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Memorex PM CE – Rodada 02

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Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 28/09
Rodada 04 30/09
Rodada 05 05/10
Rodada 06 07/10

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 12
ATUALIDADES..................................................................................................................... 15
HISTÓRIA DO CEARÁ...................................................................................................... 23
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/ÉTICA ........................................................................ 32
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 40
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 48
DIREITO PENAL MILITAR ............................................................................................ 53
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR ............................................................. 59
DIREITO PENAL/PROCESSUAL PENAL ................................................................. 63
CRIMINOLOGIA ................................................................................................................. 70
SEGURANÇA PÚBLICA .................................................................................................... 74

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
PALAVRAS COM TERMINAÇÃO EM “ISAR” E “IZAR”
Se a palavra primitiva possuir “s”, as palavras que dela derivarem também serão
escritas da mesma forma.

Ex.: Análise – Analisar


Pesquisa – Pesquisar
Revisão – Revisar
Improviso – Improvisar

CUIDADO → catequese - catequizar


Por outro lado, quando a palavra primitiva não possuir “s”, as palavras que dela
derivarem serão escritas com “z”.

Ex.: Eterno – Eternizar


Símbolo – Simbolizar
Útil – Utilizar
Final – Finalizar
DICA 02
USO DOS PORQUÊS
Por que:
Indica MOTIVO ou RAZÃO.
É utilizado no início de perguntas (por que motivo/ por qual razão).

Ex.: Por que não faz a prova?


Poderá aparecer no meio de uma frase e terá a função de pronome relativo. Será
equivalente a "por qual”, "pelo qual" e suas variações.

Ex.: Esta é a razão por que rezo. → Esta é a razão pela qual rezo.
Por quê:
Também indica MOTIVO ou RAZÃO.
É utilizado no final de perguntas (por que motivo/ por que razão).

Ex.: Chorou por quê? → Chorou por qual motivo?


Demorou por quê? → Demorou por qual razão?

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Porque:
Indica EXPLICAÇÃO ou CAUSA.
Por isso, exerce função de conjunção subordinativa causal ou coordenativa
explicativa.
Poderá ser SUBSTITUÍDO por “pois”, “para que” e “uma vez que”.

Ex.: Lara não foi à festa, porque estava doente. → justificativa para Joana não ter
ido à festa.

Escolhemos esta mochila, pois é mais barata. → indica a causa para a escolha da
mochila.

Porquê:
Indica MOTIVO ou RAZÃO.
Aparece acompanhado de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns).
“Porquê” pode ser substituído por: o motivo; a causa; a razão.
“Porquê” é um substantivo masculino e pode sofrer flexão em gênero: o porquê, os
porquês.

Ex.: Não me disseram o porquê de tanta tristeza na tarde de segunda-feira.


Não me disseram o motivo de tanta tristeza na tarde de segunda-feira.
DICA 03
HÁ X A
Essas palavras possuem o mesmo som, porém são escritas de maneira diferente e
possuem significados diferentes.
O “HÁ” vem do verbo “haver” e é utilizado quando a oração é sem sujeito, ou seja,
impessoal, e o verbo significa “existir”.
CUIDADO! Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” ficará no singular.

Ex.: Há um homem elegante no bar – Existe um homem elegante no bar


Há homens elegantes no bar – Existem homens elegantes no bar
Ainda, o “HÁ” é usado para frases que se referem ao passado.

Ex.: Há anos que não visito minha mãe – Faz anos que não...

→ O “A” pode ser artigo.


Ex.: A jovem chora muito.

→ O “A” pode ser uma preposição.


Ex.: Vani mora a um quilômetro de distância da escola José Martins.

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→ Também pode indicar futuro.


Ex.: Daqui a cinco anos estarei divorciada.

QUESTÃO FGV, 2020.


Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos
tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de
um rei à cem anos”.
(Questão adaptada) A modificação necessária para que esse texto fique correto é:
“à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”.  CERTO

DICA 04
MAL X MAU
Essas são 2 palavras bem fáceis de confundir na escrita, uma vez que a pronúncia é a
mesma.

Portanto, lembre que, em regra:

MAL – ADVÉRBIO – CONTRÁRIO DE “BEM”


MAU – ADJETIVO – CONTRÁRIO DE “BOM”

O advérbio “mal” é utilizado para indicar que alguma coisa foi feita de modo errado.
Ainda, “mal” pode ser um substantivo quando indicar uma doença, uma maldade, por
exemplo (O mal do homem é a vingança). Também, “mal” pode significar uma
conjunção temporal (com o mesmo sentido de “assim que”).
O adjetivo “mau” é utilizado para indicar que algo é ruim ou maldoso. Ex.: Os maus
pensamentos não nos fazem bem.
DICA 05
SE NÃO X SENÃO
Essas palavras têm som idêntico, mas a escrita e significado são diferentes.

O SENÃO poderá ser usado quando tiver o significado de:

MAS SIM: O anel não era de ouro, senão de prata.

CASO CONTRÁRIO: Devo trabalhar, senão venderei o carro.

EXCETO: Todos, senão meus irmãos, podiam entrar na festa.

Já, o SE NÃO, é uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não”
poderá ser utilizada quando tiver o significado de:

CASO NÃO: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe.

QUANDO NÃO: Havia duas pessoas no parque brincando, se não três.

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DICA 06
ONDE X AONDE
Onde: faz referência a um lugar concreto. Dá a ideia de lugar fixo.

Ex.: Onde Jonas mora?


Quero ficar onde está minha vó.

Aonde: é utilizado quando o verbo expressa movimento. É usado com verbos que
pedem a preposição “a”.

Ex.: Aonde estamos indo?


Ela foi aonde ontem de madrugada?
DICA 07
ACERCA DE X CERCA DE
Acerca de: possui o mesmo sentido de “sobre” ou “a respeito de”.

Ex.: Eu e meu marido estávamos comentando acerca da festa de casamento.

→ “sobre” a festa de casamento.


A cerca de: possui o mesmo sentido de “aproximadamente”.

Ex.: Gravataí fica a cerca de trinta minutos de Porto Alegre.

→ “aproximadamente” trinta minutos de Porto Alegre.


DICA 08
DEMAIS X DE MAIS
“De mais” é uma locução adjetiva e exprime quantidade. É o contrário de “de
menos”.

Ex.: Há pimenta de mais na massa que você serviu.


Tenho tema de mais para fazer.
Havia gente de mais na loja.

“Demais” poderá ser um advérbio de intensidade (indicando um excesso) ou


poderá ser um pronome indefinido (terá o significado de “os outros”).

Ex.: Rimos demais durante a festa. – advérbio


É cedo demais para levantar – advérbio
Aqueles que fizeram a lição podem ficar na sala, os demais podem sair.

→ “os outros” podem sair. – pronome indefinido

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DICA 09
MAIS X MAS
“Mas” é uma conjunção que exprime adversidade. Você poderá trocá-la por:
porém, contudo, entretanto.

Ex.: Eu olhei vários vestidos, mas não quis comprar nenhum.

→ “porém não quis comprar nenhum”.


Ela tem tantos pijamas, mas não para de comprar outros.

→ “entretanto não para de comprar outros”.


Geralmente, o “mais” será um advérbio de intensidade (antônimo de “menos”).
Ex.: Lola tem mais amigos do que inimigos.
DICA 10
A FIM X AFIM

“A fim de” é uma locução prepositiva e possui o mesmo significado de “com a


finalidade de”.

Ex.: Terminei o tema cedo a fim de ir ao teatro.

→ “com a finalidade de” ir ao teatro.


TOME NOTA: Utiliza-se “a fim” para dizer que possui interesse em alguém.

Ex.: Estou a fim de um menino ruivo na escola.

“Afim” poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são semelhantes. Ainda,
poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são parentes.

Ex.: Eu e meu marido temos metas afins. = metas semelhantes


Os afins não comparecerão à reunião.
DICA 11
ABSOLVER e ABSORVER | EMINENTE e IMINENTE

ABSOLVER X ABSORVER

A palavra ABSORVER, geralmente, significa “consumir”; “sorver”.


Ex.: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.
Ainda, pode significar “concentrar-se”. Exemplo: Mônica absorve-se no trabalho.

A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.


Ex.: O júri absolveu o réu.

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EMINENTE X IMINENTE

EMINENTE significa “elevado”; “notável”.

Ex.: É eminente o fato de que a saúde no Brasil está um caos.

→ É notável o fato de que...


IMINENTE significa que alguma coisa está próxima de acontecer.

Ex.: O risco de eu ficar gripado é iminente!

DICA 12
ASCENDER e ACENDER | CENSO e SENSO

ASCENDER X ACENDER

ACENDER significa “atear fogo”; “iluminar”.

→ É verbo transitivo direto (VTD).


Ex.: Ela acendeu a luz da sala.

ASCENDER significa “subir”. É VERBO TRANSITIVO INDIRETO (VTI), ou


seja, aparece com preposição.

Ex.: Júlia ascendeu ao cargo de Diretora.

CENSO X SENSO

CENSO tem o sentido de “recenseamento”. Sempre que aparecer a palavra


“censo” lembre do IBGE, que divulga os dados da população.

SENSO pode significar “ter juízo”.

Ex.: Tenha bom senso, Juliana!

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DICA 13
MANDATO E MANDADO | RATIFICAR E RETIFICAR

MANDATO X MANDADO

MANDATO: essa palavra significa “procuração”; “delegação”.

→ Geralmente, é usada na política.


Ex.: O Presidente tem um mandato de quatro anos.

MANDADO: Como substantivo poderá ter o sentido de “ordem judicial”. Já,


como adjetivo poderá ter o sentido de “receber ordem”, “ser mandado”.

Ex.: Ele é mandado pela esposa. – “recebe ordens”


Recebi um mandado de prisão – “ordem judicial”

RATIFICAR X RETIFICAR

RATIFICAR significa “confirmar”; “reafirmar”.

Ex.: Ratifico o que falei sobre meu marido.

RETIFICAR significa “corrigir” algo que está errado ; “emendar”.

Ex.: Ela retificou a frase em sua redação.

→ Ainda, pode significar “endireitar”; “consertar”.


Ex.: O mecânico retificou o motor do automóvel.

DICA 14
CONCERTO E CONSERTO | CESSÃO, SESSÃO E SEÇÃO

CONCERTO X CONSERTO

CONCERTO possui um sentido de “composição musical”.

Ex.: Vou a um concerto no centro da cidade.

CONSERTO possui um sentido de “reforma”; “reparo”.

Ex.: Vou consertar meu erro – “corrigir”


Consertam-se sapatos – “reformar”

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CESSÃO X SESSÃO X SEÇÃO

CESSÃO: possui o significado de “ceder”; “ato de repartir”.

Ex.: Foi determinada a cessão da herança.

SESSÃO: possui o significado de “reunião”; “encontro”.

Ex.: Minha sessão com a psicóloga foi produtiva.

SEÇÃO: possui o significado de “departamento”.

Ex.: A seção de roupas femininas é moderna.

DICA 15
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Compreensão: No caso de compreensão de texto, o leitor deve visualizar dentro


do texto e se limitar a responder as questões conforme aquilo que está
explicitamente escrito.

Exemplos de comandos de compreensão de texto:

De acordo com o texto...


Segundo o texto...
Na linha...

Interpretação: No caso de interpretação de texto, o leitor deve olhar para fora do


texto, uma vez que a interpretação vai além do texto.

Exemplos de comandos de interpretação de texto:

Interpreta-se...
Infere-se...

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RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 16
ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS, LUGARES,
OBJETOS OU EVENTOS FICTÍCIOS; DEDUÇÃO DE NOVAS INFORMAÇÕES DAS
RELAÇÕES FORNECIDAS E AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES USADAS PARA
ESTABELECER A ESTRUTURA DAQUELAS RELAÇÕES.

TABELA VERDADE COM BICONDICIONAL (↔)

p q P↔q

V V V

V F F

F V F

F F V

Na bicondicional, se p e q tiverem o mesmo sentido, o resultado será verdadeiro(V);


Na bicondicional, se p e q tiverem o sentido diferentes, o resultado será falso(F)
Na 1º linha p é (V) e q é (V) são iguais, então o resultado é (V);
Na 2º e 3º linha p e q são diferentes, então o resultado é (F);
Na 4º linha p é (F) e q é (F) são iguais, então o resultado é (V);

DICA 17
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÃO
Negação de uma proposição simples;

Ex.: 1) João é médico;(p). Negação: (~p) João não é médico;


2) Maria é estudante. Negação: Maria não é estudante;
DICA 18
NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÃO CONJUNÇÃO(E)
Negação de uma proposição conjunção composta;

Ex.: João é médico e mora na Bahia;(p e q).

Negação: ~(p ^ q) João não é médico ou não mora na Bahia;


Nega-se o 1º termo, o 2º termo e troque o E por OU;
~ (p ^ q) = ~p v ~q

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DICA 19
NEGAÇÃO DA DISJUNÇÃO(OU)
Negação de uma proposição DISJUNÇÃO composta;

Ex.: João é médico ou mora na Bahia;(p ou q).

Negação: ~(pVq) João não é médico e não mora na Bahia;


Nega-se o 1º termo, o 2º termo e troque o OU por E;
~ (p v q) = ~p ^ ~q
DICA 20
NEGAÇÃO DA CONDICIONAL (→)

Negação de uma proposição CONDICIONAL;

Ex.: Se João é médico então Maria é engenheira;(p→q).

Negação: ~(p→q): João é médico e Maria não é engenheira;

Repete-se o 1º termo, nega-se o 2º termo e coloque E;


~ (p → q) = p ^ ~q (parei e não quis)

DICA 21
TAUTOLOGIA

Tautologia: Na lógica proposicional, a tautologia é uma proposição cujo valor lógico é


sempre verdadeiro para todas as variadas proposições.
Para memorizar lembre-se de “TV” (Tautologia sempre Verdadeira).
DICA 22
CONTRADIÇÃO
Contradição é uma proposição cujo valor lógico é sempre falso, ou seja, ao contrário da
tautologia.
Para memorizar lembre-se de “CF” (Contradição é sempre Falso).
DICA 23
CONTINGÊNCIA
Contingência é uma proposição cujo valor lógico pode ser verdadeiro ou falso, ou seja,
não é nem uma tautologia e nem uma contradição, é uma proposição indeterminada .

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DICA 24
TAUTOLOGIA E CONTRADIÇÃO
João mora em São Paulo ou João não mora em São Paulo. (pV~p);

p ~p pV~p

V F V

F V V

A proposição p V (~p) é uma tautologia, pois o seu valor lógico é sempre


V(verdadeiro).
A tautologia normalmente é uma disjunção inclusiva.
João mora em São Paulo e João não mora em São Paulo. (p^~p);

p ~p p^~p

V F F

F V F

A proposição p Λ (~p) é uma contradição, pois o seu valor lógico será sempre F (falso).

A contradição normalmente é uma conjunção.

DICA 25
CONTINGÊNCIA

p q P→q

V V V

V F F

F V V

F F V

Na condicional todas são verdadeiras, exceto a “Vera Fischer”, ou seja, apenas será
Falsa quando o p=V e o q=F;
Na Contingência os valores podem ser verdadeiros ou falsos.

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ATUALIDADES

DICA 26
MEIO AMBIENTE E SOCIEDADE: PROBLEMAS, POLÍTICAS PÚBLICAS,
ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS, ASPECTOS LOCAIS E ASPECTOS
GLOBAIS.

DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS


A demarcação de terras indígenas é um assunto que sempre levanta muitos debates. O
Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar em agosto de 2021 se demarcações de
terras indígenas devem seguir o chamado “marco temporal”.

Mas o que é o Marco Temporal? De uma forma simplificada, o marco temporal é


uma tese, nascida na CF/88, em que indígenas só podem reivindicar a demarcação de
terras que já eram ocupadas por eles antes da data de promulgação da Constituição
de 1988.
O atual presidente Jair Bolsonaro e os ruralistas são favoráveis a esta tese, pois
defendem que ela traz mais segurança jurídica.
ONG’s, indígenas e defensores da causa indígena são contrários, pois alegam que temem
que haja revogação das demarcações feitas até os dias atuais.

Importante: O STF julga o processo sobre a disputa pela posse da Terra Indígena
Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani,
e a posse de parte é questionada pela Procuradoria do Estado.
Fique atento!
A decisão que for tomada pelo STF vai definir o destino de mais de 300 processos de
demarcação de terras indígenas que estão em aberto no sistema judiciário.

Só para fixar: A nossa Constituição Federal (também chamada de Carta Magna)


garante, em seu artigo 231, a criação das Terras Indígenas.
Sendo assim, para que você não esqueça os principais pontos deste assunto:

Quem está julgando a questão? O STF

Quem é a favor do Marco Temporal? O Presidente da República, a base do


governo e os ruralistas.

Quem é contrário ao Marco Ong’s, defensores dos indígenas e os


Temporal? indígenas.

Onde a CF/88 garante a criação de Em seu artigo 231


Terras Indígenas?

DICA 27
ACORDO DE PARIS E SUSTENTABILIDADE
Firmado em 12 de dezembro de 2015, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as
Mudanças Climáticas, o Acordo de Paris visa várias metas de auxilio ambiental, dentre

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elas redução da emissão de gases do efeito estufa (GEE) e a elaboração de novas


estratégias para mitigar (diminuir) o aquecimento global.
Até o final de 2020, somente 75 signatários (que representam 30% das emissões do
planeta) submeteram à ONU suas Contribuições Nacionalmente Determinadas
(NDCs, na sigla em inglês), documentos em que os governos destes países especificam
quais metas e medidas serão implementadas a curto, médio e longo prazo para diminuir
as emissões.

O que é signatário? No campo de um acordo internacional, signatário é o país que


assina algum acordo, tratado ou manifesto. É o caso do Acordo de Paris. Os países que o
assinaram e se comprometeram com seu conteúdo são os países signatários.

196 países assinaram o Acordo de Paris em 2015. O ex-presidente dos EUA Donald
Trump saiu do Acordo de Paris, mas o atual presidente Joe Biden retornou.

Os Estados Unidos prometeram uma queda de 1% nas emissões de carbono


por ano até 2026. Já a China se comprometeu a reduzir sua intensidade de carbono, ou
as emissões de carbono por unidade de atividade econômica, em 60% dos níveis de
2005 até 2030.
O Acordo é voluntário e cada país define a sua Contribuição Nacionalmente Determinada
(NDC, na sigla em inglês).

ATENÇÃO!

Lembrando que neste ano acontecerá a Conferência das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas, do dia 01/11 até o dia 11/11/2021.

DICA 28
ACORDO ENTRE MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA
O Acordo entre o MERCOSUL e a União Europeia é o maior já negociado entre dois
blocos, pois muitos negócios serão celebrados e também haverá a eliminação de até 4
bilhões de euros em tarifas (tributo) de importação, o que soma cerca de R$ 26
bilhões. Vale a pena lembrar que o acordo foi firmado após 20 anos de negociações.

MENOS TARIFAS = MAIS COMÉRCIO

Lembrando que a União Europeia (UE) é um bloco econômico que tem moeda única,
o EURO, ao contrário do MERCOSUL, onde cada país tem sua moeda.

MERCOSUL

Estados Partes Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e Venezuela*.


Venezuela*: Está suspensa de todos os direitos e obrigações
inerentes à sua condição de
Estado Parte do MERCOSUL, em conformidade com o disposto no
2º parágrafo do artigo 5° do Protocolo de Ushuaia.

Cuidado: A Banca pode tentar te confundir dizendo que a Venezuela não faz parte do
MERCOSUL. Na verdade, ela está suspensa. Ou seja, ela ainda faz parte do
MERCOSUL. O motivo é a ruptura democrática vivida no país.

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Já os Estados Associados são: Bolívia**, Suriname, Guiana, Colômbia, Equador, Peru


e Chile.

** A Bolívia se encontra atualmente em processo de adesão.


Mas o acordo tem esbarrado em questões ambientais: Os europeus têm cobrado
mais ações de cunho ambiental e essa cobrança tem sido maior com o Brasil.
UE (União Europeia) é o maior importador agrícola mundial,
Dos países europeus que estão barrando a concretização do acordo, a França ganha
destaque. A Áustria também tem se mostrado contrária ao acordo, alegando questões
ambientais. As duas nações acreditam que a ratificação do Acordo MERCOSUL- UE
agravará o processo de desmatamento da Amazônia.
Alemanha e Inglaterra rejeitaram a aplicação de sanções ao Brasil, por causa das
queimadas.
Importante: Para o presidente da França, Emmanuel Macron, o acordo não está
alinhado à agenda climática.
Já a Alemanha, Portugal, Espanha e países nórdicos, especialmente a Suécia, tem
se mostrado favoráveis ao Acordo MERCOSUL-UE.
SIMPLIFICANDO: O Acordo MERCOSUL-UE é maior acordo comercial celebrado
neste sentido. Só que a ratificação deste acordo tem encontrado certa objeção por parte
de alguns países da Europa (como a França e a Áustria), que questionam se os países
do MERCOSUL, em especial o Brasil, vão proteger o meio ambiente e seguir a agenda de
preservação ambiental e climática. Os entraves têm como base principal o receio de
desmatamento da Amazônia. Até o momento, o impasse ainda não resolvido, visto que
o acordo ainda não foi ratificado, e recentemente o Parlamento Europeu aprovou uma
resolução que demonstra descontentamento com a política ambiental do presidente Jair
Bolsonaro, pois considera que essa política é contrária aos compromissos assumidos no
Acordo de Paris.
DICA 29
LA NIÑA
O que é o La Niña? De uma forma bem sintetizada, o La Niña é evento de caráter
climático, o Oceano Pacífico Equatorial se torna mais frio que a média normal. Também
acontece dos ventos de superfície se tornarem mais forte. Este ano tivemos esse evento,
o que trouxe uma série de fatos que foram ocasionados pelo La Niña, como por exemplo
atraso da pré-estação chuvosa na Região Centro-Oeste.
Cuidado: A banca pode tentar te induzir ao erro, fazendo menção ao fenômeno El
Niño. O El Niño e o La Niña são fenômenos diferentes.

El Niño La Niña
Situação em que o oceano Pacífico Situação em que o oceano Pacífico
Equatorial está mais quente que a média Equatorial está mais frio que a média
normal. normal.
Ocorre porque os alísios (ventos de Ocorre o oposto: Os alísios se tornam mais
superfície) enfraquecem. fortes.

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Esse atraso de chuvas ocasionou o atraso na plantação e por consequência na colheita


de soja. As próximas colheitas também serão refletidas por esse atraso.
Os EUA também foram afetados: Houve uma forte onda de incêndios florestais na
Califórnia.
O fenômeno La Niña poderá aparecer novamente, antes do término de 2021,
segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que a pouco tempo declarou o final
do fenômeno, pois existia uma previsão de temperaturas acima da média, apesar do
efeito de resfriamento produzido pela sua passagem recente.
DICA 30
ENCHENTE NO RIO NEGRO
Também chamada de Cheia no Rio Negro, esta enchente ocorreu neste ano (2021) e
acabou entrando na história ultrapassando em 3 centímetros a cota recorde registrada
no ano de 2012. Manaus registrou a maior cheia da toda a sua história, desde o
começo dos registros em 1902.
Mas essa situação não se restringiu só à capital do Estado do Amazonas: Em
praticamente todo o estado, a cheia causou inundações. De acordo com dados da Defesa
Civil, mais de 400 mil pessoas foram afetadas.

Mas qual foi o motivo de uma cheia tão forte? A ocorrência de chuvas em grande
quantidade, desde o começo do ano, e o fenômeno La Niña estão entre as razões para a
atual cheia histórica.
Manaus chegou a decretar estado de emergência, sendo a medida foi publicada no
Diário Oficial do Município e muitas outras cidades decretaram também estado de
calamidade.
As cheias também afetaram de forma negativa a agricultura do Amazonas.
Alimentos como tomate e mamão sumiram das regiões mais interioranas, bem como
outros alimentos tiveram um aumento significativo de preço.
Importante: É nesta região que o ocorre o famoso Encontro das Águas, que é um
fenômeno em que ocorre a confluência do rio Negro, de água escura com o rio Solimões,
de água barrenta, correndo os dois rios lado a lado sem se misturar por uma extensão de
mais de 6 km. O motivo das águas não se misturarem neste ponto é a diferença entre as
temperaturas e também o PH das águas, que são diferentes.
DICA 31
QUEIMADAS NO PANTANAL
Já no caso das queimadas no Pantanal, as queimadas deste ano (2021) já são as
maiores registradas. Vale a pena destacar que o Pantanal é a maior planície alagada do
mundo.
Importante ainda, que se saiba que o Pantanal tem uma condição muito peculiar: O
Fogo de Turfa.

O fogo de turfa, que é chamado também de "fogo subterrâneo" é algo que tem
dificultado muito a contenção de incêndios nesta região. De uma forma muito simplificada,
o fogo de turfa aparece por causa dos contínuos períodos de secas e cheias nas estações
da região, que terminam por fazer surgir camadas de matéria orgânica no próprio
solo, fazendo com que esta matéria se torne muito inflamável.
Alguns dos focos de incêndios foram causados pelo ser humano.

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Segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), da UFRJ, a maior


parte dos incêndios ocorreu fora das unidades de conservação e terras indígenas,
porém algumas regiões indígenas foram afetadas.
A Prefeitura da cidade de Corumbá (MS), pediu auxílio ao Governos Federal e
também ao Governo do Mato Grosso do Sul para combater as queimadas no Pantanal.
Com o período de seca, os incêndios florestais aumentaram na região e estão se
aproximando de áreas habitadas. Nos últimos dias, a cidade chegou a ficar encoberta pela
fumaça das queimadas. Pessoas desta região tem sofrido com a fumaça, principalmente
as que sofrem de algum problema respiratório, como bronquite.

SIMPLIFICANDO: O Pantanal é uma região alagadiça, é por isto, é bastante


complicado imaginar um local assim pegando fogo, em grandes proporções. Mas o
Pantanal enfrenta períodos de seca impiedosa. Somando isto ao fator de ausência de
chuvas recentes e também, em alguns casos, da ação humana, tem ocasionado
incêndios grandiosos. Além disso, o fogo de turfa acaba realimentando o incêndio, pois o
solo do Pantanal tem muita matéria orgânica, o que se torna ainda mais inflamável.
Populações e animais da região têm sofrido muito com este fato.
DICA 32
TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
A transposição do Rio São Francisco tem o nome oficial de Projeto de Integração do
Rio São Francisco. Os estados beneficiados são estados de Pernambuco, Paraíba,
Ceará e Rio Grande do Norte, segundo o site oficial do Governo Federal.
Este projeto é a maior obra de infraestrutura hídrica do País, dentro da Política
Nacional de Recursos Hídricos.
Recentemente foi inaugurado o Eixo Norte do Projeto de Integração da Transposição
do Rio São Francisco (PISF).
A obra da transposição do Rio São Francisco está perto da sua conclusão completa, depois
12 anos de trabalho e 7 anos de atraso.
Importante: O Rio São Francisco possui atualmente quatro barragens de usinas
hidrelétricas (Três Marias, Sobradinho, Itaparica e Paulo Afonso).
Fique por dentro: Uma das críticas ao programa diz respeito ao desmatamento
da região, muito grande. Também existem queixas muito grandes por parte de
comunidades indígenas locais, que alegam desmatamento de árvores consideradas
sagradas, como por exemplo a imburana e a baraúna.
DICA 33
DESASTRE DE BRUMADINHO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
O desastre de Brumadinho foi um desastre onde houve o rompimento da barragem
pertencente à mineradora multinacional brasileira Vale S.A. Foi atingido de forma
considerável o rio Paraopeba, que até hoje sofre as consequências.

O Rio Paraopeba está contaminado até hoje. A água do rio não pode ser usada
para consumo nem agricultura, pois está contaminada com uma série de minérios
altamente prejudiciais, como ferro, chumbo, alumínio e até mesmo arsênio.
Fique por dentro: A tragédia de Brumadinho trouxe para a empresa Vale a
responsabilidade ambiental, criminal, civil e trabalhista. No campo civil, é
importante dizer que a responsabilidade da Vale é objetiva, ou seja, independe da
comprovação de culpa (imperícia, negligência ou imprudência).

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Nesta tragédia, ocorrida no dia 25 de janeiro de 2019 morreram 270 pessoas, sendo
que 11 seguem desaparecidas.
Cuidado: A banca pode tentar te confundir com o desastre de Mariana. Ambos foram
terríveis, mas aconteceram em épocas diferentes.

Brumadinho-MG Mariana-MG

Houve o rompimento da barragem Houve o rompimento da barragem de


de rejeitos da Mina do Feijão, no rejeitos Fundão, localizada na cidade de
município de Brumadinho, no ano de Mariana, no ano de 2015.
2019.

Qual o órgão responsável por fiscalizar barragens de rejeitos? Aqui no Brasil, o


órgão responsável por esta fiscalização é a Agência Nacional de Mineração (ANM),
antigo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Cidades ao redor de Brumadinho também sofreram. Pessoas que viviam da pesca e
agricultura ficaram desempregadas.

Importante: O desastre de Brumadinho é considerado nos dias de hoje o maior


acidente de trabalho da história do Brasil.
Recentemente, o governo de Minas Gerais e a Vale assinaram um acordo bilionário
para reparação dos danos provocados pela tragédia de Brumadinho.
Uma crítica forte é que, mesmo com a Lei 14.066/2020, as barragens “a montante”,
que são as barragens do mesmo tipo das de Brumadinho e Mariana ainda não foram
desativadas. Na lei, é normatizado que este modelo de barragens seja finalizado até o
dia 25 de fevereiro de 2022.
DICA 34
MARCO LEGAL DO SANEAMENTO
O marco legal do saneamento (Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020) é uma nova
legislação que prevê a universalização dos serviços de água e esgoto até o ano de
2033 e viabilizará também a injeção de mais investimentos privados nos serviços
de saneamento.
Opositores do Marco criticam o ponto do Marco, aonde é exigida licitação para os
contratos e que também acaba com os convênios realizados pelos entes federados com
empresas públicas.

O que isto quer dizer? De forma prática, quer dizer que as empresas públicas, depois
os vencimentos dos contratos, vão ter de competir com empresas privadas em
processos licitatórios. Para as pessoas contrárias a este ponto, trata-se de uma
forma de privatizar o uso da água.
Importante: A ideia central é garantir para as pessoas acesso à água tratada e
também a serviços de coleta de esgoto.
Uma novidade: A ANA (Agência Nacional de Águas) agora poderá declarar situação
crítica de escassez quantitativa ou qualitativa de recursos hídricos (água) em rios
de domínio da União.

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Fique por dentro: A ANA é uma autarquia federal, fazendo parte da


Administração Pública Indireta, criada pela Lei 9.984/2000.
O governo tirou do marco legal do saneamento a possibilidade de reconhecimento de
acordos informais entre empresas estatais de saneamento e municípios (entes
federados), conforme previsto no artigo 16.
Outro artigo vetado foi o 20, que excluía o setor de resíduos sólidos de algumas regras
aplicadas aos serviços de água e esgoto. A justificativa que este artigo acaba com a
isonomia entre as áreas.

⚖Princípio da Isonomia: Trata-se de um princípio básico da nossa Constituição


Federal, também é chamado de Princípio da Igualdade, previsto no art. 5º, "caput", da
Constituição Federal.
DICA 35
SECA NO NORDESTE- FOCO NO CEARÁ
A seca no Estado do Ceará nos últimos tempos foi causada por uma velha conhecida: A
ausência de chuvas no território cearense, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia
e Recursos Hídricos (FUNCEME). Importante salientar que esta seca também tem se
estendido pelo litoral, não se restringindo apenas ao território do sertão.
O problema da falta de chuvas e, consequentemente, da seca, ocasiona problemas de
extrema gravidade, como por exemplo perda de colheitas e falta de abastecimento
de água para a população local.

Importante: O Monitor de Secas realiza um relatório de acompanhamento do estado


de seca em regiões propicias a isto. Esse relatório é feito em conjunto com instituições
dedicadas a este estudo e tem como instituição central a Agência Nacional de Águas
(ANA).
Atualmente, existem 3 projetos que podem trazer um futuro melhor para essa região
que é tão castigada pela seca. Vamos ver:
1) A transposição do Rio São Francisco: Como já falado em um item
supramencionado, a Transposição do Rio São Francisco deverá assegurar um considerável
aporte ao maior açude do Ceará, o Castanhão. Só que atualmente não existe previsão
de sua chegada até o Castanhão.
2) O projeto Malha D'Água: É um projeto ambicioso, que visa construção de redes de
adutoras permanentes distribuídas pelo Estado. A obra terá um investimento em
média de R$ 5,5 bilhões, atendendo 9 cidades e 38 distritos. O projeto ainda tem a
previsão de captar e de tratar a água, em estações instaladas nos açudes beneficiados.
Depois, esta água seguirá por seus dutos para outros reservatórios. Esse projeto exige
quantidade elevada de Estações de Tratamento de Água (ETA).
3) Usina de dessalinização, na praia do Futuro: Outro projeto que visa aliviar a seca
na região, tem uma ideia que já realidade em lugares como Israel: Dessalinizar a água do
mar, para que esta se torne própria para o uso. Lembrando que no ano de 2017 Uma
comissão da CAGECE visitou Israel para ver como são as experiências do país em
dessalinização e reúso de água. Há previsão da usina começar a ser construída em
2022, por meio de da chamada Parceria Público-Privada (PPP).
Fique atento!
Em 2020, a empresa israelense Ide Technologies e a nigeriana GCA Energy & Water LTD
ingressaram juntas com ação na 10ª Vara Cível da Fazenda Pública da Capital fazendo um

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questionamento no que se refere ao edital licitatório lançado pela Companhia de Água e


Esgoto do Ceará (CAGECE). As empresas disseram que se inscreveram na concorrência
pública internacional, mas restrições previstas no edital as impediram de prosseguir no
processo.

Concorrência = Modalidade de licitação, e não tipo.


O tipo de licitação neste caso do item 3 é a de menor preço
Logo  Licitação da CAGECE = Licitação da modalidade concorrência e tipo menor
preço.

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HISTÓRIA DO CEARÁ

DICA 36
HISTÓRIA DO CEARÁ
CEARÁ E O PERÍODO IMPERIAL
Com o Brasil independente, vários desafios se colocaram diante de D. Pedro, que foi
coroado como Imperador do Brasil. Seu reinado foi curto, pois durou de 1822 a 1831,
quando devido à queda de sua popularidade e os atritos com seu irmão no trono
português, foi obrigado a abdicar o trono brasileiro;
ESQUEMATIZANDO
Primeiro Império do Brasil (1822- 1831)

1822 - Independência do Brasil: O estado brasileiro nasceu comprometido com a


preservação dos privilégios de um segmento social elitista;
1823 - Promulgada (votada) a Constituição da mandioca: O eleitor para votar
tem que ter determinada renda anual que era calculada pela quantidade de mandioca
plantada, por ser o alimento dos escravos; Esta constituição possuía a divisão do país em
3 poderes (executivo, legislativo e judiciário) e limitava os poderes do imperador; D.Pedro
não gostou disso e dissolveu a Constituição da mandioca;
1824 - Nova constituição outorgada (imposta): A Constituição outorgada
estabelecia como forma de governo uma monarquia hereditária, constitucional e
representativa; O estado brasileiro possuía 4 poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e
mais um quarto, que era o Poder Moderador;
Queda de D. Pedro l: Além dos custos da Guerra da Cisplatina (território do atual
Uruguai) e da repressão à Confederação do Equador, uma grave crise econômica afetou o
império brasileiro; As camadas populares eram as mais afetadas pela crise econômica e
pelo aumento de preços dos produtos de consumo básico, aumentando ainda mais a
impopularidade de D.Pedro l;
D. Pedro l abdicou em 7 de abril de 1831, em favor do filho Pedro de Alcântara,
que tinha 5 anos: Inicia o Período Regencial (1831-1840), que vai até o Golpe da
Maioridade de D. Pedro ll.
O fato é que com a independência do Brasil, as províncias não passaram a ter mais
liberdade, o que era uma reinvindicação dos liberais. Na verdade, a liberdade tendia a
diminuir com as amostras do autoritarismo e do pensamento conservador centralista
(poder concentrado na capital do país, sem autonomia provincial);
As ideias liberais chegaram ao Ceará, sobretudo na região do Cariri com participação ativa
da família Alencar sobre influência da dinâmica social pernambucana;
Surgiram figuras como Bárbara de Alencar, José Martiniano Pereira de Alencar,
Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, Pereira Filgueiras e Padre Inácio de Loiola
que espalharam as ideias separatistas pelo Estado;
O Ato de dissolver a Constituição de 1823 gerou muitas revoltas, e no Nordeste eclodiu
uma revolta separatista contra o autoritarismo de D. Pedro l: A confederação do
Equador.
DICA 37
A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR

Principais acontecimentos:
O período do Império vai da proclamação da Independência, em 07 de setembro de
1822, até a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.

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Confederação do Equador – 1824 (Crato, Icó e Quixeramobim);


Fim da escravidão em 25.03.1884 (4 amos antes da abolição pela Lei Áurea em
15.05.1888);

Ceará na Confederação

A Confederação do Equador (Nordeste em 1824) foi um movimento revolucionário


(republicano e separatista), de liberais (abolicionistas e pela descentralização do Poder-
federalistas), visando um país independente e com a capital no Recife (Pernambuco)
contra monarquistas (absolutistas e conservadores);
A revolta foi em Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba;
O início foi com a outorga (imposição) da primeira Constituição brasileira, a do Império,
em 1824, logo após a “independência” (1822), que teve um viés centralizador, com a
inclusão, por exemplo, do Poder Moderador nas mãos do Imperador (autoritarismo), que
sobrepunha os demais (Executivo, Legislativo e Judiciário), o que desgostou a classe rural,
que ficou desprestigiada politicamente, além de altos impostos, bem como pessoas com
ideais liberais (Revolução Industrial na Inglaterra) e pobreza generalizada;
Os principais líderes foram Manuel Carvalho Pai de Andrade e Joaquim do Amor
Divino Rabelo Caneca (Frei Caneca);
Houve prisão e execução da maioria de seus líderes, posto que fora reprimido pelas
forças imperiais comandadas pelo almirante britânico Thomas Cochrane);
Por fim, o jornalista Cipriano Barata foi preso, Padre Mororó foi executado e Frei
Caneca, mentor intelectual, foi fuzilado dia 13 de janeiro de 1825 no largo das Cinco
Pontas, no Recife, enfraquecendo, dessa maneira, a Confederação;
DICA 38
A SECA NO CEARÁ IMPERIAL
ATENÇÃO!!!

O fenômeno da seca provocou três ciclos durante o período do Ceará Imperial:

A primeira crise climática no Ceara Imperial entre 1844 e 1845- obteve-se


registros da ausência de políticas referentes ao combate à seca. Essa crise climática
provocou prejuízos como a falta d’água, improdutividade da terra, morte de plantas e
animais, escassez de alimentos, atingindo diretamente a esfera econômica. Vários
cronistas, técnicos e naturalistas que, por diferentes formas, registraram esse fenômeno
nas cidades cearenses, porém não vieram a provocar mudanças nos investimentos do
governo imperial na região;
O segundo período de seca cearense ocorreu entre 1877-1879- muito marcada
pela questão do clima e a situação econômica e social, em que a população praticamente
naturalizou sua condição de miséria, na qual milhares de pessoas morreram de fome
e doenças. Esse momento da história foi marcado pela presença da imprensa, que de
forma intensa veio a divulgar imagens e textos das mazelas sociais ligadas à seca,
movimentando assim a opinião pública. Devido a isso, membros da corte cearense levam
as notícias para o imperador, que passou a dar certa atenção para a região por meio de
promessas de melhorias, chegando a dizer que “não restará uma única joia na Coroa,
mas nenhuma nordestino morrerá de fome”. As questões que envolvem a seca
deixam de pertencer somente à esfera privada e passa a fazer parte da esfera pública;
O último ciclo da seca no Ceará durante o Império veio a ocorrer no ano de
1888 - sendo caracterizado por ser de curto período. Através de estratégias, o governo
imperial veio a tomar algumas medidas para amenizar o problema da seca como projetos
de construção de açudes nas localidades de Lavras e Quixadá, porém não se
concretizou de imediato, sendo o açude de Quixadá finalizado somente em 1906, já no

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governo republicano. Outro projeto foi a construção da estrada de ferro em Baturité, que
estabeleceu a conexão e a troca de produtos entre o interior e a capital Fortaleza,
empregando centenas de retirantes.
Esses ciclos climáticos vieram provocar o aparecimento de uma estrutura sócio-
política, gerando diversas dinâmicas social na qual influenciaram os grupos sociais da
época com a complexa relação entre o governo imperial, as elites locais e os menos
favorecidos;
Após o primeiro ciclo da seca no Império, mesmo na condição de marginalidade, em
relação às políticas governamentais, houve algumas poucas iniciativas por parte do
governo imperial, sendo que amparada pela Lei 884 de outubro de 1856,
praticamente onze anos depois da primeira crise, foi criada uma comissão científica,
que teve por fim nomear uma comissão de engenheiros e naturalistas para explorara o
interior das províncias, mas pouco produziu de conhecimento efetivo no combate às
problemáticas relacionadas à seca.
DICA 39
SECA NO CEARÁ- QUESTÃO SOCIAL

No ano de 1860, o relato do viajante francês Belmar ao demonstrar as precariedades


de sobrevivência na região do Ceará, resultou na proposta da construção de uma
barragem a baixo custo no Rio Jaguaribe, proposta essa que não foi escutada pelo
governo. Contudo, no ano de 1866 surge um açude de origem particular na mesma
região. Tal fato demonstrou a existência da indiferença do poder público para com as
necessidades sociais;

Reunião no Instituto Politécnico do Rio de Janeiro no ano de 1877, durante o


segundo ciclo da seca no séc. XlX, que visaram medidas a serem tomadas contra a seca;

Destaca-se o nome de Viriato de Medeiros que em seus estudos climáticos da região


propôs a instalação de um sistema meteorológico, tendo por objetivo mapear a
regularidade das chuvas para então elaborar ações que viessem a combater a seca;

Os estudos e propostas do engenheiro André Rebouças que, mesmo aprovadas em


sessão e encaminhadas como projeto de lei para o governo, foram esquecidas;

As elites locais, contudo, transformaram o problema da seca em um negócio que,


através de manipulação e trocas de favores, gerou dominação total, poder político e
lucros, surgindo assim a indústria da seca;

No ano de 1878, Fortaleza abrigava milhares de retirantes do interior da seca,


promovendo grandes contradições entre os interesses da elite em criar uma cidade com
padrões europeus e a presença da miséria e desigualdades sociais;

A postura da elite foi de fazer um planejamento urbano excludente, ou seja, dividindo


os bairros entre às elites e à periferia;

No final da década de 1880 (chamada pela elite cearense de “Belle Époque”), as


políticas na qual envolveram a seca vieram a aumentar ainda mais a segregação
social, já que por meio da organização do espaço urbano com a construção de regiões
periféricas e leis que proibiam a circulação de pessoas vestidas de forma “indecente” pelas
ruas, que objetivou afastar as pessoas mais pobres das regiões centrais;

Denúncia por parte da impressa da calamidade gerada pela política cearense, relatando
mortes por fome, sede e doenças que atingiam a população mais pobre;

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Os interesses dos poderes públicos e privados pela seca e miséria perpassavam pela
elaboração de mecanismos de uso institucional e cotidiano que visavam a
implantação de soluções paliativas (doações) em relação aos problemas sociais,
como por exemplo a distribuição de água e comida em menor quantidade que as pessoas
necessitavam por dia, na garantia de manter as desigualdades e hierarquização social,
estruturando então a indústria da seca;

Sendo assim, o período do governo imperial veio a ser marcado pelo fenômeno da
seca, em políticas centralizadas, que beneficiaram uma estrutura social baseada nas
desigualdades e favorecendo uma minoria da população.
DICA 40
A ECONOMIA NO CEARÁ

Século XlX, ano de 1850 vários povoados no Ceará estavam organizados em famílias
(grandes proprietários de terra). Nesse ano, surge a promulgação da Lei de Terras na
qual a aquisição de terras somente poderia se dar através de compra, pela
autorização do imperador e por quem já estava produzindo nela recebendo o
título de proprietário (altos custos);

Índios, negros e pobres ficaram a margem nas possibilidades de adquirir qualquer


pedaço de terra para viver;

Nas terras cearenses a presença da economia pecuarista era seguida pelo setor
algodoeiro, tendo seu auge de produção no momento em que passou a abastecer o
mercado interno e o externo com grandes exportações ente os anos de 1861 e 1865,
período marcado pela Guerra de Secessão no EUA, sendo esse produto chamado de outro
branco (Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte);

Do porto de Pernambuco, o algodão seguia diretamente para o mercado Europeu;

A importância da produção de algodão no Ceará foi em várias vertentes:

Fixação da população, inclusive de índios residentes em aldeias controladas


pelas missões jesuítas, além da vinda de trabalhadores e produtores de todos os tipos-
pequenos, médios e grandes, ante a adaptação ao clima semiárido, com estrutura simples
e ciclo curto;
Atuação em conjunto com a pecuária, via alimentação do gado por suas folhas,
sedimentando a ocupação do interior; e
Fragmentação dos territórios (proprietários de terras), o que levou a expansão da
dominação política e econômica, concentrada nessa atividade- não houve também a
diversificação da economia, com reflexos até a atualidade: desigualdade social, pobreza e
concentração de renda.
Cana-de-Açúcar - Vinda de várias pessoas, em especial portugueses ante o lucro;
Desmatamento da costa do Brasil e Aumento do tráfico negreiro (busca de escravizados
na África), para atender a grande produção e ao mercado externo.
Pecuária - Poucos escravos, já que a atividade era para o mercado interno, não
comportando a compra de seres humanos pelo alto preço e o lucro respectivo, sendo
substituídos por empregados nas fazendas e alguns índios aculturados, que depois
tornaram-se pequenos produtores via parcerias e posseiros, em atividades de
subsistência.
Algodão - Inicialmente, quando da plantação em grande escala, foi utilizado o
escravo negro. Depois passou a ser um trabalho livre e assalariado, vem que o ciclo
de plantio curto levava o escravizado à ociosidade, além da necessidade de constante
vigilância com o contrabando, encarecendo a sua posse. Também havia a mão-de-obra

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barata na região: homens livres pobres, índios, mestiços, e, pela facilidade na colheita,
mulheres e crianças.
DICA 41
O PAPEL DA IMPRENSA E A IMPLEMENTAÇÃO DAS FERROVIAS

Em meados do século XlX, agora com o império governado por D.Pedro ll (1840-
1889), o Brasil passou por transformações que resultaram em rápidos e pequenos
progressos. A segunda metade do século XlX foi marcada pela busca de implantação
de elementos tecnológicos que vieram transformar algumas dinâmicas sociais;

A presença da impressa (periódicos) que auxiliou na expansão das informações


e influência política;

A implementação das ferrovias cearenses por um grupo de comerciantes liderados


pelo senador Thomas Pompeu;

1873 - Foi inaugurada a primeira ferroviária de Fortaleza, tendo seu primeiro trecho de
sete quilômetros ligando o centro da capital a cidade de Parangaba, também
chamada de Arrouches;

Já no ano de 1877, o grupo do senador passa por dificuldades financeiras deixando a


administração da Companhia Cearense da via férrea de Baturité S/A por conta do
império, que no ano posterior inicia a estrada de Ferro de Sobral;
-Essas linhas férreas auxiliam fortemente a expansão do comércio cearense do
algodão.

ESQUEMATIZANDO

Ceará Império:

1817: Revolução pernambucana – Tristão Gonçalves,


Martiniano, Adesão do Crato e Cariri, Gov. Capitão Filgueiras.

1824: Confederação do Equador: Francisco Paes Barreto, Fortaleza, Aquiraz e


Messejana; Padre Mororó: República de Quixeramobim, fuzilamento;

1831: A Sedição de Joaquim Pinto Madeira: Retorno do Imperador D. Pedro l,


Restaurador;

1884: Abolição da escravidão no Ceará;

Algodão: Menor uso de escravizados, Porto de Aracati, principais exportações


cearenses, EUA (Guerra Civil), Substituição da Pecuária;

Pecuária: Concorrência gaúcha, charqueadas, decadência com a seca.


DICA 42
A ESCRAVIDÃO E O PIONEIRISMO CEARENSE

A compreensão sobre o processo de abolição no Brasil e, particularmente, no Ceará


perpassa pelos seguintes motivos:

As resistências dos escravos com fugas e formação de quilombos;

A mobilização de setores da sociedade brasileira, como o movimento


abolicionista;

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A tendência de cafeicultores de São Paulo em transitar a mão de obra escrava para o


trabalho livre;

A nível mundial, a Revolução Industrial, que concretizou o trabalho assalariado,


tendo por objetivo estimular o crescimento comercial.
Importante!!
O fim da escravidão no Brasil ocorreu em 13 de maio de 1888: o último país da
América a abolir a escravidão. Resultado de um processo que teve seu início no ano de
1850, com a promulgação da Lei Eusébio de Queiroz que proibia o tráfico de
escravos;
O processo de abolição da escravidão como gradual, pois foi um lento processo
legislativo e intelectual associado às práticas da resistência dos negros à escravidão e as
transformações que estavam ocorrendo na economia e políticas nacionais;
Guardar para a prova!!

→ 1850: Lei Eusébio de Queiroz


→ 1871: Lei do Ventre Livre
→ 1885: Lei dos Sexagenários
→ 1888: Lei Áurea
Junto aos efeitos da seca no Ceará, surge a expansão da produção do café no sudeste
do país, que demandou número considerável de mão de obra escrava;

Principalmente após a criação da Lei Eusébio de Queirós (1850), a procura por esse
tipo de mão de obra aumentou, ocorrendo sistematicamente o aumento desse mercado
interno, chamado de tráfico intertropical;

Os escravistas do Ceará passaram a oferecer no mercado do sudeste escravos


por bons preços, evitando tomar prejuízo por completo, sendo que durante a década de
1870 foram vendidos ao sudeste certa de 7 mil escravos;

Nesse contexto que a campanha pela Abolição no Ceará ganhou intensidade,


surgindo as associações emancipacionistas por toda a província;

O abolicionismo foi um movimento urbano com envolvimento de setores médios da


população, que posteriormente tiveram respaldo na Câmara dos Deputados e no
Senado;

Nesse movimento podemos citar entidades como a Sociedade Perseverança e Porvir


(1879), composta por comerciantes que compravam cartas de alforria; a Sociedade
Cearense Libertadora; o Centro Libertador (1882); e a Sociedade das Senhoras
Libertadoras.
DICA 43
A ESPECIFICIDADE DO CEARÁ EM RELAÇÃO À ESCRAVIDÃO
Surge desde o início de sua colonização, na qual passou a demonstrar que não teria os
mesmos resultados comparados a outras regiões internas do Império.

As atividades produtivas e econômicas cearenses, como a pecuária, eram


exercidas por vaqueiros (nativos, homens livres e pobres) que trabalhavam por meio

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do sistema de quarteação (pagamento em cabeças de gado) e que depois de algum tempo


de serviço poderiam prestar contas, recolher suas reses e se deslocar para outras regiões;

Também havia o sistema de meeiros e/ou agregados. Essas atividades, durante o


império, não exigiram grande montante de mão de obra escrava;

Além disso, a presença de escravos era mais evidente nas cidades, quando os
mesmos exerciam atividades domésticas, até mesmo porque a quantidade de escravos
que um senhor possuísse identificava-lhe o “status” social;

Nas localidades urbanas era costumeiro a presença dos escravos de ganho, esses
normalmente possuíam conhecimento que os possibilitavam fazer trabalhos profissionais,
como o de pedreiro, carpinteiro, padeiro entre outros;

Embora a abolição não tenha sido feita de forma incisiva no Ceará, pois ainda havia a
existência de escravos na região de Milagres até 1889, formalmente a província
decretou em 25 de março de 1884 o fim da escravidão sendo então chamada de
“Terra da Luz”, contribuindo para a aceleração do movimento a nível nacional;

A escravidão passou a ser um mal negócio;

A imprensa também teve seu papel nesse processo, já que tipógrafos se negaram a
publicar panfletos que continham anúncios de fugas de escravos. Jornais
noticiavam a emancipação dos escravos, editando matérias que previam a aceleração da
abolição, atingindo diferentes regiões

Outro movimento que veio a colaborar com o abolicionismo foi dos trabalhadores do
mar (jangadeiros), responsáveis pelo embarque de mercadorias e escravizados no porto
da capital;

Em 27 de janeiro de 1881 promoveram uma greve em que estabelecia a


proibição de escravos;
Esquematizando

1884 abolição da escravidão no Ceará:

Terra da Luz: José do Patrocínio

Lei Eusébio de Queiros: Venda para SE-Café, Abolicionismo;

Sociedades Abolicionistas: Perseverança e Porvir (1879), Sociedade Cearense


Libertadora, o Centro Libertador (1882) e a Sociedade das Senhoras Libertadoras.

Manumissão: Fundo de emancipação pago ao Senhor de escravo;

1874 Canoa Quebrada: Fechou o porto de Fortaleza;

Porto do Mucuripe: 1881 Greve dos Jangadeiros, José Luís Napoleão e Franciso José
do Nascimento (o Dragão do Mar).
DICA 44
RESUMO – COLÔNIA 1
PARA NÃO ESQUECER!
Não esquecer que nos séculos XVll e XVlll, ocorreu um processo de expansão
para o interior ultrapassando a linha de Tordesilhas contribuindo para ampliar o
território português;

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O processo de interiorização da colonização ocorreu principalmente através da


pecuária, também pelas missões jesuíticas e pelos bandeirantes paulistas;
Os bandeirantes além de procurar metais preciosos, eram contratados para
quilombos e eram escravizadores dos indígenas.
Principais cidades surgidas da pecuária: Aracati, principal região comerciária do
charque, Sobral, Icó, Acaraú, Camocim e Granja;
Cidades surgidas de Missões Jesuíticas: Caucaia, Crato, Pacajus, Messejana e
Parangaba (as duas últimas bairros de Fortaleza) surgiram a partir da colonização
indígena por parte dos jesuítas;
Sobre a questão indígena:
Os jesuítas eram defensores dos indígenas, por isso frequentemente entravam em
conflito com os colonos e bandeirantes;
A ação missionária nas capitanias do Ceará e Rio Grande no final do século XVll e
início do século XVlll foi marcada por uma disputa de interesses que envolvia não
apenas os missionários e os índios, mas ainda, diversas autoridades locais e as
tropas paulistas;
Guerra dos Açu (1683 - 1716), quando então, aldeando índios gentios ou
escravizando os povos indígenas no sertão cada um deles a seu modo buscava mercês (as
bençãos) da Coroa Portuguesa e influência direta na região de conflitos;
Atividades Econômicas no Brasil Colonial:
As três principais atividades econômicas no Brasil Colônia em terras cearenses
foram: Extrativismo de pau-brasil, a agromanufatura do açúcar e a pecuária. O
algodão se tornou o principal produto cearense na segunda metade do século XlX,
após as grandes secas de 1877 que levaram as charqueadas, as manufaturas do charque
à decadência;
A exploração do pau brasil ocorreu no período pré-colonial e antes da colonização do
Ceará, e continuou até a independência, quando já estavam esgotados;
Não esquecer que o pacto colonial proibia manufaturas na colônia, mas a atividade
era essencialmente para a subsistência diária como a produção do leite, carne, couro e
animais de carga. A pecuária foi essencial para colonização do Ceará e começou
pelos pernambucanos nos sertões de fora e com os baianos pelos sertões de dentro, o
caminho por terra entre Pernambuco e o Maranhão.
DICA 45
RESUMO – COLÔNIA 2
As charqueadas ganharam impulso com a presença da família real portuguesa, pois
tornaram-se legais e era cada vez maior a demanda por alimentos. Entretanto, a atividade
entrou em decadência com as grandes secas do ano de 1877, que matou todos
rebanhos ao ponto de inviabilizar a atividade, que passou a ser controlada pelo Rio
Grande do Sul;
1882 Dom Pedro ll iniciou as obras do açude do Cedro;
A produção de algodão ao longo do século XlX foi impulsionada devido à guerra civil
dos Estados Unidos, pois ocupamos o lugar de produtores durante o conflito;
Foi muito abundante para a economia do Ceará e está ligada à modernização do
Estado através dos bondes e ferrovias, bem como para a modernização da capital,
inspirada na arquitetura francesa;
Ciclo do Ouro:
A partir do início do Ciclo do Ouro, muitas mudanças ocorreram na Colônia, dentre as
quais o crescimento da estrutura urbana, o aparecimento do setor terciário, a
fundação de vilas, em especial no interior e o aumento populacional.
Surgimento da cidade de Fortaleza:

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Está associado a segunda tentativa holandesa de colonizar o Ceará. Foi erguido às


margens do Riacho Pajeú, o Forte Schoonenborch, lançando as bases da cidade de
Fortaleza;
Relação de trabalho do Brasil Colonial: A escravidão. Diferente da América
espanhola, no Brasil prevaleceu a escravidão africana em função, principalmente, do lucro
do tráfico de escravos gerando recursos para os europeus;

Império: Importante ressaltar, que existiram famílias poderosas no Ceará (Cariri) que
tinham uma forte participação e influência da dinâmica Social pernambucana;

Surgiram personagens importantes que foram essenciais para espalhar as ideias


separatistas pelo estado através de panfletos e jornais;

O ato de dissolver a constituição de 1823 gerou muitas revoltas, e no Nordeste


eclodiu uma revolta separatista contra o autoritarismo de D.Pedrol: A Confederação do
Equador;

Quando D. Pedro l abdicou o trono em 1840 e colocou seu filho Pedro ll imperador, o
Brasil quase perdeu a unidade territorial devido as diversas revoltas federalistas e que
tentaram proclamar a república, como foi a Balaida, a Cabanagem, a Sabinada e a
Farroupilha.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/ÉTICA

O conteúdo relativo à ÉTICA será abordado apenas na última rodada


devido a proporção no edital.

DICA 46
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR MATRIZ OU EM GRADE
Departamentalização por matriz, matricial ou em grade é a combinação das formas de
departamentalização funcional com a de projeto ou com a de produtos e serviços,
na mesma estrutura organizacional. Aqui a estrutura é mista com a finalidade de obter
o máximo de rendimento da organização. A organização mantém a estrutura
funcional para as funções e agrega estrutura divisional aos produtos ou serviços a serem
realizados.
Muito utilizada em grandes organizações. Por ser constituída de dois tipos de
departamentalização, cria-se a duplicidade de comando onde os funcionários são
subordinados a dois chefes. E devido a esse comando dual, os funcionários precisam saber
resolver os conflitos que podem ocorrer, com isso há a necessidade constante de
treinamento em relações humanas.

VANTAGENS DESVANTAGENS

Maior estabilidade Comunicação deficiente

Maior segurança na execução das tarefas Aumento de custos por duplicidade de


atividades

Especialização nas atividades Dificuldade na coordenação de pessoal

Melhor atendimento ao cliente e Pode haver conflito de interesses entre


cumprimento de prazos chefes funcionais e divisionais

DICA 47
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR CLIENTES OU POR CLIENTELA
A Departamentalização por clientes ou por clientela é o agrupamento das atividades de
acordo com os tipos de clientes servidos ou mercado para quem o produto ou serviço
é realizado. As diferentes características e necessidades dos clientes, como idade, nível
socioeconômico e hábitos de compra, constituem a base para essa estrutura onde a
ênfase está no consumidor.
O produto ou serviço deve ser adaptado e ajustado ao cliente e às suas necessidades. É,
portanto, o critério de departamentalização que permite uma visão totalmente
voltada para o mercado, que aumenta a flexibilidade e permite um melhor
atendimento da demanda. Um exemplo desse tipo de departamentalização são as
tradicionais lojas de departamentos, como a C&A e a Lojas Americanas.

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VANTAGENS DESVANTAGENS

Foca nas necessidades do cliente Duplicidade de esforços e recursos

Assertividade na demanda do cliente Administração complexa da estrutura

As decisões internas são rapidamente Preocupação excessiva nas demandas do


tomadas cliente

permite concentrar competências sobre As demais atividades da organização, por


distintas necessidades dos clientes exemplo, finanças, produtividade, se
tornam secundárias.

DICA 48
DEPARTAMENTALIZAÇÃO GEOGRÁFICA OU TERRITORIAL
A departamentalização geográfica ou territorial é o agrupamento das atividades de
acordo com o território, região. Esse tipo de estrutura envolve a diferenciação e o
agrupamento das atividades de acordo com a localização geográfica onde o trabalho será
realizado, ou uma área de mercado a ser servida pela organização. É indicado para
organizações de larga escala, por exemplos, as empresas transnacionais.
É a estrutura necessária quando a organização estiver dispersa, possuindo filiais em
diversas localidades ou países. Nesses casos, a departamentalização vai focar nas
características de cada região. Um exemplo são as lojas de departamentos para
varejistas.

VANTAGENS DESVANTAGENS

Assegura o sucesso a condições locais Pouca atenção à especialização

Adaptação a necessidades regionais Duplicidade de esforços e recursos

Melhor percepção e avaliação do Foco apenas nas necessidades territoriais


mercado local

Permite acompanhar variações locais e Pouca atenção à especialização


regionais
Reduz a cooperação interdepartamental

DICA 49
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR FASES DO PROCESSO
A departamentalização por fases do processo envolve a diferenciação e o agrupamento
das atividades de acordo com as etapas de execução do processo. Aqui o processo é o
conjunto de atividades com uma ordenação específica que resulta em um
produto ou serviço especificado para atender as necessidades e expectativas do
cliente. O cliente não é necessariamente externo, mas pode ser interno, dentro da
empresa. O seu desenvolvimento está relacionado a melhor maneira possível de se obter
o aumento da eficiência e qualidade do produto ou serviço.
Essa estrutura é utilizada quase que restritamente a aplicações nos níveis mais baixos
da estrutura organizacional, nível operacional, das empresas industriais. O

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agrupamento na departamentalização por processo é adequado quando tantos os


produtos como a tecnologia aplicada são estáveis e duradouras.

VANTAGENS DESVANTAGENS

Extrai vantagens econômicas oferecidas Absoluta falta de flexibilidade e de


pela natureza do equipamento ou da adaptação
tecnologia

Cada unidade é uma etapa no processo Ocorre isolamento em relação às outras


de desenvolvimento fases do processo

DICA 50
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR TEMPO
A departamentalização por tempo é um tipo menos mencionado na literatura. Ocorre por
necessidade do serviço onde é acrescentado outro turno do trabalho. É comum
ocorrer em indústrias de processos contínuos, empresas de serviços públicos de telefonia
etc.
Nessa estrutura, os problemas de organização envolvem questões tais como: determinar
exatamente o grau de atividade e autonomia das seções em cada turno, bem como
as relações entre os administradores especializados que trabalham apenas no
horário normal e os funcionários que executam tarefas semelhantes no horário
extraordinário. Já a grande vantagem deste tipo de departamentalização é uma maior
produção para uma mesma capacidade instalada.
DICA 51
PROCESSO ORGANIZACIONAL
O processo organizacional, também chamado de processo administrativo, busca explicar
como as várias funções administrativas são desenvolvidas no ambiente das
organizações. É importante destacar que essas funções do administrador que formam o
processo administrativo (ou processo organizacional) são mais que uma sequência cíclica,
pois estão intimamente relacionadas em uma interação dinâmica. Portanto, podemos falar
que o processo administrativo é cíclico, dinâmico e interativo. Vamos conhecer as
partes ou funções desse processo: planejamento, direção, comunicação,
avaliação e controle.

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PLANEJAMENTO

Ajusta-se e refaz-se o planejamento

PROCESSO
CONTROLE ORGANIZAÇÃO
ORGANIZACIONAL

Organiza-se conforme o comportamento das pessoas

DIREÇÃO

DICA 52
PLANEJAMENTO
O planejamento no processo organizacional é a função administrativa que determina
antecipadamente quais são os objetivos a serem atingidos e como se deve fazer
para alcançá-los. É definir onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como
e em que sequência. Trata-se de um modelo para ação futura.

SÃO CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO

Processo contínuo, foco em estratégias, novos métodos e abordagens de gestão

Intenso em coordenação, exige sinergia, regras claras, objetivos claros e muita


cooperação entre os atores

Foco o longo prazo, mas sua preocupação principal é a conjuntura, a interação entre
atores envolvidos

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QUESTÃO FGV, 2011.


A respeito do planejamento na administração pública, analise as afirmativas a seguir:
I. O planejamento deve ser parte integrante da administração pública e estar presente
em todos os níveis e setores de atividade.
II. O planejamento deve ser rígido para atender às contingências, garantindo a
continuidade dos empreendimentos.
III. Como trata do futuro, o planejamento não implica a fixação de prazos
determinados para realização de objetivos.
Resposta: Apenas a alternativa I está correta.

O planejamento envolve a organização em sua totalidade, abrange todos os recursos e


áreas da atividade, e preocupa-se em atingir os objetivos em nível organizacional.
Palavras-chave para planejamento = estabelecer objetivos / traçar planos.
DICA 53
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
O planejamento estratégico atinge toda a organização, analisa o ambiente interno da
empresa, verifica as tendências de mercado. É aqui onde são definidos os objetivos e
políticas da organização. Aqui o planejamento é a longo prazo.

QUESTÃO FGV, 2020.


As funções administrativas são desempenhadas pelos administradores nos três níveis
organizacionais: estratégico, tático e operacional. No entanto, os diferentes níveis
organizacionais impõem atribuições distintas aos administradores, fazendo com que a
intensidade com que essas funções são desempenhadas seja diferente em cada um
deles.
No nível estratégico predominam as funções de:
a) Planejamento.
b) Direção.
c) Controle.
d) Organização.
e) Coordenação.
Resposta: a

Lembre-se: planejamento estratégico: Global/Geral; Nível mais alto; Longo Prazo;


Habilidade Conceitual
DICA 54
PLANEJAMENTO TÁTICO
O planejamento tático é um planejamento a médio prazo, atinge somente a uma parte
da organização (departamental). É realizado no nível intermediário da organização e
ocupa-se, entre outras coisas, com a alocação de recursos. Integra a estrutura da

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organização para fazer frente aos desafios estratégicos, desdobrando os objetivos


institucionais em departamentais.

QUESTÃO FGV, 2016.


No serviço público brasileiro, estruturado em três níveis, os administradores devem
atuar de forma que as tarefas sejam executadas e não interfiram negativamente com
a atuação dos outros níveis. Estes níveis estão ligados a determinados âmbitos da
organização, em que seu planejamento é desenvolvido. Assinale a opção que indica o
nível de planejamento e o âmbito em que ele ocorre dentro de uma organização.
a) Tático / Global.
b) Operacional / Organizacional.
c) Estratégico / Departamental.
d) Tático / Setorial.
e) Operacional / Setorial.
Resposta: d

Lembre-se: planejamento tático: Departamental; Setorial; Médio Prazo; Habilidade


Humana
DICA 55
PLANEJAMENTO OPERACIONAL
O planejamento operacional pode ser considerado a curto prazo, onde são planejadas e
executadas tarefas diárias definidas no planejamento tático, com a elaboração de
cronogramas para cada área, criando métodos específicos de cada atividade.
O planejamento operacional é de onde saem as ações e metas traçadas pelo nível
tático para atingir os objetivos das decisões estratégicas. Neste planejamento os
envolvidos são aqueles que executam as ações que são aplicadas em curto prazo.

QUESTÃO FGV, 2019.


Após ingressar no Poder Judiciário, Ícaro iniciou seus trabalhos assessorando um
gestor no planejamento e execução de tarefas rotineiras comuns em seu
departamento. Ícaro e seu chefe são responsáveis pela definição de procedimentos e
processos específicos de curto prazo. Ícaro e seu gestor encontram-se no nível
organizacional:
a) Tático.
b) Gerencial.
c) Estratégico.
d) Operacional.
e) Corporativo.
Resposta: d

Lembre-se: planejamento operacional: Curto prazo; Habilidade Técnica.

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DICA 56
ORGANIZAÇÃO
Depois de planejar suas estratégias e ações, a instituição passa para a etapa
chamada organização. Nesta etapa, deve-se olhar para os recursos financeiro,
humanos e materiais, e definir a estrutura administrativa e a divisão de trabalho que
irão gerenciá-los.
A organização é o momento que propicia ao negócio pôr em prática o planejamento.
Também pode ser dividida em três níveis; institucional, intermediária e operacional.
Palavras-chave para organização = Alocação de recursos / Atribuição de tarefas.
DICA 57
DIREÇÃO
É a função que conduz e coordena o pessoal na execução das tarefas
antecipadamente planejada. A direção designa o processo pelo qual os gerentes
procuram lidar com seus subordinados, liderando-os e comunicando-se com eles.
Nesta etapa, o papel do líder é essencial para mostrar os caminhos aos colaboradores e
motivá-los em seu trabalho, em alinhamento com o planejamento organizacional. A
direção é uma função administrativa essencialmente voltada para as relações
interpessoais. É nesta etapa que ocorre a delegação de tarefas, autoridade e
responsabilidades.
DICA 58
COMUNICAÇÃO
Inicialmente, a comunicação organizacional no Brasil se resumia à veiculação de boletins,
jornais e revistas aos funcionários. Mas a partir da década de 50, este cenário passou a
mudar com o processo da industrialização.
Com a evolução da comunicação organizacional, ao chegarmos até a era digital, foi fácil
entender que o contato entre a empresa e seu público também mudou, está mais próximo
e individualizado. Entendemos então que a comunicação não é mais só aquela que
repassa informações, mas assumiu um papel de conectar, de dialogar.
Lembre-se: A comunicação precisa ser ágil e motivadora.
Vantagens de investir na qualidade da comunicação organizacional:

Ajuda o ambiente profissional


Coloca todos na mesma direção
Auxilia na gestão de conflitos
Integra toda a comunicação
DICA 59
CONTROLE E AVALIAÇÃO
Avaliação e controle é a função administrativa que consiste em verificar se tudo está
sendo feito de acordo com o que foi planejado e as ordens dadas, bem como
assinalar as faltas e os erros, a fim de repará-los e evitar suas repetições.
É nesta função administrativa que se determina os objetivos e os padrões de desempenho
comparando com os dados atuais e com padrões definidos pela empresa. Caso esteja

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fora dos padrões definidos, deve-se corrigir para continuar no caminho para
atingir as metas.
DICA 60
RESUMO DAS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS

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DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 61
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
COLETIVOS, DIREITOS SOCIAIS E DIREITOS POLÍTICOS.
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS – HABEAS DATA (HD)
O Habeas Data é uma garantia constitucional vinculada ao direito de informação sobre
os dados vinculados ao próprio indivíduo. Além de obter as informações, o HD garante o
direito de retificar dados contidos na base de dados governamentais ou de caráter
público.

ATENÇÃO!

Essa ação constitucional tem natureza personalíssima, os dados a serem


consultados ou retificados devem ser do próprio impetrante. Se for informações de
terceiros, o remédio próprio é o mandado de segurança, e não o habeas data.

A legitimidade para a impetração do HD é de qualquer pessoa, física ou jurídica, mas


precisa ser assistido por advogado.
Para a impetração do HD, é necessário que haja a recusa administrativa na prestação
ou retificação das informações pela autoridade, segundo art. 8º, da Lei 9.507/97.
DICA 62
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS – MANDADO DE SEGURANÇA (MS)
O Mandado de Segurança destina-se a proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público.
Considera-se direito líquido e certo aquele que pode ser demonstrado de plano
mediante prova pré-constituída, sem a necessidade produção de outras provas.
Ao contrário dos outros dois remédios constitucionais, o MS apresenta prazo para que
seja impetrado (120 dias), contado da ciência, pelo interessado, do ato a ser
impugnado.
Para impetrar o MS é necessário que o detentor do direito líquido e certo tenha capacidade
postulatória, ou seja, precisa de um advogado.

ATENÇÃO!

O MS apenas é cabível quando não for o caso de HC ou HD. Tem caráter


subsidiário.

Mandado de segurança coletivo: O MS COLETIVO tem a finalidade de proteger


direito líquido e certo, mas de interesse transindividual (individuais homogêneos ou
coletivos).
A legitimidade para impetrar o MS COLETIVO é diferente. Apenas partido político com
representação no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe
ou associação, desde que estejam legalmente constituídas e em funcionamento há
pelo menos 1 ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
O requisito de funcionamento há pelo menos 1 ano é exclusividade das associações.

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DICA 63
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS – MANDADO DE INJUNÇÃO (MI)
É cabível mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
A omissão do Estado pode ser total, quando ausente a norma, ou parcial, quando exista
norma, mas que não regula totalmente o direito. Em ambos os casos é cabível o MI.
A legitimidade para impetrar o MI é de qualquer pessoa, física ou jurídica, desde que
representada por advogado.

Mandado de injunção coletivo: o MI COLETIVO apresenta legitimados ativos


específicos. São eles: Ministério Público; partido político com representação no
Congresso Nacional; organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ano; e Defensoria
Pública.
DICA 64
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS – AÇÃO POPULAR
A Ação Popular tem a finalidade de anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural.
No art. 5º, inciso LXXIII, da CF, é expresso que qualquer cidadão é parte legítima para
propor a Ação Popular. Verifica-se aqui uma restrição na legitimidade ativa, pois somente
é cidadão quem possui capacidade eleitoral, ou seja, quem pode exercer os seus
direitos políticos.
Para a propositura dos demais remédios constitucionais, exceto os coletivos, não se fazia
a exigência de o impetrante ser cidadão.
Por fim, ressalta-se que o autor da ação ficará isento das custas judiciais e do ônus da
sucumbência. Todavia, se comprovada a má-fé, não haverá essa isenção.
DICA 65
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS – REMÉDIOS
CONSTITUCIONAIS

REMÉDIO FINALIDADE GRATUIDADE ADVOGADO

HABEAS CORPUS Liberdade de locomoção. SIM NÃO

HABEAS DATA Direito de informacao pessoal e SIM SIM


retificação.

MANDADO DE Proteger direito líquido e certo, NÃO SIM


SEGURANÇA não amparado por hc ou hd.

MANDADO DE Sanar omissões legislativas NÃO SIM


INJUNÇÃO

AÇÃO POPULAR ANULAR ATO LESIVO SIM SIM

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DICA 66
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS – TRATADOS
INTERNACIONAIS
O tema sobre os Tratados e Convenções Internacionais está inserido tanto no tópico de
Direito Constitucional como no de Direitos Humanos, previsto no Conteúdo Programático
do Edital de Soldado da PMCE/2021.
Atualmente, há três espécies de Tratados Internacionais relevantes para o estudo do
Direito Constitucional.

Tratados e Convenções Internacionais que não versem sobre direitos humanos:


status de lei ordinária.

Tratados e Convenções Internacionais sobre direitos humanos – status supralegal,


ou seja, estão abaixo da Constituição Federal, mas acima das leis.

Tratados e Convenções Internacionais sobre direitos humanos aprovados pelo


Congresso Nacional pelo procedimento previsto no art. 5º, §3º, da CF – status de
emendas constitucionais.
DICA: o quórum previsto no art. 5º, §3º, da CF é o mesmo previsto para aprovação das
emendas constitucionais – votação em dois turnos em cada Casa do Congresso
Nacional, por 3/5 dos votos.

QUESTÃO FGV, 2019.


Determinado tratado internacional de proteção aos direitos humanos foi aprovado, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, pela unanimidade dos
seus membros. À luz da sistemática constitucional, o tratado internacional assim
aprovado ingressará na ordem jurídica interna com a natureza de:
Resposta: Emenda Constitucional.

DICA 67
DIREITOS SOCIAIS
Os direitos sociais são consagrados na CF como princípios, os quais devem ser efetivados
pelos poderes públicos.
Esses direitos, conforme as dimensões dos direitos fundamentais, são os de 2ª
dimensão, ou seja, são direitos que o Estado deve garantir, com a finalidade de
promover a igualdade material.
Tendo em vista a finalidade de promover a igualdade material, a efetivação dos direitos
sociais é onerosa para os cofres públicos. Dessa forma, surge o que a doutrina denomina
de reserva do possível.
A reserva do possível consiste na relação entre a efetivação dos direitos sociais e
as limitações orçamentárias que o Estado possui.
Em face dessa limitação orçamentária, muitos casos envolvendo a efetivação de direitos
sociais são judicializados. O STF entende que não havendo comprovação objetiva da
incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, inexistirá empecilho jurídico
para que o Judiciário determine a inclusão de determinada política pública nos planos
orçamentários do ente político.

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DICA 68
DIREITOS SOCIAIS – VEDAÇÃO AO RETROCESSO
A vedação ao retrocesso ou “Efeito Cliquet” significa que alcançado determinado nível
de concretização dos direitos sociais, não é possível retroceder e para aquém do que
já foi conquistado.
Esse princípio encontra correspondência tanto no Direito Constitucional quanto nos
Direitos Humanos.
DICA 69
DIREITOS SOCIAIS – DIREITOS DOS TRABALHADORES
Quanto aos direitos dos trabalhadores, não há questões doutrinárias sobre o assunto que
apresentem relevância para concursos públicos. A incidência de tal assunto baseia-se na
literalidade do art. 7º, da CF.

Destaco os direitos com mais incidências em provas (mas se recomenda a leitura do


artigo inteiro):

Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;

Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

Fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS);

Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da


aposentadoria;

Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;

Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de


revezamento, salvo negociação coletiva;

Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50 % por à do


normal;

Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário
normal;

Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;

Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na


forma da lei;

Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos de


idade em creches e pré-escolas;

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Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão


por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do


trabalhador portador de deficiência;

Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os


profissionais respectivos;

Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e


de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos;

ATENÇÃO!

Adolescente menor de 14 anos – nenhum trabalho é permitido;


Adolescente entre 14 e 16 anos – apenas na condição de aprendiz
Adolescentes entre 16 e 18 anos – pode trabalhar, exceto trabalho noturno,
perigoso e insalubre.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os


direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII,
XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e
observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos
incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
DICA 70
DIREITOS SOCIAIS – GREVE
O direito de greve está previsto no art. 9º, da CF, quanto aos trabalhadores vinculados à
iniciativa privada.
Na CF reconheceu-se o direito de greve para os servidores públicos, contudo não
houve regulamentação de tal direito (art. 37, VII, da CF). Ante a omissão estatal, o STF
ao julgar um Mandado de Injunção, reconheceu que fosse garantido o direito de greve a
todo servidor público, aplicando-se, no que couber, a Lei n. 7.783/89, que dispõe
sobre o exercício do direito de greve na iniciativa privada.
O STF se manifestou pela ilegalidade do exercício do direito de greve por policiais
civis, pois exercem funções relacionadas à manutenção da ordem pública.
Por fim, é vedado aos militares o exercício do direito de greve (art. 142, IV, da CF).
DICA 71
DIREITOS SOCIAIS – SINDICALIZAÇÃO
A CF garante a liberdade quanto à associação profissional ou sindical.
A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, mas o
sindicato deverá ser registrado em órgão competente.
É vedada a interferência e a intervenção do Estado na organização sindical.
É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que

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será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior
à área de um Município.
Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato.
O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais.
É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.
É vedada a sindicalização do MILITAR (art. 142, IV, da CF).
DICA 72
DIREITOS SOCIAIS – CONTRIBUIÇÕES CONFEDERATIVA E SINDICAL
O art. 8º, IV, da CF, prevê as contribuições confederativa e sindical.
“IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da
representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em
lei”.
A contribuição confederativa ou de assembleia não é considerada tributo e o seu
pagamento é voluntário, pois somente é paga por aqueles que resolverem se filiar ao
sindicato.
A contribuição sindical, por sua vez, é considerada tributo e o seu pagamento era
obrigatório, sendo paga por todos que pertenciam a determinada categoria.
Com a reforma trabalhista foi extinta a obrigatoriedade da contribuição sindical e
condicionaram o seu pagamento à prévia e expressa autorização dos filiados (Informativo
908/2018 – STF).
DICA 73
DIREITOS POLÍTICOS
Sobre o tema dos direitos políticos, tem sido cobrado em provas de concursos apenas a
literalidade dos dispositivos legais dos arts. 14 a 16, da CF.

DIREITO DE VOTAR

VOTO OBRIGATÓRIO VOTO FACULTATIVO VOTO PROIBIDO

Maiores de 18 anos e Maior de 16 anos e Menor de 16 anos;


menor de 70 anos. menor de 18 anos;

Maior de 70 anos; Militar conscrito

Analfabetos Estrangeiros

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DICA 74
DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS
Os direitos políticos positivos permitem a participação do indivíduo no processo
eleitoral e na vida política do Estado.

Os direitos políticos positivos subdividem-se em:

Direito do sufrágio (é o direito de votar e ser votado);


Alistabilidade (capacidade eleitoral ativa – votar);
Elegibilidade (capacidade eleitoral passiva – ser votado);
O voto é a forma pela qual se exerce o sufrágio. Atualmente o sufrágio é universal,
ou seja, não há restrições quanto ao exercício do voto. Ao contrário do sufrágio restritivo,
que condicionava o voto, por exemplo, a características econômicas.
A alistabilidade são as condições para o exercício do direito de voto, sendo
considerados inalistáveis os conscritos (quem está prestando o serviço militar
obrigatório) e os estrangeiros.
A elegibilidade corresponde a capacidade de ser votado, cujos requisitos estão
elencados no art. 14, §3º, da CF (leitura obrigatória).

ATENÇÃO!

Para as idades mínimas para concorrer a cargos eletivos:


35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz; e
18 anos para Vereador.

DICA 75
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
Os direitos políticos negativos referem-se às inelegibilidades, condições específicas
que impedem o registro da candidatura.
A inelegibilidade pode ser absoluta ou relativa.
A inelegibilidade absoluta se refere à condição da pessoa e aplica-se apenas para os
ANALFABETOS e INALISTÁVEIS (estrangeiros e conscritos).
A inelegibilidade relativa está relacionada ao cargo ocupado.

São hipóteses:

Relacionada ao cargo de Chefe do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) –


apenas poderão ser reeleitos para um único período subsequente;

Relacionadas a outros cargos – aplica-se apenas para os cargos de Chefe do


Executivo, pois se quiserem concorrer a outros cargos eletivos, terão que se
desincompatibilizar 6 meses antes da eleição.

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Relacionados a cargos não eletivos: os militares deverão cumprir os requisitos do


art. 14, §8º, da CF; aos juízes e membros do Ministério Público são vedadas a dedicação a
atividades político-partidárias.

Relacionadas ao parentesco – São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o


cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição (art. 14, §7º, da CF)
Lei complementar poderá estabelecer outras hipóteses de inelegibilidade.

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DIREITOS HUMANOS

DICA 76
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Se define como qualquer tipo de agressão física, psicológica, sexual ou simbólica contra
alguém por causa do gênero ou orientação sexual.
Alcançar a igualdade entre os gêneros é um dos 17 objetivos na Agenda 2030 da
Organização das Nações Unidas (ONU) e o Brasil é signatário.
A violência de gênero é resultado de uma questão cultural em um cenário em que o
masculino exerce domínio sobre o feminino em virtude de sua “fragilidade”.
O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de homicídio contra mulheres.
DICA 77
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E LEI MARIA DA PENHA (LEI 11340/16)
A Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar
contra a mulher, dispõe sobre a criação dos juizados de Violência doméstica e familiar
contra a Mulher e estabelece, medidas de assistência e proteção às mulheres em
situação de violência doméstica e familiar.
Recebeu esse nome devido à luta da farmacêutica Maria da Penha para ver seu agressor
condenado.
A violência contra mulher constitui uma das formas de violação dos direitos
humanos.
DICA 78
SUJEITO PASSIVO DA LEI
Toda mulher, independentemente de classe, raça, étnica, orientação sexual, renda,
cultura, nível educacional, idade e religião.

Porém, é necessário que haja:

Questão de gênero;

Contexto familiar e doméstico.


A Lei assegura as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua
saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social (art. 2º).
DICA 79
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão
baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e
dano moral ou patrimonial, quando:

No âmbito da unidade doméstica, com ou sem vínculo familiar, inclusive as


esporadicamente agregadas;

No âmbito da família, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

Em qualquer relação íntima de afeto, independentemente de coabitação.

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OBS: Súmula 600 do STJ - para a configuração da violência doméstica e familiar


prevista no artigo 5º da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a
coabitação entre autor e vítima.
DICA 80
FORMAS DE VIOLÊNCIA

A Lei n. 11.340/06 elenca de forma exemplificativa algumas formas de violência


contra mulher no âmbito doméstico (art. 7º):

Violência física – qualquer conduta que ofenda a integridade física ou saúde


corporal;

Violência psicológica - qualquer conduta que lhe causa dano emocional e


diminuição a autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o plano desenvolvimento;

Violência sexual – qualquer conduta que constranja a presenciar, manter ou


participar de relação sexual não desejada ou que limite ou anule o exercício de seus
direitos sexuais e reprodutivos;

Violência patrimonial – qualquer conduta que configure retenção, subtração,


destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos,
bens, valores ou recursos econômicos;

Violência moral – qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.


DICA 81
MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO

Visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher por meio de um conjunto
articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e
de ações não governamentais, tendo por diretrizes (art.8º):

Integração operacional do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública


com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e
habitação;

Promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes,


concernentes às causas, às consequências e à frequência da violência;

O respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa
e da família, de forma a coibir os papéis estereotipados;

A implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em


particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher;

A promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência


doméstica e familiar contra a mulher e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção
aos direitos humanos das mulheres;

A celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de


promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-
governamentais;

A capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do


Corpo de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos.

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DICA 82
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
Será prestada de forma articulada e conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei
Orgânica de Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de
Segurança Pública.
O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher no cadastro de programas
assistenciais do governo federal, estadual e municipal.

E assegurará:

Acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração


direta ou indireta;

Manutenção do vínculo trabalhista quando necessário o afastamento, por até 6


meses.
Compreenderá o acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento cientifico e
tecnológico, incluindo serviços de contracepção de emergência.
DICA 83
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL
Em caso da iminência ou da violência domestica e familiar, a autoridade policial
adotará, de imediato, as providências legais cabíveis (art.10).
É direito da mulher o atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e
prestado por servidores – preferencialmente do sexo feminino – previamente
capacitados (art.10-A).

No atendimento à mulher em situação de violência, a autoridade policial DEVERÁ,


entre outras providências (art.11):

Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao


Ministério Público e ao Poder Judiciário;

Encaminhar ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;

Fornecer transporte a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,


caso de risco de vida;

Se necessário, acompanhar para a retirada de seus pertences do local da


ocorrência ou domicílio;

Informar os direitos contidos na Lei Maria da Penha e os serviços disponíveis,


inclusive os de assistência judiciária.

Em todos os casos de violência contra mulher, feito o registro da ocorrência,


deverá a autoridade policial aditar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem
prejuízo do previsto no Código de Processo Penal (art.12):

Ouvir a ofendida, lavrar boletim de ocorrência em tomar representação a termo, se


apresentada;

Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento;

Remeter, no prazo de 48 horas, expediente apartado ao juiz com pedido da ofendida,


para concessão de medidas protetivas de urgência;

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Determinar o exame de corpo de delito e requisitar outros exames periciais


necessários;

Ouvir o agressor e as testemunhas;

Ordenar a identificação do agressor e juntar aos autos sua folha de antecedentes


criminais;

Remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao Juiz e ao Ministério


Público.
DICA 84
PROCEDIMENTOS
Serão aplicadas as normas dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da legislação
especifica relativa à criança e ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com
estabelecido na Lei 11.340.

Competência do foro - por opção da ofendida, para os processos cíveis:

Seu domicilio ou residência;

Do lugar do fato em que se baseou a demanda;

Do domicílio do agressor.

Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que a Lei


trata, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência
especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e
ouvido o Ministério Público.

É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de


penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição
de pena que implique o pagamento isolado de multa.
Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno.
DICA 85
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

SÚMULA 536, STJ

A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de


delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
* * Cuidado! No entanto, é possível que haja a suspensão condicional da PENA!!!

Recebido o expediente com pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 horas


(art. 18):

Conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de


urgência;

Determinar o da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso;

Comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis;

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Determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor.


As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento
do Ministério Público ou a pedido da ofendida.
As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato,
independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério
Público, devendo este ser prontamente comunicado.
Serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a qualquer
tempo por outras de maior eficácia.
Poderá o juiz, ainda, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida,
conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se
entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio,
ouvido o Ministério Público.
Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
Público ou mediante representação da autoridade policial.
A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor,
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação
do advogado constituído ou do defensor público.
A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor.

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DIREITO PENAL MILITAR

DICA 86
SÚMULA 78 DO STJ

SÚMULA nº 78, STJ

Compete à Justiça Militar processar e julgar policial de corporação estadual, ainda


que o delito tenha sido praticado em outra unidade federativa.

Só será aplicado no âmbito estadual.


DICA 87
CRIMES MILITARES DE TIPIFICAÇÃO DIRETA
Estão previstos apenas no Código Penal Militar;
Podem ser sujeitos ativos o civil e o militar;

Ex.: art. 302 – Ingresso Clandestino.

Atenção para o artigo 9º do CPM, no inc. II - consideram-se crimes militares, em tempo


de paz, os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando
praticados:

Legislação Penal = toda a legislação penal comum, qual seja: o Código Penal e as
demais leis extravagantes.

CRIMES MILITARES DE TIPIFICAÇÃO INDIRETA


Somente podem ser praticados por militares da ativa;
Estão previstos no CPM e na legislação penal (ver art. 9, II, alíneas “a” e “e”);

Também conhecidos como “Crimes Militares por Extensão” – tratam-se dos tipos
penais estranhos terem a natureza de crime militar quando presentes algumas
circunstâncias do inciso II do art. 9º do CPM;

Ex.: Crimes Ambientais, Abuso de Autoridade, ECA, CTB.


DICA 88
CRIMES CONTRA A PESSOA
HOMICÍDIO – ART. 205 - CPM
Simples: Reclusão, de 6 a 20 anos.

Minoração facultativa: motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o


domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de 1/6 a 1/3;
Homicídio qualificado: Reclusão, de 12 a 30 anos. Ver art. 205, §2º, CPM;

Trata-se de crime impropriamente militar: Qualquer um pode cometer;

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Se a vítima for civil e o autor militar estadual, se o ato for doloso, o crime será
julgado pelo tribunal do júri. Será um CRIME COMUM e não militar, ou seja, será
capitulado pelo art. 121 do Código Penal.

Crime cometido contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge: será


tratado como agravante, conforme o art. 70 do CPM e não como qualificadora (causas de
aumento de pena), como no Direito Penal Comum.
Homicídio Culposo: detenção, de 1 a 4 anos. O §1º prevê a possibilidade de
agravação da pena, mas não especifica como ela pode ser piorada.
Multiplicidade de Vítimas: a pena pode ser aumentada de 1/6 a 1/2.
DICA 89
PROVOCAÇÃO DIRETA OU AUXÍLIO A SUICÍDIO – ART. 207 - CPM

Instigar ou induzir alguém a suicidar-se, ou prestar-lhe auxílio para que o faça, vindo o
suicídio consumar-se. Pena: reclusão, de 2 a 6 anos;
Trata-se de crime impropriamente militar: qualquer um pode cometer;

Agravação de Pena: motivo egoístico, ou se a vítima for menor ou tiver diminuída,


por qualquer motivo, a resistência moral.

Provocação indireta ao suicídio: por meio de maus tratos a alguém que estiver sob
a autoridade ou dependência do agente, a vítima cometer suicídio, a pena será de
detenção de 1 a 3 anos.

Redução da Pena: o suicídio foi apenas tentado e dessa tentativa resultou lesão
grave: pena reduzida de 1/3 a 2/3. Se não restarem lesões graves, o fato será
atípico.
Importante: Se o sujeito passivo não tiver capacidade de compreensão e de escolha
diante da atuação do sujeito ativo, este responderá por crime de homicídio.
DICA 90
GENOCÍDIO – ART. 208 - CPM

Matar membros de um grupo nacional, étnico, religioso ou pertencente a determinada


raça, com o fim de destruição total ou parcial desse grupo. Pena: reclusão de 15 a
30 anos.
Trata-se de crime impropriamente militar: qualquer um pode cometer;

O objeto jurídico aqui não é vida, mas sim a humanidade;


O sujeito passivo não é a pessoa, mas sim, a coletividade, a própria raça humana.

O objetivo do agente não é o de apenas matar uma pessoa, mas destruir, exterminar o
grupo étnico, religioso, etc.

O Genocídio não é crime doloso contra a vida, logo, não é de competência do


Tribunal do Júri.

Consumação: morte, lesão grave ou gravíssima, imposição de condições desfavoráveis


ao desenvolvimento ou à procriação, ou a coação dos membros do grupo social
perseguido, ainda que não haja efetivamente a sua destruição total (completa eliminação
do grupo) ou parcial (morte de alguns integrantes), aqui se faz necessário apenas o dolo
da conduta.

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Casos assemelhados terão pena de reclusão de 4 a 15 anos:

Lesões graves a membros do grupo;

Submete o grupo a condições de existência, físicas ou morais, capazes de ocasionar a


eliminação de todos os seus membros ou parte deles;

Força a dispersão do grupo;

Impõe medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;

Efetua coativamente a transferência de crianças do grupo para outro grupo.


DICA 91
DA LESÃO CORPORAL E DA RIXA

Lesão Leve – art. 209, CPM – Ofender a integridade corporal ou a saúde de


outrem. A pena é de detenção, de 3 meses a 1 ano.

Lesão Grave:

Caso produza, de forma dolosa, perigo de vida, debilidade permanente de


membro, sentido ou função, ou incapacidade para as ocupações habituais por
mais de 30 dias. A pena é de reclusão de até 5 anos.

Caso produza, de forma dolosa, enfermidade incurável, perda ou inutilização de


membro, sentido ou função, incapacidade permanente para o trabalho, ou
deformidade duradora, a pena será de reclusão de 2 a 8 anos.

Importante: Se as lesões graves forem causadas culposamente, a pena será


de detenção de 1 a 4 anos, mas se resultarem em morte – ficando evidenciado
que o agente não quis o resultado – a pena será de reclusão de até oito anos.

Lesão Levíssima – o Juiz pode considerar a infração como disciplinar.

Lesão Culposa – detenção de 2 meses a 1 ano. Se for por inobservância de


regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima.

Trata-se de crime impropriamente militar.

Não mensura o grau da lesão.

É crime de ação penal militar pública incondicionada.

Importante: A lesão tem que ser provocada a outrem. Autolesão não é


punível, em regra.

Rixa – Pena: detenção, até 2 meses. Se caso ocorra morte ou lesão grave:
detenção, com pena mínima de 30 dias.

Trata-se de crime impropriamente militar: qualquer um pode cometer;

Conceito: briga que envolve várias pessoas, com ofensas recíprocas, um


agride o outro;

Todos são responsabilizados, não há distinção entre autores e partícipes;

A consumação se dá de forma instantânea, com a prática do ato.

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Não basta discussão verbal, tem que ter agressão física.

DICA 92
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA OU DA SAÚDE

Abandono de Pessoa: art. 212 – CPM

Crime propriamente militar: previsto apenas no CPM e somente o militar pode


cometer;

Abandonar significa deixar a própria sorte, não cuidar;

Crime de perigo Concreto: não é necessário dano, somente o risco já o


caracteriza;

A pessoa abandonada deveria estar sob guarda ou vigilância; cuidado ou


autoridade do autor;

Importante: a palavra incapaz do tipo penal se refere a pessoa que não tenha
condições de resistir aos riscos aos quais é exposta.

Maus Tratos: art. 213 – CPM

Trata-se de crime impropriamente militar: está previsto em outras legislações


penais e qualquer um pode cometer;

Sujeito passivo: qualquer pessoa, desde que esteja sob autoridade, guarda ou
vigilância para o fim de educação, instrução, tratamento ou custódia do autor;
Crime de perigo Concreto: não é necessário dano, somente o risco já o caracteriza;
Importante: o perigo deve ser demonstrado;

Os maus tratos devem restar demonstrados pela privação de alimentos ou cuidados


indispensáveis (remédio, higiene...);

Fique atento quando aparecer a expressão “punição para fins de educação”, a questão,
em regra, estará tratando do crime de maus tratos.
DICA 93
DOS CRIMES CONTRA A HONRA

No Código Penal Comum contemplamos: calúnia, injúria e difamação;

No Código Penal Militar, soma-se a estes, o crime de ofensa às formas armadas;

Calúnia – art. 214

Trata-se de crime impropriamente militar: qualquer um pode cometer;

Conceito: imputar falsamente conduta tipificada como crime;

O CPM não previu calúnia contra mortos, mas o Código Penal comum, sim;

A calúnia pode ser veiculada pelo advogado, nesse caso, os dois (autor e patrono)
podem responder;

Não é necessário que o sujeito passivo (vítima) esteja presente no momento do ato;

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E se o que for imputado não for crime, mas contravenção? Nesse caso, será crime de
injúria;
Exceção da verdade: provar que o que foi imputado como crime é de fato
verídico;

Em caso de ofensa contra o presidente da república, no CPM, não se faz necessário a


requisição do Ministério da Justiça, ou seja, é um crime de ação pública incondicionada;
Isso também ocorre se a vítima for funcionário público.

Consumação: Quando terceiro toma conhecimento da ofensa realizada pelo autor.

Tentativa: é possível, caso a ofensa tenha sido realizada por escrito e não conseguir
chegar ao seu destino.
DICA 94
DOS CRIMES CONTRA A HONRA

DIFAMAÇÃO – ART. 215

Trata-se de crime impropriamente militar: qualquer um pode cometer;

Difamar: imputar fato que ofende a sua reputação;

Não pode ser pessoa jurídica, pois ela não tem honra subjetiva;

Honra Subjetiva: O que a pessoa pensa sobre si mesma;

Acusação de prática de contravenção penal também é caracterizadora do delito;


Importante: O “fato” do caput do artigo não precisa ser crime, apenas se faz necessário
que gere uma repercussão negativa sobre a pessoa.

Consumação: Quando terceiro toma conhecimento da ofensa realizada pelo


autor.

Tentativa: é possível, caso a ofensa tenha sido realizada por escrito e não conseguir
chegar ao seu destino.
DICA 95
DOS CRIMES CONTRA A HONRA

INJÚRIA – ART. 216

Trata-se de crime impropriamente militar: qualquer um pode cometer;

Ação penal militar pública incondicionada;

Não pode ser pessoa jurídica, pois ela não tem honra subjetiva;

Honra Subjetiva: O que a pessoa pensa sobre si mesma;

O crime de Injúria não possui pena mínima;


Mas recorda-se que no CPM a pena mínima de reclusão é de 1 a 30 anos, e detenção é de
30 dias a 10 anos (art. 58)

Injuriar: Ofensas que atingem a dignidade ou decoro de alguém;


* Não precisa imputar fato – criminosos ou não;

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O crime de injúria não permite o perdão judicial e não admite a exceção da


verdade;

Consumação: quando a vítima toma conhecimento da ofensa;

Tentativa: é possível, caso a ofensa tenha sido realizada por escrito e não conseguir
chegar ao seu destino.
Importante: Injúria real  Consiste em violência, mas o autor não busca
violentar, mas sim, ofender: dar com uma luva no rosto da vítima; jogar bananas para
simbolizar o desprezo por pessoas negras. A consumação da injúria real ocorre quando o
ato físico ocorre.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DICA 96
EXTRATERRITORIALIDADE

Aplicação das Leis Brasileiras fora do seu território aos militares federais ou
estaduais;

Quando se tratar de crime que atente contra as instituições militares ou a


segurança nacional, ainda que seja o agente processado ou tenha sido julgado pela
justiça estrangeira;
Para que um militar estadual seja julgado pela Justiça Militar da União, ele tem que
estar incorporado às Forças Armadas.
DICA 97
CUMPRIMENTO DE PENA NO ESTRANGEIRO
A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. – art. 8, CPM.

Ex.: Soldado Pedro foi preso no Uruguai e condenado a 5 anos de prisão pelo X, mas
no Brasil a pena a ele imputada foi de 6 anos. Tendo cumprido 5 anos no Uruguai, resta a
complementação de 1 ano em território nacional.
Importante: Se a conduta típica praticada fora do território nacional não estiver nas
hipóteses de extraterritorialidade e não for considerada crime no país em que foi
praticada, o agente não responderá pelo ato no Brasil.
DICA 98
CRIME
DO RESULTADO E OS TIPOS DE CRIME:
O resultado depende do nexo de causalidade entre a ação ou omissão, ou seja, só posso
imputar um crime a algum militar se a conduta ou omissão tiver dado causa ao resultado
ilícito.

Crime Consumado: Possui todos os elementos de sua definição legal;

Tentativa: A execução foi iniciada, mas aconteceu algo que não foi previsto pelo
agente e o crime não se consumou;

Ex.: Capitão Alex discutiu com o soldado Roberto e desferiu com intenção de matar seis
tiros na vítima, que fugiu ferida levemente - em desabalada carreira - pelo portão de
entrada no quartel.
Importante:

Pena da tentativa = Pena do crime -1/3 a -2/3, mas o juiz pode decidir por
aplicar a pena do Crime Consumado (em caso de excepcional gravidade).

Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz: O agente que, voluntariamente,


desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só
responde pelos atos já praticados. – Art. 31, COM.
Importante: O Arrependimento Posterior só se aplica para crimes sem violência
ou grave ameaça.

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DICA 99
CULPABILIDADE

Crime Doloso – O agente queria que a sua ação produzisse o resultado ou


assumiu o risco de produzi-lo.

Crime Culposo – O agente deixou de empregar a cautela, atenção, ou diligência


ordinária, ou especial, a que estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o
resultado que podia prever ou, prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria ou
que poderia evitá-lo.
Importante: Para que o crime admita a modalidade culposa, deve vir
expressamente escrito no texto.
DICA 100
ERRO DE FATO X ERRO DE DIREITO

Erro de Fato: Art. 36. CPM: “É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe,
por erro plenamente escusável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui
ou a existência de situação de fato que tornaria a ação legítima”.

O militar sabe o que é o ilícito penal, só não sabe se está cometendo um, portanto,
exclui-se o dolo (se poderia ser evitado) ou a culpa (se houver previsão);
O agente não sabe o que faz.

Erro de Direito: Art. 35 CPM: “A pena pode ser atenuada ou substituída por outra
menos grave quando o agente, salvo em se tratando de crime que atente contra o
dever militar, supõe lícito o fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei, se
escusáveis”.

O militar tem a obrigação de conhecer as normas castrenses e interpretá-las de forma


adequada.
O erro de direito não isenta o agente de pena, somente atenua ou a substitui.

O agente sabe o que faz, mas acredita ser lícito.


Importante: Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente
criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da execução, é punível também o inferior.
DICA 101
ERRO SOBRE A PESSOA

É quando o agente, por erro de percepção ou no uso dos meios de execução, ou


outro acidente, atinge uma pessoa em vez de outra;

Nesse caso, ele responderá como se tivesse praticado o crime contra aquela que
realmente pretendia atingir;

As qualidades e condições que devem ser verificadas são as da pessoa que se


pretendia atingir e não da vítima;

Em outras palavras: a configuração, qualificação ou exclusão do crime, e agravação ou


atenuação da pena serão levadas em consideração com base na pessoa ALVO e não na
que foi realmente atingida;

Ex.: Soldado Clarindo desejava matar o Comandante George, envenenando a sua


comida. Todavia, por um deslize, quem acaba comendo a refeição envenenada é o seu

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colega, Soldado Peixoto, que veio a falecer minutos depois pela alta concentração da
substância. Soldado Clarindo irá responder criminalmente como se o resultado morte
tivesse sido o do Comandante George (vítima virtual).
DICA 102
COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL X COAÇÃO FÍSICA OU MATERIAL

O art. 38, alínea a do CPM aduz que não será culpado quem comete o crime sob
coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir segundo a própria
vontade;

No entanto, o ar. 40 deixa claro que nos crimes em que há violação do dever
militar, o agente não pode invocar coação irresistível senão quando física ou
material;

Simplificando: Se a coação irresistível for moral, não se pode invoca-la quando se


tratar de crimes que violem o dever militar.
DICA 103
EXCLUSÃO DE CRIME

Não há crime quando o agente pratica o fato:

Estado de Legítima
Necessidade Defesa

Estrito Exercício
Cumprimento Regular do
do Dever Legal Direito

DICA 104
ESTADO DE NECESSIDADE

O CPM adota a Teoria Diferenciadora Alemã: estado de necessidade justificante


e exculpante. Depende do bem jurídico atingido;

Estado de necessidade justificante: O bem protegido tem valor superior ao


sacrificado. Dessa forma, restará afastada a ilicitude/antijuricidade. É o caso do artigo 43
do CPM, vejamos:

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“Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu
ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar,
desde que o mal causado, por sua natureza e importância, é consideravelmente
inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado a arrostar o perigo”.

Estado de necessidade exculpante: O bem protegido é de valor igual ou inferior


ao daquele sacrificado. Dessa forma, estará afastada a culpabilidade, desde que não seja
exigível conduta diversa. É o caso do art. 39 do CPM, vejamos:
“Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa a quem
está ligado por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e
atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda
quando superior ao direito protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível
conduta diversa”.

Ex.: Durante um naufrágio, dois marinheiros são lançados ao mar e se deparam com
apenas uma tábua que permitiria a um deles flutuar e se salvar. Assim, eles entram em
luta corporal para ver quem ficará com a tábua e, assim, sobreviver. Já o outro morrerá
afogado. O bem jurídico tutelado “vida” é igual, de mesmo valor.
DICA 105
LEGÍTIMA DEFESA

Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios


necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Art. 44 CPM.

No entanto, se o agente exceder culposamente os limites da necessidade, responde


pelo fato, se este punível, a título de culpa;

Agressão Injusta: Conduta humana lesiva a bem juridicamente protegido e não


autorizada pelo ordenamento jurídico. Vale ressaltar que o agressor pode ser um
inimputável.

Ex.: Rafael, 16 anos, civil, ao se desentender com o Cabo Daniel, tenta lhe desferir um
golpe no rosto. Para se defender, Cabo Daniel empurra Rafael, que vem a cair no chão.

Atual ou Iminência da Agressão: Atual  A agressão injusta está acontecendo;


Iminência  A agressão está em vias de ocorrer, o agente não pode esperar.

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DIREITO PENAL/PROCESSUAL PENAL

DICA 106
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

Art. 2º CPP: A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade
dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.

Princípio tempus regit actum = Aplicação imediata da nova lei (se for mais
benéfica ao réu, deve continuar sendo aplicada para os fatos ocorrido em sua vigência,
mesmo depois de revogada – ultratividade da lei processual penal mista mais
benéfica; e, no caso de a nova lei mista ser mais benéfica ao réu, deve ser adotada
retroativamente para regular os fatos);

Sem prejuízo da validade dos atos processuais já praticados.


Fique atento!

Normas processuais mistas: possuem natureza processual e material


concomitantemente. Devem seguir o regramento das leis materiais quando à sucessão
no tempo. Ou seja, retroagem para beneficiar o réu.
DICA 107

INQUÉRITO POLICIAL

Diligências Investigativas após conhecimento da prática de infração penal

Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e


conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;

Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;

Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas


circunstâncias;
Ouvir o ofendido;

Ouvir o indiciado, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que
lhe tenham ouvido a leitura;
Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer


outras perícias;

Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer


juntar aos autos sua folha de antecedentes;

Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e


social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu
temperamento e caráter.
Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem
alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos
filhos, indicado pela pessoa presa.

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OBS: A Polícia Militar ao se deparar com um local onde houve um crime deve
imediatamente comunicar a autoridade policial e isolar o local até a chegada dos peritos
criminais.
DICA 108

AÇÃO PENAL

PROPRIAMENTE DITA

DE INICIATIVA PERSONALÍSSIMA
AÇÃO PENAL
PRIVADA

SUBSIDIÁRIA

A ação penal de iniciativa privada é titularizada pelo ofendido ou pelo seu


representante legal, promovida mediante a queixa-crime. Mesmo não sendo titular das
ações penais privadas, o Ministério Público deve atuar em todos os atos do processo.
DICA 109

PRISÃO

PRISÃO EM FLAGRANTE

Natureza jurídica
Independe de prévia autorização judicial e trata-se de um rol taxativo:

Flagrante próprio,
está cometendo a infração penal perfeito, real ou
verdadeiro

Flagrante próprio,
Considera-se em flagrante

acaba de cometê-la perfeito, real ou


verdadeiro
delito quem

é perseguido, logo após, pela Flagrante


autoridade, pelo ofendido ou por impróprio,
qualquer pessoa, em situação que faça imperfeito, irreal
presumir ser autor da infração ou quase-
flagrante

é encontrado, logo depois, com


instrumentos, armas, objetos ou papéis Flagrante
que façam presumir ser ele autor da presumido, ficto
infração ou assimilado

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Outras espécies de flagrante:

Flagrante preparado, provocado, crime de ensaio:


Ocorre quando alguém (particular ou autoridade policial), de forma enganosa, instiga o
agente à prática do delito com o intuito de prendê-lo em flagrante, ao mesmo tempo em
que adota todas as providências para que o delito não se consume. Trata-se de flagrante
ilegal e, portanto, cabível no relaxamento da prisão pela autoridade judiciária.

OBS: Súmula n.º 145, STF “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela
polícia torna impossível a sua consumação”.
Flagrante esperado:
Tendo elementos de informação suficientes do conhecimento de possível cometimento do
delito aguarda-se a prática delituosa para efetuar a prisão em flagrante, respondendo o
agente pelo crime praticado na modalidade consumada, ou, a depender do caso, tentada.
Flagrante forjado, fabricado:
Acontece quando policiais ou particulares criam provas de um crime inexistente, a fim de
legitimar uma prisão em flagrante. A autoridade policial responde criminalmente pelo
delito de abuso de autoridade (Lei n° 13.869/2019, art. 9.º, caput), caso o delito seja
praticado em razão de suas funções, ao passo que o particular pode responder pelo crime
de denunciação caluniosa (CP, art. 339).
DICA 110

INFRAÇÕES INAFIANÇAVEIS E OBRIGAÇÕES PROCESSUAIS


Infrações inafiançáveis:

Racismo;

Crimes hediondos, tráfico de drogas, terrorismo e tortura;

Ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado


Democrático;

Anterior quebramento de fiança no mesmo processo ou descumprimento das


obrigações como comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for intimado para
atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamento, mudar de residência, sem
prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de
sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado.
Prisão civil ou militar;

Presença das hipóteses que autorizam a prisão preventiva.

Obrigações processuais:

Comparecimento perante a autoridade todas as vezes que for intimado para atos do
inquérito e da instrução criminal e para o julgamento, reputando-se quebrada a fiança em
caso de não comparecimento;

Mudar de residência, sem prévia permissão da autoridade processante;

Ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela
autoridade o lugar onde será encontrado;
Praticar nova infração penal dolosa.

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Perda da fiança:
Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado não se
apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta.

Liberdade provisória proibida para Reincidentes e aos que portam arma de


fogo de uso restrito (CPP, art. 310, §2º, incluído pela Lei n. 13.964/19)
Conforme a Lei nº 13.964/2019, se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que
porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem
medidas cautelares.
Reincidentes:
Observado o lapso temporal de 5 anos, reincidente é o agente que comete novo crime,
depois de transitar em julgado a sentença que no País ou no estrangeiro, o tenha
condenado por crime anterior.
OBS: Súmula n.º 636, STJ. A folha de antecedentes criminais é documento
suficiente a comprovar os maus antecedentes e a reincidência.
DICA 111

LEI Nº 7.960/1989 (PRISÃO TEMPORÁRIA)

máximo de 05
Crimes descritos
dias, prorrogável
na lei da prisão
uma única vez.
temporária
05 + 05
Prazo

máximo 30 dias,
Lei de crimes prorrogável por
hediondos igual período
30 + 30

A prorrogação do prazo da prisão temporária não é automática, deve ser


comprovada com base em elementos colhidos enquanto o acusado estava preso.
De acordo com o §7.º do art. 2.º, incluído pela Lei nº 13.869/2019, decorrido o prazo
da prisão temporária, o preso deverá ser colocado imediatamente em liberdade,
sem necessidade de expedição de alvará de soltura, salvo se houver prorrogação da
temporária ou se tiver sido decretada sua prisão preventiva.
OBS: Por fim, a prisão temporária não pode ser decretada ou mantida após o
recebimento da peça acusatória. Portanto, após o decurso do prazo da temporária,
deve o inquérito ser remetido à Justiça, oferecendo o Ministério Público a denúncia, ao
mesmo tempo em que requer a decretação da prisão preventiva, se acaso necessária.

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DICA 112

PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS


FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
Lembrando que o funcionário público deve ser responsabilizado por crimes que praticar
contra a administração pública e que um dos seus pressupostos é de que o crime
seja AFIANÇÁVEL, OU SEJA, ADMITA FIANÇA.

Não será concedida fiança em Não será, igualmente,


concedida fiança
• crimes de racismo; • aos que, no mesmo processo,
• crimes de tortura tiverem quebrado fiança
• tráfico ilícito de entorpecentes e anteriormente concedida ou
drogas afins infringido, sem motivo justo,
qualquer das obrigações a que se
• terrorismo
referem os arts. 327 e 328 deste
• crimes hediondos Código
• crimes cometidos por grupos • em caso de prisão civil ou militar
armados, civis ou militares, contra
• quando presentes os motivos que
a ordem constitucional e o Estado
autorizam a decretação da prisão
Democrático
preventiva (art. 312).

DICA 113

O HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO

Natureza jurídica
O Habeas Corpus não é recurso. Trata-se de uma ação autônoma de impugnação de
natureza constitucional.
Características
O Habeas Corpus independe da existência de processo;

O Habeas Corpus pode ser impetrado contra decisões judiciais ou atos


administrativos;
O Habeas Corpus pode ser impetrado até mesmo após o trânsito em julgado;
DICA 114
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI N. 8.072/1990 (CRIMES HEDIONDOS)
E ALTERAÇÕES POSTERIORES
Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins
e o terrorismo são insuscetíveis de:
Anistia, graça e indulto;

Fiança.

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GRAÇA INDULTO ANISTIA

Por Decreto - Compete Por Decreto - Compete Por Lei - Cabe ao


privativamente ao privativamente ao Congresso Nacional, com
Presidente da República Presidente da República a sanção do Presidente
da República.
OBS: O Presidente da OBS: O Presidente da
República poderá delegar República poderá delegar
aos Ministros de Estado, ao aos Ministros de Estado,
Procurador-Geral da ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado- República ou ao
Geral da União. Advogado-Geral da União.

Depende de provocação Não depende de provocação Apaga os efeitos penais


de eventual condenação,
mas os efeitos civis
permanecem
(extrapenais).

Individual Coletivo

Não tem destinatário certo

DICA 115
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI N. 13.869/2019 (ABUSO DE
AUTORIDADE)

Conceito de SUJEITO:

Agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a


pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído.

Agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação
ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
em órgão ou entidade.
Cuidado!
Sujeito ativo: Qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta,
indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se limitando a:
Servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas;

Membros do Poder Legislativo;

Membros do Poder Executivo;

Membros do Poder Judiciário;

Membros do Ministério Público;


Membros dos tribunais ou conselhos de contas.

Finalidade que configura o abuso de autoridade

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Quando praticada com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si


mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
OBS: A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não
configura abuso de autoridade.
Da ação penal
São de ação penal pública incondicionada.
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo
legal (06 meses contados da data em que se esgotar o prazo para o oferecimento da
denúncia), cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação
como parte principal.

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CRIMINOLOGIA

DICA 116
CONTROLE SOCIAL

Controle social formal: Polícias, Poder Judiciário, Ministério Público, sistema


penitenciário;

Controle social informal: Família, escola, vizinhos, opinião pública.

- Formal

Controle social - Informal

DICA 117
CONTROLE SOCIAL FORMAL
O sistema de justiça criminal se posiciona dentro do sistema formal de controle social.
É formado pelo Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia e Administração
Penitenciária.
Os órgãos policiais são incumbidos de garantir a paz social, dividindo-se basicamente em
Polícia administrativa e Polícia Judiciária.
A Polícia Judiciária faz parte do controle formal, sendo responsável pela investigação
do crime que não foi evitado pelo controle social informal, possibilitando, desta forma, a
acusação e o julgamento pelo Ministério Público e Judiciário, respectivamente, somando
esforços para submeter os indivíduos às normas de convivência em sociedade.
DICA 118
CONTROLE SOCIAL FORMAL

O controle social formal é classificado por seleções/instâncias:

Primeira seleção / instância / primário: apresenta-se no início da persecução


penal, visando esclarecer a autoria, materialidade e circunstâncias do crime. Caracteriza-
se pela atuação da polícia judiciária (Polícia Civil e Federal);

Segunda seleção / instância / secundário: caracteriza-se pela atuação do


Ministério Público, com a oferta da denúncia em face do delinquente;

Terceira seleção / instância / terciário: com a tramitação do processo judicial


(recebimento da peça acusatória até a condenação definitiva). Caracteriza-se com a
participação do Poder Judiciário.
Fique atento!

Segundo parte da doutrina, ainda incluem na 3ª seleção de controle formal as forças


armadas e a administração penitenciária.

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DICA 119
CONTROLE SOCIAL FORMAL
AS POLÍCIAS
Segurança pública é um direito fundamental (art. 5º, cf/88);
Segurança pública é um dever do estado, direito e responsabilidade de todos (art.
144, CF/88);
São órgãos da segurança pública: PF, PRF, PFF, PC, PM, bombeiros militares,
polícias penais federais, estaduais e distrital.
DICA 120
A EXTENSÃO DA CRIMINALIDADE NO MUNDO E NO BRASIL
FATORES SOCIAIS DA CRIMINALIDADE
Influenciam a criminalidade numa sociedade.

SISTEMA ECONÔMICO
Má distribuição de renda;
Desigualdades sociais;
Poder aquisitivo de parcela significativa da população;
Fechamento de indústria.

POBREZA E MISÉRIA
Causam sentimento de revolta;
Exclusão social;
Desemprego.
DICA 121
CLASSIFICAÇÃO DE TIPOS CRIMINOSOS
CESARE LOMBROSO

CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS

Criminoso nato Possui influência biológica, estigma e instinto criminoso.


É selvagem, atávico na sociedade. Características físicas
peculiares: cabeça pequena, deformada, sobrancelhas
salientes, maçãs afastadas, orelhas malformadas, braços
compridos, face enorme.

Criminoso louco Alienado mental, perverso, devendo ser internado em


manicômio.

Criminoso de ocasião Tem predisposição hereditária, adotando


comportamentos por influência das circunstâncias (a
ocasião faz o ladrão).

Criminoso por paixão Irrefletido, exaltado e nervoso, emprega violência para


cometer o crime passional.

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DICA 122
CESARE LOMBROSO
MULHERES CRIMINOSAS
As mulheres degeneradas são divididas em prostitutas e criminosas;
Prostitutas: características similares ao homem delinquente, desejo sexual,
alcoolismo, não apresentam grandes perigos;
Delinquente: classe rara, são anormais e degeneradas, mais perversas que os
criminosos e possuem traços masculinos, cometem assassinatos, envenenamentos,
praticam tortura, e apreciam o sofrimento alheio; fazem parte de gangues, são inimigas
da sociedade; apetite sexual exacerbado e rejeição a maternidade; possuem assimetria
craniana, estrabismo, dentes irregulares, clitóris pequenos e grandes lábios vaginais.
DICA 123
ENRICO FERRI

CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS

Criminoso habitual Faz do crime sua PROFISSÃO


(Exemplo: curandeirismo).
Criminoso profissional

DICA 124
PREVENÇÃO CRIMINAL
Conjunto de ações que visam evitar, direta ou indiretamente, a ocorrência do delito.
Indiretamente: políticas sociais
Ex.: Melhoria nas condições de vida
Diretamente: políticas criminais
Ex.: Regime Prisional – aplicação da pena.
DICA 125
PREVENÇÃO CRIMINAL

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO

PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA

Possui como destinatário Direcionada aos potenciais Atua na fase da execução


toda população. ou eventuais criminosos. penal sobre o condenado.

Políticas públicas, Atenção onde os índices Caráter punitivo e


educação, saúde, de criminalidade são mais ressocializador.
moradia, emprego, elevados.
lazer. Atua após a prática delitiva.

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CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO

PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA

Visa garantir a Atua no momento Finalidade é evitar a prática de


concretização de posterior ao crime ou novos crimes / reincidência.
direitos fundamentais em sua iminência.
como forma de diminuir Atua na população carcerária de
a desigualdade social. forma individual.

Trata-se de instrumento Trata-se de Trata-se de instrumento de


preventivo de médio a instrumento de curto curto a médio prazo.
longo prazo. a médio prazo.

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SEGURANÇA PÚBLICA

DICA 126
PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA COM CIDADANIA (PRONASCI)
O que é o PRONASCI?
É o Programa Nacional de Segurança Publica com cidadania;
Instituído pela Lei nº 11.530/2007;
Desenvolvido pelo Ministério da Justiça (atualmente, Ministério da Justiça e
Segurança Pública);
Foi a primeira tentativa nacional de combate real da criminalidade (nacionalização do
enfrentamento à criminalidade no país);
DICA 127
QUEM EXECUTA O PRONASCI?
Executado pelos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), com a
participação das famílias e da comunidade;
Forma de execução - regime de cooperação;
Portanto, o PRONASCI é executado pela União, em regime de cooperação com Estados,
Distrito Federal e Municípios e com a participação das famílias e da comunidade, mediante
programas, projetos e ações de assistência técnica e financeira e mobilização social,
visando à melhoria da segurança pública (art. 1º da Lei nº 11.530/2007);
DICA 128
FINALIDADE DO PRONASCI
Finalidade - melhoria da segurança pública, através de programas, projetos e ações
de assistência técnica e financeira e mobilização social;
Visa articular ações de segurança pública para a prevenção, controle e repreensão
da criminalidade, estabelecendo políticas sociais de proteção às vítimas (art. 2º da Lei
nº 11.530/2007);
Articula políticas de segurança com ações sociais, priorizando a prevenção e
buscando atingir as causas que levam à violência, sem abrir mão das estratégias de
ordenamento social e segurança pública;
DICA 129
FRENTES DE ATUAÇÃO DO PRONASCI?
O PRONASCI possui DUPLA atuação:
1ª – ação policial;
2ª – prevenção e integração de jovens em situação de risco;
DICA 130
ESTRATÉGIAS DO PRONASCI
Valorizar os profissionais de segurança pública.
Exemplos:

Cursos de aperfeiçoamento profissional (EAD);

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Bolsa formação ao profissional de segurança.


Suprimir a corrupção policial;
Reestruturar o sistema penitenciário;
Envolver a comunidade na prevenção da violência.
Exemplos:

Programa Ronda do Quarteirão, no Ceará;

Vizinhança solidária, em São Paulo;

UPP’s no Rio de Janeiro; entre outros.


DICA 131
DIRETRIZES DO PRONASCI
Inicialmente, é importante pontuar que as diretrizes do PRONASCI, previstas nos 17
(dezessete) incisos do art. 3º da Lei nº 11.530/2007, são muito semelhantes aos 08 (oito)
tópicos do conteúdo programático de Segurança Publica, constantes do edital do concurso
púbico. Desta forma, para que o candidato tenha um excelente desempenho na prova, é
necessário fazer a leitura atenta da Lei nº 11.530/2007.
Vejamos algumas semelhanças relacionadas às diretrizes do PRONASCI:
Promoção dos direitos humanos, intensificando uma cultura de paz, de apoio ao
desarmamento e de combate sistemático aos preconceitos de gênero, étnico, racial,
geracional, de orientação sexual e de diversidade cultural;
Criação e fortalecimento de redes sociais E comunitárias;
Modernização das instituições de segurança pública e do sistema prisional; -
semelhante ao item 3 do conteúdo programático da matéria de Segurança Pública;
Intensificação E ampliação das medidas de enfrentamento do crime organizado
E da corrupção policial;
Garantia do acesso à justiça, especialmente nos territórios vulneráveis;
Garantia, por meio de medidas de urbanização, da recuperação dos espaços
públicos;
Garantia da participação da sociedade civil;
DICA 132
DEMAIS DIRETRIZES DO PRONASCI
Fortalecimento dos conselhos tutelares;
Promoção da segurança e da convivência pacífica;
Valorização dos profissionais de segurança pública e dos agentes penitenciários
(atualmente Policiais Penais, conforme Emenda Constitucional nº 104/2019);
Participação de jovens e adolescentes, de egressos do sistema prisional, de famílias
expostas à violência urbana e de mulheres em situação de violência;
Ressocialização dos indivíduos que cumprem penas privativas de liberdade e
egressos do sistema prisional, mediante implementação de projetos educativos, esportivos
e profissionalizantes;

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Observância dos princípios e diretrizes dos sistemas de gestão descentralizados


e participativos das políticas sociais e das resoluções dos conselhos de políticas sociais e
de defesa de direitos afetos ao Pronasci;
Participação e inclusão em programas capazes de responder, de modo consistente e
permanente, às demandas das vítimas da criminalidade por intermédio de apoio
psicológico, jurídico e social;
Participação de jovens e adolescentes em situação de moradores de rua em
programas educativos e profissionalizantes com vistas na ressocialização e
reintegração à família;
Promoção de estudos, pesquisas e indicadores sobre a violência que considerem as
dimensões de gênero, étnicas, raciais, geracionais e de orientação sexual;
Transparência de sua execução, inclusive por meios eletrônicos de acesso público;
DICA 133
FOCOS PRIORITÁRIOS DO PRONASCI
Foco Etário - Jovens de 15 a 24 anos, que já estiveram em conflito com a lei;
Foco Social - jovens e adolescentes egressos do sistema prisional ou em situação
de moradores de rua, famílias expostas à violência urbana, vítimas da criminalidade e
mulheres em situação de violência;
Foco territorial - regiões metropolitanas e aglomerados urbanos que apresentem
altos índices de homicídios e de crimes violentos;
Foco Repressivo – combate ao crime organizado;
DICA 134
ABRANGÊNCIA DO PRONASCI
As 13 regiões metropolitanas mais violentas do Brasil: Rio de Janeiro; São Paulo;
Porto Alegre; Belo Horizonte; Vitória; entorno de Brasília; Curitiba; Santa Catarina;
Belém; Maceió; Recife; Fortaleza; Salvador.
Além das 13 regiões, todo o Brasil recebeu investimentos do PRONASCI;
DICA 135
EFETIVIDADE DO PRONASCI
Para que as ações do PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Publica com
cidadania), que visa combater e diminuir a criminalidade, produza efeitos reais no
país é necessário a celebração de acordos, contratos, convênios e consórcios com
organizações não governamentais internacionais (ONG’s), organizações
internacionais, e com os Estados e Municípios;

Celebração de acordos, contratos,


convênios e consórcios com:
Efetividade do - Organizações não governamentais
Pronasci internacionais

- Organizações internacionais

- Estados

- Municípios

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DICA 136
QUEM ACOMPANHA E FISCALIZA O PRONASCI

A instituição que possui a atribuição de acompanhar e fiscalizar as atividades do


PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Publica com cidadania) é a Fundação
Getúlio Vargas (banca examinadora do concurso da PMCE), que será auxiliada pela
sociedade;

Instituição que acompanha e


FGV
fiscaliza as atividades do PRONASCI

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