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ÍNDICE
LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO ....................................................................... 7
ESTATÍSTICA ......................................................................................................................... 9
LEGISLAÇÃO ........................................................................................................................ 12
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 14
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 20
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 24
DIREITO PROCESSUAL CIVIL .................................................................................... 28
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................... 31
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ................................................................ 40

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
PALAVRAS TERMINADAS EM “ESA” E “EZA”

É muito fácil confundir o final das palavras com “esa” ou “eza”. Ficamos na dúvida
se a palavra é escrita de uma forma ou outra. Por isso, as terminações em “esa/ês” são
usadas com ADJETIVOS e as terminações em “eza/ez” são usadas com
SUBSTANTIVOS.

ADJETIVOS SUBSTANTIVOS

Eu odeio lasanha de calabresa. Como eu amo a natureza!

Minha esposa é Portuguesa. A palidez do seu irmão me assustou!

Júlia ama filme Francês. A Terra possui muita beleza.

Casou-se com um Camponês.

DICA 02
MAL X MAU

Essas são 2 palavras bem fáceis de confundir na escrita, uma vez que a pronúncia é a
mesma.

Portanto, lembre-se que, em regra:

MAL – ADVÉRBIO – CONTRÁRIO DE “BEM”


MAU – ADJETIVO – CONTRÁRIO DE “BOM”

O advérbio “mal” é utilizado para indicar que alguma coisa foi feita de modo errado.
Ainda, “mal” pode ser um substantivo quando indicar uma doença, uma maldade, por
exemplo (O mal do homem é a vingança). Também, “mal” pode significar uma
conjunção temporal (com o mesmo sentido de “assim que”).
O adjetivo “mau” é utilizado para indicar que algo é ruim ou maldoso.

Ex.: Os maus pensamentos não nos fazem bem.


DICA 03
SE NÃO X SENÃO

Essas palavras têm som idêntico, mas a escrita e significado são diferentes.

O SENÃO poderá ser usado quando tiver o significado de:

MAS SIM: O anel não era de ouro, senão de prata.

CASO CONTRÁRIO: Devo trabalhar, senão venderei o carro.

EXCETO: Todos, senão meus irmãos, podiam entrar na festa.

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Já, o SE NÃO, é uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não”
poderá ser utilizada quando tiver o significado de:

CASO NÃO: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe.

QUANDO NÃO: Havia duas pessoas no parque brincando, se não três.


DICA 04
ABSOLVER E ABSORVER

A palavra ABSORVER, geralmente, significa “consumir”; “sorver”.


Ex.: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.
Ainda, pode significar “concentrar-se”.

Ex.: Mônica absorve-se no trabalho.

A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.


Ex.: O júri absolveu o réu.

DICA 05
EMINENTE E IMINENTE

EMINENTE significa “elevado”; “notável”.

Ex.: É eminente o fato de que a saúde no Brasil está um caos.

→ É notável o fato de que...


IMINENTE significa que alguma coisa está próxima de acontecer.

Ex.: O risco de eu ficar gripado é iminente!

DICA 06
ASCENDER E ACENDER
ACENDER significa “atear fogo”; “iluminar”.

→ É verbo transitivo direto (VTD).

Ex.: Ela acendeu a luz da sala.

ASCENDER significa “subir”.

→ É verbo transitivo indireto (VTI), ou seja, aparece com preposição.

Ex.: Júlia ascendeu ao cargo de Diretora.


DICA 07
CENSO E SENSO

CENSO tem o sentido de “recenseamento”. Sempre que aparecer a palavra “censo”


lembre do IBGE, que divulga os dados da população.

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SENSO pode significar “ter juízo”.


Ex.: Tenha bom senso, Juliana!

DICA 08
MANDATO E MANDADO

MANDATO essa palavra significa “procuração”; “delegação”.


Geralmente, é usada na política.
Ex.: O Presidente tem um mandato de quatro anos.

MANDADO Como substantivo poderá ter o sentido de “ordem judicial”.


Já, como adjetivo poderá ter o sentido de “receber ordem”, “ser mandado”.
Ex.: Ele é mandado pela esposa. – “recebe ordens”
Recebi um mandado de prisão – “ordem judicial”

DICA 09
RATIFICAR E RETIFICAR

RATIFICAR significa “confirmar”; “reafirmar”.


Ex.: Ratifico o que falei sobre meu marido.

RETIFICAR significa “corrigir” algo que está errado; “emendar”.


Ex.: Ela retificou a frase em sua redação.
Ainda, pode significar “endireitar”; “consertar”.
Ex.: O mecânico retificou o motor do automóvel.

DICA 10
CONCERTO E CONSERTO

CONCERTO possui um sentido de “composição musical”.


Ex.: Vou a um concerto no centro da cidade.

CONSERTO possui um sentido de “reforma”; “reparo”.


Ex.: Vou consertar meu erro – “corrigir”
Consertam-se sapatos – “reformar”

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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO


DICA 11
ESTRUTURAS LÓGICAS DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS
As estruturas lógicas são divididas em Proposições Lógicas e Tabela Verdade.
Chama-se proposição lógica toda oração declarativa que pode ser expressa de forma
afirmativa ou negativa.
A oração declarativa deve conter um sujeito, um verbo e um predicado, podendo ser
uma declaração verdadeira ou uma declaração falsa.
Outro ponto a ser analisado na definição é que a oração declarativa deve ser
classificada em V ou F, mas não as duas;

Ex.: 1) Em 2021 vivemos uma pandemia. (V)


2) Pelé foi eleito em 2019 como melhor jogador de futebol do mundo;(F)
DICA 12
ESTRUTURAS LÓGICAS

A lógica proposicional obedece a três princípios, conhecidos também por Leis do


Pensamento que são:

PRINCÍPIO DA IDENTIDADE

Que diz que uma proposição verdadeira é sempre verdadeira, e uma proposição falsa é
sempre falsa;

PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO

Em que uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo;

PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO

Em que uma proposição ou é verdadeira ou é falsa. Não existe um terceiro valor talvez.

DICA 13
ESTRUTURAS LÓGICAS
Proposição simples não pode ser dividida proposições menores;
A negação de uma proposição simples p gera uma nova proposição simples ~p;
Usa-se o "não" e de expressões correlatas como "não é verdade que", "é falso que";

Ex.: p: “Rio de Janeiro não é a capital do Brasil.", sua negação é ~q: "Rio de Janeiro é
a capital do Brasil."

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Para negar uma proposição simples formada por uma oração principal e por orações
subordinadas, devemos negar o verbo da oração principal.

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ESTATÍSTICA
DICA 14
ESTATÍSTICA - POPULAÇÃO, AMOSTRA, CENSO E AMOSTRAGEM - CONCEITO
Para a sua prova do TRT da 12ª Região, é de extrema importância que você saiba alguns
conceitos.

Portanto, vejamos:

População: é um conjunto que contém todos os indivíduos, objetos ou elementos a


serem estudados, que apresentam uma ou mais características em comum.

Amostra: é um subconjunto extraído da população para análise, devendo ser


representativo daquele grupo. A partir das informações colhidas da amostra, os
resultados obtidos podem ser utilizados para generalizar, inferir ou tirar conclusões
acerca da população.

Censo: é o estudo dos dados relativos a todos os elementos de uma população. O


censo custa muito caro e demanda um tempo considerável, de forma que um estudo
considerando apenas uma parcela da população pode ser uma alternativa mais simples,
rápida e menos onerosa.

Amostragem: é um processo que consiste na seleção criteriosa dos elementos a serem


submetidos à investigação. Se forem cometidos erros no processo de seleção da
amostra, muito provavelmente, o estudo ficará comprometido e os resultados serão
tendenciosos.

DICA 15
MÉDIA ARITMÉTICA
A média aritmética está muito presente em nosso cotidiano, seja no consumo médio de
combustível, na temperatura média ou na renda per capita. Essa medida é definida como
o quociente entre a soma de todos os elementos e o número deles.

Ex.: Seja os números 3, 4, 5: a média aritmética é X= (3+4+5) /3 = 12/3 =4, logo


a média entre esses três números é 4;

O gráfico abaixo apresenta as notas de um aluno, nas disciplinas de matemática e


química, nos três quadrimestres de 2019, calcule a média das notas de matemática desse
aluno e a média das notas de química:

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Matemática Química

5
4,5
4 4
3,5

1º Quad. 2º Quad. 3º Quad.

Ex.: X_Matemática= (5+6+4) /3=15/3=5;


X_Quimica= (4,5+3,5+4,0) /3=12/3=4;
DICA 16
AMPLITUDE
Amplitude é igual ao Limite Superior menos o Limite Inferior.
Para se encontrar a amplitude de uma listagem de números, é só subtrair o menor
componente do maior.

Veja abaixo o exemplo:

→ Seja o conjunto A:(1, 2, 2, 3, 3, 4 e 5), a amplitude total do conjunto A é AT= 5 – 1 =


4;

Vamos supor que vamos fazer uma pesquisa sobre a altura dos alunos de alguma
faculdade, como são muitos alunos, decidimos realizar uma pesquisa com apenas 40
alunos:

Ex.: Altura em cm: (150, 155, 156, 160, 161, 162, 164, 168,151, 155, 156, 160, 161,
163, 165, 169,152, 155, 157, 160, 161, 163, 166, 170,153, 155, 158, 160, 161, 164,
167, 172,154, 156, 158, 160, 162, 164, 168, 173);

Frequência é o número de alunos que fica relacionado a um determinado valor da


variável, como se segue:

Altura(cm) Frequência

150⊢154 4

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154⊢158 9

158⊢162 11

162⊢166 8

166⊢170 5

170⊢174 3

Total 40

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LEGISLAÇÃO
DICA 17
LEI N° 8.112/1990 - DO REGIME DISCIPLINAR
A Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, trata-se do Regime Jurídico Único para os
servidores públicos federais da administração direta, autárquica e fundacional é uma
Lei Federal e, portanto, aplica-se exclusivamente à União. Logo, os Estados e Municípios
devem possuir leis próprias estabelecendo o regramento para os seus servidores
públicos.
As regras da Lei 8.112/1990 só alcançam os órgãos da administração direta, das
autarquias e das fundações públicas, não se aplicando às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, cujos empregados públicos submetem-se às regras da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Essa Lei é chamada de Estatuto dos Servidores Públicos, os chamados servidores
estatutários, pois sua relação profissional se dá por meio das regras previstas em um
estatuto que, no caso, é a Lei 8.112/1990.
Tal Lei é chamada de Estatuto dos Servidores Públicos da União (Regime Jurídico).
Sabe-se que o vínculo dos empregados públicos é contratual (Sociedade de
economia mista e empresa pública), e a relação entre os servidores públicos e o poder
público é legal.
DICA 18
DO PROVIMENTO
O provimento dos cargos públicos será feito mediante ato da autoridade competente de
cada Poder e a investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 8º São formas de provimento de cargo público:

nomeação;

promoção;

readaptação;

reversão;

aproveitamento;

reintegração;

recondução.

As formas de provimento dividem-se em provimento originário e provimento derivado;


O provimento originário é o que se faz através da nomeação, constituindo o
preenchimento inicial do cargo sem que haja qualquer vínculo anterior com a
administração.

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DICA 19
PROVIMENTO ORIGINÁRIO - NOMEAÇÃO
A nomeação é a única forma de provimento originário admitida em nosso
ordenamento jurídico, podendo dar-se para provimento de cargo efetivo ou em comissão
(EFECOM).
A nomeação como forma de provimento originário independe de prévio vínculo com a
Administração e em regra, o nomeado não possui nenhum vínculo com o Poder Público
antes de sua nomeação.
Existirão situações em que a pessoa já ocupará algum cargo, de provimento efetivo ou em
comissão, mas isso não muda a natureza de provimento originário da nomeação. Isso
porque a nova nomeação não possui nenhuma relação com o vínculo anterior.
No caso de cargo efetivo, a nomeação dependerá de prévia aprovação em concurso
público de provas ou de provas e títulos.
Já quando for para provimento de cargo em comissão, não depende de aprovação em
concurso, uma vez que se trata de cargo de livre nomeação ou exoneração.
DICA 20
PROVIMENTO DERIVADO - REVERSÃO
A reversão é forma de provimento derivado, constante no art. 25 da Lei 8.112/1990,
consistindo no retorno à atividade de servidor aposentado.

Existem duas modalidades de reversão no Estatuto dos Servidores da União:

REVERSÃO DE OFÍCIO: quando junta médica oficial declarar que deixaram de existir
os motivos que levaram à aposentadoria por invalidez permanente;

REVERSÃO A PEDIDO: aplicável ao servidor estável que se aposentou voluntariamente


e, daí, solicitou a reversão de sua aposentadoria;

Na reversão a pedido, ou seja, no interesse da administração, o servidor que se


aposentou voluntariamente faz o pedido para retornar à ativa, e depende dos seguintes
requisitos: o servidor deve solicitar a reversão, a aposentadoria tenha sido voluntária, o
servidor era estável quando estava na atividade, a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco
anos anteriores à solicitação, desde que haja cargo vago e o servidor tenha menos de 70
anos de idade.

No caso de reversão de ofício a decisão da administração é vinculada, já na reversão


a pedido a decisão é discricionária, ou seja, a administração pode ou não conceder a
reversão ao servidor público.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 21
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - SISTEMAS DE CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE

SISTEMA JUDICIAL

Matriz Americana Matriz Austríaca

Juízes realizam o controle difuso de Órgão específico dotado de legitimidade


constitucionalidade. O controle era afeto a para a análise de adequação.
casos concretos, via incidental e seus
Realizam um controle concentrado de
efeitos são ex tunc e inter partes.
constitucionalidade, realizado de modo
direto pela via principal, com efeitos
erga omnes e ex nunc (não retroage).

SISTEMA POLÍTICO

Matriz Francesa

Órgão político chamado “Conselho de Constitucionalidade”, composto por 9


membros e os ex-Presidentes da República, com mandato de 9 anos.
Realiza um controle prévio e depende de provocação para atuar.

DICA 22
ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE - INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E
MATERIAL

Inconstitucionalidade formal: envolve um vício no processo de produção da lei/ato


normativo (vício nomodinâmico).

Formal Orgânica: descumprimento e normas de competência legislativa.

Formal por Descumprimento de Pressupostos Objetivos: violação de pressuposto


expresso, ex.: Medida provisória sem vigência ou relevância.

Formal Propriamente Dita: inobservância das normas do processo legislativo.

Vício formal subjetivo: na fase de iniciativa.

Vício formal objetivo: nas fases constitutiva ou complementar.

Inconstitucionalidade material: o conteúdo da lei ou ato normativo está em


desconformidade com a norma constitucional ou contém um desvio de poder ou excesso
do poder legislativo.
Aplicação dos princípios da proporcionalidade (adequação + necessidade +
proporcionalidade); princípio da proibição do excesso e princípio da proibição da
proteção insuficiente.
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DICA 23
EVOLUÇÃO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL

Constituição de 1824 Não havia nada assemelhado aos modelos


atuais de controle de constitucionalidade.

Influenciado pela matriz americana, a


Constituição Provisória de 1890 introduziu o
controle difuso por via de exceção,
Constituição de 1891 materializando no decreto 848/1890.
A magistratura federal poderia intervir em
espécie e por provocação da parte na guarda
e aplicação da Constituição.

Manteve o controle difuso, mas com algumas


alterações.
- Cláusula de Reserva de Plenário: a
declaração de inconstitucionalidade só
poderia ser feita pela maioria absoluta de
Constituição de 1934 seus membros.
- Atribuiu ao Senado Federal a competência
para suspender execução de leis ou aos
normativos quando declarados
inconstitucionais pelo STF, conferindo efeito
erga omnes a essas decisões.
- Representação Interventiva a cargo do
PGR, em caso de ofensa aos princípios e o
STF declarava a inconstitucionalidade da lei
interventiva.

Constituição de 1937 Houve retrocesso. Após a declaração de


inconstitucionalidade pelo STF, o Presidente
da república tinha a prerrogativa de
submetê-la ao Congresso Nacional,
invocando interesse nacional, para validação
da inconstitucionalidade com aprovação de
dois terços dos membros de cada Casa.

Constituição de 1946 Controle de Constitucionalidade deixa de


sofrer interferência do executivo e
Legislativo, volta a ser difuso.
Restaura a competência do Senado.
EC 16/1965: estabelece o controle
concentrado e abstrato de leis ou atos
normativos federais e estaduais.

Constituição de 1969 Manteve o controle difuso e concentrado via

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ADI Interventiva e ADI genérica.


Permitia o controle de constitucionalidade de
atos normativos municipais diante das
Constituições Estaduais.

Constituição de 1988 Controle difuso continua nos termos clássicos


(reserva de plenário + atuação do Senado
Federal), mas há uma ampliação do controle
concentrado surgindo novas ADIs e o PGR
perde o monopólio da legitimidade de
propositura.
Criação da ADPF e da possibilidade de
declarar inconstitucionalidade de uma norma
por omissão, via mandado de injunção ou
por ADI por omissão.

DICA 24
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADIN) - COMPETÊNCIA PARA
PROPOSITURA

De acordo com a Constituição Federal, podem propor a ação direta de


inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:

Presidente da República;

A Mesa do Senado Federal;

Mesa da Câmara dos Deputados;

A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

Governador do Estado ou Distrito Federal;

Procurador-Geral da República;

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

Partido político com representação no Congresso Nacional;

Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

DICA 25
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

No artigo 5º da CF/88, encontram-se 05 (cinco) direitos fundamentais, a saber:

direito à vida;

à liberdade;

à igualdade,

à segurança e;

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à propriedade.
É importante decorar esses direitos, pois já foi tema de cobrança em muitas provas, e,
provavelmente, estará na sua prova do TRT -12!!!
Destaca que o entendimento é de que esses direitos são estendidos à todos que se
encontrem em território nacional, e não somente aos brasileiros e estrangeiros residentes
no país.
OBS: NÃO somente as pessoas físicas encontram-se tuteladas, as pessoas jurídicas
e o próprio Estado encontram-se sob a égide desses direitos.
DICA 26
DIREITO À VIDA

O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina.


Nota-se que nem o direito à vida é absoluto. No Brasil, em caso de guerra declarada,
admite-se a pena de morte. O aborto, por sua vez, é permitido em casos excepcionais.

E quais são os tipos de aborto? Vejamos:

Aborto terapêutico ou necessário: ocorre quando o médico interrompe a gravidez


quando não há outra forma de salvar a vida da gestante.

Aborto sentimental ou humanitário: é a interrupção da gravidez praticada por


médico nos casos de estupro, desde que haja autorização da gestante ou de seu
representante legal quando a gestante dor menor de 18 (dezoito) anos.

Aborto eugenésico ou eugênico: É aquele realizado para evitar o nascimento de uma


criança com grave deformidade genética.

DICA 27
IGUALDADE/ISONOMIA

O principal dispositivo constitucional sobre o direito de liberdade é o art. 5º, inciso I, da


CF, que assim dispõe: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição”.

O objetivo deste dispositivo não é somente garantir a igualdade formal, mas


principalmente a igualdade material ou substancial.
A igualdade formal busca tratar todos os indivíduos da mesma maneira, garantindo-se
os mesmos direitos e deveres. Contudo, a igualdade material busca o mesmo
tratamento igualitário, com a observação de que todos devem ser tratados de maneira
igual, na medida das suas desigualdades.

Nesse sentido, a própria Constituição em algumas situações já materializa a igualdade


material ou substancial, como no art. 5º, inciso L, da CF: “às presidiárias serão
asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação”.
Com base também no princípio da igualdade material é que se legitima as chamadas
ações afirmativas, que representam medidas de compensação para grupos com

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realidade histórica de marginalização ou discriminação. São exemplos de ações


afirmativas: Cotas raciais, PROUNI e a lei maria da penha.

JURISPRUDÊNCIA

A lei que veda o exercício da atividade de advocacia por aqueles que desempenham,
direta ou indiretamente, atividade policial, não afronta o princípio da isonomia. STF.
Plenário. ADI 3541/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 12/2/2014 (Info 735).

DICA 28
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

O princípio da reserva legal impõe a necessidade de que determinadas matérias sejam


disciplinadas por lei formal, ou seja, aquelas espécies normativas encontradas no artigo
59, da CF/88. O princípio da legalidade, por sua vez, traduz a necessidade de
obediência à lei em sentido amplo.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.

A reserva legal pode ser classificada em:

Absoluta: a norma constitucional necessita lei formal para sua regulamentação.

Relativa: em que pese a necessidade de lei formal, é possível a edição de espécies


infralegais para regulamentação da norma constitucional.
O princípio da irretroatividade das leis preconiza que a lei penal não retroagirá, exceto
em benefício do réu.
DICA 29
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE CONSCIÊNCIA E DE
EXPRESSÃO (INCS. IV, V e IX)

Segundo o inciso IV, do artigo 5º, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato.
A vedação do anonimato garante a responsabilização de quem causou danos a terceiros
ao exercer a livre manifestação do pensamento.
A livre manifestação de pensamento não é absoluta, sendo proibido qualquer discurso de
ódio, inclusive a incitação ao racismo.

DICA 30
SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E COMUNICAÇÕES

A Constituição Federal dispõe que: “É inviolável o sigilo da correspondência e das


comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal.”

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A inviolabilidade de sigilo abrange quatro situações: correspondências,


comunicações telegráficas, comunicações de dados e comunicações telefônicas.
O próprio dispositivo da Constituição excepciona a regra, ao afirmar que o sigilo das
comunicações telefônicas pode sofrer restrição por ordem judicial para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal, nos termos da lei.

ATENÇÃO!

A exceção que a Constituição Federal traz corresponde apenas a


comunicações telefônicas.

O fato de a Constituição Federal trazer apenas exceção quanto às comunicações


telefônicas, não significa que as outras inviolabilidades são absolutas, pois não existem
direitos fundamentais absolutos.
A título de exemplo, as inviolabilidades de correspondência e de comunicações telegráficas
podem ser restringidas nas hipóteses de decretação de estado de defesa e de sítio (art.
136, §1º, inciso I; e art. 139, inciso III, ambos da CF).

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 31
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO – DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O artigo 2º, da CF/88 dispõe, expressamente, sobre a separação de poderes. Trata-se de
doutrina nascida na obra “Espírito das Leis” de Montesquieu. Segundo preconiza o
dispositivo em apreço, são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Judiciário, o Executivo e o Legislativo.

Administração Direta (Entes Políticos): União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Administração Indireta (Entes Administrativos): Autarquia, Sociedade de Economia


Mista, Fundação Pública e Empresa Pública.

Quanto à criação das entidades da Administração Indireta, a CF/88, nos incisos XIX e XX,
do artigo 37, dispõe que somente por lei (ordinária) poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, no caso da fundação, definir as áreas de sua
atuação.

Nota-se que a lei ordinária cria (direto) a autarquia e autoriza a criação dos demais
entes administrativos. Resumindo:

CRIA autarquias
LEI

AUTORIZA a criação dos demais entes federativos

DICA 32
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura


administrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para
cumprimento do interesse público.

O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública)


executa o rumo adotado.

Sentido material/objetivo: é a atividade estatal exercida sob um regime jurídico,


por meio de serviço público, polícia administrativa, fomento à iniciativa privada ou
intervenção.

Sentido formal/subjetivo: são os sujeitos que atuam em nome da Administração


Pública, se dividindo em Administração Pública Direta (entes da federação) e
Administração Pública Indireta (órgãos e entidades).

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PRINCÍPIOS QUE REGEM O REGIME JURÍDICO:

SUPREMACIA DO O interesse público prevalece em


INTERESSE detrimento dos interesses particular, por
PÚBLICO exemplo, a desapropriação.

Voltado à atuação do administrador, posto


que este deve exercer suas funções sempre
INDISPONIBILIDADE DO
buscando garantir o interesse público, não
INTERESSE PÚBLICO
devendo desistir dos feitos ou dispor de
suas prerrogativas.

DICA 33
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
É conhecido também como princípio da isonomia e princípio da finalidade.

Possui 03 acepções, vejamos:

FINALIDADE: a finalidade precípua da Administração Pública é buscar satisfazer o


interesse público. Caso o ato seja praticado com finalidade distinta a essa, restará
NULO por desvio de finalidade.
Em sentido amplo, o princípio da impessoalidade busca o atendimento do interesse
público. Já em sentido estrito, visa atender a finalidade específica prevista em lei para o
ato administrativo.

Vedação à promoção pessoal: não é permitido ao agente público se valer de


realizações da Administração Pública como se fossem próprias. Assim, é vedado, por
exemplo, constar símbolo de partido político em obra pública. Trata-se essa, inclusive,
de proibição expressamente prevista no parágrafo 1º, do artigo 37, da CF/88.
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Isonomia: a Administração Pública deve se relacionar com os particulares de forma


imparcial.

DICA 34
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Impõe aos agentes públicos o dever de atuar de forma honesta. Sua atuação dever
pautar-se pelos princípios da boa-fé e probidade.

A ação popular, prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, é instrumento de controle da


moralidade administrativa.

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,

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ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da


sucumbência

DICA 35
ELIMINAÇÃO DA INCERTEZA JURÍDICA

A LINDB, em seu art. 26, disciplina o método para eliminação de incerteza jurídica,
preconizando que:

Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na


aplicação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade
administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após
realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar
compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o qual só produzirá
efeitos a partir de sua publicação oficial.
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo:
I – buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os
interesses gerais;
III – não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de
direito reconhecidos por orientação geral;
IV – deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu
cumprimento e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento.

DICA 36
IMPOSIÇÃO DE CONDENAÇÃO

A LINDB menciona que o recebimento de benefícios indevidos e prejuízos


anormais/injusto autorizam a imposição de compensação. Isso, é estabelecido no art. 27,
vejamos:

Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial,


poderá impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos
resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos.
§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes
sobre seu cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor.

Indaga-se: para prevenir ou regular a compensação, há a possibilidade de ser


celebrado compromisso processual entre os envolvidos? SIM! É o que dispõe o §2º do
respectivo artigo, vejamos:

Art. 27 § 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado


compromisso processual entre os envolvidos.

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DICA 37
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - CONCEITO
O administrador público possui alguns poderes, denominados de Poderes Administrativos,
os quais são instrumentos colocados à disposição do administrador para atingir o interesse
público.
CUIDADO: Os Poderes Administrativos não devem ser confundidos com Poderes do
Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário).
É importante destacar que:

→ PODER NÃO É UMA FACULDADE, MAS SIM UM DEVER DO AGENTE PÚBLICO.


DICA 38
PODER REGULAMENTAR
É o poder da administração de editar atos normativos para complementação das leis
(Poder Normativo).

Ex.: Edição de Decreto pelo Presidente da República para regulamentar funcionamento


da administração pública.
Se o ato regulamentar extrapolar a sua função, a CF/88 autoriza o Congresso Nacional a
sustar o ato.

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DIREITO CIVIL
DICA 39
DA PESSOA NATURAL
De acordo com o art. 1º do CC, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na vida civil.

A capacidade civil pode ser dividida de três formas: capacidade de fato, capacidade de
direito e capacidade plena.

CAPACIDADE DE CAPACIDADE DE CAPACIDADE PLENA


FATO/EXERCÍCIO DIREITO/GOZO

Capacidade para exercer Capacidade para ser Legitimação: capacidade


direitos na órbita civil; sujeito de direitos e especial para determinado
deveres na ordem civil; ato ou negócio jurídico;
Nem todas as pessoas
naturais possuem Toda pessoa natural Legitimidade: capacidade
(incapazes do art. 3º e possui; processual;
4º, CC);
Termina com a morte. Personalidade: soma dos
Adquire-se com a caracteres ou aptidões da
maioridade civil ou pessoa.
emancipação.

DICA 40
ESTADO DA PESSOA NATURAL

O estado pode ser:

INDIVIDUAL:
- é o modo de ser do indivíduo no que diz respeito ao sexo, à idade, à cor, à saúde...
- O Estado Individual se refere a aspectos da constituição orgânica do indivíduo que
possuem influência sobre a capacidade civil, se ele é homem ou mulher, se é maior de
idade, entre outros.

FAMILIAR:
O Estado Familiar tem a ver com a situação do indivíduo no que diz respeito ao
matrimônio, se ele é solteiro, casado, viúvo... e tem a ver com o parentesco, se ele é
filho, pai, irmão...

POLÍTICO:
diz respeito à posição da pessoa na sociedade política, que pode ser nacional (nato ou
naturalizado) e estrangeiro.

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DICA 41
CARACTERÍSTICAS DO ESTADO DA PESSOA NATURAL

INDISPONIBILIDADE:
O estado civil NÃO pode ser comercializado. É INALIENÁVEL e IRRENUNCIÁVEL.
Contudo, pode MUDAR. O solteiro pode passar a ser casado. O casado pode passar a ser
divorciado...

IMPRESCRITIBILIDADE:
O estado NÃO se perde, tampouco se adquire o estado pela prescrição. Não é possível
obtê-lo por usucapião.

INDIVISIBILIDADE:
Regra: Ninguém pode ser casado e solteiro ao mesmo tempo, por exemplo.
EXCEÇÃO: dupla nacionalidade.

DICA 42
PESSOA NATURAL

Em se tratando de Direito Civil, o tema Pessoa Natural é um dos mais cobrados em


Provas, dada algumas questões importantes sobre. Vejamos:

Artigo 2º do CC: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida;


mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

NASCITURO: É o ser que é concebido e se encontra no ventre materno. Possui


proteção jurídica.

NATIMORTO: Nasceu, mas após o parto não manifestou sinais de vida.


DICA 43
TEORIAS DA PESSOA NATURAL
Em se tratando do tema de pessoa natural, um assunto muito recorrente em provas é o
de teorias relacionadas a esse tema. E quais são elas? Vejamos:

Teorias do artigo 2º do CC:

Natalista: antes do nascimento não existe personalidade.

Concepcionista: há personalidade desde a concepção.

Condicional: os direitos do nascituro estão sujeitos à condição suspensiva do


nascimento com vida.

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Veja como já foi cobrado em questão:

QUESTÃO ADAPTADA, 2020.


Maria, grávida de 5 meses, preocupa-se com a proteção dos direitos do seu futuro
bebê. O marido de Maria, pai da criança, está hospitalizado em quadro de saúde
gravíssimo e a relação de Maria com a família do seu marido não é harmoniosa.
a afirmação que melhor reflete a situação do nascituro é:
a) nascituro goza de proteção jurídica;
b) nascituro tem personalidade civil plena;
c) nascituro não é titular de direitos subjetivos;
GABARITO: A.

DICA 44
O TRATAMENTO JURÍDICO DO NASCITURO
Nascituro é aquele que já está concebido, no ventre materno, mas ainda não nasceu. É
aquele que ainda está no corpo da genitora.
Devido à imprecisão do art. 2º do CC ao estabelecer a natureza jurídica do nascituro,
foram arquitetadas três teorias sobre o tema: natalista, condicionalista e
concepcionista.

TEORIAS SOBRE A NATUREZA JURÍDICA DO NASCITURO

Teoria Natalista: defende que a personalidade jurídica se inicia com o nascimento


com vida, seria uma interpretação literal do art. 2º do CC.

Teoria Condicionalista: defende que a personalidade jurídica do nascituro está


condicionada ao nascimento com vida. Ou seja, há uma condição pendente para sua
personalidade jurídica, que é o nascimento com vida.

Teoria Concepcionista: entende que o nascituro já titulariza desde a concepção os


direitos da personalidade. No entanto, os direitos patrimoniais estão condicionados ao
nascimento com vida (teoria que prevalece no STJ).

OBS: Nascer com vida significa o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório do


recém-nascido, e isso se verifica por meio de um exame denominado docimasia
hidrostática de galeno.
DICA 45
MAIORES DE 16 ANOS E MENORES DE 18 ANOS
ATENÇÃO! Os artigos abaixo são muito importantes e podem ser cobrados.

Art. 180, CC: O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de
uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela
outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

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Art. 105, CC: A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela
outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se,
neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.

Art. 181, CC: Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a
um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.

DICA 46
MAIORES DE 16 ANOS E MENORES DE 18 ANOS

ATENÇÃO!

Segundo o atual Código Civil, o limite da menoridade é 18 anos completos, e os pais


podem emancipar os filhos menores que completarem 16 anos de idade. Ainda, o
incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis
não tiverem obrigação de o fazer ou não dispuserem de meios suficientes (art.
928, CC).

Art. 928, CC: Parágrafo único: A indenização prevista neste artigo, que deverá ser
equitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele
dependem.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL


DICA 47
FONTE DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL - IMEDIATAS E MEDIATAS
Fonte é aquilo que dá origem ao direito ou, mais especificamente, às normas jurídicas;
As fontes imediatas são aquelas que diretamente revelam normas jurídica. Cita-se,
comumente, a lei a os costumes como exemplos de fontes imediatas.
As fontes mediatas são aquelas que subsidiam o surgimento de uma fonte imediata, tal
como ocorre em relação à doutrina e à jurisprudência.

FONTES IMEDIATAS Costumes e a Lei

FONTES MEDIATAS Doutrina e Jurisprudência

DICA 48
INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
Interpretar significa adscrever sentido a textos e a elementos não textuais da ordem
jurídica. A interpretação refere-se à escolha dentre vários significados da norma jurídica
dentro de um conjunto plausível de possibilidades. É uma tarefa eminentemente prática,
realizada a partir da norma jurídica posta, ou seja, a determinar o sentido e o alcance das
expressões jurídicas;

É importante que você saiba distinguir interpretação, hermenêutica, integração e


aplicação das normas:

HERMENÊUTICA → Ciência da interpretação → Normas e princípios que norteiam a


intepretação → Saber teórico;

INTERPRETAÇÃO → Busca do sentido da norma jurídica → Parte da norma jurídica


→ Saber prático;

INTEGRAÇÃO → Técnica de preenchimento de lacunas na norma jurídica → Atua na


ausência da norma;

APLICAÇÃO → Resultado do processo interpretativo e integrativo, pelo qual há o


enquadramento da norma ao caso concreto.

DICA 49
JURISDIÇÃO- PARTE 1

Esse tema é um dos “queridinhos” da Banca, por isso, se atente! Sobre Jurisdição, o
Código de Processo Civil (CPC) preconiza que:

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Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o
território nacional, conforme as disposições deste Código;

Esse artigo deixa claro que o CPC se insere dentro das matérias cíveis, a excluir,
inicialmente, a jurisdição penal. Além disso, dentro da área cível, o CPC disciplina
diretamente um procedimento para resolução de conflitos civis, que envolve relações
entre privados, sujeitas à Justiça Comum (federal ou estadual). Nesse contexto, é
importante compreender que temos outras matérias cíveis – como a Eleitoral e a do
Trabalho – cuja aplicação do CPC é subsidiária.
A necessidade da jurisdição se justifica na medida em que apenas a previsão de direitos e
deveres nas leis não é suficiente para evitar ou solucionar conflitos. Desse modo, é
necessário existir instrumento capaz, justo e efetivo de solucionar os conflitos, para
restabelecer a harmonia nas relações sociais. Nesse contexto, a partir da divisão de
poderes, o Estado cria um poder específico para exercer a função jurisdicional, cuja
atuação é voltada para promoção dessa harmonia social.
DICA 50
CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA

Competência de foro: O foro deve ser compreendido como o local em que o


magistrado exerce sua competência;

Competência do Juízo: Uma vez definido o local, deve-se perquirir qual é o Juízo
competente, ou seja, qual, entre os vários juízes do foro, é concretamente competente;

Competência Originária: Define o órgão jurisdicional para conhecer o processo pela


primeira vez;

Competência Derivada: Estabelece a responsabilidade de julgar recursos a partir da


decisão do órgão originariamente competente;

Competência Absoluta: Estabelece regras de competência a partir do interesse


público;

Competência Relativa: Fixa regras de competência a partir do interesse particular.

DICA 51
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA - PARTE 1
Sabe-se que a competência é fixada quando a petição inicial é registrada ou distribuída;
Uma vez fixada, somente em situações excepcionais seria possível modificá-la. Dito de
outro modo, em casos específicos admite-se que um determinado juízo, que não é
originariamente competente, passe a ter competência para julgar aquela ação;
Logo, a modificação da competência poderá se dar em razão da Supressão do órgão
judiciário, Alteração da competência absoluta, Conexão (art. 55 do CPC) e
Continência (arts. 56 e 57, ambos do CPC).

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DICA 52
COMPETÊNCIA RELATIVA E ABSOLUTA - DIFERENÇAS BÁSICAS

Vejamos:

COMPETÊNCIA ABSOLUTA

regras de competência a partir do interesse público;

Pode ser reconhecida de ofício;

Não pode ser alterada por vontade das partes;

Não admite conexão e continência;

Abrange as regras e a fixação das competências material, em razão da pessoa e


funcional;

Se a ação transitar em julgado é cabível a ação rescisória;

Alteração superveniente da competência implica o deslocamento da causa para outro


juízo;

COMPETÊNCIA RELATIVA

Fixa regras de competência a partir do interesse Particular;

Não pode ser reconhecida de ofício;

As partes têm a prerrogativa de eleger o foro;

Admite conexão e continência;

Não cabe ação rescisória, pois há prorrogação da competência;

Mudança superveniente de competência relativa não produz efeitos.

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DIREITO DO TRABALHO
DICA 53
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO:

Fontes materiais: Representam o momento que antecede o surgimento da norma


jurídica. É influência por fatores históricos, políticos, sociais e econômicos.

Fontes formais: Representam a norma jurídica materializada e constituída, são


divididas em:

Autônoma – Aquelas criadas pelas próprias partes envolvidas.

Ex. Contrato de Trabalho, Normas Coletivas, Regulamento Empresarial...

Heterônomas – Aquelas criadas com a participação de um terceiro em geral o


ESTADO.

Ex.: Lei em sentido amplo, sentença normativa, decisão judicial.

Fontes Integradoras: São fontes que irão auxiliar o interprete na aplicação do caso
concreto.

Ex.: Doutrina, jurisprudência, analogia, equidade, costumes, direito comparado,


princípios gerais do direito.

ATENÇÃO!!

São fontes subsidiárias:

O direito comum é fonte subsidiária ao direito do trabalho;

A Negociação Coletiva – Art. 611-A e art. 611-B da CLT;


Ao verificar uma norma coletiva somente poderá analisar os seus aspectos formais.
E os tribunais, ao editarem súmulas e OJ não poderão acrescentar ou suprimir direitos
não contidos em lei.

DICA 54
RELAÇÃO DE TRABALHO

Aplicação da norma mais favorável: Dispõe que será aplicada a norma mais
favorável ao trabalhador independentemente da posição que ocupe na escala hierárquica.
OBS.: A ausência de contrapartidas (vantagens) não invalida o negócio
Jurídico.
Caso haja ação judicial visando anulação de clausulas das normas coletivas o sindicato que
participou da negociação deve participar como litisconsórcio necessário.

Condição mais benéfica: As vantagens concedidas ao trabalhador por força de


contrato ou regulamento empresarial aderem ao contrato de trabalho com força de lei e
não podem ser suprimidas sob pena de violação ao direito adquirido.

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As mudanças, alterações ou revogações do regulamento empresarial somente afetam


aos novos contratados (SÚMULA 51 TST). Na coexistência de mais de um regulamento a
opção por um deles importará em renúncia às vantagens previstas na outra (SÚMULA 51
TST):

SÚMULA 51 TST

NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO.


ART. 468 DA CLT (incorporada a Orientação Jurisprudencial n° 163 da SBDI-1) - Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005.
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração
do regulamento. (ex-Súmula n° 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973).
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado
por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. (ex-OJ n°
163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999). As vantagens concedidas em norma coletiva
somente terão validade pelo prazo máximo de dois anos, sendo vedada a ultratividade.
É nula a clausula que prevê o prazo superior a dois anos naquilo que ultrapassar este
prazo.

DICA 55
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

PREVALÊNCIA DA AUTONOMIA DA VONTADE

Negociação individual - Hipersuficiente se ele tiver diploma de nível superior e mais


que o dobro do limite do RGPS, só vai negociar os direitos contidos no Art. 611-A CLT.
Negociação Coletiva – Art. 611–A CLT.

PRIMAZIA DA REALIDADE

Prevalecerá a realidade dos fatos sobre os documentos.

INALTERABILIDADE CONTRATUAL LESIVA

O contrato de trabalho somente poderá ser alterado sob os seguintes requisitos:

Mutuo ACORDO – Consensualidade;

Ausência de Prejuízo para os empregados ainda que de forma indireta.

O empregador poderá fazer pequenas alterações unilaterais decorrentes do Jus


variandi, uma dessas alterações é a Reversão.

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Ao fazer a reversão o empregador poderá suprimir a gratificação de função


independente de tempo recebido e da existência de justo motivo.

Mantido o empregado na função comissionada o valor da gratificação não pode ser


reduzido.

DICA 56
PRAZO MÁXIMO DE VIGÊNCIA DOS ACORDOS E DAS CONVENÇÕES COLETIVAS
É de dois anos o prazo máximo de vigência dos acordos e das convenções
coletivas, sendo que as vantagens contidas em tais instrumentos não se incorporam ao
contrato de trabalho de forma definitiva.
Ler Súmula n° 277 e decisão liminar proferida nos autos da ADPF n° 323 do STF.
DICA 57
DA APLICAÇÃO DA NORMA
O local da prestação dos serviços é que define a norma a ser aplicada à relação de
emprego, ou seja, segue-se o princípio da lex loci executione contracti (lei do lugar da
execução do contrato).
No caso de trabalhador contratado no Brasil para laborar no exterior em atividades de
engenharia, projetos e obras, montagens, gerenciamento e congêneres, a Lei no
7.064/82, garante os direitos previstos pela legislação nacional, salvo se a legislação
estrangeira for mais benéfica para o empregado.
DICA 58
RELAÇÃO DE TRABALHO

Conceito básico de trabalho: conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o


homem exerce para atingir determinado fim.
Assim a relação de trabalho se trata de um vínculo jurídico pelo qual uma pessoa
natural executa uma obra ou um serviço para alguém e recebe um pagamento por isso.
Para a sociologia do trabalho está associado à ideia de realidade material e relações
sociais. Ou seja, uma relação de trabalho é uma prestação de serviço laboral, que pode
ser firmado através de um contrato ou não. Nesse sentido, a atividade também pode
ser remunerada ou voluntária, mas sempre haverá um contratante e um contratado.
Esse termo na sociologia está associado à ideia de realidade material e relações sociais.
DICA 59
RELAÇÃO DE EMPREGO
Como já vimos a Relação de Trabalho é um gênero, e a Relação de Emprego é uma
espécie.
MEMORIZE:

Toda Relação de Emprego é uma Relação de Trabalho, mas nem toda Relação de
Trabalho é uma Relação de Emprego.
A relação de emprego, ou o vínculo empregatício, é um fato jurídico que se configura

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quando alguém (empregado ou empregada) presta serviço a uma outra pessoa, física
ou jurídica (empregador ou empregadora), de forma subordinada, pessoal, não eventual
e onerosa.

Requisitos da Relação de Emprego:

Pessoalidade: um dos sujeitos (o empregado) tem o dever jurídico de prestar os


serviços em favor de outrem pessoalmente.

Natureza não eventual do serviço: ele deverá ser necessário à atividade normal do
empregador.

Onerosidade: Remuneração do trabalho a ser executado pelo empregado.

Subordinação: o empregado sujeita-se ao poder diretivo do empregador.


DICA 60
DIREITO DO TRABALHO SUJEITO DO CONTRATO DE TRABALHO – DO EMPREGADO
– ART. 3º, DA CLT
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual
a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
LEMBRE-SE:

PESSOA FÍSICA;

NÃO EVENTUALIDADE;

SUBORDINAÇÃO;

ONEROSIDADE.

Certo, mas como isto estaria sendo cobrado pela banca FUMARC?
DICA 61
SUJEITO DO CONTRATO DE TRABALHO - EMPREGADOR – ART. 2° CLT
Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

ALTERIDADE;

PESSOALIDADE;

ATENÇÃO!!

Equipara-se ao empregador o profissional liberal, as entidades de beneficência e as


demais se fins lucrativos que contratem trabalhadores como empregados.
Para os fins de relação de emprego não haverá distinção em relação aos empregados
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nem em relação ao trabalho técnico manual ou intelectual.

DICA 62
DIREITOS CONSTITUCIONAIS DO TRABALHADOR
Os Direitos Constitucionais dos Trabalhadores estão presentes no artigo 7º da
Constituição Federal. Leitura obrigatória!
Traz a relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa
causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre
outros direitos.

Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.

Fundo de garantia do tempo de serviço.

Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas


necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim.

Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.

Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.

Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração


variável.

Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da


aposentadoria.

Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.

Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa.

Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei.

Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos


da lei.

Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de

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revezamento, salvo negociação coletiva.

Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.

Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à


do normal.

Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal.

Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e


vinte dias.

Licença-paternidade, nos termos fixados em lei.

Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos


termos da lei.

Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei.

Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança.

Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na


forma da lei.

Aposentadoria.

Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
idade em creches e pré-escolas.

Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.

Proteção em face da automação, na forma da lei.

Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização


a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho.

Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão


por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

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Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do


trabalhador portador de deficiência.

Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os


profissionais respectivos.

Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de


qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir
de quatorze anos.

Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o


trabalhador avulso.

DICA 63
GRUPO ECONÔMICO – ENTENDIMENTO PACIFICO
Do entendimento do Tribunal Superior do Trabalho – TST:
A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) já pacificou o tema no sentido de
que o simples fato da existência de sócios em comum não é capaz de configurar grupo
econômico, e que a coordenação entre as empresas, sem relação hierárquica, também
não caracteriza o referido grupo, restando afastada a responsabilização solidária.

SÚMULA Nº 129, do TST

CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO: A prestação de serviços a mais de


uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não
caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em
contrário.

DICA 64
SUCESSÃO DE EMPREGADORES
A sucessão trabalhista – ou sucessão de empregadores – é prevista nos artigos 10 e
448, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), consistindo na assunção de obrigações
trabalhistas em virtude da transferência de titularidade da empresa ou de
estabelecimento empresarial.

Vejamos o que diz a CLT:

Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.

Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não


afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

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DICA 65
CONTRATO DE TRABALHO - CONCEITO
Contrato de trabalho é o pacto, expresso ou tácito, verbal ou escrito, por prazo
determinado ou indeterminado, por meio do qual o empregado, pessoa física,
compromete-se a prestar serviços não eventuais e subordinados e o empregador a
pagar a retribuição convencionada ou imposta.
CUIDADO!
NÃO CONFUNDA TRABALHO ILÍCITO COM O TRABALHO PROIBIDO:
Quanto ao objeto do contrato de trabalho, não confunda trabalho ilícito com trabalho
proibido.

OJ n. 199 da SBDI – 1 do TST

O trabalho ilícito é caracterizado pela TIPIFICAÇÃO DE CRIME OU CONTRAVENÇÃO


PENAL na realização da atividade laboral, sendo um exemplo muito clássico da doutrina
quando o empregado trabalha como apontador do jogo do bicho

O trabalho proibido, por sua vez, acontece quando a atividade de trabalho é desenvolvida
sem que haja a observância das normas legais, como, por exemplo, o trabalho noturno do
menor de 18 anos.

“199. JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO


(título alterado e inserido dispositivo) – DEJT divulgado em 16, 17 e 18-11-2010
É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à
prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de
validade para a formação do ato jurídico.”
O trabalho ilícito gera nulidade ex tunc, enquanto que o trabalho proibido gera nulidade
ex nunc.

DICA 66
COMENTÁRIOS SOBRE A SÚMULA 212 DO TST

Vejamos o que esta súmula legisla:

SÚMULA 212, TST

“O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de


serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação
de emprego constitui presunção favorável ao empregado".

O princípio da continuidade pode ser verificado na Súmula 212 do Tribunal Superior do


Trabalho. Pela jurisprudência do TST, o ônus de provar o término do contrato de trabalho,
quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador. Assim, o
princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao
empregado.

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DICA 67
DIREITO GARANTIDO: ALTERAÇÃO DE CONTRATO

Está no artigo 443, CLT:

Art. 443 da CLT - o contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado,
ou para prestação de trabalho intermitente.

O artigo seguinte expressa que “as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de
livre estipulação das partes interessadas”. Ou seja, as cláusulas podem ser redigidas em
comum acordo entre patrão e empregado.
Além disso, também determina que as relações devem ser promovidas sem que haja
violação das disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos aplicáveis ao
profissional e às decisões das autoridades competentes. Em relação às mudanças que
podem ser feitas no contrato de trabalho, o artigo 468 da CLT estabelece que só é licita a
alteração por mútuo consentimento, e que não resulte, direta ou indiretamente, prejuízos
ao empregado. Caso haja descumprimento do dispositivo, a cláusula pode ser anulada.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


DICA 68
COMPETÊNCIA FUNCIONAL DAS VARAS
A competência funcional das Varas do Trabalho passou a ser exercida monocraticamente
pelo juiz titular, sendo que a antiga denominação era Juiz Presidente da Junta de
Conciliação e Julgamento ou, simplesmente, juiz togado. Atualmente, além do juiz titular,
há o juiz substituto, que tem a atribuição de substituir ou auxiliar o titular.

A competência funcional das Varas do Trabalho está prevista no art. 652 da CLT:

Art. 652. Compete às Varas do Trabalho:


a) conciliar e julgar:
I – os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II – os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de
rescisão do contrato individual de trabalho;
III – os dissídios resultantes de contratos de empreitada em que o empreiteiro seja
operário ou artífice;
IV – os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V – as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão
Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho;
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência.
e) suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944.
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da
Justiça do Trabalho.
Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de
salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da
Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a
reclamação também versar sobre outros assuntos.

Como este assunto pode cair na prova?

QUESTÃO ADAPTADA.
O Juízo da 100ª Vara do Trabalho de São José dos Pinhais recepcionou uma ação
trabalhista, distribuída em novembro de 2019, para homologação de acordo
extrajudicial acerca do pagamento de horas extraordinárias entre Maria do Socorro e o
Banco do Bem. Considerando a competência das Varas do Trabalho, decorrentes da
legislação trabalhista, o magistrado em questão deve:
a) processar a ação trabalhista, decidindo sobre a homologação do acordo extrajudicial,
vez que a matéria é de competência da Justiça do Trabalho.
b) extinguir o processo sem julgamento do mérito, porque a Justiça do Trabalho não
tem competência para processar e julgar acordos extrajudiciais.
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c) processar a ação trabalhista e remeter o processo o Juízo Cível ou vara da Fazenda


Pública, vez que somente aqueles juízos tem competência para homologação de
acordos extrajudiciais.
d) extinguir de uma vez por todas o processo sem julgamento do mérito, salvo se
comprovado a existência de assistência sindical.
Gabarito: Letra a.
Fundamento: Art. 652 da CLT - Compete às Varas do Trabalho:
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da
Justiça do Trabalho.

DICA 69
JUÍZES DO TRABALHO
O juiz do trabalho deve ser aprovado em concurso de provas e títulos, ingressando como
juiz substituto, designado pelo Presidente do TRT para auxiliar ou substituir nas Varas do
Trabalho. Passados 2 anos no exercício, ele irá tornar-se vitalício no cargo.

Art. 112 da CF/88: "A Lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas
não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-La aos juízes de direito, com recurso para o
respectivo Tribunal Regional do Trabalho".

Nas comarcas onde não houver juiz do trabalho, por Lei, os Juízes de Direito poderão ser
investidos da jurisdição trabalhista. Das sentenças que proferirem caberá recurso
ordinário para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho (art. 112 da CF/1988 e art. 668
da CLT).
E como surge uma nova vara trabalhista? Há requisitos?
Há o requisito da frequência de reclamações trabalhistas em cada órgão já existente
exceda, seguidamente, a 1500 reclamações trabalhistas por ano.
O órgão de base da estrutura do Poder Judiciário é o próprio juiz, que fica lotado nas
denominadas Varas do Trabalho. Note-se que a indicação do juiz enquanto órgão da
estrutura judiciária brasileira é da CF/88, que em seu art. 111 expressamente assim
determina.
E como as varas do trabalho são criadas?
A criação de Varas do Trabalho é feita por intermédio de lei federal específica, conforme
fala o art. 112 da CF, sendo a iniciativa do TST, depois da sugestão do TRT envolvido,
observada ainda a efetiva demanda judicial e a população do lugar. Muito embora a
criação da Vara do Trabalho nasça de uma lei específica, o ato que define a jurisdição
daquela unidade pode ser do TRT correspondente, conforme fala o art. 28 da Lei n.
10.770/2003.

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DICA 70
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Faz parte da organização da Justiça do Trabalho. O TST (Tribunal Superior do Trabalho),
tem 27 ministros, a sua nomeação é feita pelo Presidente da República e necessário que
haja a devida aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, por meio de uma
sabatina. Esses ministros devem ter mais de 35 e menos de 70 anos.

Órgãos que funcionam junto ao TST:

Escola Nacional de Formação e Conselho Superior da


Aperfeiçoamento de Justiça do Trabalho
Magistrados do Trabalho

ATENÇÃO!

Destes 27 Ministros, um quinto das vagas será reservado aos membros da


Advocacia e do Ministério Público, o que é o “quinto constitucional”.
IMPORTANTE: no TST são julgados o Recurso de revista, o Recurso Ordinário e
os embargos ao TST.

DICA 71
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Também faz parte da Justiça do Trabalho, deve ter no mínimo de 7 juízes, estes juízes
devem ser nomeados, devendo ainda estes possuir mais de 35 anos e menos de 70 anos.
Assim como os ministros do TST, a sua nomeação deverá ser feita pelo Presidente da
República e por fim, não há necessidade de sabatina para a aprovação, diferente neste
ponto dos Ministros do TST. A propósito, você sabia que São Paulo é o único estado a ter
dois TRT’s? Isto mesmo:

TRT 2ª Região (Sede em São Paulo/SP)

TRT 15ª Região (Sede em Campinas/SP)


Há TRT em todos os Estado brasileiros?
Não, não há TRT no Tocantins, Amapá, Acre e Roraima.
Para não esquecer os estados onde não tem TRT, Lembre-se de TARA.

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T Tocantins

A Amapá

R Roraima

A Acre

A Jurisdição nesses lugares que não tem TRT são feitas da seguinte forma:

Tocantins (submete-se à jurisdição do TRT da 10ª Região no Distrito Federal, sede em


Brasília/DF)

Acre (submete-se à jurisdição do TRT da 14ª Região em Rondônia, sede em Porto


Velho/RO)

Roraima (submete-se à jurisdição do TRT da 11ª Região no Amazonas, sede em


Manaus/AM)

Amapá (submete-se à jurisdição do TRT da 8ª Região no Pará, sede em Belém/PA)


IMPORTANTE:
Na composição dos TRTs também deve ser observado o quinto constitucional de
membros oriundos do Ministério Público do Trabalho e da OAB, com os demais juízes
nomeados mediante promoção de magistrados do trabalho vinculados às Varas,
alternadamente, por tempo de antiguidade e mérito, sendo o número de magistrados
variável, havendo um número mínimo 7 juízes, devendo ser atendido o critério da
necessidade de desmembramento em Turmas em função do movimento processual.
DICA 72
PRERROGATIVAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
Lembrando sempre que o Ministério Público tem autonomia e independência da
instituição. Além disso, são princípios do MP a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional, princípios estes normatizados no art. 127, § 1° da CF/88.

Segundo o art. 18 da LC 75/1993, são prerrogativas deste ente:

Art. 18 da LC 75/1993 (...)


I - institucionais:
a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à direita dos juízes singulares ou
presidentes dos órgãos judiciários perante os quais oficiem;
b) usar vestes talares;
e) ter ingresso e trânsitos livres, em razão de serviço, em qualquer recinto público ou
privado, respeitada a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio;
d) a prioridade em qualquer serviço de transporte ou comunicação, público ou privado,
no território nacional, quando em serviço de caráter urgente;

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e) o porte de arma, independentemente de autorização;


f) carteira de identidade especial, de acordo com modelo aprovado pelo Procurador-
Geral da República e por ele expedida, nela se consignando as prerrogativas constantes
do inciso I, alíneas 'c', 'd' e 'e' do inciso II, alíneas 'd', 'e' e 'f', deste artigo;
II - processuais:
a) do Procurador-Geral da República, ser processado e julgado, nos crimes comuns,
pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade;
b) do membro do Ministério Público da União que oficie perante tribunais, ser
processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelo Superior Tribunal
de Justiça;
c) do membro do Ministério Público da União que oficie perante juízos de primeira
instância, ser processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelos
Tribunais Regionais Federais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão
de flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação
àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de responsabilidade;
e) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-Maior, com direito à
privacidade e à disposição do tribunal competente para o julgamento, quando sujeito a
prisão antes da decisão final; e a dependência separada no estabelecimento em que
tiver de ser cumprida a pena;
f) não ser indiciado em inquérito policial, observado o disposto no parágrafo único deste
artigo;
g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e Local previamente ajustados com o
magistrado ou a autoridade competente;
h) receber intimação pessoalmente nos autos em qualquer processo e grau de
jurisdição nos feitos em que tiver que oficiar.
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação, houver indício de prática de
infração penal por membro do Ministério Público da União, a autoridade policial, civil ou
militar, remeterá imediatamente os autos ao Procurador-Geral da República, que
designará membro do Ministério Público para prosseguimento da apuração do fato".

DICA 73
O MPT NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE DE TRABALHO
O Ministério Público do Trabalho tem a atribuição de exigir dos empregadores um meio
ambiente de trabalho adequado na gestão de pessoas, EPI’s e processos de prevenção dos
riscos de acidentes e doenças decorrentes de trabalho perigoso, penoso e insalubre. Caso
haja doenças ocupacionais, como por exemplo a Lesão por Esforço Repetitivo o MPT
possui legitimidade para proposição de ação civil pública, com intuito de conceder tutela
específica para adoção de medidas de controle destas doenças ocupacionais e, também, a
readaptação ergonômica das instalações da empresa, quando necessária.

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DICA 74
VEDAÇÕES AOS AGENTES DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Os membros do Ministério Público possuem algumas vedações que são elencadas no


art. 128, § 5°, II, da CF/88. No que tange ao Ministério Público da União, as proibições
são impostas, também, pelo art. 237 da Lei Complementar 75/1993. De acordo com a
Constituição Federal, em seu já citado dispositivo, constituem-se proibições aos agentes
do Ministério Público:

Art. 128. (...)


§ 5° (...)
II – as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou
custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

IMPORTANTE:
Lembre-se que o Ministério Público do Trabalho (MPT) integra o Ministério Público da
União (MPU), possuindo todas as garantias e prerrogativas e estando submetido às
vedações que disciplinam a instituição Ministério Público.

→ Em outras palavras: O Ministério Público da União alcança o Ministério Público Federal,


o Ministério Público Militar, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios. Fazem parte do Ministério Público do Trabalho:

o Procurador-Geral do Trabalho

o Colégio de Procuradores do Trabalho

o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho

a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho

a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho

os Procuradores Regionais do Trabalho

os Subprocuradores--Gerais do Trabalho

os Procuradores do Trabalho.

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DICA 75
INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público do Trabalho pode sim intervir, como um fiscal da lei, tendo assim
uma função importante nas sessões realizadas nos Tribunais Regionais do Trabalho e
Tribunal Superior do Trabalho, como também produzindo os pareceres, desde que haja o
interesse público evidente na situação. Uma informação importante para quem estuda
este assunto é que o instrumento de atuação judicial do Ministério Público do Trabalho de
maior importância é a ação civil pública, usada na proteção dos interesses metaindividuais
no campo trabalhista.

Veja: Não é que as outros instrumentos não são importantes, mas a Ação Civil Pública
é a mais comum e que na hora do estudo não pode ser deixada de lado. Há também
outras formas de participação do MPT, como por exemplo a ação rescisória, o dissídio
coletivo de greve, a ação anulatória de cláusula convencional, o mandado de segurança
(remédio constitucional a ser melhor trabalhado em dicas posteriores) entre outros.
DICA 76
PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI
O jus postulandi é uma das bases do Processo do Trabalho, pois traz a possibilidade das
partes (empregado e empregador) de postularem de forma pessoal na Justiça do Trabalho
e acompanharem as suas reclamações até o final, sem necessidade da presença de um
advogado. Ressaltando sempre que o jus postulandi não é mais admitido no âmbito do
TST, havendo a necessidade da figura do advogado.

Jus postulandi = Um dos grandes fundamentos dos princípios da simplicidade e


informalidade.

Resumindo:
O jus postulandi das partes fica limitado às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais
do Trabalho, não sendo aplicado nos casos de ação rescisória, a ação cautelar, o mandado
de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
DICA 77
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
Este princípio, que é próprio do processo do trabalho em si, tem sido utilizado também no
processo civil e no processo penal. Interessante que para muitos doutrinadores este
princípio é o único princípio comum do processo do trabalho em todo o mundo, já que não
é interesse de qualquer Estado que o conflito trabalhista, que essencialmente tem grandes
repercussões sociais, perdure por muito tempo.
O juiz é obrigado a homologar acordo trabalhista? Não, pois a Súmula 418 do TST
normatiza que o ato de homologar é FACULDADE do Juiz.
IMPORTANTE: O CPC também estimula a adoção da conciliação.

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E veja como isto foi cobrado pela banca FCC:

QUESTÃO FCC, 2012.


No processo do trabalho, o Juiz deverá propor a conciliação
a) somente quando o valor da causa o permitir.
b) somente quando houver requerimento das partes.
c) após a apresentação da defesa e ao término da instrução processual.
d) na abertura da audiência, antes da apresentação da defesa e renovadas após as
razões finais.
e) após a oitiva das partes e quando do encerramento da instrução processual.
Gabarito: Letra d.
DICA: A conciliação é sempre bem vista e incentivada no processo do trabalho. Isso,
por si só, já te encaminharia a marcar a letra D.

DICA 78
PRINCÍPIO DA ECONOMIA E CELERIDADE PROCESSUAIS
O princípio da economia processual está ligado implicitamente ao art. 796, alínea a, da
CLT, segundo o qual a nulidade não pode ser pronunciada quando for possível suprir-se a
falta ou repetir-se o ato. Este princípio está intimamente ligado também ao princípio da
celeridade processual, segundo o qual o processo deve ser o mais rápido (célere) possível.
Caso o réu compareça de maneira irregular sendo representado por preposto não portador
da carta de preposição, o juiz deve, com fulcro no art. 76 do CPC 41, subsidiariamente
aplicado ao processo do trabalho (CLT, art. 769; CPC, art. 15), suspender o processo e
determinar um prazo razoável para seja sanado este vício e caso o réu não cumpra a
determinação judicial, este será considerado revel.
DICA 79
PRINCÍPIO DO PROTECIONISMO PROCESSUAL
Basicamente, é um princípio muito típico do direito processual do trabalho, que traz uma
espécie de protecionismo temperado, mitigado ou relativizado ao trabalhador. Como uma
forma de exemplificar este protecionismo, é a proteção que o Código de Defesa do
Consumidor traz ao consumidor, pois este é vulnerável, do ponto de vista técnico.

Exemplos:

→ Possibilidade de reclamação trabalhista verbal (art. 840 da CLT);


→ Exigência de depósito recursal somente ao empregador no caso de interposição de
recurso (art. 899 da CLT).
DICA 80
PRINCÍPIO IN DUBIO PRO MISERO OU PRO OPERARIO
O princípio in dubio pro misero consiste na possibilidade de o juiz, em caso de dúvida
razoável, interpretar a prova em benefício do empregado, geralmente autor da ação

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trabalhista. Este princípio visa, quando houverem duas interpretações no mesmo caso, dar
a melhor interpretação para o empregado.
CUIDADO:
O princípio in dubio pro operário não autoriza a conclusão de que na Justiça do Trabalho
o empregado preferencialmente sai ganhando.
DICA 81
PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE
O princípio da imediatidade ou da imediação significa que o juiz da causa está obrigado ao
contato direto com as partes e a prova testemunhal ou pericial, com a própria coisa
litigiosa ou com terceiros, para que possa obter os elementos necessários ao
esclarecimento dos fatos alegados pelas partes, e, em consequência, decidir
fundamentadamente o processo. A sua base legal no direito processual do trabalho está
no art. 820 da CLT, pois segundo ele as partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou
presidente, podendo inquirir elas novamente, por seu intermédio, a requerimento das
partes, seus representantes ou advogados. O princípio da imediatidade é aplicável, com
maior ênfase, no direito processual do trabalho, pois há neste campo de direito uma larga
incidência da prova oral.
DICA 82
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL
É um princípio que está intimamente ligado ao princípio da dignidade da pessoa humana e
a um dos objetivos fundamentais da República, consubstanciado no art. 3º, I, da CF, qual
seja, o de “construir uma sociedade livre, justa e solidária”. Ele também é chamado de
princípio da probidade ou da lealdade, o princípio da boa-fé processual, que era tratado
como dever das partes não proceder com má fé, está agora consignado expressamente no
art. 5º do CPC (“Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se
de acordo com a boa fé") e reproduzido nos arts. 79, 80 e 81 do CPC.
DICA 83
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO

No que diz respeito ao processo do trabalho, o princípio da concentração está explícito


nos arts. 849 e 852-C da CLT:

Art. 849: A audiência de julgamento será contínua; mas se não for possível, por motivo
de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua
continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.

Art. 852-C: As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em


audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser
convocado para atuar simultaneamente com o titular.

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