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Memorex PM DF – Soldado – RODADA 02
Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.
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na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:
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Rodada 03 21/02/2023
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Rodada 05 28/02/2023
Rodada 06 02/03/2023
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com
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Memorex PM DF – Soldado – RODADA 02
ÍNDICE
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Memorex PM DF – Soldado – RODADA 02
LÍNGUA PORTUGUESA
DICA 01
ORTOGRAFIA - USO DOS PORQUÊS
PORQUE:
Indica EXPLICAÇÃO ou CAUSA.
Por isso, exerce função de conjunção subordinativa causal ou coordenativa
explicativa.
Poderá ser substituído por “pois”, “para que” e “uma vez que”.
Ex.: Lara não foi à festa, porque estava doente. → justificativa para Joana não ter
ido à festa.
Escolhemos esta mochila, pois é mais barata. → indica a causa para a escolha da mochila.
PORQUÊ:
Indica MOTIVO ou RAZÃO.
Aparece acompanhado de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns).
“Porquê” pode ser substituído por: o motivo; a causa; a razão.
“Porquê” é um substantivo masculino e pode sofrer flexão em gênero: o porquê, os
porquês.
O “HÁ” vem do verbo “haver” e é utilizado quando a oração é sem sujeito, ou seja,
impessoal, e o verbo significa “existir”.
CUIDADO! Mesmo que a frase esteja no plural, o “há” ficará no singular.
Ex.: Há anos que não visito minha mãe – Faz anos que não...
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QUESTÃO ADAPTADA.
Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos
tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de
um rei à cem anos”.
A modificação necessária para que esse texto fique correto é:
“à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”. → CERTO
DICA 03
MAL X MAU
Essas são 2 palavras bem fáceis de confundir na escrita, uma vez que a pronúncia é a
mesma.
O advérbio “mal” é utilizado para indicar que alguma coisa foi feita de modo errado.
Ainda, “mal” pode ser um substantivo quando indicar uma doença, uma maldade, por
exemplo (O mal do homem é a vingança). Também, “mal” pode significar uma conjunção
temporal (com o mesmo sentido de “assim que”).
O adjetivo “mau” é utilizado para indicar que algo é ruim ou maldoso.
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Já, o SE NÃO, é uma conjunção condicional e quando está junto com o advérbio “não”
poderá ser utilizada quando tiver o significado de:
CASO NÃO: Se não for possível sair hoje, avise seu chefe.
AONDE: é utilizado quando o verbo expressa movimento. É usado com verbos que
pedem a preposição “a”.
“DE MAIS” é uma locução adjetiva e exprime quantidade. É o contrário de “de menos”.
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“Mas” é uma conjunção que exprime adversidade. Você poderá trocá-la por: porém,
contudo, entretanto.
“AFIM” poderá ser um adjetivo e se referir a coisas que são semelhantes. Ainda,
poderá ser um substantivo, indicando pessoas que são parentes.
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DICA 10
ABSOLVER X ABSORVER
DICA 11
ACENTUAÇÃO
Os acentos gráficos estabelecem, de acordo com as regras existentes, a intensidade das
sílabas nas palavras. Na língua portuguesa, os acentos gráficos são:
A acentuação gráfica relaciona-se com a posição da sílaba tônica nas palavras. Existem
regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
DICA 12
REGRAS GERAIS
A fim de compreender adequadamente as regras, veja estes conceitos iniciais em relação à
sílaba tônica das palavras:
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Ex.: bíceps.
CUIDADO: Por exemplo: PÓLEN leva acento, mas o plural “polens” não possui acento!
ATENÇÃO!
Os ditongos abertos (“ei”, “oi”) das paroxítonas não devem ser acentuados.
Ex.: ideia, joia, paranoia e assembleia.
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TOME NOTA: A palavra “herói”, por exemplo, continua sendo acentuada. Embora
possua ditongo aberto “ói”, ela é oxítona, não é paroxítona.
DICA 14
OXÍTONAS E PROPAROXÍTONAS
QUESTÃO, 2018.
Gabarito: D.
DICA 15
ENCONTROS VOCÁLICOS
Ocorre quando existe um encontro de vogais em uma palavra. São classificados em:
hiato, ditongo e tritongo.
Hiato: caracteriza-se por ser o encontro de 2 vogais, mas elas estão separadas, cada
uma em uma sílaba. Exemplo: Saúde (Sa-ú-de).
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Ditongo: caracteriza-se pelo encontro de 2 vogais que estão na mesma sílaba, mas
uma delas é uma semivogal. Exemplo: Glória (Gló-ria)
DICA BÔNUS
OXÍTONAS
As palavras são oxítonas porque têm a sua última sílaba tônica. Há as seguintes
regras:
TOME NOTA: Palavras como “coração” e “sabão” são oxítonas não acentuadas, pois
o til (~) não é um acento.
QUESTÃO ADAPTADA.
As duas palavras que recebem acento gráfico por razões diferentes são:
a) homicídio/média;
b) país/juízes;
c) histórico/pública;
d) secretários/relatório;
e) está/é.
Gabarito: letra e.
Comentário: certo, pois “está” é oxítona terminada em “a” e “é” é monossílabo
terminado em “e”.
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LÍNGUA INGLESA
DICA 16
INTERPRETANDO TEXTOS
Vamos aqui ver um texto de um assunto totalmente diferente do tratado na dica anterior,
para que o (a) nosso (a) futuro (a) aprovado (a):
Ceausescu’s children
“When they were first exposed in 1989, Romania’s orphanages shocked the world. But
what happened to the children left behind? Vişinel Balan, now 27, tells his story
When Vişinel Balan was two months old he was put in a state infant centre in Bacău, a
town folded into the foothills of the Carpathian mountains in Romania. It was August
1987. At the entrance to the institution there was a poster of a mother bringing in her
baby, then walking away with her child, now older, hand in hand. The message was: the
state can take better care of your child than you can.
Vişinel’s earliest memories are of rocking himself backwards and forwards and of waking
up warm, wet with pee. When he was three years old he was sent to a preschool
institution in the nearby town of Comănești.
(...)
The birth rate soon doubled, but then the rate of increase slowed as Romanian women
resorted to homemade illegal abortions, often with catastrophic results. In 1977 all
childless persons, regardless of sex or martial status, were made to pay an additional
monthly tax. In the 1980s condoms and the pill, although prohibitively expensive, began
to become available in Romania – so they were banned altogether. Motherhood became
a state duty. The system was ruthlessly enforced by the secret police, the securitate.
Doctors who performed abortions were imprisoned, women were examined every three
months in their workplaces for signs of pregnancy. If they were found to be pregnant
and didn’t subsequently give birth, they could face prosecution. Fertility had become an
instrument of state control.”
(Disponível em: https://www.theguardian.com/news/2014/dec/10/-sp-ceausescus-children )
Você conseguiu identificar a temática do texto? Imagine que este texto estivesse em
sua prova e viesse uma pergunta dizendo:
QUESTÃO.
“Sobre qual assunto este texto fala?”
a) Ele fala sobre os órfãos da Segunda Guerra Mundial, na Alemanha.
b) Ele fala sobre as crianças órfãs da Albânia, no governo do ditador Enver Hoxha.
c) Ele fala sobre as crianças órfãs da Romênia, vítimas da política natalista do ditador
Nicolae Ceaușescu.
d) Ele fala sobre as crianças órfãs da Moldávia, vítimas da política de imigração do ditador
Nicolae Ceaușescu.
Gabarito: Letra c.
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DICA 17
ADJECTIVES AND ADVERBS/ADJETIVOS E ADVÉRBIOS
Geralmente, no português, o adjetivo vem após o substantivo em uma frase. No inglês, é o
contrário.
Ex.: Ele é um menino elegante. He is an elegant boy. Veja que no inglês, “elegant”
que é “elegante” veio antes de “boy” que é “menino”.
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DICA 19
PHRASAL VERBS/VERBOS FRASAIS
São expressões compostas por um verbo + preposição, verbo + advérbio ou verbo +
advérbio + preposição. A dificuldade de traduzir um “phrasal verb” é que não se pode fazer
a tradução literal da expressão, pois o sentido das palavras muda. Exemplo: “to give”
significa “dar”. “Up” significa “para cima”. Contudo, o phrasal verb “to give up”
significa “desistir”. Ou seja, não dá para traduzir ao pé da letra! Vamos decorar os mais
utilizados e que podem cair na sua prova:
PUT UP Tolerar
WITH
HURRY UP Apressar-se
DICA 20
PASSIVE VOICE/VOZ PASSIVA
Na voz ativa (active voice) o sujeito que pratica a ação está em evidência. Já, na voz
passiva (passive voice) o objeto que recebe a ação está em evidência.
Voz ativa: Lucas is writing a letter. Lucas está escrevendo uma carta.
Voz passiva: A letter is being written by Lucas. A carta está sendo escrita por Lucas.
DICA BÔNUS
MODAL VERBS/VERBOS MODAIS
Ex.: I can write in english. Eu posso/consigo escrever em inglês. Forma negativa: can’t.
Forma interrogativa: Can you play soccer? Você consegue jogar futebol?
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Ex.: I could walk. Eu podia caminhar. Forma negativa: couldn’t. Forma interrogativa:
Could I talk to you? Eu poderia falar com você?
Ex.: You must take a shower. Você deve tomar banho. Forma negativa: mustn’t. Forma
interrogativa: Must you study? Você deve estudar?
Ex.: You should take care of yourself. Você deveria cuidar de si mesmo. Forma negativa:
shouldn’t. Forma interrogativa: Should I stay or should I go? Eu deveria ficar ou deveria
ir? OBS.: “ought to” significa a mesma coisa, mas é pouco usado, uma vez que é mais
formal.
Shall: deve (em regra). Expressa convite, sugestão, ação futura (inglês britânico;
usado com I e We).
Ex.: Shall I talk to her? Devo conversar com ela?; Shall we travel to Paris? Vamos viajar
para Paris? Forma negativa: shan’t. Forma afirmativa: I shall go to Paris. Eu devo (vou)
ir para Paris.
May: usado para permissão e para falar sobre a possibilidade de uma ação. Ele
aparece quando não temos certeza de algo, tanto no presente quanto no futuro.
Ex.: I may go to your party. É provável que eu vá a sua festa.; May I come in? Eu
posso entrar? Forma negativa: may not.
Might: usado para ações que não têm muitas chances de acontecer. Usado para
momentos mais formais, para se fazer um pedido de forma educada.
Ex.: It might rain tomorrow. É capaz de chover amanhã. He asked if he might go to the
wedding with her. Ele perguntou se poderia ir ao casamento com ela. Formas negativa e
interrogativa: Igual ao “may”.
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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
DICA 21
ESTRUTURAS LÓGICAS
As frases imperativas, interrogativas, exclamativas não são proposições, pois não existe a
possibilidade de julgamento em verdadeiro ou falso.
Ex.: X+4=7; (é uma sentença aberta, pois X pode assumir qualquer valor)
”Que noite agradável” → é uma sentença exclamativa, portanto não é uma proposição;
”Qual é a sua idade?” → é sentença interrogativa, portanto não é uma proposição;
”Chute a bola” → é uma sentença imperativa (indica uma ordem), portanto não é uma
proposição.
DICA 22
ESTRUTURAS LÓGICAS
Qualquer Proposição ou é Verdadeira ou Falsa, não pode ser verdadeira e falsa
simultaneamente.
Uma proposição se for verdadeira será sempre verdadeira, e se for falsa será sempre falsa.
Proposições simples:
Proposições compostas:
Ex.: Pelé é o rei do futebol e Pelé foi campeão da copa do Mundo em 1970;( temos 2
sentenças).
Frases paradoxais não podem ser proposições justamente porque não pode ser atribuído
um único valor lógico a esse tipo de frase;
Ex.: “Eu sou mentiroso” se a frase for verdadeira, o autor da frase necessariamente
mentiu. Isso significa que a frase é falsa.
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DICA 23
ESTRUTURAS LÓGICAS
Princípio da Identidade
Que diz que uma proposição verdadeira é sempre
verdadeira, e uma proposição falsa é sempre falsa;
DICA 24
ESTRUTURAS LÓGICAS
Proposição simples não pode ser dividida proposições menores;
A negação de uma proposição simples p gera uma nova proposição simples ~p;
→ Usa-se o "não" e de expressões correlatas como "não é verdade que", "é falso que";
Ex.: p: “Rio de Janeiro não é a capital do Brasil.", sua negação é ~q: "Rio de Janeiro é a
capital do Brasil."
Para negar uma proposição simples formada por uma oração principal e por orações
subordinadas, devemos negar o verbo da oração principal.
DICA 25
ESTRUTURAS LÓGICAS
A proposição composta é uma proposição que resulta da combinação de duas ou mais
proposições simples por meio do uso de conectivos;
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DICA BÔNUS
ESTRUTURAS LÓGICAS
A tabela-verdade é uma ferramenta utilizada para determinar todos os valores lógicos
(V ou F) assumidos por uma proposição composta em função dos valores lógicos atribuídos
às proposições simples que a compõem;
Tabela verdade é também uma tabela matemática usada no campo do raciocínio lógico,
para verificar se uma proposição composta é válida.
Para sabermos a quantidade de linhas, que terá nossa tabela verdade é só pegar o número
2 e elevá-lo ao número de proposições simples. (2𝑛 )
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ATUALIDADES
DICA 26
SERVIÇOS
No Distrito Federal, o Setor de Serviços é o principal pilar da Economia. No exercício de
2014, foi responsável por 92,9% do Produto Interno Bruto, conforme informações da
CODEPLAN/IBGE.
Neste setor, dentre as atividades que o ofertam, aquelas ligadas à área pública como:
Administração, Educação, Saúde, Pesquisa e Desenvolvimento Públicos, Defesa e
Seguridade Social, apresentaram a maior participação, com 46,34%.
DICA 27
INDÚSTRIA
O Setor Industrial tem pouca expressão na composição do PIB/DF, existindo a participação,
em 2014, de apenas 6,6% na economia, com um montante de R$ 11,347 bilhões. O
componente mais representativo foi a Construção Civil, responsável por 58,83% no
exercício, enquanto a Indústria de Transformação contribuiu com 27,13%. Eletricidade e
Gás, Água, Esgoto, atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação, 13,85% e
Indústria Extrativa só 0,19%.
A Atividade Industrial, mesmo havendo pouca expressão na composição da Economia do
Distrito Federal, com relação a valor, é o 2º na composição do PIB/DF, sendo responsável
por 6,6 % do seu total.
DICA 28
AGROPECUÁRIA
A Agropecuária é o setor com a menor participação na Economia brasiliense. É responsável
por apenas 0,4% do total do PIB em 2014, segundo cálculos da Codeplan/IBGE. Essa
participação indica que o Setor contribuiu somente com R$ 770 milhões em valores
absolutos, na composição do Produto Interno Bruto do Distrito Federal. Entre os seus
subitens, o mais representativo é “Agricultura, inclusive o Apoio à Agricultura e à Pós-
colheita” que sozinho é responsável por 75,58% do setor.
Em seguida, com a participação de 19,74%, está a Pecuária, inclusive o “Apoio à
Pecuária”, e com a menor participação no Setor, está a Produção Florestal, Pesca e
Aquicultura, compondo um único item e representando apenas 4,68% na formação do Setor
Primário da Economia do DF. Esta atividade é desenvolvida em pequenas áreas, para o qual
contribui a pequena dimensão territorial do Distrito Federal.
DICA 29
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA
De acordo com os dados do IBGE e PED - DF de 2010 e 2015, notou-se que a População
em Idade Ativa - PIA, aumentou, e consequentemente também aumentou a População
Economicamente Ativa – PEA. No período de 2010 a 2013, com relação ao pessoal ocupado,
destaca-se o setor de Serviços em que são relevantes as atividades da Administração
Pública, Defesa e Seguridade Social, seguido pelas atividades de Comércio, Reparação de
Veículos Automotores, Motocicletas, Transporte, Armazenagem e Correio.
A Indústria de Transformação está em segundo lugar tanto pelo número maior de pessoal
ocupado como pelo seu crescimento em relação aos outros setores que vêm diminuindo.
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DICA 30
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
O Distrito Federal, segundo projeção de 2016 do IBGE, apresenta uma população de
3.039.444. No contexto do Brasil, o Distrito Federal, com pouco mais de 50 anos, ocupa o
terceiro lugar em população, atrás somente dos munícipios de São Paulo e Rio de Janeiro.
Comparando a população do Brasil e Distrito Federal nas últimas três décadas, observa-se
que a população do Distrito Federal cresceu quase o dobro, o que não aconteceu no Brasil
cujo crescimento foi significativo, mas não nesta proporção. A participação da população do
Distrito Federal no contexto do Brasil vem aumentando sua contribuição, pois em 2010
chega a 1,33% com projeção em 2016 para 1,44%.
DICA 31
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
Na distribuição por sexo, conforme dados de 2015 da Codeplan/PDAD, a população feminina
é predominante no Distrito Federal, sendo 1.515.066 mulheres e 1.391.508 homens.
Quanto à ocupação do território, a população urbana no Distrito Federal está distribuída por
todas as 31 Regiões Administrativas. Segundo dados de 2015, da Codeplan, a RA IX -
Ceilândia apresenta maior população urbana, seguida pela RA I Plano Piloto e RA III -
Taguatinga.
A população rural apresentou uma redução de contingente entre 2000 e 2010, passando de
89.645 para 88.885, predominando os homens adultos e com redução no número de
jovens. Esta população jovem diminuiu, provavelmente pelo motivo de ir em busca de
estudo e/ou melhores condições de vida de uma maneira geral.
O envelhecimento da população do Distrito Federal é significativo, quando se verifica a
distribuição por faixa etária. No período de 2010 e 2015, nas faixas etária dos 65 anos a 90
e mais, ocorreu um crescimento significativo, ao contrário da faixa de 0 a 34 anos, que
teve seu número reduzido. O mesmo processo também ocorreu no Brasil.
DICA 32
PROTEÇÃO DE MANANCIAIS E CAPTAÇÕES DE ÁGUA
Em 1997, o Plano de Ordenamento Territorial do DF - PDOT (Lei Complementar n° 17, de
28 de janeiro de 1997), constituiu as Áreas de Proteção de Mananciais - APM. As APMs
foram regulamentadas pelo Decreto 18.585/97 e destinam-se “à conservação, recuperação
e manejo das bacias hidrográficas situadas a montante dos pontos de captação de água da
Caesb, sendo vedado o parcelamento do solo urbano ou rural nestas áreas”.
Cabe à CAESB o disciplinamento do uso e ocupação do solo a montante dos seus pontos de
captação de água visando manter a qualidade ambiental destes locais.
DICA 33
REGIÕES ADMINISTRATIVAS INTEGRADAS DE DESENVOLVIMENTO – RIDES
As Regiões Administrativas Integradas de Desenvolvimento - RIDEs foram feitas para
articulação das ações da União em um mesmo complexo social e geoeconômico. O Artigo
43 da Constituição Federal traz a delegação à lei complementar sobre a definição das
condições de integração.
A coordenação das ações foi delegada a Conselhos Administrativos, e suas Secretarias
Executivas incorporadas à estrutura do Ministério da Integração Nacional.
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DICA 34
REGIÕES ADMINISTRATIVAS INTEGRADAS DE DESENVOLVIMENTO – RIDES
O Conselho Administrativo da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e
Entorno - COARIDE, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, tem a finalidade
de coordenar as atividades a serem desenvolvidas na RIDE.
Os subcolegiados do COARIDE:
infraestrutura;
educação e cultura;
habitação popular;
serviços de telecomunicação;
turismo; e
segurança pública.
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DICA 36
RIDE E COARIDE
no prazo de até trinta dias após a reunião em que tenha havido concessão de vista de
matéria constante da pauta.
Conselho administrativo da região integrada de desenvolvimento do distrito federal e
entorno
DICA 37
RIDE E COARIDE
Além do voto ordinário, o Presidente do COARIDE terá o voto de qualidade em caso de
empate. Os membros do COARIDE que se encontrarem no Distrito Federal e na RIDE se
reunirão presencialmente e os membros que se encontrem em outros entes federativos
participarão da reunião por meio de videoconferência.
O COARIDE poderá instituir subcolegiados para matérias específicas.
DICA 38
RIDE E COARIDE
Compete ao COARIDE:
programar a integração e a unificação dos serviços públicos que lhes são comuns;
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LEGISLAÇÃO
DICA 41
LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL (CONSTITUI A LEI FUNDAMENTAL DO
DISTRITO FEDERAL)
DA PERDA DO CARGO:
os que atualmente lhe pertencem, que vier a adquirir ou lhe forem atribuídos;
QUESTÃO, 2018.
Em relação aos bens do Distrito Federal, a LODF dispõe que
a) os bens declarados inservíveis, em processo regular, podem ser alienados, mediante
licitação, cabendo doação somente nos casos especificados em lei.
b) compete ao Governador autorizar a alienação, aforamento, comodato ou cessão de
uso de bens imóveis do Distrito Federal.
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c) não é admitido o uso de bens do Distrito Federal por terceiros, salvo mediante
concessão administrativa de uso, conforme o interesse público, na forma da lei.
d) é vedada a utilização de bens dominiais como instrumento para a realização de
políticas de ocupação ordenada do território.
e) os bens do Distrito Federal devem ser cadastrados com a identificação respectiva, com
exceção dos bens dominiais.
Gabarito: Letra a.
DICA 43
DOS BENS DO DISTRITO FEDERAL
É de suma importância que você saiba para sua prova da PM DF (e para as demais também
rs) que os bens imóveis do Distrito Federal só podem ser objeto de alienação, aforamento,
comodato ou cessão de uso, mediante autorização legislativa.
Acrescente-se que todos os bens do Distrito Federal deverão ser cadastrados com a
identificação respectiva.
IMPORTANTE!
Os bens do Distrito Federal podem ser usados por terceiro? SIM, o uso de bens do Distrito
Federal por terceiros poderá ser feito mediante concessão administrativa de uso,
permissão ou autorização, conforme o caso e o interesse público, na forma da lei.
De mais a mais, lembre-se que a aquisição por compra ou permuta, bem como a alienação
dos bens imóveis do Distrito Federal dependerão de prévia avaliação e autorização da
Câmara Legislativa, subordinada à comprovação da existência de interesse público e à
observância da legislação pertinente à licitação.
O Governador encaminhará, anualmente, à Câmara Legislativa relatório do qual conste a
identificação dos bens do Distrito Federal objeto de concessão ou permissão de uso no
exercício, assim como sua destinação e beneficiário.
QUESTÃO, 2018.
Os bens pertencentes ao Distrito Federal, nos termos de sua Lei Orgânica,
a) são exclusivamente aqueles que constam do cartório de registro de imóveis como de
propriedade daquele ente.
b) podem ser utilizados por particulares, dependendo de autorização legislativa para
outorga de alguns instrumentos.
c) quando deixam de ter utilidade são desafetados, tornando-se passíveis de licitação,
desde que mantida a finalidade pública pelo adquirente.
d) somente podem ser utilizados por particulares por meio de instrumentos precários,
que não surtem efeitos.
e) são desafetados por meio de ato administrativo, exigida autorização legislativa apenas
nos casos de bens de uso comum do povo.
Gabarito: Letra b.
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DICA 44
DA CÂMARA LEGISLATIVA
Cada legislatura terá a duração de quatro anos, iniciando-se com a posse dos eleitos.
QUESTÃO, 2018.
As deliberações da Câmara Legislativa do Distrito Federal e de suas comissões serão
a) tomadas, como regra, por maioria de votos, presente a maioria simples de seus
membros, independentemente de Disposição em Contrário na Constituição Federal, em
razão da particularidade do Distrito Federal reunir competências legislativas atribuídas
aos estados e municípios.
b) realizadas, como regra, por escrutínio secreto, independentemente de requerimento e
votação, qualquer que seja a matéria objeto de deliberação.
c) tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros, em
votação ostensiva, salvo disposição em contrário na Constituição Federal e na Lei
Orgânica do Distrito Federal.
d) realizadas por escrutínio aberto, regra de caráter absoluto, que não comporta exceção,
em razão da Lei de Acesso à Informação.
e) tomadas por maioria qualificada de votos quando a matéria for de competência
legislativa estadual, e por maioria simples, presente a maioria absoluta de seus membros,
se for questão de predominante interesse local.
Gabarito: Letra c.
DICA 45
FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DA CÂMARA LEGISLATIVA
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prestar consultoria e assessoria jurídica à Mesa Diretora e aos demais órgãos da estrutura
administrativa.
DICA 46
DO PROCESSO LEGISLATIVO
leis complementares;
leis ordinárias;
decretos legislativos;
resoluções.
É importante destacar que Lei complementar disporá sobre elaboração, redação,
alteração e consolidação das leis do Distrito Federal.
DICA 47
DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA
QUESTÃO, 2018.
Em relação às emendas à Lei Orgânica do Distrito Federal,
a) a iniciativa cabe a qualquer membro da Câmara Legislativa.
b) a proposta será discutida e votada em dois turnos e considerada aprovada se obtiver,
em ambos, o voto favorável de três quintos dos membros da Câmara Legislativa.
c) os cidadãos podem exercer a iniciativa, por meio da assinatura de, no mínimo, um por
cento dos eleitores do Distrito Federal, distribuídos em, pelo menos, três zonas eleitorais,
com não menos de três décimos por cento em cada uma delas.
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DICA 48
DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA
A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa Diretora da Câmara Legislativa, com
o respectivo número de ordem.
Destaca-se que não será objeto de deliberação a proposta de emenda que ferir princípios
da Constituição Federal.
IMPORTANTE!
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Intervenção federal;
Estado de sítio.
QUESTÃO, 2018.
A respeito das emendas à Lei Orgânica do Distrito Federal, considere as seguintes
afirmações:
I. A proposta de emenda será discutida e votada em dois turnos e considerada aprovada
se obtiver, em ambos, o voto favorável de dois terços dos membros da Câmara
Legislativa.
II. A emenda à Lei Orgânica será promulgada pelo Governador do Distrito Federal, com
o respectivo número de ordem.
III. A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, estado
de defesa, estado de sítio e estado de calamidade pública.
IV. A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não
pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) I, III e IV.
Gabarito: Letra d.
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DICA 49
DAS LEIS
ao Governador;
aos cidadãos;
QUESTÃO, 2018.
A respeito da iniciativa das leis, nos termos da Lei Orgânica do Distrito Federal:
a) Compete privativamente ao Governador do Distrito Federal a iniciativa de lei que
disponha sobre a criação de cargos funções ou empregos na administração direta,
autárquica e fundacional.
b) Nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador do Distrito Federal será admitida
emenda que preveja aumento de despesa, desde que a requerimento do Líder de
Governo.
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DICA BÔNUS
DO TRIBUNAL DE CONTAS
mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija
os conhecimentos mencionados no item anterior.
IMPORTANTE!
Lei complementar do Distrito Federal disporá sobre a organização e funcionamento do
Tribunal de Contas, podendo dividi-lo em câmaras e criar delegações ou órgãos destinados
a auxiliá-lo no exercício de suas funções e na descentralização dos seus trabalhos.
QUESTÃO, 2018.
Suponha que o Tribunal de Contas do Distrito Federal apresente à Câmara Legislativa
projeto de lei dispondo sobre aspectos relacionados à organização e ao funcionamento
do próprio Tribunal de Contas. Aprovado por maioria de votos, presente à sessão
deliberativa a maioria absoluta dos Deputados Distritais, o projeto é encaminhado para
sanção do Governador do Distrito Federal que, no entanto, o veta integralmente, por
contrariedade à Lei Orgânica.
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Nessa hipótese, à luz das regras de processo legislativo estabelecidas na Lei Orgânica do
Distrito Federal, o veto do Governador é
a) cabível, uma vez que se trata de matéria de iniciativa exclusiva do Governador do
Distrito Federal, ainda que possa ser veiculada por lei ordinária.
b) cabível, uma vez que não foi atingido o quórum necessário para aprovação de lei
ordinária, exigida para veicular a matéria, ainda que a iniciativa para sua propositura seja
efetivamente do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
c) cabível, uma vez que se trata de matéria reservada à lei complementar, a ser aprovada
pelo voto da maioria absoluta dos Deputados Distritais, ainda que a iniciativa para sua
propositura seja efetivamente do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
d) cabível, uma vez que se trata de matéria inserida na competência do Governador para
dispor, mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração do
Distrito Federal.
e) incabível, uma vez que foram observadas as regras referentes à iniciativa, à espécie
legislativa e ao quórum de aprovação respectivo, previstas na Lei Orgânica do Distrito
Federal.
Gabarito: Letra c.
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DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITOS HUMANOS
DICA 51
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E
COMUNICAÇÕES
Correspondências;
Comunicações telegráficas;
Comunicações de dados; e
Comunicações telefônicas.
O próprio dispositivo da Constituição excepciona a regra, ao afirmar que o sigilo das
comunicações telefônicas pode sofrer restrição por ordem judicial para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal, nos termos da lei.
ATENÇÃO!!
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente.
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Reunião pacífica;
Sem armas;
Independentemente de autorização;
JURISPRUDÊNCIA
JURISPRUDÊNCIA
DICA 53
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
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DICA 54
DIREITO DE PROPRIEDADE
Segundo os incisos XXII e XXIII, do artigo 5º, é garantido o direito de propriedade e essa
deverá atender a sua função social.
O direito de propriedade além de ser um direito individual, é um dos princípios da ordem
econômica.
A propriedade que está cumprindo sua função social goza da proteção estatal não podendo
ser desapropriada. entretanto, com base na tutela do interesse público, e mediante prévia
e justa indenização em dinheiro, a desapropriação poderá ocorrer nos de necessidade
pública, utilidade pública ou interesse social.
Em alguns casos não haverá a indenização em dinheiro quando da desapropriação.
São eles:
Desapropriação de imóvel urbano não-edificado que não cumpriu sua função social;
Desapropriação confiscatória.
A declaração de necessidade pública ou interesse social poderá ser feita por todos os entes
federativos (União, Estados, DF e Municípios) e pelos Territórios.
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DICA 55
DIREITOS E DEVERES FUNDAMENTAIS
Propriedade de bens incorpóreos: artigo 5º, incisos XXVII, XXVIII e XXIX. A CF/88
tutela o direito de propriedade do autor sobre inventos, patentes e marcas.
Para além de garantir o direito de propriedade do autor, é garantido também a transmissão
desse direito a seus herdeiros.
Aos autores de inventos industriais é garantido o privilégio temporário, tendo em vista
o interesse social e desenvolvimento tecnológico e econômico do País.
DICA 57
DIREITO À INFORMAÇÃO
Segundo o inciso XXXIII, do artigo 5º, todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
O direito à informação alcança todos órgãos da Administração Pública, direta ou indireta.
ATENÇÃO!
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DICA 58
DIREITO DE PETIÇÃO E DIREITO À OBTENÇÃO DE CERTIDÕES
Segundo dispõe o artigo 5º, inciso XXXIV, a todos (brasileiros, estrangeiros ou pessoas
jurídicas) são assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
ATENÇÃO!
DICA 59
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO
Segundo o inciso XXXV, do artigo 5º, a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito.
É defeso ao legislador criar barreiras de acesso da população ao Judiciário, sob pena de
violação da inafastabilidade da jurisdição.
OBS: Apesar da escrita da palavra nos levar a outro sentido, DEFESO, significa
PROIBIDO!
No Brasil é adotado o Sistema Inglês de jurisdição “una”. Nesse sistema, somente o Poder
Judiciário pode dizer o direito de forma definitiva, por meio da “coisa julgada material”.
Cabe salientar que não existe a chamada “coisa julgada administrativa”, haja vista que
até mesmo a decisão administrativa que não cabe mais recurso administrativo submete-se
à análise do Poder Judiciário.
Habeas data;
Controvérsia desportiva;
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DICA 60
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
HABEAS CORPUS (HC): O termo Habeas Corpus significa “apresente o corpo”. Trata-
se de uma garantia constitucional para proteger o direito de locomoção do indivíduo.
Qualquer indivíduo que sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, pode impetrar o HC.
É importante ressaltar que qualquer pessoa é legitimada para impetrar HC, não precisa
ser advogado (art. 654, do Código de Processo Penal).
A liberdade de locomoção é um direito fundamental de tamanha envergadura que até
mesmo de ofício o juiz ou tribunal pode conceder a ordem de HC (art. 654, §2º, do
Código de Processo Penal).
Quem impetra o HC é denominado impetrante, e quem sofre a violência na liberdade de
locomoção é denominado paciente.
DICA 61
HABEAS CORPUS (HC)
ATENÇÃO!!
Pessoa jurídica pode impetrar HC em favor de pessoa física, todavia pessoa jurídica
NÃO PODE SER PACIENTE.
Fala-se ainda em HC PREVENTIVO, quando o indivíduo não sofreu a violência ainda, mas
está ameaçado de sofrer. Por sua vez, o HC REPRESSIVO é aquele impetrado quando já
houve a violência no direito de locomoção.
Não é cabível HC:
Punições Militares: Art. 142. §2º Não caberá habeas corpus em relação a punições
disciplinares militares.
SÚMULA 694
2. Não se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto seja resolver sobre o ônus das
custas, por não estar mais em causa a liberdade de locomoção.
SÚMULA 695
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SÚMULA 693
4. Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a
processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única
cominada.
DICA 62
HABEAS DATA (HD)
O Habeas Data é uma garantia constitucional vinculada ao direito de informação sobre
os dados vinculados ao próprio indivíduo. Além de obter as informações, o HD garante o
direito de retificar dados contidos na base de dados governamentais ou de caráter
público.
ATENÇÃO!!
para a emissão de certidões, ainda que haja nelas informações de caráter pessoal, pelo
fato de as certidões não serem consideradas direito de acesso à informação. Neste caso, é
utilizado o mandado de segurança.
DICA 63
MANDADO DE SEGURANÇA (MS)
O Mandado de Segurança destina-se a proteger direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público.
Considera-se direito líquido e certo aquele que pode ser demonstrado de plano mediante
prova pré-constituída, sem a necessidade produção de outras provas.
Ao contrário dos outros dois remédios constitucionais, o MS apresenta prazo para que seja
impetrado (120 dias), contado da ciência, pelo interessado, do ato a ser impugnado.
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Para impetrar o MS é necessário que o detentor do direito líquido e certo tenha capacidade
postulatória, ou seja, precisa de um advogado.
ATENÇÃO!!
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DICA 66
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
DICA 67
DIREITOS SOCIAIS
Os direitos sociais são consagrados na CF como princípios, os quais devem ser efetivados
pelos poderes públicos.
Esses direitos, conforme as dimensões dos direitos fundamentais, são os de 2ª dimensão,
ou seja, são direitos que o Estado deve garantir, com a finalidade de promover a igualdade
material.
Tendo em vista a finalidade de promover a igualdade material, a efetivação dos direitos
sociais é onerosa para os cofres públicos. Dessa forma, surge o que a doutrina denomina
de reserva do possível.
A reserva do possível consiste na relação entre a efetivação dos direitos sociais e as
limitações orçamentárias que o Estado possui.
Em face dessa limitação orçamentária, muitos casos envolvendo a efetivação de direitos
sociais são judicializados. O STF entende que não havendo comprovação objetiva da
incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, inexistirá empecilho jurídico para que
o Judiciário determine a inclusão de determinada política pública nos planos orçamentários
do ente político.
DICA 68
NACIONALIDADE
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DICA 69
BRASILEIRO NATO E NATURALIZADOS
BRASILEIROS NATOS:
Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país;
Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
BRASILEIROS NATURALIZADOS:
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ATENÇÃO!
Leia com atenção os artigos abaixo, pois já foram cobrados pelo INSTITUTO AOCP!
“O acusado absolvido por sentença passada em julgado não poderá ser submetido a
novo processo pelos mesmos fatos.”
“Ninguém poderá ser processado ou punido por um delito pelo qual já foi absolvido ou
condenado por sentença passada em julgado, em conformidade com a lei e os
procedimentos penais de cada país.”
Questão adaptada
Principalmente a partir da segunda metade do Século XX, as relações internacionais entre
os países geraram inúmeros tratados protetivos e afirmativos dos Direitos Humanos.
Referido sistema estabelece um perene diálogo entre os tratados e entre os tratados e
os ordenamentos jurídicos internos dos países signatários.
Acerca da interpretação e da aplicação dos tratados internacionais de proteção aos
Direitos Humanos pelo Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
O entendimento do Supremo Tribunal Federal em controle de convencionalidade sobre a
Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica – 1969) é
de que, tendo em vista a soberania do Estado brasileiro, nada impede que um brasileiro
seja processado e julgado pelos mesmos fatos pelos quais fora condenado em ação penal
já transitada em julgado sob a jurisdição de outro Estado.
( ) certo
( ) errado
Gabarito: errado.
Comentário: errado, pois o indivíduo não pode ser processado e julgado mais de uma
vez pelos mesmos fatos criminosos.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 71
LICITAÇÕES E SEUS PRINCÍPIOS
A Lei n° 14.133/21 trouxe uma gama de novos princípios inexistentes na Lei n° 8.666/93.
Desenvolvimento nacional
Observância da LINDB
sustentável
NOVOS PRINCÍPIOS:
Planejamento: tem como objetivo realizar a correta identificação dos problemas a serem
resolvidos;
Segurança jurídica: três linhas de defesa para que o processo não cause danos a
ninguém e respeite os direitos de todos.
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DICA 72
DA PUBLICIDADE DOS ATOS PRATICADOS NO PROCESSO LICITATÓRIO
Embora o Princípio da Publicidade esteja previsto no Artigo 5° como um dos norteadores da
aplicação da Lei 14.133/21 existe a possibilidade da decretação de sigilo, como já
mencionado, bem como, da possibilidade de publicidade diferida.
Art. 24. Desde que justificado, o orçamento estimado da contratação PODERÁ ter caráter
sigiloso, SEM prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e das demais
informações necessárias para a elaboração das propostas, e, nesse caso:
I - O sigilo NÃO prevalecerá para os órgãos de controle interno e externo;
DICA 73
MARGEM DE PREFERÊNCIA
A MARGEM DE PREFERÊNCIA:
poderá ser de até 10% (dez por cento) sobre o preço dos bens e serviços que NÃO se
enquadrem no disposto nos itens 1 e 2 acima;
poderá ser de até 20% (vinte por cento) para os bens manufaturados nacionais e
serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica no
País, definidos conforme regulamento do Poder Executivo federal
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Misto, NÃO possui conceituação literal em lei, contudo, depreende-se da adoção do modo
de disputa aberto e fechado ocorrendo conjuntamente.
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As planilhas com indicação dos quantitativos e dos custos unitários, bem como
com detalhamento das Bonificações e Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos
Sociais (ES), com os respectivos valores adequados ao valor final da proposta
vencedora, admitida a utilização dos preços unitários, no caso de empreitada por preço
global, empreitada integral, contratação semi-integrada e contratação integrada,
exclusivamente para eventuais adequações indispensáveis no cronograma físico-financeiro
e para balizar excepcional aditamento posterior do contrato.
DICA 76
MODALIDADES E CRITÉRIOS
DIÁLOGO COMPETITIVO
Novação tecnológica Todas as modalidades
DICA 77
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (LEI N° 14.133/21) - DA FORMALIZAÇÃO DOS
CONTRATOS
Os contratos de que trata a Lei n° 14.122/21 regular-se-ão pelas suas cláusulas e pelos
preceitos de direito público, e a eles serão aplicados, supletivamente, os princípios da
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.
a finalidade;
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as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas, inclusive
as que forem oferecidas pelo contratado no caso de antecipação de valores a título de
pagamento;
os casos de extinção.
DICA 81
DA DIVULGAÇÃO NO PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS (PNCP)
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do cachê do artista,
do transporte,
da hospedagem,
da infraestrutura,
da logística do evento e
SALVO nas seguintes hipóteses, em que a Administração poderá substituí-lo por outro
instrumento hábil, como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de
compra ou ordem de execução de serviço:
dispensa de licitação em razão de valor;
compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos e dos quais não resultem
obrigações futuras, inclusive quanto a assistência técnica, independentemente de seu valor.
ATENÇÃO!
DICA 83
DAS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO
O regime jurídico dos contratos instituído pela Lei 14.133/21 confere à Administração,
em relação a eles, as prerrogativas de:
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Art. 37, XIX, da CF/88. "somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação."
As autarquias nascem de forma direta da lei, não precisando do registro de seus estatutos
na Junta Comercial nem em unidade cartorial, e, por esse motivo, sua personalidade jurídica
é de Direito Público, não podendo ser equiparada às entidades privadas nem às entidades
públicas de direito privado.
INFORMAÇÃO EXTRA SOBRE AS AUTARQUIAS:
50
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Por isso, no julgamento do REsp 614.678, a Primeira Turma decidiu que as anuidades da
OAB têm característica de contribuição parafiscal, de maneira que as ações para cobrá-las
devem ser apreciadas pela Justiça Federal (artigo 109, I, da Constituição Federal) e seguir
os procedimentos previstos na Lei de Execução Fiscal (Lei 6.830/1980).
Voltando ao assunto inicial: Sendo autarquias, gozam de imunidade com relação a
impostos que incidam sobre o seu patrimônio, renda ou serviços vinculados a suas
finalidades essenciais e estão submetidas à fiscalização pelo Tribunal de Contas da União
dos gastos com a arrecadação das contribuições compulsórias dos seus filiados.
Sendo assim, as autarquias corporativas estão obrigadas a contratar seu pessoal por
concurso público, havendo, inclusive, entendimento sumulado pelo TCU, senão vejamos:
SÚMULA N° 277/2012-TCU:
Empresa Pública ( Ex: Caixa Federal) e Sociedade de Economia Mista ( Ex.: Banco
do Brasil) são autorizadas por lei, necessitando do registro de seu ato constitutivo nos
órgãos responsáveis para que ganhem vida.
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DICA BÔNUS
ASPECTOS RELEVANTES DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS
Fundação Pública: são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.
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DIREITO PENAL
DICA 86
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL
Um assunto bem importante para sua prova da PM-DF é sobre a retroatividade da lei
penal. Portanto, vejamos o que dispõe o próprio Código Penal sobre esse tema:
Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada
em julgado.
Cláusula pétrea, uma vez que também está previsto no art. 5º da CF/88;
não é possível combinação de leis. Analisa-se a nova lei no todo, pois senão o juiz estaria
aplicando uma terceira lei que resultaria na junção de duas leis, atuando como legislador
positivo.
SÚMULA 611-STF
SÚMULA 471-STJ
SÚMULA 501-STJ
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DICA 87
TEMPO E LUGAR DO CRIME
L Lugar
U Ubiquidade
T Tempo
A Atividade
DICA 88
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
Em regra, a lei penal brasileira se aplica aos fatos praticados no território nacional,
mas, excepcionalmente, pode se aplicar a fatos praticados fora do país, são os casos de
extraterritorialidade.
ATENÇÃO!!
DICA 89
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
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DICA 90
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
O agente não pode ter sido perdoado, absolvido ou já ter cumprido a pena no estrangeiro;
Hipóteses:
INCONDICIONADA
P Presidente
A Administração
G Genocídio
CONDICIONADA
B Brasileiro
T Tratado ou Convenção
DICA 92
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO
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DICA 93
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA
RECLUSÃO
CRIMES
DETENÇÃO
INFRAÇÕES
PENAIS
CONTRAVENÇÕES
PRISÃO SIMPLES
("crime anão")
CRIME CONTRAVENÇÃO
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DICA 95
CRIME - CONTRAVENÇÃO
CRIME
CONTRAVENÇÃO
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
DICA 96
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
De forma esquematizada, veja só sobre o valor probatório do Inquérito Policial (mas,
não deixe de fazer uma leitura do art. 155 do CPP).
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É por isso que a lei ressalva as provas cautelares, não repetíveis e as antecipadas.
Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de ELEMENTOS
MIGRATÓRIOS, pois embora colhidas durante o inquérito policial, elas podem, sozinhas,
embasar a condenação do juiz.
A Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher agredida etc.
Já, a prova cautelar é aquela pautada pela necessidade e urgência, como o caso de uma
interceptação telefônica, não havendo, portanto, a possibilidade repeti-la.
DICA 98
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
IMPORTANTE!!!!
A duração do inquérito variará de acordo com o réu estar preso ou não. Além disso, há
uma regra específica na Lei de Drogas que é importante vocês saberem!
Duração do inquérito para réu preso
Primeiramente, em se tratando de réu preso, o CPP prevê o prazo de 10 dias, contados
do dia em que se executar a ordem de prisão.
Porém, o Pacote Anticrime passou a prever a possibilidade de o juiz prorrogar o
inquérito em se tratando de réu preso, por uma única vez, por mais 15 dias. Se, após
essa prorrogação, ainda não houver concluído as investigações, a prisão deverá ser
imediatamente relaxada.
Portanto, para RÉU PRESO = 10 dias, prorrogáveis por mais 15 dias.
Duração do inquérito para réu solto
Além disso, em se tratando de réu solto, a duração do inquérito é de 30 DIAS, podendo
haver sucessivas prorrogações na hipótese de o caso ser de difícil elucidação (na prática,
quase todo inquérito com réu solto extrapola esse prazo).
Duração do inquérito na lei de drogas
Há uma outra regra específica na Lei de Drogas que é importante você memorize.
Em se tratando de inquérito para apurar os crimes previstos na lei de drogas (exemplo:
tráfico de entorpecentes), a duração do inquérito é de 30 dias para o réu preso, e de 90
dias para o réu solto, podendo, em ambos os casos, ser duplicados pelo juiz (ver artigo
51 da Lei de Drogas).
DICA 99
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - ESQUEMA
59
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ATENÇÃO!
DICA 100
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
ESPÉCIE DE POSSIBILIDADE DE
OBSERVAÇÃO
CRIMES INSTAURAR
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Nos crimes de ação A simples instauração do Ver art. 5º, §4º: o inquérito, nos
penal pública inquérito policial está crimes em que a ação pública
CONDICIONADA à condicionada à depender de representação, NÃO
representação representação do PODERÁ sem ela ser iniciado.
ofendido ou á requisição
do Ministro da Justiça.
Art. 5º, §4º, CPP
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DIREITO PENAL MILITAR
DICA 101
DECRETO-LEI Nº 1.001/69 – CÓDIGO PENAL MILITAR
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DICA 104
DO CONCURSO DE AGENTES - CONCEITO
Concurso de agentes (de pessoas) é a cooperação de vontades de dois ou mais
indivíduos para a prática de infração penal.
De acordo com o art. 53 do CPM, quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide
nas penas a este cominadas.
IMPORTANTE: A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos
outros, determinando-se segundo a sua própria culpabilidade. Não se comunicam,
outrossim, as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando elementares
do crime.
O CPM adotou a teoria monista (embora mitigada) em relação ao concurso de
agentes/pessoas, segundo a qual todos os que colaboram com a infração penal cometem o
mesmo crime.
Como exceção o Código Penal Militar adota a pluralista (cada agente responde por um
delito). Ex.: corrupção – arts. 308 e 309 do CPM.
DICA 105
DO CONCURSO DE AGENTES
Crimes Plurissubjetivos são os crimes de concurso necessário de pessoas. Não havendo
a pluralidade de agentes, o delito não se configura.
Ex.: Revolta e Motim.
DICA 106
DAS PENAS PRINCIPAIS
Morte
Reclusão
Privativas Detenção
de
PENAS
Liberdade
PRINCIPAIS Prisão
Restritiva
de Impedimento
Liberdade
Restritiva Suspensão
de
Direitos
Reforma
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DICA 107
DAS PENAS PRINCIPAIS
O art. 55 do CPM explicita as espécies de penas aplicáveis aos delitos militares, ordenando
de acordo com a gravidade à pena mais leve, atentando-se à proporcionalidade
A pena de morte, medida de extrema excepcionalidade, é executada por fuzilamento.
Quanto a comunicação da pena de morte, o art. 57 do CPM aduz que a sentença definitiva
de condenação à morte é comunicada, logo que passe em julgado, ao Presidente da
República, e não pode ser executada senão depois de 7 dias após a comunicação.
Se a pena de morte for imposta em zona de operações de guerra, pode ser imediatamente
executada, quando o exigir o interesse da ordem e da disciplina militares.
DICA 108
DO LIMITE GENÉRICO DAS PENAS DE DETENÇÃO E RECLUSÃO
DETENÇÃO RECLUSÃO
“Num sistema ordenado de normas penais, como se espera encontrar em Códigos comuns
ou militares, torna-se incoerente especificar o mínimo e o máximo em abstrato, previstos
genericamente para os delitos, como se fez no art. 58. Afinal, se a Parte Especial, onde
constam os tipos incriminadores, é constituída por preceitos secundários construídos com
limites expressos (mínimo e máximo), não há necessidade de se apontar qualquer limite
genérico. Por outro lado, se a opção é estabelecer o mínimo genérico, por exemplo, todos
os tipos incriminadores passam a prever somente a pena máxima. A mescla de sistemas
é inadequada e injustificável.
É o que se nota pela redação do tipo penal do furto simples (art. 240 do CPM), cuja pena é
de reclusão de até seis anos. Porém, no mesmo tipo, tratando-se da forma qualificada,
especifica-se a pena de reclusão, de 2 a 8 anos. O ideal, nesse contexto, é seguir o método
do Código Penal comum, onde todos os tipos incriminadores possuem os limites mínimo e
máximo de penas cominadas em abstrato.”
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DICA 109
DAS PENAS DE DETENÇÃO E DE RECLUSÃO DE ATÉ 2 ANOS APLICADA A MILITAR
Prescreve o art. 59 do CPM que a pena de reclusão ou de detenção até 2 anos, aplicada
a militar, é convertida em pena de prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão
condicional:
pelo praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada de presos que
estejam cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo superior a
dois anos.
Para efeito de separação, no cumprimento da pena de prisão, atender-se-á, também, à
condição das praças especiais e à das graduadas, ou não; e, dentre as graduadas, à das
que tenham graduação especial.
DICA 110
DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUPERIOR A 2 ANOS APLICADA AO MILITAR
Conforme previsão do art. 61 do CPM, a pena privativa da liberdade por mais de 2 anos,
aplicada a militar, é cumprida em penitenciária militar e, na falta dessa, em
estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento sujeito ao regime conforme
a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também, poderá gozar.
“Compete ao juízo das execuções penais do Estado a execução das penas impostas a
sentenciados pela justiça federal, militar ou eleitoral, quando recolhidos a
estabelecimentos sujeitos a administração estadual.”
DICA 111
DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE APLICADA A CIVIL
Consoante previsão do art. 62 do CPM, o civil cumpre a pena aplicada pela Justiça Militar,
em estabelecimento prisional civil, ficando ele sujeito ao regime conforme a legislação penal
comum, de cujos benefícios e concessões, também, poderá gozar.
A ressalva fica por conta do § único do artigo supracitado que assim prevê: Por crime
militar praticado em tempo de guerra poderá o civil ficar sujeito a cumprir a pena, no todo
ou em parte em penitenciária militar, se, em benefício da segurança nacional, assim o
determinar a sentença.
Importante salientar que aqui se trata tão somente da Justiça Militar da União,
uma vez que a Justiça Militar Estadual não julga civis, mas apenas militares dos Estados,
nos crimes definidos em Lei.
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DICA 112
DA PENA DE IMPEDIMENTO
Prevista no art. 62 do CPM, a pena de impedimento, espécie de pena restritiva de
liberdade, sujeita o condenado a permanecer no recinto da unidade, sem prejuízo da
instrução militar.
DICA 113
DAS PENAS ACESSÓRIAS
Direito Políticos
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art. 142, § 3.º, VI. ‘o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do
oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente,
em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra’.
art. 142, § 3.º, VII. ‘o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa
de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao
julgamento previsto no inciso anterior’. Desse modo, cabe sempre ao tribunal militar a
decisão acerca da perda de posto ou patente.
O art. 102 do CPM traz a exclusão das forças armadas, espécie de pena aplicada as
praças: a condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior a 2 anos,
importa sua exclusão das forças armadas.
Trata-se de espécie de pena acessória, ou efeito da condenação, aplicável para as praças
das Forças Armadas. Esta pena não é automática, devendo constar expressamente da
sentença condenatória, além de devidamente fundamentada.
Em relação aos militares estaduais, ensina Nucci que prevalece o disposto no art. 125, §
4º, da CF, cabendo ao Tribunal de Justiça Militar, onde houver, ou ao Tribunal de Justiça
impor a exclusão.
DICA 115
DA PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA
Conforme o art. 103 do CPM, incorre na perda da função pública o assemelhado ou
o civil:
condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou
violação de dever inerente à função pública;
condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de 2 anos.
Trata-se de pena aplicável ao civil que pratica crime militar. Seja abusando dos seus
deveres funcionais em órgão militar, ou que pratique outro crime militar com pena superior
a 2 anos.
Destaca-se que a figura do assemelhado não mais existe.
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DICA BÔNUS
DA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
Consoante previsto no art. 104 do CPM, incorre na inabilitação para o exercício de função
pública, pelo prazo de 2 até 20 anos, o condenado a reclusão por mais de 4 anos, em
virtude de crime praticado com abuso de poder ou violação do dever militar ou inerente à
função pública.
O prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa ao termo da execução
da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição, ou da
data em que se extingue a referida pena.
Trata-se de pena acessória, ou seja, efeito da condenação aplicável ao civil, que exerça
função pública em repartição militar, devendo o crime cometido estar relacionado ao abuso
de poder ou a violação de dever.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR
DICA 116
DA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA
Segundo o art. 78 do CPPM, a denúncia não será recebida pelo juiz se:
Em regra, o Ministério Público Militar terá para o oferecimento da denúncia o prazo de:
15 dias, prorrogáveis, por no máximo mais duas vezes de 15 dias (dobro ou triplo), em
caso de indiciado solto.
A denúncia deverá ser oferecida, se o acusado estiver preso, dentro do prazo de cinco
dias, contados da data do recebimento dos autos para aquele fim; e, dentro do
prazo de quinze dias, se o acusado estiver solto. O auditor deverá manifestar-se
sobre a denúncia, dentro do prazo de quinze dias.
O prazo para o oferecimento da denúncia poderá, por despacho do juiz, ser prorrogado ao
dobro (15 + 15); ou ao triplo (15 + 15 + 15), em caso excepcional e se o acusado não
estiver preso.
DICA 118
DO PRAZO PARA OFERECIMENTO DA DENÚNCIA
Se o Ministério Público não oferecer a denúncia dentro deste último prazo, ficará sujeito
à pena disciplinar que no caso couber, sem prejuízo da responsabilidade penal em que
incorrer, competindo ao juiz providenciar no sentido de ser a denúncia oferecida pelo
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substituto legal, dirigindo-se, para este fim, ao procurador-geral, que, na falta ou
impedimento do substituto, designará outro procurador.
Os prazos acima assinalados são para o tempo de paz. No tempo de guerra, o prazo
será de 24 horas por força do art. 676 do CPPM.
DICA 119
DA COMPLEMENTAÇÃO DE ESCLARECIMENTOS
O art. 80 do CPPM, traz a possibilidade de complementação de esclarecimentos, prevendo
que sempre que, no curso do processo, o Ministério Público necessitar de maiores
esclarecimentos, de documentos complementares ou de novos elementos de convicção,
poderá requisitá-los, diretamente, de qualquer autoridade militar ou civil, em condições de
os fornecer, ou requerer ao juiz que os requisite.
DICA 120
DA DECLARAÇÃO DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE
Conforme prescrito no art. 81 do Código de Processo Penal Militar, a extinção da punibilidade
do agente poderá ser reconhecida e declarada em qualquer fase do processo, de ofício
ou a requerimento de qualquer das partes, ouvido o Ministério Público, se deste não for o
pedido.
Ocorrendo a extinção de punibilidade devido a morte do agente, prevê o CPPM a exigência
de certidão de óbito para declaração da extinção.
DICA 121
DO FORO MILITAR EM TEMPO DE GUERRA
Preconiza o art. 82 que o foro militar é especial, e, exceto nos crimes dolosos contra
a vida praticados contra civil, a ele estão sujeitos, em tempo de paz:
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os auditores;
os advogados de ofício;
PELA PREVENÇÃO.
DICA 123
DA FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA DE MODO ESPECIAL
A competência do foro militar será determinada de modo especial, pela sede do lugar
de serviço, essa é a previsão do art. 85, inciso, II, do Código de Processo Penal Militar.
OBS.: É importante salientar que a competência será fixada pelo local da sede em que
prestar o serviço (modo especial), nos casos em que não for possível a determinação
do local em que o militar da ativa cometeu o crime militar.
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DICA 124
DA COMPETÊNCIA NA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA MILITAR
pela distribuição;
desaforamento.
DICA 126
DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO
Prevê o art. 88 do CPPM que a competência será, de regra, determinada pelo lugar da
infração; e, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
DICA 127
DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO
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verificar o pouso após o crime; e se este se efetuar em lugar remoto ou em tal distância
que torne difíceis as diligências, a competência será da Auditoria da Circunscrição de onde
houver partido a aeronave, salvo se ocorrerem os mesmos óbices, caso em que a
competência será da Auditoria mais próxima da 1ª, se na Circunscrição houver mais de
uma.
DICA 129
DA COMPETÊNCIA PELA PREVENÇÃO
Prevê o art. 94 do CPPM que a competência firmar-se-á por prevenção, sempre que,
concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com competência
cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou
de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia.
O art. 95 do CPPM elenca os casos em que a competência pela prevenção pode ocorrer:
→ quando incerto o lugar da infração, por ter sido praticado na divisa de duas ou mais
jurisdições;
→ quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições;
→ quando se tratar de infração continuada ou permanente, praticada em território de
duas ou mais jurisdições;
→ quando o acusado tiver mais de uma residência ou não tiver nenhuma, ou forem vários
os acusados e com diferentes residências.
DICA 130
DA CONEXÃO OU CONTINÊNCIA
CONEXÃO CONTINÊNCIA
se, ocorridas duas ou mais infrações, quando duas ou mais pessoas forem
tiverem sido praticadas, ao mesmo tempo, acusadas da mesma infração;
por várias pessoas reunidas ou por várias
pessoas em concurso, embora diverso o
tempo e o lugar, ou por várias pessoas,
umas contra as outras;
CONEXÃO INTERSUBJETIVA CONTINÊNCIA SUBJETIVA
se, no mesmo caso, umas infrações na hipótese de uma única pessoa praticar
tiverem sido praticadas para facilitar ou várias infrações em concurso.
ocultar as outras, ou para conseguir
impunidade ou vantagem em relação a
qualquer delas;
CONEXÃO SUBSTANCIAL OU CONTINÊNCIA OBJETIVA
TEOLÓGICA
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CONEXÃO CONTINÊNCIA
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CRIMINOLOGIA
DICA 131
VITIMOLOGIA
Vítima Nata: é aquela que nasce com predisposição para ser uma vítima de crime.
Vítima Agressora: ela acredita ser a vítima do crime. É também chamada de vítima
imaginária.
Vítima Voluntária: ela participa do crime. Então, a vítima voluntária consente com o
crime.
TOME NOTA!!
A Síndrome de Estocolmo se desenvolve quando a vítima tenta se identificar com o
criminoso que a sequestrou ou quando tenta conquistá-lo. Isso acontece por instinto de
sobrevivência.
A Síndrome de Londres é o comportamento psicológico totalmente contrário àquele da
síndrome de Estocolmo. Na síndrome de Londres a vítima discute e discorda dos
criminosos, causando uma atmosfera de antipatia e animosidade que pode ser mortal.
A Síndrome da Mulher de Potifar está atrelada àquela mulher que se sentiu rejeitada
afetivamente e por esta razão imputa de forma falsa o crime de estupro ou outro que atente
contra a dignidade sexual à pessoa que lhe rejeitou.
DICA 132
POLÍTICA CRIMINAL DE TRATAMENTO DA VÍTIMA
A Justiça Retributiva sempre foi mais priorizada do que a Justiça Restaurativa. Ou seja, a
ênfase em punir o criminoso sempre foi maior.
Desse modo, com o intuito de focar mais na figura da vítima e de protegê-la, necessário se
faz destacar algumas leis importantes.
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A lei 9.099/95 foi um marco no Brasil, uma vez que evita a aplicação da pena privativa
de liberdade e traz o instituto da transação penal e da composição de danos, como
exemplos.
Ainda, a Lei nº 11.719/08 autorizou o juiz a fixar uma quantidade mínima indenizatória
a fim de reparar os danos pelo cometimento do delito no momento da sentença
condenatória.
Outra Lei muito importante que visou a proteção das crianças e adolescentes foi a Lei nº
13.431/07.
DICA 133
PROCESSOS DE VITIMIZAÇÃO
Vitimização Terciária: uma vez a pessoa tendo sido vítima de um crime, ela sofre
humilhação do seu grupo social e família, ficando assim desestimulada a noticiar o crime de
modo formal, ou seja, denunciar o crime nos órgãos policiais.
DICA 134
PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL
O crime é um problema grave da sociedade e deve ser resolvido por ela. A Criminologia
Moderna vê o crime como algo dinâmico e interativo. Por outro lado, a Criminologia Clássica
enxerga o crime como um combate entre o bem e o mal.
Todos os entes federativos devem agir para a prevenção da criminalidade. Desse modo, não
apenas o Poder Judiciário e os órgãos de Segurança Pública é que são responsáveis pela
redução da criminalidade, mas todos os entes. Os Municípios, por exemplo, devem atuar de
forma a prevenir e reduzir o cometimento de crimes.
Como forma de prevenir o cometimento de crimes e marginalidade, os locais públicos
devem ser bem iluminados e as residências, lojas e prédios devem possuir um desenho
arquitetônico favorável ao não cometimento de delitos, visando impedir a ocorrência da
criminalidade.
Portanto, a prevenção de crimes se dá por meio de várias ações que possuam o objetivo de
evitar que o crime ocorra. Desse modo, de acordo com a criminologia, essa prevenção se
dá quando a Administração do Estado intervém na sociedade com estratégias a favor dessa
prevenção.
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DICA 135
A PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL
Atingir indiretamente o crime seria focar nas causas da criminalidade. Focando nisso,
os efeitos da criminalidade cessariam. A conduta do indivíduo deve ser lapidada para não
praticar crimes.
→ Veja: como é possível afirmar que tal indivíduo é um psicopata e por essa razão é que
comete crimes, se não existir o estudo da criminologia com a psiquiatria? Para entender o
psicopata, é extremamente necessário o estudo da psiquiatria.
Para entender o crime de uma forma mais completa, é necessário o conhecimento de
outros ramos do saber. Por exemplo, a Sociologia é de extrema importância para
saber por que um indivíduo mata outra pessoa simplesmente por puro prazer e por que
outro sujeito mata apenas para fins de sobrevivência. Há pessoas que defendem que a
Criminologia, além de interdisciplinar, é uma ciência multidisciplinar.
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Contudo, a interdisciplinaridade é mais profunda, pois ela ocorre quando as áreas de
conhecimento diversas se integram e há a cooperação entre elas, o que não acontece na
multidisciplinaridade.
DICA 137
CIFRA NEGRA DA CRIMINALIDADE
A maioria dos crimes cometidos não chega ao conhecimento do Estado, ou seja, o
Estado possui conhecimento de apenas uma pequena parcela deles.
TOME NOTA! Os crimes da “cifra negra” são aqueles delitos contra o patrimônio
(roubo e furto, por exemplo), contra a pessoa, contra os costumes, entre outros. São os
delitos conectados à “criminalidade de rua”.
DICA 138
CIFRA DOURADA DA CRIMINALIDADE
Por outro lado, os crimes da “cifra dourada” são aqueles cometidos por pessoas da “elite”,
as quais cometem delitos típicos de “colarinho branco” (lavagem de dinheiro, crimes
eleitorais, crimes ambientais, crimes contra a ordem tributária, entre outros). Tanto a “cifra
negra” quanto a “cifra dourada” correspondem a uma porcentagem de crimes que não
são comunicados ao Poder Público, por diversas razões.
DICA 139
CIFRA NEGRA DA CRIMINALIDADE
De acordo com Arno Pilgran, a “cifra negra” e a impunidade se originam de filtros
(“Filtros da Ocorrência da Cifra Negra”) que denotam os delitos que devem ser
punidos e as pessoas que devem ser penalizadas pelo cometimento deles.
Então, muitos crimes praticados acabam não sendo computados e o Estado não possui
conhecimento deles.
DICA 140
FILTROS DA OCORRÊNCIA DA CIFRA NEGRA
Abaixo, os “Filtros da Ocorrência da Cifra Negra”, conforme Pilgran:
Filtro da Notitia Criminis: Não há registro de ocorrência em sede policial para que o
Poder Público fique ciente da ocorrência de crime.
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Desse modo, percebe-se que tais filtros são importantes e necessários até que se
chegue a uma parcela de crimes e pessoas puníveis.
DICA BÔNUS
SOCIOLOGIA CRIMINAL E A DESORGANIZAÇÃO SOCIAL
A sociedade é desorganizada em razão do crime. Há menos desorganização social nos
centros menores, mais pacatos, e mais desorganização social em cidades mais caóticas, em
centros urbanos maiores.
Lombroso investigava fatores endógenos, ou seja, fatores internos psíquicos e físicos que
eram propulsores à prática de delitos. De outro lado, Ferri investigava aspectos exógenos,
ou seja, fatores externos, os quais eram baseados na influência da sociedade sobre o sujeito
que havia cometido um crime.
Desse modo, os indivíduos que não praticaram nenhum crime excluem e marginalizam
aquele que acabou de delinquir. Por esse motivo é que esse sujeito começa a praticar mais
crimes.
Ele foi uma vítima social, uma vítima da maldade da sociedade. Contudo, no âmbito da
sociologia criminal de Ferri é possível se identificar aspectos da Antropologia Criminal e
da Ecologia Criminal.
Do ponto de vista da sociologia de Ferri, características antropológicas como a africana e a
latina e características de clima (calor) como na África e América Latina em uma sociedade,
significa que ela seria criminosa. Isso justificou as ações de exploração colonial da Europa
sobre esses povos.
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