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Memorex PM CE – Rodada 06

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ....................................................................................................4


RACIOCÍNIO LÓGICO ....................................................................................................17
ATUALIDADES....................................................................................................................23
HISTÓRIA DO CEARÁ .....................................................................................................32
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/ÉTICA ........................................................................37
DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................45
DIREITOS HUMANOS .....................................................................................................54
DIREITO PENAL MILITAR ...........................................................................................57
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR .............................................................64
DIREITO PENAL/PROCESSUAL PENAL ................................................................70
CRIMINOLOGIA ................................................................................................................80
SEGURANÇA PÚBLICA ...................................................................................................84

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
FUNÇÕES DO “QUE”

Substantivo: vai ser escrito com um acento circunflexo. Quando possui a função de
substantivo, tem valor de qualquer coisa. Poderá vir determinado por artigo, numeral,
entre outros.
Ex.: Aquela obra tem um quê de Vincent Van Gogh.

Advérbio de intensidade: nesse caso, o “que” será equivalente a “muito”,


“quanto”... Sua função será INTENSIFICAR os advérbios e adjetivos.
Ex.: Que linda casa!

Pronome interrogativo: nesse caso, o “que” será equivalente a “qual” e estará em


orações interrogativas diretas ou indiretas.
Ex.: Que roupas ela comprou?

Pronome relativo: Nesse caso, o “que” será igual ao “o qual” e suas variações.
Retomará o termo antecedente e introduzirá orações subordinadas adjetivas.
Ex.: Ele é o menino que me contou sobre o acidente.

→ Note que é possível trocar o “que” por “o qual” e a frase continua correta.

Pronome indefinido: Acompanha os substantivos e os modifica.


Ex.: Que roupas lindas você tem!

Preposição: Poderá equivaler a “para”, “de”, “a”... Aparece com os verbos auxiliares
“ter” e “haver”.
Ex.: Eu tenho que estudar Biologia amanhã.

Eu tenho de estudar Biologia amanhã.

Interjeição: Nesse caso, será acentuado → “quê”. Poderá expressar uma emoção.
Aparecerá em frases exclamativas.
Ex.: Quê! Está muito caro!

Conjunção coordenativa: Nesse caso, ligará orações coordenadas e poderá ter o


valor de uma conjunção adversativa, aditiva, alternativa ou explicativa.
Ex.: Você pode pedir desculpas, que não adiantará. (conjunção adversativa, pois o
“que” possui o mesmo valor de “mas”).

Conjunção integrante: Nesse caso, o “que” introduzirá uma oração subordinada


substantiva. Será equivalente a “isso”.
Ex.: É importante que você conte tudo ao médico. = É importante ISSO

Conjunção subordinativa adverbial: Introduzirá uma oração subordinada adverbial.


Poderá ser uma conjunção causal, comparativa, concessiva, temporal, final...

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Ex.: Débora desenha melhor que eu. (conjunção comparativa)

Partícula expletiva: sua função é de REALCE e pode ser excluído da oração sem
problema algum.
Ex.: O professor Alan que me chamou por engano.

→ Note que se o “que” for retirado da frase, estará tudo certo. Nada mudará.
DICA 02
FUNÇÕES DO “SE”

Substantivo: Nesse caso, o “se” virá acompanhado de um determinante (um artigo


ou um pronome) ou especificará outro substantivo.

Ex.: O se é muito utilizado na Língua Portuguesa.

Pronome apassivador: Nesse caso, o “se” irá se relacionar a verbos transitivos


diretos ou diretos e indiretos. Uma dica para você ter certeza se a função do “se” é de
pronome apassivador → passar a frase para a voz passiva analítica.
Ex.: Compra-se diamante. → Para saber se o “se” é pronome apassivador, tente
converter para a voz passiva analítica: Diamante é comprado. (Deu certo, então, nesse
caso, o “se” é pronome apassivador).

Índice de indeterminação do sujeito: Nesse caso, o “se” acompanhará verbos


transitivos indiretos, verbos de ligação e verbos intransitivos. Tais verbos estarão
na 3ª pessoa do singular. CUIDADO, pois aqui não há a possibilidade de passar a frase
para a voz passiva analítica.

Ex.: Era-se infeliz. → Alguém era infeliz.

Parte integrante do verbo: Nesse caso, o “se” acompanhará verbos pronominais. Tais
verbos expressam atitudes e sentimentos que são próprios do sujeito.

Ex.: A criança queixou-se da dor no joelho.

Pronome reflexivo: Nesse caso, o “se” será equivalente a si mesmo. Então, o “se”
poderá exercer a função de objeto direto ou de objeto indireto.

Ex.: José se machucou com a tesoura. → José machucou quem? A si mesmo.

Pronome reflexivo recíproco: Nesse caso, há 2 sujeitos envolvidos, os quais


praticam a ação sobre o outro e sofrem a ação praticada. O “se” poderá ser objeto direto
ou indireto.

Ex.: Os irmãos se beijaram. → Beijaram quem? Um ao outro.

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DICA 03
FUNÇÕES DO “SE”

Conjunção subordinativa integrante: Nesse caso, o “se” introduzirá uma oração


subordinada substantiva. Dica: você conseguirá trocar o “se” por “ISSO”.

Ex.: Observe se as meninas fizeram a lição de casa. → Observe ISSO.

Conjunção subordinativa adverbial causal: Nesse caso, o “se” introduzirá uma


oração adverbial causal (ideia de causa). O “se” será equivalente a expressões como:
“uma vez que”, “já que”...
Ex.: Deveria ter limpado a casa se estava com tempo. → “já que estava com
tempo.”

Conjunção subordinativa adverbial condicional: Nesse caso, o “se” introduzirá uma


oração adverbial condicional (ideia de condição). O “se” será equivalente à expressão
“caso”.
Ex.: Se estudar bastante, conseguirá a aprovação. → “Caso estude bastante...”

Partícula expletiva: Nesse caso, o “se” dará REALCE e poderá ser excluído da oração
sem problemas.
Ex.: Mari estava exausta e se sentou.
DICA 04
USO DA VÍRGULA

Separar orações coordenadas assindéticas: Lembre que as orações coordenadas


assindéticas são aquelas que não possuem um conectivo.
Ex.: Ao iniciar o encontro em família, todos se abraçaram, começaram a contar as
novidades e festejaram durante o dia.

Separar orações coordenadas sindéticas com as seguintes conjunções:

ALTERNATIVAS,
ADVERSATIVAS,
EXPLICATIVAS, OU
CONCLUSIVAS

Ex.: João estudou muito para a prova, logo passou em primeiro lugar. → “Logo”
é uma conjunção conclusiva.
Não me sinto preparada para engravidar, pois tive que fazer um tratamento
recentemente. → “Pois” é uma conjunção explicativa.

Separar aposto: Recorde que o aposto serve para explicar, enumerar, resumir e
especificar algo.
Ex.: Compre os seguintes itens: arroz, feijão, tomate, alface e cebola.

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Eliana, irmã de Patrícia, divorciou-se ontem.

Separar vocativo: Vocativo é um termo que indica o “chamamento”, de uma


pessoa real ou fictícia.
Ex.: Carlos, faça sua lição de casa!

Separar um adjunto adverbial antecipado ou intercalado entre o discurso:

Adjunto adverbial deslocado até 3 palavras = vírgula OPCIONAL.


Adjunto adverbial deslocado longo = vírgula OBRIGATÓRIA.

ATENÇÃO!

Vírgula VICÁRIA → a FGV adora cobrar → substitui um verbo já citado.


Ex.: Beber pouco é bom. Não beber, trágico.

QUESTÃO FGV, 2021.


“Diz-se da melhor companhia: sua conversa é instrutiva; seu silêncio, formativo.”
(Questão adaptada) O emprego da vírgula é justificado na frase acima pela mesma
razão em que ocorre na seguinte frase:
“Beber pouco é bom. Não beber, trágico.”
Gabarito: Certo, trata-se de vírgula vicária.

Separar termos coordenados em uma oração:


Ex.: Aos sábados, reuniam-se todos os filhos, netos, amigos e bisnetos para um almoço
espetacular.

Separar orações subordinadas adjetivas explicativas:


Ex.: Pablo Picasso, pintor espanhol, passou a maior parte de sua vida na França.
DICA 05
USO PROIBIDO DA VÍRGULA
CUIDADO! Há casos específicos em que a vírgula é proibida! Não se deve usar a
vírgula para:

Separar o sujeito do predicado: Jamais utilize a vírgula para separar o sujeito do


predicado. Veja o exemplo abaixo:

Ex.: Mariana comeu pizza com as amigas em casa. (CORRETO)


Mariana, comeu pizza com as amigas em casa. (ERRADO)

OBS.: Mesmo que o sujeito esteja no plural NÃO haverá vírgula para separar o sujeito
do predicado. É muito comum achar que, nesse caso, haverá vírgula.

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Ex.: Mulheres de vários países lutaram pela liberdade de expressão. (CORRETO)


Mulheres de diversos países, lutaram pela liberdade de expressão. (ERRADO)

Ademais, não se deve usar a vírgula para:

Separar o verbo do complemento: Jamais utilize a vírgula para separar o verbo e


seus complementos (objeto direito e objeto indireto).

Ex.: Lorena entregou o livro a ele. (CORRETO)


Lorena entregou o livro, a ele. (ERRADO)

OBS.: Se a ordem dos objetos estiver invertida, você não utilizará a vírgula.

Ex.: Paola emprestou a seu irmão o celular. (CORRETO)


Paola emprestou, a seu irmão, o celular. (ERRADO)
Paola emprestou a seu irmão, o celular. (ERRADO)

Ainda, não se deve usar a vírgula:

Entre o nome e o adjunto adnominal ou o complemento nominal

Ex.: Sua pulseira de prata foi elogiada por todos. (CORRETO)


“de prata” = adjunto adnominal
Sua pulseira, de prata, foi elogiada por todos. (ERRADO)

Ex.: Carla tem ódio à profissão. (CORRETO)


– “à profissão” = complemento nominal
Carla tem ódio, à profissão. (ERRADO)

Entre a oração subordinada substantiva e a principal

Ex.: Sua intenção era que o mundo fosse um lugar melhor. (CORRETO)
– “Sua intenção” é a oração principal.
Sua intenção, era que o mundo fosse um lugar melhor. (ERRADO)
DICA 06
PONTO FINAL, PONTO E VÍRGULA, PARÊNTESES E TRAVESSÃO

Ponto final:

É utilizado NO FINAL DO PERÍODO, dando sentido completo a ele:

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Ex.: Hoje o dia está estranho.

Ponto e vírgula:

Pode separar estruturas COORDENADAS (quando há vírgulas internas):

Ex.: Em 1962, mamãe nasceu; Em 1960, nasceu papai.

Pode ser utilizado no lugar da vírgula para dar ÊNFASE:

Ex.: O som tocava; o gato miava; o pássaro voava.

Parênteses:

É utilizado para ISOLAR explicações ou ADICIONAR informação acessória.

Ex.: A filha da Sandra (a mais inteligente que já vi) estuda Direito.

Travessão:

Poderá substituir parênteses, vírgulas, dois-pontos.

Poderá introduzir diálogos.


DICA 07
CRASE

Fusão de 2 vogais idênticas. A crase é representada pelo acento grave.


`= grave

Ex.: Maria é dedicada à filha Joana.


Por que há crase? Note que “filha” pede o ARTIGO “A” (a filha) e o verbo “dedicar” pede
a PREPOSIÇÃO “A” (quem se dedica, se dedica a algo ou a alguém). A junção desses dois
“As” gera a CRASE!

Ex.: Geraldo se referiu a você.


Por que NÃO há crase? Porque “você” é um pronome e não pede o artigo “a”. Somente o
verbo “referir” pede a preposição “a” (quem se refere, se refere a algo ou a alguém). Então,
não há crase aqui.

Para formar a CRASE é necessário: PREPOSIÇÃO “A” + ARTIGO “A”

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SEMPRE OCORRE CRASE

HORA EXATA “À MODA DE” EXPRESSÕES REPOSITIVAS,


CONJUNTIVAS e ADVERBIAIS
FEMININAS

Ex.: Eduardo e Mônica Haverá crase mesmo Ex.: Saiu às pressas.


irão à quando “moda” vier (à direita, às vezes, à tarde, à
festa às 19:12. de forma ocultada na toa, à vista...)

frase.
EXCEÇÃO: Se vier uma
preposição (desde,
Ex.: Eu amo
após, entre...) antes da
bife à (moda) milanesa.
hora, NÃO haverá crase.

Ex.:Chegaremos ao
evento após as 17:15.

DICA 08
CRASE FACULTATIVA E PROIBIDA

A crase será facultavia:

ANTES de nome próprio feminino.

Ex.: Refiro-me à Roberta. / Refiro-me a Roberta.

DEPOIS da preposição ATÉ.

Ex.: Podes me enviar o trabalho até as (às) 19:00.

ANTES de pronome possessivo feminino.

Ex.: Referiu-se a/à minha amiga.

CUIDADO com “dona”, “senhora” e “senhorita” -> também é facultativa a crase.

NUNCA ocorre crase (crase PROIBIDA):

ANTES de palavras masculinas.

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Ex.: Escreveu o conteúdo no caderno a lápis.

ANTES de verbo.

Ex.: Começou a chorar de raiva.

ANTES de pronomes (de modo geral).

Ex.: Contarei a você as mentiras que ela me contou.

CUIDADO com os pronomes possessivo femininos, vistos na dica 18, pois o uso da
crase será facultativo.

Cidades SEM ESPECIFICADORES.

Ex.: O trem retornou a Porto Alegre.

CUIDADO, pois COM especificador, haverá crase: O trem retornou à bela Porto Alegre.

PALAVRAS REPETIDAS.

Ex.: Eu estudo muito no meu dia a dia.

“A” ANTES de palavra no plural. MUITO IMPORTANTE

Ex.: Refiro-me a roupas velhas. (CORRETO)


Refiro-me às roupas velhas. (CORRETO)

No caso do “A” para hora NÃO determinada

Ex.: Chegaremos à festa daqui a oito horas.


DICA 09
COLOCAÇÃO PRONOMINAL – PRÓCLISE
É o uso do pronome oblíquo junto ao verbo.
Quando o pronome oblíquo é usado junto ao verbo, significa que ele está sendo usado para
substituir um substantivo.
Há regras para o uso do pronome oblíquo antes, no meio ou depois do verbo. Isso é
colocação pronominal.

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Próclise: Pronome antes do verbo.

A próclise é aplicada quando há:

Advérbios ou palavra negativa.

Ex.: Nada se diz sobre a realidade do SUS no Brasil; Sempre me disse mentiras.

Pronome relativo.

Ex.: A mulher que me mostrou a loja.

Pronome indefinido.

Ex.: Todos se comoveram com o discurso dela.

Pronome demonstrativo.

Ex.: Isso me deixa triste.

“EM” + “VERBO NO GERÚNDIO”.

Ex.: Em se tratando de doenças cardíacas, nem todas são hereditárias.

Conjunção subordinada.

Ex.: Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.

Orações iniciadas por palavras interrogativas.

Ex.: Quem te fez a encomenda?

Orações iniciadas por palavras exclamativas.

Ex.: Quanto se ofendem por pouca coisa!


DICA 10
COLOCAÇÃO PRONOMINAL – MESÓCLISE E ÊNCLISE
Mesóclise: Pronome no meio do verbo.

Casos de mesóclise:

Verbo flexionado no futuro do pretérito ou futuro do presente com o pronome


no meio do verbo.

Ex.: Far-lhe-ei uma boa proposta. (futuro do presente)

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Ex.: Comemorar-se-ia o aniversário se não chovesse. (fut. pretér.)

Ênclise: Pronome DEPOIS do verbo.

Casos de ÊNCLISE:

O verbo iniciar a oração.

Ex.: Falaram-me que a prova será amanhã.

Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição “a”.

Ex.: Os casais passaram a amar-se.

Verbo no gerúndio.

Ex.: Fiquei sem reação, lembrando-me dos bons acontecimentos.

Vírgula ou pontuação antes do verbo.

Ex.: Se passar em um concurso em São Paulo, mudo-me imediatamente.

DICA 11
COLOCAÇÃO PRONOMINAL – PROIBIÇÕES GERAIS
Iniciar oração com pronome oblíquo.

Ex.: Me dá um comprimido. (ERRADO)


Dá-me um comprimido. (CERTO, há ênclise)

Inserir pronome átono depois de futuro e particípio.

Ex.: Darei-te uma bolsa cara. (ERRADO)


Dar-te-ei uma bolsa cara. (CERTO, há mesóclise)

Ex.: Tinha emprestado-lhe um vestido. (ERRADO)


Tinha lhe emprestado um vestido. (CERTO, há próclise)
DICA 12
FIGURAS DE LINGUAGEM

Metáfora: comparação implícita. Não tem elemento que identifique a comparação:


“tal qual”, “como”. A maioria das metáforas vem com o verbo SER.

Ex.: “Denise é meu anjo”.

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Antítese: significa oposição.

Ex.: O corpo é grande e a alma é pequena.

Paradoxo: É uma oposição que não tem lógica.

Ex.: O amor é ferida que dói e não se sente.

Metonímia: substituição. Substituo uma palavra por outra.

Ex.: O homem foi à lua. - O homem substitui os astronautas.


Eu vou tomar um Reservado (vinho).

Ironia: significa dizer o contrário daquilo que se quer expressar.

Ex.: “Ela parece um anjinho, aham....”

Pleonasmo: Usado para enfatizar.

Ex.: “E rir meu riso”


“Eu vi com meus próprios olhos” -> pleonasmo vicioso.

Anáfora: repetição no início de frase.

Ex.: “E se você gritasse, e se você tocasse a valsa, e se você...”

Hipérbato: há uma inversão dos termos na frase.

Ex.: “Dos meus problemas, cuido eu”.

Onomatopeia: imitação de som. Aparece muito em gibis.

Ex.: “o relógio faz tic-tac”.

Hipérbole: significa exagero.

Ex.: Eu estou morrendo de vontade de comer pizza.

Sinestesia: Mistura dos SENTIDOS: olfato, paladar, visão, tato...

Ex.: “Olha esse cheiro”


“O cheiro áspero das flores”.

Eufemismo: significa amenização.

Ex.: O fulano bateu as botas (morreu).

Prosopopeia/personificação: É dada uma característica humana e outro ser.

Ex.: “As pedras andam vagarosamente”.

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DICA 13
COESÃO TEXTUAL
A coesão textual é a articulação entre palavras, períodos e parágrafos dentro de um
texto, a fim de que a mensagem seja transmitida de forma clara.

Coesão Referencial: quando há expressões que antecipam ou retomam as ideias, a


fim de evitar repetições.

Ex.: Lorena chorou. Ela estava muito triste. → “Lorena” é o termo referente na
oração. Para evitar repetição, sempre que for necessário retomar essa palavra, será
possível utilizar sinônimos, como “ela”, “a menina”, entre outros que façam sentido.

Coesão Sequencial: são usadas expressões e conectivos para darem sequência aos
assuntos, estabelecendo uma relação com uma ideia que foi anteriormente afirmada.

Ex.: A previsão do tempo é de chuva forte. Logo, ficaremos em casa esta noite. →
“Logo” é uma conjunção conclusiva que possui relação com a ideia anteriormente
apresentada, dando sequência ao assunto e trazendo coesão ao texto.

Coesão Lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos


ou heterônimos. Aqui, há a manutenção do tema sem repetições vocabulares.

Ex.: A catapora é manifestada com maior frequência em crianças. A doença é altamente


contagiosa.
DICA 14
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Denotação: Mensagem no sentido literal – Significado do dicionário.


Não há margem para interpretações, pois a única interpretação possível é a da palavra
literalmente. É o sentido original e direto da palavra. Assim, a mensagem não poderá
ser decifrada de outra maneira.

Ex.: Onde é possível encontrar uma linguagem DENOTATIVA?

→ Textos científicos, bulas de remédios, manuais de instrução.

Conotação: Mensagem no sentido figurado – sentido subjetivo. Dá margem para


interpretações abstratas. Há a utilização de vícios de linguagem para transmitir a
mensagem.

Ex.: Onde é possível encontrar uma linguagem CONOTATIVA?

→ História em quadrinhos, mensagens publicitárias, poemas.


Veja a diferença: O cachorro do meu irmão é bravo (DENOTAÇÃO)
Meu noivo é um cachorro (CONOTAÇÃO)

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DICA 15
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
As variações linguísticas reúnem as variantes da língua que foram, ao longo do tempo,
criadas pelos indivíduos e são modificadas e reinventadas diariamente. Essas variações
envolvem aspectos históricos, sociais, culturais, entre outros.

Variação geográfica: Tem a ver com o local em que é desenvolvida. Por exemplo, no
Brasil falamos “ônibus”, já em Portugal essa mesma palavra é falada de forma
diferente: “autocarro”.

Variação histórica: Tem a ver com o desenvolvimento da história. Palavras que


caíram em desuso, como: quiçá (talvez); ceroula (cueca).

Variação social: Tem a ver com os grupos sociais envolvidos. Por exemplo, o
vocabulário de um médico muitas vezes não é entendido pelo seu paciente.

Variação situacional: Tem a ver com o contexto (informal ou formal). Há momentos


em que é utilizada uma linguagem mais formal e outros em que é utilizada uma linguagem
mais informal (com o uso de muitas gírias, por exemplo).

CUIDADO

Variação geográfica = diatópica

Variação histórica = diacrônica

Variação social = diastrática

Variação situacional = diafásica

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RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 16
OPERAÇÃO COM CONJUNTO

Conjunto vazio: é um conjunto que não possui elementos. O conjunto vazio é


representado por { } ou ∅ .

Subconjuntos: quando todos os elementos de um conjunto A qualquer pertencem a um


outro conjunto B, diz-se, então, que A é um subconjunto de B, ou seja, A ⊂ B.

Todo o conjunto A é subconjunto dele próprio, ou seja A ⊂ A;

O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer conjunto, ou seja, o


conjunto vazio pertence a todos conjuntos;

Número de subconjunto: 2𝑛

O conjunto A= {1,2,3} têm 8 subconjuntos e são: vazio,{1},{2},{3}, {1,2}, {2,3},


{1,3} e {1,2,3};
DICA 17
OPERAÇÃO COM CONJUNTO
Um conjunto é um subconjunto de outro, quando todos os seus elementos também
englobam fazem parte deste outro conjunto.

Ex.: Quantos subconjuntos possui o conjunto das vogais?


Resposta: Subconjunto= 2𝒏 , Vogais= {a, e, i, o, u}
S=𝟐𝟓=32 subconjuntos;

Intersecção de Conjuntos: dados os conjuntos A e B, define-se como intersecção dos


conjuntos A e B ao conjunto representado por , formado por todos os elementos
pertencentes a A e B, simultaneamente;

Diferença de Conjuntos: dados os conjuntos A e B, define-se como diferença entre A


e B (nesta ordem) ao conjunto representado por A-B, formado por todos os elementos
pertencentes a A, mas que não pertencem a B;
DICA 18
OPERAÇÃO COM CONJUNTO

Interseção: os elementos que fazem parte do conjunto interseção são os elementos


comuns aos conjuntos relacionados.

Ex.: Dados dois conjuntos A = {5,6,9,8} e B = {0,1,2,3,4,5}, se pedimos a interseção


entre A e B teremos A ∩ B = {5}, dizemos que A “inter” B é igual a 5.

Ex.: Dados os conjuntos B = {-3, -4, -5, -6} e C = {-7, -8, -9}, a interseção entre B e
C não existe, ou seja, é vazio, pois B e C são conjuntos distintos.

União d conjuntos: Conjunto de todos os elementos relacionados.

Ex.: Dados os conjuntos A = {x | x é inteiro e -1 < x < 2} e B = {1,2,3,4} a união desses


dois conjuntos é :A U B= {0,1,2,3,4}

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Ex.: Dados os conjuntos A = {1,2,3} e B = {1,2,3,4,5} a união desses conjuntos será:


{1,2,3,4,5} nesse caso podemos dizer que A U B = B.
DICA 19
OPERAÇÃO COM CONJUNTO
Dados dois conjuntos A e B chama-se conjunto diferença ou diferença entre A e B o conjunto
formado pelos elementos de A que não pertencem a B.
O conjunto diferença é representado por A – B.

Ex.: Dados os 3 conjuntos: A = {1,2,3,4,5,6}, B = {0,2,4,6}, C = {1,3,5,7,9}.


Calcule o resultado de (A − B) ∩ C:

Resposta: Primeiramente, devemos fazer a diferença entre o conjunto A e B. Lembre-se,


quando tivermos a diferença entre dois conjuntos, por exemplo, A − B, estamos procurando
o conjunto dos elementos de A que não são elementos de B. Na nossa questão, temos que:
A = {1,2,3,4,5,6}
B = {0,2,4,6}
Primeira pergunta: quais elementos estão ao mesmo tempo em A e em B? Observe que 2,
4 e 6 são os três elementos comuns aos dois conjuntos.
Segunda pergunta: que conjunto é formado quando eu removo esses elementos em comum
do conjunto A? É exatamente o conjunto diferença!
A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
A − B = {1,3,5}

A questão não termina aqui. Ainda devemos fazer a intersecção desse conjunto com o C.
Note que C possui todos os três elementos do nosso conjunto diferença. Portanto,
coincidentemente, vamos ter que:
(A − B) ∩ C = {1,3,5}

DICA 20
OPERAÇÃO COM CONJUNTO

Complementar: é formado por tudo que está no conjunto universo, mas não está em
A, ou seja, 𝐴𝐶 =U-A conjunto universo menos o conjunto A;
Na figura abaixo, A é o conjunto de todas as pessoas que dominam o idioma espanhol e B
é o conjunto de todas as pessoas que dominam o idioma inglês, conforme representado no
diagrama.

Diante disso podemos tirar as seguintes conclusões:

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A região II representa o conjunto de todas as pessoas que dominam os dois idiomas;

A região I representa o conjunto de todas as pessoas que dominam o idioma ESPANHOL,


mas não dominam o idioma INGLÊS;

A região III representa o conjunto de todas as pessoas que dominam o idioma INGLÊS,
mas não dominam o idioma ESPANHOL;

A região IV é toda área fora dos dois conjuntos. Isso significa que ela representa aqueles
não dominam nenhum dos dois idiomas;

U é o conjunto universo e representa todos aqueles que dominam ou não os idiomas;


DICA 21
OPERAÇÃO COM CONJUNTO

Reunião: Dados os conjuntos A e B, a reunião A U B é o conjunto dos elementos que


pertencem há pelo menos um dos dois conjuntos.

Ex.: Imagine dois conjuntos A e B com elementos em comum. Se n(A) é o número de


elementos de A e n(B) é o número de elementos de B, quanto vale n (A U B)?
n(A U B) = n(A) + n(B) − n (A ∩ B);

A= {1, 2, 3} ⟹ n(A) = 3; B = {3, 4, 5} ⟹ n(B) = 3


A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 5} ⟹ n (A U B) = 5
A ∩ B = {3} ⟹ n (A ∩ B) = 1; logo n (A U B) = n(A) + n(B) − n (A ∩ B);

n (A ∪ B) =3+3-1=6-1=5

Ex.: Em uma empresa com 120 funcionários, 42 recebem vale-transporte e 95 recebem


vale refeição. Sabendo que todos os funcionários da empresa recebem ao menos um desses
dois benefícios, o total de funcionários que recebem ambos os benefícios é igual a:
Resposta: O conjunto universo dessa questão é formado pelos 120 funcionários da
empresa. Seja T o conjunto daqueles que recebem vale transporte e R o conjunto daqueles
que recebem vale-refeição.
n(T) = 42; n(R) = 95; n(T U R) = 120
Sabemos que podemos relacionar esses valores e obter a quantidade que está na
intersecção dos conjuntos.
n(T U R) = n(T) + n(R) − n(T ∩ R) → 120 = 42 + 95 − n(T ∩ R)

n(T ∩ R) = 17
DICA 22
OPERAÇÃO COM CONJUNTO

Operação com conjunto: na resolução de problemas com conjunto, deve-se usar a


quantidade dada no problema, não se preocupando com a natureza em si do exercício.
Como descrito no Ex. abaixo.

Ex.: Em uma escola com 150 alunos, são oferecidos cursos de Inglês e Francês. Conforme
um levantamento, 15 alunos desta escola não estão frequentando estes cursos e 90
frequentam o curso de Inglês. Se 72 alunos frequentam o curso de Francês, então o número
de alunos que frequenta um e somente um dos cursos é igual a:

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Resposta: O conjunto universo da nossa questão é formado pelos 150 alunos da escola.
Esses 150 alunos podem fazer 2 cursos ou não fazer nenhum. A primeira informação que
temos é que 15 alunos não frequentam nenhum dos cursos. Em diagramas, podemos
representar essa informação da seguinte maneira:

Observe que a questão não informou a quantidade de alunos que fazem os dois cursos
simultaneamente. Portanto, vamos chamá-la de x e colocá-la no diagrama. Se 90
frequentam o curso de inglês, então 90 − x frequentam APENAS o curso de inglês. Se 72
alunos frequentam o curso de Francês, então 72 − x frequentam APENAS o curso de Francês.

Você concorda que ao somar individualmente as quantidades acima, deveremos obter o


total de alunos dessa escola, isto é, 150.
(90 − x) + (72 − x) + x + 15 = 150→ 177 − x = 150 → x = 27

A questão não quer saber quantos alunos fazem os dois cursos simultaneamente. Ela pede
a quantidade de alunos que fazem APENAS um único curso. Logo,
(90 − x) + (72 − x) = 63 + 45 = 108

DICA 23
OPERAÇÃO COM CONJUNTO

Símbolo pertence e não pertence: para indicar se um certo elemento pertence ou não
pertence em um conjunto, utilizamos os seguintes símbolos: ∈ para pertence e ∉ para não
pertence;

Símbolo de contido (⊂) e contém (⊃): se o conjunto A é subconjunto do conjunto B,


dizemos que A está contido em B (A ⊂ B) ou ainda que B contém A (B ⊃ A).
Um elemento sempre pertence ou não pertence a um conjunto. [∈, ∉]
A = {a, b, c} ⟹ a ∈ A, d ∉ A

Um conjunto pode estar contido ou não contido em outro conjunto. [⊂, ⊄]


A = {a, b, c} ⟹ {a, b} ⊂ A, {c, d} ⊄ A

Um conjunto pode conter ou não conter um outro conjunto. [⊃, ⊅]


A = {a, b, c} ⟹ A ⊃ {a, b}, A ⊅ {c, d}

O conjunto vazio é sempre subconjunto de qualquer outro conjunto.

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∅ ⊂ A, { } ⊂ A

O conjunto diferença A − B é formado por todos os elementos que pertencem a A mas não
pertencem a B.
A = {a, b} e B = {b,c} ⟹ A − B = {a}

DICA 24
PROBLEMAS ARITMETICOS, GEOMETRICOS E MATRICIAIS

Números Naturais: a noção de um número natural surge com a pura contagem de


objetos. Ao contar, por exemplo, os livros de uma estante, temos como resultado um
número do tipo: ℕ = {0,1,2,3…}

Números Inteiros: chama-se conjunto dos números inteiros o conjunto ℤ = {..., -3, -
2, -1, 0, 1, 2, 3,...}
O capítulo III de um livro começa na página 187 e vai até a página 235. João resolveu ler
o capítulo todo num único dia. João gasta em média 4 minutos e meio para ler uma página.
Para cumprir a resolução ele gastará:
Resposta: O primeiro passo é saber o número de páginas. O capítulo III de um livro começa
na página 187 e vai até a página 235. Desta maneira, o capítulo III possui 235 – 187 + 1
= 49 páginas. Ele gasta 4,5 minutos para ler uma página.

Portanto, para ler as 49 páginas ele levará 49 x 4,5 = 220,5 minutos = 220 min 30 s = 3
horas 40 min 30s
DICA 25
PROBLEMAS ARITMETICOS, GEOMETRICOS E MATRICIAIS
Para resolver problemas aritméticos, geométricos e matriciais devemos conhecer algumas
operações como fração (divisão) de um determinado valor, porcentagem de um
determinado valor e proporção. Com intuito de resolver outros problemas matemáticos
devemos supor a pior hipótese (supondo uma pessoa muito azarada) de acontecimentos,
para conseguir resolver com o exercício.

Ex.: A distância entre duas cidades é 120 Km. Se uma pessoa percorreu 2/5 dessa
distância, então ela já percorreu?
Resposta: Para calcular 2/5 da distância basta multiplicar a fração 2/5 por 120km. (2/5)
x120=240/5=48 km

Ex.: Uma garrafa com vinho pesa 500 g. Se dois terços do vinho forem consumidos, o
peso da garrafa com o vinho restante cai para 300g. O peso da garrafa vazia é de?
Resposta: Havia 500g de peso e após 2/3 do vinho terem sido consumidos, restaram 300g.
Portanto, o vinho consumido pesa 500g – 300g = 200g. Como foram consumidos 2/3 do
vinho: (2/3) x vinho=200g→vinho=600/2=300g

Portanto, inicialmente havia 300 g de vinho. Como a garrafa e o vinho juntos pesavam 500
g, então a garrafa sozinha pesa 500 − 300 = 200g.

Ex.: Na prateleira de uma estante estão dispostos 10 livros de direito, 12 livros de


economia e 15 livros de administração. O menor número de livros que se devem retirar ao
acaso dessa prateleira para que se tenha certeza de que dentre os livros retirados haja um
de direito, um de economia e um de administração é igual a?

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Resposta: Para resolver esse tipo de questão pense na pior hipótese, ou seja, que a pessoa
seja muito azarada. Queremos pegar pelo menos um livro de cada matéria. O pior dos casos
é começar pegando todos os livros da matéria que possui mais livros. Assim, seria possível
começar pegando os 15 livros de administração e os 12 livros de economia.
Portanto, com 27 livros não temos certeza absoluta que haverá pelo menos um livro de
direito. Pode até ser que tenha, mas não temos certeza. Pensando nessa pior das hipóteses,
o 28º livro obrigatoriamente será de direito. Assim, com 28 livros não tem como escapar:
teremos pelo menos um livro de cada matéria.

Ex.: Em um salão estão presentes 25 pessoas. O menor número de pessoas que devem
entrar no salão para que tenhamos nele, com certeza, pelo menos cinco pessoas que fazem
aniversário em um mesmo mês é igual a?
Resposta: Temos sempre que pensar na pior das hipóteses. Como queremos pelo menos
5 pessoas fazendo aniversário no mesmo mês, a pior das hipóteses seria colocar 4 pessoas
em cada mês. Assim, com 4 x 12 = 48 pessoas não podemos garantir que haverá 5 pessoas
fazendo aniversário no mesmo mês, pois é possível que fiquem 4 pessoas em cada mês.
Acrescentando mais uma pessoa, obrigatoriamente teremos em algum mês 5 pessoas que
fazem aniversário. Assim, o número mínimo de pessoas para garantir é 48 + 1 = 49. Como
já havia 25 pessoas, precisamos de 49 – 25 = 24 pessoas.

Ex.: Em uma gaveta há 5 pares de meias pretas, 7 pares de meias vermelhas e 10 pares
de meias brancas. O número mínimo de pares de meias que precisam ser retirados da
gaveta, sem que se veja a cor, para que certamente sejam retirados pelo menos três pares
de meias de cores diferentes é?
Resposta: A pior das hipóteses é começar retirando as meias com maior frequência. Como
são 10 pares de meias brancas, vamos começar por elas. Assim, com 10 pares de meias
não podemos garantir que teremos 3 pares de cores diferentes, pois poderiam ser todas
brancas.
Em seguida, vamos retirar os 7 pares de meias vermelhas. Até agora, retiramos 10 + 7 =
17 pares de meias e não podemos garantir que haverá 3 pares de meias com cores
diferentes, pois poderiam ser todas brancas e vermelhas. A próxima meia obrigatoriamente
será preta. Assim, com 17 + 1 = 18 necessariamente teremos 3 pares de meias com cores
diferentes.

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ATUALIDADES

DICA 26
MUNDO CONTEMPORÂNEO: ELEMENTOS DE POLÍTICA INTERNACIONAL E
BRASILEIRA; CULTURA INTERNACIONAL E CULTURA BRASILEIRA (MÚSICA,
LITERATURA, ARTES, ARQUITETURA, RÁDIO, CINEMA, TEATRO, JORNAIS,
REVISTAS E TELEVISÃO); ELEMENTOS DE ECONOMIA INTERNACIONAL
CONTEMPORÂNEA; PANORAMA DA ECONOMIA BRASILEIRA.
TRÁFICO HUMANO
O Protocolo de Palermo traz definições muito importantes sobre o tráfico humano. Lá,
o tráfico de pessoas é definido como “recrutamento, transporte, transferência, o
alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo-se à ameaça ou ao uso da
força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade
ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios
para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para
fins de exploração”.
O Tráfico humano é crime segundo nosso Código Penal, mais precisamente no art. 149
A.
Fique por dentro: Ao contrário do que muitos pensam, o tráfico humano não se
destina somente para a exploração sexual. Há casos de tráfico humano com o intuito
de traficar órgãos, praticar adoções ilegais, escravizar com o objetivo de explorar
atividade braçal entre outros.
CUIDADO! No caso do tráfico humano, o consentimento do ofendido não excluirá
a tipificação do crime.
O dia 30 de julho é o Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas.
Com a pandemia, as redes sociais têm sido utilizadas para atrair vítimas. Inclusive, até salas
de jogos online e aplicativos de idiomas gratuitos são utilizados para atrair vítimas.

TRÁFICO HUMANO

TIPO DE AÇÃO PENAL Ação Penal Pública Incondicionada.

TIPO DE CRIME Crime de elevado potencial ofensivo.

BEM JURÍDICO A liberdade pessoal, o que inclui sua liberdade de locomoção


PROTEGIDO e de trabalho, sexual entre outros.

COMPETÊNCIA Da Justiça Estadual, em regra. Mas da Justiça Federal, em


caso de tráfico internacional.

Um recente relatório feito pela ONU revelou impacto da pandemia no tráfico de


pessoas. Um ponto que chama a atenção é que os aliciadores estão aproveitando que
muitas pessoas perderam seus empregos para poder ofertar falsos empregos, com o
intuito de atrair as vítimas.
As mulheres têm sido a maior parte das vítimas, estas frequentemente sendo destinadas
à exploração sexual.
Cometer o crime de tráfico humano contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com
deficiência é causa de aumento de pena.

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DICA 27
RACISMO: FOCO NO CASO GEORGE FLOYD
Em 2020, o assassinato do norte americano George Floyd gerou um debate sobre um
assunto extremamente importante: O racismo.
George Floyd era um ex-segurança negro, pai de uma filha e tinha 40 anos na época
dos fatos e seu caso se tornou mundialmente conhecido depois da divulgação de um vídeo
onde um policial branco ajoelhado no pescoço de Floyd. Durante todo o vídeo, Floyd
repete a frase “Não consigo respirar". O vídeo durou cerca de 10 minutos. Isto aconteceu
no estado de Minnesota.
O episódio lembrou bastante o que aconteceu com o também norte americano Eric Garner,
que faleceu ao ser preso no ano de 2014 em Nova York. Eric Garner repetiu diversas
vezes a frase "Não consigo respirar”.
Recentemente, uma mulher americana e branca chamada Amy Cooper virou alvo de
indignação popular ao ser flagrada fazendo uma denúncia falsa contra um homem
também americano e negro. O fato aconteceu no Central Park, pois a mulher teria se
irritado ao ser cobrada pelo homem a deixar seu cachorro preso na coleira. Irritada, ela
ligou para a polícia, acusando este falsamente de estar intentando fazer mal contra ela.
Lembrando: Os EUA têm, infelizmente, um histórico imenso com o racismo praticado
contra sua população negra. Foi no país que nasceu a terrível Ku Klux Klan, organização
extremamente violenta nascida dedicada a perseguir não só os negros, mas também
judeus, latinos, católicos entre outros.
O ex-policial Derek Chauvin, flagrado de joelhos sob o pescoço de Floyd foi
considerado culpado pela morte dele. Ele está preso.
Importante: No Brasil o racismo é crime, sendo ainda crime imprescritível e
inafiançável.

RACISMO
IMPRESCRITÍVEL
INAFIANÇÁVEL

Protestos: Seria impossível falar do caso de George Floyd sem falar da onda de
intensos protestos que vieram logo em seguida. Na capital dos Estados Unidos,
funcionários municipais e ativistas de direitos humanos fizeram pinturas com a
expressão "Black Lives Matter" (vidas negras importam). Mas os protestos não
ficaram limitados apenas aos EUA. Cidades como Londres, na Inglaterra, também
tiveram seus protestos.

A importância do movimento Black Lives Matter: É uma fundação global, nasceu


no ano de 2013. Os protestos contra a violência sofrida por George Floyd tiveram uma
participação expressiva desta fundação, onde se viam muitos cartazes exatamente com
esta expressão (Black Lives Matter).
Fique por dentro: No Brasil também houve um protesto com o título “Vidas Negras
Importam”, no estado do RJ, contra a morte de João Pedro, de 14 anos, que foi
atingido na barriga enquanto brincava no quintal de casa.

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DICA 28
CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE PAULO FREIRE
Em 2021, houve o centenário do nascimento do patrono da educação brasileira Paulo
Freire. Ele nasceu em Recife, capital de Pernambuco.
Ele desenvolveu um método educacional, pensado na realidade brasileira da época,
no qual cumpriu o desfio de alfabetizar adultos em 45 dias. O método foi aplicado pela
primeira vez em Angicos, no Rio Grande do Norte.
Foi assim que fundou a Pedagogia da Libertação. Para ele, quando aprende a ler e a
escrever, o indivíduo fica mais consciente de seu papel social e político, podendo lutar por
seus direitos.
Vale a pena ressaltar que na época dele, o Brasil tinha boa parte da população
analfabeta.
Na Alemanha, seu método de ensino é utilizado para ajudar imigrantes a se
integrarem na sociedade.
DICA 29
CRIMINALIZAÇÃO DO STALKING
A Lei 14.132/21 tipificou a conduta de stalkear alguém como crime. Stalkear significa
literalmente perseguir alguém, quer seja pessoal, por meio de redes sociais, telefones,
entre outros.

→ Está no artigo 147 A do Código Penal.


Lembrando: Os elementos para tornar uma conduta como criminosa são: fato típico +
antijuridicidade + culpabilidade
No caso, se a pessoa começar a perseguir alguém, quer seja pessoalmente ou no meio
virtual, caracteriza o crime. E mais: Se a vítima for mulher*, criança, adolescente e
idosa, a pena é aumentada.
Importantíssimo: No caso da mulher, é necessário, além de ser mulher, estar dentro
das razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 do Código
Penal.
Fique por dentro: Com a popularização das redes sociais, o stalking se tornou
uma ameaça ainda mais presente. Pelas redes, não é difícil descobrir, por exemplo, um
perfil de alguém. Informações expostas nas redes também podem ser usadas pelo stalker
para perseguir ainda mais o alvo de sua obsessão. Não é incomum que a vítima desenvolva
problemas de saúde, como a ansiedade e o pânico.
Importante: Ainda dentro desta temática, uma atualidade muito presente,
principalmente pelas redes sociais, é a porn revenge. Essa conduta também é crime
segundo a Lei n. 13.718/18. O porn revenge consiste em divulgar por intermédio da
internet, como uma forma de vingança, conteúdo de cunho sexual sem autorização
da pessoa que lá aparece, visando assim atingir a honra e moral dela. Por exemplo: X
e Y terminam seu relacionamento e X inconformado passa a divulgar um vídeo íntimo dos
dois na internet, sem autorização de Y, como forma de punição pelo fim do relacionamento.

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DICA 30
RELAÇÕES TENSAS ENTRE A CHINA E TAIWAN
China e Taiwan têm relações diplomáticas tensas entre si. Mas qual o motivo destas tensões.
Lembrando: Em 1949, houve a Revolução Chinesa, que depôs o governo de Chiang
Kai-shek e instaurou o governo do socialista Mao-Tsé Tung. Chiang refugiou-se com
seu Estado Maior e cerca de 2 milhões de chineses na ilha de Taiwan ou Formosa, que
passou ser reconhecida como pelos EUA, enquanto a China ganhou o apoio da URSS, tendo
assim o contexto, na época, da Guerra Fria.
Mas a tensão se estendeu até os dias atuais. De um lado, Taiwan como uma república
democrática e do outro a China governada por um governo de partido único.
Fique por dentro: Recentemente, o G7 (EUA, Canadá, Alemanha, Itália, Japão, França
e Reino Unido, além de representantes da União Europeia) emitiu um comunicado
condenando a China por violações contra os direitos humanos e também por utilizar
sua influência para ameaçar outros governos, como Taiwan.

TAIWAN → Nome oficial: República da China (RDC), Taiwan (RDC) ou República da


China (Taiwan);

CHINA → Nome oficial: República Popular da China.


Importante: Até os dias atuais, a China considera Taiwan uma província rebelde.
Taiwan, em contrapartida, se denomina como uma nação livre e soberana no cenário
internacional.

Fator complicador: No ano de 2005, a Assembleia Nacional Popular, que é o


parlamento da China, aprovou uma lei contra a secessão (separação), que autoriza o
uso da força contra Taiwan.
As relações entre os países pioraram nos últimos tempos. Em uma recente entrevista à CNN
o ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, comentou que Taiwan “precisa
se preparar” para um possível conflito militar.
DICA 31
PROTESTOS EM CUBA
Cuba é uma pequena ilha localizada na América Central, mas que possui certa
proximidade geográfica com os EUA.
As redes sociais tiveram um papel mais que fundamental nos protestos que se
seguiram.
Lembrando: Cuba passou por uma revolução, que teve como chefe o falecido Fidel
Castro. Na época, Fidel derrubou Fulgêncio Batista e estabeleceu na ilha um regime
político socialista. Vale a pena ressaltar que tudo isto aconteceu em pleno período da
Guerra Fria (EUA X URSS). Após o fim da URSS, Cuba entrou em crise, visto que não
recebia mais os investimentos soviéticos.
Mas qual foi o estopim deste protesto? A terceira onda da pandemia do novo
coronavírus, somada à falta de comida e remédios, bem como o sistema de saúde
cubano estar é um forte colapso. O governo de Cuba nega que o sistema de saúde esteja
em colapso.

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PROTESTOS EM CUBA

Capital Havana.

Embargos Ainda existem. O ex-presidente Barack Obama relaxou os


embargos, mas posteriormente Donald Trump os endureceu. O
Dos EUA
atual presidente Biden, ao contrário do que muitos pensavam,
manteve as sanções do republicano Trump.

Motivos A 3ª onda do novo coronavírus, falta de alimentos e


remédios e o sistema de saúde estar colapsado.

O que o O governo de Cuba (atualmente sob chefia Miguel Díaz-Canel)


acusa forças externas (como os EUA) de quererem derrubar o
governo fala
governo da ilha.

Há eleições Para a Presidência, não. O presidente de Cuba foi eleito pelo


parlamento.
diretas lá?

Importante: Cuba outorgou uma nova constituição em 2019, trazendo alguns


direitos que alguns anos atrás seriam impensáveis, como por exemplo o direito à
propriedade privada.
Fique por dentro: O rap “Patria y vida” virou um hino dos manifestantes, oposto ao
lema castrista “Pátria e morte”, clamado por Fidel.
Atualmente ainda existem na ilha caribenha pessoas presas por terem protestado contra o
regime, pedindo liberdade e melhorias na qualidade de vida.
DICA 32
PLANO DE PAZ PARA ISRAEL E PALESTINA
Um acordo histórico pode ser o caminho para a efetivação da paz entre Israel e Palestina.
Em agosto de 2020, Israel e os Emirados Árabes Unidos celebraram um acordo com o
objetivo de normalizar as relações diplomáticas entre os países. O acordo nasceu
durante o governo de Donald Trump.

Principais pontos do acordo:

Jerusalém permanece como indivisível capital de Israel;

Garantia de visita de muçulmanos à mesquita sagrada de Al-Aqsa, em Jerusalém;

Um espaço no sul do território israelense será entregue aos palestinos para indústrias e
residências, o que deve dobrar a área Palestina;

Caso a transição ocorra pacificamente, EUA abrirão embaixada também na capital


da Palestina;

Injeção de US$ 50 bilhões para a Palestina para gerar 1 milhão de empregos;

O povoado de Abu Dis, a cerca de 1,5 km da Cidade Velha de Jerusalém, abrigaria a


capital do Estado Palestino.

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Mas onde foi que surgiu o conflito entre israelenses e palestinos? Para saber disso,
é preciso voltar até o período pós 2ª Guerra Mundial. Depois do Holocausto, a ONU
decidiu criar na região da Palestina. Em 29 de novembro de 1947, a Organização das Nações
Unidas (ONU) aprovou a divisão da Palestina em dois estados: um judeu e outro árabe. Os
judeus aceitaram, mas os árabes não.

Com o aumento da ocupação de terras por parte de judeus, que vinham de várias
partes do mundo para viver no Estado de Israel, surgiram uma série de conflitos entre
árabes e judeus, que foram:

Primeira Guerra Árabe-Israelense;

Guerra de Suez;

Guerra dos seis dias;

Guerra do Yom Kippur.

Fique por dentro: A ONU classifica a Palestina como um "Estado observador não
membro”.
O acordo em si visa trazer a paz tão desejada até a região encravada em pleno Oriente
Médio. Porém, para especialistas, isso ainda está longe de ser conquistado.
Inclusive, a pouco tempo as tensões se tornaram mais intensas, pois o Exército
israelense e as milícias palestinas do Hamas e da Jihad Islâmica se enfrentam, aumentando
mais a escalada de violência. Tudo se iniciou no mês do Ramadã (sagrada para os
muçulmanos), onde palestinos que protestavam com Israel ficaram feridos após confrontos
com a polícia.
Os despejos no bairro de Sheikh Jarrah também pioraram ainda mais a situação.

QUESTÃO DO BAIRRO DE SHEIKH JARRAH

O que é? É um bairro de Jerusalém Oriental que está sendo alvo de um despejo


em massa. As famílias a serem despejadas são palestinas. As famílias
que alegam serem as proprietárias de fato são judias.

Polêmicas As famílias ameaçadas de despejo residem lá desde a década de 50.


Apesar de segundo alguns, ser de caráter imobiliário, muitos já
encaram a questão como de cunho étnico.

Envolvidos Palestina e Israel (em especial o Supremo Tribunal de Israel).

Consequência Intensos protestos e uma disputa judicial que chegou até o Supremo
Tribunal de Israel.

DICA 33
CRISE NA VENEZUELA
A crise na Venezuela gerou uma onda de migração, e isto atingiu consideravelmente o
Brasil. Muitos venezuelanos fugiram em busca de condições de vida melhores para o Brasil,
atravessando a fronteira.

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No Brasil, a Operação Acolhida soma por volta de 50 mil refugiados da Venezuela,


que serão distribuídos em regiões do interior.
Fique por dentro: Segundo a ONU, a Venezuela foi o país que mais perdeu
população nos últimos 5 anos.
Qual o motivo para que um dos países com maiores reservas de petróleo se
tornado um centro de crise? Desde o ano de 2013, há no país crises econômicas e
políticas responsáveis pelo aumento catastrófico da inflação, tornando o acesso à
remédios e comida muito difícil.
A instabilidade política no país também afasta qualquer desejo de investir na nação
por parte de empresários. E somado a isto está o fato de que a Venezuela tem sido palco
de diversas violações aos direitos humanos. A própria ONU apresentou um relatório onde
acusa o presidente Maduro e Diosdado Cabello, número dois do chavismo; os ministros do
Interior, Néstor Reverol, e da Defesa, Vladimir Padrino López; e os chefes dos serviços de
inteligência, juntamente a outros 45 funcionários de crimes contra a humanidade.
Um ponto no mínimo interessante sobre a história política da Venezuela é que esta chegou
a ter dois presidentes. Isso mesmo, vejamos a seguir:

VENEZUELA COM DOIS PRESIDENTES

Nícolas Maduro Juan Guaidó

Eleito pelo Tribunal Supremo de Justiça. Líder do Parlamento venezuelano,


As eleições não foram reconhecidas por autoproclamado como Presidente Interino.
muitos países, inclusive o Brasil.

Por viver, em grande parte da produção petrolífera, ao se deparar justamente com uma
crise neste setor, não é difícil concluir que a Venezuela mergulhou no caos econômico.
Importante: A petrolífera estatal PDVSA sofreu com os escândalos de corrupção.
Um ponto interessante das fugas em massa do país governado hoje por Nícolas Maduro é
que boa parte de sua população com força de trabalho (pessoas entre 15 e 50 anos) compõe
a maior parte dos refugiados. A Venezuela tem gradativamente se tornado um país de
idosos e crianças.
DICA 34
GOLPE DE ESTADO NO MIANMAR
Chamado até 1989 de Birmânia, este país que atualmente se chama Mianmar passou
no começo deste ano por um golpe de Estado.
A Liga Nacional pela Democracia (NDL, na sigla em inglês), um partido de caráter civil
venceu as eleições com um percentual impressionante de 83% dos cargos em disputa. Vale
a pena ressaltar que o Mianmar vem de um período de regime militar.
Fique por dentro: O golpe foi anunciado em uma emissora de televisão
pertencente aos militares. Um apresentador falou para toda população nesta emissora
que a constituição de 2008 permite aos militares declarar uma emergência nacional. Foi
assim que depuseram Daw Aung San Suu Kyi.
É impossível falar do país sem citar a perseguição sofrida pelo povo rohingyas.

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ROHINGYAS

Quem são? Uma minoria étnica, de religião muçulmana, amplamente


perseguida no Mianmar, um país majoritariamente budista.

Quem os Um movimento de monges budistas nacionalistas, o general Min


Aung Hlaing e Aung San Suu Kyi*, está última chegando a
perseguiu? representar do país em um julgamento em uma Corte Internacional
de Justiça.

Quais as Trabalho forçado, extorsão, restrições à liberdade de circulação,


regras de casamento injustas e confisco de terras.
sanções sofridas
por eles?

Um ponto curioso sobre Aung San Suu Kyi é que ela venceu o Prêmio Nobel da Paz de
1991, mas nos dias de hoje é acusada de ter participação nas perseguições contra o
povo rohingyas. As leis do Mianmar contra os rohingyas se parecem muito com as leis do
antigo regime racista Apartheid, imposto na África do Sul.
Os rohingyas também não são bem-vindos na Índia, que faz fronteira com o Mianmar.
Recentemente, a ONU demonstrou preocupação com a violência gerada pelos conflitos
no país asiático.
DICA 35
TENSÕES COM A COREIA DO NORTE
A Coreia do Norte é um verdadeiro mistério no cenário internacional. Enclausurada em uma
ditadura que atravessou 3 gerações, passando de forma hereditária o poder na família
Kim.

PONTOS ESSENCIAIS

Coreia do Norte A Coreia do Norte é um país de cunho ditatorial, de regime


socialista, já a Coreia do Sul é uma república democrática,
X altamente capitalista.
Coreia do Sul

Líderes Coreia do Norte: Kim Jong-Un (neto do fundador da Coreia do


Norte) Coreia do Sul: Moon Jae-in (atual presidente).

Como foi a O lado norte, apoiado pela URSS, ficou regido sob um regime
divisão? socialista, já o lado sul, apoiado pelo EUA, ficou regido sob um
regime capitalista.

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Recentemente, as duas Coreias realizaram testes mísseis balísticos, o que acirrou


demais a tensões entre os países. E mais: A Agência Internacional de Energia Atômica
(Aiea), um órgão da ONU, afirmou este ano que há fortes indícios de que a Coreia esteja
fazendo trabalhos de reprocessamento para separar o plutônio do combustível usado em
reatores, plutônio este que poderia ser utilizado na produção de armas nucleares.
Fique por dentro: A Guerra da Coreia nunca teve um fim oficial, mas sim um
armistício, em 1953, assinado entre o lado norte o lado sul (que deram origem à Coreia
do Norte e Coreia do Sul). Ou seja, até os dias atuais, tudo que foi acordado entre as duas
nações foi um acordo de cessar fogo. Foi assim criada a Zona Desmilitarizada da Coreia
(ZDC).
Crise alimentar na Coreia do Norte: O próprio líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Um
afirmou que o suprimento de alimentos da Coreia do Norte está “ficando tenso”. A fome
não é uma novidade para o povo da Coreia do Norte, na década de 90, o país enfrentou
uma fome imensa, chamada por muitos de “Marcha Árdua”. O motivo foi a pandemia de
Covid, que levou o país a fechar sua fronteira com a China, diminuindo o comercio com a
China. Importante salientar que a Coreia do Norte depende da China para ter
alimentos, fertilizantes e combustível.
Importante: Recentemente, a Unicef divulgou que a Coreia do Norte rejeitou 3
milhões de vacinas contra Covid. O governo norte-coreano insiste em afirmar que não
registrou nenhum caso de coronavírus.

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HISTÓRIA DO CEARÁ

DICA 36
A “NOVA” REPÚBLICA: OS “GOVERNOS DAS MUDANÇAS”
Os anos 1980 foram marcados pela abertura política, com a volta da democracia, sendo o
Ceará marcado pelo chamado “governo das mudanças”, tendo de início a figura de Tasso
Jereissati;
Promoveu a ruptura com a política das oligarquias e prometeu a modernização da máquina
administrativa e superação do clientelismo;

O governo das mudanças chegou ao poder prometendo garantir um projeto de governo


que contemplava:

Reforma fiscal;

Financeira;

Administrativa.
Garantindo maior eficiência e embasada em políticas neoliberais, sendo um modelo de
gestão empresarial no governo do Estado que veio a cortar custos e pôr fim aos “cabides
de empregos”, rompendo com a política tradicional;
Passou a vender a imagem do Ceará como um “paraíso turístico”, patrocinando escolas
de samba, novelas, minisséries e filmes e agregando elementos que expandiam a imagem
cearense para além do sertão;
Entretanto, Tasso é comparado a um oligarca pela longevidade de seu poder e pela
capacidade de fazer sucessores;
Apesar das suas transformações estatais, como o corte de gastos, seu neoliberalismo
acabou por afetar setores de políticas sociais, como a educação e a saúde com a falta de
investimentos;
DICA 37
A SUDENE DA NOVA REPÚBLICA
Em 1982 ocorreu a eleição direta para os governos estaduais;
Os governadores eleitos para os estados do Nordestes, que pertenciam ao conselho
deliberativo da Sudene, pretendiam que a autarquia recuperasse sua força política junto ao
Executivo visando acelerar o desenvolvimento;
A Sudene elaborou um projeto de transposição de recurso hídricos para a região do
semiárido nordestino;
O aproveitamento das águas do Rio São Franciso além de minimizar o problema das secas
proporcionaria empregos e desenvolvimento da região em geral;
Aumento relativos à miséria da população cresceu proporcionalmente, indicando uma
desigualdade cada vez maior;

Mandato de José Sarney – que tomou posse após a morte de Tancredo Neves - a
Sudene foi alvo de disputa política entre o PMDB e PFL, que compunham, na época,
a base de sustentação do governo;
Prestígio político e a quantidade de verbas disponíveis para a entidade tornavam-na
estratégica no jogo do poder;

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DICA 38
A SUDENE DA NOVA REPÚBLICA
Importante guardar!!
No ano de 1988 foi promulgada a nova Constituição do Brasil e a Sudene ficou
respaldada pela Carta Constitucional;
Ganhou então status de agência planejadora incumbida de minimizar as desigualdades
sociais e regionais;

Na década iniciada, a política cearense foi marcada por algumas alterações significativas
na estrutura tradicional do poder político local:

A eleição de Tasso Jereissati, pelo PMDB, em 1986, a governador do Ceará, quebrando a


hegemonia dos coronéis e seus representantes;

E vitória de Maria Luiza Fontenele, pelo PT, nas eleições municipais de 1985, primeira
mulher eleita prefeita de uma capital de estado no Brasil.
DICA 39
AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE (ADENE)
Criação da ADENE em 24 de agosto de 2001, que substituiu brevemente a Sudene;
Diferenças entre a ADENE e SUDENE era que a agência não estava autorizada a conceder
renúncia fiscal como forma de apoiar projetos de investimentos;
Formato mais semelhante ao de um banco de fomentos que empresta capital com juros
subsidiados;
Sudene recriada com a aprovação da lei complementar nº125 pelo presidente Luís
Inácio Lula da Silva;
DICA 40
BRASIL PÓS-DITADURA
Aumento dos direitos e garantias individuais, agora como fundamentais e como
cláusulas pétreas;
Juntamente com outros valores que não podem ser objetos sequer de deliberações de
propostas de emendas constitucionais visando suas extinções;
A separação e a harmonia dos Poderes e o aumento das competências legislativas dos
Estados e Municípios;
Fortalecimento de outros agentes, como o Ministério Público (fiscal da Lei e autor de
demandas);
Dando proeminência a algumas leis e institutos, como a Ação Civil Pública (Lei 7.347);
Juizados especiais, Defensorias Públicas, Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
8.069);
O Código de Defesa do Consumidor (CDC);
O Estatuto do Idoso.

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DICA 41
CRISE ECONÔMICA
Nesta época, a crise maior era a economia com a inflação em nível estratosférico;

INFLAÇÃO E MÉDIA ANUAL NOS ÚLTIMOS GOVERNOS

Sarney Inflação de 477%.


(1985-1989)

Collor/ Itamar Aumento de 718% na inflação – 1.195%.


(1990-1994)

FHC Com uma redução de 1.186% ficando na média de 9,1%.


(1995-2002)

Lula Redução de 3,3% ficando na média de 5,8%.


(2003-2010)

Dilma Houve um aumento de 0.3% ficando com 6,1%.


(2011-2014)

DICA 42
PRESIDENTES PÓS- DITADURA

José Sarney (1985-1990)

Primeiro presidente pós-ditadura;

Contexto: “Década Perdida” - Estagflação;

Plano Cruzado: Fracasso!!

Mudança de moeda;

Controle dos preços.

Constituição cidadã (1988) - Inviolabilidade do Habeas Corpus e Racismo


como Crime inafiançável;

Fernando Collor (1990-1992) – “Caçador de Marajás”

Plano Collor – Confiscos de poupanças, Bloqueio de aplicações;

Esquema PC Farias – Escândalos de Corrupção;


Impeachment! – Movimento Caras-Pintadas, depois quem assume é o Vice Itamar
Franco após renúncia.

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Itamar Franco (1992-1995)

Plano Real - Sucesso!

Ministro da Fazenda

Fernando Henrique Cardoso – FHC (1995-2002)

Teve dois mandatos

Defasagem em estrutura e no âmbito social.

Política Neoliberal – Efeitos colaterais: Desemprego, falência de empresas


nacionais, crise energética – “apagão”.

DICA 43
REFORMAS ADMINISTRATIVAS
Nessa segunda redemocratização, houve reforma administrativa, de natureza neoliberal
com programas de privatizações, visando a eficiência da administração pública –
Gerencial – FHC;
Preocupação com a excelência nos serviços públicos veio em 1991 com a Fundação para
o Prêmio Nacional da Qualidade;
Alterada em 2005 para Fundação Nacional da Qualidade, que visava estimular e apoiar
as organizações públicas e privadas;
Desenvolvimento e na evolução de suas gestões para tornarem-se sustentáveis,
cooperativas e com valor para a sociedade;
A partir de 2005, o Governo Federal passou a adotar o Programa Nacional de Gestão Pública
e Desburocratização – Gespública – visando uma melhor administração com foco em
resultados;
DICA 44
TRANSPARÊNCIA

Nasce a Lei nº1 12.527/2011 de acesso à informação, englobando o controle


social da Administração Pública, além da anterior Lei de Improbidade Administrativa;
Criação da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010) e, como incentivo às
investigações criminais, a Lei da Delegação Premiada, nº 12850;
Mudanças na qualidade dos serviços públicos: Fortalecimento de órgãos de controle interno
e externo;
A liberdade de imprensa em acompanhar processos e divulgar informações;
TV Justiça, pioneira mundial na transparência;
Enfim, a atual fase republicana possibilitou a emancipação, por desmembramento, de
municípios, relacionado a urbanização e crescimento populacional;
Além do pacto federativo dando maior autonomia aos Estados e Municípios, com
repartição de competências;

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DICA 45
A QUESTÃO DA TERRA
A reforma agrária ficou como desapropriação de área improdutiva, de acordo com a
atual Constituição Federal;
Contudo, a questão da terra atualmente deixou de ser sinônimo de poder político, de
detentores de votos como os antigos coronéis, acabados pela modernidade em decorrência
do ingresso de outros atores:

Associações de classes;

Trabalhadores;

Empresários;

Administração Pública.
No cenário atual que cinge a questão financeira: o capitalismo.
De qualquer forma, a República atual alterou o cenário, dificultando práticas que antes eram
comuns em virtude de novas perspectivas, o interesse econômica, financeiro e as
relações respectivas transmudaram-se substancialmente.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/ÉTICA

DICA 46
ÉTICA
DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL

Ética Moral

De onde vem Das reflexões das ações Dos costumes e do sistema social
humanas

Origem Universal Cultural

Tempo Tende à permanência Temporal

Uso Teórico Prático

Significado Vem da palavra grega “ethos” Origem latina “moralis” traduzida


modo de ser para costume

DICA 47
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ÉTICA

MORALIDADE X SUBSIDIARIEDADE X ETICIDADE

A moralidade pode ser entendida como um código de valores que norteiam a conduta
de um indivíduo, bem como suas decisões e escolhas, fazendo com que esse indivíduo
seja capaz de julgar o que é certo ou errado. Essa abordagem sobre moralidade alinha-se
ao conceito de moral que é o conjunto de prescrições que orientam o comportamento dos
indivíduos dentro da sociedade, sendo variável de uma sociedade para outra e também de
um indivíduo para o outro. Possui um caráter normativo, sendo os costumes e as tradições
seus principais elementos.

A subsidiariedade pode ser entendida como um princípio de organização social que


respeita o fato de interesses sociais ou políticos de uma sociedade serem tratados nos níveis
de concentração de poder mais adequados para resolvê-los.

A eticidade pode ser entendida como o conjunto de valores responsáveis pela ética,
moral e caráter cívico nas instituições. Ela está relacionada com o solidarismo e a
liberdade civil, aliando direitos e deveres particulares e universais.
DICA 48
FIXANDO OS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA ÉTICA

Eticidade: Valores Institucionais; Vontade Universal.

Subsidiaridade: Níveis de concentração de poder.

Moralidade: Valores; Guiar a conduta do homem; Escolhas e decisões.

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QUESTÃO FGV, 2018.


Relacione os conceitos fundamentais da ética com suas respectivas definições.
1. Moralidade 2. Subsidiariedade 3. Eticidade
( ) Conjunto de valores institucionais, onde há identidade da vontade universal e
particular e uma coincidência entre deveres e direitos.
( ) Princípio que se volta ao respeito às relações entre os níveis de concentração de
poder e os interesses sociais a serem satisfeitos.
( ) Código de valores capaz de guiar a conduta do homem e suas respectivas escolhas
e decisões.
Assinale a opção que mostra a relação correta, segundo a ordem apresentada.
a) 1, 2 e 3.
b) 1, 3 e 2.
c) 2, 1 e 3.
d) 3, 1 e 2.
e) 3, 2 e 1.
Gabarito: a

DICA 49
ÉTICA PROFISSIONAL

A Ética Profissional é o conjunto de valores, normas e condutas que conduzem e


conscientizam as atitudes e o comportamento de um profissional na organização.
Os fundamentos de uma conduta ética baseiam-se em princípios como moralidade,
subsidiariedade e eticidade.

Exemplos de atitudes éticas no ambiente de trabalho:

Cooperação e atitudes que visam ajudar aos colegas de trabalho;

Divulgação de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades;

Respeito à hierarquia;

Respeito às regras e normas.

DICA 50
ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Sabendo que ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta
humana na sociedade. E também que ética se refere ao conjunto de valores que guiam
determinado grupo ou cultura. Sendo assim, ela norteia o caráter das pessoas, e como
elas irão se portar no meio social.

O Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, diz:


O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre

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o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da


Constituição Federal.

QUESTÃO FGV, 2019.


Leia o trecho a seguir.
Ética é o estudo dos princípios que orientam e disciplinam o comportamento humano, refletindo
a respeito às normas e aos valores vigentes em nossa sociedade e no serviço público. Assinale a
afirmativa que não está de acordo com o texto acima.
a) Ética é o conjunto de regras a respeito dos valores morais de uma sociedade.
b) Os princípios éticos devem ser aplicados para gerar o bem de todos.
c) A conduta ética obriga a escolher entre o honesto e o desonesto.
d) Os princípios éticos nos liberam para agir segundo os nossos interesses.
e) A ética diz respeito aos valores que indicam o que é um bem coletivo.
Gabarito: a

DICA 51
REGRA DEONTOLÓGICA

Deontologia (do grego δ?ον, translit. deon "dever, obrigação" + λ?γος, logos, "ciência"),
na filosofia moral contemporânea, é uma das teorias normativas segundo as quais as
escolhas são moralmente necessárias, proibidas ou permitidas. Portanto inclui-se entre
as teorias morais que orientam nossas escolhas sobre o que deve ser feito.

Regra Deontológica é um termo normativo segundo as escolhas são moralmente


necessárias, proibidas ou permitidas. Portanto inclui-se entre as teorias morais que
orientam nossas escolhas sobre o que deve ser feito.

QUESTÃO FGV, 2009.


O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal dispõe
sobre regras que visam à realização de um valor moral e ético relativo à profissão de
servidor público, por isso está relacionado a um(a):
a) Filologia.
b) Filosofia.
c) Deontologia.
d) Idealismo.
e) Gnosiologia.
Gabarito: c

DICA 52
DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS

Conforme o Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, são Regras Deontológicas:

A moralidade na Administração Pública não se limita à distinção entre o legal e ilegal,


mas entre o honesto e o desonesto.

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A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na
vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do
dia a dia da sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida
profissional.

O servidor público deve se atentar às ordens legais de seus superiores, velando


atentamente por seu cumprimento, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos
erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se às vezes difíceis de serem corrigidos e
caracterizam até a imperícia no desempenho da função pública.

Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator


de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem das relações
humanas.
DICA 53
MORALIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994 também diz: Capítulo I, seção I:

A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o


mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio
entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo.

QUESTÃO FGV, 2018.


Código de valores que norteiam a conduta de um indivíduo, bem como suas decisões e
escolhas, fazendo com que esse indivíduo seja capaz de julgar o que é certo ou errado.
Trata-se da definição de:

a) Altruísmo.

b) Egoísmo.
c) Consenso.
d) Participação.
e) Moralidade.
Gabarito: e

DICA 54
DEVERES FUNDAMENTAIS DO SERVIDOR PÚBLICO

São deveres fundamentais do Servidor Público de acordo com o Decreto 171 de 1994:

desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que


seja titular;

exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou


procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de
filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que
exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

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ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa
para o bem comum;

jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos


bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de


comunicação e contato com o público;

ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam
na adequada prestação dos serviços públicos;

ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as


limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de
preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e
posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra


qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,


interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas
em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e


da segurança coletiva;

ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao
trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário


ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais


adequados à sua organização e distribuição;

participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício


de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;

apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação


pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;

cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de


seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo
tudo sempre em boa ordem.

facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam


atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do
serviço público e dos jurisdicionados administrativos;

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abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com


finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades
legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;

divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste


Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

DICA 55
DAS VEDAÇÕES AOS SERVIDORES PÚBLICOS

De acordo com o Decreto 171 de 1994, é vedado ao servidor público;

o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para


obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que


deles dependam;

ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este
Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por


qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu


conhecimento para atendimento do seu mister;

permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de


ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados
administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,


gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares
ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor
para o mesmo fim;

alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;

iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços


públicos;

desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer


documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em


benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a
dignidade da pessoa humana;

exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de


cunho duvidoso.

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DICA 56
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
Deverá ser criada uma Comissão de Ética em todos os órgãos e entidades da Administração
Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade
que exerça atribuições delegadas pelo poder público, encarregada de orientar e
aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e
com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura.
À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do
quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de
instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da
carreira do servidor público.
A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,
com ciência do faltoso.

Vale lembrar: A pena aplicável pela comissão ética é a de censura.

DICA 57
PRINCÍPIOS MORAIS QUE NORTEIAM O SERVIÇO PÚBLICO
São princípios norteadores do serviço público:

Dignidade;

Decoro;

Zelo;

Eficácia;

Consciência.

QUESTÃO FGV, 2013.


"Os princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja
no exercício do cargo ou função, ou fora deie, já que refletirá o exercício da vocação do
próprio poder estatal."
Alguns princípios éticos, que estruturam o desempenho da função pública, estão
relacionados nos itens a seguir.
I. Dignidade, decoro e zelo.
II. Cortesia, eficácia e consciência.
III. Eficiência, equidade e legitimidade.
Assinale:
a) se somente o item I estiver correto.

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b) se somente o item Il estiver correto.


c) se somente o item III estiver correto.
d) se somente os itens II e III estiverem corretos.
Gabarito: a

DICA 58
CIDADANIA

Ética e Cidadania são dois conceitos essências na sociedade humana e estão relacionados
com as atitudes dos indivíduos e a forma como estes interagem uns com os outros na
sociedade.

Desta forma, podemos dizer que cidadania significa o conjunto de direitos e deveres
pelo qual o cidadão está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em que
vive. O termo cidadania vem do latim “civitas”, que significa “cidade”.

Este conceito está em constante evolução e tem se tornado mais amplo com o passar do
tempo. Um dos pressupostos da cidadania é a nacionalidade, pois é a partir da
nacionalidade que o cidadão pode cumprir seus direitos políticos. No Brasil esses direitos
são orquestrados pela Constituição Federal.

A Cidadania ainda pode ser dividida em duas categorias: A Cidadania Formal e Cidadania
Substantiva.

DICA 59
CIDADANIA FORMAL

A Cidadania Formal está ligada diretamente à nacionalidade e ao fato de o indivíduo


pertencer a uma determinada nação. Envolve a relação de pertencimento a um Estado-
Nação, como por exemplo, uma pessoa que possui a nacionalidade brasileira. Algumas
pessoas possuem dupla cidadania, isto é, devem exercer os direitos e obedecer aos deveres
das duas nações nas quais é considerado cidadão formal.

DICA 60
CIDADANIA SUBSTANTIVA

Já a Cidadania Substantiva é um caráter mais amplo, estando relacionada com direitos


sociais, políticos e civis. Sociólogos afirmam que a cidadania só poderá ser plena se for
dotada de direito civil, político e social.

Podemos dizer que a ética e a moral têm grande influência na cidadania com um todo,
pois dizem respeito à conduta dos ser humano. Um país com fortes bates éticas e morais
apresenta uma forte cidadania.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 61
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA: MINISTÉRIO PÚBLICO, ADVOCACIA E
DEFENSORIAS PÚBLICAS.
COMPOSIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público é instituição permanente e essencial à função jurisdicional do
Estado.
Ao MP incumbe a defesa:
da ordem jurídica;
do regime democrático;
dos interesses sociais e individuais indisponíveis
Outro aspecto importante é os princípios que regem o Ministério Público, quais sejam, a
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
O Ministério Público é autônomo e independente, não se subordina a nenhum dos três
poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

O Ministério Público abrange:


Ministério Público da União – MPU:
Ministério Público Federal – MPF;
Ministério Público do Trabalho – MPT;
Ministério Público Militar – MPM;
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT.

Ministério Público dos estados – MPE.


DICA 62
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO
As principais atribuições do Ministério Público são:
Promover, privativamente, a ação penal pública;
Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados nesta Constituição;
Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público
e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção
da União e dos Estados, nos casos previstos na CF.
Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
Exercer o controle externo da atividade policial.

ATENÇÃO!
Poder de investigação do MP
O STF já reconheceu que o MP tem legitimidade para promover investigações de
natureza criminal, segundo a Teoria dos Poderes Implícitos.
O raciocínio estabelecido para justificar o poder de investigação é o seguinte: se o MP
é o titular da ação penal pública, toda a investigação é destinada ao MP para

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promover ou não a ação penal pública, ele também poderá realizar a atividade
antecedente que é a investigação.
QUESTÃO FGV, 2019.
De acordo com a Constituição da República de 1988, o Ministério Público é instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da
ordem jurídica e do regime democrático, sendo exemplo de sua função institucional
promover: a representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos
casos previstos na referida Constituição.
Gabarito: Certa.

DICA 63
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Semelhante ao Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público foi
instituído pela EC 45/2004 e atua em prol do cidadão executando a fiscalização
administrativa, financeira e disciplinar do Ministério Público no Brasil e de seus
membros, respeitando a autonomia da instituição.
O CNMP é composto por 14 membros, nomeados pelo Presidente da República, após
aprovação do Senado Federal. Os membros têm mandato de 2 anos, admitida uma
recondução.

COMPOSIÇÃO DO CNMP

Instituição Indicação Aprovação Nomeação

Procurador-geral da - - -
República –
PRESIDENTE

4 membros do MPU MPF Senado, por Presidente da República.


voto da maioria
MPT absoluta.
MPM
MPDFT

3 membros do MPE

2 juízes 1 – indicado pelo


STF
1 – indicado pelo
STJ

2 advogados Conselho Federal da


OAB

2 cidadãos 1 – indicado pelo


Senado
1 – indicado pela
Câmara

Em resumo, são 8 membros do MP (MPU, MPE e Procurador-geral), 2 juízes, 2 advogados


e 2 cidadãos.

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ATENÇÃO!

O Corregedor do CNMP será escolhido dentre os membros do Ministério Público que


integram o CNMP, vedada a recondução.

As principais competências do CNMP são:

zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo


expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da


União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da
competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos
disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras
sanções administrativas, assegurada ampla defesa;

rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros


do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;
DICA 64
ADVOCACIA
São funções essenciais à justiça tanto a advocacia pública, quanto a advocacia privada.
Advocacia-Geral da União é a instituição que representa a União, judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe as atividades de consultoria e assessoramento jurídico
do Poder Executivo.
No âmbito dos estados, DF e municípios também existem os advogados públicos que
representam os interesses da unidade da federação e podem ser denominados como
Procurador do Estado. Advogados públicos não se confundem com defensores
públicos.
Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
Ressalta-se que em processo de dívida ativa de natureza tributária, a representação da
União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que é um órgão integrante da
AGU.
A advocacia privada é exercida pelos bacharéis em Direito, após a aprovação no exame da
OAB. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
DICA 65
DEFENSORIA PÚBLICA
A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, tem as funções de orientação jurídica, promoção dos direitos humanos e a
defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de
forma integral e gratuita, aos necessitados.
É vedado aos Defensores Públicos o exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais.

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As Defensorias Públicas Estaduais têm autonomia funcional e administrativa e a


iniciativa de sua proposta orçamentária. Essa autonomia é desde a EC 45/2004.
As Defensorias Públicas do DF e da União não possuíam essa autonomia, a qual somente
foi estendida com a EC 74/2013.
São princípios Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.
DICA 66
PODER JUDICIÁRIO
ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO
O Poder Judiciário é um dos Poderes da União ao lado do Poder Executivo e Legislativo.
A atividade típica do Poder Judiciário é a jurisdicional, oportunidade em que se substitui
aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do
conflito.
O Poder Judiciário ainda exerce atividade atípicas, tanto executivas-administrativas
(concessão de férias) quanto legislativas (elaboração de regimento interno).

ATENÇÃO!

O Poder Judiciário é constituído apenas na União, nos Estados e no Distrito Federal. Os


municípios não possuem poder judiciário próprio. Mas cuidado, os Municípios
apresentam fóruns e juízes, mas eles são constituídos pelo Estado respectivo, e não
pelo próprio Município.

São órgãos do Poder Judiciário:

Supremo Tribunal Federal – STF;

Conselho Nacional de Justiça – CNJ;

Superior Tribunal de Justiça – STJ;

Tribunal Superior do Trabalho – TST;

Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais – TRF;

Tribunais e Juízes do Trabalho;

Tribunais e Juízes Eleitorais;

Tribunais e Juízes Militares;

Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.


DICA 67
LEI COMPLEMENTAR DO JUDICIÁRIO
A CF dispõe de algumas regras para o exercício da magistratura.
O ingresso na carreira, ocorrerá no cargo de juiz substituto, o qual se dará por aprovação
em concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases.
Exige-se do candidato o período de 3 (três) anos de prática jurídica.

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O cargo de desembargador de justiça ocorrerá por antiguidade e merecimento dos


juízes de primeiro grau. Exceto nos casos do quinto constitucional.
O subsídio, remuneração dos juízes, é escalonada e segue regras constitucionais.
O subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE, STM) corresponderá
a 95% do subsídio dos Ministros do STF.
O subsídio dos demais magistrados (juízes e desembargadores) serão escalonados, não
podendo a diferença entre uma e outra ser superior a 10% ou inferior a 5%, e não exceder
95% do subsídio dos Tribunais Superiores (art. 93, inciso V, da CF)
No art. 37, inciso XI, da CF, dispõe que o subsídio dos desembargadores será limitado
a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF.
O juiz deverá residir na Comarca em que atua, salvo autorização do Tribunal.
O ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, ocorrerá
apenas com decisão por voto da maioria absoluta do Tribunal ou do CNJ, assegurada
ampla defesa.
As decisões administrativas serão sempre motivadas e em sessão pública, sendo as
disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.
São vedadas as férias coletivas nos juízos de primeiro e segundo graus, funcionando o
plantão judiciário, nos dias em que não houver expediente no fórum.
Por fim, o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda
judicial e à respectiva população.
DICA 68
ÓRGÃO ESPECIAL
É um órgão do Tribunal constituído para o exercício de matérias administrativas e
jurisdicionais delegadas pelo Tribunal Pleno.
O tribunal pleno é constituído por todos os desembargadores do Tribunal. A CF não
disciplinou o número de desembargadores por cada Tribunal de Justiça estadual.
Alguns Tribunais de Justiça estadual contam com um número elevado de desembargadores.
O TJSP possui 360 desembargadores, já o TJCE possui 43 desembargadores. Portanto, há
um número variável.
A criação do órgão especial ocorre facilitar a decisão de algumas questões afetas ao
Tribunal, tendo em vista que o Órgão Especial é constituído por no mínimo 11 e no máximo
25 julgadores.
A metade dos cargos do Órgão Especial é provido por antiguidade e a outra metade por
eleição do Tribunal Pleno.
DICA 69
QUINTO CONSTITUCIONAL
Os Tribunais de Justiça são compostos pelos desembargadores. Os desembargadores podem
ser juízes que por, antiguidade ou merecimento, preencheram a vaga, ou por advogados e
membros do MP.

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A ocupação do cargo de desembargador por advogados e membros do MP denomina-se de


quinto constitucional.

O art. 94, da CF, dispõe que 1/5 dos lugares dos TRFs e dos TJs serão compostos por
membros do MP, com mais de 10 anos de carreira, e de advogados de notório saber
jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 anos de atividade profissional.
Os membros do MP e os advogados serão indicados em pelos respectivos órgãos em lista
sêxtupla. A lista com os seis nomes será encaminhada ao tribunal, que elaborará uma lista
com três nomes (lista tríplice). Essa lista tríplice será encaminhada ao Chefe do
Executivo para nomeação.
Exemplo: o TJCE possui 50 desembargadores (número fictício para facilitar o raciocício).
Dos 50 lugares, 10 serão destinados a membros do MP e advogados. Normalmente, 5 serão
destinados aos membros do MP e 5 para advogados. Se uma vaga destinada ao MP ficar
vaga, o Ministério Público do CE vai elaborar uma lista com seis nomes de membro do MP e
enviar ao tribunal. O tribunal vai reduzir a lista para três nomes e mandar para o Governador
do CE, o qual vai nomear um dos três.
O quinto constitucional ocorre nos TRFs, nos TJs, TST, TRTs.
No STJ há uma regra similar, mas o percentual de vagas para advogados e membros do
MP é de 1/3.
DICA 70
GARANTIA DOS JUÍZES

São garantias constitucionais dos juízes:

Vitaliciedade – no primeiro grau, só será adquirida após DOIS ANOS de exercício.


A vitaliciedade é diferente da estabilidade (inerente aos funcionários públicos). Na
VITALICIEDADE, decorridos os dois anos, o juiz apenas perderá o cargo por sentença
transitada em julgado.
Antes do prazo de 2 anos para adquirir a vitaliciedade, o juiz poderá perder o cargo após
deliberação do tribunal que está vinculado.
Na ESTABILIDADE o prazo é de 3 anos, e decorrido o prazo o funcionário público poderá
perder o cargo por sentença judicial, processo administrativo, avaliação periódica de
desempenho.
Para os membros do Tribunal (desembargadores) e Ministros dos Tribunais Superiores a
vitaliciedade é adquirida com a posse no cargo, não precisa esperar os 2 anos.

Inamovibilidade – Não pode ser removido do local onde exerce suas funções.
EXCEÇÃO - O ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse
público, ocorrerá apenas com decisão por voto da maioria absoluta do Tribunal ou do
CNJ, assegurada ampla defesa.

Irredutibilidade de subsídio – o subsídio (remuneração) dos juízes não pode ser


reduzida e deve ser revisada anualmente para garantir e assegurar o poder aquisitivo,
corrigindo eventuais distorções ocasionadas pela inflação.

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DICA 71
VEDAÇÃO AOS JUÍZES

São vedações expressas na CF:

exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de


magistério;

receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

dedicar-se à atividade político-partidária.

receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,


entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos


três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

ATENÇÃO!

A vedação do exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,


antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração, é denominada de quarentena de saída.

DICA 72
CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO
A CF dispõe no art. 97 “Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo do Poder Público.”.
A Cláusula de Reserva de Plenário é a regra sobre a declaração de inconstitucionalidade
nos tribunais, que somente poderá ser reconhecida a inconstitucionalidade por decisão da
maioria absoluta de seus membros ou dos membros do órgão especial.

SÚMULA VINCULANTE Nº 10

Viola a cláusula de reserva de plenário (CF , art. 97) a decisão de órgão fracionário de
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.

NÃO se aplica a Cláusula de Reserva de Plenário:

se o órgão fracionário declarar a constitucionalidade da norma;

se a lei ou ato normativo for anterior ao texto da Constituição Federal;

se o órgão fracionário faz apenas uma interpretação conforme;

para juízos singulares;

para Turmas Recursais (Colégios Recursais);

para o STF no caso de controle difuso;

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quando o Plenário (ou órgão especial) do Tribunal que estiver decidindo já tiver se
manifestado pela inconstitucionalidade da norma;

quando o Plenário do STF já tiver decidido que a norma em análise é inconstitucional.


DICA 73
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
O Conselho Nacional de Justiça se compõe de 15 membros, com mandato de 2 anos,
admitida uma recondução.

COMPOSIÇÃO DO CNJ

Instituição Indicação Aprovação Nomeação

Presidente do STF - - -

Ministro do STJ STJ Senado Federal, Presidente da República


por maioria
Ministro do TST TST absoluta

Desembargador de STF
TJ

Juiz de TJ STF

Juiz de TRF STJ

Juiz federal STJ

Juiz TRT TST

Juiz do trabalho TST

Membro do MPU Procurador-Geral


da República -
PGR

2 advogados Conselho Federal


da Ordem dos
Advogados do
Brasil

2 Cidadãos de 1 – Senado
notável saber
jurídico 1 – Câmara

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O Presidente do CNJ será o Presidente do STF, e na ausência do Presidente, o Vice-


Presidente do STF ocupará a função de Presidente do CNJ.

ATENÇÃO!

Originariamente o Vice-Presidente do STF não integra o CNJ, apenas nas ausências do


Presidente do STF.

Quando as indicações para composição do CNJ não forem feitas no prazo legal, a escolha
caberá ao STF.
DICA 74
ATRIBUIÇÕES DO CNJ

Ao CNJ compete o controle da atuação administrativa e financeira do poder


judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. As principais competências
do CNJ são:

zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da


Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou
recomendar providências;
apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos
praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los,
revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;

receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,


inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços
notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem
prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar
processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e
aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; (alterado pela EC
103/2019);

representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração


pública ou de abuso de autoridade;

rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e


membros de tribunais julgados há menos de um ano;
DICA 75
CORREGEDOR DO CNJ
O Ministro do STJ, indicado pelo próprio Tribunal, será o ministro-corregedor.

O Ministro-Corregedor ficará excluído da distribuição de processos e tem como


competências principais:

receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos


magistrados e aos serviços judiciários;

exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;

requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores


de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.

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DIREITOS HUMANOS

DICA 76
LEI DE ABSUSO DE AUTORIDADE

CONCEITO
Crime de abuso de autoridade, são os cometidos por agente público, servidor ou não, que,
no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe
tenha sido atribuído, quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de
prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero
capricho ou satisfação pessoal.

OBS.: divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não


configura abuso de autoridade.
DICA 77
SUJEITO ATIVO DO CRIME

Sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou


não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não
se limitando a:
servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas;

membros do Poder Legislativo;

membros do Poder Executivo;

membros do Poder Judiciário;

membros do Ministério Público;

membros dos tribunais ou conselhos de contas.


OBS.: agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego
ou função em órgão ou entidade.
DICA 78
SUJEITO PASSIVO DO CRIME

É o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta criminosa, ou seja, quem
sofreu com a infração cometida pelo sujeito ativo.

No crime de abuso de autoridade, temos dois sujeitos passivos:

Sujeito passivo mediato ou indireto: É o Estado – representado pela administração


pública cujo serviço foi prejudicado;

Sujeito passivo imediato ou direto: É a pessoa física ou jurídica que sofre o abuso.
DICA 79
PARTICIPAÇÃO DO PARTICULAR

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O particular sozinho jamais poderá cometer crime de abuso de autoridade por lhe
faltar a qualidade de autoridade pública.

Ocorre que, o particular poderá cometer o crime em concurso (em conjunto) com
uma autoridade e desde que saiba que o autor do fato é uma autoridade. Ou seja, precisa
estar em concurso e ter conhecimento de que o autor é uma autoridade pública.

Pessoa Jurídica só pode ser sujeito passivo de crime de abuso de autoridade!


DICA 80
COMPETÊNCIA
A Lei nº 13.869/2019 não faz qualquer referência à competência para o julgamento dos
crimes de abuso de autoridade.
O crime de abuso de autoridade praticado por militar é julgado pela justiça militar,
em regra.

Crime militar: é a conduta praticada pelo agente deve estar prevista como crime no
Código Penal Militar ou em legislação penal (Ex: Lei de Abuso de Autoridade).
OBS.: Para ser julgado pela Justiça Federal, o crime de abuso de autoridade deve
atingir, de alguma forma, bens, serviços ou interesses da União e estar relacionado com as
suas funções. Se não for o caso, deverá ser julgado pela Comum.
DICA 81
AÇÃO PENAL
Os crimes são de ação penal pública incondicionada.
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal,
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva,
intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e,
a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.

Ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data
em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
DICA 82
EFEITOS DA CONDENAÇÃO E PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS

Efeitos da condenação:

Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos
danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;

A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de


1 (um) a 5 (cinco) anos (condicionado à ocorrência de reincidência em crime de abuso
de autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados motivadamente na
sentença);

A perda do cargo, do mandato ou da função pública (condicionado à ocorrência de


reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser
declarados motivadamente na sentença).

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As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdades, podem ser


aplicadas autônoma ou cumulativamente, são:

prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;

suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6


(seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens;
DICA 83
SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA
As penas serão aplicadas independentemente das sanções de natureza civil ou
administrativa cabíveis.
As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se podendo
mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido
decididas no juízo criminal.
Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença
penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima
defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
DICA 84
APONTAMENTOS IMPORTANTES

Não há crime culposo na lei;

Não há reclusão;

Condenação é sempre cumulada com multa;

Nem todos os delitos são infrações de menor potencial ofensivo;

Em relação aos delitos, não há incompatibilidade com o acordo de não persecução


penal, salvo: os que trazem como elementares “violência” ou “grave ameaça”.
DICA 85
CRIMES, PENAS E PROCEDIMENTO

Com a finalidade de complemento dos estudos,


indica-se a leitura do capítulo VI (arts. 9º ao 38).

Todas as penas são de detenção;

Mínimo de 06 meses e máximo de 04 anos, cumulado com multa;

Aplicam-se ao processo e julgamento, no que couber, as disposições do Código de


Processo Penal e da Lei 9.099/95.

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DIREITO PENAL MILITAR

DICA 86
CRIMES EM TEMPO DE GUERRA

TÍTULO I - FAVORECIMENTO AO INIMIGO

Com a finalidade de complemento dos estudos indicada a leitura de


todos os crimes previstos nos títulos, nas dicas estarão expostos os
de maiores incidências em provas de nível similar.

Traição:

Art. 355. Tomar o nacional armas contra o Brasil ou Estado aliado, ou prestar serviço nas
forças armadas de nação em guerra contra o Brasil:

→ Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.


Crime de mão própria, somente o nacional (brasileiro naturalizado ou nato) pode cometê-
lo e não se admite a forma culposa;

Trata-se de crime impropriamente militar → Pode ser praticado por civil, embora não
previsto na legislação penal comum;
Nação em guerra contra o Brasil: nação inimiga;
Importante: A única justiça que poderá aplicar a pena de morte em tempo de
guerra é a Justiça Militar da União.
A traição só ocorre em tempo de guerra e o sujeito passivo (vítima) é o Brasil;
O bem jurídico ofendido é a segurança nacional e a soberania do Estado brasileiro.

Consumação: com o ingresso do autor nas forças armadas do país oponente ou com o
seu auxílio ou prática inimiga contra o Brasil.

Tentativa: Possível → quando o agente tenta prestar serviços para o país inimigo, mas
não consegue por circunstâncias alheias a sua vontade.
DICA 87
TÍTULO I - FAVORECIMENTO AO INIMIGO

Favor ao inimigo:

Art. 356. Favorecer ou tentar o nacional favorecer o inimigo, prejudicar ou tentar


prejudicar o bom êxito das operações militares, comprometer ou tentar comprometer a
eficiência militar:

“Tentar comprometer” → trata-se de crime de empreendimento, dessa forma, a


modalidade tentada será punida com a mesma pena do crime consumado;

Se da omissão também vier o intuito do comprometimento, ela também será punida;

A pena é de morte, grau máximo e de reclusão, de vinte anos, grau mínimo;

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Trata-se de crime impropriamente militar → Pode ser praticado por civil, embora não
previsto na legislação penal comum;
O sujeito ativo pode ser tanto o nacional nato ou naturalizado e o sujeito passivo é o país;

Bem Jurídico Tutelado: a segurança externa do país.

Não admite a modalidade culposa, uma vez que o elemento subjetivo é o dolo, ou seja,
a vontade livre e consciente de favorecer ou tentar favorecer o inimigo praticando as
modalidades previstas no tipo;

Consumação: na prática comissiva ou omissiva;

Tentativa: possível e possui a mesma pena do crime consumado.

DICA 88
TÍTULO I - FAVORECIMENTO AO INIMIGO

Tentativa contra a soberania do Brasil:

Art. 357. Praticar o nacional o crime definido no art. 142:

→ Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.


Art. 142 - Tentar:
I - Submeter o território nacional, ou parte dele, à soberania de país estrangeiro;

→ Impropriamente militar, previsto na Lei de Segurança Nacional e pode ser praticado


por civil ou militar.
II - desmembrar, por meio de movimento armado ou tumultos planejados, o território
nacional, desde que o fato atente contra a segurança externa do Brasil ou a sua soberania;

→ Impropriamente militar, previsto na LSN (de modo diverso) e pode ser praticado por
civil ou militar.
III - internacionalizar, por qualquer meio, região ou parte do território nacional.

→ Impropriamente militar, não previsto na LSN, mas pode ser praticado por civil ou
militar.

→ A pena varia de 20 anos de reclusão até a morte, quando o crime for cometido em
tempo de guerra;
Perceba que nos crimes de guerra o grau máximo sempre vem primeiro, mas ele não é
prioridade;
O sujeito ativo pode ser tanto o nacional nato ou naturalizado e o sujeito passivo é o país;

O bem jurídico tutelado é a segurança externa do país e a soberania nacional;

Não admite a modalidade culposa;

Consumação: somente tentar, o perigo tem que ser abstrato e formal, praticou o verbo?
Se sim, configurou o crime.

DICA 89

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COBARDIA

Art. 363. Subtrair-se ou tentar subtrair-se o militar, por temor, em presença do inimigo, ao
cumprimento do dever militar:

→ Pena - reclusão, de dois a oito anos.


Trata-se de crime propriamente militar → somente pode ser praticado por militar e não
tem previsão na lei penal comum;
O sujeito ativo é o militar e o sujeito passivo é o país;
O bem jurídico tutelado são: a segurança externa do país, a disciplina e o dever
militar;
Ocorre quando o militar se acovarda e deixa de combater o inimigo. Perceba que o
militar não foge, como na deserção, mas deixa de cumprir suas atribuições, seu dever de
ofício.
Não admite forma culposa;

Consumação: quando o militar se acovarda e deixa de cumprir o seu dever ou tenta se


esquivar para não cumprir. Dessa forma, a tentativa é possível e a ela corresponde a pena
do crime consumado.
Cobardia qualificada

Art. 364. Provocar o militar, por temor, em presença do inimigo, a debandada de tropa ou
guarnição; impedir a reunião de uma ou outra, ou causar alarme com o fim de nelas produzir
confusão, desalento ou desordem:

→ Pena – morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.

QUESTÃO, 2017 – ADAPTADA.


Dentre os crimes militares em tempo de guerra, “subtrair-se ou tentar subtrair-se o
militar, por temor, em presença do inimigo, ao cumprimento do dever militar” é o crime
tipificado no Código Penal Militar denominado
a) Traição.
b) Cobardia.
c) Coação a comandante.
d) Ato prejudicial à eficiência da tropa.
Gabarito: b

DICA 90
ESPIONAGEM

Art. 366. Praticar qualquer dos crimes previstos nos arts. 143 e seu § 1°, 144 e seus §§ 1º
e 2º, e 146, em favor do inimigo ou comprometendo a preparação, a eficiência ou as
operações militares:

→ Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.

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Quando no grau mínimo se prevê a reclusão de vinte anos, o juiz pode transitar até trinta
anos ou até morte (tendo em vista haver esta previsão no grau máximo);

Os crimes aos quais o caput faz menção são:

Artigo 143 → consecução de notícia, informação ou documento para fim de


espionagem (caput e § 1º - forma qualificada pelo resultado);

Artigo 144 → revelação de notícia, informação ou documento (caput e §§ 1º e 2º);


Artigo 146 → penetração com o fim de espionagem.
Quando se falar de concurso por culpa, deve-se lembrar em casos que ocorram imperícia,
imprudência ou negligência.
Trata-se de crime impropriamente militar, uma vez que o civil também pode cometê-lo,
embora não previsto na legislação penal comum.

Penetração de estrangeiro:
Art. 367. Entrar o estrangeiro em território nacional, ou insinuar-se em força ou
unidade em operações de guerra, ainda que fora do território nacional, a fim de colher
documento, notícia ou informação de caráter militar, em benefício do inimigo, ou em
prejuízo daquelas operações:

→ Pena – reclusão, de dez a vinte anos, se o fato não constitui crime mais grave.
É crime impropriamente militar: embora não previsto na lei penal comum, pode ser
praticado também por civil (art. 10 do CPM);

Sujeito Ativo: estrangeiro (civil ou militar);

Sujeito Passivo: Brasil;

Bem Jurídico Tutelado: a segurança externa e interna do país;

Consumação: A tentativa é admitida. A consumação ocorre com a entrada do


estrangeiro em território nacional ou com a insinuação em força ou unidade brasileira em
operação de guerra;

Não prevê a modalidade culposa, o dolo é necessário.

DICA 91
EQUIPARAÇÃO A COMANDANTE E CONCEITO DE SUPERIOR

Equiparação a comandante:
Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, toda
autoridade com função de direção.
Ou seja, o indivíduo que está exercendo função de direção poderá ser chamado de
comandante, haja vista que existem casos específicos na parte do Código Penal Militar que
trazem agravantes a certos delitos que são cometidos contra o comandante.

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Conceito de superior:
Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual posto
ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar.
Existem crimes que só ocorrerão se forem contra o superior.

Ex.: um grupo de quatro soldados é incumbido de operar em viatura. Um deles deverá


ser o comandante e, por estar exercendo essa função, será considerado o superior para
efeito de aplicação penal, ainda que esteja na mesma graduação dos outros.
DICA 92
INSUBORDINAÇÃO E VIOLÊNCIA

Violência Contra Superior ou Militar de Serviço:

Art. 389. Praticar qualquer dos crimes definidos nos arts. 157 e 158, a que esteja cominada,
no máximo, reclusão, de trinta anos:

→ Pena – morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.


Parágrafo único. Se ao crime não é cominada, no máximo, reclusão de trinta anos, mas é
praticado com arma e em presença do inimigo:

→ Pena – morte, grau máximo; reclusão, de quinze anos, grau mínimo.


Remissões aos artigos 157 (violência contra superior) e artigo 158 (violência contra
militar de serviço);

Para o crime do artigo 157, o agente deve ser militar, mas o civil pode configurar como
coautor;

Para a configuração do artigo 158, o agente pode ser civil ou militar;

DICA 93
CRIMES CONTRA PESSOA

Homicídio simples:

CPM, art. 400. Praticar homicídio, em presença do inimigo:

Presença do inimigo (Art. 25 CPM): Diz-se crime praticado em presença do inimigo,


quando o fato ocorre em zona de efetivas operações militares, ou na iminência ou em
situação de hostilidade.

Se for no caso do art. 205 (homicídio simples previsto em tempo de paz) → Reclusão de
doze a 30 anos;

Se for qualificado → morte, grau máximo; ; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.
DICA 94
CRIMES CONTRA PESSOA

Genocídio:

CPM, art. 401. Praticar, em zona militarmente ocupada, o crime previsto no art. 208:

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→ Pena – morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.


Crime previsto em tempo de paz no art. 208;

Exige que o crime tenha sido praticado em zona militarmente ocupada;

Artigo 208 do CPM: Matar membros de um grupo nacional, étnico, religioso ou pertencente
a determinada raça, com o fim de destruição total ou parcial desse grupo:

→ Pena – reclusão, de quinze a trinta anos.


Os casos assemelhados serão punidos de quatro a quinze anos, quem, com o mesmo
fim:

inflige lesões graves a membros do grupo;

submete o grupo a condições de existência, físicas ou morais, capazes de ocasionar


a eliminação de todos os seus membros ou parte deles;

força o grupo à sua dispersão;

impõe medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;

efetua coativamente a transferência de crianças do grupo para outro grupo.

DICA 95
RAPTO

CPM, art. 407. Raptar mulher honesta, mediante violência ou grave ameaça, para fim
libidinoso, em lugar de efetivas operações militares: Pena – reclusão, de dois a quatro anos.

O termo mulher honesta não se aplica mais, ou seja, basta que o crime seja praticado
contra mulher;

Resultado mais grave

§ 1º Se da violência resulta lesão grave:

→ Pena – reclusão, de seis a dez anos.


§ 2º Se resulta morte:

→ Pena – reclusão, de doze a trinta anos.


Cumulação de pena

§ 3º Se o autor, ao efetuar o rapto, ou em seguida a este, pratica outro crime contra a


raptada, aplicam-se, cumulativamente, a pena correspondente ao rapto e a cominada ao
outro crime.

Trata-se de crime impropriamente militar → Previsto de modo semelhante na legislação


penal comum e pode ser praticado também por civil;

Sujeito Passivo: Militar ou Civil;

O crime deve ser cometido em zona de efetivas operações militares (combate,


manobras...);

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Bem Tutelado: liberdade sexual da mulher;

O autor rapta a vítima (mulher) para satisfazer seus desejos sexuais, mediante violência ou
grave ameaça;

Consumação: com o rapto da vítima e a sua retirada da esfera de proteção. Cabe


tentativa.

Não se admite a forma culposa.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DICA 96
PONTOS IMPORTANTES SOBRE A AÇÃO PENAL
O Ministério Público Militar (MPM) é um órgão autônomo. A apresentação da requisição
não obriga o MPM a oferecer a denúncia;
Se o MPM não estiver convencido que não houve crime e autor, ele pode declinar do
oferecimento da ação penal;
O CPM não prevê a figura da representação, apenas da requisição;

Crimes contra Honra → Ação Penal Militar incondicionada, pois os dois pilares do CPM
são a disciplina e a hierarquia;
No CPM não há previsão da ação penal privada originária ou exclusiva, uma vez que
os bens jurídicos tutelados na esfera penal militar são indisponíveis.
DICA 97
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

ASPECTOS INICIAIS DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

Está prevista no artigo 123 do CPM e também no artigo 255, Parágrafo Único;

Art. 123. Extingue-se a punibilidade:

pela morte do agente;

pela anistia ou indulto;

pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

pela prescrição;

pela reabilitação;

pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (art. 303, § 4º).

Parágrafo único. A extinção da punibilidade de crime, que é pressuposto, elemento


constitutivo ou circunstância agravante de outro, não se estende a este. Nos crimes
conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a
agravação da pena resultante da conexão.

Artigo 255, PU: Perdão Judicial na Receptação Culposa.

DICA 98
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

MORTE

Uma vez que houve a morte do agente, extingue-se a punibilidade em razão da


intranscendência da pena.

Intranscendência da pena → A punição não passa para outra pessoa em razão da


falta de capacidade do culpado de cumpri-la.

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Ex.: Soldado Ruan cometeu o crime de furto, mas morreu antes de cumprir a pena a qual
foi condenado e deixou um filho (Matheus). Matheus não irá cumprir a pena de seu pai, pela
impossibilidade da pena transcender de uma pessoa para outra.

A morte só pode ser comprovada por atestado de óbito. Guias hospitalares, atestados
(...) não servem.

DICA 99
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

ANISTIA OU INDULTO

Importante: O CPM fala apenas em anistia ou indulto, não traz a opção da graça,
mas entende-se que ela seria possível utilizando a LEP como suprimento de lacuna.
No entanto, costuma ser pegadinha de prova, logo, segundo o CPM: apenas ANISTIA
ou INDULTO (coletivos);

Anistia: Sempre concedida por lei do Congresso Nacional;

Classificações → Própria x Imprópria; Total x Parcial; Geral ou Especial


Própria: antes do trânsito em Julgado;

Imprópria: depois do trânsito em Julgado;

Total: atinge todos os fatos;

Parcial: restrita a fatos principais;

Geral: se estende a todos que participaram do delito;

Especial: apenas determinadas pessoas (como os réus primários, por exemplo).

A classificação dependerá dos critérios do legislador.

Indulto: Estabelecido por meio de Decreto presidencial. Se caso o decreto for


genérico, o STF já decidiu que ele pode ser aplicado a militares, desde que preenchidos os
requisitos legais.

DICA 100
ABOLITIO CRIMINIS E PRESCRIÇÃO

ABOLITIO CRIMINIS

Art. 123. Extingue-se a punibilidade:

pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.

Descriminalização de tipos legais;

Estabelece que ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixe de considerar
crime;

A execução perde a eficácia. Mesmo nos casos em que o agente esteja cumprindo a pena
e já houver transitado em julgado a sentença condenatória;

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Se a extinção da punibilidade ocorrer antes do trânsito em julgado, a sentença não constitui


título executivo, não gerando o dever de indenizar;

Se após o trânsito, a sentença pode ser utilizada como título executivo, apesar de extinguir
a punibilidade.

Importante: o que se extingue é a punibilidade, mas não os efeitos civis da


condenação, podendo ainda responder na esfera cível devido ao cometimento do fato ilícito
à época.

DICA 101
ABOLITIO CRIMINIS E PRESCRIÇÃO

PRESCRIÇÃO

Prevista no art. 125 do CPM:

Art. 125. A prescrição da ação penal, salvo o disposto no § 1º deste artigo, regula-se
pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:

em trinta anos, se a pena é de morte; (cai bastante)

em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;

em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito e não excede a doze;

em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito;

em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois e não excede a quatro;

em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede
a dois; VII - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano.

§ 1º Sobrevindo sentença condenatória, de que somente o réu tenha recorrido, a prescrição


passa a regular-se pela pena imposta, e deve ser logo declarada, sem prejuízo do
andamento do recurso se, entre a última causa interruptiva do curso da prescrição (§ 5°) e
a sentença, já decorreu tempo suficiente.

Conceito: é a perda do direito de punir do Estado em face do decurso do lapso


temporal. O Estado foi ineficaz e não condenou – e se condenou – passou muito tempo sem
fazer com que o agente cumprisse a sua pena, dessa forma, não pode mais exercer o direito
de punir.

A prescrição deve ser declara de ofício, nos casos em que não for alegada.

Ex.: Tenente Marcos está sendo processado por crime militar cometido há mais de 25
anos. Caso o seu advogado não suscite essa preliminar, o juiz terá que fazê-lo;

Importante: As penas acessórias NÃO prescrevem;

Importante: (art. 129 do CPM) → São reduzidos de metade os prazos da


prescrição, quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos OU maior
de 70.

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QUESTÃO, 2020 – ADAPTADA.


De acordo com o Código Penal Militar e Código de Processo Penal Militar, indique se a
afirmativa abaixo está correta:
“A prescrição da ação penal no Código Penal Militar verifica-se em trinta anos, se a
pena é de morte.”
Gabarito: Certa

DICA 102
PRESCRIÇÃO NOS CRIMES DE DESERÇÃO E INSUBMISSÃO

Importante: Há dois crimes que tem a contagem de prescrição de forma diferente:


Deserção e Insubmissão.

Deserção: em regra, quando o militar se ausenta por mais de 08 dias do lugar em


que serve. Caso condenado, se for praça, a contagem do prazo prescricional somente
ocorrerá quando ele completar 45 anos e se for oficial, quando completar 60;

Ex.: Tenente Bruno cometeu deserção quando tinha 35 anos, o crime só estará prescrito
quando completar 60 anos de idade.

Insubmissão: é quando o agente se ausenta na convocação para o serviço militar


OU ausenta-se antes do ato oficial de incorporação. Nesses casos, a prescrição só
começa a correr do dia em que o insubmisso atinge a idade de 30 anos.

DICA 103
REABILITAÇÃO

Art. 134. A reabilitação alcança quaisquer penas impostas por sentença definitiva.

§ 1º A reabilitação poderá ser requerida decorridos cinco anos do dia em que for extinta,
de qualquer modo, a pena principal ou terminar a execução desta ou da medida de
segurança aplicada em substituição (art. 113), ou do dia em que terminar o prazo da
suspensão condicional da pena ou do livramento condicional, desde que o condenado:

tenha tido domicílio no País, no prazo acima referido;

tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom


comportamento público e privado;

tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre absoluta impossibilidade


de o fazer até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou
novação da dívida.

§ 2º A reabilitação não pode ser concedida:

em relação aos atingidos pelas penas acessórias do art. 98, inciso VII¹, se o crime for
de natureza sexual em detrimento de filho, tutelado ou curatelado.

Suspenção do pátrio poder → A reabilitação não é concedida para os pais que


cometem crimes de natureza sexual contra filhos, tutelados ou curatelados. Também não
se concede a reabilitação da pena de “suspensão do pátrio poder”.

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Pelo instituto da reabilitação, o agente voltará a constar nos antecedentes criminais o


“nada consta”.

O condenado deve ser domiciliado no país durante esse tempo, demonstrando efetivo e
constante bom comportamento público e privado;

DICA 104
RESSARCIMENTO DO DANO, NO PECULATO CULPOSO – ART. 303, §4º

ATENÇÃO!

O conteúdo desta dica tem bastante incidência em provas.

A reparação do dano no peculato culposo tem o mesmo tratamento do direito penal


comum;

CPM, Art. 303, § 4º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede a


sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade
a pena imposta.

CP, Art. 312, § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à


sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena
imposta. A reparação do dano de peculato culposo, se precede a sentença transitada em
julgado, extingue a punibilidade. Se for posterior a ela, reduz a pena até a metade.

O que é peculato: ocorre quando o funcionário público, em razão do cargo, tem a


posse do bem público se apropria ou desvia o bem, em benefício próprio ou de
terceiro. O peculato culposo ocorre quando o servidor público não tinha a intenção de
cometer o crime.

DICA 105
POSSIBILIDADES DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE NÃO PREVISTAS NO ROL DO
ART. 123

PERDÃO JUDICIAL

Se o réu for primário e o valor da coisa não ultrapassar um décimo do salário mínimo,
o juiz pode deixar de aplicar a pena;

Importante: O perdão judicial não está previsto na parte geral do CPM, mas sim na
especial. Dessa forma, não há de se falar em perdão judicial em homicídio culposo, por
exemplo. Ademais, a jurisprudência não é favorável a analogias.

No CPM, apenas o crime de receptação culposa prevê o perdão judicial (art. 255, PU);

RETRATAÇÃO

Falso testemunho ou falsa perícia:


Art. 346. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, como testemunha, perito,
tradutor ou intérprete, em inquérito policial, processo administrativo ou judicial, militar:

→ Pena - reclusão, de dois a seis anos.

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§ 2º O fato deixa de ser punível, se, antes da sentença o agente se retrata ou declara
a verdade.

A retratação não está prevista no rol do artigo 123 do CPM, mas consta na parte especial
como causa de extinção da punibilidade no crime de falso testemunho (apenas para
esse).

O rol do artigo 123 do CPM é genérico, aplicando a todos os crimes, já a retratação e o


perdão judicial terão que conter previsão expressa para serem aplicados.

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DIREITO PENAL/PROCESSUAL PENAL

DICA 106
INQUÉRITO POLICIAL
INVESTIGADOS EM INQUÉRITOS POLICIAIS OU INQUÉRITOS MILITARES E
DEMAIS PROCEDIMENTOS EXTRAJUDICIAIS DIRECIONADOS AOS SERVIDORES DA
SEGURANÇA PÚBLICA

polícia federal;

polícia rodoviária federal;

polícia ferroviária federal;

polícias civis;

polícias militares e corpos de bombeiros militares.

polícias penais federal, estaduais e distrital.

Objeto da investigação:
Fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional de forma
consumada ou tentada, incluída as situações de Exclusão de ilicitude quando não há
crime quando o agente pratica o fato:

em estado de necessidade;

em legítima defesa;

em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.


Incluindo o excesso punível quando o agente, em qualquer das hipóteses de exclusão da
ilicitude, responde pelo excesso doloso ou culposo.

Direito do indiciado da segurança pública:


Constituir defensor

Citação:
O investigado será citado da instauração do procedimento investigatório, podendo
constituir defensor no prazo de até 48h a contar do recebimento da citação.
Caso não seja nomeado defensor, a autoridade responsável pela investigação intimará
a instituição no qual o investigado é vinculado para que em 48 horas indique
defensor para a representação do investigado.

Se não houver defensor:


A defesa nesses casos caberá preferencialmente à Defensoria Pública

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Se não houver defensoria pública:


Nos locais em que ela não estiver instalada, a União ou a Unidade da Federação
correspondente à respectiva competência territorial do procedimento instaurado
deverá disponibilizar profissional para acompanhamento e realização de todos os atos
relacionados à defesa administrativa do investigado.
A indicação do profissional deverá ser precedida de manifestação de que não
existe defensor público lotado na área territorial onde tramita o inquérito e com
atribuição para nele atuar, hipótese em que poderá ser indicado profissional que não
integre os quadros próprios da Administração.

Como será o custo com a defesa do investigado com o profissional indicado que
não integra os quadros próprios da administração:
Por conta do orçamento próprio da instituição a que este esteja vinculado à época da
ocorrência dos fatos investigados.
DICA 107
PRISÃO
DA PRISÃO DOMICILIAR
Conceito geral: A prisão domiciliar medida substitutiva da prisão preventiva. É
considerada pelo legislador como uma forma de prisão preventiva domiciliar e não como
medida cautelar alternativa à prisão.
A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só
podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
Caso haja descumprimento da prisão domiciliar, o juiz deve analisar se é caso de revogação
do benefício, restaurando-se a prisão preventiva do agente.

Hipóteses da substituição da prisão preventiva pela domiciliar:


Quando o agente for:

maior de 80 (oitenta) anos;

extremamente debilitado por motivo de doença grave;

imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
deficiência;
gestante;

mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos.
OBS: a prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável
por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que:

Não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça à pessoa;

Não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente;

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Sem prejuízo de aplicação das medidas cautelares diversas da prisão.

DICA 108
PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONTIDOS NO CÓDIGO PENAL

Abandono de função:
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:

→ Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:

→ Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:

→ Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado:


Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências
legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi
exonerado, removido, substituído ou suspenso:

→ Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Violação de sigilo funcional:


Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer
em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

→ Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais
grave.

§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:


I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha
ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de
informações ou banco de dados da Administração Pública;
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:

→ Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

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Violação do sigilo de proposta de concorrência:


Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a
terceiro o ensejo de devassá-lo:

→ Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.


DICA 109
O HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO
COMPETÊNCIA
Normalmente a competência para julgar o HC é definida por quem seja a autoridade coatora.
Verifique quem julga essa autoridade quando ela pratica crime. Exemplo: Autoridade
coatora – Delegado Estadual. O HC será impetrado perante um Juiz de Direito de 1º grau.
OBS.: Para aqueles com foro por prerrogativa de função, a competência para o
processo e julgamento do habeas corpus recai, originariamente, sobre o Tribunal a que
compete julgar os crimes por ela perpetrados.
OBS: A competência do juiz cessará sempre que a violência ou coação provier de
autoridade judiciária de igual ou superior jurisdição (CPP, art. 650, § 1º).
Art. 650. §1º A competência do juiz cessará sempre que a violência ou coação provier de
autoridade judiciária de igual ou superior jurisdição

Competência do Supremo Tribunal Federal - STF

De acordo com o art. 102 da Constituição Federal compete ao Supremo processar e


julgar, originariamente o Habeas Corpus:

Sendo paciente: o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do


Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República, os Ministros
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os membros dos
Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática
de caráter permanente

Sendo coator: quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente
for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do
Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única
instância;

Também cabe ao STF julgar, em recurso ordinário o habeas corpus:

Decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

Competência do Superior Tribunal de Justiça - STJ


Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente os habeas
corpus.

Sendo coator ou paciente: Governador de Estado e do Distrito Federal,


Desembargador dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, membros dos
Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, membros dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou

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Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante
Tribunais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral (CF, art. 105,1, “c”, primeira parte);

Sendo coator: for tribunal de Justiça dos Estados e do Distrito Federal sujeito à sua
jurisdição, Tribunais de Justiça Militar e Tribunais Regionais Federais), Ministro de Estado
ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral (CF, art. 105,1, “c”, in fine).

Também compete ao STJ julgar, em recurso ordinário, os habeas corpus:

decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos


Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória
(CF, art. 105, II, “a”).

Competência do juiz de 1ª instância:


Casos em que houver constrangimento ilegal perpetrado por particular ou autoridade que
não seja dotada de foro por prerrogativa de função (ex: Delegado de Polícia), a
competência para o processo e julgamento do habeas corpus será do juiz da comarca ou da
subseção judiciária em cujos limites estiver ocorrendo a violência ou coação ilegal à
liberdade de locomoção.
Havendo mais de um juiz, a competência será determinada pela distribuição.
DICA 110
O HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO
ESPÉCIES DE HABEAS CORPUS: LIBERATÓRIO E PREVENTIVO

Habeas Corpus Liberatório (repressivo): volta-se contra ordem ilegal que já foi
concretizada.

Habeas Corpus preventivo: o habeas corpus que se ajuíza contra ameaça de


constrangimento ilegal à liberdade de locomoção, visando a prevenir sua
materialização. Nesse caso, o juiz ou tribunal profere ordem impeditiva da coação, que se
chama salvo-conduto.
Art. 660, § 4º Se a ordem de habeas corpus for concedida para evitar ameaça de violência
ou coação ilegal, dar-se-á ao paciente salvo-conduto assinado pelo juiz.
DICA 111
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI N. 13.869/2019 (ABUSO DE
AUTORIDADE)
DO PROCESSO E JULGAMENTO
Policial militar que comete qualquer dos crimes previstos na Lei de Abuso de Autoridade
será processo e julgado pela Justiça Militar Estadual, conforme mudança no Código
Penal Militar promovida pela Lei 13.491/2017, ou seja, todos os crimes cometidos por
militares serão julgados pela Justiça Militar, ressalvada, a competência constitucional do
Tribunal do Júri da Justiça Estadual, em se tratando de crimes dolosos contra a vida de civil.
Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos nesta Lei, no que couber,
as disposições do Código de Processo Penal, e da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de
1995 - Juizados Especiais Cíveis e Criminais.
DICA 112

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ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI Nº 11.343/2006 (ENTORPECENTES) E


ALTERAÇÕES POSTERIORES
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE DROGAS (ART. 35)
Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não,
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei:

→ Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200


(mil e duzentos) dias-multa.
Pelo princípio da especialidade, este delito prevalecerá sobre o crime de associação
criminosa (art. 288 do CP).
Não possui natureza hedionda, conforme jurisprudência do STJ. AgRg no HC
485.529/RS.
DICA 113
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI Nº 11.343/2006 (ENTORPECENTES) E
ALTERAÇÕES POSTERIORES
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL

Recebidos em juízo os autos:

do inquérito policial;

de Comissão Parlamentar de Inquérito ou;

peças de informação.

Será dada vista ao:

Ministério Público

No prazo de:

10 (dez) dias

Que deverá adotar as seguintes providências:

requerer o arquivamento;

requisitar as diligências que entender necessárias;

oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas


que entender pertinentes.

Se oferecida a denúncia:

O juiz ordenará a notificação do acusado

O acusado fará:

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Defesa prévia, por escrito,

Prazo:

10 (dez) dias.

Apresentada a defesa pelo acusado:

O juiz decidirá em 5 (cinco) dias.

Se recebida a denúncia:

o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e julgamento (será realizada
dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao recebimento da denúncia, salvo se determinada a
realização de avaliação para atestar dependência de drogas, quando se realizará em 90
(noventa) dias);

ordenará a citação pessoal do acusado;

a intimação do Ministério Público, do assistente e;

se for o caso, e requisitará os laudos periciais.

Na audiência de instrução:
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC n. 127.900/AM, entendeu que
interrogatório do acusado passa a ser sempre o último ato da instrução.

Encerrados os debates:
Proferirá o juiz sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos
para isso lhe sejam conclusos.
DICA 114
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI Nº 10.826/03 (ESTATUTO DO
DESARMAMENTO) E ALTERAÇÕES POSTERIORES
DOS CRIMES E DAS PENAS
POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO
Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:

→ Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

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§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:

suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo


ou artefato;

modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma


de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir
a erro autoridade policial, perito ou juiz;

possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização


ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;

portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração,


marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;

vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório,


munição ou explosivo a criança ou adolescente; e

produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma,


munição ou explosivo.
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo
de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
OBS: A pena é aumentada da metade se:

forem praticados por integrante dos órgãos e empresas (forças de segurança,


empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores e entidades
desportivas; OU

o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.

TESES STJ: O simples fato de possuir ou portar munição caracteriza os delitos


previstos nos arts. 12, 14 e 16 da Lei n. 10.826/2003, por se tratar de crime de perigo
abstrato e de mera conduta, sendo prescindível a demonstração de lesão ou de perigo
concreto ao bem jurídico tutelado, que é a incolumidade pública.
A abolitio criminis temporária prevista na Lei n. 10.826/2003 aplica-se ao crime de posse
de arma de fogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado, praticado somente até 23/10/2005.
(Súmula n. 513/STJ) (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/1973 TEMA 596).
É inaplicável o princípio da insignificância.

O que são armas de fogo de uso proibido?

As armas de fogo classificadas de uso proibido em acordos e tratados internacionais dos


quais a República Federativa do Brasil seja signatária;

As armas de fogo dissimuladas, com aparência de objetos inofensivos;

Munição de uso proibido - as munições que sejam assim definidas em acordo ou tratado
internacional de que a República Federativa do Brasil seja signatária e as munições.
DICA 115
ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS DA LEI Nº 10.826/03 (ESTATUTO DO
DESARMAMENTO) E ALTERAÇÕES POSTERIORES

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DOS CRIMES E DAS PENAS


COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO
Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de
fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar:

→ Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa.


§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer
forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive
o exercido em residência.
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição,
sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente
policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.
OBS.: A pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem
de uso proibido ou restrito.
A pena também é aumentada da metade se:

forem praticados por integrante dos órgãos e empresas (forças de segurança,


empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores e entidades
desportivas; OU

o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.

TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO


Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:

→ Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.


Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório
ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a
agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta
criminal preexistente.
OBS.: A pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem
de uso proibido ou restrito.
A pena também é aumentada da metade se:

forem praticados por integrante dos órgãos e empresas (forças de segurança,


empregados das empresas de segurança privada e de transporte de valores e entidades
desportivas; OU

o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.

TESES STJ: Independentemente da quantidade de arma de fogo, de acessórios


ou de munição, não é possível a desclassificação do crime de tráfico internacional de arma

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de fogo (art. 18 da Lei de Armas) para o delito de contrabando (art. 334-A do Código
Penal), em respeito ao princípio da especialidade.

Compete à Justiça Federal o julgamento do crime de tráfico internacional de arma de


fogo, acessório ou munição, em razão do que dispõe o art. 109, inciso V, da Constituição
Federal, haja vista que este crime está inserido em tratado internacional de que o Brasil
é signatário.

O crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, tipificado no art.


18 da Lei n. 10.826/03, é de perigo abstrato ou de mera conduta e visa a proteger a
segurança pública e a paz social.

Para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição não


basta apenas a procedência estrangeira do artefato, sendo necessário que se comprove
a internacionalidade da ação.

É típica a conduta de importar arma de fogo, acessório ou munição sem autorização da


autoridade competente, nos termos do art. 18 da Lei n. 10.826/2003, mesmo que o réu
detenha o porte legal da arma, em razão do alto grau de reprovabilidade da conduta.

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CRIMINOLOGIA

DICA 116
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO E A PREVENÇÃO DE INFRAÇÕES
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Incide sobre as causas do problema (crime), ou seja, na concretização de direitos
fundamentais de todos, como do acesso a saúde, educação, moradia, trabalho, segurança
(qualidade de vida);
Tem como destinatário toda a população, demanda investimentos de alto custo e exige
tempo para gerar resultados;
Os responsáveis são os administradores públicos (Presidente da República,
Governadores e Prefeitos), incumbidos de sua concretização, que deverá incidir sobre a
raiz do problema;
Trata-se de instrumentos preventivos de médio a longo prazo.
DICA 117
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Atua no momento posterior ao crime ou na sua iminência;
Tem como foco os setores sociais que mais podem sofrer com a criminalidade, e não o
indivíduo propriamente dito, estando relacionado com as ações policiais, programas de
apoio, e controle das comunicações, dentre outros instrumentos seletivos de curto a
médio prazo;
Esta prevenção é a mais presente nas ações do Estado atualmente, diante do clamor público
e da crescente onda de criminalidade que assola o país, seja por meio do aumento de
efetivo policial, reaparelhamento das polícias, políticas públicas dirigidas a grupos
de risco ou vulneráveis, como os alcoólatras, usuários de drogas, vítimas de violência
doméstica e familiar homossexuais e outras minorias.
DICA 118
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Incide sobre os detentos por meio de programas destinados a prevenir a reincidência;
Sua realização se dá por meio de medidas alternativas, como os serviços comunitários
e liberdade assistida;
Atua após a prática do crime revelando caráter punitivo e ressocializante, cuja
finalidade é evitar a reiteração do comportamento delituoso (reincidência);
Tem como destinatário a população carcerária, com raras exceções, tem-se revelado na
prática muito ineficiente.
DICA 119
MODELOS DE REAÇÃO AO DELITO
MODELO CLÁSSICO / DISSUASÓRIO / RETRIBUTIVO
Tem como base a punição do delinquente que deve ser intimidatória e proporcional
ao dano causado;

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Protagonistas:

Estado;

Delinquente.
As sanções penais somente são aplicadas aos imputáveis e semi-imputáveis (também
chamados de criminosos fronteiriços);
Procura persuadir o delinquente a não praticar o crime por meio da intimidação do sistema
retributivo.
DICA 120
MODELO POSITIVISTA / RESSOCIALIZADOR
Intervém na vida e pessoa do delinquente;
Praticado o crime, o delinquente estará sujeito a uma punição, cuja finalidade não se limita
ao castigo, indo mais longe, pios busca a reinserção social;
A participação social é muito importante nesse processo de forma a prevenir e afastar
estigmas;
Tem-se um modelo humanista que defende a intervenção positiva no condenado de modo
a tornar possível sua volta, com dignidade, ao meio social.
DICA 121
MODELO RESTAURADOR / INTEGRADOR / JUSTIÇA RESTAURATIVA
Visa o restabelecimento do status quo ante dos protagonistas do conflito criminal, ou seja,
visa recuperar o delinquente, proporcionar assistência à vítima e restabelecer o
controle social abalado pela prática do delito;
A reparação do dano gera sua restauração;
Busca solucionar o problema criminal por meio de ação conciliadora, ao atender os
interesses e exigências de todas as partes envolvidas;
A solução virá de partes legítimas, e por isso as chances de pacificação revelam-se elevadas;
DICA 122
VITIMOLOGIA
CLASSIFICAÇÃO OFICIAL DE MENDESOLHN
VÍTIMA COMPLETAMENTE INOCENTE (VÍTIMA IDEAL)
É aquela que não tem nenhuma participação no evento criminoso;
É atingida pelo criminoso aleatoriamente.

Ex.: vítimas de terrorismo, vítima de bala perdida.

VÍTIMA MENOS CULPADA DO QUE O DELINQUENTE (VÍTIMA POR IGNORÂNCIA)


É aquela que contribui de alguma forma para o resultado danoso.

Ex.: vítima que frequenta locais perigosos, vítima que expõe objetos de valor, vítima de
estupro que usa roupas provocantes.

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DICA 123
VÍTIMA TÃO CULPADA QUANTO O DELINQUENTE
É aquela cuja participação ativa é imprescindível para a caracterização do crime;
Equilíbrio da dupla penal;
Há uma postura ativa por parte da vítima no sentido de viabilizar o crime.

Ex.: vítimas de estelionato com torpeza bilateral / aborto consentido / eutanásia.

VÍTIMA MAIS CULPADA DO QUE O DELINQUENTE (VÍTIMA PROVOCADORA,


SIMULADORA OU IMAGINÁRIA)
É a vítima que fomenta / incentiva a prática criminosa;
Conhecida pela doutrina como pseudovítima.

Ex.: vítimas nos crimes de homicídio e lesão corporal privilegiados (após injusta
provocação da vítima).
DICA 124
AGRESSÃO X PROVOCAÇÃO

Agressão: vítima como única culpada (legítima defesa).

Provocação: vítima mais culpada (homicídio privilegiado).

Vítima como única culpada:

Hipóteses onde não há crime, por conta da culpa exclusiva da vítima;

Vítima infratora, ou seja, comete um delito e no fim torna-se vítima;

Ex.: sujeito embriagado que atravessa rodovia movimentada, vindo a falecer atropelado.
DICA 125
VITIMIZAÇÃO
É um segmento da vitimologia voltado as consequências/efeitos do crime na vida da
vítima;

Tipos:

Primária:
Consequências naturais do delito.

Secundária:

Sobrevitimização, ou seja, sofrimento adicional (aumento das cifras negras);

Causada pelas instâncias formais de controle social.

Terciária:
Falta de amparo dos órgãos públicos às vítimas;

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A estigmatização, o abandono;

Controle social informal;

A própria sociedade não acolhe a vítima (cifra negra).

Indireta:

Sofrimento de pessoas ligadas a vítima.

Heterogênea:

Autoculpabilização, a vítima atribui a si própria as consequências do crime.

Periculosidade vitimal:

Comportamento inadequado da vítima;

Facilita, instiga ou provoca o algoz.

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SEGURANÇA PÚBLICA

DICA 126
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI Nº 10.826/2003 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO
Inicialmente, é importante destacar que o Estatuto do Desarmamento regulamenta o
registro, a posse, o porte e a comercialização de armas de fogo e munição no Brasil.
Com o Estatuto, o País passou a ter critérios mais rigorosos para o controle das armas.
O Estatuto também aperfeiçoou a legislação para punir mais efetivamente o comércio
ilegal e o tráfico internacional de armas de fogo. Tais crimes, antes enquadrados como
contrabando e descaminho, passaram a ser expressamente previstos em lei especifica.
Em 2005, foi convocado um referendo para tratar do teor dos dispositivos legais da Lei nº
10.826/2003. Naquela época, o art. 35 do Estatuto do Desarmamento vedava a
comercialização de arma e munição em todo território nacional. Contudo, ante a não
aprovação da norma trazida no artigo 35, desde então continua permitida a comercialização
de arma de fogo e munição no Brasil, sob as condições do Estatuto. Portanto, conclui-se
que o referendo não invalidou o Estatuto do Desarmamento, mas somente a proibição
genérica do comércio de arma de fogo e munição.
DICA 127
SISTEMA NACIONAL DE ARMAS (SINARM):
O Sinarm foi instituído pelo Estatuto do Desarmamento no âmbito da Polícia Federal, com
circunscrição em todo o território nacional (art. 1º da Lei nº 10.826/2003)
Destaca-se que o Departamento de Polícia Federal é subordinado ao Ministério da
Justiça e Segurança Pública.
DICA 128
COMPETÊNCIAS DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS (SINARM):
As competências do SINARM estão elencadas no artigo 2º do Estatuto do Desarmamento.
Importa destacar que as atribuições do SINARM são predominantemente relacionadas ao
registro e controle de informações acerca das armas de fogo presentes no país,
vejamos:

Identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro;

Identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de arma


de fogo; (criminosos realizam as modificações com a finalidade de dificultar o rastreamento
das armas de fogo, por isso existe a necessidade de identificar as características,
propriedade e eventuais modificações das armas de fogo);
Cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela
Polícia Federal; (Importante pontuar que o SINARM dispõe das informações das armas que
existem no país, bem como de seus proprietários e pessoas que detenham autorização para
porte);

Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras


ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de
fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores; (SEMPRE que
uma arma for da posse de uma pessoa para outra, mesmo de forma ilegítima, a autoridade
policial deve ser imediatamente comunicada. Além disso, as empresas de segurança privada

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e transporte de valores que encerrem suas atividades não podem manter em seu poder as
armas utilizadas);

Cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País; (as armas


fabricadas no Brasil e as importadas devem ser cadastradas no SINARM. A atividade de
cadastramento é atribuída à Polícia Federal);

Cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos


policiais e judiciais; (delegacias e os órgãos do Poder Judiciário devem informar o SINARM
acerca de apreensões);

Cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer
a atividade; (Armeiro é o profissional responsável pela manutenção de armas de fogo. O
exercício dessa atividade depende de licenciamento da Polícia Federal).

Cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e


importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições; (Tais atividades
dependem de alvará específico expedido pela Polícia Federal);

Cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de


raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e testes
obrigatoriamente realizados pelo fabricante; (Tais informações são relevantes, eis que cada
arma produz um padrão de marcas na munição disparada, sendo que essas marcas
permitem ao perito saber se determinado projétil foi atirado por determinada arma);

Integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; (Tais acervos dizem respeito


às armas apreendidas durante a atividade policial);

Informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os


registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como
manter o cadastro atualizado para consulta. (A Polícia Federal deve sempre informar aos
órgãos estaduais de segurança acerca dos registros e autorizações emitidos).
DICA 129
SISTEMA DE GERENCIAMENTO MILITAR DE ARMAS — SIGMA:
As armas de fogo utilizadas pelas Forças Armadas e Auxiliares e pelas Forças Auxiliares
estão sujeitas a regramento próprio, relacionado ao Sigma.
Forças Auxiliares era o nome utilizado para as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros
Militares. Atualmente, tantos os integrantes das Forças Armadas e Auxiliares quanto os das
Forças Auxiliares são considerados militares para todos os efeitos.
DICA 130
DISTINÇÕES ENTRE O SINARM E O SIGMA:
SIGMA - está relacionado ao Decreto nº 5.123/2004, que regulamentou o Estatuto do
Desarmamento. Este decreto estabelece o cadastro no Sigma das armas de fogo das
Forças Armadas, das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, da Agência
Brasileira de Inteligência e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência
da República.
SINARM – tem a atribuição de cadastrar as armas de fogo da Polícia Federal, Polícia
Rodoviária Federal, Polícias Civis, órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, integrantes
das escolas de presos, das Guardas Portuárias, das Guardas Municipais e dos órgãos
públicos cujos servidores tenham autorização legal para portar arma de fogo em
serviço.

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DICA 131
REGISTRO DE ARMA DE FOGO:
Nos termos do artigo 3º da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), é obrigatório
o registro de arma de fogo no órgão competente.
Órgão competente para fins de registo de armas de fogo:

Armas de fogo de uso permito – são registradas no SINARM, gerido pela Polícia
Federal.

Armas de fogo de uso restrito - são registradas no comando do exército, que é o


órgão responsável pela gestão do SIGMA.
DICA 132
CERTIFICADO DE REGISTRO DE ARMA DE FOGO:
Importante pontuar que este documento legitima a propriedade da arma de fogo,
autorizando o proprietário a mantê-la exclusivamente no interior de sua residência ou
domicílio OU no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal
pelo estabelecimento ou empresa.
Órgão responsável pela expedição do certificado de registro de arma de fogo - Polícia
Federal, após autorização do SINARM.
DICA 133
PROCEDIMENTOS PARA AQUISIÇÃO DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO:
Para aquisição de arma de fogo é necessário apresentar distintos documentos para
comprovar idoneidade, ocupação lícita, residência certa, capacidade técnica e
aptidão psicológica do adquirente.

Nos termos do artigo 4º da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) interessado


deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:

Comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de


antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não
estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas
por meios eletrônicos;
Apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;

Comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de


arma de fogo.

Idade mínima: 25 anos.

Exceção: não será observado o requisito da idade mínima membros das Forças Armadas,
Polícias Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal, Civis, Polícias Militares, Corpos de
Bombeiros Militares e Guardas Municipais.

Preenchidos os requisitos, o SINARM expedirá autorização de compra de arma de fogo em


nome do referente e para a arma indicada (a autorização de compra é pessoal e
intransferível).

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Munição - a aquisição de munição também é controlada, permitindo-se apenas a compra


de munição adequada à arma do proprietário, com a apresentação do certificado de registro
e documento de identificação.

Após a comercialização de arma de fogo, a empresa e/ou a pessoa física vendedora é


obrigada a comunicar o fato à autoridade competente. No caso da empresa, deverá
manter detalhado banco de dados acerca das características das armas vendidas e dos
respectivos compradores (comercialização sempre deve ser precedida de autorização
do SINARM).

DICA 134
PORTE DE ARMA DE FOGO:
O documento de porte de arma de fogo é RESTRITO, permitindo ao proprietário
transportar a arma consigo fora de sua residência e do local de trabalho.
A autorização do porte de arma de fogo, de uso permito, poderá ser concedida com
eficácia temporária E territorial limitada, e dependerá do requerente: a) Demonstrar
a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco OU de ameaça
à sua integridade física; b) Atender às exigências previstas no artigo 4º do Estatuto do
Desarmamento; c) Apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como
o seu devido registro no órgão competente.
Destaca-se que a autorização de porte de arma de fogo, perderá automaticamente sua
eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez OU sob
efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.

O artigo 6º do Estatuto do Desarmamento, autoriza o porte de arma de algumas pessoas,


vejamos:

Integrantes das Forças Armadas; (podem portar, em âmbito nacional, arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora
de serviço);

Integrantes da Polícia Federal; a Polícia Rodoviária Federal; a Polícia Ferroviária


Federal; as Polícias Civis; as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares e os da Força
Nacional de Segurança Pública; (podem portar, em âmbito nacional, arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora
de serviço);

Integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com
mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento
desta Lei; (As condições do porte de arma dos integrantes das guardas municipais são
estabelecidas pelo Decreto nº 5.123/2004. Além disso, tais servidores públicos podem
portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou
instituição, mesmo fora de serviço);

Integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinquenta
mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço;

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ATENÇÃO!

Informativo 1.007 do STF


O art. 6º, III e IV, da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) somente
previa porte de arma de fogo para os guardas municipais das capitais e dos Municípios
com maior número de habitantes. Assim, os integrantes das guardas municipais dos
pequenos Municípios (em termos populacionais) não tinham direito ao porte de arma
de fogo. O STF considerou que esse critério escolhido pela lei é inconstitucional porque
os índices de criminalidade não estão necessariamente relacionados com o número de
habitantes.
Assim, é inconstitucional a restrição do porte de arma de fogo aos integrantes
de guardas municipais das capitais dos estados e dos municípios com mais de
500.000 (quinhentos mil) habitantes e de guardas municipais dos municípios com
mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes,
quando em serviço.
Com a decisão do STF todos os integrantes das guardas municipais possuem direito a
porte de arma de fogo, em serviço ou mesmo fora de serviço. Não interessa o
número de habitantes do Município.

Agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do


Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República; (podem portar, em âmbito nacional, arma de fogo de propriedade particular ou
fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço. Além disso, tais
servidores devem comprovar capacidade técnica e de aptidão psicológica);

Integrantes da Polícia do Senado Federal e a Polícia da Câmara dos Deputados;


(podem portar, em âmbito nacional, arma de fogo de propriedade particular ou fornecida
pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço. Além disso, tais servidores
devem comprovar capacidade técnica e de aptidão psicológica)
Integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais*, os integrantes das
escoltas de presos e as guardas portuárias; (tais servidores devem comprovar capacidade
técnica e de aptidão psicológica.* Integrantes do quadro efetivo de AGENTES E
GUARDAS PRISIONAIS poderão portar arma de fogo de propriedade particular ou
fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que
estejam: a) submetidos a regime de dedicação exclusiva; b) sujeitos à formação funcional,
nos termos do regulamento; c) subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle
interno)

Empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos


desta Lei; (Importante pontuar que as armas de fogo utilizadas por essas empresas são
apenas para o serviço, E devem pertencer exclusivamente às empresas. Além disso,
o extravio E a perda de arma devem ser comunicados pela diretoria ou gerência da
empresa à Polícia Federal, que enviará as informações ao SINARM a fim de que sejam
tomadas as providências cabíveis. A omissão na comunicação acarretará
responsabilidade penal)

Integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades


esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei,
observando-se, no que couber, a legislação ambiental; (ex: clubes de tiro. CUIDADO - o
porte somente é autorizado no momento em que a competição é realizada)

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Integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-


Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Os servidores que
integram tais carreiras, por vezes, realizam atividades fiscalizatórias potencialmente
perigosas, sendo que, por este motivo, podem precisar de proteção adicional. Além disso,
tais servidores devem comprovar capacidade técnica e de aptidão psicológica).

Tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios


Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais
que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma de
regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional
do Ministério Público - CNMP. (Tais instituições podem ter servidores de seu quadro efetivo
que exerçam funções de segurança, e nesse caso eles também podem portar arma de fogo,
de acordo com regulamento próprio. Destaca-se que as armas de fogo utilizadas pelos
servidores serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas instituições,
somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo estas observar as condições
de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de
registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da instituição);
DICA 135
PORTE DE ARMA AO CAÇADOR DE SUBSISTÊNCIA:
Deve ser residente em área rural.
Além disso, o caçador de subsistência é a pessoa que, além de morar em área rural, tem
pelo menos 25 anos e depende da caça para sobreviver (não se trata do caçador
esportivo, mas sim daquele que caça para alimentar-se e à sua família).
Esta autorização de porte é restrita à utilização de certo tipo de arma, descrito no
Estatuto do Desarmamento, ou seja, não é para qualquer arma de fogo, além da
necessidade de comprovação da necessidade de caça para subsistência, que deve ser
registrada e de licenciada pelo IBAMA para que possa desempenhar a atividade.

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