens, salvo quando exigidos conhecimentos técnicosespecializados;
proceder à prévia avaliação na hipótese de bens a serem removidos ao Depósito
Público;
realizar leilões públicos, coletivos ou individuais, exceto quando houver indicação
de leiloeiro por credor em leilão público individual, admitido pelo juízo do feito;
lavrar certidões circunstanciadas, conforme modelos aprovados pela Corregedoria;
responder, até o dia útil seguinte, às orientações encaminhadas pela Administração e
pelos ofícios judiciais, bem como as mensagens eletrônicas enviadas pelas partes e
advogados;
providenciar o depósito em banco credenciado dos valores provenientes das constrições
sobre dinheiro, os quais ficarão à disposição do juízo, devendo juntar aos autos o
respectivo comprovante nas 48 horas subsequentes.
LEMBRETE! Não deixe de ler o art. 175 do Provimento Geral onde estão listadas
todas as atribuições dos oficiais de justiça!
DICA 42
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

É vedado lavrar certidões manuscritas.


É proibido ao oficial de justiça receber valores ou vantagens, a qualquer título, para o
exercício de suas atribuições.
O e-mail institucional do oficial de justiça será disponibilizado na consulta processual
realizada no sítio eletrônico do TJDFT.
DICA 43
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA
Os mandados serão cumpridos e devolvidos no prazo improrrogável de 20 dias, a
contar da data de distribuição, salvo prazo diverso previsto.
Os mandados de CITAÇÃO DE RÉU PRESO deverão ser cumpridos e devolvidos em até 5
dias a contar da sua distribuição.
DICA 44
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA
É vedada a devolução dos mandados diretamente nas secretarias das varas.
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Tratando-se de mandado de intimação para AUDIÊNCIA OU LEILÃO, o oficial de justiça


deverá devolvê-lo com até 3 dias úteis de antecedência, salvo se cumprido em regime
de plantão.

ATENÇÃO!

Se não houver tempo hábil para a devolução do mandado no prazo determinado no


parágrafo anterior, o oficial deverá informar à unidade expedidora o resultado da
diligência por telefone ou e-mail, fazendo constar tal fato na certidão, bem como o
nome e matrícula do servidor contatado.

DICA 45
DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA
É vedado ao oficial de justiça devolver mandado sem cumprimento, salvo nas hipóteses
excepcionadas neste Provimento.
Mandado cumprido é aquele que alcança a finalidade do ato determinado pelo Juiz,
produzindo os efeitos processuais pretendidos.
Ainda que não atingida a sua finalidade, reputa-se cumprido o mandado nos
seguintes casos, desde que esgotados os meios e certificados os atos realizados para o
êxito da diligência:
se verificada a necessidade de autorização judicial específica para a sua consecução,
tais como ordem de arrombamento, horário especial ou forçapolicial;

se o destinatário estiver viajando com prazo para retorno desconhecido ou superior a


20 dias;

se as informações contidas no mandado forem errôneas ou insuficientes para o seu


cumprimento;
nas demais circunstâncias que inviabilizem o seu cumprimento.

Somente serão cumpridas diligências nos estabelecimentos prisionais, EM HORÁRIO


NOTURNO, quando se cuidar de alvará de soltura, salvo se diversamente ordenar o
Juiz.
DICA 46
DO RECOLHIMENTO E DO CONTROLE DAS CUSTAS PROCESSUAIS

A COBRANÇA de custas processuais para as ações sujeitas à distribuição


compreenderá os itens:
custas;
mandado;
distribuidor;
contabilista-partidor;
diligência;
ofício de averbação de baixa.
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São ISENTOS do recolhimento de custas processuais:

o Distrito Federal e suas autarquias e fundações;


o Ministério Público;

os beneficiários de justiça gratuita.


DICA 47
DO RECOLHIMENTO E DO CONTROLE DAS CUSTAS PROCESSUAIS

NÃO há incidência de custas processuais:

nas ações populares;


nas ações civis públicas;
nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor, ressalvada a
hipótese de litigância de má–fé;
no habeas corpus e no habeas data;
nas ações de competência das Varas da Infância e da Juventude, quando figurarem
crianças ou adolescentes no pólo ativo ou no passivo.
DICA 48
DO RECOLHIMENTO E DO CONTROLE DAS CUSTAS PROCESSUAIS

Será cabível a DEVOLUÇÃO de custas processuais em caso de:


desistência do ajuizamento da ação ou da interposição do recurso;

recolhimento indevido decorrente de erro na emissão da guia;

recolhimento em duplicidade;
concessão de gratuidade de justiça;
determinação judicial ou administrativa.
O direito à devolução das custas processuais prescreve em 5 anos contados da data do
recolhimento.
DICA 49
PROVIMENTO 7 DE 08 DE SETEMBRO DE 2010
A PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO consiste na:

autuação,

prolação de despachos,
decisões ou sentenças,

designação de audiências,
expedição de documentos necessários ao cumprimento da ordem judicial, tais como
mandados, cartas precatórias, intimações,

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encaminhamento dos autos à apreciação do Juiz de Direito competente,


remessa dos autos ao Ministério Público ou à Defensoria Pública.
DICA 50
PROVIMENTO 7 DE 08 DE SETEMBRO DE 2010
Compete aos diretores de secretaria e aos demais servidores dos respectivos Juízos,
bem como aos oficiais de justiça, por ocasião do cumprimento de mandados judiciais
provenientes dos respectivos processos, a observância das regras quanto à prioridade de
tramitação previstas neste Provimento.
As serventias judiciais, observada a competência e capacidade operacional, poderão
suplementar os procedimentos ora estabelecidos, de forma a imprimir aos respectivos
processos judiciais mais celeridade e eficiência.

ATENÇÃO!

As dicas 59 e 60 aplicam-se ao Provimento 3, DJE de 20/06/2011.

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PROVIMENTO JUDICIAL APLICADO AO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO


DICA 51
DA CONTAGEM E DO CONTROLE DOS PRAZOS
Nas citações ou intimações pelos correios, considera-se como data de juntada do
aviso de recebimento aos autos, para fins de contagem do prazo previsto no art. 231,
do CPC:

a data da juntada, no processo eletrônico, do aviso de recebimento digitalizado;

a data da disponibilização, pelos Correios, no processo eletrônico, do aviso de


recebimento digital.
DICA 52
DA DIGITALIZAÇÃO E DA GUARDA DE DOCUMENTOS
As petições e documentos recebidos em meio físico, dirigidos a processos eletrônicos, nos
casos permitidos, serão digitalizados, juntados aos autos e mantidos no ofício de justiça
pelo período de 45 dias corridos.
Findo o prazo previsto no artigo, caso qualquer das partes, devidamente intimada, não
manifeste o interesse em manter a guarda dos documentos físicos, estes serão
descartados, salvo determinação judicial em sentidocontrário.
DICA 53
DA DIGITALIZAÇÃO E DA GUARDA DE DOCUMENTOS
É facultado às unidades jurisdicionais realizar a digitalização dos processos físicos que se
encontrem em tramitação, exceto os que estiverem conclusos para julgamento.
A digitalização de processos físicos deve ser integral e de maneira sequencial, de todas
as folhas dos autos, mantida a ordem das folhas do processo físico.
DICA 54
DA INSPEÇÃO
As varas que operam com o sistema PJe devem realizar INSPEÇÃO ORDINÁRIA ANUAL
relativa aos processos eletrônicos, observando, no que couber, o regramento contido no
Provimento Geral da Corregedoria aplicado aos Juízes e Ofícios Judiciais, relativo à
inspeção dos processos físicos.
Os Juízes realizarão, entre os meses de janeiro e junho, inspeção ordinária anual dos
processos eletrônicos em tramitação na vara.

ATENÇÃO!

Durante a inspeção os prazos processuais não serão suspensos.

DICA 55
DA INSPEÇÃO

Na inspeção será verificada a regularidade dos processos eletrônicos, abrangendo os


seguintes aspectos:
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prazos processuais;

publicação;
cumprimento dos mandados expedidos;
existência de ofícios não respondidos e de cartas precatórias e rogatória não
devolvidas;
despachos e decisões ainda não cumpridos;

cumprimento das metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ e pelo
Tribunal;
registro dos dados relativos ao processo, incluindo, conforme o caso:

dados das partes, advogados e terceiros;

registro de preferências na tramitação;

classificação do processo;

baixa de documentos não lidos;

baixa de partes.

ATENÇÃO!

O Juiz poderá realizar INSPEÇÃO EXTRAORDINÁRIA, total ou parcial, a qualquer


tempo e independentemente de prévio aviso, sempre que identificar motivo
ensejador para esse procedimento, atendendo, no que couber ao disposto nos artigos
anteriores.

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ADMINISTRAÇÃO DE RH E GESTÃO PÚBLICA


DICA 56
LICITAÇÕES PÚBLICAS
Licitação é o procedimento administrativo formal regra que se estabelece de forma prévia
às contratações de serviços, aquisições de produtos, ou até mesmo para registrar preços
para contratações futuras pelos entes da Administração Pública direta ou indireta, que
também pode ser considerada como pré-contrato, que tem como objetivo principal a
obtenção das propostas mais vantajosas e justas. No Brasil, para licitações por entidades
que façam uso da verba pública mais conhecida como Compras Governamentais ou
compras públicas, seguem as normas da Nova Lei de Licitações, a Lei 12.133 de 2021.
Dica!
Abrangência da Lei Nº 14.133/2021 - Licitações e contratos:
União, Estados, DF, Municípios
Autarquias
Fundações
Poderes Legislativo e Judiciário quando em função administrativa
Fundos especiais e as demais entidades controladas
NÃO são abrangidas:
Empresas públicas
Sociedades de economia mistas e suas subsidiárias.

DICA 57
PRINCÍPIOS DAS LICITAÇÕES PÚBLICAS

São princípios trazidos pela lei 12.133/21:

Significa que o agente público somente pode fazer


Princípio da Legalidade aquilo que a lei autoriza – sua função é cumprir a
lei.

Exige que todos aqueles que participem da


licitação pautem suas condutas conforme a ética,
Princípio da Moralidade
a boa-fé, os bons costumes e, acima de tudo, a
honestidade.
É a indicação dos fatos e fundamentos jurídicos
Princípio da Motivação
que autorizaram a prática do ato.

A licitação é procedimento que exige ampla


Princípio da Publicidade divulgação, não só do instrumento convocatório,
mas também de todas as suas fases.
É necessário que haja planejamento nas
Princípio da Planejamento contratações pelo Poder Público, na medida em
que reflete em economia futura.

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Pela lei 12.133 de 2021, é vedada a designação


do mesmo agente público para atuação simultânea
em funções mais suscetíveis a riscos, de modo a
Princípio da Segregação das reduzir a possibilidade de ocultação de erros e de
Funções ocorrência de fraudes na respectiva contratação,
de modo que as atividades licitatórias fiquem
distribuídas entre mais de um agente público cada
um com funções específicas.
Exige que todos os que participam da licitação
Princípio da Impessoalidade
tenham o mesmo tratamento.

Vale Lembrar!
Serão observados, ainda, os princípios serão observados os princípios da eficiência, do
interesse público, da probidade administrativa, da igualdade, da transparência, da
eficácia, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da segurança jurídica, da
razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da economicidade
e do desenvolvimento nacional sustentável.

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FGV, 2018.


Pela Lei nº 8.666/93, a licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração
e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável. Ela deve ser processada e
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da Administração Pública.
O princípio que busca o descerramento oficial do ato administrativo para o
conhecimento público, para a validade universal perante as partes e a terceiros e que,
uma vez não atendido, deixa de produzir efeitos regulares, deixando o ato sujeito à
invalidação, é o da
Alternativas
a) legalidade.
b) moralidade.
c) publicidade.
d) finalidade.
e) improbidade.
Gabarito: Letra c

DICA 58
PROCESSO LICITATÓRIO
O processo licitatório tem por objetivos:

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Assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado de contratação mais


vantajoso para a Administração Pública, inclusive no que se refere ao ciclo de vida do
objeto;
Assegurar tratamento isonômico entre os licitantes, bem como a justa competição;

Evitar contratações com sobrepreço ou com preços manifestamente inexequíveis e


superfaturamento na execução dos contratos;
Incentivar a inovação e o desenvolvimento nacional sustentável.

A Lei 14.133/21 aplica-se a:


Alienação e concessão de direito real de uso de bens;
Compra, inclusive por encomenda;
Locação;

Concessão e permissão de uso de bens públicos;


Prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais especializados;
Obras e serviços de arquitetura e engenharia;

Contratações de tecnologia da informação e de comunicação.

DICA 59
PROCESSO LICITATÓRIO - FASES
O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência:

I – preparatória - é caracterizada pelo planejamento e deve compatibilizar-se com o


plano de contratações anual e com as leis orçamentárias, bem como abordar todas as
considerações técnicas, mercadológicas e de gestão que podem interferir na contratação.
de divulgação do edital de licitação;

de apresentação de propostas e lances;


de julgamento;

de habilitação;
recursal;

de homologação.
DICA 60
FASES DO PROCESSO LICITATÓRIO - HABILITAÇÃO
A habilitação é a fase da licitação em que se verifica o conjunto de informações e
documentos necessários e suficientes para demonstrar a capacidade do licitante de
realizar o objeto da licitação, dividindo-se em:
jurídica;
técnica;

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fiscal, social e trabalhista;


econômico-financeira.

Na fase de habilitação das licitações serão observadas as seguintes


disposições:
poderá ser exigida dos licitantes a declaração de que atendem aos requisitos de
habilitação, e o declarante responderá pela veracidade das informações prestadas, na
forma da lei;
será exigida a apresentação dos documentos de habilitação apenas pelo licitante
vencedor, exceto quando a fase de habilitação anteceder a de julgamento;
serão exigidos os documentos relativos à regularidade fiscal, em qualquer caso,
somente em momento posterior ao julgamento das propostas, e apenas do licitante mais
bem classificado;
será exigida do licitante declaração de que cumpre as exigências de reserva de cargos
para pessoa com deficiência e para reabilitado da Previdência Social, previstas em lei e em
outras normas específicas.
DICA 61
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
A concorrência e o pregão seguem o rito procedimental comum do art. 17 da Lei 14.133
de 2021, (I – preparatória; II – de divulgação do edital de licitação; III – de apresentação
de propostas e lances, quando for o caso; IV – de julgamento; V – de habilitação; VI –
recursal; VII – de homologação), adotando-se o pregão sempre que o objeto possuir
padrões de desempenho e qualidade que possam ser objetivamente definidos pelo edital,
por meio de especificações usuais de mercado.

Pregão → para aquisição de bens e serviços comuns.


Concorrência → para aquisição de bens e serviços especiais.

Dica!
Não se utiliza mais, como na Lei n. 8.666/93, a escolha da modalidade em razão do valor.
Antes, se fosse contratação de grande porte, seria concorrência; médio porte, tomada de
preços; e pequeno porte, convite. Vale lembrar, inclusive que convite e tomada de preços
não existem mais na nova lei. A escolha por concorrência ou pregão ocorre em
razão do objeto!
Prazo do Pregão - divulgação antecedência mínima 08 dias úteis = bens/ 10 dias
úteis=serviços.
DICA 62
MODALIDADE DE LICITAÇÃO - CONCURSO
O concurso é modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico, científico ou
artístico, cujo critério de julgamento será o de melhor técnica ou conteúdo artístico, e
para concessão de prêmio ou remuneração ao vencedor.
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O concurso observará as regras e condições previstas em edital, que indicará:


a qualificação exigida dos participantes;
as diretrizes e formas de apresentação do trabalho;

as condições de realização e o prêmio ou remuneração a ser concedida ao vencedor.

Prazo: Divulgação antecedência mínima 35 dias úteis.

DICA 63
MODALIDADE DE LICITAÇÃO - LEILÃO
O leilão é a modalidade de licitação para alienação de bens imóveis ou de bens
móveis inservíveis ou legalmente apreendidos a quem oferecer o maior lance. O
leilão será precedido da divulgação do edital em sítio eletrônico oficial, que conterá:
a descrição do bem, com suas características, e, no caso de imóvel, sua situação e suas
divisas, com remissão à matrícula e aos registros;
o valor pelo qual o bem foi avaliado, o preço mínimo pelo qual poderá ser alienado, as
condições de pagamento e, se for o caso, a comissão do leiloeiro designado;
a indicação do lugar onde estiverem os móveis, os veículos e os semoventes;
o sítio da internet e o período em que ocorrerá o leilão, salvo se excepcionalmente
for realizado sob a forma presencial por comprovada inviabilidade técnica ou desvantagem
para a Administração, hipótese em que serão indicados o local, o dia e a hora de sua
realização;
a especificação de eventuais ônus, gravames ou pendências existentes sobre os bens a
serem leiloados.

Prazo: Apresentação lances mínimo 15 dias úteis a partir da divulgação do edital


Dica Importante:

Agora o leilão será a modalidade utilizada para a venda de imóveis. Antes, a


concorrência era a modalidade utilizada para adquirir ou alienar imóveis. Contudo, o leilão
também podia ser utilizado para alienação de bens imóveis da Administração Pública,
desde que a aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em
pagamento.
DICA 64
MODALIDADE DE LICITAÇÃO - DIÁLOGO COMPETITIVO
Diálogo competitivo é a modalidade de licitação para contratação de obras, serviços e
compras em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente
selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais
alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar
proposta final após o encerramento dos diálogos. Para entender essa modalidade, tenha
em mente que quando se utiliza o diálogo competitivo a Administração Pública busca uma
SOLUÇÃO. Encontrada a solução, depois haverá outra disputa para a escolha de quem vai
executá-la. Essa modalidade não será utilizada frequentemente, ela será adequada
quando a Administração Pública não tem a solução para resolver uma necessidade
A modalidade diálogo competitivo é restrita a contratações em que a Administração:
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Vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições:

inovação tecnológica ou técnica;

impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade satisfeita sem a adaptação


de soluções disponíveis no mercado; e

impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas com precisão suficiente


pela Administração;

Verifique a necessidade de definir e identificar os meios e as alternativas que possam


satisfazer suas necessidades, com destaque para os seguintes aspectos:

a solução técnica mais adequada;

os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida;


a estrutura jurídica ou financeira do contrato;

Esquematizando as fases da Modalidade Diálogo Competitivo!

Edital de pré-seleção com as necessidades e exigências

25 dias úteis para manifestar o interesse em participar da licitação

Pré-seleção de interessados

Início da fase de diálogo com os interessados

Identificação da melhor solução

Edital de início da fase competitiva

Prazo mínimo de 60 dias úteis para apresentação das propostas

Julgamento

Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FGV, 2021.


A Secretaria de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sepol) deseja realizar a
contratação de sociedade empresária para a aquisição de computadores para propósitos
específicos com sistema de segurança de dados, a fim de serem utilizados em
atividades de planejamento e inteligência policial. O objeto contratual envolve inovação
tecnológica ou técnica; impossibilidade de a Sepol ter sua necessidade satisfeita sem a
adaptação de soluções disponíveis no mercado; e impossibilidade de as especificações
técnicas serem definidas com precisão suficiente pela Sepol. Ademais, a
Polícia Civil verificou a necessidade de definir e identificar os meios e as alternativas

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que possam satisfazer suas necessidades, com destaque para a solução técnica mais
adequada, os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida e a estrutura
jurídica ou financeira do contrato.
Diante das especificidades narradas, consoante dispõe a Lei nº 14.133/2021, a
contratação pretendida ocorrerá mediante:
Alternativas
a) inexigibilidade de licitação, por expressa previsão legal, e o contratado deverá
comprovar previamente que os preços estão em conformidade com os praticados em
contratações semelhantes de objetos de mesma natureza;
b) dispensa de licitação, por expressa previsão legal, e o contratado deverá comprovar
previamente que os preços estão em conformidade com os praticados em contratações
semelhantes de objetos de mesma natureza;
c) prévia licitação, na modalidade diálogo competitivo, com o intuito de desenvolver
uma ou mais alternativas capazes de atender às necessidades da Sepol, devendo os
licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos;
d) prévia licitação, na modalidade pregão, pois o objeto do contrato possui padrões de
desempenho e qualidade que podem e devem ser objetivamente definidos pelo edital,
por meio de especificações usuais de mercado;
e) prévia licitação, na modalidade leilão, que exigirá registro cadastral prévio, não terá
fase de habilitação e deverá ser homologada assim que concluída a fase de lances,
superada a fase recursal.
Gabarito: Letra c

DICA 65
JULGAMENTO DAS PROPOSTAS
O julgamento das propostas será realizado de acordo com os seguintes critérios:

Menor preço: O licitante apresenta o preço dele e será vencedor o menor preço entre
aqueles apresentados.

Maior desconto: O edital apresenta um valor orçado e será vencedor aquele que
apresentar o maior desconto em relação ao preço apresentados pela Administração
Pública.

Melhor técnica ou conteúdo artístico: considerará exclusivamente as propostas


técnicas ou artísticas apresentadas pelos licitantes, e o edital deverá definir o prêmio ou a
remuneração que será atribuída aos vencedores.

Técnica e preço: Será realizada comparação entre a técnica desejada e o preço, ou


seja, custo benefício.

Maior lance, no caso de leilão: O valor mais alto ofertado no leilão.

Maior retorno econômico: será utilizado exclusivamente para a celebração de


contrato de eficiência, considerará a maior economia para a Administração, e a
remuneração deverá ser fixada em percentual que incidirá de forma proporcional à
economia efetivamente obtida na execução do contrato.
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DICA 66
JULGAMENTO DAS PROPOSTAS - HIPÓTESES DE DESCLASSIFICAÇÕES
Serão desclassificadas as propostas que:

contiverem vícios insanáveis;

não obedecerem às especificações técnicas pormenorizadas no edital;

Apresentarem preços inexequíveis ou permanecerem acima do orçamento estimado


para a contratação;

Não tiverem sua exequibilidade demonstrada, quando exigida pela Administração;

Apresentarem desconformidade com quaisquer outras exigências do edital, desde que


insanáveis.
DICA 67
JULGAMENTO DAS PROPOSTAS - DESEMPATE

Primeira etapa do desempate

disputa final, hipótese em que os licitantes empatados poderão apresentar nova


proposta em ato contínuo à classificação;

avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, para a qual deverão


preferencialmente ser utilizados registros cadastrais para efeito de atesto de
cumprimento de obrigações previstos nesta Lei;

desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade entre homens e mulheres no


ambiente de trabalho, conforme regulamento;

desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme orientações


dos órgãos de controle.

Segunda etapa do desempate

empresas estabelecidas no território do órgão ou entidade da Administração Pública


estadual licitante ou no Estado em que se localiza o órgão ou entidade da
Administração Pública municipal licitante;

empresas brasileiras;

empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País;

empresas que comprovem a prática de mitigação, nos termos da Lei n. 12.187 de


2009.

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Veja como foi cobrado em prova!

QUESTÃO FGV, 2022.


Em dezembro de 2021, o Ministério Público do Estado Ômega está realizando licitação
para aquisição de determinados bens. Ocorre que, durante o processo licitatório, houve
empate entre duas propostas. Utilizando sucessivamente os critérios previstos na nova
Lei de Licitações, o Ministério Público tentou o desempate por meio da disputa final,
mas os licitantes empatados não apresentaram nova proposta em ato contínuo à
classificação. Em seguida, tentou-se a avaliação do desempenho contratual prévio dos
licitantes, porém manteve-se o empate.
De acordo com a Lei nº 14.133/2021, o próximo critério que deverá ser utilizado pelo
Ministério Público para o desempate é:
Alternativas
a) o desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme orientações
dos órgãos de controle;
b) a priorização de sociedade empresária que invista em pesquisa e no
desenvolvimento de tecnologia no país;
c) o desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade entre homens e mulheres no
ambiente de trabalho, conforme regulamento;
d) a priorização de sociedade empresária estabelecida no território do Estado Ômega e,
frustrada tal tentativa, em Estado da mesma região do país;
e) a priorização de sociedade empresária que comprove a prática de mitigação,
conforme a Política Nacional sobre Mudança do Clima.
Gabarito: Letra c

DICA 68
ENCERRAMENTO
Encerradas as fases de julgamento e habilitação, e exauridos os recursos
administrativos, o processo licitatório será encaminhado à autoridade superior, que
poderá:

determinar o retorno dos autos para saneamento de irregularidades;

revogar a licitação por motivo de conveniência e oportunidade;

proceder à anulação da licitação, de ofício ou mediante provocação de terceiros,


sempre que presente ilegalidade insanável;

adjudicar o objeto e homologar a licitação.


DICA 69
CONTRATAÇÃO DIRETA - INEXIGIBILIDADE
É inexigível a licitação quando inviável a competição:

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Aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços que


só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivos;

Contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário


exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública;

Contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza


predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória especialização,
vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou projetos executivos;
pareceres, perícias e avaliações em geral;

assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;


fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;

patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;


treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;

restauração de obras de arte e de bens de valor histórico;


controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios de campo e
laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros específicos de obras e do
meio ambiente e demais serviços de engenharia que se enquadrem no disposto neste
inciso;

Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento;

Aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de localização


tornem necessária sua escolha.

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QUESTÃO FGV, 2022.


O Estado Alfa realizou o chamado, pela nova Lei de Licitação (Lei nº 14.133/2021),
procedimento de credenciamento, na medida em que realizou um processo
administrativo de chamamento público, convocando interessados em prestar
determinados serviços para que, preenchidos os requisitos necessários, se
credenciassem no órgão para executar o objeto quando convocados. Cumpridas
todas as formalidades legais, na presente hipótese, de acordo com o citado diploma
legal, em se tratando de caso de objeto que deva ser contratado por meio de
credenciamento, a licitação é:
Alternativas
a) inexigível, por expressa previsão legal;
b) dispensável, por expressa previsão legal;
c) obrigatória, na modalidade diálogo competitivo;
d) obrigatória, na modalidade pregão;

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e) obrigatória, na modalidade leilão.


Gabarito: Letra a

DICA 70
CONTRATAÇÃO DIRETA - DISPENSA DE LICITAÇÃO
É dispensável a licitação:

Para contratação que envolva valores inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais), no
caso de obras e serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de veículos
automotores;

Para contratação que envolva valores inferiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil


reais), no caso de outros serviços e compras

Para contratação que mantenha todas as condições definidas em edital de licitação


realizada há menos de 1 (um) ano, quando se verificar que naquela licitação:
não surgiram licitantes interessados ou não foram apresentadas propostas válidas;
as propostas apresentadas consignaram preços manifestamente superiores aos
praticados no mercado ou incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais
competentes;
Para contratação que tenha por objeto:
bens, componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira necessários à
manutenção de equipamentos, a serem adquiridos do fornecedor original desses
equipamentos durante o período de garantia técnica, quando essa condição de
exclusividade for indispensável para a vigência da garantia;
bens, serviços, alienações ou obras, nos termos de acordo internacional específico
aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente
vantajosas para a Administração;
produtos para pesquisa e desenvolvimento, limitada a contratação, no caso de obras e
serviços de engenharia, ao valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);
transferência de tecnologia ou licenciamento de direito de uso ou de exploração de
criação protegida, nas contratações realizadas por instituição científica, tecnológica e de
inovação (ICT) pública ou por agência de fomento, desde que demonstrada vantagem
para a Administração;
hortifrutigranjeiros, pães e outros gêneros perecíveis, no período necessário para a
realização dos processos licitatórios correspondentes, hipótese em que a contratação será
realizada diretamente com base no preço do dia;
bens ou serviços produzidos ou prestados no País que envolvam, cumulativamente, alta
complexidade tecnológica e defesa nacional;
materiais de uso das Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e
administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela
estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante autorização
por ato do comandante da força militar;

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bens e serviços para atendimento dos contingentes militares das forças singulares
brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, hipótese em que a contratação
deverá ser justificada quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e
ratificada pelo comandante da força militar;
abastecimento ou suprimento de efetivos militares em estada eventual de curta
duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de
movimentação operacional ou de adestramento;
coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou
reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, realizados por associações
ou cooperativas formadas exclusivamente de pessoas físicas de baixa renda reconhecidas
pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos
compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública;

aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade


certificada, desde que inerente às finalidades do órgão ou com elas compatível;

serviços especializados ou aquisição ou locação de equipamentos destinados ao


rastreamento e à obtenção de provas, quando houver necessidade justificada de
manutenção de sigilo sobre a investigação;

aquisição de medicamentos destinados exclusivamente ao tratamento de doenças raras


definidas pelo Ministério da Saúde;
Para contratação que possa acarretar comprometimento da segurança nacional, nos
casos estabelecidos pelo Ministro de Estado da Defesa, mediante demanda dos comandos
das Forças Armadas ou dos demais ministérios;
Nos casos de guerra, estado de defesa, estado de sítio, intervenção federal ou de grave
perturbação da ordem;
Nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade dos
serviços públicos ou a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros
bens, públicos ou particulares, e somente para aquisição dos bens necessários ao
atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços
que possam ser concluídas no prazo máximo de 1 (um) ano, contado da data de
ocorrência da emergência ou da calamidade, vedadas a prorrogação dos respectivos
contratos e a recontratação de empresa já contratada com base no disposto neste inciso;
Para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou
serviços prestados por órgão ou entidade que integrem a Administração Pública e que
tenham sido criados para esse fim específico, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado;
Quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou
normalizar o abastecimento;
Para celebração de contrato de programa com ente federativo ou com entidade de sua
Administração Pública indireta que envolva prestação de serviços públicos de forma
associada nos termos autorizados em contrato de consórcio público ou em convênio de
cooperação;
Para contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos
para o Sistema Único de Saúde (SUS), conforme elencados em ato da direção nacional do

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SUS, inclusive por ocasião da aquisição desses produtos durante as etapas de absorção
tecnológica, e em valores compatíveis com aqueles definidos no instrumento firmado para
a transferência de tecnologia;
Para contratação de profissionais para compor a comissão de avaliação de critérios de
técnica, quando se tratar de profissional técnico de notória especialização;
Para contratação de associação de pessoas com deficiência, sem fins lucrativos e de
comprovada idoneidade, por órgão ou entidade da Administração Pública, para a
prestação de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no
mercado e os serviços contratados sejam prestados exclusivamente por pessoas com
deficiência;
Para contratação de instituição brasileira que tenha por finalidade estatutária apoiar,
captar e executar atividades de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional,
científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive para gerir administrativa e
financeiramente essas atividades, ou para contratação de instituição dedicada à
recuperação social da pessoa presa, desde que o contratado tenha inquestionável
reputação ética e profissional e não tenha fins lucrativos;
Para aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de insumos estratégicos
para a saúde produzidos por fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha por
finalidade apoiar órgão da Administração Pública direta, sua autarquia ou fundação em
projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e
tecnológico e de estímulo à inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira
necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de
tecnologia de produtos estratégicos para o SUS, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 71
NOVA REGRA CRIADA PELA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

A partir da Emenda Constitucional 109, de 2019, a aposentadoria concedida com a


utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública,
inclusive aquele tempo de contribuição do Regime Geral de Previdência Social (RGPS),
acarretará o rompimento do vínculo que gerou o tempo de contribuição.

OBS.: Atinge qualquer segurado, de qualquer regime de seguridade social, seja o


próprio ou o geral de previdência social.

Aposentadoria Seja decorrente de Acarretará o


concedida com a cargo, emprego ou rompimento do
utilização de função pública. vínculo que
tempo de gerou o tempo
Seja decorrente de de contribuição
contribuição
contribuição do
RGPS

DICA 72
SERVIDOR PÚBLICO NO EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO

É permitido ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, assumir


cargo eletivo.

Na hipótese de cargos do Executivo ou do Legislativo Federal, Estadual ou Distrital,


ocorrerá o afastamento do cargo efetivo ou em comissão, função ou emprego público. A
remuneração percebida será a do cargo eletivo.

Na hipótese do cargo de prefeito, ocorrerá o afastamento do cargo efetivo ou em


comissão, função ou emprego público. Já a remuneração poderá ser a do cargo eletivo
ou a do cargo efetivo ou em comissão, função ou emprego público, de acordo
com a OPÇÃO DO SERVIDOR.

Quando o cargo eletivo for de vereador, caso haja compatibilidade de horários,


poderá ocorrer a acumulação do cargo político com o cargo efetivo ou em comissão,
função ou emprego público. Caso não haja compatibilidade, será afastado do cargo
efetivo ou em comissão, função ou emprego público, podendo optar pela remuneração
de qualquer um deles.

DICA 73
REGIME JURÍDICO ÚNICO

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua


competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

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Instituirão, no âmbito de sua


competência, regime jurídico
U, E, DF e M
único e planos de carreira
para seus servidores.

A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema


remuneratório observará:

A natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de


cada carreira;

Os requisitos para a investidura;

As peculiaridades dos cargos.

DICA 74
REGIME

O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado nas
seguintes hipóteses:

Por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido,


quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de
avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;

Compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70


(setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
Complementar;

No âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65


(sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas
Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.

A Lei Complementar nº 152/2015, aplicável aos servidores públicos de todas as esferas


federativas, bem como aos membros do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensorias
Públicas e Tribunais de Contas, instituiu a aposentadoria compulsória aos 75 anos.

DICA 75
REGIME PREVIDENCIÁRIO

Segundo dispõe o artigo 40, o regime próprio de previdência social dos servidores
(RPPS) titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

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O regime GERAL de previdência social aplica-se:

Agentes públicos ocupantes exclusivamente de cargos em comissão;

Ocupantes de empregos públicos, abrangidos os empregados dos consórcios públicos e


dos conselhos de fiscalização das profissões;

Ocupantes de funções temporárias;

Ocupantes de mandatos eletivos.

Segundo dispõe o artigo 40, o regime próprio de previdência social dos servidores
(RPPS) titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

DICA 76
ABONO DE PERMANÊNCIA

Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o


servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a
aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a
um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição
previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória (EC 103/19).

Requisitos para a concessão do abono permanência:

Titular de cargo efetivo;

Tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária;

Opte por permanecer em atividade.

Valor do abono permanência: No máximo, o valor da sua contribuição previdenciária;

Duração: até completar a idade para aposentadoria compulsória.

DICA 77
ESTABILIDADE E PERDA DO CARGO

Segundo dispõe o artigo 41, caput, o servidor público nomeado para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público adquire a estabilidade após 03
anos de efetivo exercício.

O servidor público ocupante de cargo em comissão NÃO POSSUI ESTABILIDADE.

Após esse período, o servidor somente perderá o cargo nas seguintes hipóteses:

Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

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Mediante Procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

DICA 78
PODER JUDICIÁRIO - ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO
O Poder Judiciário é um dos Poderes da União ao lado do Poder Executivo e Legislativo.
A atividade típica do Poder Judiciário é a jurisdicional, oportunidade em que se substitui
aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do
conflito.
O Poder Judiciário ainda exerce atividade atípicas, tanto executivas-administrativas
(concessão de férias) quanto legislativas (elaboração de regimento interno).

ATENÇÃO!

O Poder Judiciário é constituído apenas na União, nos Estados e no Distrito Federal. Os


municípios não possuem poder judiciário próprio. Mas cuidado, os Municípios
apresentam fóruns e juízes, mas eles são constituídos pelo Estado respectivo, e não
pelo próprio Município.

São órgãos do Poder Judiciário:


Supremo Tribunal Federal – STF;
Conselho Nacional de Justiça – CNJ;
Superior Tribunal de Justiça – STJ;
Tribunal Superior do Trabalho – TST;
Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais – TRF;
Tribunais e Juízes do Trabalho;
Tribunais e Juízes Eleitorais;
Tribunais e Juízes Militares;

Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.


DICA 79
JUSTIÇA COMUM E ESPECIAL
A jurisdição no Brasil, divide-se em:

Justiça Comum: Justiça Estadual composta por Tribunais de Justiça e Juízes


de Direito. E Justiça Federal composta por Tribunais Regionais Federais e Juízes
Federais.

Justiça Especial: composta pela Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar.

Dentre os Tribunais Superiores, ou seja, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior


do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral e Superior Tribunal Militar, o único que não

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integra nem a Justiça Comum, nem a Justiça Especial é o Superior Tribunal de


Justiça.

ATENÇÃO!

O STF NÃO faz parte dos Tribunais Superiores.

Em que pese haver essas distinções, a doutrina majoritária entende que a


JURISDIÇÃO É UMA (ÚNICA), havendo essa distinção para fins de organização de
trabalho.

DICA 80
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)
O CNJ foi criado pela Emenda Constitucional nº. 45/2004. Trata-se de órgão com
competência administrativa e não jurisdicional.

Controla a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento


dos deveres funcionais dos juízes.

DICA 81
DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Presidência do CNJ: O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo


Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do
Supremo Tribunal Federal.
IMPORTANTE!
Lembrando que a exigência constitucional sobre a necessidade de “notável saber jurídico”
não obriga qualquer formação acadêmica em ciências jurídicas. Portanto, não é necessário
que o cidadão seja sequer bacharel em direito para poder ser indicado.

ATENÇÃO!

Apenas advogados e “cidadãos” contam com 02 (dois) membros, o restante dos


órgãos conta com apenas um membro, o que facilita a memorização.

DICA 82
DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de:

15 (quinze) membros;
com mandato de 2 (dois) anos;
admitida 1 (uma) recondução,

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15 membros

Mandato de 2 anos
Conselho Nacional de Justiça
Admitida 1 recondução

DICA 83
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

o Presidente do Supremo Tribunal Federal;

um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;

um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;

um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do


Trabalho;

um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da


República;

um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da


República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição
estadual;

DOIS advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

DOIS cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela


Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

DICA 84
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA: COMPOSIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público é instituição permanente e essencial à função jurisdicional do


Estado.
Ao MP incumbe a defesa:
da ordem jurídica;
do regime democrático;
dos interesses sociais e individuais indisponíveis
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Outro aspecto importante é os princípios que regem o Ministério Público, quais sejam, a
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
O Ministério Público é autônomo e independente, não se subordina a nenhum dos três
poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
O Ministério Público abrange:
Ministério Público da União – MPU:
Ministério Público Federal – MPF;
Ministério Público do Trabalho – MPT;
Ministério Público Militar – MPM;
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT.

Ministério Público dos estados – MPE.


DICA 85
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO
As principais atribuições do Ministério Público são:
Promover, privativamente, a ação penal pública;
Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados nesta Constituição;
Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de
intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na CF.
Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
Exercer o controle externo da atividade policial.

ATENÇÃO!

Poder de investigação do MP
O STF já reconheceu que o MP tem legitimidade para promover investigações de
natureza criminal, segundo a Teoria dos Poderes Implícitos.
O raciocínio estabelecido para justificar o poder de investigação é o seguinte: se o MP
é o titular da ação penal pública, toda a investigação é destinada ao MP para
promover ou não a ação penal pública, ele também poderá realizar a atividade
antecedente que é a investigação.

QUESTÃO FGV, 2019.


De acordo com a Constituição da República de 1988, o Ministério Público é instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da
ordem jurídica e do regime democrático, sendo exemplo de sua função institucional
promover: a representação para fins de intervenção da União e dos Estados,
nos casos previstos na referida Constituição.
Gabarito: Certa.

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DICA BÔNUS
ADVOCACIA

São funções essenciais à justiça tanto a advocacia pública, quanto a advocacia


privada.
Advocacia-Geral da União é a instituição que representa a União, judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico do Poder Executivo.
No âmbito dos estados, DF e municípios também existem os advogados públicos que
representam os interesses da unidade da federação e podem ser denominados como
Procurador do Estado. Advogados públicos não se confundem com defensores
públicos.
Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
Ressalta-se que em processo de dívida ativa de natureza tributária, a representação da
União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que é um órgão integrante da
AGU.
A advocacia privada é exercida pelos bacharéis em Direito, após a aprovação no exame da
OAB. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
DICA BÔNUS
DEFENSORIA PÚBLICA

A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


Estado, tem as funções de orientação jurídica, promoção dos direitos humanos e a
defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de
forma integral e gratuita, aos necessitados.
É vedado aos Defensores Públicos o exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais.
As Defensorias Públicas Estaduais têm autonomia funcional e administrativa e a
iniciativa de sua proposta orçamentária. Essa autonomia é desde a EC 45/2004.
As Defensorias Públicas do DF e da União não possuíam essa autonomia, a qual
somente foi estendida com a EC 74/2013.
São princípios Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 86
NOVA LEI DE LICITAÇÕES: MODALIDADES
A modalidade, assim como outras informações essenciais para o certame, é definida no
edital e irá determinar as regras de todo o processo.

Assim, a partir da aprovação da nova lei, o processo licitatório poderá ocorrer nos
seguintes formatos:

Pregão;

Concorrência;

Concurso;

Leilão;

Diálogo Competitivo.

DICA 87
MODALIDADES E CRITÉRIOS

PREGÃO Contratação de bens e Menor preço e maior


serviços comuns. desconto.

CONCORRÊNCIA Contratação de bens e serviços Melhor técnica ou


especiais e engenharia. técnica e preço;
Maior pontuação entre
a qualificação de ambas
as notas.

CONCURSO Melhor trabalho técnico, Melhor técnica ou


científico ou artístico. conteúdo artístico.

LEILÃO Alienação de bens móveis e


Maior lance
imóveis

DIÁLOGO
Novação tecnológica Todas as modalidades
COMPETITIVO

DICA 88
CONTRATAÇÃO DIRETA
A contratação direta pode ocorrer nos casos de dispensa e inexigibilidade.
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Serão necessários os seguintes DOCUMENTOS:

Formalização de demanda e, se for o caso, estudo técnico preliminar, análise de riscos,


termo de referência, projeto básico ou projeto executivo;

Estimativa de despesa;

Parecer jurídico e pareceres técnicos;

Demonstração da compatibilidade da previsão de recursos orçamentários;

Comprovação dos requisitos de habilitação e qualificação;

Razão da escolha do contratado;

Justificativa de preço;

Autorização da autoridade competente.

DICA 89
CONTRATAÇÃO DIRETA INDEVIDA

A contratação direta será considerada indevida nos casos de:

Dolo;
Fraude;

Erro grosseiro.

Nesses casos o contratado e o agente público serão responsáveis pelo dano causado
ao erário de forma solidária!

A responsabilidade solidária faz com que os dois sejam responsáveis na mesma medida e
ao mesmo tempo.

A responsabilidade solidária pelo dano não exclui a responsabilidade penal ou


administrativa.

DICA 90
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

Será inexigível a licitação quando for inviável a competição, ou seja, não existe
possibilidade de competição.

São as hipóteses:

Aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de


serviços que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivos;

Contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário


exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública;

Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento;


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Aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de localização


tornem necessária sua escolha.

Contratação de alguns serviços técnicos especializados de natureza


predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

DICA 91
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

Serão inexigíveis os seguintes serviços técnicos especializados de natureza


predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória
especialização:

Estudos técnicos, planejamentos, projetos básicos ou projetos executivos;

Pareceres, perícias e avaliações em geral;

Assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;

Fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;

Patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas (advogado)

Treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;

Restauração de obras de arte e de bens de valor histórico;

Controles de qualidade e tecnológico, análises, testes e ensaios de campo e


laboratoriais, instrumentação e monitoramento de parâmetros específicos de obras e
do meio ambiente e demais serviços de engenharia que se enquadrem no disposto
neste inciso.

DICA 92
CONCEITOS IMPORTANTES DA INEXIGIBILIDADE

Empresário exclusivo:

Pessoa FÍSICA ou JURÍDICA;

Contrato, declaração, carta ou outro documento que ateste a exclusividade


permanente e contínua de representação, no País ou em Estado específico;

Profissional do setor artístico;

Afastada a possibilidade de contratação direta por inexigibilidade por meio de


empresário com representação restrita a evento ou local específico.

OU SEJA: é preciso que a contratação seja feita diretamente com o empresário FIXO do
artista, que seja o seu empresário de forma CONTÍNUA e não somente para um show, por
exemplo.

Notória especialização:

Profissional ou a empresa
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Conceito no campo de sua especialidade

Decorrente de desempenho anterior;

Trabalho essencial;

Reconhecidamente adequado à plena satisfação do objeto do contrato.

DICA 93
DISPENSA PELO VALOR

OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA Inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil


OU DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO reais)
DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

OUTROS SERVIÇOS E COMPRAS Inferiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil


reais)

PRODUTOS PARA PESQUISA E Inferiores a R$ 300.000,00 (trezentos


DESENVOLVIMENTO PARA CASO DE mil reais)
OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA

Os valores serão duplicados para compras, obras e serviços contratados por consórcio
público ou por autarquia OU fundação qualificadas como agências executivas na
forma da lei.
DICA 94
EXEMPLOS DE OUTRAS LICITAÇÕES DISPENSÁVEIS

Hortifrutigranjeiros, pães e outros gêneros perecíveis;

Bens ou serviços produzidos ou prestados no País que envolvam, cumulativamente,


alta complexidade tecnológica e defesa nacional;

Materiais de uso das Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e
administrativo;

Coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis


OU reutilizáveis;

Casos de guerra, estado de defesa, estado de sítio, intervenção federal ou de


grave perturbação da ordem

DICA 95
LEI N° 14.133, DE 01 DE ABRIL DE 2021 – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS - DA
FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
Os contratos de que trata a Lei 14.122/21 regular-se-ão pelas suas cláusulas e pelos
preceitos de direito público, e a eles serão aplicados, SUPLETIVAMENTE, os princípios da
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

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Todo contrato deverá mencionar:


os nomes das partes e

os nomes de seus representantes,


a finalidade,
o ato que autorizou sua lavratura,

o número do processo da licitação ou da contratação direta e


a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.
Os contratos deverão estabelecer com clareza e precisão as condições para sua
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, as obrigações e as
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos do edital de licitação e
os da proposta vencedora ou com os termos do ato que autorizou a contratação direta e
os da respectiva proposta.
DICA 96
TERMO DE CONTRATO
A Administração convocará regularmente o licitante vencedor para assinar o TERMO DE
CONTRATO ou para aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e
nas condições estabelecidas no edital de licitação, SOB PENA de decair o direito à
contratação, SEM prejuízo das sanções previstas na Lei 14.133/21.
O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1 (uma) vez, por igual período,
mediante solicitação da parte durante seu transcurso, devidamente justificada, e desde
que o motivo apresentado seja aceito pela Administração.
Será facultado à Administração, quando o convocado NÃO assinar o termo de contrato
ou NÃO aceitar ou NÃO retirar o instrumento equivalente no prazo e nas condições
estabelecidas, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para
a celebração do contrato nas condições propostas pelo licitante vencedor.
Decorrido o prazo de validade da proposta indicado no edital SEM convocação para a
contratação, ficarão os licitantes liberados dos compromissos assumidos.

NÃO ACEITAÇÃO DA CONTRATAÇÃO PELOS LICITANTES

Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação nos termos do § 2º,


do art. 90, da Lei 14.133/21, a Administração, observados o valor estimado e sua
eventual atualização nos termos do edital, PODERÁ:

convocar os licitantes remanescentes para negociação, na ordem de classificação,


com vistas à obtenção de preço melhor, mesmo que acima do preço do adjudicatário;

adjudicar e celebrar o contrato nas condições ofertadas pelos licitantes


remanescentes, atendida a ordem classificatória, quando frustrada a negociação de
melhor condição.
A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato ou em aceitar ou
retirar o instrumento equivalente no prazo estabelecido pela Administração
caracterizará o descumprimento total da obrigação assumida e o sujeitará às

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55
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penalidades legalmente estabelecidas e à imediata perda da garantia de


proposta em favor do órgão ou entidade licitante.

Essa regra NÃO se aplicará aos licitantes remanescentes.


Será FACULTADA à Administração a convocação dos demais licitantes classificados para a
contratação de remanescente de obra, de serviço ou de fornecimento em
consequência de rescisão contratual, observados os mesmos critérios estabelecidos
nos §§ 2º e 4º do art. 90, da Lei 14.133/21.

DICA 97
CLÁUSULAS OBRIGATÓRIAS

São necessárias em TODO contrato cláusulas que estabeleçam:

o objeto e seus elementos característicos;

a vinculação ao edital de licitação e à proposta do licitante vencedor ou ao ato que


tiver autorizado a contratação direta e à respectiva proposta;

a legislação aplicável à execução do contrato, inclusive quanto aos casos omissos;

o regime de execução ou a forma de fornecimento;

o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-base e a periodicidade


do reajustamento de preços e os critérios de atualização monetária entre a data
do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

os critérios e a periodicidade da medição, quando for o caso, e o prazo para


liquidação e para pagamento;

os prazos de início das etapas de execução, conclusão, entrega, observação e


recebimento definitivo, quando for o caso;

o prazo para resposta ao pedido de repactuação de preços, quando for o caso;

o prazo para resposta ao pedido de restabelecimento do equilíbrio econômico-


financeiro, quando for o caso;

o prazo de garantia mínima do objeto, observados os prazos mínimos estabelecidos


nesta Lei e nas normas técnicas aplicáveis, e as condições de manutenção e assistência
técnica, quando for o caso;

o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional


programática e da categoria econômica;

a matriz de risco, quando for o caso;

o modelo de gestão do contrato, observados os requisitos definidos em regulamento;

as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas, inclusive
as que forem oferecidas pelo contratado no caso de antecipação de valores a título de

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pagamento;

os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores


das multas e suas bases de cálculo;

as condições de importação e a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for


o caso;

a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em


compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições exigidas
para a habilitação na licitação, ou para a qualificação, na contratação direta;

a obrigação de o contratado cumprir as exigências de reserva de cargos prevista


em lei, bem como em outras normas específicas, para pessoa com deficiência, para
reabilitado da Previdência Social e para aprendiz;

os casos de extinção.

DICA 98
DA DIVULGAÇÃO NO PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS (PNCP)

A divulgação no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) é CONDIÇÃO


INDISPENSÁVEL para a eficácia do contrato e de seus aditamentos e deverá ocorrer nos
seguintes PRAZOS, contados da data de sua assinatura:

20 (vinte) dias úteis, no caso de licitação;

10 (dez) dias úteis, no caso de contratação direta.


Os contratos celebrados em caso de urgência terão eficácia a partir de sua
assinatura e deverão ser publicados nos prazos previstos acima, sob pena de nulidade.

A divulgação tratada acima, quando referente à contratação de profissional do


setor artístico por inexigibilidade, DEVERÁ identificar os custos:
do cachê do artista,
do cachê dos músicos ou da banda, quando houver,
do transporte,
da hospedagem,
da infraestrutura,
da logística do evento e
das demais despesas específicas.

No caso de obras, a Administração divulgará em sítio eletrônico oficial:


em até 25 (vinte e cinco) dias úteis após a ASSINATURA do contrato: os quantitativos
e os preços unitários e totais que contratar e,
em até 45 (quarenta e cinco) dias úteis após a CONCLUSÃO do contrato: os
quantitativos executados e os preços praticados.

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DA NÃO OBRIGATORIEDADE DO INSTRUMENTO DE CONTRATO:


REGRA: O instrumento de contrato é obrigatório.

SALVO nas seguintes hipóteses, em que a Administração poderá substituí-lo por


outro instrumento hábil, como carta-contrato, nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou ordem de execução de serviço:

dispensa de licitação em razão de valor;

compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos e dos quais NÃO
resultem obrigações futuras, inclusive quanto a assistência técnica, independentemente
de seu valor.

ATENÇÃO!

É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, SALVO o de


pequenas compras ou o de prestação de serviços de pronto pagamento,
assim entendidos aqueles de valor NÃO superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).

DICA 99
DAS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO

O regime jurídico dos contratos instituído pela Lei 14.133/21 confere à


Administração, em relação a eles, as PRERROGATIVAS de:

modificá-los, UNILATERALMENTE, para melhor adequação às finalidades de interesse


público, respeitados os direitos do contratado;

extingui-los, UNILATERALMENTE, nos casos especificados nesta Lei;

fiscalizar sua execução;

aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

ocupar PROVISORIAMENTE bens móveis e imóveis e utilizar pessoal e serviços


vinculados ao objeto do contrato nas hipóteses de:

risco à prestação de serviços essenciais;

necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado,


inclusive após extinção do contrato.
As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos NÃO poderão ser
alteradas sem prévia concordância do contratado.
Na hipótese prevista de modificação, as cláusulas econômico-financeiras do contrato
DEVERÃO ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
DICA 100
DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS E DOS PREÇOS
Os contratos regidos pela Lei 14.133/21 poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:

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Unilateralmente pela Administração:

quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor


adequação técnica a seus objetivos;

quando for necessária a modificação do valor contratual em decorrência de


acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

Por Acordo entre as Partes:

quando conveniente a substituição da garantia de execução;

quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou do serviço,


bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade
dos termos contratuais originários;

quando necessária a modificação da forma de pagamento por imposição de


circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado e vedada a
antecipação do pagamento em relação ao cronograma financeiro fixado sem a
correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato em caso


de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe ou em decorrência de fatos imprevisíveis
ou previsíveis de consequências incalculáveis, que inviabilizem a execução do contrato tal
como pactuado, respeitada, EM QUALQUER CASO, a repartição objetiva de risco
estabelecida no contrato.
Se forem decorrentes de falhas de projeto, as alterações de contratos de obras e
serviços de engenharia ensejarão apuração de responsabilidade do responsável técnico e
adoção das providências necessárias para o ressarcimento dos danos causados à
Administração.
SERÁ APLICADO o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro inicial do
contrato às contratações de obras e serviços de engenharia, quando a execução for
obstada pelo atraso na conclusão de procedimentos de desapropriação, desocupação,
servidão administrativa ou licenciamento ambiental, por circunstâncias alheias ao
contratado.

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DIREITO CIVIL

DICA 101
PESSOAS JURÍDICAS - FUNDAÇÕES

FUNDAÇÕES: afetação patrimonial dotada de personalidade jurídica, por vontade de


seu titular, por meio de testamento ou escritura pública, com uma finalidade
específica.
O instituidor da fundação deve especificar no ato a sua FINALIDADE (de ordem não
econômica).

ATENÇÃO!

A fundação APENAS poderá constituir-se para fins de:

assistência social;

cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;

educação;

saúde;

segurança alimentar e nutricional;

defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do


desenvolvimento sustentável;

pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas,


modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e
conhecimentos técnicos e científicos;

promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;

atividades religiosas.

DICA 102
FUNDAÇÕES

Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se


de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se
proponha a fim igual ou semelhante. (Art. 63, CC)

Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é OBRIGADO


a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o
fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial. (Art. 64, CC)

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TOME NOTA!

Quanto à CONSTITUIÇÃO da Fundação, tem-se que ela ocorre em 4 fases:


ato de instituição;

elaboração do Estatuto;
aprovação do Estatuto;
registro.

→ O registro será no Registro Civil das Pessoas Jurídicas.


DICA 103
FUNDAÇÕES
Quanto às ALTERAÇÕES nos Estatutos, é necessário que (art. 67, CC):

seja deliberada por 2/3 dos competentes para gerir e representar a fundação;
não contrarie ou desvirtue o fim desta;

seja APROVADA pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 dias, findo
o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento
do interessado.
Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores
da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se
dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em 10 dias (art. 68, CC).
Quanto à EXTINÇÃO das Fundações, estas podem ser extintas se vencer o prazo de sua
existência ou podem ser extintas caso se torne ilícita, impossível ou inútil a finalidade
a que visa a fundação.
DICA 104
RESPONSABILIDADE DAS PESSOAS JURÍDICAS
A responsabilidade da PJ ocorre nas 3 esferas do direito: âmbito administrativo, civil
e criminal.

TOME NOTA!

As 3 esferas (administrativa, cível e criminal) são independentes entre si!

Quanto à responsabilidade CIVIL, pode ser: contratual ou extracontratual.

CONTRATUAL: decorre do princípio “pacta sunt servanda” = “o pacto deve ser


cumprido”.
Portanto, se a empresa deixa de cumprir o contrato, ela incorrerá em Responsabilidade
contratual.
Art. 389, CC: Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e
honorários de advogado.

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EXTRACONTRATUAL: responsabilidade aquiliana. Não decorre de


descumprimento do contrato, mas de um fato que ocorre FORA do contrato.
Dever de observar o princípio “neminem laedere” = dever de não lesar. Há a prática
de ato ilícito (extracontratual) que lesou alguém.

Subjetiva: nexo de causalidade entre o dano e o ato ilícito praticado por agente
(culpa ou dolo). Apenas responde pelo dano quem der causa.

Objetiva: é a responsabilidade da empresa por FATO DE TERCEIRO. Não é


preciso demonstrar dolo ou culpa.
Por exemplo: motorista de ônibus causa acidente de trânsito. A empresa
Não possui culpa, mas será responsabilizada. Responsabilidade objetiva.

ATENÇÃO!

Art. 37, § 6º, CF: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.

DICA 105
EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
Formas de dissolução da pessoa jurídica: CONVENCIONAL, LEGAL,
ADMINISTRATIVA E JUDICIAL.

CONVENCIONAL: O artigo 1.033 do Código Civil dispõe que a sociedade será


dissolvida quando ocorrer:
o consenso unânime dos sócios;
a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo
indeterminado;

LEGAL: O artigo 1.028 do CC diz que no caso de morte de sócio, será liquidada
quota, salvo:
se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
Há a dissolução legal também no caso de decretação de falência.

ADMINISTRATIVA: A sociedade será dissolvida no momento em que houver a extin


na forma da lei, de autorização para funcionar (art. 1.033, CC).

JUDICIAL: A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento de qual


dos sócios, quando (art. 1.034, CC):
anulada a sua constituição;
exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade.

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DICA 106
BENS

CONCEITO DE BENS: são coisas imateriais ou materiais que possuem valor econômico
e podem ser objeto de uma relação jurídica.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS (os principais): infungíveis, fungíveis, móveis e
imóveis.
Infungíveis: não podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.
Fungíveis: podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.
Imóveis: REGRA – solo e aquilo que nele se incorporar, natural ou artificialmente.

Móveis: REGRA – suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia,


sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
TOME NOTA!
Consideram-se móveis para os efeitos legais, as energias que tenham valor
econômico.

Veja como já foi cobrado pela FGV:

QUESTÃO FGV, 2019.


A concessionária WYZ instalou algumas torres em imóvel concedido pelo Estado, as
quais têm utilidade de transmitir energia para as residências de determinado bairro.
A energia transmitida, segundo o que dispõe o Código Civil, é considerada
a) bem móvel.
b) bem dominical.
c) bem acessório às torres.
d) bem público de uso comum.
e) bem imóvel.
Gabarito: Alternativa a

DICA 107
BENS

CLASSIFICAÇÃO DOS BENS (os principais): divisíveis, indivisíveis, singulares,


coletivos, principais e acessórios.
Divisíveis: podem ser fracionados sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

Indivisíveis: quando fracionados, perdem sua qualidade, sua essência.

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Singulares: possuem existência independente e autônoma, em relação a outros


bens.

Coletivos: reunião de bens singulares, que pode dar origem a um novo bem.
Principais: são autônomos, pois não dependem de outros bens.

Acessórios: dependem do principal para a sua existência.


TOME NOTA!
REGRA: o acessório segue o principal, exceto se houver previsão contratual diversa.
DICA 108
BENS

BENFEITORIAS: são obras realizadas pelo homem em um bem que existe, para fins
de conservação, melhoria ou embelezamento. Exemplo: colocar uma piscina no pátio
de casa é uma benfeitoria (voluptuária).
ESPÉCIES DE BENFEITORIAS:
Voluptuárias: são voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o
uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor (art.
96, §1, CC).
Úteis: são úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem (art. 96, §2, CC).
Necessárias: são necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se
deteriore (art. 93, §3, CC).

ATENÇÃO!

Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao


bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor (art. 97, CC).

DICA 109
NEGÓCIO JURÍDICO - SIMULAÇÃO
É a manifestação de vontade com desacordo proposital entre a vontade interna (intenção)
e a vontade externa (manifestação/declaração). A pessoa declara uma coisa, quando na
verdade queria outra, ou nada queria.

ATENÇÃO!

NÃO CONFUNDIR:
Diversamente do que ocorre na reserva mental, na simulação os contratantes agem
em conluio para prejudicar terceiro. Na reserva mental o declarante não age em
conluio com o declaratório. A simulação invalida o negócio jurídico e a reserva
mental não.

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DICA 110

CESSÃO DE CRÉDITO

Na cessão de crédito, o credor transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional.


Trata-se de um negócio jurídico bilateral, formalizado entre o credor primitivo e o novo
credor. O credor primitivo é também chamado de cedente, e o novo credor, cessionário.
Pode configurar tanto na alienação onerosa quanto gratuita.
O terceiro (a quem o credor transfere sua posição) ingressa na relação obrigacional
independentemente da anuência do devedor (cedido), sendo necessária apenas a
notificação deste.
DICA 111
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
Assunção de dívida é um negócio jurídico bilateral, pelo qual o devedor, com anuência
expressa do credor, transfere a um terceiro, que o substitui, os encargos obrigacionais,
de modo que este assume sua posição na relação obrigacional, responsabilizando-se pela
dívida, que subsiste com os seus acessórios.
Caso o novo devedor seja insolvente ao tempo em que ocorreu a transferência sem a
ciência do credor, o devedor primitivo será responsabilizado pelo cumprimento da
obrigação, o objetivo é evitar fraude.
DICA 112
DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA - CARACTERÍSTICAS GERAIS

PRESCRIÇÃO

inércia do titular de um direito, que gera, como consequência, a perda da


pretensão, mas não do direito;
eventual pagamento pelo devedor será válido;

cabível suspensão e interrupção do prazo;

prazos são legais e não podem ser alterados pelas partes.

DECADÊNCIA

na decadência há a perda do próprio direito;

eventual pagamento não será válido (será indevido);


não se sujeita a impedimento, suspensão e interrupção, salvo disposição legal em
contrário.

prazos podem ser convencionais ou legais.

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Veja como já foi cobrado pela FGV:

QUESTÃO FGV, 2018.


Em um contrato de prestação de serviços, Jorge (pintor) e Renata (contratante)
dispuseram que o pagamento do serviço somente poderia ser judicialmente exigido em
até um ano após o vencimento da dívida.
Essa disposição contratual é considerada:
a) válida, visto que se trata de um prazo decadencial, que pode ser alterado pelos
contratantes;
b) nula, pois um prazo prescricional não pode ser alterado pelos contratantes;
c) válida, desde que o prazo prescricional dessa espécie de obrigação seja inferior ao
acordado;
d) nula, porque o prazo decadencial não pode ser alterado pelos contratantes;
válida, pois o prazo prescricional pode ser alterado pelos contratantes.
Gabarito: Alternativa b.

DICA 113
PRESCRIÇÃO

Prazos especiais de prescrição: artigo 206 do CC e na legislação esparsa. Quando


não houver de previsão específica → prazo geral de 10 anos. ISSO DESPENCA EM
PROVA!

Art. 206, CC: A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo
menor.

REGRA: A contagem do prazo inicia na data da violação do direito e surgimento da


pretensão.
A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se
presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição (art. 191, CC).
Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus
assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem
oportunamente (art. 195, CC).
DICA 114
PRESCRIÇÃO
Há diferentes prazos de prescrição e a FGV gosta muito de cobrar isso em prova!

Abaixo, os principais prazos:

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1 ANO

Hospedagem;
Pretensão do segurado contra o segurador (ou a deste contra aquele);
Custas judiciais no geral;
Tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos;
Pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas.

2 ANOS

prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

3 ANOS

Pretensão de reparação civil por ato ilícito;


Pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento;
Pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos.

4 ANOS

a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.

5 ANOS

a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público


ou particular;
a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais,
curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos
serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

Quando não houver de previsão específica → prazo geral de 10 anos.


DICA 115
PRESCRIÇÃO

NÃO CORRE A PRESCRIÇÃO:

→ entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;


→ entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
→ entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou
curatela.

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→ contra os incapazes de que trata o art. 3 do Código Civil;


→ contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos
Municípios;

→ contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.


→ pendendo condição suspensiva;
→ não estando vencido o prazo;
→ pendendo ação de evicção.
A INTERRUPÇÃO da prescrição, que somente poderá ocorrer 1 vez, dar-se-á:

→ por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado


a promover no prazo e na forma da lei processual;

→ por protesto, nas condições do inciso antecedente;


→ por protesto cambial;
→ pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de
credores;

→ por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;


→ por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento
do direito pelo devedor.

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PROCESSO CIVIL
DICA 116
DOS RECURSOS EM ESPÉCIE PREVISTOS NO CPC/15

O CPC, em sua sistemática recursal, prevê os seguintes recursos:

Apelação;

Agravo de Instrumento;

Agravo interno;

Embargos de Declaração;

Recurso Ordinário;

Recurso Extraordinário e Recurso Especial;

Agravo em Recurso Extraordinário e em Recurso Especial;

Embargos de Divergência em RE e REsp.

DICA 117
TÉCNICA DE AMPLIAÇÃO DO COLEGIADO
No CPC/15 não há mais previsão dos embargos infringente, porém passou a ser previsto o
chamado Julgamento Estendido.
Ocorre quando o acórdão de um julgamento não é unânime, é necessário convocar
novos julgadores e ampliar do colegiado e, somente após esse julgamento estendido,
chegaremos ao resultado final.
Conforme o art. 942 do CPC, “quando o resultado da apelação for não unânime, o
julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros
julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento
interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado
inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas
razões perante os novos julgadores.”.
Sendo possível, o prosseguimento do julgamento acontecerá na mesma sessão,
colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado.
Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do
prosseguimento do julgamento.

A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento


não unânime proferido em:

ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso,
seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento
interno;
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agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o


mérito.

Não se aplica a técnica de ampliação do colegiado ao julgamento:

do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas


repetitivas;

da remessa necessária;

não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial

DICA 118
DO CABIMENTO E REQUISITOS DA APELAÇÃO
A apelação será cabível contra sentença.
Essa determinação se aplica mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015
(agravo de instrumento) integrarem capítulo da sentença.
As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser
suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final,
ou nas contrarrazões. Caso as questões forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente
será intimado para, em 15 dias, manifestar-se a respeito delas.
O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é
impugnável na apelação.
O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no
art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.

A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:

os nomes e a qualificação das partes;

a exposição do fato e do direito;

as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;

o pedido de nova decisão.

O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias. Caso o


apelado interponha apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar
contrarrazões.

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DICA 119
DAS DECISÕES DO RELATOR
Após cumpridas as formalidades, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz,
independentemente de juízo de admissibilidade.

Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator:

decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V, quais
sejam:
não conhecer do recurso: inadmissível, prejudicado ou se não respeitou a
dialeticidade;
negar provimento ao recurso:
→ se a decisão contrariar súmula do STF/STJ e do próprio Tribunal.
→ se a decisão contrariar acórdão de recurso repetitivo/IRDR/IAC.

Dar provimento ao recuso:


se a sentença contrariar súmula do STF/STJ e do próprio Tribunal, recurso
repetitivo/IRDR/IAC.
se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento
do recurso pelo órgão colegiado.

DICA 120
DO EFEITO SUSPENSIVO DA APELAÇÃO

A apelação terá efeito suspensivo.

Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente


após a sua publicação a sentença (ou seja, não tem efeito suspensivo) que:
homologa divisão ou demarcação de terras;
condena a pagar alimentos;

extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;

Súmula 317 do STJ:

É definitiva a execução de título extrajudicial, ainda que pendente apelação contra


sentença que julgue improcedentes os embargos.

julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;


confirma, concede ou revoga tutela provisória;

decreta a interdição.

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A vantagem de não ter o efeito suspensivo é o cumprimento provisório de sentença.


Em todas as outras hipóteses fora as acima citadas, a apelação possui efeito
suspensivo.

O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser formulado por


requerimento dirigido ao:

tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua


distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;

relator, se já distribuída a apelação.

A eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante


demonstrar:

a probabilidade de provimento do recurso; ou

sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil


reparação.

DICA 121
DO EFEITO DEVOLUTIVO DA APELAÇÃO
A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões
suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde
que relativas ao capítulo impugnado.
Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas
um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
DICA 122
APELAÇÃO E A TEORIA DA CAUSA MADURA

Conforme o §3º do art. 1.013, se o processo estiver em condições de imediato


julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
reformar sentença fundada no art. 485 (julgamento sem resolução de mérito);
decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido
ou da causa de pedir;
constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.

Informativo 590 do STJ

Admite-se a aplicação da teoria da causa madura em julgamento de agravo


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instrumento. O Tribunal de origem reconheceu a apresentação de argumentos genér


mas aplicou a teoria da causa madura, supriu o vício de fundamentação e mante
decisão recorrida.

Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal,


se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno
do processo ao juízo de primeiro grau.

O objetivo é que o Tribunal resolva a situação em vez de devolver o processo para


primeira instância.
DICA 123
DA ALEGAÇÃO DE NOVAS QUESTÕES NA APELAÇÃO
O art. 1.014 do CPC prevê que “as questões de fato não propostas no juízo inferior
poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo
de força maior.”.

O artigo acima permite que novas questões de fato sejam suscitadas em apelação,
ainda que não suscitadas no primeiro grau, desde que:
Fato superveniente;
Se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.

DICA 124
DAS HIPÓTESES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem


sobre:

tutelas provisórias;

mérito do processo;

rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

exibição ou posse de documento ou coisa;

exclusão de litisconsorte;

rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

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concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;

redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º;

outros casos expressamente referidos em lei.

Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na


fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de
execução e no processo de inventário.

DICA 125
DA TAXATIVIDADE DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Existem situações que apesar de não previstas, necessitam de recurso de forma
imediata. Assim sendo, passou a entender o STJ que a taxatividade do rol do art. 1.015
do CPC deve ser mitigada.

Informativo 639 do STJ

O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de
agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do
julgamento da questão no recurso de apelação.

DICA 126
DOS REQUISITOS DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por


meio de petição com os seguintes requisitos:
os nomes das partes;
a exposição do fato e do direito;
as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.
DICA 127
DA INSTRUÇÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
O art. 1.017 do CPC preconiza que a petição de agravo de instrumento será instruída:

obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que


ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva
intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;

com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos acima,


feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;

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facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.


Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do
porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.

No prazo do recurso, o agravo será interposto por:

protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo;

protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;

postagem, sob registro, com aviso de recebimento;

transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;

Nesse caso, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original.

outra forma prevista em lei.

Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que


comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o
disposto no art. 932, parágrafo único (prazo de 5 dias para sanar).
Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças tidas como
obrigatórias, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis
para a compreensão da controvérsia.

Informativo 605 do STJ:

A disposição constante do art. 1.017, § 5º, do CPC/2015, que dispensa a juntada das
peças obrigatórias à formação do agravo de instrumento em se tratando de processo
eletrônico, exige, para sua aplicação, que os autos tramitem por meio digital tanto no
primeiro quanto no segundo grau de jurisdição.

DICA 128
PODERES DO RELATOR NO AGRAVO DE INSTRUMENTO

O art. 1.019 do CPC prevê que: Recebido o agravo de instrumento no tribunal e


distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV (não
conhecer de recurso inadmissível ou negar provimento), o relator, no prazo de 5 (cinco)
dias:
poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela,
total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de


recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por
carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo

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de 15 dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento


do recurso;

determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio


eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15
dias.
DICA 129
DO AGRAVO INTERNO
Aduz o art. 1.021 do CPC que contra decisão proferida pelo relator caberá agravo
interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as
regras do regimento interno do tribunal.
Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os
fundamentos da decisão agravada.
O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o
recurso no prazo de 15 dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á
a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada
para julgar improcedente o agravo interno.
Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente
em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o
agravante a pagar ao agravado multa fixada entre 1% e 5% do valor atualizado da
causa.
LEMBRE-SE: A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao
depósito prévio do valor desta multa, à exceção da Fazenda Pública e do
beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
A doutrina pacificou o entendimento que a aplicação dessa multa exige: manifesta
inadmissibilidade ou manifesta improcedência, reconhecida por votação unânime.
En. 358, FPPC: A aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, exige manifesta
inadmissibilidade ou manifesta improcedência.

Informativo 666 do STJ:

A multa do art. 1.021, § 4º, do CPC/2015 tem como destinatário a parte contrária e não
o Fundo de Aparelhamento do Poder Judiciário.

O agravo interno era previsto apenas nos Regimentos Internos, e o prazo de


interposição era, em regra, de 5 dias.
De acordo com o art. 1.070 do CPC, esse prazo agora foi unificado e é de 15 dias.
DICA 130
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E O SEU CABIMENTO
Os embargos de declaração diferenciam-se dos demais recursos pois podem ser opostos
em face de qualquer decisão, seja ela interlocutória, sentença, acórdão e mesmo

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despachos, salvo decisão de Presidente de Tribunal acerca da admissibilidade de recursos


especiais.

Informativo 886 do STF:

Não cabem embargos de declaração contra decisão de presidente do tribunal que não
admite recurso extraordinário.

Consoante jurisprudência desta Declaração oferecidos contra admissibilidade do Recurso


desta Corte Superior, os Embargos de decisão de juízo prévio admissibilidade do Recurso
Especial são manifestamente incabíveis.
Entretanto, excepcionalmente, naqueles casos em que a decisão de inadmissibilidade do
Recurso Especial é genérica, a ponto de inviabilizar a interposição de Agravo, é que é
cabível a oposição dos Embargos de Declaração. (STJ, AgInt no AREsp 1.529.119/2020)

Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou
a requerimento;

corrigir erro material.

Considera-se omissa a decisão que:

deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em


incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º (decisões não


fundamentadas).

Os embargos serão opostos, no prazo de 5 dias, em petição dirigida ao juiz, com


indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
En. 360, FPPC: A não oposição de embargos de declaração em caso de erro material na
decisão não impede sua correção a qualquer tempo.

DICA 131
PROCEDIMENTO DO EMBARGOS DECLARATÓRIOS

Caso os Embargos de Declaração sejam opostos contra:


decisão de 1º grau: o mesmo juiz é quem irá julgar o recurso.
decisão de Tribunal.

Decisão monocrática: embargos declaratórios serão decididos monocraticamente;

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Contra decisão colegiada: apresentação dos embargos declaratórios “em mesa” na


sessão subsequente e, em caso de não ocorrer o julgamento nesta sessão, será incluído
em pauta automaticamente.
O §1º do art. 1.024 traz a expressão “em mesa” significa que os embargos não precisarão
ser colocados em pauta de julgamento, autorizando um julgamento mais célere.
Enunciado 650, FPPC: Os embargos de declaração, se não submetidos a julgamento na
primeira sessão subsequente à sua oposição, deverão ser incluídos em pauta.
DICA 132
INTERPOSIÇÃO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS SIMULTANEAMENTE A
RECURSOS ESPECIAIS
Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão
embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária
tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da
modificação, no prazo de 15 dias, contado da intimação da decisão dos embargos de
declaração.
Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do
julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do
julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente
de ratificação.

Súmula 579, STJ:

Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento


dos embargos de declaração, quando inalterado o resultado anterior.

Interpretando a súmula a contrário senso, havendo alteração do resultado anterior, é


necessário pelo menos a ratificação do recurso.
Por outro lado, não havendo alteração ou se forem rejeitados os embargos de declaração,
não se faz necessária a ratificação.
DICA 133
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIOS
Esse recurso muitas vezes é utilizado de forma protelatória por se tratar de recurso de
efeito interruptivo e sem preparo.

A fim de evitar essa situação, a lei previu que a proposição de embargos declaratórios
manifestamente protelatórios enseja:
multa de até 2% do valor da causa atualizado;

reiteração (Embargos protelatórios + Embargos protelatórios):


ampliação da multa até 10% e depósito da multa como condição para outros
recursos, ( exceto Fazenda Pública e justiça gratuita que pagarão ao final), além de
vedação de novos embargos declaratórios.
En. 361, FPPC: Na hipótese do art. 1.026, § 4º, não cabem embargos de declaração
e,caso opostos, não produzirão qualquer efeito.
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PARA FIXAR E NÃO CONFUNDIR ALGUMAS MULTAS

Manifestamente
inadmissível ou
Agravo Interno De 1 a 5 % do valor da causa
improcedente, por votação
unânime

Embargos Manifestamente
Até 2% do valor da causa
Declaratórios protelatórios

Majoração da multa para até


10%
Reiteração de Depósito da multa como
Manifestamente
Embargos condição para interposição de
protelatórios
Declaratórios outros recursos;
Vedado a interposição de
novos embargos declaratórios.

DICA 134
DO INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa
necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de
direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.
Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a
requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso,
a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão
colegiado que o regimento indicar.
O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de
competência originária se reconhecer interesse público na assunção de competência.

ATENÇÃO!

O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos


fracionários, exceto se houver revisão de tese.

Aplica-se o IAC quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja
conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do
tribunal.

Informativo 659 do STJ:

É inadmissível incidente de assunção de competência no âmbito do STJ fora das


situações previstas no art. 947 do CPC/2015.

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DICA 135
CABIMENTO DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS

O incidente de resolução de demandas repetitivas – IRDR, é cabível quando houver


simultaneamente:
efetiva repetição de processos versando sobre uma mesma questão unicamente de
direito;
risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica;
OBS.: É indispensável ainda a presença de um requisito negativo: que os tribunais
superiores não tenham afetado RE/REsp para julgamento através do rito dos repetitivos.
A instauração do IRDR ocorre nos tribunais de justiça e tribunais regionais federais, não
pode ser instaurado no âmbito dos Tribunais Superiores.

Informativo 658 do STJ:

Não cabe a instauração de IRDR se, quando a parte requereu o incidente, o Tribunal já
havia julgado o mérito do recurso e estava pendente agora apenas os embargos de
declaração contra a decisão.

O requerimento de instauração do IRDR é dirigido ao Presidente do Tribunal:

Pelo juiz ou relator por ofício;

Pelas partes por petição;

Pela Defensoria Pública por petição;


Pelo Ministério Público por petição;
O MP intervirá obrigatoriamente caso não seja o requerente, devendo assumir a
titularidade da ação em caso de abandono ou desistência daquele que a propôs.
OBS.: A desistência não obsta a análise do mérito do IRDR, haja vista o interesse
público.
Não serão exigidas custas processuais no IRDR.
En. 91 FPPC. Cabe ao órgão colegiado realizar o juízo de admissibilidade do incidente de
resolução de demandas repetitivas, sendo vedada a decisão monocrática.

Admitido o incidente, o relator:

suspenderá os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam no


Estado ou na região, conforme o caso;

poderá requisitar informações a órgãos em cujo juízo tramita processo no qual


se discute o objeto do incidente, que as prestarão no prazo de 15 dias;

intimará o Ministério Público para, querendo, manifestar-se no prazo de 15


dias.

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Durante a suspensão, o pedido de tutela de urgência deverá ser dirigido ao juízo


onde tramita o processo suspenso.
Enunciado 140, CJF: A suspensão de processos pendentes, individuais ou coletivos,
que tramitam no Estado ou na região prevista no art. 982, I, do CPC não é decorrência
automática e necessária da admissão do IRDR, competindo ao relator ou ao
colegiado decidir acerca da sua conveniência.
OBS.: É possível que seja requerido ao STF, como garantia da segurança jurídica, para
que haja suspensão em nível nacional.
O incidente será julgado no prazo de 1 ano e terá preferência sobre os demais feitos,
ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.

Informativo 662 do STJ:

O procedimento de distinção (distinguishing) previsto no art. 1.037, §§ 9º a 13, do


CPC/2015, aplica-se também ao incidente de resolução de demandas repetitivas –
IRDR.

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DIREITO PENAL

DICA 136
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE) - ASPECTOS GERAIS DA LEI
13.869/2019

Finalidade: Modernizar a prevenção e repressão aos comportamentos abusivos


praticados por agentes públicos.

Bem jurídico: Valor fundamental que a norma procurou proteger (bem jurídico):

Regular funcionamento da administração pública

Direitos fundamentais da pessoa humana

Sujeito ativo:

Crime próprio: deve ser praticado por agente público, servidor ou não, que, no
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha
sido atribuído.

ATENÇÃO!!

Agente público é todo aquele que exerce cargo, emprego, função, mandato na ADM
direta ou indireta de qualquer dos poderes dos entes federados ou territórios, ainda que
de forma transitória ou sem remuneração, por qualquer forma de investidura ou
vínculo.

Fique atento!
O abuso de autoridade poderá ocorrer no exercício da função ou a pretexto de
exercê-la.
O particular pode responder por abuso de autoridade?
Como regra, não pode cometer o crime de abuso de autoridade, pois não é agente
público. No entanto, excepcionalmente, se o particular atuar em concurso de pessoas
(coautoria ou participação) com o agente público, desde que ele saiba da condição de
agente público, poderá responder por abuso de autoridade.

Sujeito passivo:

Estado;

Pessoa física ou jurídica vítima do abuso.

QUESTÃO, 2021.
Em caso de membro do Poder Legislativo eleito para mandato legislativo praticar
conduta descrita em lei como abuso de autoridade,
a) a conduta do sujeito não poderá ser enquadrada na Lei de Abuso de Autoridade,
porquanto esta alcança apenas o servidor público.
b) o sujeito poderá ser enquadrado na Lei de Abuso de Autoridade, mediante requisição
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do ministro da Justiça.
c) o parlamentar estará sujeito aos ditames da Lei de Abuso de Autoridade, como
qualquer outro servidor público.
d) o sujeito não se submeterá à Lei de Abuso de Autoridade, em razão de prerrogativa
de função.
GABARITO: Alternativa c.

DICA 137
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)
ELEMENTO SUBJETIVO: As condutas descritas na lei 13.869/2019 constituem crime de
abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de
prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero
capricho ou satisfação pessoal.
Memorize!

Para configurar o crime de abuso de autoridade exige-se:

Dolo Finalidade específica


(intenção/vontade)
de praticar o abuso

O que seriam essas finalidades específicas da lei de abuso de autoridade?

Prejudicar outrem;

Beneficiar a si mesmo;

Beneficiar a terceiro;

Mero capricho ou satisfação pessoal.

Fique atento!
O funcionário aposentado ou exonerado não pode cometer o crime, já que se
desvinculou funcionalmente da Administração Pública.
Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos na lei de abuso de
autoridade, no que couber, as disposições do Código de Processo Penal, e da Lei dos
Juizados Especiais Criminais.
DICA 138
LEI Nº 13.869/2019 (ABUSO DE AUTORIDADE)

Divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas: A


divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas NÃO configura
abuso de autoridade.

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Ação penal: Todos os crimes serão processados e julgado mediante ação penal
pública incondicionada.
Fique atento!
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação
como parte principal.

A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da


data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
DICA 139
EFEITOS DA CONDENAÇÃO

São efeitos da condenação:

Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;

OBS.:
A obrigação de indenizar é um efeito automático da condenação.

A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período


de 1 (um) a 5 (cinco) anos;

A perda do cargo, do mandato ou da função pública.


OBS.:
Os efeitos da inabilitação para o exercício de cargo e a perda do cargo são
condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença.

Inabilitação para o exercício de 1) Condicionados à ocorrência de


cargo, mandato ou função REINCIDÊNCIA em crime de abuso
pública; de autoridade.
2) NÃO são automáticos, de modo
Perda do cargo, mandato ou
que devem ser declarados
função pública.
motivadamente na sentença.

DICA 140
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas na Lei
13.869/2019 são:

Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;

Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6


(seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens;
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Fique atento!
As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.

Prestação de serviços à
As penas restritivas de
direitos que substituem as comunidade ou a entidades públicas;
privativas de liberdade Suspensão do exercício de cargo,
previstas na lei de abuso de mandato ou função pública – Prazo:
autoridade são: 1 a 6 meses + perda de vencimentos
e vantagens.

DICA 141
CRIMES EM ESPÉCIES

Pontos relevantes que serão aplicados a todos os crimes:

Elemento subjetivo: dolo + finalidade específica

Formas do cometimento da conduta: ação (regra) ou omissão

Objeto material: pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta do agente => pessoa
física ou pessoa jurídica vítima do abuso de autoridade
Fique atento!
Não há nenhum crime de abuso de autoridade culposo, ou seja, são todos dolosos e
punidos com pena de DETENÇÃO.
DICA 142
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 13: (IMPORTANTE)

Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua


capacidade de resistência, a:

Exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública;

Submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei;

Produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro.

Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à
violência.
OBS.: Sujeito ativo: qualquer agente público com atribuição de praticar a conduta
típica.
DICA 143
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 19: (IMPORTANTE)

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Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade


judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias
de sua custódia.
Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Figura equiparada:
Incorre na mesma pena o magistrado que, ciente do impedimento ou da demora, deixa
de tomar as providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente para decidir
sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade judiciária que o seja.
DICA 144
CRIMES EM ESPÉCIES

Crime do artigo 20 - (IMPORTANTE):

Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu
advogado.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Figura equiparada:

De entrevistar-se pessoal e
Incorre na reservadamente com seu
mesma pena advogado ou defensor, por prazo
quem impede o: razoável, antes de audiência
judicial, e;
- Preso

- Réu solto

- Investigado De sentar-se ao lado do advogado Salvo no curso


ou defensor e com ele comunicar- de interrogatório
se durante a audiência. ou no caso de
audiência
realizada por
videoconferência.

DICA 145
LEI DE CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/90) - ROL DOS CRIMES HEDIONDOS

O rol dos crimes hediondos sofreu forte alteração com o Pacote Anticrime. Fique
atento às novidades:

Lesão Dolosa Funcional


HOMICÍDIO Homicídio em Atividade
Gravíssima e Seguida de
QUALIFICADO de Extermínio
Morte

ROUBO COM RESTRIÇÃO


Roubo com Arma de Roubo com Lesão Grave ou
DA LIBERDADE DA
Fogo Morte
VÍTIMA

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EXTORSÃO COM
Extorsão com Lesão Extorsão Qualificada e
RESTRIÇÃO DA
Corporal ou Morte Mediante Sequestro
LIBERDADE DA VÍTIMA

ESTUPRO Estupro de Vulnerável Epidemia com Morte

FALSIFICAÇÃO,
CORRUPÇÃO E Favorecimento da
Furto Qualificado pelo
ADULTERAÇÃO DE Prostituição de Criança e
Emprego de Explosivo
PRODUTO TERAPÊUTICO Adolescente
OU MEDICINAL

Posse ou Porte Ilegal de


Comércio Ilegal de Arma de
GENOCÍDIO Arma de Fogo de Uso
Fogo
Proibido

Equiparados:
TRÁFICO INTERNACIONAL Organização Criminosa Tráfico de Drogas
DE ARMA DE FOGO, para a Prática de Crime
ACESSÓRIO OU MUNIÇÃO Hediondo ou Equiparado Tortura
Terrorismo

DICA 146
HIPÓTESE DE FURTO HEDIONDO
O pacote anticrime trouxe duas hipóteses de furto qualificado: com o emprego de
artefato explosivo e furto DE artefato explosivo;

O furto qualificado pelo USO de artefato explosivo ou análogo é hediondo;

Contudo, o furto DO artefato explosivo NÃO é hediondo!

CUIDADO se a sua prova diz que o furto foi praticado com emprego de explosivo
(como, por exemplo, explodir o caixa eletrônico) ou se o agente simplesmente entrou
numa loja e furtou explosivos;

→ FURTO COM EMPREGO DE EXPLOSIVOS: HEDIONDO!


→ FURTO DE EXPLOSIVOS: NÃO É HEDIONDO!
DICA 147
HIPÓTESES DE ROUBO E EXTORSÃO HEDIONDOS

Nem todo roubo será hediondo, mas serão hediondos aqueles com:

Restrição da liberdade;

Emprego de arma de fogo (qualquer arma de fogo);

Lesão grave ou morte.

Já os crimes de extorsão serão hediondos aqueles com:


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Restrição da liberdade;

Lesão grave e morte;

CUIDADO: A extorsão com arma de fogo não é crime hediondo.


DICA 148
LESÃO CORPORAL HEDIONDA
Há apenas uma hipótese de lesão corporal de natureza hedionda: lesão corporal dolosa,
funcional, de natureza gravíssima ou seguida morte;

ATENÇÃO!

Para que seja hedionda tem que preencher os três requisitos:


DOLOSA;
FUNCIONAL;
GRAVÍSSIMA ou SEGUIDA DE MORTE.

→ Dolosa diz quanto à intenção do agente (intencional);


→Funcional é a lesão corporal praticada contra autoridade ou agente descrito nos
arts. 142 e 144 da Constituição Federal (Segurança Pública), integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
TERCEIRO GRAU, em razão dessa condição;

→Se o resultado for uma lesão gravíssima ou seguida de morte;


DICA 149
ARMA DE FOGO

ATENÇÃO!

Com a modificação feita pelo pacote anticrime, passou a ser crime hediondo apenas a
POSSE ou PORTE de arma de fogo de uso PROIBIDO;
Assim sendo, o crime de posse ou porte de arma de uso permitido ou restrito NÃO será
crime hediondo;
Importante ressaltar que no Brasil se adota o critério legal, ou seja, só será crime
hediondo o que estiver no rol legal;
Assim sendo, a gravidade do crime não interessa se ele não estiver previsto na lei de
crimes hediondos.

DICA 150
HOMICÍDIO HEDIONDO
Todas as hipóteses de homicídio qualificado serão crimes hediondos, inclusive o
Feminicídio;

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São hipóteses de homicídio qualificado aquele praticado com uso de fogo, meio cruel,
motivo torpe, que dificulte a defesa da vítima, mediante emboscada, recompensa, dentre
outros;

Feminicídio será o crime praticado contra a mulher por razões do sexo feminino:
violência doméstica ou repulsa à condição de mulher;

O Homicídio Simples também pode ser considerado crime hediondo, quando


praticado em atividade de grupo de extermínio, ainda que por um só agente;

O homicídio híbrido (qualificado-privilegiado) não é hediondo;

O homicídio qualificado tentado também é crime hediondo.

DICA BÔNUS
IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO
A identificação de perfil genético apenas será realizada no condenado por crime doloso
praticado com violência grave contra a pessoa, bem como por crime contra a vida,
contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável;

Crime doloso com violência grave à pessoa;

Crime contra a vida;

Crime contra a liberdade sexual;

Crime sexual contra vulnerável.

A recusa em se submeter à identificação é falta grave;


CUIDADO: a identificação do perfil genético não mais se aplica a todos os crimes
hediondos, mas aos crimes acima.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL


DICA 151
JURADO

NÃO PODE SER JURADO:

O jurado que já tiver participado de um julgamento do mesmo processo;

Tiver participado do conselho de sentença do coautor ou partícipe;

Tiver se manifestado anteriormente em condenar ou absolver.


DICA 152
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO

O Conselho de Sentença será questionado sobre matéria de fato e se o acusado


deve ser absolvido.
Fique atento!
Os quesitos serão redigidos em proposições afirmativas, simples e distintas, de modo
que cada um deles possa ser respondido com suficiente clareza e necessária precisão. Na
sua elaboração, o presidente levará em conta os termos da pronúncia ou das decisões
posteriores que julgaram admissível a acusação, do interrogatório e das alegações das
partes.
DICA 153
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO

Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre:

1º) a materialidade do fato;

2º) a autoria ou participação;

3º) Se o acusado deve ser absolvido;

4º) Se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa;

5º) se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena


reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram
admissível a acusação.

Tome nota!
Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados em
séries distintas.

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DICA 154
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO
A resposta negativa, de mais de 3 jurados, a qualquer dos quesitos referentes à
materialidade do fato, autoria e participação (1º e 2º quesito) encerra a votação e
implica a absolvição do acusado.
Fique atento!
O art. 483, §1º, do CPP, diz “a resposta negativa, de MAIS de 3 jurados” e não apenas 3
jurados.
DICA 155
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO
Respondidos afirmativamente por mais de 3 jurados os quesitos relativos à
materialidade do fato, autoria e participação (1º e 2º quesito) será formulado quesito
com a seguinte redação:
O jurado absolve o acusado?

Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento prossegue, devendo ser


formulados quesitos sobre:

causa de diminuição de pena alegada pela defesa;

circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena, reconhecidas na pronúncia


ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.
DICA 156
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO: DESCLASSIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO E TESE
DE TENTATIVA

Sustentada a desclassificação da infração para outra de competência do juiz


singular, será formulado quesito a respeito, para ser respondido após o 2º (segundo) ou
3º (terceiro) quesito, conforme o caso.

Sustentada a tese de ocorrência do crime na sua forma tentada ou havendo


divergência sobre a tipificação do delito, sendo este da competência do Tribunal do
Júri, o juiz formulará quesito acerca destas questões, para ser respondido após o
segundo quesito.
DICA 157
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO

Antes de proceder-se à votação de cada quesito, o juiz presidente mandará distribuir


aos jurados pequenas cédulas, feitas de papel opaco e facilmente dobráveis, contendo 7
(sete) delas a palavra sim, 7 (sete) a palavra não.

Tome nota!
Para assegurar o sigilo do voto, o oficial de justiça recolherá em urnas separadas as
cédulas correspondentes aos votos e as não utilizadas.

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DICA 158
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO
Após a resposta, verificados os votos e as cédulas não utilizados, o presidente
determinará que o escrivão registre no termo a votação de cada quesito, bem como
o resultado do julgamento.
Fique atento!
Do termo também constará a conferência das cédulas não utilizadas.
DICA 159
DO QUESTIONÁRIO E SUA VOTAÇÃO

As decisões do Tribunal do Júri serão tomadas por maioria de votos.

Se a resposta a qualquer dos quesitos estiver em contradição com outra ou outras já


dadas, o presidente, explicando aos jurados em que consiste a contradição, submeterá
novamente à votação os quesitos a que se referirem tais respostas.
Se, pela resposta dada a um dos quesitos, o presidente verificar que ficam prejudicados
os seguintes, assim o declarará, dando por finda a votação.
DICA 160
DA SENTENÇA DE CONDENAÇÃO NO JÚRI

O presidente, no caso de condenação, proferirá sentença que:


Fixará a pena-base;

Considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates;

Imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às causas admitidas pelo


júri;

Observará as demais disposições do art. 387 deste Código;

Mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se


presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual
ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução provisória das
penas, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do
conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos; (Redação dada pelo Pacote
Anticrime)

Estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação;


DICA 161
DA SENTENÇA DE ABSOLVIÇÃO NO JÚRI

O presidente, no caso de absolvição, proferirá sentença que:

Mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver preso;
Revogará as medidas restritivas provisoriamente decretadas;

Imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível.


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DICA 162
DESCLASSIFICAÇÃO

Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz


singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida,
aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for considerado pela lei como
infração penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei dos
Juizados Especiais.
Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será
julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o
regramento citado acima.
DICA 163
DA ATA DOS TRABALHOS

De cada sessão de julgamento o escrivão lavrará ata, assinada pelo presidente e pelas
partes.

A ata descreverá fielmente todas as ocorrências, mencionando obrigatoriamente:

A data e a hora da instalação dos trabalhos;

O magistrado que presidiu a sessão e os jurados presentes;

Os jurados que deixaram de comparecer, com escusa ou sem ela, e as sanções


aplicadas;

O ofício ou requerimento de isenção ou dispensa;

O sorteio dos jurados suplentes;

O adiamento da sessão, se houver ocorrido, com a indicação do motivo;

A abertura da sessão e a presença do Ministério Público, do querelante e do assistente,


se houver, e a do defensor do acusado;

O pregão e a sanção imposta, no caso de não comparecimento;

As testemunhas dispensadas de depor;

O recolhimento das testemunhas a lugar de onde umas não pudessem ouvir o


depoimento das outras;

A verificação das cédulas pelo juiz presidente;

A formação do Conselho de Sentença, com o registro dos nomes dos jurados sorteados
e recusas;

O compromisso e o interrogatório, com simples referência ao termo;

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Os debates e as alegações das partes com os respectivos fundamentos;

Os incidentes;

O julgamento da causa;

A publicidade dos atos da instrução plenária, das diligências e da sentença.

Fique atento!
A falta da ata sujeitará o responsável a sanções administrativa e penal.
DICA 164
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO JÚRI

São atribuições do juiz presidente do Tribunal do Júri, além de outras expressamente


referidas no Código de Processo Penal:

regular a polícia das sessões e prender os desobedientes;

requisitar o auxílio da força pública, que ficará sob sua exclusiva autoridade;

dirigir os debates, intervindo em caso de abuso, excesso de linguagem ou mediante


requerimento de uma das partes;

resolver as questões incidentes que não dependam de pronunciamento do júri;

nomear defensor ao acusado, quando considerá-lo indefeso, podendo, neste caso,


dissolver o Conselho e designar novo dia para o julgamento, com a nomeação ou a
constituição de novo defensor;

mandar retirar da sala o acusado que dificultar a realização do julgamento, o qual


prosseguirá sem a sua presença;

suspender a sessão pelo tempo indispensável à realização das diligências requeridas ou


entendidas necessárias, mantida a incomunicabilidade dos jurados;

interromper a sessão por tempo razoável, para proferir sentença e para repouso ou
refeição dos jurados;

decidir, de ofício, ouvidos o Ministério Público e a defesa, ou a requerimento de


qualquer destes, a arguição de extinção de punibilidade;

resolver as questões de direito suscitadas no curso do julgamento;

determinar, de ofício ou a requerimento das partes ou de qualquer jurado, as diligências


destinadas a sanar nulidade ou a suprir falta que prejudique o esclarecimento da
verdade;

regulamentar, durante os debates, a intervenção de uma das partes, quando a outra

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estiver com a palavra, podendo conceder até 3 (três) minutos para cada aparte
requerido, que serão acrescidos ao tempo desta última.

DICA 165
PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

A quem compete o julgamento?

Aos juízes de direito.

O que deve conter na queixa ou na denúncia?

A queixa ou a denúncia será instruída com documentos ou justificação que façam


presumir a existência do delito ou com declaração fundamentada da impossibilidade de
apresentação de qualquer dessas provas.

DICA 166
PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará
autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do
prazo de 15 dias.

Fique atento!

Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do juiz,
ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta preliminar.

DICA 167

HABEAS CORPUS

O habeas corpus é ação constitucional destinada a defender o direito à locomoção;

Pode ser interposto em caso de ameaça ou de restrição da liberdade;

Paciente preso (HC Repressivo) → expedido alvará de soltura.


Paciente solto (HC Preventivo) → expedido salvo-condulto.
DICA 168

HABEAS CORPUS

Caberá HC:

Quando não houver justa causa;

Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;

Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;

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Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;

Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;

Quando o processo for manifestamente nulo;

Quando extinta a punibilidade.

NÃO CABERÁ HC DE PUNIÇÕES DISCIPLINARES

DICA 169

EMPATE NA VOTAÇÃO

Se o HC for julgado por TRIBUNAL a decisão será tomada pela maioria dos votos;

Havendo empate: Presidente desempata.

Empatou com voto do presidente: resultado favorável ao paciente (preso).

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