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Memorex PM DF – Soldado – RODADA 02

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Memorex PM DF – Soldado – RODADA 02

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

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na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

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Rodada 03 21/02/2023
Rodada 04 23/02/2023
Rodada 05 28/02/2023
Rodada 06 02/03/2023

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


LÍNGUA INGLESA .............................................................................................................. 12
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO .................................. 16
ATUALIDADES..................................................................................................................... 19
LEGISLAÇÃO ........................................................................................................................ 24
DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITOS HUMANOS................................... 32
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 43
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 53
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 58
DIREITO PENAL MILITAR ............................................................................................ 62
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR ............................................................. 69
CRIMINOLOGIA ................................................................................................................. 75

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
ORTOGRAFIA - USO DOS PORQUÊS

PORQUE:
Indica EXPLICAÇÃO ou CAUSA.
Por isso, exerce função de conjunção subordinativa causal ou coordenativa
explicativa.
Poderá ser substituído por “pois”, “para que” e “uma vez que”.

Ex.: Lara não foi à festa, porque estava doente. → justificativa para Joana não ter
ido à festa.

Escolhemos esta mochila, pois é mais barata. → indica a causa para a escolha da mochila.
PORQUÊ:
Indica MOTIVO ou RAZÃO.
Aparece acompanhado de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns).
“Porquê” pode ser substituído por: o motivo; a causa; a razão.
“Porquê” é um substantivo masculino e pode sofrer flexão em gênero: o porquê, os
porquês.

Ex.: Não me disseram o porquê de tanta tristeza na tarde de segunda-feira.


Não me disseram o motivo de tanta tristeza na tarde de segunda-feira.
DICA 02
HÁ X A
Essas palavras possuem o mesmo som, porém são escritas de maneira diferente e
possuem significados diferentes.

O “HÁ” vem do verbo “haver” e é utilizado quando a oração é sem sujeito, ou seja,
impessoal, e o verbo significa “existir”.
CUIDADO! Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” ficará no singular.

Ex.: Há um homem elegante no bar – Existe um homem elegante no bar


Há homens elegantes no bar – Existem homens elegantes no bar
Ainda, o “HÁ” é usado para frases que se referem ao passado.

Ex.: Há anos que não visito minha mãe – Faz anos que não...

O “A” pode ser artigo.

Ex.: A jovem chora muito.

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→ O “A” pode ser uma preposição.


Ex.: Vani mora a um quilômetro de distância da escola José Martins.

→ Também pode indicar futuro.


Ex.: Daqui a cinco anos estarei divorciada.

QUESTÃO ADAPTADA.
Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos
tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de
um rei à cem anos”.
A modificação necessária para que esse texto fique correto é:
“à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”. → CERTO

DICA 03
MAL X MAU
Essas são 2 palavras bem fáceis de confundir na escrita, uma vez que a pronúncia é a
mesma.

Portanto, lembre-se que, em regra:

MAL – ADVÉRBIO – CONTRÁRIO DE “BEM”


MAU – ADJETIVO – CONTRÁRIO DE “BOM”

O advérbio “mal” é utilizado para indicar que alguma coisa foi feita de modo errado.
Ainda, “mal” pode ser um substantivo quando indicar uma doença, uma maldade, por
exemplo (O mal do homem é a vingança). Também, “mal” pode significar uma conjunção
temporal (com o mesmo sentido de “assim que”).
O adjetivo “mau” é utilizado para indicar que algo é ruim ou maldoso.

Ex.: Os maus pensamentos não nos fazem bem.


DICA 04
SE NÃO X SENÃO
Essas palavras têm som idêntico, mas a escrita e significado são diferentes.

O SENÃO poderá ser usado quando tiver o significado de:

MAS SIM: O anel não era de ouro, senão de prata.

CASO CONTRÁRIO: Devo trabalhar, senão venderei o carro.

EXCETO: Todos, senão meus irmãos, podiam entrar na festa.

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Já, o SE NÃO, é uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não”
poderá ser utilizada quando tiver o significado de:

CASO NÃO: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe.

QUANDO NÃO: Havia duas pessoas no parque brincando, se não três.


DICA 05
ONDE X AONDE

ONDE: faz referência a um lugar concreto. Dá a ideia de lugar fixo.

Ex.: Onde Jonas mora?


Quero ficar onde está minha vó.

AONDE: é utilizado quando o verbo expressa movimento. É usado com verbos que
pedem a preposição “a”.

Ex.: Aonde estamos indo?


Ela foi aonde ontem de madrugada?
DICA 06
ACERCA DE X CERCA DE

ACERCA DE: possui o mesmo sentido de “sobre” ou “a respeito de”.

Ex.: Eu e meu marido estávamos comentando acerca da festa de casamento.

→ “sobre” a festa de casamento.


A CERCA DE: possui o mesmo sentido de “aproximadamente”.

Ex.: Gravataí fica a cerca de trinta minutos de Porto Alegre.

→ “aproximadamente” trinta minutos de Porto Alegre.


DICA 07
DEMAIS X DE MAIS

“DE MAIS” é uma locução adjetiva e exprime quantidade. É o contrário de “de menos”.

Ex.: Há pimenta de mais na massa que você serviu.


Tenho tema de mais para fazer.
Havia gente de mais na loja.

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“DEMAIS” poderá ser um advérbio de intensidade (indicando um excesso) ou poderá


ser um pronome indefinido (terá o significado de “os outros”).

Ex.: Rimos demais durante a festa. – advérbio


É cedo demais para levantar – advérbio
Aqueles que fizeram a lição podem ficar na sala, os demais podem sair.

→ “os outros” podem sair. – Pronome indefinido.


DICA 08
MAIS X MAS

“Mas” é uma conjunção que exprime adversidade. Você poderá trocá-la por: porém,
contudo, entretanto.

Ex.: Eu olhei vários vestidos, mas não quis comprar nenhum.

→ “porém não quis comprar nenhum”.


Ela tem tantos pijamas, mas não para de comprar outros.

→ “entretanto não para de comprar outros”.


Geralmente, o “MAIS” será um advérbio de intensidade (antônimo de “menos”).

Ex.: Lola tem mais amigos do que inimigos.


antônimo de “menos”).

Ex.: Lola tem mais amigos do que inimigos.


DICA 09
A FIM X AFIM

“A FIM DE” é uma locução prepositiva e possui o mesmo significado de “com a


finalidade de”.

Ex.: Terminei o tema cedo a fim de ir ao teatro.

→ “com a finalidade de” ir ao teatro.


TOME NOTA: Utiliza-se “a fim” para dizer que possui interesse em alguém.

Ex.: Estou a fim de um menino ruivo na escola.

“AFIM” poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são semelhantes. Ainda,
poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são parentes.

Ex.: Eu e meu marido temos metas afins. = metas semelhantes


Os afins não comparecerão à reunião.

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DICA 10
ABSOLVER X ABSORVER

A palavra ABSORVER, geralmente, significa “consumir”; “sorver”.


Ex.: O pano que comprei absorve toda a sujeira do Chão.
Ainda, pode significar “concentrar-se”. Exemplo: Mônica absorve-se no trabalho.

A palavra ABSOLVER significa “perdoar”; “isentar”; “desobrigar”.


Ex.: O júri absolveu o réu.

DICA 11
ACENTUAÇÃO
Os acentos gráficos estabelecem, de acordo com as regras existentes, a intensidade das
sílabas nas palavras. Na língua portuguesa, os acentos gráficos são:

Acento Agudo (´ ): aparece sobre as letras a, i, u e sobre o e (no caso de –em).


Sua função é indicar a as vogais tônicas.
Ex.: Saúde; Paraná.

Pode indicar um timbre aberto.


Ex.: chulé; herói.

Acento Grave (`) – Mais conhecido como crase.


Ex.: à; àquela.

Acento Circunflexo (^) – Aparece nas vogais “a”, “e” e “o”,


indica a vogal tônica e o timbre fechado na pronúncia.
Ex.: Vovô; mês.

A acentuação gráfica relaciona-se com a posição da sílaba tônica nas palavras. Existem
regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
DICA 12
REGRAS GERAIS
A fim de compreender adequadamente as regras, veja estes conceitos iniciais em relação à
sílaba tônica das palavras:

Palavras oxítonas: as últimas sílabas são tônicas.

Ex.: abacaxi / a-ba-ca-xi


urubu / u-ru-bu

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Palavras paroxítonas: as penúltimas sílabas são tônicas.

Ex.: levedo / le-ve-do


areia / a-rei-a

Palavras proparoxítonas: as antepenúltimas sílabas são tônicas.

Ex.: pálido / pá-li-do


proparoxítona / pro-pa-ro-xí-to-na
DICA 13
ACENTUAÇÃO GRÁFICA – PAROXÍTONAS

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em um e un(s):

Ex.: álbum e fórum.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em r:

Ex.: açúcar e caráter.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em x:

Ex.: tórax e látex.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em n:

Ex.: abdômen e hífen.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l:

Ex.: amável e fácil.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ão(s):

Ex.: órgãos e órfão.

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ps:

Ex.: bíceps.

Acentuam-se as paroxítonas que terminam em ditongos:

Ex.: memória e Ásia.

CUIDADO: Por exemplo: PÓLEN leva acento, mas o plural “polens” não possui acento!

ATENÇÃO!

Os ditongos abertos (“ei”, “oi”) das paroxítonas não devem ser acentuados.
Ex.: ideia, joia, paranoia e assembleia.

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TOME NOTA: A palavra “herói”, por exemplo, continua sendo acentuada. Embora
possua ditongo aberto “ói”, ela é oxítona, não é paroxítona.
DICA 14
OXÍTONAS E PROPAROXÍTONAS

Acentuam-se as oxítonas terminadas em a(s):

Ex.: Pará e maracujás.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em e(s):

Ex.: café e até.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em o(s):

Ex.: vovô e avós.

Acentuam-se as oxítonas terminadas em em e en(s):

Ex.: armazém e parabéns.

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas!

Ex.: médico, lâmpada e público.

QUESTÃO, 2018.

A alternativa em que a acentuação de todas as palavras se justifica pela mesma regra


é:

A) ausência, indivíduo, país.

B) vivência, más, família.

C) potável, contrário, água.

D) análoga, prática, público.

Gabarito: D.

Comentário: CERTA, são proparoxítonas e TODAS as proparoxítonas são acentuadas.

DICA 15
ENCONTROS VOCÁLICOS

Ocorre quando existe um encontro de vogais em uma palavra. São classificados em:
hiato, ditongo e tritongo.

Hiato: caracteriza-se por ser o encontro de 2 vogais, mas elas estão separadas, cada
uma em uma sílaba. Exemplo: Saúde (Sa-ú-de).

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Ditongo: caracteriza-se pelo encontro de 2 vogais que estão na mesma sílaba, mas
uma delas é uma semivogal. Exemplo: Glória (Gló-ria)

Tritongo: caracteriza-se pelo encontro, na mesma sílaba, de uma semivogal + vogal


+ semivogal. Exemplo: Paraguai (Pa-ra-guai)

hiato = vogal + vogal

ditongo = vogal + semivogal / semivogal + vogal

tritongo = semivogal + vogal + semivogal

DICA BÔNUS
OXÍTONAS

As palavras são oxítonas porque têm a sua última sílaba tônica. Há as seguintes
regras:

Palavras oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s)


A(S): Paraná, aliás, vatapá.
E(S): café, boné, jacarés.
O(S): jiló, após, avó.

Palavras oxítonas terminadas em em, ens


EM: também, alguém, refém.
ENS: parabéns, reféns.

Palavras oxítonas terminadas em ditongos abertos éi, éu, ói com ou sem s


ÉI: anéis, hotéis, pastéis.
ÉU: chapéu, troféu, troféus.
ÓI: dodói, herói, lençóis.

TOME NOTA: Palavras como “coração” e “sabão” são oxítonas não acentuadas, pois
o til (~) não é um acento.

QUESTÃO ADAPTADA.
As duas palavras que recebem acento gráfico por razões diferentes são:
a) homicídio/média;
b) país/juízes;
c) histórico/pública;
d) secretários/relatório;
e) está/é.
Gabarito: letra e.
Comentário: certo, pois “está” é oxítona terminada em “a” e “é” é monossílabo
terminado em “e”.

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LÍNGUA INGLESA
DICA 16
INTERPRETANDO TEXTOS

Vamos aqui ver um texto de um assunto totalmente diferente do tratado na dica anterior,
para que o (a) nosso (a) futuro (a) aprovado (a):

Ceausescu’s children
“When they were first exposed in 1989, Romania’s orphanages shocked the world. But
what happened to the children left behind? Vişinel Balan, now 27, tells his story
When Vişinel Balan was two months old he was put in a state infant centre in Bacău, a
town folded into the foothills of the Carpathian mountains in Romania. It was August
1987. At the entrance to the institution there was a poster of a mother bringing in her
baby, then walking away with her child, now older, hand in hand. The message was: the
state can take better care of your child than you can.
Vişinel’s earliest memories are of rocking himself backwards and forwards and of waking
up warm, wet with pee. When he was three years old he was sent to a preschool
institution in the nearby town of Comănești.
(...)
The birth rate soon doubled, but then the rate of increase slowed as Romanian women
resorted to homemade illegal abortions, often with catastrophic results. In 1977 all
childless persons, regardless of sex or martial status, were made to pay an additional
monthly tax. In the 1980s condoms and the pill, although prohibitively expensive, began
to become available in Romania – so they were banned altogether. Motherhood became
a state duty. The system was ruthlessly enforced by the secret police, the securitate.
Doctors who performed abortions were imprisoned, women were examined every three
months in their workplaces for signs of pregnancy. If they were found to be pregnant
and didn’t subsequently give birth, they could face prosecution. Fertility had become an
instrument of state control.”
(Disponível em: https://www.theguardian.com/news/2014/dec/10/-sp-ceausescus-children )

Você conseguiu identificar a temática do texto? Imagine que este texto estivesse em
sua prova e viesse uma pergunta dizendo:

QUESTÃO.
“Sobre qual assunto este texto fala?”
a) Ele fala sobre os órfãos da Segunda Guerra Mundial, na Alemanha.
b) Ele fala sobre as crianças órfãs da Albânia, no governo do ditador Enver Hoxha.
c) Ele fala sobre as crianças órfãs da Romênia, vítimas da política natalista do ditador
Nicolae Ceaușescu.
d) Ele fala sobre as crianças órfãs da Moldávia, vítimas da política de imigração do ditador
Nicolae Ceaușescu.
Gabarito: Letra c.

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DICA 17
ADJECTIVES AND ADVERBS/ADJETIVOS E ADVÉRBIOS
Geralmente, no português, o adjetivo vem após o substantivo em uma frase. No inglês, é o
contrário.
Ex.: Ele é um menino elegante. He is an elegant boy. Veja que no inglês, “elegant”
que é “elegante” veio antes de “boy” que é “menino”.

Adjetivo “corajoso” - He is brave. Ele é corajoso.

Advérbio “corajosamente” - He talks bravely. Ele fala corajosamente.


DICA 18
ADJETIVO POSSESSIVO/POSSESSIVE ADJECTIVES
Os adjetivos possessivos indicam a posse de algo, ou seja, indicam que alguém possui
alguma coisa.

My (meu, minha, meus, minhas)


My mom is pretty. Minha mãe é bonita.

Your (teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas)


Your brother is my classmate. Seu irmão é meu colega de classe.

His (dele, seu, sua, seus, suas)


His pens are black. As canetas dele são pretas.

Her (dela, seu, sua, seus, suas)


Her dresses are red. Os vestidos dela são vermelhos.

Its (dele, dela, seu, sua, seus, suas)


This bag is cool. Its color is green. Esta bolsa é legal. A cor dela é verde.

Our (nosso, nossa, nossos, nossas)


Our house is cold. Nossa casa é fria.

Your (vosso, vossa, seu, sua, de vocês)


Your children are very polite. As crianças de vocês são muito educadas.

Their (deles, delas, seu, sua, seus, suas)


Their school is big. A escola deles é grande.

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DICA 19
PHRASAL VERBS/VERBOS FRASAIS
São expressões compostas por um verbo + preposição, verbo + advérbio ou verbo +
advérbio + preposição. A dificuldade de traduzir um “phrasal verb” é que não se pode fazer
a tradução literal da expressão, pois o sentido das palavras muda. Exemplo: “to give”
significa “dar”. “Up” significa “para cima”. Contudo, o phrasal verb “to give up”
significa “desistir”. Ou seja, não dá para traduzir ao pé da letra! Vamos decorar os mais
utilizados e que podem cair na sua prova:

CATCH UP Atualizar-se; alcançar, recuperar

RELY ON “Contar com” alguém; depender

PUT UP Tolerar
WITH

COME UP Descobrir, pensar em uma solução


WITH

TURN DOWN Recusar (a oferta), baixar (o som)

CALL OF Cancelar, suspender

HURRY UP Apressar-se

GET RID OF Livrar-se de

FIGHT OFF Lutar (defender-se de inimigo)

SET UP Arrumar (uma pessoa para outra) montar, configurar, organizar,


agendar, armar(para alguém)

BRING IN Incluir, trazer, atrair, dar o veredito (bring in a verdict)

DICA 20
PASSIVE VOICE/VOZ PASSIVA
Na voz ativa (active voice) o sujeito que pratica a ação está em evidência. Já, na voz
passiva (passive voice) o objeto que recebe a ação está em evidência.

Voz ativa: Lucas is writing a letter. Lucas está escrevendo uma carta.

Voz passiva: A letter is being written by Lucas. A carta está sendo escrita por Lucas.
DICA BÔNUS
MODAL VERBS/VERBOS MODAIS

Can: pode/consegue. Usado para expressar capacidade, habilidade.

Ex.: I can write in english. Eu posso/consigo escrever em inglês. Forma negativa: can’t.
Forma interrogativa: Can you play soccer? Você consegue jogar futebol?
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Could: poderia/podia. Expressa habilidade e permissão.

Ex.: I could walk. Eu podia caminhar. Forma negativa: couldn’t. Forma interrogativa:
Could I talk to you? Eu poderia falar com você?

Must: deve. Expressa uma obrigação.

Ex.: You must take a shower. Você deve tomar banho. Forma negativa: mustn’t. Forma
interrogativa: Must you study? Você deve estudar?

Should/Ought to: deveria. Usado para conselhos e sugestões.

Ex.: You should take care of yourself. Você deveria cuidar de si mesmo. Forma negativa:
shouldn’t. Forma interrogativa: Should I stay or should I go? Eu deveria ficar ou deveria
ir? OBS.: “ought to” significa a mesma coisa, mas é pouco usado, uma vez que é mais
formal.

Shall: deve (em regra). Expressa convite, sugestão, ação futura (inglês britânico;
usado com I e We).

Ex.: Shall I talk to her? Devo conversar com ela?; Shall we travel to Paris? Vamos viajar
para Paris? Forma negativa: shan’t. Forma afirmativa: I shall go to Paris. Eu devo (vou)
ir para Paris.

May: usado para permissão e para falar sobre a possibilidade de uma ação. Ele
aparece quando não temos certeza de algo, tanto no presente quanto no futuro.

Ex.: I may go to your party. É provável que eu vá a sua festa.; May I come in? Eu
posso entrar? Forma negativa: may not.

Might: usado para ações que não têm muitas chances de acontecer. Usado para
momentos mais formais, para se fazer um pedido de forma educada.

Ex.: It might rain tomorrow. É capaz de chover amanhã. He asked if he might go to the
wedding with her. Ele perguntou se poderia ir ao casamento com ela. Formas negativa e
interrogativa: Igual ao “may”.

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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
DICA 21
ESTRUTURAS LÓGICAS
As frases imperativas, interrogativas, exclamativas não são proposições, pois não existe a
possibilidade de julgamento em verdadeiro ou falso.

Ex.: Vá dormir; (Não tem valor V ou F)


Ele viajou? (Não tem valor V ou F, quem viajou? não sabemos)
Passei no concurso!!! (Não tem valor V ou F)

Sentenças abertas também não são proposições;

Ex.: X+4=7; (é uma sentença aberta, pois X pode assumir qualquer valor)

Já a sentença fechada é uma proposição;

Ex.: 7+3=12 (é uma proposição falsa)


5+25=30 (é uma proposição verdadeira);

”Que noite agradável” → é uma sentença exclamativa, portanto não é uma proposição;
”Qual é a sua idade?” → é sentença interrogativa, portanto não é uma proposição;
”Chute a bola” → é uma sentença imperativa (indica uma ordem), portanto não é uma
proposição.
DICA 22
ESTRUTURAS LÓGICAS
Qualquer Proposição ou é Verdadeira ou Falsa, não pode ser verdadeira e falsa
simultaneamente.
Uma proposição se for verdadeira será sempre verdadeira, e se for falsa será sempre falsa.

Proposições simples:

Ex.: Pelé é o rei do futebol.

Proposições compostas:

Ex.: Pelé é o rei do futebol e Pelé foi campeão da copa do Mundo em 1970;( temos 2
sentenças).
Frases paradoxais não podem ser proposições justamente porque não pode ser atribuído
um único valor lógico a esse tipo de frase;

Ex.: “Eu sou mentiroso” se a frase for verdadeira, o autor da frase necessariamente
mentiu. Isso significa que a frase é falsa.

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DICA 23
ESTRUTURAS LÓGICAS

A lógica proposicional obedece a três princípios, conhecidos também por Leis do


Pensamento que são:

Princípio da Identidade
Que diz que uma proposição verdadeira é sempre
verdadeira, e uma proposição falsa é sempre falsa;

Princípio da Não Contradição


Em que uma proposição não pode ser verdadeira e
falsa ao mesmo tempo;

Princípio do Terceiro Excluído


Em que uma proposição ou é verdadeira ou é falsa.
Não existe um terceiro valor talvez.

DICA 24
ESTRUTURAS LÓGICAS
Proposição simples não pode ser dividida proposições menores;
A negação de uma proposição simples p gera uma nova proposição simples ~p;

→ Usa-se o "não" e de expressões correlatas como "não é verdade que", "é falso que";
Ex.: p: “Rio de Janeiro não é a capital do Brasil.", sua negação é ~q: "Rio de Janeiro é a
capital do Brasil."
Para negar uma proposição simples formada por uma oração principal e por orações
subordinadas, devemos negar o verbo da oração principal.
DICA 25
ESTRUTURAS LÓGICAS
A proposição composta é uma proposição que resulta da combinação de duas ou mais
proposições simples por meio do uso de conectivos;

Conectivo Não, tem símbolo ~, e é uma Negação;

Conectivo E, tem símbolo ^, e é uma Conjunção;

Conectivo Ou, tem símbolo V, e é uma Disjunção Inclusiva;

Conectivo Ou...Ou, tem símbolo V, e é uma Disjunção Exclusiva;

Conectivo Se...então, tem símbolo →, e é uma Condicional;

Conectivo Se e somente se, tem símbolo ↔, e é uma Bicondicional.

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DICA BÔNUS
ESTRUTURAS LÓGICAS
A tabela-verdade é uma ferramenta utilizada para determinar todos os valores lógicos
(V ou F) assumidos por uma proposição composta em função dos valores lógicos atribuídos
às proposições simples que a compõem;
Tabela verdade é também uma tabela matemática usada no campo do raciocínio lógico,
para verificar se uma proposição composta é válida.
Para sabermos a quantidade de linhas, que terá nossa tabela verdade é só pegar o número
2 e elevá-lo ao número de proposições simples. (2𝑛 )

Ex.: 1) Duas proposições simples: 2² = 4


2) Três proposições simples: 2³ = 8.

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ATUALIDADES
DICA 26
SERVIÇOS
No Distrito Federal, o Setor de Serviços é o principal pilar da Economia. No exercício de
2014, foi responsável por 92,9% do Produto Interno Bruto, conforme informações da
CODEPLAN/IBGE.
Neste setor, dentre as atividades que o ofertam, aquelas ligadas à área pública como:
Administração, Educação, Saúde, Pesquisa e Desenvolvimento Públicos, Defesa e
Seguridade Social, apresentaram a maior participação, com 46,34%.
DICA 27
INDÚSTRIA
O Setor Industrial tem pouca expressão na composição do PIB/DF, existindo a participação,
em 2014, de apenas 6,6% na economia, com um montante de R$ 11,347 bilhões. O
componente mais representativo foi a Construção Civil, responsável por 58,83% no
exercício, enquanto a Indústria de Transformação contribuiu com 27,13%. Eletricidade e
Gás, Água, Esgoto, atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação, 13,85% e
Indústria Extrativa só 0,19%.
A Atividade Industrial, mesmo havendo pouca expressão na composição da Economia do
Distrito Federal, com relação a valor, é o 2º na composição do PIB/DF, sendo responsável
por 6,6 % do seu total.
DICA 28
AGROPECUÁRIA
A Agropecuária é o setor com a menor participação na Economia brasiliense. É responsável
por apenas 0,4% do total do PIB em 2014, segundo cálculos da Codeplan/IBGE. Essa
participação indica que o Setor contribuiu somente com R$ 770 milhões em valores
absolutos, na composição do Produto Interno Bruto do Distrito Federal. Entre os seus
subitens, o mais representativo é “Agricultura, inclusive o Apoio à Agricultura e à Pós-
colheita” que sozinho é responsável por 75,58% do setor.
Em seguida, com a participação de 19,74%, está a Pecuária, inclusive o “Apoio à
Pecuária”, e com a menor participação no Setor, está a Produção Florestal, Pesca e
Aquicultura, compondo um único item e representando apenas 4,68% na formação do Setor
Primário da Economia do DF. Esta atividade é desenvolvida em pequenas áreas, para o qual
contribui a pequena dimensão territorial do Distrito Federal.
DICA 29
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA
De acordo com os dados do IBGE e PED - DF de 2010 e 2015, notou-se que a População
em Idade Ativa - PIA, aumentou, e consequentemente também aumentou a População
Economicamente Ativa – PEA. No período de 2010 a 2013, com relação ao pessoal ocupado,
destaca-se o setor de Serviços em que são relevantes as atividades da Administração
Pública, Defesa e Seguridade Social, seguido pelas atividades de Comércio, Reparação de
Veículos Automotores, Motocicletas, Transporte, Armazenagem e Correio.
A Indústria de Transformação está em segundo lugar tanto pelo número maior de pessoal
ocupado como pelo seu crescimento em relação aos outros setores que vêm diminuindo.
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DICA 30
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
O Distrito Federal, segundo projeção de 2016 do IBGE, apresenta uma população de
3.039.444. No contexto do Brasil, o Distrito Federal, com pouco mais de 50 anos, ocupa o
terceiro lugar em população, atrás somente dos munícipios de São Paulo e Rio de Janeiro.
Comparando a população do Brasil e Distrito Federal nas últimas três décadas, observa-se
que a população do Distrito Federal cresceu quase o dobro, o que não aconteceu no Brasil
cujo crescimento foi significativo, mas não nesta proporção. A participação da população do
Distrito Federal no contexto do Brasil vem aumentando sua contribuição, pois em 2010
chega a 1,33% com projeção em 2016 para 1,44%.
DICA 31
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
Na distribuição por sexo, conforme dados de 2015 da Codeplan/PDAD, a população feminina
é predominante no Distrito Federal, sendo 1.515.066 mulheres e 1.391.508 homens.
Quanto à ocupação do território, a população urbana no Distrito Federal está distribuída por
todas as 31 Regiões Administrativas. Segundo dados de 2015, da Codeplan, a RA IX -
Ceilândia apresenta maior população urbana, seguida pela RA I Plano Piloto e RA III -
Taguatinga.
A população rural apresentou uma redução de contingente entre 2000 e 2010, passando de
89.645 para 88.885, predominando os homens adultos e com redução no número de
jovens. Esta população jovem diminuiu, provavelmente pelo motivo de ir em busca de
estudo e/ou melhores condições de vida de uma maneira geral.
O envelhecimento da população do Distrito Federal é significativo, quando se verifica a
distribuição por faixa etária. No período de 2010 e 2015, nas faixas etária dos 65 anos a 90
e mais, ocorreu um crescimento significativo, ao contrário da faixa de 0 a 34 anos, que
teve seu número reduzido. O mesmo processo também ocorreu no Brasil.
DICA 32
PROTEÇÃO DE MANANCIAIS E CAPTAÇÕES DE ÁGUA
Em 1997, o Plano de Ordenamento Territorial do DF - PDOT (Lei Complementar n° 17, de
28 de janeiro de 1997), constituiu as Áreas de Proteção de Mananciais - APM. As APMs
foram regulamentadas pelo Decreto 18.585/97 e destinam-se “à conservação, recuperação
e manejo das bacias hidrográficas situadas a montante dos pontos de captação de água da
Caesb, sendo vedado o parcelamento do solo urbano ou rural nestas áreas”.
Cabe à CAESB o disciplinamento do uso e ocupação do solo a montante dos seus pontos de
captação de água visando manter a qualidade ambiental destes locais.
DICA 33
REGIÕES ADMINISTRATIVAS INTEGRADAS DE DESENVOLVIMENTO – RIDES
As Regiões Administrativas Integradas de Desenvolvimento - RIDEs foram feitas para
articulação das ações da União em um mesmo complexo social e geoeconômico. O Artigo
43 da Constituição Federal traz a delegação à lei complementar sobre a definição das
condições de integração.
A coordenação das ações foi delegada a Conselhos Administrativos, e suas Secretarias
Executivas incorporadas à estrutura do Ministério da Integração Nacional.
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DICA 34
REGIÕES ADMINISTRATIVAS INTEGRADAS DE DESENVOLVIMENTO – RIDES
O Conselho Administrativo da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e
Entorno - COARIDE, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, tem a finalidade
de coordenar as atividades a serem desenvolvidas na RIDE.

Os subcolegiados do COARIDE:

serão instituídos em atendimento ao disposto em suas Resoluções;

não poderão ter mais de cinco membros;

terão caráter temporário e duração não superior a um ano; e

estão limitados a três operando simultaneamente.


DICA 35
REGIÕES ADMINISTRATIVAS INTEGRADAS DE DESENVOLVIMENTO – RIDES

Consideram-se de interesse da RIDE os serviços públicos comuns ao Distrito Federal,


Estados de Goiás, Minas Gerais e aos Municípios que a integram, relacionados com as
seguintes áreas:

infraestrutura;

geração de empregos e capacitação profissional;

saneamento básico, em especial o abastecimento de água, a coleta e o tratamento de


esgoto e o serviço de limpeza pública;

uso, parcelamento e ocupação do solo;

transportes e sistema viário;

proteção ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;

aproveitamento de recursos hídricos e minerais;

saúde e assistência social;

educação e cultura;

produção agropecuária e abastecimento alimentar;

habitação popular;

serviços de telecomunicação;

turismo; e

segurança pública.

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DICA 36
RIDE E COARIDE

O COARIDE* se reunirá em caráter ordinário trimestralmente e em caráter


extraordinário:

sempre que convocado por seu Presidente;

por solicitação de um terço dos membros; ou

no prazo de até trinta dias após a reunião em que tenha havido concessão de vista de
matéria constante da pauta.
Conselho administrativo da região integrada de desenvolvimento do distrito federal e
entorno
DICA 37
RIDE E COARIDE
Além do voto ordinário, o Presidente do COARIDE terá o voto de qualidade em caso de
empate. Os membros do COARIDE que se encontrarem no Distrito Federal e na RIDE se
reunirão presencialmente e os membros que se encontrem em outros entes federativos
participarão da reunião por meio de videoconferência.
O COARIDE poderá instituir subcolegiados para matérias específicas.
DICA 38
RIDE E COARIDE

Compete ao COARIDE:

coordenar as ações dos entes federados que compõem a RIDE, visando ao


desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais;

aprovar e supervisionar planos, programas e projetos para o desenvolvimento integrado


da RIDE;

programar a integração e a unificação dos serviços públicos que lhes são comuns;

indicar providências para compatibilizar as ações desenvolvidas na RIDE com as demais


ações e instituições de desenvolvimento regional;

harmonizar os programas e projetos de interesse da RIDE com os planos regionais de


desenvolvimento;

coordenar a execução de programas e projetos de interesse da RIDE; e

aprovar seu regimento interno.


DICA 39
RIDE E COARIDE

O Programa Especial de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal, ouvidos os


órgãos competentes, estabelecerá, mediante convênio, normas e critérios para a unificação
de procedimentos relativos aos serviços públicos de responsabilidade Distrital, Estadual e
Municipal de entes que integram a RIDE, especialmente em relação a:
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tarifas, fretes e seguro, ouvido o Ministério da Fazenda;

linhas de crédito especiais para atividades prioritárias;

isenções e incentivos fiscais, em caráter temporário, de fomento a atividades produtivas


em programas de geração de empregos e de fixação de mão de obra.
DICA 40
RIDE E COARIDE
A Secretaria-Executiva do COARIDE será exercida pela Diretoria de Planejamento e
Avaliação da SUDECO.
A participação no COARIDE será considerada prestação de serviço público relevante, não
remunerada.

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LEGISLAÇÃO
DICA 41
LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL (CONSTITUI A LEI FUNDAMENTAL DO
DISTRITO FEDERAL)

DA PERDA DO CARGO:

O servidor público estável só perde o cargo:

em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

mediante processo administrativo em que lhe sejam assegurados o contraditório e a


ampla defesa;

mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
Mas quem é o servidor considerado “estável”?
Com base no art. 40 da Lei Orgânica do Distrito Federal, são estáveis após três anos de
efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público.
IMPORTANTE!
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, deve ele ser reintegrado,
e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
DICA 42
DOS BENS DO DISTRITO FEDERAL

São bens do Distrito Federal:

os que atualmente lhe pertencem, que vier a adquirir ou lhe forem atribuídos;

as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas,


neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

a rede viária do Distrito Federal, sua infra-estrutura e bens acessórios.


Destaca-se que os bens do Distrito Federal declarados inservíveis em processo regular
poderão ser alienados, mediante licitação, cabendo doação somente nos casos que lei
especificar.

Vejamos como esse assunto caiu em prova:

QUESTÃO, 2018.
Em relação aos bens do Distrito Federal, a LODF dispõe que
a) os bens declarados inservíveis, em processo regular, podem ser alienados, mediante
licitação, cabendo doação somente nos casos especificados em lei.
b) compete ao Governador autorizar a alienação, aforamento, comodato ou cessão de
uso de bens imóveis do Distrito Federal.
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c) não é admitido o uso de bens do Distrito Federal por terceiros, salvo mediante
concessão administrativa de uso, conforme o interesse público, na forma da lei.
d) é vedada a utilização de bens dominiais como instrumento para a realização de
políticas de ocupação ordenada do território.
e) os bens do Distrito Federal devem ser cadastrados com a identificação respectiva, com
exceção dos bens dominiais.
Gabarito: Letra a.

DICA 43
DOS BENS DO DISTRITO FEDERAL
É de suma importância que você saiba para sua prova da PM DF (e para as demais também
rs) que os bens imóveis do Distrito Federal só podem ser objeto de alienação, aforamento,
comodato ou cessão de uso, mediante autorização legislativa.
Acrescente-se que todos os bens do Distrito Federal deverão ser cadastrados com a
identificação respectiva.
IMPORTANTE!
Os bens do Distrito Federal podem ser usados por terceiro? SIM, o uso de bens do Distrito
Federal por terceiros poderá ser feito mediante concessão administrativa de uso,
permissão ou autorização, conforme o caso e o interesse público, na forma da lei.
De mais a mais, lembre-se que a aquisição por compra ou permuta, bem como a alienação
dos bens imóveis do Distrito Federal dependerão de prévia avaliação e autorização da
Câmara Legislativa, subordinada à comprovação da existência de interesse público e à
observância da legislação pertinente à licitação.
O Governador encaminhará, anualmente, à Câmara Legislativa relatório do qual conste a
identificação dos bens do Distrito Federal objeto de concessão ou permissão de uso no
exercício, assim como sua destinação e beneficiário.

Vejamos como esse assunto já caiu em prova:

QUESTÃO, 2018.
Os bens pertencentes ao Distrito Federal, nos termos de sua Lei Orgânica,
a) são exclusivamente aqueles que constam do cartório de registro de imóveis como de
propriedade daquele ente.
b) podem ser utilizados por particulares, dependendo de autorização legislativa para
outorga de alguns instrumentos.
c) quando deixam de ter utilidade são desafetados, tornando-se passíveis de licitação,
desde que mantida a finalidade pública pelo adquirente.
d) somente podem ser utilizados por particulares por meio de instrumentos precários,
que não surtem efeitos.
e) são desafetados por meio de ato administrativo, exigida autorização legislativa apenas
nos casos de bens de uso comum do povo.
Gabarito: Letra b.

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DICA 44
DA CÂMARA LEGISLATIVA

Em relação ao assunto de Poder Legislativo do Distrito Federal, um dos temas mais


importantes é sobre a Câmara Legislativa. Vejamos, portanto, alguns pontos importantes:

É composta de Deputados Distritais, representantes do povo eleitos e investidos na


forma da legislação federal;

Cada legislatura terá a duração de quatro anos, iniciando-se com a posse dos eleitos.

Poderá a Câmara Legislativa reunir-se temporariamente, em qualquer local do Distrito


Federal, por deliberação da maioria absoluta de seus membros, sempre que houver motivo
relevante e de conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que impossibilite seu
funcionamento na sede.

Salvo disposição em contrário da Constituição Federal e desta Lei Orgânica, as


deliberações da Câmara Legislativa e de suas comissões serão tomadas por maioria de
votos, presente a maioria absoluta de seus membros, em votação ostensiva.

Vejamos como esse assunto já foi cobrado em prova:

QUESTÃO, 2018.
As deliberações da Câmara Legislativa do Distrito Federal e de suas comissões serão
a) tomadas, como regra, por maioria de votos, presente a maioria simples de seus
membros, independentemente de Disposição em Contrário na Constituição Federal, em
razão da particularidade do Distrito Federal reunir competências legislativas atribuídas
aos estados e municípios.
b) realizadas, como regra, por escrutínio secreto, independentemente de requerimento e
votação, qualquer que seja a matéria objeto de deliberação.
c) tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros, em
votação ostensiva, salvo disposição em contrário na Constituição Federal e na Lei
Orgânica do Distrito Federal.
d) realizadas por escrutínio aberto, regra de caráter absoluto, que não comporta exceção,
em razão da Lei de Acesso à Informação.
e) tomadas por maioria qualificada de votos quando a matéria for de competência
legislativa estadual, e por maioria simples, presente a maioria absoluta de seus membros,
se for questão de predominante interesse local.
Gabarito: Letra c.

DICA 45
FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DA CÂMARA LEGISLATIVA

São funções institucionais da Procuradoria Geral da Câmara Legislativa, em seu âmbito:

representar a Câmara Legislativa judicialmente nos casos em que a Casa compareça a


juízo em nome próprio;

promover a defesa da Câmara, requerendo a qualquer órgão, entidade ou tribunal as


medidas de interesse da Justiça, da Administração e do Erário;
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promover a uniformização da jurisprudência administrativa e a compilação da legislação


da Câmara Legislativa e do Distrito Federal;

prestar consultoria e assessoria jurídica à Mesa Diretora e aos demais órgãos da estrutura
administrativa.
DICA 46
DO PROCESSO LEGISLATIVO

O processo legislativo compreende a elaboração de:

emendas à Lei Orgânica;

leis complementares;

leis ordinárias;

decretos legislativos;

resoluções.
É importante destacar que Lei complementar disporá sobre elaboração, redação,
alteração e consolidação das leis do Distrito Federal.
DICA 47
DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA

A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Legislativa;

do Governador do Distrito Federal;

de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada, no mínimo, por um por cento


dos eleitores do Distrito Federal distribuídos em, pelo menos, três zonas eleitorais, com
não menos de três décimos por cento do eleitorado de cada uma delas.
LEMBRE-SE:
A proposta será discutida e votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias, e
considerada aprovada se obtiver, em ambos, o voto favorável de dois terços dos membros
da Câmara Legislativa.

Vejamos como esse assunto foi cobrado em prova:

QUESTÃO, 2018.
Em relação às emendas à Lei Orgânica do Distrito Federal,
a) a iniciativa cabe a qualquer membro da Câmara Legislativa.
b) a proposta será discutida e votada em dois turnos e considerada aprovada se obtiver,
em ambos, o voto favorável de três quintos dos membros da Câmara Legislativa.
c) os cidadãos podem exercer a iniciativa, por meio da assinatura de, no mínimo, um por
cento dos eleitores do Distrito Federal, distribuídos em, pelo menos, três zonas eleitorais,
com não menos de três décimos por cento em cada uma delas.

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d) a promulgada é realizada pelo Governador do Distrito Federal, com o respectivo


número de ordem.
e) a matéria constante de proposta rejeitada ou havida por prejudicada somente poderá
constituir objeto de nova proposta, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da
maioria absoluta dos Deputados.
Gabarito: Letra c.

DICA 48
DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA
A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa Diretora da Câmara Legislativa, com
o respectivo número de ordem.
Destaca-se que não será objeto de deliberação a proposta de emenda que ferir princípios
da Constituição Federal.
IMPORTANTE!
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de:

Intervenção federal;

Estado de defesa ou;

Estado de sítio.

Vejamos como esse assunto foi cobrado em prova:

QUESTÃO, 2018.
A respeito das emendas à Lei Orgânica do Distrito Federal, considere as seguintes
afirmações:
I. A proposta de emenda será discutida e votada em dois turnos e considerada aprovada
se obtiver, em ambos, o voto favorável de dois terços dos membros da Câmara
Legislativa.
II. A emenda à Lei Orgânica será promulgada pelo Governador do Distrito Federal, com
o respectivo número de ordem.
III. A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, estado
de defesa, estado de sítio e estado de calamidade pública.
IV. A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não
pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) I, III e IV.
Gabarito: Letra d.
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DICA 49
DAS LEIS

A iniciativa das leis complementares e ordinárias, observada a forma e os casos


previstos nesta Lei Orgânica, cabe:

a qualquer membro ou comissão da Câmara Legislativa;

ao Governador;

aos cidadãos;

ao Tribunal de Contas, nas matérias do art. 84, IV, e do art. 86;

à Defensoria Pública, nas matérias do art. 114, § 4º.


DICA 50
DAS LEIS

Compete privativamente ao Governador do Distrito Federal a iniciativa das leis


que disponham sobre:

criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e


fundacional, ou aumento de sua remuneração;

servidores públicos do Distrito Federal, seu regime jurídico, provimento de cargos,


estabilidade e aposentadoria;

organização da Procuradoria-Geral do Distrito Federal;

criação, estruturação, reestruturação, desmembramento, extinção, incorporação, fusão


e atribuições das Secretarias de Estado do Distrito Federal, Órgãos e entidades da
administração pública;

plano plurianual, orçamento anual e diretrizes orçamentárias.

plano diretor de ordenamento territorial, lei de uso e ocupação do solo, plano de


preservação do conjunto urbanístico de Brasília e planos de desenvolvimento local;

afetação, desafetação, alienação, aforamento, comodato e cessão de bens imóveis do


Distrito Federal.

Vejamos como esse assunto foi cobrado em prova:

QUESTÃO, 2018.
A respeito da iniciativa das leis, nos termos da Lei Orgânica do Distrito Federal:
a) Compete privativamente ao Governador do Distrito Federal a iniciativa de lei que
disponha sobre a criação de cargos funções ou empregos na administração direta,
autárquica e fundacional.
b) Nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador do Distrito Federal será admitida
emenda que preveja aumento de despesa, desde que a requerimento do Líder de
Governo.

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c) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara Legislativa de


projeto de lei, devidamente articulado, justificado e subscrito por, no mínimo, cinco por
cento do eleitorado do Distrito Federal, distribuído por três zonas eleitorais.
d) A iniciativa de projeto de lei que disponha sobre afetação, desafetação, alienação,
aforamento, comodato e cessão de bens imóveis compete privativamente aos membros
da Câmara Legislativa.
e) A Defensoria Pública tem competência concorrente para a iniciativa de lei que verse
sobre o combate às causas da pobreza, a subnutrição e os fatores de marginalização.
Gabarito: Letra a.

DICA BÔNUS
DO TRIBUNAL DE CONTAS

Vejamos alguns pontos importantes sobre o Tribunal de Contas:

É integrado por sete Conselheiros;

tem sede na cidade de Brasília;

possui quadro próprio de pessoal e;

jurisdição em todo o território do Distrito Federal, exercendo, no que couber, as


atribuições previstas no art. 96 da Constituição Federal.

Requisitos para ser Conselheiro do Tribunal:

mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;

idoneidade moral e reputação ilibada;

notáveis conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de


administração pública;

mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija
os conhecimentos mencionados no item anterior.
IMPORTANTE!
Lei complementar do Distrito Federal disporá sobre a organização e funcionamento do
Tribunal de Contas, podendo dividi-lo em câmaras e criar delegações ou órgãos destinados
a auxiliá-lo no exercício de suas funções e na descentralização dos seus trabalhos.

Vejamos como esse assunto foi cobrado em prova:

QUESTÃO, 2018.
Suponha que o Tribunal de Contas do Distrito Federal apresente à Câmara Legislativa
projeto de lei dispondo sobre aspectos relacionados à organização e ao funcionamento
do próprio Tribunal de Contas. Aprovado por maioria de votos, presente à sessão
deliberativa a maioria absoluta dos Deputados Distritais, o projeto é encaminhado para
sanção do Governador do Distrito Federal que, no entanto, o veta integralmente, por
contrariedade à Lei Orgânica.

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Memorex PM DF – Soldado – RODADA 02

Nessa hipótese, à luz das regras de processo legislativo estabelecidas na Lei Orgânica do
Distrito Federal, o veto do Governador é
a) cabível, uma vez que se trata de matéria de iniciativa exclusiva do Governador do
Distrito Federal, ainda que possa ser veiculada por lei ordinária.
b) cabível, uma vez que não foi atingido o quórum necessário para aprovação de lei
ordinária, exigida para veicular a matéria, ainda que a iniciativa para sua propositura seja
efetivamente do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
c) cabível, uma vez que se trata de matéria reservada à lei complementar, a ser aprovada
pelo voto da maioria absoluta dos Deputados Distritais, ainda que a iniciativa para sua
propositura seja efetivamente do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
d) cabível, uma vez que se trata de matéria inserida na competência do Governador para
dispor, mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração do
Distrito Federal.
e) incabível, uma vez que foram observadas as regras referentes à iniciativa, à espécie
legislativa e ao quórum de aprovação respectivo, previstas na Lei Orgânica do Distrito
Federal.
Gabarito: Letra c.

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DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITOS HUMANOS
DICA 51
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E
COMUNICAÇÕES

A Constituição Federal dispõe que:

É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e


das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução
processual penal.

A inviolabilidade de sigilo abrange quatro situações:

Correspondências;

Comunicações telegráficas;

Comunicações de dados; e

Comunicações telefônicas.
O próprio dispositivo da Constituição excepciona a regra, ao afirmar que o sigilo das
comunicações telefônicas pode sofrer restrição por ordem judicial para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal, nos termos da lei.

ATENÇÃO!!

A exceção que a Constituição Federal traz corresponde apenas a comunicações


telefônicas.

O fato de a Constituição Federal trazer apenas exceção quanto às comunicações


telefônicas, não significa que as outras inviolabilidades são absolutas, pois não existem
direitos fundamentais absolutos.
A título de exemplo, as inviolabilidades de correspondência e de comunicações telegráficas
podem ser restringidas nas hipóteses de decretação de estado de defesa e de sítio (art.
136, §1º, inciso I; e art. 139, inciso III, ambos da CF).
DICA 52
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – LIBERDADE DE REUNIÃO

Previsão constitucional (art. 5º, inciso XVI):

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente.

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32
Memorex PM DF – Soldado – RODADA 02

Ao analisar esse direito fundamental, extrai-se os seguintes requisitos:

Reunião pacífica;

Sem armas;

Em locais abertos ao público – o que não veda a realização de reuniões em espaços


privados;

Independentemente de autorização;

Não frustrem outra reunião marcada anteriormente para o mesmo local;

Exige-se prévio aviso.

JURISPRUDÊNCIA

O PRÉVIO AVISO, segundo a jurisprudência do STF, não exige uma comunicação


formal, pois “eventual ausência de prévio aviso para o exercício do direito de reunião
não transforma a manifestação em ato ilícito e que o Poder Público pode legitimamente
impedir o bloqueio integral de via pública para assegurar o direito de locomoção de todos”
(Notícias STF de 19.12.2018).

Como os demais direitos fundamentais, o direito de reunião NÃO É ABSOLUTO e pode


ser restringido na vigência de estado de defesa (art. 136, § 1.o, I, “a”) e de estado de sítio
(art. 139, IV).

JURISPRUDÊNCIA

Fique atento (a)!!


O Sobre o requisito do AVISO, o STF, através do Recurso Especial n° 806339/SE, cujo
Relator foi o Ministro Marco Aurélio, já entendeu que para que o aviso seja cumprido não
há nenhum tipo de forma pré-estabelecida, bastando apenas que chegue o conhecimento
da reunião ao Poder Público. A saber: “A exigência constitucional de aviso prévio
relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação que
permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica ou para que
não frustre outra reunião no mesmo local”. STF. Plenário. RE 806339/SE, Rel. Min.
Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 14/12/2020
(Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).

DICA 53
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO

Encontra-se positivada nos incisos:

XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter


paramilitar;
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

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XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas


atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o
trânsito em julgado;
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.

DICA 54
DIREITO DE PROPRIEDADE
Segundo os incisos XXII e XXIII, do artigo 5º, é garantido o direito de propriedade e essa
deverá atender a sua função social.
O direito de propriedade além de ser um direito individual, é um dos princípios da ordem
econômica.
A propriedade que está cumprindo sua função social goza da proteção estatal não podendo
ser desapropriada. entretanto, com base na tutela do interesse público, e mediante prévia
e justa indenização em dinheiro, a desapropriação poderá ocorrer nos de necessidade
pública, utilidade pública ou interesse social.
Em alguns casos não haverá a indenização em dinheiro quando da desapropriação.

São eles:

Desapropriação para fins de reforma agrária;

Desapropriação de imóvel urbano não-edificado que não cumpriu sua função social;

Desapropriação confiscatória.
A declaração de necessidade pública ou interesse social poderá ser feita por todos os entes
federativos (União, Estados, DF e Municípios) e pelos Territórios.

E veja como isto pode cair em prova:

QUESTÃO CESPE, 2019.


À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir.
O direito de propriedade é constitucionalmente garantido, devendo as propriedades
atender a sua função social.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Gabarito: Certo
Fundamento: Art. 5° do CF/88: (...)
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

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DICA 55
DIREITOS E DEVERES FUNDAMENTAIS

Direito de Propriedade: Quando há descumprimento da função social da propriedade,


a desapropriação não será indenizada em dinheiro, exceto as benfeitorias úteis e
necessárias, mas sim em títulos.
A desapropriação confiscatória, ou seja, aquela realizada em propriedade urbanas e rurais
onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou exploração de trabalho
escravo, não será indenizada!!!

Requisição administrativa (art. 5º, inc. XXV): No caos de iminente perigo


público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização “ulterior”, se houver dano (condição para a indenização).
DICA 56
DIREITO DE PROPRIEDADE
Os entes federativos, os Territórios, concessionários e permissionários públicos têm
competência executória sobre a desapropriação.

Pequena propriedade rural: Segundo o inciso XXVI, do artigo 5º, a pequena


propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os
meios de financiar o seu desenvolvimento.
No caso de débitos estranhos à atividade produtiva, a pequena propriedade rural
trabalhada pela família pode ser objeto de penhora.

Propriedade de bens incorpóreos: artigo 5º, incisos XXVII, XXVIII e XXIX. A CF/88
tutela o direito de propriedade do autor sobre inventos, patentes e marcas.
Para além de garantir o direito de propriedade do autor, é garantido também a transmissão
desse direito a seus herdeiros.
Aos autores de inventos industriais é garantido o privilégio temporário, tendo em vista
o interesse social e desenvolvimento tecnológico e econômico do País.
DICA 57
DIREITO À INFORMAÇÃO
Segundo o inciso XXXIII, do artigo 5º, todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
O direito à informação alcança todos órgãos da Administração Pública, direta ou indireta.

ATENÇÃO!

Caso haja violação do direito à informação, o remédio constitucional adequado a ser


usado no caso em concreto é o MANDADO DE SEGURANÇA.

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DICA 58
DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO À OBTENÇÃO DE CERTIDÕES

Segundo dispõe o artigo 5º, inciso XXXIV, a todos (brasileiros, estrangeiros ou pessoas
jurídicas) são assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou


abuso de poder;

A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e


esclarecimentos de situações de interesse pessoal.

ATENÇÃO!

→ Direito de petição: defesa de direitos e defesa contra ilegalidade ou abuso de poder;


→ Direito à obtenção de certidões: defesa de direitos e o esclarecimento de situações
de interesse pessoal.
Diante da negativa da obtenção de certidão o remédio constitucional adequado para
combater a lesão é o MANDADO DE SEGURANÇA, e não o habeas data.

DICA 59
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO
Segundo o inciso XXXV, do artigo 5º, a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito.
É defeso ao legislador criar barreiras de acesso da população ao Judiciário, sob pena de
violação da inafastabilidade da jurisdição.
OBS: Apesar da escrita da palavra nos levar a outro sentido, DEFESO, significa
PROIBIDO!
No Brasil é adotado o Sistema Inglês de jurisdição “una”. Nesse sistema, somente o Poder
Judiciário pode dizer o direito de forma definitiva, por meio da “coisa julgada material”.
Cabe salientar que não existe a chamada “coisa julgada administrativa”, haja vista que
até mesmo a decisão administrativa que não cabe mais recurso administrativo submete-se
à análise do Poder Judiciário.

Existem alguns casos onde a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível


buscar o Poder Judiciário após o esgotamento da instância administrativas, quais sejam:

Habeas data;

Controvérsia desportiva;

Reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração Pública;

Requerimento de benefício previdenciário.

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DICA 60
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

HABEAS CORPUS (HC): O termo Habeas Corpus significa “apresente o corpo”. Trata-
se de uma garantia constitucional para proteger o direito de locomoção do indivíduo.

Qualquer indivíduo que sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, pode impetrar o HC.
É importante ressaltar que qualquer pessoa é legitimada para impetrar HC, não precisa
ser advogado (art. 654, do Código de Processo Penal).
A liberdade de locomoção é um direito fundamental de tamanha envergadura que até
mesmo de ofício o juiz ou tribunal pode conceder a ordem de HC (art. 654, §2º, do
Código de Processo Penal).
Quem impetra o HC é denominado impetrante, e quem sofre a violência na liberdade de
locomoção é denominado paciente.
DICA 61
HABEAS CORPUS (HC)

ATENÇÃO!!

Pessoa jurídica pode impetrar HC em favor de pessoa física, todavia pessoa jurídica
NÃO PODE SER PACIENTE.

Fala-se ainda em HC PREVENTIVO, quando o indivíduo não sofreu a violência ainda, mas
está ameaçado de sofrer. Por sua vez, o HC REPRESSIVO é aquele impetrado quando já
houve a violência no direito de locomoção.
Não é cabível HC:
Punições Militares: Art. 142. §2º Não caberá habeas corpus em relação a punições
disciplinares militares.

SÚMULA 694

1. Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de


perda de patente ou de função pública.

SÚMULA STF 395

2. Não se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto seja resolver sobre o ônus das
custas, por não estar mais em causa a liberdade de locomoção.

SÚMULA 695

3. Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

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SÚMULA 693

4. Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a
processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única
cominada.

DICA 62
HABEAS DATA (HD)
O Habeas Data é uma garantia constitucional vinculada ao direito de informação sobre
os dados vinculados ao próprio indivíduo. Além de obter as informações, o HD garante o
direito de retificar dados contidos na base de dados governamentais ou de caráter
público.

ATENÇÃO!!

Essa ação constitucional tem natureza personalíssima, os dados a serem consultados


ou retificados devem ser do próprio impetrante. Se for informações de terceiros, o
remédio próprio é o mandado de segurança, e não o habeas data.

A legitimidade para a impetração do HD é de qualquer pessoa, física ou jurídica, mas


precisa ser assistido por advogado.
Para a impetração do HD, é necessário que haja a recusa administrativa na prestação ou
retificação das informações pela autoridade, segundo art. 8º, da Lei 9.507/97.
IMPORTANTE!!

Não cabe Habeas Data:

para se obter vista de processo administrativo;

para a pretensão de sustar a publicação de matéria em sítio eletrônico;

para solicitar informações relativas a terceiros, como já citado;

para a emissão de certidões, ainda que haja nelas informações de caráter pessoal, pelo
fato de as certidões não serem consideradas direito de acesso à informação. Neste caso, é
utilizado o mandado de segurança.
DICA 63
MANDADO DE SEGURANÇA (MS)
O Mandado de Segurança destina-se a proteger direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público.
Considera-se direito líquido e certo aquele que pode ser demonstrado de plano mediante
prova pré-constituída, sem a necessidade produção de outras provas.
Ao contrário dos outros dois remédios constitucionais, o MS apresenta prazo para que seja
impetrado (120 dias), contado da ciência, pelo interessado, do ato a ser impugnado.
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Para impetrar o MS é necessário que o detentor do direito líquido e certo tenha capacidade
postulatória, ou seja, precisa de um advogado.

ATENÇÃO!!

O MS apenas é cabível quando não for o caso de HC ou HD. Tem caráter


subsidiário.

Mandado de segurança coletivo: O MS COLETIVO tem a finalidade de proteger direito


líquido e certo, mas de interesse transindividual (individuais homogêneos ou coletivos).
A legitimidade para impetrar o MS Coletivo é diferente. Apenas partido político com
representação no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe ou
associação, desde que estejam legalmente constituídas e em funcionamento há pelo menos
1 ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
O requisito de funcionamento há pelo menos 1 ano é exclusividade das associações.
DICA 64
MANDADO DE INJUNÇÃO (MI)

É cabível mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne


inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes
à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
A omissão do Estado pode ser total, quando ausente a norma, ou parcial, quando exista
norma, mas que não regula totalmente o direito. Em ambos os casos é cabível o MI.
A legitimidade para impetrar o MI é de qualquer pessoa, física ou jurídica, desde que
representada por advogado.

Mandado de Injunção Coletivo: o MI COLETIVO apresenta legitimados ativos


específicos. São eles: Ministério Público; partido político com representação no Congresso
Nacional; organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e
em funcionamento há pelo menos 1 ano; e Defensoria Pública.
IMPORTANTE: No caso da Defensoria Pública, ela será legitimada ativa quando a tutela
requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa
dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da
CF/88.
DICA 65
AÇÃO POPULAR
A Ação Popular tem a finalidade de anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural.
No art. 5º, inciso LXXIII, da CF, é expresso que qualquer cidadão é parte legítima para
propor a Ação Popular. Verifica-se aqui uma restrição na legitimidade ativa, pois somente é
cidadão quem possui capacidade eleitoral, ou seja, quem pode exercer os seus direitos
políticos.
Para a propositura dos demais remédios constitucionais, exceto os coletivos, não se fazia
a exigência de o impetrante ser cidadão.
Por fim, ressalta-se que o autor da ação ficará isento das custas judiciais e do ônus da
sucumbência. Todavia, se comprovada a má-fé, não haverá essa isenção.
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DICA 66
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

REMÉDIO FINALIDADE GRATUIDADE ADVOGADO

HABEAS CORPUS Liberdade de locomoção. SIM NÃO

HABEAS DATA Direito de informação pessoal e SIM SIM


retificação.

MANDADO DE Proteger direito líquido e certo, NÃO SIM


SEGURANÇA não amparado por HC ou HD.

MANDADO DE Sanar omissões legislativas NÃO SIM


INJUNÇÃO

AÇÃO POPULAR Anular ato lesivo SIM SIM

DICA 67
DIREITOS SOCIAIS
Os direitos sociais são consagrados na CF como princípios, os quais devem ser efetivados
pelos poderes públicos.
Esses direitos, conforme as dimensões dos direitos fundamentais, são os de 2ª dimensão,
ou seja, são direitos que o Estado deve garantir, com a finalidade de promover a igualdade
material.
Tendo em vista a finalidade de promover a igualdade material, a efetivação dos direitos
sociais é onerosa para os cofres públicos. Dessa forma, surge o que a doutrina denomina
de reserva do possível.
A reserva do possível consiste na relação entre a efetivação dos direitos sociais e as
limitações orçamentárias que o Estado possui.
Em face dessa limitação orçamentária, muitos casos envolvendo a efetivação de direitos
sociais são judicializados. O STF entende que não havendo comprovação objetiva da
incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, inexistirá empecilho jurídico para que
o Judiciário determine a inclusão de determinada política pública nos planos orçamentários
do ente político.
DICA 68
NACIONALIDADE

Há dois tipos de nacionalidade: a originaria e a derivada.

Nacionalidade originária: resulta do nascimento. Trata-se de forma involuntária de


aquisição da nacionalidade. Os que recebem a nacionalidade por essa forma são chamados
“brasileiros natos”.

Nacionalidade derivada: resulta de um ato de vontade do indivíduo. Os que recebem


a nacionalidade derivada são chamados “brasileiros naturalizados”.

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DICA 69
BRASILEIRO NATO E NATURALIZADOS

BRASILEIROS NATOS:

Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país;

Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente OU venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;

BRASILEIROS NATURALIZADOS:

Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de


países de língua portuguesa apenas residência por 1 ano ininterrupto e idoneidade moral;

Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil


há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.
DICA 70
PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA
Possui extrema importância no sistema interamericano;
O Pacto reconhece e assegura vários direitos civis e políticos;
Este Pacto prevê que os Estados signatários devem cumprir com as decisões advindas da
Corte Interamericana de Direitos Humanos;
Foi assinado em San José (Costa Rica), em 1969;
O Brasil aderiu ao Pacto no ano de 1992 e o promulgou por meio do Decreto nº 678, em
1992.
DICA BÔNUS
CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE
TOME NOTA!
A Corte Interamericana de Direitos Humanos utiliza a sua jurisprudência, bem como os
tratados de direitos humanos como paradigmas de controle de convencionalidade. Isso já
foi cobrado em concurso!

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ATENÇÃO!

É importante mencionar que Controle de Constitucionalidade não é a mesma coisa


que Controle de Convencionalidade!

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: Os atos normativos, bem como as leis


são analisadas perante a Constituição Federal (CF).

CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE: Atos normativos e leis que são analisadas


com base em um Tratado Internacional sobre Direitos Humanos em vigor no país.

Leia com atenção os artigos abaixo, pois já foram cobrados pelo INSTITUTO AOCP!

Artigo 8.4 da Convenção Americana de Direitos Humanos:

“O acusado absolvido por sentença passada em julgado não poderá ser submetido a
novo processo pelos mesmos fatos.”

De acordo com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos:

“Ninguém poderá ser processado ou punido por um delito pelo qual já foi absolvido ou
condenado por sentença passada em julgado, em conformidade com a lei e os
procedimentos penais de cada país.”

Recentemente, no ano de 2021, o INSTITUTO AOCP cobrou em concurso da área


policial o tema “controle de convencionalidade”. Vejamos a questão abaixo:

Questão adaptada
Principalmente a partir da segunda metade do Século XX, as relações internacionais entre
os países geraram inúmeros tratados protetivos e afirmativos dos Direitos Humanos.
Referido sistema estabelece um perene diálogo entre os tratados e entre os tratados e
os ordenamentos jurídicos internos dos países signatários.
Acerca da interpretação e da aplicação dos tratados internacionais de proteção aos
Direitos Humanos pelo Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
O entendimento do Supremo Tribunal Federal em controle de convencionalidade sobre a
Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica – 1969) é
de que, tendo em vista a soberania do Estado brasileiro, nada impede que um brasileiro
seja processado e julgado pelos mesmos fatos pelos quais fora condenado em ação penal
já transitada em julgado sob a jurisdição de outro Estado.
( ) certo

( ) errado

Gabarito: errado.
Comentário: errado, pois o indivíduo não pode ser processado e julgado mais de uma
vez pelos mesmos fatos criminosos.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 71
LICITAÇÕES E SEUS PRINCÍPIOS
A Lei n° 14.133/21 trouxe uma gama de novos princípios inexistentes na Lei n° 8.666/93.

Enquanto na antiga lei constam expressamente 12 princípios no Artigo 3º, o novo


diploma legal positiva no Artigo 5º os seguintes princípios:

LEGALIDADE IMPESSOALIDADE MORALIDADE

Publicidade Eficiência Interesse público

Probidade administrativa Igualdade Planejamento

Transparência Eficácia Segregação de funções

Motivação Vinculação ao edital Julgamento objetivo

Segurança jurídica Razoabilidade Competitividade

Proporcionalidade Celeridade Economicidade

Desenvolvimento nacional
Observância da LINDB
sustentável

NOVOS PRINCÍPIOS:

Vamos destacar alguns dos princípios novos:

Eficiência: impõe a necessidade de realizar as licitações com o menor dispêndio de


energia e recursos possíveis e observar o melhor aproveitamento possível dos atos já
realizados;

Planejamento: tem como objetivo realizar a correta identificação dos problemas a serem
resolvidos;

Transparência: impõe que todos os atos da administração pública nos procedimentos


licitatórios devem ser acessíveis ao público, órgãos de controle e aos licitantes;

Motivação: exposição correta dos fatos e justificativa legal do processo licitatório;

Segurança jurídica: três linhas de defesa para que o processo não cause danos a
ninguém e respeite os direitos de todos.

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DICA 72
DA PUBLICIDADE DOS ATOS PRATICADOS NO PROCESSO LICITATÓRIO
Embora o Princípio da Publicidade esteja previsto no Artigo 5° como um dos norteadores da
aplicação da Lei 14.133/21 existe a possibilidade da decretação de sigilo, como já
mencionado, bem como, da possibilidade de publicidade diferida.

Possibilidade de sigilo: Os atos praticados no processo licitatório são públicos,


ressalvadas as hipóteses de informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado, na forma da Lei 14.133/21.

Possibilidade de publicidade diferida: A publicidade será diferida:

quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura;

quanto ao orçamento da Administração, nos termos do Artigo 24 da Lei 14.133/21.

Art. 24. Desde que justificado, o orçamento estimado da contratação PODERÁ ter caráter
sigiloso, SEM prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais
informações necessárias para a elaboração das propostas, e, nesse caso:
I - O sigilo NÃO prevalecerá para os órgãos de controle interno e externo;

DICA 73
MARGEM DE PREFERÊNCIA

No processo de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para:

bens manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras

bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis, conforme regulamento.

A MARGEM DE PREFERÊNCIA:

será definida em decisão fundamentada do Poder Executivo federal, no caso do item


1 acima;

poderá ser de até 10% (dez por cento) sobre o preço dos bens e serviços que NÃO se
enquadrem no disposto nos itens 1 e 2 acima;

poderá ser estendida a bens manufaturados e serviços originários de Estados Partes do


Mercado Comum do Sul (Mercosul), desde que haja reciprocidade com o País
prevista em acordo internacional aprovado pelo Congresso Nacional e ratificado pelo
Presidente da República.

poderá ser de até 20% (vinte por cento) para os bens manufaturados nacionais e
serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica no
País, definidos conforme regulamento do Poder Executivo federal

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NÃO se aplica aos bens manufaturados nacionais e aos serviços nacionais se a


capacidade de produção desses bens ou de prestação desses serviços no País for
inferior:

à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou

aos quantitativos fixados em razão do parcelamento do objeto, quando for o caso.


Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão,
mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado promova,
em favor de órgão ou entidade integrante da Administração Pública ou daqueles por ela
indicados a partir de processo isonômico, medidas de compensação comercial,
industrial ou tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento,
cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo Poder Executivo federal.
Será divulgada, em sítio eletrônico oficial, a cada exercício financeiro, a relação de
empresas favorecidas em decorrência do disposto no art. 26 da Lei 14.133/21 (margem
de preferência), com indicação do volume de recursos destinados a cada uma delas.
DICA 74
MODO DE DISPUTA

O modo de disputa poderá ser isolada ou conjuntamente:

aberto, hipótese em que os licitantes apresentarão suas propostas por meio de


lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes;

fechado, hipótese em que as propostas permanecerão em sigilo até a data e hora


designadas para sua divulgação.

Misto, NÃO possui conceituação literal em lei, contudo, depreende-se da adoção do modo
de disputa aberto e fechado ocorrendo conjuntamente.

A utilização isolada do modo de disputa fechado será vedada quando adotados os


critérios de julgamento de menor preço ou de maior desconto.
A utilização do modo de disputa aberto será vedada quando adotado o critério de
julgamento de técnica e preço.

Serão considerados intermediários os lances:

iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado o critério de julgamento


de maior lance;

iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando adotados os demais critérios de


julgamento.
DICA 75
MODO DE DISPUTA
Após a definição da melhor proposta, se a diferença em relação à proposta classificada
em segundo lugar for de pelo menos 5% (cinco por cento), a Administração PODERÁ
admitir o reinício da disputa aberta, nos termos estabelecidos no instrumento
convocatório, para a definição das demais colocações.
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Nas licitações de obras ou serviços de engenharia, após o julgamento, o licitante


vencedor deverá reelaborar e apresentar à Administração, por meio eletrônico:

As planilhas com indicação dos quantitativos e dos custos unitários, bem como
com detalhamento das Bonificações e Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos
Sociais (ES), com os respectivos valores adequados ao valor final da proposta
vencedora, admitida a utilização dos preços unitários, no caso de empreitada por preço
global, empreitada integral, contratação semi-integrada e contratação integrada,
exclusivamente para eventuais adequações indispensáveis no cronograma físico-financeiro
e para balizar excepcional aditamento posterior do contrato.
DICA 76
MODALIDADES E CRITÉRIOS

PREGÃO Contratação de bens e Menor preço e maior


serviços comuns. desconto.

CONCORRÊNCIA Contratação de bens e Melhor técnica ou técnica e


serviços especiais e preço;
engenharia.
Maior pontuação entre a
qualificação de ambas as
notas.

CONCURSO Melhor trabalho técnico, Melhor técnica ou


científico ou artístico. conteúdo artístico.

LEILÃO Alienação de bens móveis


Maior lance
e imóveis

DIÁLOGO COMPETITIVO
Novação tecnológica Todas as modalidades

DICA 77
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (LEI N° 14.133/21) - DA FORMALIZAÇÃO DOS
CONTRATOS
Os contratos de que trata a Lei n° 14.122/21 regular-se-ão pelas suas cláusulas e pelos
preceitos de direito público, e a eles serão aplicados, supletivamente, os princípios da
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

Todo contrato deverá mencionar:

os nomes das partes;

os nomes de seus representantes;

a finalidade;

o ato que autorizou sua lavratura;


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o número do processo da licitação ou da contratação direta;

a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.


DICA 78
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (LEI N° 14.133/21) - EXECUÇÃO
Os contratos deverão estabelecer com clareza e precisão as condições para sua
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, as obrigações e as
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos do edital de licitação e
os da proposta vencedora ou com os termos do ato que autorizou a contratação direta e os
da respectiva proposta.
DICA 79
TERMO DE CONTRATO
A Administração convocará regularmente o licitante vencedor para assinar o termo de
contrato ou para aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e nas
condições estabelecidas no edital de licitação, sob pena de decair o direito à contratação,
SEM prejuízo das sanções previstas na Lei 14.133/21.
O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1 (uma) vez, por igual período, mediante
solicitação da parte durante seu transcurso, devidamente justificada, e desde que o motivo
apresentado seja aceito pela Administração.
Será facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou
não aceitar ou não retirar o instrumento equivalente no prazo e nas condições estabelecidas,
convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a celebração do
contrato nas condições propostas pelo licitante vencedor.
Decorrido o prazo de validade da proposta indicado no edital sem convocação para a
contratação, ficarão os licitantes liberados dos compromissos assumidos.
DICA 80
CLÁUSULAS OBRIGATÓRIAS

São necessárias em todo contrato cláusulas que estabeleçam:

o objeto e seus elementos característicos;

a vinculação ao edital de licitação e à proposta do licitante vencedor ou ao ato que tiver


autorizado a contratação direta e à respectiva proposta;

a legislação aplicável à execução do contrato, inclusive quanto aos casos omissos;

o regime de execução ou a forma de fornecimento;

o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-base e a periodicidade do


reajustamento de preços e os critérios de atualização monetária entre a data do
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

os critérios e a periodicidade da medição, quando for o caso, e o prazo para liquidação e


para pagamento;
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os prazos de início das etapas de execução, conclusão, entrega, observação e recebimento


definitivo, quando for o caso;

o prazo para resposta ao pedido de repactuação de preços, quando for o caso;

o prazo para resposta ao pedido de restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro,


quando for o caso;

o prazo de garantia mínima do objeto, observados os prazos mínimos estabelecidos


nesta Lei e nas normas técnicas aplicáveis, e as condições de manutenção e assistência
técnica, quando for o caso;

o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional


programática e da categoria econômica;

a matriz de risco, quando for o caso;

o modelo de gestão do contrato, observados os requisitos definidos em regulamento;

as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas, inclusive
as que forem oferecidas pelo contratado no caso de antecipação de valores a título de
pagamento;

os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores


das multas e suas bases de cálculo;

as condições de importação e a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for


o caso;

a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em


compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições exigidas para
a habilitação na licitação, ou para a qualificação, na contratação direta;

a obrigação de o contratado cumprir as exigências de reserva de cargos prevista


em lei, bem como em outras normas específicas, para pessoa com deficiência, para
reabilitado da Previdência Social e para aprendiz;

os casos de extinção.

DICA 81
DA DIVULGAÇÃO NO PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS (PNCP)

A divulgação no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) é condição


indispensável para a eficácia do contrato e de seus aditamentos e deverá ocorrer nos
seguintes prazos, contados da data de sua assinatura:

20 (vinte) dias úteis, no caso de licitação;

10 (dez) dias úteis, no caso de contratação direta.

Os contratos celebrados em caso de urgência terão eficácia a partir de sua assinatura


e deverão ser publicados nos prazos previstos acima, sob pena de nulidade.
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A divulgação tratada acima, quando referente à contratação de profissional do setor


artístico por inexigibilidade, deverá identificar os custos:

do cachê do artista,

do cachê dos músicos ou da banda, quando houver,

do transporte,

da hospedagem,

da infraestrutura,

da logística do evento e

das demais despesas específicas.

No caso de obras, a Administração divulgará em sítio eletrônico oficial:

em até 25 (vinte e cinco) dias úteis após a ASSINATURA do contrato: os quantitativos e


os preços unitários e totais que contratar e,

em até 45 (quarenta e cinco) dias úteis após a CONCLUSÃO do contrato: os quantitativos


executados e os preços praticados.
DICA 82
DA NÃO OBRIGATORIEDADE DO INSTRUMENTO DE CONTRATO

REGRA: O instrumento de contrato é obrigatório.

SALVO nas seguintes hipóteses, em que a Administração poderá substituí-lo por outro
instrumento hábil, como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de
compra ou ordem de execução de serviço:
dispensa de licitação em razão de valor;

compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos e dos quais não resultem
obrigações futuras, inclusive quanto a assistência técnica, independentemente de seu valor.

ATENÇÃO!

É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, SALVO o de


pequenas compras ou o de prestação de serviços de pronto pagamento, assim
entendidos aqueles de valor NÃO superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).

DICA 83
DAS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO

O regime jurídico dos contratos instituído pela Lei 14.133/21 confere à Administração,
em relação a eles, as prerrogativas de:

modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse


público, respeitados os direitos do contratado;

extingui-los, unilateralmente, nos casos especificados nesta Lei;


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fiscalizar sua execução;

aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

ocupar provisoriamente bens móveis e imóveis e utilizar pessoal e serviços vinculados


ao objeto do contrato nas hipóteses de:

→ risco à prestação de serviços essenciais;

→ necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo


contratado, inclusive após extinção do contrato.
As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos não poderão ser
alteradas sem prévia concordância do contratado.
Na hipótese prevista de modificação, as cláusulas econômico-financeiras do contrato
deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
DICA 84
ASPECTOS RELEVANTES – AUTARQUIA

É importante que saiba alguns aspectos importantes da Administração Indireta,


sendo o foco aqui as autarquias. Vejamos:

Autarquia – criada por lei – A publicação de lei cria a autarquia.

O artigo 37, XIX, da CF/88 normatiza:

Art. 37, XIX, da CF/88. "somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação."

As autarquias nascem de forma direta da lei, não precisando do registro de seus estatutos
na Junta Comercial nem em unidade cartorial, e, por esse motivo, sua personalidade jurídica
é de Direito Público, não podendo ser equiparada às entidades privadas nem às entidades
públicas de direito privado.
INFORMAÇÃO EXTRA SOBRE AS AUTARQUIAS:

Você já escutou a expressão Autarquias Corporativas?


As entidades de classe, como por exemplo o CRM, o CREA, o CREFITO, dentre outras,
possuem, conforme entendimento pacífico doutrinário e jurisprudencial, natureza jurídica
de Autarquia Federal.
Em outras palavras: São pessoas jurídicas de Direito Público Interno, que exercem
Poder De Polícia Administrativo quando exercem a fiscalização da respectiva atividade
profissional.
E a OAB?
Segundo o STJ, a OAB possui natureza jurídica de Autarquia de Regime Especial,
prestadora de serviço público de natureza indireta, na medida em que fiscaliza profissão
indispensável à administração da justiça.
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Por isso, no julgamento do REsp 614.678, a Primeira Turma decidiu que as anuidades da
OAB têm característica de contribuição parafiscal, de maneira que as ações para cobrá-las
devem ser apreciadas pela Justiça Federal (artigo 109, I, da Constituição Federal) e seguir
os procedimentos previstos na Lei de Execução Fiscal (Lei 6.830/1980).
Voltando ao assunto inicial: Sendo autarquias, gozam de imunidade com relação a
impostos que incidam sobre o seu patrimônio, renda ou serviços vinculados a suas
finalidades essenciais e estão submetidas à fiscalização pelo Tribunal de Contas da União
dos gastos com a arrecadação das contribuições compulsórias dos seus filiados.

Sendo assim, as autarquias corporativas estão obrigadas a contratar seu pessoal por
concurso público, havendo, inclusive, entendimento sumulado pelo TCU, senão vejamos:

SÚMULA N° 277/2012-TCU:

Por força do inciso II do art. 37 da CF/88, a admissão de pessoal nos conselhos de


fiscalização profissional, desde a publicação no Diário de Justiça de 1S/5/2001 do acórdão
proferido pelo STF no mandado de segurança 21.797-9, deve ser precedida de concurso
público, ainda que realizado de forma simplificada, desde que haja observância dos
princípios constitucionais pertinentes.

CUIDADO: No caso específico da OAB, segundo entendimento do Supremo Tribunal


Federal, na ADI 3026, STF, de que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não é obrigada
a realizar concurso público para admitir seus empregados. Essa informação foi cobrada em
um concurso da DPE- MG.
DICA 85
ASPECTOS RELEVANTES DAS EMPRESAS PÚBLICAS E DAS SOCIEDADES DE
ECONOMIA MISTA

Empresa Pública ( Ex: Caixa Federal) e Sociedade de Economia Mista ( Ex.: Banco
do Brasil) são autorizadas por lei, necessitando do registro de seu ato constitutivo nos
órgãos responsáveis para que ganhem vida.

EP/SEM – Possuem personalidade jurídica de direito privado.


Importante: As Empresas Públicas poderão assumir toda e qualquer forma
empresarial admitida em direito. Por qualquer forma admitida pelo nosso ordenamento
jurídico leia-se sociedade civil, sociedade comercial, disciplinada pelo direito comercial,
sociedade anônima ou qualquer outra forma empresarial inédita criada pela lei que
autorizou sua criação.

São exemplos de empresas públicas federais a Caixa Econômica Federal, os Correios, a


Infraero, a Casa da Moeda, dentre outros.
Já as Sociedades de Economia Mista são pessoas jurídicas de direito privado, criadas
por intermédio de autorização legal, com capital público e privado, sendo que o Poder
Público detém a maioria do capital votante, para a prestação de serviço público ou
exploração de uma atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima.

São exemplos de sociedades de economia mista federal o Banco do Brasil, a Petrobras,


a Eletrobrás, dentre outras.

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DICA BÔNUS
ASPECTOS RELEVANTES DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS

Fundação Pública: são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.

Fundação: personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito privado.


Se público é criada por lei como a autarquia. Se privado, é autorizada por lei como
EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida.
As fundações públicas de direito público gozam das mesmas prerrogativas faladas para as
autarquias, como impenhorabilidade dos bens, pagamento dos débitos via precatório,
prazos processuais dilatados, bem como os referentes ao regime de pessoal.

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DIREITO PENAL
DICA 86
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL

Um assunto bem importante para sua prova da PM-DF é sobre a retroatividade da lei
penal. Portanto, vejamos o que dispõe o próprio Código Penal sobre esse tema:

Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada
em julgado.

Desdobramento do princípio da legalidade;

Cláusula pétrea, uma vez que também está previsto no art. 5º da CF/88;

Se houver o trânsito em julgado quem aplica a lei nova é o juízo da execução.

ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL STF/STJ

não é possível combinação de leis. Analisa-se a nova lei no todo, pois senão o juiz estaria
aplicando uma terceira lei que resultaria na junção de duas leis, atuando como legislador
positivo.

SÚMULA 611-STF

Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a


aplicação de lei mais benigna.

SÚMULA 471-STJ

Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da


Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de
Execução Penal) para a progressão de regime prisional.

SÚMULA 501-STJ

É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da


incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo
da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.

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DICA 87
TEMPO E LUGAR DO CRIME

O TEMPO do crime será considerado no momento de sua ação ou omissão (teoria da


atividade);

O LUGAR do crime será considerado no momento da ação ou da omissão ou o lugar


onde o resultado aconteceu ou deveria ter acontecido (teoria da ubiquidade);

L Lugar

U Ubiquidade

T Tempo

A Atividade

DICA 88
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
Em regra, a lei penal brasileira se aplica aos fatos praticados no território nacional,
mas, excepcionalmente, pode se aplicar a fatos praticados fora do país, são os casos de
extraterritorialidade.

Destaca-se que a extraterritorialidade pode ser:


incondicionada: quando a lei brasileira de aplica em qualquer hipótese, até mesmo se
o agente já tiver sido condenado ou absolvido no exterior, ou;
condicionada quando depender de alguns requisitos;

ATENÇÃO!!

As aeronaves ou embarcações do GOVERNO brasileiro são consideradas extensão


do BRASIL, ou seja, se aplica o princípio da territorialidade.

DICA 89
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA

E quais são os casos em que há a extraterritorialidade incondicionada? Vejamos:

Crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

Crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de


Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público;

Crime contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

Crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.


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DICA 90
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA

E quais são as condições para que haja a extraterritorialidade condicionada? Vejamos:

O agente não pode ter sido perdoado, absolvido ou já ter cumprido a pena no estrangeiro;

O agente deve entrar no brasil após praticar o crime;

O fato deve ser crime nos dois países;

O crime deve autorizar a extradição;

Hipóteses:

Crimes reprimidos em tratado ou Convenção pelo Brasil;

Ou crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de


propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
DICA 91
MNÊMONICO – “PAG A BET”

INCONDICIONADA

P Presidente

A Administração

G Genocídio

CONDICIONADA

B Brasileiro

E Embarcação ou Aeronave privada

T Tratado ou Convenção

DICA 92
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO

A pena cumprida no estrangeiro influencia na condenação brasileira pelo mesmo crime


da seguinte forma:

Quando as penas são diversas, atenua a pena imposta no Brasil;

Quando são idênticas nela é computada.

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DICA 93
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA

Se a lei brasileira e estrangeira produz as MESMAS consequências, a sentença


estrangeira poderá ser homologada para:

obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis (aqui


depende de pedido da parte interessada);

sujeitá-lo a medida de segurança (deve haver tratado de extradição ou requisição do


Ministro da Justiça).
DICA 94
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS

RECLUSÃO

CRIMES

DETENÇÃO
INFRAÇÕES
PENAIS

CONTRAVENÇÕES
PRISÃO SIMPLES
("crime anão")

CRIME CONTRAVENÇÃO

PENA MÁXIMA 40 anos 5 anos

PENA reclusão ou detenção prisão simples

NÃO PODE ser aplicada PODE ser aplicada


MULTA
isoladamente isoladamente

TENTATIVA Cabe NÃO cabe

Todas APENAS Pública


AÇÃO PENAL
Incondicionada

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DICA 95
CRIME - CONTRAVENÇÃO

CRIME

Infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção;


Previsto no código penal e legislação extravagante;
Penal de multa não pode ser aplicada isoladamente;
É possível a tentativa;
Todos os tipos de ação penal.

CONTRAVENÇÃO

Infração penal a que a lei comina pena de prisão simples;


Lei das Contravenções Penais (Dec-Lei nº 3.688/41);
Penal de multa pode ser aplicada isoladamente;
Não cabe tentativa;

Somente ação penal pública incondicionada.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
DICA 96
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
De forma esquematizada, veja só sobre o valor probatório do Inquérito Policial (mas,
não deixe de fazer uma leitura do art. 155 do CPP).

FORÇA PROBATÓRIA DO INQUÉRITO POLICIAL (ARTIGO 155, CPP)

São colhidos no inquérito policial, Sozinhas, NÃO podem


ELEMENTOS DE
sem a observância do embasar a condenação.
INFORMAÇÃO
contraditório.

São aquelas produzidas sob o São elas que servem para


PROVAS contraditório judicial, durante a embasar a condenação.
instrução criminal.

São elementos que, embora São eles:


ELEMENTOS colhidos durante o inquérito 1) provas cautelares;
MIGRATÓRIOS policial, podem servir para
embasar a condenação. 2) provas não repetíveis;
3) provas antecipadas.

Somente será considerado prova no âmbito do processo penal aquela submetida ao


contraditório judicial, ou seja, aquela colhida durante a instrução processual penal (fase
processual), em que seja dada oportunidade para a parte acusada se manifestar
previamente, participando ativamente da sua colheita.
No âmbito do inquérito policial, isso não ocorre. O Inquérito Policial é um procedimento
sigiloso, em que não se observa o contraditório prévio. A parte investigada não
participa das investigações, não participa da colheita da prova.
Quando o juiz for analisar se condena ou não o acusado, ele deverá observar as provas
produzidas em contraditório judicial. Ele não poderá, como regra, fundamentar a
sua condenação exclusivamente nos elementos informativos colhidos durante a
investigação.
Portanto, tecnicamente sequer são chamados de provas, mas sim elementos de
informação. Isso porque tais elementos não se prestam como provas, mas sim como
elemento para que o Ministério Público faça a acusação, bem como para direcionar os rumos
da instrução criminal, na fase processual.
DICA 97
ELEMENTOS MIGRATÓRIOS
Como já é sabido por você em seus estudos, os elementos de informações não prestam
como provas em si. Entretanto, há algumas exceções, porque muitas vezes os elementos
de informação colhidos na delegacia não poderão ser repetidos durante a instrução
criminal, seja porque às vezes os vestígios desaparecem, ou ainda porque a testemunha
que prestou o depoimento morreu etc.

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É por isso que a lei ressalva as provas cautelares, não repetíveis e as antecipadas.
Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de ELEMENTOS
MIGRATÓRIOS, pois embora colhidas durante o inquérito policial, elas podem, sozinhas,
embasar a condenação do juiz.
A Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher agredida etc.
Já, a prova cautelar é aquela pautada pela necessidade e urgência, como o caso de uma
interceptação telefônica, não havendo, portanto, a possibilidade repeti-la.
DICA 98
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
IMPORTANTE!!!!
A duração do inquérito variará de acordo com o réu estar preso ou não. Além disso, há
uma regra específica na Lei de Drogas que é importante vocês saberem!
Duração do inquérito para réu preso
Primeiramente, em se tratando de réu preso, o CPP prevê o prazo de 10 dias, contados
do dia em que se executar a ordem de prisão.
Porém, o Pacote Anticrime passou a prever a possibilidade de o juiz prorrogar o
inquérito em se tratando de réu preso, por uma única vez, por mais 15 dias. Se, após
essa prorrogação, ainda não houver concluído as investigações, a prisão deverá ser
imediatamente relaxada.
Portanto, para RÉU PRESO = 10 dias, prorrogáveis por mais 15 dias.
Duração do inquérito para réu solto
Além disso, em se tratando de réu solto, a duração do inquérito é de 30 DIAS, podendo
haver sucessivas prorrogações na hipótese de o caso ser de difícil elucidação (na prática,
quase todo inquérito com réu solto extrapola esse prazo).
Duração do inquérito na lei de drogas
Há uma outra regra específica na Lei de Drogas que é importante você memorize.
Em se tratando de inquérito para apurar os crimes previstos na lei de drogas (exemplo:
tráfico de entorpecentes), a duração do inquérito é de 30 dias para o réu preso, e de 90
dias para o réu solto, podendo, em ambos os casos, ser duplicados pelo juiz (ver artigo
51 da Lei de Drogas).
DICA 99
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - ESQUEMA

PRAZO DE RÉU PRESO RÉU SOLTO


CONCLUSÃO

Regra do CPP - Prazo de 10 dias, contados da data em - Prazo de 30 dias,


que se executar a ordem de prisão (art. 10, podendo ser
CPP) prorrogado.

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PRAZO DE RÉU PRESO RÉU SOLTO


CONCLUSÃO

Regra do CPP - O pacote anticrime passou a prever a Prazo de 30 dias,


possibilidade de prorrogação, por uma podendo ser
única vez, por mais 15 dias. (art. 3º-B, prorrogado.
CPP)

Lei de Drogas 30 dias (podendo ser duplicado) 90 dias (podendo


ser duplicado)

ATENÇÃO!

Para complementar os estudos, vale a leitura do art. 155 do CPP!!


Para complementar as informações dessa dica, FAÇA A LEITURA LITERAL de
três artigos:
artigo 10 do CPP;
art. 3º-B, §2º, do CPP;
art. 51 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).

DICA 100
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP)

ESPÉCIE DE POSSIBILIDADE DE
OBSERVAÇÃO
CRIMES INSTAURAR

De ofício, pelo delegado A peça inaugural do inquérito será


uma portaria.

Mediante requerimento Se o requerimento de instauração


Nos crimes de ação do ofendido for indeferido, cabe recurso ao
penal pública Chefe de Polícia.
INCONDICIONAD
A Por requisição da Prevalece que a autoridade
autoridade judiciária e do judiciária requisitar a instauração
Ministério Público de inquérito policial ofende o
Ver artigo 5º, CPP Sistema Acusatório.

Notícia de qualquer É o que chamamos de delatio


pessoa do povo criminis. Na prática, exercida
através do B.O.

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INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP)

Nos crimes de ação A simples instauração do Ver art. 5º, §4º: o inquérito, nos
penal pública inquérito policial está crimes em que a ação pública
CONDICIONADA à condicionada à depender de representação, NÃO
representação representação do PODERÁ sem ela ser iniciado.
ofendido ou á requisição
do Ministro da Justiça.
Art. 5º, §4º, CPP

Nos crimes de ação Ver art. 5º, §5º: nos crimes de


penal PRIVADA ação privada, a autoridade policial
A requerimento da
somente pode proceder a
pessoa interessada
inquérito a requerimento de quem
Art. 5º, §5º, CPP tenha qualidade para intentá-la.

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DIREITO PENAL MILITAR
DICA 101
DECRETO-LEI Nº 1.001/69 – CÓDIGO PENAL MILITAR

DA IMPUTABILIDADE – DOS INIMPUTÁVEIS: Conforme previsto no art. 48 do CPM


não é imputável quem, no momento da ação ou da omissão, não possui a capacidade de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento,
em virtude de doença mental, de desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
O art. 48 consagra o chamado critério biopsicológico ou misto, o qual conjuga o
critério biológico (foca exclusivamente na saúde mental do agente) e o critério
psicológico (foca unicamente na capacidade que o agente possui para apreciar o caráter
ilícito do fato ou de comportar-se de acordo com esse entendimento).
OBS.: O CPM, assim como o CP, também prevê a aplicação ao inimputável do sistema
vicariante – que pauta a aplicação de medida de segurança em vez de pena.
Se a doença ou a deficiência mental não suprime, mas diminui consideravelmente a
capacidade de entendimento da ilicitude do fato ou a de autodeterminação, não fica excluída
a imputabilidade, mas a pena pode ser atenuada, sem prejuízo da substituição da pena por
internação, conforme no art. 113. Portanto, o semi-imputável também poderá receber a
aplicação da medida de segurança.
DICA 102
DA EMBRIAGUEZ
O art. 49 do CPM diz que também não é imputável o agente que, por embriaguez completa
proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
Aqui se fala da embriaguez acidental completa.
Ensina a doutrina majoritária que fortuita é a embriaguez que decorre de acidente ou
mero acaso, ou seja, o agente sequer tinha conhecimento de que estava ingerindo
substância entorpecente. Já a embriaguez decorrente de força maior é a que, embora o
agente conheça a ingestão da substância, o faz sem sua vontade, como por exemplo quando
é forçada a ingerir a substância em um “trote”.
DICA 103
DA AGRAVAÇÃO DA PENA

Preceitua o § 2° do art. 53 do CPM que a pena é agravada em relação ao agente que:


promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;
coage outrem à execução material do crime;
instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade, ou não punível
em virtude de condição ou qualidade pessoal;
executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.

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DICA 104
DO CONCURSO DE AGENTES - CONCEITO
Concurso de agentes (de pessoas) é a cooperação de vontades de dois ou mais
indivíduos para a prática de infração penal.
De acordo com o art. 53 do CPM, quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide
nas penas a este cominadas.
IMPORTANTE: A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos
outros, determinando-se segundo a sua própria culpabilidade. Não se comunicam,
outrossim, as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando elementares
do crime.
O CPM adotou a teoria monista (embora mitigada) em relação ao concurso de
agentes/pessoas, segundo a qual todos os que colaboram com a infração penal cometem o
mesmo crime.
Como exceção o Código Penal Militar adota a pluralista (cada agente responde por um
delito). Ex.: corrupção – arts. 308 e 309 do CPM.
DICA 105
DO CONCURSO DE AGENTES
Crimes Plurissubjetivos são os crimes de concurso necessário de pessoas. Não havendo
a pluralidade de agentes, o delito não se configura.
Ex.: Revolta e Motim.
DICA 106
DAS PENAS PRINCIPAIS

O Art. 55 do CPM elenca as penas principais:

Morte
Reclusão

Privativas Detenção
de
PENAS
Liberdade
PRINCIPAIS Prisão

Restritiva
de Impedimento
Liberdade

Restritiva Suspensão
de
Direitos
Reforma

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DICA 107
DAS PENAS PRINCIPAIS
O art. 55 do CPM explicita as espécies de penas aplicáveis aos delitos militares, ordenando
de acordo com a gravidade à pena mais leve, atentando-se à proporcionalidade
A pena de morte, medida de extrema excepcionalidade, é executada por fuzilamento.
Quanto a comunicação da pena de morte, o art. 57 do CPM aduz que a sentença definitiva
de condenação à morte é comunicada, logo que passe em julgado, ao Presidente da
República, e não pode ser executada senão depois de 7 dias após a comunicação.
Se a pena de morte for imposta em zona de operações de guerra, pode ser imediatamente
executada, quando o exigir o interesse da ordem e da disciplina militares.
DICA 108
DO LIMITE GENÉRICO DAS PENAS DE DETENÇÃO E RECLUSÃO

Estabelece o art. 58 do CPM, parâmetros mínimos e máximos genéricos relativos à


quantidade de pena aplicável nos crimes militares passíveis de pena de detenção e reclusão:

LIMITES MÍNIMOS E MÁXIMOS DA DETENÇÃO E DA RECLUSÃO

DETENÇÃO RECLUSÃO

Pena mínima: 10 dias Pena mínima: 1 ano


Pena máxima: 10 anos Pena máxima: 30 anos

Tal limitação genérica é passível de críticas da doutrina, conforme Nucci:

“Num sistema ordenado de normas penais, como se espera encontrar em Códigos comuns
ou militares, torna-se incoerente especificar o mínimo e o máximo em abstrato, previstos
genericamente para os delitos, como se fez no art. 58. Afinal, se a Parte Especial, onde
constam os tipos incriminadores, é constituída por preceitos secundários construídos com
limites expressos (mínimo e máximo), não há necessidade de se apontar qualquer limite
genérico. Por outro lado, se a opção é estabelecer o mínimo genérico, por exemplo, todos
os tipos incriminadores passam a prever somente a pena máxima. A mescla de sistemas
é inadequada e injustificável.

É o que se nota pela redação do tipo penal do furto simples (art. 240 do CPM), cuja pena é
de reclusão de até seis anos. Porém, no mesmo tipo, tratando-se da forma qualificada,
especifica-se a pena de reclusão, de 2 a 8 anos. O ideal, nesse contexto, é seguir o método
do Código Penal comum, onde todos os tipos incriminadores possuem os limites mínimo e
máximo de penas cominadas em abstrato.”

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DICA 109
DAS PENAS DE DETENÇÃO E DE RECLUSÃO DE ATÉ 2 ANOS APLICADA A MILITAR

Prescreve o art. 59 do CPM que a pena de reclusão ou de detenção até 2 anos, aplicada
a militar, é convertida em pena de prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão
condicional:

pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar;

pelo praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada de presos que
estejam cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo superior a
dois anos.
Para efeito de separação, no cumprimento da pena de prisão, atender-se-á, também, à
condição das praças especiais e à das graduadas, ou não; e, dentre as graduadas, à das
que tenham graduação especial.
DICA 110
DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUPERIOR A 2 ANOS APLICADA AO MILITAR
Conforme previsão do art. 61 do CPM, a pena privativa da liberdade por mais de 2 anos,
aplicada a militar, é cumprida em penitenciária militar e, na falta dessa, em
estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento sujeito ao regime conforme
a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também, poderá gozar.

Neste sentido importante lembrar do verbete de Súmula 192 do STJ:

SÚMULA 192 DO STJ:

“Compete ao juízo das execuções penais do Estado a execução das penas impostas a
sentenciados pela justiça federal, militar ou eleitoral, quando recolhidos a
estabelecimentos sujeitos a administração estadual.”

DICA 111
DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE APLICADA A CIVIL
Consoante previsão do art. 62 do CPM, o civil cumpre a pena aplicada pela Justiça Militar,
em estabelecimento prisional civil, ficando ele sujeito ao regime conforme a legislação penal
comum, de cujos benefícios e concessões, também, poderá gozar.

A ressalva fica por conta do § único do artigo supracitado que assim prevê: Por crime
militar praticado em tempo de guerra poderá o civil ficar sujeito a cumprir a pena, no todo
ou em parte em penitenciária militar, se, em benefício da segurança nacional, assim o
determinar a sentença.
Importante salientar que aqui se trata tão somente da Justiça Militar da União,
uma vez que a Justiça Militar Estadual não julga civis, mas apenas militares dos Estados,
nos crimes definidos em Lei.

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DICA 112
DA PENA DE IMPEDIMENTO
Prevista no art. 62 do CPM, a pena de impedimento, espécie de pena restritiva de
liberdade, sujeita o condenado a permanecer no recinto da unidade, sem prejuízo da
instrução militar.

Nesta pena não há o encarceramento do condenado, sendo cominada exclusivamente


ao crime de insubmissão, tipificado no art. 183 do CPM:

Art. 183. Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que


lhe foi marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação:
Pena - impedimento, de 3 meses a 1 ano.

DICA 113
DAS PENAS ACESSÓRIAS

O art. 98 do CPM elenca o rol taxativo das espécies de penas acessórias:

Perda de Posto ou Patente

Aplicadas Indignidade para o Oficialato


a Oficiais
Incompatibilidade para o
Oficialato

Aplicadas Exclusão das Forças


PENAS a Praças
PRINCIPAIS Armadas

Perda da Função Pública


Aplicadas
a Civis Inabilitação para a Função
Pública

Pena de Poder Familiar, Tutela ou


Suspensão Curatela

Direito Políticos

ATENTE-SE!! Segundo parcela da doutrina, a perda de posto e patente, a


incompatibilidade com o oficialato e a indignidade para o oficialato como penas
acessórias não foram recepcionados pela CF/88. Nesse sentido aduz Nucci: “não
recepcionada pela Constituição Federal de 1988.

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Dispõe o art. 142, § 3.º, VI:

art. 142, § 3.º, VI. ‘o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do
oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente,
em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra’.

Na sequência, o inciso VII:

art. 142, § 3.º, VII. ‘o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa
de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao
julgamento previsto no inciso anterior’. Desse modo, cabe sempre ao tribunal militar a
decisão acerca da perda de posto ou patente.

Segundo Nucci, o mesmo entendimento se aplica as espécies de pena assessórias


supracitadas.
Para os fins do disposto no art. 98 do CPM, equipara-se à função pública a que é exercida
em empresa pública, autarquia, sociedade de economia mista, ou sociedade de que participe
a União, o Estado ou o Município como acionista majoritário.
DICA 114
DA EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS

O art. 102 do CPM traz a exclusão das forças armadas, espécie de pena aplicada as
praças: a condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior a 2 anos,
importa sua exclusão das forças armadas.
Trata-se de espécie de pena acessória, ou efeito da condenação, aplicável para as praças
das Forças Armadas. Esta pena não é automática, devendo constar expressamente da
sentença condenatória, além de devidamente fundamentada.
Em relação aos militares estaduais, ensina Nucci que prevalece o disposto no art. 125, §
4º, da CF, cabendo ao Tribunal de Justiça Militar, onde houver, ou ao Tribunal de Justiça
impor a exclusão.
DICA 115
DA PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA
Conforme o art. 103 do CPM, incorre na perda da função pública o assemelhado ou
o civil:

condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou
violação de dever inerente à função pública;

condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de 2 anos.
Trata-se de pena aplicável ao civil que pratica crime militar. Seja abusando dos seus
deveres funcionais em órgão militar, ou que pratique outro crime militar com pena superior
a 2 anos.
Destaca-se que a figura do assemelhado não mais existe.

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DICA BÔNUS
DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Consoante previsto no art. 104 do CPM, incorre na inabilitação para o exercício de função
pública, pelo prazo de 2 até 20 anos, o condenado a reclusão por mais de 4 anos, em
virtude de crime praticado com abuso de poder ou violação do dever militar ou inerente à
função pública.
O prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa ao termo da execução
da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição, ou da
data em que se extingue a referida pena.
Trata-se de pena acessória, ou seja, efeito da condenação aplicável ao civil, que exerça
função pública em repartição militar, devendo o crime cometido estar relacionado ao abuso
de poder ou a violação de dever.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DICA 116
DA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA

Segundo o art. 78 do CPPM, a denúncia não será recebida pelo juiz se:

não contiver os requisitos expressos no artigo anterior (requisitos do art. 77);


Neste caso, porém, antes de rejeitar o juiz devolverá os autos ao MPM para que, em 3 dias,
promova o aditamento da denúncia.

o fato narrado não constituir evidentemente crime da competência da Justiça Militar;

já estiver extinta a punibilidade;

for manifesta a incompetência do juiz ou a ilegitimidade do acusador.


No caso de incompetência do juiz, este a declarará em despacho fundamentado,
determinando a remessa do processo ao juiz competente.
No caso de ilegitimidade do acusador, a rejeição da denúncia não obstará o
exercício da ação penal, desde que promovida depois por acusador legítimo, a
quem o juiz determinará a apresentação dos autos.
DICA 117
DO PRAZO PARA OFERECIMENTO DA DENÚNCIA

Em regra, o Ministério Público Militar terá para o oferecimento da denúncia o prazo de:

5 dias se o indiciado estiver preso; e

15 dias, prorrogáveis, por no máximo mais duas vezes de 15 dias (dobro ou triplo), em
caso de indiciado solto.

Neste sentido dispõe o art. 79 do CPPM:

A denúncia deverá ser oferecida, se o acusado estiver preso, dentro do prazo de cinco
dias, contados da data do recebimento dos autos para aquele fim; e, dentro do
prazo de quinze dias, se o acusado estiver solto. O auditor deverá manifestar-se
sobre a denúncia, dentro do prazo de quinze dias.

O prazo para o oferecimento da denúncia poderá, por despacho do juiz, ser prorrogado ao
dobro (15 + 15); ou ao triplo (15 + 15 + 15), em caso excepcional e se o acusado não
estiver preso.
DICA 118
DO PRAZO PARA OFERECIMENTO DA DENÚNCIA
Se o Ministério Público não oferecer a denúncia dentro deste último prazo, ficará sujeito
à pena disciplinar que no caso couber, sem prejuízo da responsabilidade penal em que
incorrer, competindo ao juiz providenciar no sentido de ser a denúncia oferecida pelo

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substituto legal, dirigindo-se, para este fim, ao procurador-geral, que, na falta ou
impedimento do substituto, designará outro procurador.

ATENÇÃO A REGRA ESPECIAL!!

Os prazos acima assinalados são para o tempo de paz. No tempo de guerra, o prazo
será de 24 horas por força do art. 676 do CPPM.

DICA 119
DA COMPLEMENTAÇÃO DE ESCLARECIMENTOS
O art. 80 do CPPM, traz a possibilidade de complementação de esclarecimentos, prevendo
que sempre que, no curso do processo, o Ministério Público necessitar de maiores
esclarecimentos, de documentos complementares ou de novos elementos de convicção,
poderá requisitá-los, diretamente, de qualquer autoridade militar ou civil, em condições de
os fornecer, ou requerer ao juiz que os requisite.
DICA 120
DA DECLARAÇÃO DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE
Conforme prescrito no art. 81 do Código de Processo Penal Militar, a extinção da punibilidade
do agente poderá ser reconhecida e declarada em qualquer fase do processo, de ofício
ou a requerimento de qualquer das partes, ouvido o Ministério Público, se deste não for o
pedido.
Ocorrendo a extinção de punibilidade devido a morte do agente, prevê o CPPM a exigência
de certidão de óbito para declaração da extinção.
DICA 121
DO FORO MILITAR EM TEMPO DE GUERRA
Preconiza o art. 82 que o foro militar é especial, e, exceto nos crimes dolosos contra
a vida praticados contra civil, a ele estão sujeitos, em tempo de paz:

Nos crimes definidos em lei contra as instituições militares ou a segurança nacional:

os militares em situação de atividade e os assemelhados na mesma situação;

os militares da reserva, quando convocados para o serviço ativo;

os reservistas, quando convocados e mobilizados, em manobras, ou no desempenho de


funções militares;

os oficiais e praças das Polícias e Corpos de Bombeiros, Militares, quando incorporados


às Forças Armadas.

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Nos crimes funcionais contra a administração militar ou contra a administração da


Justiça Militar:

os auditores;

os membros do Ministério Público;

os advogados de ofício;

os funcionários da Justiça Militar.

Apesar de o edital prever expressamente o foro militar conforme previsto no CPPM,


necessário ter atenção para o fato de que, apesar do citado art. 82 excluir definitivamente
a competência da Justiça Militar nº 13.491/2017, a qual prevê a possibilidade de julgamento
pela Justiça Militar de crimes dolosos contra a vida praticados por militares em serviço diante
de algumas situações.
A mesma lei cita ainda que o militar que praticar homicídio fora do exercício de suas funções
será julgado normalmente pela Justiça Comum (Tribunal do Júri).
DICA 122
DA FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA DE MODO GERAL

A competência do foro militar será determinada de modo geral:

PELO LUGAR DA INFRAÇÃO;


Aplicada quando o crime militar for praticado por militar (seja na ativa, reserva ou
reformado) ou praticado por um civil.

PELA RESIDÊNCIA OU DOMICÍLIO DO ACUSADO;


Aplicada nos crimes que envolvam militar da reserva, reformado e civil, quando não
se souber o local em que o crime foi praticado.

PELA PREVENÇÃO.

DICA 123
DA FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA DE MODO ESPECIAL
A competência do foro militar será determinada de modo especial, pela sede do lugar
de serviço, essa é a previsão do art. 85, inciso, II, do Código de Processo Penal Militar.
OBS.: É importante salientar que a competência será fixada pelo local da sede em que
prestar o serviço (modo especial), nos casos em que não for possível a determinação
do local em que o militar da ativa cometeu o crime militar.

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DICA 124
DA COMPETÊNCIA NA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR

Preceitua o art. 86 do CPPM que, dentro de cada Circunscrição Judiciária Militar, a


competência será determinada:

pela especialização das Auditorias;

pela distribuição;

por disposição especial do CPPM.


DICA 125
DA MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA

Preceitua o art. 87 do CPPM que não prevalecem os critérios de competência indicados


nas dicas anteriores nos casos de:

conexão ou continência (serão tratadas em outras dicas);

prerrogativa de posto ou função;

desaforamento.
DICA 126
DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO
Prevê o art. 88 do CPPM que a competência será, de regra, determinada pelo lugar da
infração; e, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

Segundo o art. 91 do CPPM, os crimes militares cometidos fora do território nacional


serão, de regra, processados em Auditoria da Capital da União, observado, entretanto, o
disposto no artigo 92:

Na Circunscrição onde houver mais de uma Auditoria na mesma sede, obedecer-se-á à


distribuição e, se for o caso, à especialização de cada uma. Se as sedes forem diferentes,
atender-se-á ao lugar da infração.

DICA 127
DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO

Do crime a bordo de navio: Nos termos do art. 89 do CPPM, os crimes cometidos a


bordo de navio ou embarcação sob comando militar ou militarmente ocupado em
porto nacional, nos lagos e rios fronteiriços ou em águas territoriais brasileiras,
serão, nos dois primeiros casos, processados na Auditoria da Circunscrição Judiciária
correspondente a cada um daqueles lugares; e, no último caso, na 1ª Auditoria da Marinha,
com sede na Capital do Estado da Guanabara.
DICA 128
DO CRIME A BORDO DE AERONAVES
Prescreve o art. 90 do Código de Processo Penal Militar que os crimes cometidos a bordo de
aeronave militar ou militarmente ocupada, dentro do espaço aéreo correspondente ao
território nacional, serão processados pela Auditoria da Circunscrição em cujo território se
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verificar o pouso após o crime; e se este se efetuar em lugar remoto ou em tal distância
que torne difíceis as diligências, a competência será da Auditoria da Circunscrição de onde
houver partido a aeronave, salvo se ocorrerem os mesmos óbices, caso em que a
competência será da Auditoria mais próxima da 1ª, se na Circunscrição houver mais de
uma.
DICA 129
DA COMPETÊNCIA PELA PREVENÇÃO
Prevê o art. 94 do CPPM que a competência firmar-se-á por prevenção, sempre que,
concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com competência
cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou
de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia.
O art. 95 do CPPM elenca os casos em que a competência pela prevenção pode ocorrer:

→ quando incerto o lugar da infração, por ter sido praticado na divisa de duas ou mais
jurisdições;
→ quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições;
→ quando se tratar de infração continuada ou permanente, praticada em território de
duas ou mais jurisdições;
→ quando o acusado tiver mais de uma residência ou não tiver nenhuma, ou forem vários
os acusados e com diferentes residências.

DICA 130
DA CONEXÃO OU CONTINÊNCIA

Os institutos da Conexão e da Continência estão previstos nos arts. 99 e 100 do CPPM:

CONEXÃO CONTINÊNCIA

se, ocorridas duas ou mais infrações, quando duas ou mais pessoas forem
tiverem sido praticadas, ao mesmo tempo, acusadas da mesma infração;
por várias pessoas reunidas ou por várias
pessoas em concurso, embora diverso o
tempo e o lugar, ou por várias pessoas,
umas contra as outras;
CONEXÃO INTERSUBJETIVA CONTINÊNCIA SUBJETIVA

se, no mesmo caso, umas infrações na hipótese de uma única pessoa praticar
tiverem sido praticadas para facilitar ou várias infrações em concurso.
ocultar as outras, ou para conseguir
impunidade ou vantagem em relação a
qualquer delas;
CONEXÃO SUBSTANCIAL OU CONTINÊNCIA OBJETIVA
TEOLÓGICA

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CONEXÃO CONTINÊNCIA

quando a prova de uma infração ou de


qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra
infração.
CONEXÃO
PROBATÓRIA/INSTRUMENTAL

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CRIMINOLOGIA
DICA 131
VITIMOLOGIA

A vitimologia estuda a vítima como sujeito passivo de um determinado crime, a sua


participação e fatores de vulnerabilidade. As vítimas podem ser classificadas em:

Vítima Nata: é aquela que nasce com predisposição para ser uma vítima de crime.

Vítima Potencial: as características da vítima atraem o criminoso. Isso facilita o


cometimento do crime, tendo aquela pessoa como vítima.

Vítima Eventual: não contribui para a prática do delito.

Vítima Falsa: imputa o cometimento do crime a alguém. Seria o que chamamos de


denunciação caluniosa, por exemplo.

Vítima Agressora: ela acredita ser a vítima do crime. É também chamada de vítima
imaginária.

Vítima Acidental: é a vítima de si mesma.

Vítima Voluntária: ela participa do crime. Então, a vítima voluntária consente com o
crime.

Vítima Ilhada: é aquela que se isola do convívio em sociedade, se tornando solitária.

TOME NOTA!!
A Síndrome de Estocolmo se desenvolve quando a vítima tenta se identificar com o
criminoso que a sequestrou ou quando tenta conquistá-lo. Isso acontece por instinto de
sobrevivência.
A Síndrome de Londres é o comportamento psicológico totalmente contrário àquele da
síndrome de Estocolmo. Na síndrome de Londres a vítima discute e discorda dos
criminosos, causando uma atmosfera de antipatia e animosidade que pode ser mortal.
A Síndrome da Mulher de Potifar está atrelada àquela mulher que se sentiu rejeitada
afetivamente e por esta razão imputa de forma falsa o crime de estupro ou outro que atente
contra a dignidade sexual à pessoa que lhe rejeitou.
DICA 132
POLÍTICA CRIMINAL DE TRATAMENTO DA VÍTIMA
A Justiça Retributiva sempre foi mais priorizada do que a Justiça Restaurativa. Ou seja, a
ênfase em punir o criminoso sempre foi maior.
Desse modo, com o intuito de focar mais na figura da vítima e de protegê-la, necessário se
faz destacar algumas leis importantes.

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A lei 9.099/95 foi um marco no Brasil, uma vez que evita a aplicação da pena privativa
de liberdade e traz o instituto da transação penal e da composição de danos, como
exemplos.

Ainda, a Lei nº 11.719/08 autorizou o juiz a fixar uma quantidade mínima indenizatória
a fim de reparar os danos pelo cometimento do delito no momento da sentença
condenatória.

A Lei nº 11.340/06, chamada de Maria da Penha, veio para proteger as mulheres


vítimas de violência doméstica e familiar.

Outra Lei muito importante que visou a proteção das crianças e adolescentes foi a Lei nº
13.431/07.
DICA 133
PROCESSOS DE VITIMIZAÇÃO

Vitimização Primária: é aquela causada em razão da prática do delito e traz danos


psicológicos e materiais à vítima.

Vitimização Secundária: advém do tratamento dado pela Polícia, pelo Ministério


Público e pelo Judiciário. A vítima se sente mal atendida pelo agente público, se sentindo
como um objeto ao invés de um sujeito merecedor de direitos e garantias.

Vitimização Terciária: uma vez a pessoa tendo sido vítima de um crime, ela sofre
humilhação do seu grupo social e família, ficando assim desestimulada a noticiar o crime de
modo formal, ou seja, denunciar o crime nos órgãos policiais.
DICA 134
PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL
O crime é um problema grave da sociedade e deve ser resolvido por ela. A Criminologia
Moderna vê o crime como algo dinâmico e interativo. Por outro lado, a Criminologia Clássica
enxerga o crime como um combate entre o bem e o mal.
Todos os entes federativos devem agir para a prevenção da criminalidade. Desse modo, não
apenas o Poder Judiciário e os órgãos de Segurança Pública é que são responsáveis pela
redução da criminalidade, mas todos os entes. Os Municípios, por exemplo, devem atuar de
forma a prevenir e reduzir o cometimento de crimes.
Como forma de prevenir o cometimento de crimes e marginalidade, os locais públicos
devem ser bem iluminados e as residências, lojas e prédios devem possuir um desenho
arquitetônico favorável ao não cometimento de delitos, visando impedir a ocorrência da
criminalidade.
Portanto, a prevenção de crimes se dá por meio de várias ações que possuam o objetivo de
evitar que o crime ocorra. Desse modo, de acordo com a criminologia, essa prevenção se
dá quando a Administração do Estado intervém na sociedade com estratégias a favor dessa
prevenção.

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DICA 135
A PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL

Ainda, quanto à prevenção do crime, há duas visões:

1. Prevenir o crime seria convencer o indíviduo criminoso a


não mais praticar um crime.

Prevenir o crime seria ir mais além, ou seja, seria alterar a


estrutura dos locais públicos, tornando-os mais iluminados
2. e com desenhos arquitetônicos que não deem margem ao
cometimento de crimes, tudo para inibir a ocorrência da
criminalidade.

Ademais, para a prevenção do crime, deve-se atingi-lo de maneira indireta e direta:

Atingir indiretamente o crime seria focar nas causas da criminalidade. Focando nisso,
os efeitos da criminalidade cessariam. A conduta do indivíduo deve ser lapidada para não
praticar crimes.

Prevenir diretamente o delito é quando há a imposição de medidas de punição, por


meio da legislação, a fim de reprimir condutas criminosas. A pena, desse modo, serve para
penalizar o sujeito e inibir o indivíduo, a fim de que ele não cometa um crime
novamente, pois sabe que se cometer, sofrerá com as sanções cabíveis.
DICA 136
A CRIMINOLOGIA COMO CIÊNCIA E A INTERDISCIPLINARIDADE

A Criminologia é considerada uma ciência interdisciplinar, uma vez que agrega


conhecimento de outras áreas, como: antropologia, psicologia, psiquiatria, biologia e
sociologia.
Para evoluir cientificamente, a Criminologia precisa dos conhecimentos das demais
áreas acima citadas. Ela necessita receber os estudos da antropologia, da psicologia, da
biologia etc.

→ Veja: como é possível afirmar que tal indivíduo é um psicopata e por essa razão é que
comete crimes, se não existir o estudo da criminologia com a psiquiatria? Para entender o
psicopata, é extremamente necessário o estudo da psiquiatria.
Para entender o crime de uma forma mais completa, é necessário o conhecimento de
outros ramos do saber. Por exemplo, a Sociologia é de extrema importância para
saber por que um indivíduo mata outra pessoa simplesmente por puro prazer e por que
outro sujeito mata apenas para fins de sobrevivência. Há pessoas que defendem que a
Criminologia, além de interdisciplinar, é uma ciência multidisciplinar.

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Contudo, a interdisciplinaridade é mais profunda, pois ela ocorre quando as áreas de
conhecimento diversas se integram e há a cooperação entre elas, o que não acontece na
multidisciplinaridade.
DICA 137
CIFRA NEGRA DA CRIMINALIDADE
A maioria dos crimes cometidos não chega ao conhecimento do Estado, ou seja, o
Estado possui conhecimento de apenas uma pequena parcela deles.
TOME NOTA! Os crimes da “cifra negra” são aqueles delitos contra o patrimônio
(roubo e furto, por exemplo), contra a pessoa, contra os costumes, entre outros. São os
delitos conectados à “criminalidade de rua”.
DICA 138
CIFRA DOURADA DA CRIMINALIDADE
Por outro lado, os crimes da “cifra dourada” são aqueles cometidos por pessoas da “elite”,
as quais cometem delitos típicos de “colarinho branco” (lavagem de dinheiro, crimes
eleitorais, crimes ambientais, crimes contra a ordem tributária, entre outros). Tanto a “cifra
negra” quanto a “cifra dourada” correspondem a uma porcentagem de crimes que não
são comunicados ao Poder Público, por diversas razões.
DICA 139
CIFRA NEGRA DA CRIMINALIDADE
De acordo com Arno Pilgran, a “cifra negra” e a impunidade se originam de filtros
(“Filtros da Ocorrência da Cifra Negra”) que denotam os delitos que devem ser
punidos e as pessoas que devem ser penalizadas pelo cometimento deles.
Então, muitos crimes praticados acabam não sendo computados e o Estado não possui
conhecimento deles.
DICA 140
FILTROS DA OCORRÊNCIA DA CIFRA NEGRA
Abaixo, os “Filtros da Ocorrência da Cifra Negra”, conforme Pilgran:

Filtro da Criminalização Primária: há ausência de criminalização ou uma


criminalização duvidosa.

Filtro da Notitia Criminis: Não há registro de ocorrência em sede policial para que o
Poder Público fique ciente da ocorrência de crime.

Filtro da Abertura da Investigação: Não há instauração de inquérito policial a fim de


que seja investigado e apurado o cometimento do delito.

Filtro da Investigação: Há deficiências quanto à apuração da autoria e materialidade


do delito. Isso porque as vítimas, muitas vezes, são ameaçadas pelos criminosos; as
testemunhas não colaboram por medo.

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FILTRO DA ABERTURA DO PROCESSO: Casos que não são denunciados em razão de


ausência de requisitos formais, curso prescricional, entre outros.

FILTRO DA COMPROVAÇÃO LEGAL E JUDICIAL DO DELITO: Há imperfeições no


processo, como testemunhas que desaparecem e não são encontradas devido ao tempo
do processo; provas ilícitas...

FILTRO DA JUSTIÇA TERRITORIALIZADA X CRIMINALIDADE


GLOBALIZADA: A justiça criminal não possui o adequado preparo tecnológico; delitos
globalizados, como corrupção internacional, tráfico de pessoas e narcotráfico.

FILTRO DA CONDENAÇÃO: Não há condenação em todos os casos que estão sendo


processados.

FILTRO DA PRESCRIÇÃO: Em razão da lentidão da justiça, há casos que são abrangidos


pela prescrição.

FILTRO DA EXECUÇÃO EFETIVA: Existem falhas e imperfeições no que tange à


execução da pena, como, por exemplo, inexistência de uma fiscalização adequada.

Desse modo, percebe-se que tais filtros são importantes e necessários até que se
chegue a uma parcela de crimes e pessoas puníveis.
DICA BÔNUS
SOCIOLOGIA CRIMINAL E A DESORGANIZAÇÃO SOCIAL
A sociedade é desorganizada em razão do crime. Há menos desorganização social nos
centros menores, mais pacatos, e mais desorganização social em cidades mais caóticas, em
centros urbanos maiores.
Lombroso investigava fatores endógenos, ou seja, fatores internos psíquicos e físicos que
eram propulsores à prática de delitos. De outro lado, Ferri investigava aspectos exógenos,
ou seja, fatores externos, os quais eram baseados na influência da sociedade sobre o sujeito
que havia cometido um crime.
Desse modo, os indivíduos que não praticaram nenhum crime excluem e marginalizam
aquele que acabou de delinquir. Por esse motivo é que esse sujeito começa a praticar mais
crimes.
Ele foi uma vítima social, uma vítima da maldade da sociedade. Contudo, no âmbito da
sociologia criminal de Ferri é possível se identificar aspectos da Antropologia Criminal e
da Ecologia Criminal.
Do ponto de vista da sociologia de Ferri, características antropológicas como a africana e a
latina e características de clima (calor) como na África e América Latina em uma sociedade,
significa que ela seria criminosa. Isso justificou as ações de exploração colonial da Europa
sobre esses povos.

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