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Memorex TRT 8 – TJAA – Rodada 01

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Memorex TRT 8 – TJAA – Rodada 01

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 27/09/2022
Rodada 03 04/10/2022
Rodada 04 11/10/2022
Rodada 05 18/10/2022
Rodada 06 25/10/2022

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO ..................................................................... 11
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 13
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 16
GESTÃO DE PESSOAS ..................................................................................................... 25
RECURSOS MATERIAIS.................................................................................................. 27
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 30
LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR .................................................................................. 37
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO ....................................................................... 40
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................................................ 42
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ...................................... 45
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................... 49
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ................................................................ 64

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
COMPREENSÃO E INTEPRETAÇÃO DE TEXTOS

Considera-se como sendo o elemento-chave para um bom resultado na prova de


Português dos concursos públicos. Isso porque, na maioria das vezes, a interpretação,
compreende mais da metade das questões cobradas pela Banca. Por isso, listamos
algumas dicas essenciais para você praticar durante a resolução de questões.

Leia todo o texto pausadamente;

Releia e marque todas as palavras que não sabe o significado, em seguida,


pesquise sobre ela, bem como seus sinônimos e antônimos;

Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo um breve resumo, de


forma mais objetiva possível, pois na prova você não terá muito tempo.

Questione a forma usada pelo escritor no texto.

Ex.: Aqui é a linguagem


DICA 02
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Compreensão: No caso de compreensão de texto, o leitor deve visualizar dentro do


texto e se limitar a responder as questões conforme aquilo que está explicitamente
escrito.

Exemplos de comandos de compreensão de texto:

De acordo com o texto...


Segundo o texto...
Na linha...

Interpretação: No caso de interpretação de texto, o leitor deve olhar para fora do


texto, uma vez que a interpretação vai além do texto.

Exemplos de comandos de interpretação de texto:

Interpreta-se...
Infere-se...

DICA 03
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Comece sempre pelo comando da questão;

Nunca leia o texto sem antes ver o que a questão pede;

Na leitura atente-se no que foi pedido e tente extrair o máximo da parte do texto
que foi pedido na questão;

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Volte ao texto sempre que necessário, nunca deduza sem ter a informação no texto,
evite opiniões pessoais, se atente apenas nas informações que o texto passa. Porém
sempre com uma leitura dirigida;

Tente ver nas respostas de outras questões que dizem a mesma coisa (com
palavras diferentes). Veja se bate com o que você acha como correto.
DICA 04
ERROS COMUNS NAS ASSERTIVAS - COMO ELIMINÁ-LAS?

Verifique quando as assertivas:

Extrapolam o texto, acréscimo de informações alheias ao texto.

Limitam o texto, carência de informações essenciais.

Não abordam o texto;

Contradizem o texto.

Emitem juízo de valor diverso do autor → parcialidade.

DICA 05
INTERPRETAÇÃO
Que tal uma ajudinha para facilitar na hora de identificar se uma afirmação é verdadeira
ou falsa?

São consideradas afirmações FALSAS quando:

Generaliza;

Extrapola;

Tom desprezível junto ao raciocínio do autor do texto em tela.

São consideradas afirmações VERDADEIRAS quando:

Especifica o pensamento, usando pronomes demonstrativos;

Literalidade, usando sinônimos;

Geralmente a afirmação condiz com a conclusão do texto, ou seja, o último parágrafo.


DICA 06
RECONHECIMENTO DE TIPOS TEXTUAIS
Trata-se da forma como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos
clássicos que costumam aparecem em prova.

São eles: dissertativo, narrativo, descritivo, injuntivo e dialogal.


OBS: Dentre os cinco, é recomendável que o candidato domine o dissertativo.

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Texto Dissertativo:
Essa tipologia exige que o emissor defenda um ponto de vista, discorrendo e argumente
sobre um tema.

É estruturado em três partes:

→ Introdução (tese);
→ Desenvolvimento (antítese); e
→ Conclusão (nova tese ou confirmação de tese).
O maior objetivo do texto dissertativo argumentativo, é persuadir o leitor sobre
determinada ideia.
DICA 07
GÊNERO TEXTUAL
São formas diferentes de expressão comunicativa, de acordo com a intenção do seu
produtor.
Os gêneros textuais são ILIMITADOS, pois sempre surgem novos gêneros de acordo com
as necessidades dos emissores.

Apresentem estruturas específicas e possuem características próprias, porém são


FLEXÍVEIS E ADAPTÁVEIS, ou seja, não possuem estruturas fixas.
DICA 08
TIPOS TEXTUAIS X GÊNEROS TEXTUAIS

A tipologia textual é a classificação de um texto de acordo com as informações que


aparecem nele, considerando suas características internas.

Já, os gêneros textuais são a classificação de acordo com a relação entre a função do
texto na sociedade e as características internas desse texto.

GÊNEROS TIPOS TEXTUAIS

Notícia Narrativo, Descritivo

Receita culinária Injuntivo

Bula de remédio Injuntivo, Descritivo

Reportagem Narrativo, Dissertativo

DICA 09
TIPO NARRATIVO

Na narração, o objetivo do autor é contar um fato, relatar acontecimentos (reais ou


imaginários).
Há a predominância de verbos no pretérito perfeito, mas poderá haver verbos no
presente, referindo-se ao passado (presente histórico).
Há evolução cronológica (antes e depois).
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Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo narrativo:

Evolução cronológica: independentemente se o verbo está no passado ou no


presente.

Intenção do autor: contar uma história!


DICA 10
TIPO DESCRITIVO
Na descrição há características de uma pessoa, de um objeto, de uma paisagem, de
uma situação.

Há detalhamentos e simultaneidade.

Ex.: O amor estava de chambre azul, recostado no sofá cheio de almofadas coloridas.

Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo descritivo:

Simultaneidade: não há antes e depois.

Intenção do autor: caracterizar pessoas, objetos, situações...


DICA 11
TIPO INJUNTIVO

O tipo injuntivo possui a finalidade de instruir e orientar o leitor. Desse modo é utilizado
verbo no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, com indeterminação do
sujeito.
Onde podemos encontrar textos injuntivos?
Em manuais de instruções, receitas, bulas, regulamentos, editais, códigos e leis.

RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Verbo no imperativo;
Utilização de pronomes de tratamento e verbos modalizadores, como “dever”, “ter
que”, “precisar”.
Predominância da coordenação.
Sequências de instruções ou comandos.

DICA 12
TIPO EXPOSITIVO

O tipo expositivo tem por finalidade informar o leitor por meio da exposição de ideias e
razões de um tema específico.
Não há a intenção de convencer o leitor e é utilizada uma linguagem clara.

O intuito é simplesmente expor pontos de vista e conhecimento sobre o assunto.

Ex.: prova discursiva de Direito; artigo científico; reportagem.

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DICA 13
TIPO EXPOSITIVO

O texto expositivo se estrutura assim:

Introdução: há a apresentação e contextualização do tema, com o relato do objetivo


do texto.

Desenvolvimento: há uma explicação clara e objetiva do assunto.

Conclusão: o assunto é reafirmado, com um resumo dos conteúdos apontados durante


o texto.
DICA 14
TIPO PREDITIVO

Como o próprio nome já diz, o tipo preditivo “prediz”, “diz antes”. Indica uma previsão
ou informação sobre o futuro, antecipando os eventos que, de acordo com o enunciador,
acontecerão.

Ex.: horóscopo e profecias.

Por isso, é predominante o uso de verbos no futuro. Os interlocutores discordam,


concordam, concluem, justificam e exemplificam suas conversas.
DICA 15
TIPO ARGUMENTATIVO
O tipo argumentativo possui o objetivo de persuadir e convencer o leitor a concordar
com a tese defendida.

Ex.: manifestos, abaixo-assinados, artigos de opiniões.


A apresentação e defesa da tese são estruturadas por meio de uma introdução,
desenvolvimento e conclusão.
DICA 16
TIPO ARGUMENTATIVO

Na introdução: Há a apresentação da tese que será defendida sobre o tema escolhido.


A tese é apresentada de forma clara e objetiva, estando bem definida. Aqui, não é feita
argumentação da tese.

No desenvolvimento: O autor explora todos os argumentos relacionados a sua tese,


apresentando os pontos positivos e os pontos negativos do tema. Poderá focar em um
argumento que queira sustentar. A linguagem precisa ser clara e coerente. Deve haver
uma sequência lógica. Há o uso de dados estatísticos, fatos comprovados, alusões
históricas...
Na conclusão: Há a retomada da tese inicial, a qual foi defendida pelos argumentos
apresentados no desenvolvimento. Pode apresentar soluções viáveis ou de propostas de
intervenção.

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DICA 17
DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL

A ortografia oficial, ou simplesmente, ortografia, em suma, denomina-se como sendo uma


vertente da gramática, dedicando-se ao estudo da escrita de forma correta da Língua
Portuguesa.
Cotidianamente, falamos e escrevemos algumas palavras de forma errônea, haja vista
que, de tanto se repetirem, entendemos por ser a forma correta. Contudo, não é, e pode
cair na sua prova! Vejamos alguns exemplos:

FORMA ERRÔNEA FORMA CORRETA

Advinhar Adivinhar

Aterrisar Aterrissar

Bandeija Bandeja

Buteco Boteco

DICA 18
DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL
As bancas amam esse tema, por isso, daremos muita ênfase a ele. Queremos que você
absorva ao máximo a escritura das palavras na sua forma correta. Para tanto,
mencionado outras palavras que, diariamente, falamos e escrevemos, muita das
vezes, de forma errônea, e, pode ser sua dúvida na hora de assinalar a alternativa
correta da questão!
DECORE-AS:

FORMA ERRÔNEA FORMA CORRETA

Carangueijo Caranguejo

Boeiro Bueiro

Impecilho Empecilho

Fragância Fragrância

DICA 19
USO DAS CONSOANTES Y, K E W
Quando falamos em ortografia oficial, um dos tópicos interessantes, é o uso das
consoantes Y, K e W. Quando utilizá-las no Português?
Vemos muitos candidatos errando questões com pegadinhas desse tipo. Por isso,
resumimos nessa dica, aspectos importantes para você nunca mais esquecer!

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Veja as duas possibilidades para a utilização dessas letras:

Na transcrição de nomes próprios estrangeiros e de seus derivados


portugueses. Ex.: Katy Perry, Nova York, Disney World, etc.

Nas abreviaturas e símbolos de uso internacional.

Ex.: Kg (quilograma), W (Watt), Km (quilômetro), etc.

Se na sua prova cair algum sobre qualquer substantivo comum (ex: iogurte, ilha,
vale, cabelo, cansaço) questionando-o se pode ser escrito com Y, K ou W, não caia na
pegadinha de responder que sim! Isso porque, essas letras são apenas para
abreviaturas e nomes próprios.

DICA 20
PALAVRAS TERMINADAS EM “ESA” E “EZA”
É muito fácil confundir o final das palavras com “esa” ou “eza”. Ficamos na dúvida
se a palavra é escrita de uma forma ou outra. Por isso, as terminações em “esa/ês” são
usadas com ADJETIVOS e as terminações em “eza/ez” são usadas com
SUBSTANTIVOS.

ADJETIVOS SUBSTANTIVOS

Eu odeio lasanha de calabresa. Como eu amo a natureza!

Minha esposa é Portuguesa. A palidez do seu irmão me assustou!

Júlia ama filme Francês. A Terra possui muita beleza.

Casou-se com um Camponês.

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RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
DICA 21
ESTRUTURAS LÓGICAS
Estruturas Lógicas são divididas em Proposições Lógicas e Tabela Verdade.
Chama-se proposição lógica toda oração declarativa que pode ser expressa de forma
afirmativa ou negativa.
A oração declarativa deve conter um sujeito, um verbo e um predicado, podendo ser
uma declaração verdadeira ou uma declaração falsa.
Outro ponto a ser analisado na definição é que a oração declarativa deve ser
classificada em V ou F, mas não as duas;

Ex.: 1) Em 2021 vivemos uma pandemia. (V)


2) Pelé foi eleito em 2019 como melhor jogador de futebol do mundo;(F)
DICA 22
ESTRUTURAS LÓGICAS
As frases imperativas, interrogativas, exclamativas não são proposições, pois não existe a
possibilidade de julgamento em verdadeiro ou falso.

Ex.: 1) Vá dormir; (Não tem valor V ou F)


2) Ele viajou? (Não tem valor V ou F, quem viajou? não sabemos)
3) Passei no concurso!!! (Não tem valor V ou F)

Sentenças abertas também não são proposições;

Ex.: X+4=7; (é uma sentença aberta, pois X pode assumir qualquer valor)

Já a sentença fechada é uma proposição;

Ex.: 1) 7+3=12 (é uma proposição falsa)


2) 5+25=30 (é uma proposição verdadeira);

”Que noite agradável” → é uma sentença exclamativa, portanto não é uma proposição;
”Qual é a sua idade?” → é sentença interrogativa, portanto não é uma proposição;
”Chute a bola” → é uma sentença imperativa (indica uma ordem), portanto não é uma
proposição.
DICA 23
ESTRUTURAS LÓGICAS
Qualquer Proposição ou é Verdadeira ou Falsa, não pode ser verdadeira e falsa
simultaneamente.
Uma proposição se for verdadeira será sempre verdadeira, e se for falsa será sempre
falsa.

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Proposições simples:

Ex.: Pelé é o rei do futebol.

Proposições compostas:

Ex.: Pelé é o rei do futebol e Pelé foi campeão da copa do Mundo em 1970;( temos 2
sentenças).
Frases paradoxais não podem ser proposições justamente porque não pode ser
atribuído um único valor lógico a esse tipo de frase;

Ex.: “Eu sou mentiroso” se a frase for verdadeira, o autor da frase necessariamente
mentiu. Isso significa que a frase é falsa.
DICA 24
ESTRUTURAS LÓGICAS

A lógica proposicional obedece a três princípios, conhecidos também por Leis do


Pensamento que são:

Princípio da Identidade
que diz que uma proposição verdadeira é sempre
verdadeira, e uma proposição falsa é sempre falsa;

Princípio da Não Contradição


em que uma proposição não pode ser verdadeira e
falsa ao mesmo tempo;

Princípio do Terceiro Excluído


em que uma proposição ou é verdadeira ou é falsa.
Não existe um terceiro valor talvez.

DICA 25
ESTRUTURAS LÓGICAS
Proposição simples não pode ser dividida proposições menores;
A negação de uma proposição simples p gera uma nova proposição simples ~p;

→ Usa-se o "não" e de expressões correlatas como "não é verdade que", "é falso que";
Ex.: p: “Rio de Janeiro não é a capital do Brasil.", sua negação é ~q: "Rio de Janeiro é
a capital do Brasil."
Para negar uma proposição simples formada por uma oração principal e por orações
subordinadas, devemos negar o verbo da oração principal.

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INFORMÁTICA
DICA 26
LIBREOFFICE - ÍCONES DO WRITER
O LibreOffice é um assunto que provavelmente estará na sua prova do TRT-8! Portanto,
atenção aos ícones que se assemelham:

Visualizar impressão (CTRL + SHIFT + O)

Localizar e substituir (CTRL + H)

Clonar formatação

Cor de destaque

Limpar Formatação Direta (CTRL + M)

Cor da Fonte

DICA 27
ELEMENTOS DA BARRA DE FORMATAÇÃO DO WRITER
Negrito (CTRL + B) Alinhar à esquerda (CTRL + L)
Itálico (CTRL + I) Centralizar (CTRL + E)

Sublinhado (CTRL + U)
Alinhar à direita (CTRL + R)
tachado
Justificado (CTRL + J)
sobrescrito A100 (CTRL + SHIFT + P)
Aumentar recuo
subscrito A100 (CTRL + SHIFT + B)
Aumentar espaço entre parágrafos Diminuir Recuo

Diminuir espaço entre parágrafos Definir entrelinhas

DICA 28
IMPRESSÃO, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS NO WRITER
Para imprimir um documento pode ser através do menu arquivo ou do atalho (CTRL + P).
É possível escolher quais páginas imprimir, orientação da página (paisagem ou retrato) e
impressora.

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Tipos de quebras: quebra de linha (SHIFT + ENTER), quebra de página (CTRL + ENTER),
quebra de coluna (CTRL + SHIFT + ENTER). As quebras são acessadas através do menu
Inserir.
Numeração de páginas podem ser inseridas através do menu Inserir. Pode estar no
cabeçalho ou no rodapé, na direita ou na esquerda da página.
DICA 29
ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS
Dos elementos que compõem a estrutura do documento, é importante lembrar da Barra
de Menus e seus atalhos. Vejamos:

ARQUIVO Refere-se ao gerenciamento dos documentos: criar um novo


documento (CTRL + O), abrir um documento (CTRL + A), salvar
(CTRL + B), salvar como (CTRL + SHIFT + S), imprimir (CTRL +
P), sair (CTRL + Q)

EDITAR Refere-se ao gerenciamento da edição do documento e contém


instruções como copiar (CTRL + C), colar (CTRL + V), colar especial
(CTRL + SHIFT + V), selecionar tudo (CTRL + T), localizar (CTRL +
F), localizar e substituir (CTRL + H)

EXIBIR Refere-se aos elementos de exibição em tela, mostrar/esconder


barra de ferramentas, barra de status, régua, barra de rolagem,
zoom

INSERIR Refere-se à inserção de elementos ao documento, como Figura,


multimídia, gráfico, objeto, hiperlink, sumário e índices

FORMATAR Formatação do texto, isto é, espaçamento, alinhar, clonar


formatação, estilo da página, formatação do parágrafo

ESTILOS Refere-se ao estilo do texto, uma forma de padronizar o


documento, colocando Título e Subtítulo

TABELA Gerenciamento de tabelas no documento, podendo inserir tabela


(CTRL + 12), inserir ou excluir linhas e colunas, mesclar e dividir
células e proteger células.

FORMULÁRIO Utilizado para criação de formulários, podendo inserir etiquetas,


botões, rótulos, listas, filtro de dados

FERRAMENTAS ferramentas para auxiliar na edição do documento como


ortografia (F7), verificação ortográfica automática (SHIFT + F7),
idioma, contagem de palavras, autocorreção, assistente de mala
direta, proteger documento, macros, personalizar

JANELA alternar entre as janelas do Writer, criar nova janela, fechar


janela (CTRL + W)

AJUDA Ajuda e informações sobre o LibreOffice, guia de usuário e


verificação de atualizações.

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DICA 30
LEGENDAS, ÍNDICES, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS
DE TEXTO

Para inserir objetos, basta pressionar os ícones que representam inserir


figura, gráfico ou caixa de texto, respectivamente. Os gráficos podem ser do tipo
pizza, coluna, barra, área, linha, etc. Os dados do gráfico são inseridos através do botão
Tabela de dados. É possível inserir título ao gráfico. Gráficos e figuras podem ter

legendas. Pode-se adicionar figuras externas, também, através do ícone ou do atalho


CTRL + V.
Sumário e índices, presentes no menu Inserir, vão apresentar os tópicos do texto de
acordo com o estilo. Os índices podem ser alfabéticos, de figuras, de tabelas, de objetos.
Campos predefinidos auxiliam na inserção de datas, hora, número total de páginas.
Isso facilita na criação de modelos. Por exemplo, a data inserida, será sempre a data
de edição do documento.
Caixas de texto são blocos de texto organizados que podem ser colocados em
qualquer parte do arquivo. Podem ser personalizados com cor de fundo, bordas e ângulo
do texto.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 31
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA

A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e


Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
Soberania;
Mnemônico:
Cidadania;
SO-CI-DI-VA-PLU
Dignidade da pessoa humana;
Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Pluralismo político.
FIQUE ATENTO!
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição Federal.

QUESTÃO.
Sobre os poderes do Estado, é CORRETO afirmar que
a) emanam das Forças Armadas.
b) emanam do povo.
c) pertencem às autoridades que o exercem.
d) somente podem ser exercidos pelo povo indiretamente, através de representantes
eleitos.
Gabarito: Alternativa B
Comentário: No caso dessa questão, o candidato deveria saber que, segundo o artigo
1º, parágrafo único, da Constituição de 1988, todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.
Desse modo, por eliminação seria possível encontrar a resposta da questão.

Independência e Harmonia dos Poderes: São Poderes da União, independentes e


harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
DICA 32
PRINCÍPIOS DE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL

A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos


seguintes princípios:
Independência nacional;
Prevalência dos direitos humanos;

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Autodeterminação dos povos;
NÃO-INTERVENÇÃO;
Igualdade entre os Estados;
Defesa da paz;
Solução pacífica dos conflitos;
Repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO.
FIQUE ATENTO!
A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações.
DICA 33
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS - DIREITO À VIDA

O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina.


Nota-se que nem o direito à vida é absoluto. No Brasil, em caso de guerra declarada,
admite-se a pena de morte. O aborto, por sua vez, é permitido em casos excepcionais.
E, quais são os tipos de aborto? Vejamos:

Aborto terapêutico ou necessário: ocorre quando o médico interrompe a gravidez


quando não há outra forma de salvar a vida da gestante.

Aborto sentimental ou humanitário: é a interrupção da gravidez praticada por


médico nos casos de estupro, desde que haja autorização da gestante ou de seu
representante legal quando a gestante dor menor de 18 (dezoito) anos.

Aborto eugenésico ou eugênico: É aquele realizado para evitar o nascimento de uma


criança com grave deformidade genética.

DICA 34
IGUALDADE/ISONOMIA

O principal dispositivo constitucional sobre o direito de liberdade é o art. 5º, inciso I, da


CF, que assim dispõe: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição”.
O objetivo deste dispositivo não é somente garantir a igualdade formal, mas
principalmente a igualdade material ou substancial.
A igualdade formal busca tratar todos os indivíduos da mesma maneira, garantindo-se
os mesmos direitos e deveres. Contudo, a igualdade material busca o mesmo
tratamento igualitário, com a observação de que todos devem ser tratados de maneira
igual, na medida das suas desigualdades.

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Nesse sentido, a própria Constituição em algumas situações já materializa a igualdade
material ou substancial, como no art. 5º, inciso L, da CF: “às presidiárias serão
asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação”.
Com base também no princípio da igualdade material é que se legitima as chamadas
ações afirmativas, que representam medidas de compensação para grupos com
realidade histórica de marginalização ou discriminação.

São exemplos de ações afirmativas: Cotas raciais, PROUNI e a lei maria da penha.

JURISPRUDÊNCIA

A lei que veda o exercício da atividade de advocacia por aqueles que desempenham,
direta ou indiretamente, atividade policial, não afronta o princípio da isonomia. STF.
Plenário. ADI 3541/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 12/2/2014 (Info 735).

DICA 35
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

O princípio da reserva legal impõe a necessidade de que determinadas matérias sejam


disciplinadas por LEI FORMAL, ou seja, aquelas espécies normativas encontradas no
artigo 59, da CF/88. O princípio da legalidade, por sua vez, traduz a necessidade de
obediência à lei em SENTIDO AMPLO.
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça.
A reserva legal pode ser classificada em:
Absoluta: a norma constitucional necessita lei formal para sua regulamentação.
Relativa: em que pese a necessidade de lei formal, é possível a edição de espécies
infralegais para regulamentação da norma constitucional.
O princípio da irretroatividade das leis preconiza que a lei penal NÃO retroagirá,
exceto em benefício do réu.
DICA 36
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA

Nos termos da Constituição (art. 5º), é assegurado:

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre


exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de
culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas
entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, SALVO se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

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O Brasil é um país leigo, laico ou não confessional, o que significa a separação oficial
entre o Estado e a religião. Assim, o Estado não permite a interferência de correntes
religiosas em assuntos estatais.

JURISPRUDÊNCIA

A imposição legal de manutenção de exemplares de Bíblias em escolas e


bibliotecas públicas estaduais configura contrariedade à laicidade estatal e à
liberdade religiosa consagrada pela Constituição da República de 1988. STF. Plenário.
ADI 5258/AM, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 12/4/2021 (Info 1012).
É constitucional a obrigatoriedade de imunização por meio de vacina que,
registrada em órgão de vigilância sanitária, (i) tenha sido incluída no Programa
Nacional de Imunizações ou (ii) tenha sua aplicação obrigatória determinada em lei ou
(iii) seja objeto de determinação da União, estado, Distrito Federal ou município, com
base em consenso médico-científico. Em tais casos, não se caracteriza violação à
liberdade de consciência e de convicção filosófica dos pais ou responsáveis,
nem tampouco ao poder familiar. STF. Plenário. ARE 1267879/SP, Rel. Min.
Roberto Barroso, julgado em 16 e 17/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 1103)
(Info 1003).
É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade
religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz
africana. STF. Plenário. RE 494601/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
Min. Edson Fachin, julgado em 28/3/2019 (Info 935).
CF/88 prevê que “o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina
dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.” (art. 210, § 1º).
[...] O STF julgou improcedente a ADI e decidiu que o ensino religioso nas
escolas públicas brasileiras pode ter natureza confessional, ou seja, pode sim
ser vinculado a religiões específicas. A partir da conjugação do binômio Laicidade
do Estado (art. 19, I) e Liberdade religiosa (art. 5º, VI), o Estado deverá assegurar o
cumprimento do art. 210, § 1º da CF/88, autorizando na rede pública, em igualdade
de condições o oferecimento de ensino confessional das diversas crenças, mediante
requisitos formais previamente fixados pelo Ministério da Educação. Assim, deve ser
permitido aos alunos, que expressa e voluntariamente se matricularem, o pleno
exercício de seu direito subjetivo ao ensino religioso como disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental, ministrada de acordo com os
princípios de sua confissão religiosa, por integrantes da mesma, devidamente
credenciados a partir de chamamento público e, preferencialmente, sem qualquer
ônus para o Poder Público. Dessa forma, o STF entendeu que a CF/88 não proíbe
que sejam oferecidas aulas de uma religião específica, que ensine os dogmas
ou valores daquela religião. Não há qualquer problema nisso, desde que se
garanta oportunidade a todas as doutrinas religiosas. STF. Plenário.ADI
4439/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 27/9/2017 (Info 879).
JURISPRUDÊNCIA

“[...] nos termos do artigo 5º, VIII, da Constituição Federal é possível a realização
de etapas de concurso público em datas e horários distintos dos previstos em
edital, por candidato que invoca escusa de consciência por motivo de crença
religiosa, desde que presentes a razoabilidade da alteração, a preservação da
igualdade entre todos os candidatos e que não acarrete ônus desproporcional à
Administração Pública, que deverá decidir de maneira fundamentada” (RE 611.874,
j. 26.11.2020).
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DICA 37
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE CONSCIÊNCIA E DE
EXPRESSÃO (INCS. IV, V e IX)

É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano


material, moral ou à imagem.
Esquematizando:

Aplica-se a pessoas físicas


e pessoas jurídicas.

DIREITO DE RESPOSTA É proporcional ao agravo.

Pode ser acumulado com


indenização por dano
material, moral ou à
imagem.

DICA 38
SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA E COMUNICAÇÕES

A Constituição Federal dispõe que:

“É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e


das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses
e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução
processual penal.”

A inviolabilidade de sigilo abrange quatro situações: correspondências, comunicações


telegráficas, comunicações de dados e comunicações telefônicas.
O próprio dispositivo da Constituição excepciona a regra, ao afirmar que o sigilo das
comunicações telefônicas pode sofrer restrição por ordem judicial para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal, nos termos da lei.

ATENÇÃO!

A exceção que a Constituição Federal traz corresponde apenas a comunicações


telefônicas.

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O fato de a Constituição Federal trazer apenas exceção quanto às comunicações
telefônicas, NÃO significa que as outras inviolabilidades são ABSOLUTAS, pois NÃO
existem direitos fundamentais absolutos.
A título de exemplo, as inviolabilidades de correspondência e de comunicações telegráficas
podem ser restringidas nas hipóteses de decretação de estado de defesa e de sítio (art.
136, §1º, inciso I; e art. 139, inciso III, ambos da CF).
DICA 39
DIREITO DE REUNIÃO

As condições para o exercício do direito de reunião são as seguintes:


Locais abertos ao público;
Finalidade pacífica;
Não pode frustrar reunião já convocada para o mesmo local;
Ausência de armas;
Prévia comunicação às autoridades competentes.

ATENÇÃO!

Não confundir prévio AVISO com prévia AUTORIZAÇÃO.


Sobre o requisito do AVISO, o STF, através do Recurso Especial n° 806339/SE, cujo
Relator foi o Ministro Marco Aurélio, já entendeu que tal aviso seja cumprido, não há
nenhum tipo de forma pré estabelecida, bastando apenas que chegue o conhecimento
da reunião ao Poder Público. A saber: “A exigência constitucional de aviso prévio
relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação
que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma
pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local”. STF. Plenário. RE
806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado
em 14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).
Um grande exemplo desse aviso (sem nenhuma forma em si), com base no
entendimento firmado pelo STF, seria uma reunião agendada e amplamente divulgada
através das redes sociais, as quais, a maioria da sociedade tem acesso. Assim, dada a
alta veiculação, obviamente, o Poder Público teria conhecimento.

E AGORA? O QUE EU RESPONDO SE A BANCA COBRAR O TEMA?


Sobre isso, redobre a atenção! Caso a Banca cobre a literalidade da Constituição, precisa
apenas que haja o aviso prévio (sem especificar de que maneira). Entretanto, caso a
banca cobre o recente entendimento jurisprudencial, o aviso não precisa ser
necessariamente formal, bastando apenas que, de alguma forma, chegue ao
conhecimento do Poder Público.
DICA 40
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO

Segundo o inciso XV, do art. 5º, é livre a locomoção no território nacional em tempo de
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
com seus bens.
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Durante a excepcionalidade do estado de sítio, defesa ou intervenção federal, o direito de
liberdade de locomoção pode ser cerceado.
Qualquer pessoa, brasileiro ou estrangeiro, pode transitar livremente pelo território
nacional com seus bens.
O “habeas corpus” é o remédio adequado para combater cerceamento ilegais do direito da
liberdade de locomoção.
DICA 41
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

O princípio da presunção da inocência é um tema que possui grande relevância para sua
prova do TRT – 8, principalmente, pois vem sendo bastante discutido.

Presunção de inocência ou presunção de não culpabilidade – tem o objetivo de


evitar condenações criminais precipitadas.

JURISPRUDÊNCIA

Quanto a este tema, importante ressaltar a orientação atual do STF quanto à execução
provisória da pena. Atualmente, o STF NÃO admite a execução provisória da pena,
uma vez que o cumprimento da pena somente pode ter início com o esgotamento de
todos os recursos.
Sobre concursos públicos, o STF também tem jurisprudência pacificada, no sentido de
que “Sem previsão constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é legítima a
cláusula de edital de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo
simples fato de responder a inquérito ou a ação penal.”. (STF – RE 560.900/DF - Tema
22 - Tese).

DICA 42
CRIMES INAFIANÇÁVEIS, IMPRESCRITÍVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU
ANISTIA
Você sabe quais são os crimes inafiançáveis, imprescritíveis e insuscetíveis a graça ou
anistia? (lembre-se do meme: sabia? Não sabia? Então agora vai ficar sabendo rs)

Crimes inafiançáveis e imprescritíveis: Racismo e Ação de grupos armados contra a


ordem constitucional e o Estado Democrático.
Para lembrar, basta pensar na RAÇÃO (Racismo e Ação de grupos armados).

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Crimes Inafiançáveis e Insuscetíveis de Graça ou Anistia:
Utiliza-se a sigla 3TH:

3T T Tortura

T Tráfico de drogas

T Terrorismo

H H Crimes Hediondos

Podemos encontrar mandados de criminalização nos seguintes incisos:


XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível;
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e
indulto a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores
e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armado civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático.
DICA BÔNUS
INVIOLABILIDADE DA CASA

Segundo o inciso XI, do artigo 5º, a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial.
Dá leitura do dispositivo extraímos que nos casos de flagrante delito, desastre e para
prestar socorro, o agente pode entrar em qualquer horário na residência. Já quando se
tratar de determinação judicial, o agente somente poderá entrar na residência durante o
dia.
Entende-se como “casa”:
Qualquer compartimento habitado;
Qualquer aposento ocupado de habitação coletiva;
Qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão
ou atividade pessoal.

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SISTEMATIZANDO:

SISTEMATIZANDO

REGRA:
→ A casa é inviolável;

EXCEÇÃO:
→ Consentimento do morador;
→ Flagrante delito;
→ Desastre;
→ Prestar socorro;
→ Determinação Judicial.

Das exceções apresentadas, ressalta-se a determinação judicial, que somente poderá


ser cumprida durante o dia. As outras exceções podem ocorrer durante o dia ou a
noite.

Conceito de casa: abrange não só o domicílio, quanto o escritório, oficinas, garagens,


quarto de hotéis. A doutrina ainda considera a boleia do caminhão como equiparado à
casa.

JURISPRUDÊNCIA

O ingresso regular da polícia no domicílio, sem autorização judicial, em caso de


flagrante delito, para que seja válido, necessita que haja fundadas razões (justa
causa) que sinalizem a ocorrência de crime no interior da residência. A mera
intuição acerca de eventual traficância praticada pelo agente, embora pudesse
autorizar abordagem policial, em via pública, para averiguação, não configura, por
si só, justa causa a autorizar o ingresso em seu domicílio, sem o seu
consentimento e sem determinação judicial. STJ. 6ª Turma. REsp 1574681-RS, Rel.
Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 20/4/2017 (Info 606).

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GESTÃO DE PESSOAS
DICA 43
GESTÃO DE PESSOAS - CONCEITO
A gestão de pessoas também é conhecida como administração de recursos humanos,
sendo um processo fundamental às organizações, uma vez que possui capacidade de
ordenar pessoas ao plano de trabalho, bem como auxiliar no ajuste de expectativas entre
a organização e o empregado.
Nos dizeres de Chiavenato (1999) "A Gestão de Pessoas nas organizações é a função
que permite a colaboração eficaz das pessoas — empregados, funcionários, recursos
humanos ou qualquer denominação utilizada — para alcançar os objetivos
organizacionais e individuais."
DICA 44
DA RELAÇÃO COM OUTROS SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO

A gestão de pessoas não caminha sozinha, sendo parte de um sistema maior. Assim,
pode-se afirmar que a gestão de pessoas é uma das políticas que compõe o sistema
administrativo da organização.

Esse conjunto de práticas voltadas para a gestão do comportamento humano nas


organizações (gestão de pessoas), deve ser visto dentro de um todo que forma o sistema
administrativo de organização, não havendo que se falar em hierarquia entre estas
políticas. Ou seja, a gestão de pessoas não é superior nem inferior a outros sistemas
existentes nas organizações, devendo sempre ser analisada de forma conjunta.
DICA 45
OBJETIVOS CENTRAIS DA GESTÃO DE PESSOAS

Nos ensinamentos de Carvalho e Nascimento, a gestão de pessoa possui 4 objetivos:

Objetivo societário: visa ser socialmente responsável, auxiliando a interação entre


pessoas, organização e sociedade;

Objetivo organizacional: auxiliar com toda a organização;

Objetivo funcional: contribuir para a eficiência e eficácia da organização;

Objetivo pessoal: dar assistência ao quadro de pessoal para que os indivíduos


possam contribuir com a organização.
DICA 46
GESTÃO HUMANA COMO RESPONSABILIDADE DE LINHA E FUNÇÃO DE STAFF
Para Chiavenato, as decisões e ações a respeito das pessoas passam a ser de alçada dos
gestores e não mais uma exclusividade do RH.
Segundo o renomado autor, “Agora, o nosso conceito central- responsabilidade de linha e
função de staff – está se tornando uma necessidade imperiosa para a sobrevivência das
empresas. A balança está se inclinando rapidamente para o lado da descentralização e
desmonopolização das decisões e ações a respeito das pessoas. A Gestão Humana está
abandonando suas operações burocráticas e se transformando cada vez mais em uma
área de consultoria interna para preparar e orientar os gestores de linha para a nova
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realidade. Esses são os gestores de pessoas, o que significa que as decisões e ações a
respeito das pessoas passam a ser de alçada dos gestores e não uma exclusividade
do RH.”.
DICA 47

GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS


Através da gestão estratégica de pessoas, a simples gestão de pessoas passa a ter um
viés estratégico, pautado em ações estratégicas para o melhor desenvolvimento da
organização. Assim, é necessária uma interação com reciprocidade entre a estratégia da
organização e as pessoas.
A gestão de pessoas vai além do que era inicialmente tido como seu papel. Agora,
participa ativamente do desenvolvimento e implementação das estratégias corporativas da
empresa.

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RECURSOS MATERIAIS
DICA 48
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
Antes de tudo, temos de ter em mente que os materiais serão classificados de acordo com
alguns critérios. Logo, para você, enquanto futuro (a) aprovado (a) deve saber que o
método de classificação deve ter os seguintes adjetivos: Abrangência, Flexibilidade e
Praticidade.

Abrangência: É mais do que necessário que deverá abordar as características, não


deixando nada de fora.

Praticidade: A classificação deve ser prática, sem que se exija procedimentos


complexos para a sua execução.

Flexibilidade: De uma forma bem resumida, a classificação deverá buscar uma


melhoria contínua no sistema de classificação.
Importante: O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, uma
simplificação, uma especificação, uma normalização, uma padronização e uma codificação
de todos os materiais componentes do estoque da empresa. E isto já foi cobrado em um
concurso.

Atributos da classificação de materiais:

Abrangência;

Flexibilidade;

Praticidade.
MACETE: Lembre-se de PAF

P raticidade

A brangência

F lexibilidade

DICA 49
OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS

São objetivos da Administração de Recursos Materiais, segundo o professor e


doutrinador Marco Aurélio P. Dias:

Preço baixo;

Alto giro de estoques;

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Baixo custo de aquisição e posse;

Continuidade de Fornecimento;

Consistência de Qualidade;

Despesas com Pessoal;

Relações Favoráveis com Fornecedores;

Aperfeiçoamento de Pessoal;

Bons registros.
DICA 50
ETAPAS DE CLASSIFICAÇÃO
Estudamos os atributos da classificação dos materiais. Agora, vamos ver as etapas de
classificação. Alguns chamam as etapas de princípios ou objetivos.

Segundo o doutrinador Felini, são etapas que regem a classificação de materiais:

Catalogação;

Simplificação;

Identificação (especificação);

Normalização;

Padronização;

Codificação.
Veja como uma banca diferente, a CESPE, cobrou isto:

QUESTÃO CESPE – 2013.


No que se refere à administração de recursos materiais, julgue os itens que se seguem.
A primeira fase do processo de classificação de materiais é a catalogação.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Gabarito: Certo.
Comentário:
1º Catalogação.
2º Simplificação
3º Identificação (especificação)
4º Normalização
5º Padronização
6º Codificação

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DICA 51
TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO
Há distintas formas de classificação do material dentro das organizações, sendo que cada
organização pode fazer a adoção de seu critério. Alguns dos critérios para tal classificação
estão relacionados abaixo.

São os principais tipos de classificação, segundo o doutrinador Viana:

por tipo e demanda.

materiais críticos.

perecibilidade.

periculosidade.

possibilidade de fazer ou comprar.

tipos de estocagem.

dificuldade de aquisição.

mercado fornecedor.
DICA 52
ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO- SISTEMA DE MATERIAIS

O grande doutrinador Marco Aurélio P. Dias faz a divisão o sistema de materiais nas
seguintes áreas de concentração:

controle (ou gerenciamento) de estoques,

compras,

almoxarifado,

planejamento e controle da produção,

transportes e

distribuição.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 53
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO: PRINCÍPIOS

SUPREMACIA DO O interesse público prevalece em


INTERESSE detrimento dos interesses particular, por
PÚBLICO exemplo, a desapropriação.

Voltado à atuação do administrador, posto


que este deve exercer suas funções sempre
INDISPONIBILIDADE DO
buscando garantir o interesse público, não
INTERESSE PÚBLICO
devendo desistir dos feitos ou dispor de
suas prerrogativas.

DICA 54
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS

Estão previstos no caput do artigo 37, são eles:


L egalidade
I impessoalidade
M oralidade “L I M P E”
P ublicidade
E ficiência
Esses princípios balizam a atuação de toda Administração Pública, seja Direta (União,
Estados, Distrito Federal e Munícipios) ou Indireta (autarquia, fundação pública,
sociedade de economia mista e empresa pública) dos três Poderes (Judiciário, Executivo e
Legislativo).
DICA 55
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Trata-se de expoente máximo do Estado Democrático de Direito. Traduz a submissão do
Poder Público à lei.

O princípio da legalidade possui dupla acepção, uma que diz respeito à Administração
Pública e outra aos particulares, vejamos:

Particulares: é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.


Administração pública: pode fazer apenas o que a lei determina (ato vinculado) ou
autoriza (ato discricionário).
FIQUE ATENTO!
Em que pese ser o expoente máximo do Estado Democrático de Direito, o princípio da
legalidade, excepcionalmente, pode ser relativizado, permitindo que o Poder Público ladeie
às disposições legais. Nos casos de decretação do estado de defesa e de sítio; e de
edição de medida provisória, o Chefe do Poder Executivo detém maior liberdade de
atuação.
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DICA 56
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
É conhecido também como princípio da isonomia e princípio da finalidade.

Possui 03 acepções, vejamos:

Finalidade: a finalidade precípua da Administração Pública é buscar satisfazer o


interesse público. Caso o ato seja praticado com finalidade distinta a essa, restará
NULO por desvio de finalidade.
Em sentido amplo, o princípio da impessoalidade busca o atendimento do interesse
público.
Já em sentido estrito, visa atender a finalidade específica prevista em lei para o ato
administrativo.

Vedação à promoção pessoal: não é permitido ao agente público se valer de


realizações da Administração Público como se fossem próprias. Assim, é vedado, por
exemplo, constar símbolo de partido político em obra pública. Trata-se de proibição
expressamente prevista no parágrafo 1º, do artigo 37, da CF/88.
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos.

Isonomia: a Administração Pública deve se relacionar com os particulares de forma


imparcial.

DICA 57
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Impõe aos agentes públicos o dever de atuar de forma honesta. Sua atuação dever
pautar-se pelos princípios da boa-fé e probidade.
A ação popular, prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, é instrumento de controle da
moralidade administrativa.
Caso o agente público não atue com a probidade prevista, o parágrafo 4º, do artigo 37,
prevê que os atos de improbidade acarretarão em suspensão dos direitos políticos;
perda da função pública; indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.
DICA 58
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Trata-se do dever de transparência na atuação pública.

Possui dupla acepção:

Requisito de eficácia dos atos administrativos;


Transparência da atuação administrativa, de forma a possibilitar o controle pelos
administrados.

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O princípio da publicidade não é absoluto, encontra limites no direito à inviolabilidade da
intimidade e da vida privada; e as informações indispensáveis à segurança do Estado e da
DICA 59
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Foi introduzido na CF/88 a partir da EC nº 19/98. Com o advento da emenda citada,
passou-se do modelo de administração burocrática para o de administração gerencial.
O agente público deve conjugar a busca da melhoria da qualidade dos serviços públicos
com a racionalidade dos gastos públicos.

Princípio da economicidade: em síntese, ordena que seja feita avaliação do custo e


benefício dos gastos públicos.
DICA 60
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura
administrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento
do interesse público.
O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública)
executa o rumo adotado.

Sentido material/objetivo: é a atividade estatal exercida sob um regime jurídico, por


meio de serviço público, polícia administrativa, fomento à iniciativa privada ou
intervenção.

Sentido formal/subjetivo: são os sujeitos que atuam em nome da Administração


Pública, se dividindo em Administração Pública Direta (entes da federação) e
Administração Pública Indireta (órgãos e entidades).
DICA 61
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O artigo 2º, da CF/88 dispõe, expressamente, sobre a separação de poderes. Trata-se de
doutrina nascida na obra “Espírito das Leis” de Montesquieu. Segundo preconiza o
dispositivo em apreço, são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Judiciário, o Executivo e o Legislativo.

Administração Direta (Entes Políticos): União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Administração Indireta (Entes Administrativos): Autarquia, Sociedade de Economia


Mista, Fundação Pública e Empresa Pública.
Quanto à criação das entidades da Administração Indireta, a CF/88, nos incisos XIX e XX,
do artigo 37, dispõe que somente por lei (ordinária) poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, no caso da fundação, definir as áreas de sua
atuação.
Nota-se que a lei ordinária cria (direto) a autarquia e autoriza a criação dos demais
entes administrativos.

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DICA 62
CENTRALIZAÇÃO, DESCONCENTRAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Na administração direta, os entes praticam as atividades através de órgãos, de forma
centralizada, desconcentrada, concentrada e descentralizada.

Centralização: Na centralização a pessoa política (União, Estados, DF ou Municípios)


pratica suas atividades por meio de seus órgãos, realizado diretamente a atividade
administrativa, sem interferência de outra entidade.

Desconcentração: Na desconcentração há uma distribuição interna de competência,


dentro da mesma pessoa jurídica.
Há o controle hierárquico, pois os órgãos de menor hierarquia ficam subordinados aos
seus superiores.

Concentração: A concentração ocorre quando um único órgão desempenha todas as


funções do ente político, sem divisão com órgãos menores.

Descentralização: A atividade é prestada por pessoa diversa. O Estado resolve


repassar a atividade para outra pessoa executar em seu lugar.
DICA 63
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A administração indireta é composta por pessoas jurídicas, com personalidade
jurídica:
Autarquias;
Fundações;
Empresas Públicas;
Sociedades de Economia Mista;
As pessoas jurídicas que se enquadram na administração indireta necessitam de lei para
sua existência.

Autarquia – criada por lei – A publicação de lei cria a autarquia. A autarquia possuí
personalidade jurídica de direito público.

Empresa Pública ( Ex.: Caixa Federal) e Sociedade de Economia Mista ( Ex.:


Banco do Brasil) são autorizadas por lei, necessitando do registro de seu ato
constitutivo nos órgãos responsáveis para que ganhem vida.
EP / SEM – Possuem personalidade jurídica de direito privado.

Fundação Pública - são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.

Fundação – personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito


privado. Se público é criada por lei como a autarquia; Se privado, é autorizada por
lei como EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida.

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DICA 64
DIFERENÇAS: EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

DIFERENÇAS

Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Pessoas jurídicas de direito privado. Pessoas jurídicas de direito privado.

Criadas mediante autorização legal Criadas mediante autorização legal

Capital exclusivamente público Capital público e privado (o poder


público detém a maioria do capital
votante).

Prestação de serviço público ou exploração Prestação de serviço público ou


de atividade econômica. exploração de atividade econômica.

Qualquer forma de organização empresarial Sob a forma de sociedade anônima

Foro Federal (apenas empresa pública Foro comum


federal)

DICA 65
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA
AUTARQUIA

Características da autarquia:

Natureza: pessoa jurídica de direito público

Atividade: Típica de Estado

Regime de pessoal: Presidente (cargo em comissão) / Demais servidores (Cargo


efetivo)

Bens: impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis.

Imunidade tributária: não paga impostos sobre o patrimônio, bens e serviços

Prescrição: dívidas e direitos prescrevem em 5 anos

Se sujeita a lei de licitações.


DICA 66
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS
FUNDAÇÕES

Características das fundações:

Natureza:

Direito público - Lei cria

Direito privado - Lei autoriza

Atividades de caráter social, isto é, não exclusivas do Estado


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Regime de pessoal:

Direito público - servidores estatutários

Direito privado – CLT.


DICA 67
ATO ADMINISTRATIVO
São as manifestações de vontade da Administração Pública por meio de decretos,
resoluções, portarias, circulares, etc.
É uma declaração unilateral da vontade do Estado, de nível inferior à lei, para atender ao
interesse público.

Cria, restringe, declara ou extingue direitos.

São sujeitos ao controle judicial.


DICA 68
CONTROLE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

São 2 as formas de controle dos atos administrativos:

a) Quando realizado pela própria Administração trata-se de controle interno ou


autotutela.
O princípio da autotutela é a obrigação da Administração Pública em controlar os atos
editados, para retirar do ordenamento jurídico os ilegítimos ou inoportunos.

ILEGÍTIMOS são os atos ilegais ou nulos, tendo a Administração a obrigação de


retirá-los do sistema.

INOPORTUNOS são os atos que, em que pese não serem ilegais, se tornaram
inoportunos ou inconvenientes, tendo a Administração a prerrogativa de revogar os
que entender se enquadrarem em tais características.

Os fundamentos acima estão consolidados pelo STF, nas Súmulas 346 e 473:

SÚMULA 346 STF

A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

SÚMULA 473 STF

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.

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b) Quando realizado pelo poder judiciário se apresenta o controle externo.
Em respeito ao Princípio da Separação dos Poderes, o Judiciário e Legislativo, quando
apreciarem Atos Administrativos, deverão limitar-se aos aspectos da legalidade, não
lhes competindo analisar o mérito, conveniência ou oportunidade.

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
DICA 69
RESOLUÇÃO 296/CSJT - 2021: UNIDADES DE APOIO DIRETO À ATIVIDADE
JUDICANTE (ÁREA JUDICIÁRIA)

As unidades de apoio à atividade judicante (área judiciária) são setores de competência


para impulsionar a tramitação do processo judicial.

Essas unidades podem ser:

unidades judiciárias Varas do Trabalho, compostas por secretaria e gabinete(s) de


de primeiro grau juiz de primeiro grau, e Postos Avançados

Gabinetes de desembargadores e unidades de órgãos


unidades judiciárias fracionários (turmas, seções especializadas, tribunal pleno e
de segundo grau órgão especial), excluídas a Presidência, a Vice-Presidência e a
Corregedoria

Unidades que executam atividades jurisdicionais de forma


unidades de apoio centralizada e contam com magistrado designado para
judiciário atuação, tais como Centros Judiciários de Métodos
especializado Consensuais de Solução de Disputas – CEJUSCs, unidades de
pesquisa patrimonial e juízos de execução

Unidades que executam atividades operacionais e de suporte


unidades de apoio
ao impulso do processo judicial, tais como protocolo,
judiciário
distribuição, atendimento, e atermação

DICA 70
RESOLUÇÃO 296/CSJT - 2021: CONCEITOS IMPORTANTES

Unidades de apoio indireto à atividade judicante (área administrativa): setores


responsáveis pelos processos de administração, suporte e funcionamento do órgão, e
sem competência para impulsionar a tramitação do processo judicial;

Lotação: unidade onde o servidor desempenha as atribuições de seu cargo ou função;

Cessão: ato que autoriza o servidor a ter exercício em outro órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para ocupar cargo
em comissão ou função comissionada ou para atender situações previstas em leis
específicas;

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Remoção: deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo
quadro, com ou sem mudança de sede, considerando-se por mesmo quadro as estruturas
dos órgãos da Justiça do Trabalho;

Redistribuição: deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago,


entre os órgãos do Poder Judiciário da União;

Processos críticos: aqueles que viabilizam o alcance dos objetivos institucionais e


estratégicos e que, na sua falta, podem colocar em risco a organização, bem como
aqueles das matérias para as quais há determinação de órgãos superiores e de controle
para a criação de estrutura no órgão.

DICA 71
RESOLUÇÃO 296/CSJT - 2021: ORGANIZAÇÃO DOS SERVIDORES, CARGOS EM
COMISSÃO E FUNÇÕES COMISSIONADAS

Os Tribunais Regionais do Trabalho não poderão contar com mais de 20% (vinte por
cento) de sua força de trabalho oriunda de servidores que não pertençam às carreiras
judiciárias federais.

FIQUE ATENTO!
Os Tribunais que estiverem acima do percentual estipulado de 20% NÃO poderão
solicitar a cessão de novos servidores oriundos de outras carreiras e deverão substituir o
excedente, paulatinamente, por ocupantes de cargos efetivos do próprio órgão.

DICA 72
RESOLUÇÃO 296/CSJT - 2021: DISTRIBUIÇÃO E LOTAÇÃO DE SERVIDORES

A quantidade de servidores lotados nas unidades de apoio indireto às atividades


judicantes deverá corresponder a, no máximo, 30% (trinta por cento) do total da força de
trabalho do órgão, composta por efetivos, removidos, cedidos, em lotação provisória e
ocupantes de cargos em comissão sem vínculo com a Administração Pública e, no mínimo:

15% (quinze por cento) nos Tribunais de grande e de médio porte; e

20% (vinte por cento) nos Tribunais de pequeno porte.

FIQUE ATENTO!
Para apuração dos desses percentuais, deverão ser excluídos da base de cálculo os
servidores lotados nas Escolas Judiciais e nas unidades de Tecnologia da Informação e
Comunicação.

DICA 73
RESOLUÇÃO 296/CSJT - 2021: ÁREA ADMINISTRATIVA

As unidades administrativas dos Tribunais observarão a seguinte estrutura


hierárquica:

Diretoria-Geral e Secretaria-Geral da Presidência, em que os titulares serão retribuídos


com CJ-4;

Secretarias, em que os titulares serão retribuídos com CJ-3;


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Coordenadorias, em que os titulares serão retribuídos com CJ-2;

Divisões, em que os titulares serão retribuídos com CJ-1;

Núcleos, em que os titulares serão retribuídos com FC-6;

Seções, em que os titulares serão retribuídos com FC-5.


TOME NOTA!
Na estrutura da Diretoria-Geral e das Secretarias poderão ser criadas Assessorias
Técnicas. Os Tribunais poderão não instituir Coordenadorias, Divisões ou Núcleos.

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PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
DICA 74
PJE

Aqui, iremos falar do PJe e também dos atos processuais. Os atos processuais poderão
ser totalmente ou parcialmente digitais, de modo a permitir que sejam produzidos,
comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico. Quem normatiza isto
atualmente é a Lei 11.419/2006.

O processo eletrônico é um avanço porque elimina atos humanos custosos, tanto em


termos de esforço, temporais, como de custo. Por parte do serventuário da justiça
elimina a necessidade de formação dos autos, da juntada de peças ou de decisões, com
que se diminui o tempo morto do processo, em nítida vantagem à duração razoável do
processo – Daniel Amorim Assumpção Neves.

IMPORTANTE: O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em


PADRÕES ABERTOS, que atenderão aos requisitos de autenticidade, integridade,
temporalidade, não repúdio, conservação e, nos casos que tramitem em segredo de
justiça, confidencialidade, observada a infraestrutura de chaves públicas unificada
nacionalmente, nos termos da lei.
DICA 75
SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO PROCESSUAL
Os sistemas de automação processual respeitarão a publicidade dos atos, o acesso e a
participação das partes e de seus procuradores, inclusive nas audiências e sessões de
julgamento, observadas as garantias da disponibilidade, independência da plataforma
computacional, acessibilidade e interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e
informações que o Poder Judiciário administre no exercício de suas funções.
Uma dúvida: A quem compete a regulamentação da prática e da comunicação oficial de
atos processuais por meio eletrônico?
Compete ao Conselho Nacional de Justiça e, SUPLETIVAMENTE, aos tribunais,
regulamentar a prática e a comunicação oficial de atos processuais por meio eletrônico e
velar pela compatibilidade dos sistemas, disciplinando a incorporação progressiva de
novos avanços tecnológicos e editando, para esse fim, os atos que forem necessários,
respeitadas as normas fundamentais do NCPC/15.
DICA 76
TERMOS: LEI 11.419/06

A Lei 11.419/06 considera:

meio eletrônico: Qualquer forma de armazenamento ou tráfego de documentos e


arquivos digitais;

transmissão eletrônica: toda forma de comunicação a distância com a utilização de


redes de comunicação, preferencialmente a rede mundial de computadores;

assinatura eletrônica as seguintes formas de identificação inequívoca do


signatário:

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Memorex TRT 8 – TJAA – Rodada 01

Assinatura digital baseada em certificado digital emitido por Autoridade


Certificadora credenciada, na forma de lei específica;

Mediante cadastro de usuário no Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos órgãos


respectivos.
DICA 77
PROCESSO ELETRÔNICO: LEI 11.419/06
No processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, INCLUSIVE DA
FAZENDA PÚBLICA, serão feitas por meio eletrônico, na forma da Lei 11.419/06. E mais
ainda: As citações, intimações, notificações e remessas que viabilizem o acesso à íntegra
do processo correspondente serão consideradas vista pessoal do interessado para todos os
efeitos legais.
O que quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a
realização de citação, intimação ou notificação? Esses atos processuais poderão ser
praticados segundo as regras ordinárias, digitalizando-se o documento físico, que deverá
ser posteriormente destruído.
DICA 78
DATA DE PUBLICAÇÃO E PRAZOS PROCESSUAIS: LEI 11.419/06
A data da publicação o 1º dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no
Diário da Justiça eletrônico. E os prazos processuais terão início no 1º dia útil que seguir
ao considerado como data da publicação.
Quanto à criação do Diário Oficial: A criação do Diário da Justiça eletrônico deverá
ser acompanhada de ampla divulgação, e o ato administrativo correspondente será
publicado durante 30 dias no diário oficial em uso.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DICA 79
ASPECTOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO - CONCEITOS BÁSICOS

Para iniciarmos o estudo é importante entender que Administração é um conceito


bem abrangente e pode ter várias aplicações. Vejamos:

Conceito objetivo: entendido como o conjunto dos elementos que compõem o


processo administrativo (planejamento, organização, direção e controle);

Conceito subjetivo: a administração como um corpo dirigente de uma organização


responsável pela tomada de decisões estratégicas.

E o conceito como centro administrativo: que trata a administração como o local


nas organizações onde se tomam providências administrativas, como as relativas a
aspectos legais e registros.
A definição mais usual de administração é a seguinte:

“O processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim


de alcançar objetivos organizacionais.”

DICA 80
ASPECTOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO - ORGANIZAÇÃO
Entende-se por Organização o conjunto de pessoas e recursos reunidos com o intuito
de buscar um ou mais objetivos comuns, cabendo a seus dirigentes encontrar métodos de
trabalho que produzam mais com menos recursos.
Segundo Maximiano (1992), uma organização é uma combinação de esforços individuais
que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização, torna-
se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. O
mesmo autor destaca que as organizações são grupos sociais deliberadamente orientados
para a realização de objetivos ou finalidades, que podem ser classificados em duas
categorias principais: produtos e serviços.
DICA 81
ASPECTOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO - FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS -
ORGANIZAÇÃO
Já sabemos que Organização é conjunto de pessoas e recursos reunidos com o intuito de
buscar um ou mais objetivos comuns, cabendo a seus dirigentes encontrar métodos de
trabalho que produzam mais com menos recursos.

Mas a essa mesma Organização pode seguir dois tipos de estrutura:

Estrutura formal: Uma organização planejada, aquela que está no papel, comunicada
por meio de manuais de organização, normas de descrições de cargos, organogramas,
regras e regulamentos.

Estrutura informal: Organização formada espontaneamente e natural entre as


pessoas, a partir das relações de amizade ou inimizade, que não aparece no organograma
ou em qualquer outro documento formal.

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Podemos falar também em níveis de Organização, que são conhecidos como:

Nível institucional: Se refere ao mais elevado da empresa, composto dos diretores,


dos proprietários ou acionistas e dos altos executivos.

Nível intermediário: cuida da articulação interna entre os dois níveis que


respectivamente estão colocados no topo e na base da organização empresarial.

Nível operacional: relacionado com os problemas ligados à execução cotidiana e


eficiente das tarefas e operações da empresa.
DICA 82
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS ORGANIZAÇÕES FORMAIS MODERNAS
Uma Organização é entendida também como um conjunto de funções e hierarquias
visando o ganho através da produção de bens ou serviços. Tem uma liderança formal. A
organização se estrutura conforme a natureza do ramo de sua atividade e meio de
trabalho.
De acordo com Max Weber, as organizações formais modernas baseiam-se em leis, que as
pessoas aceitam por acreditarem que são racionais. Qualquer sociedade, organização ou
grupo que se baseie em leis racionais é uma burocracia e apresenta três características
principais: Formalidade, impessoalidade e profissionalismo.

As principais características de uma organização formal moderna são:

Divisão do Trabalho: Uma empresa para produzir com eficiência deve dividir o
trabalho em várias outras tarefas, ou seja, dividir um processo complexo em uma série de
pequenas tarefas.

Especialização: é uma maneira de aumentar a eficiência e diminuir os custos de


produção através da divisão do trabalho em tarefas mais simples e repetitivas que exigem
pouca experiência do executor e pouco conhecimento prévio.

Hierarquia: Em toda estrutura organizacional existe uma hierarquia que divide a


empresa em níveis de autoridade e responsabilidade, onde o superior hierárquico
autoridade sobre os inferiores. Geralmente é representado por um organograma

Distribuição da Autoridade e da Responsabilidade: A autoridade é equivalente ao


grau de responsabilidade dentro da organização formal. A autoridade legitima o direito do
superior hierárquico de dirigir seus subordinados para alcançar os objetivos da
organização.

“Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão


obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade”.
“Henri Fayol”

RACIONALISMO: É tornar padrão para a organização os procedimentos mais


importantes para atingir os objetivos da empresa de forma a minimizar os esforços
(menor custo) e a maximizar os rendimentos (maior lucro) mantendo um certo padrão de
qualidade.

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DICA 83
TIPOS DE ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS
Primeiramente, é preciso entender que a estrutura organizacional se refere a um
desenho da organização, que é resultante da identificação, análise, ordenação e
agrupamento das atividades e dos recursos da organização.
Um dos critérios mencionados pela doutrina com o intuito de estabelecer a estrutura
organizacional ideal, é a departamentalização, que permite simplificar o trabalho do
administrador, aumentando a eficácia e a eficiência da administração, pois contribui para
um aproveitamento mais racional dos recursos disponíveis nas organizações. Assim, a
diferença básica entre estrutura organizacional e departamentalização está no nível de
detalhamento.
FIQUE LIGADO!
Enquanto a estrutura se refere ao desenho organizacional como um todo e possui uma
visão vertical da organização
A departamentalização sistematiza esse desenho por meio critérios aplicados na
formação das divisões da organização, possui uma visão mais horizontal, trata da divisão
e variedade das atividades desenvolvidas na organização.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
DICA 84
ORÇAMENTO PÚBLICO
O estudo de Administração Financeira e Orçamentária (AFO) está relacionado ao estudo
do Direito Financeiro.
Já o Direito Financeiro é um ramo do Direito Público que constitui a atividade financeira do
estado.
Assim, note-se que o Direito Financeiro abrange a receita pública (recursos para o
Estado), o crédito público, o orçamento público (gestão de recursos) e a despesa pública.
De mais a amis, insta destacar que a Administração Financeira e Orçamentária é a
disciplina que estuda a atividade financeira do estado e sua aplicação na Administração
Pública.
A AFO também o estuda os atos que potencialmente poderão afetar o patrimônio do
Estado, que visa assegurar a execução das funções do Estado, contribuindo para
aprimorar o planejamento, a organização, a direção, o controle e a tomada de decisões
dos gestores públicos em cada uma dessas fases.
DICA 85
ORÇAMENTO PÚBLICO
O orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê receitas e despesas e o
Poder Legislativo autoriza a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos
serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do País.
O Poder Executivo prevê receita e despesas por meio dos instrumentos de planejamento,
que são O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei
Orçamentária Anual (LOA).
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária
Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos
federal, estaduais e municipais.
Em cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que
permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.
DICA 86
ORÇAMENTO PÚBLICO
O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que
estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da
Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.
Qual o prazo de duração do PPA?
04 anos e, nesse período serão elaboradas uma LDO e uma LOA a cada ano, de forma
que sejam consoantes compatíveis e coerentes com o PPA a que se referem.
A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento mais próximo do estratégico (PPA)
e o planejamento operacional (LOA).

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A relevância da LDO consiste no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano
e as LOA’s.
DICA 87
ORÇAMENTO PÚBLICO
A LOA é um instrumento que expressa à alocação de recursos públicos, sendo
operacionalizada por meio de diversas ações. É o orçamento propriamente dito.
Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, ou seja, devem ser analisados e votados pelo Poder Legislativo.
As diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal para as despesas
relativas aos programas de duração continuada serão fixados no plano plurianual.
Lembre-se o plano plurianual é estabelecido por lei de iniciativa do Poder Executivo e não
de iniciativa do Poder Legislativo.
DICA 88
ORÇAMENTO PÚBLICO
A LDO deve anteceder a edição da LOA, independentemente da esfera federativa, em
virtude do seu caráter anual, pois a LDO orientar a elaboração da LOA.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias é interdependente do plano plurianual, ou seja, no
âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas.
A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
A regionalização corresponde ao conjunto de informações, no âmbito das metas do PPA,
com vistas a compatibilizar os recursos públicos disponíveis com o atendimento de
necessidades da sociedade no território nacional e a possibilitar a avaliação regional da
execução do gasto público.
DICA 89
DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS
No que consistem as diretrizes? Consistem na declaração ou conjunto de declarações que
orientam os programas abrangidos no PPA, com fundamento nas demandas da população;
São normas gerais, amplas, estratégicas, que mostram o caminho a ser seguido na gestão
dos recursos pelos próximos quatros anos.
Os objetivos representam o que será perseguido com maior ênfase pelo Governo Federal
no período do Plano para que, em longo prazo, a visão estabelecida se concretize.
As metas apresentam a declaração de resultado a ser alcançado, de natureza quantitativa
ou qualitativa, que contribui para o alcance do objetivo.
As diretrizes, os objetivos e as metas são da administração pública federal, ou seja,
aqueles referentes à gestão pública no âmbito do Governo Federal. O PPA federal não
inclui diretrizes, objetivos e metas dos demais entes públicos, pois cada ente possui seu
próprio PPA.

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DICA 90
DESPESAS DE CAPITAL
As despesas de capital são aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou
aquisição de um bem de capital, como, por exemplo, a pavimentação de uma rodovia.
Já o termo e outras delas decorrentes se relacionam às despesas correntes que esta
mesma despesa de capital irá gerar após sua realização, mas ainda dentro do período de
vigência do plano plurianual. Despesas correntes são as que não contribuem, diretamente,
para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as despesas com pessoal,
encargos sociais, custeio, manutenção.

Segundo a Constituição Federal:

Art. 167, §1º. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício


financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei
que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

Você sabe qual a diferença entre legislatura, sessão legislativa e período


legislativo? Vejamos:

a legislatura, segundo a CF/1988, é o período de quatro anos, e cada legislatura


possui 4 sessões legislativas, que ocorrem anualmente de 02 de fevereiro a 22 de
dezembro.

Já cada sessão legislativa possui dois períodos legislativos, o primeiro de 02 de


fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1º de agosto a 22 de dezembro.
DICA 91
ORÇAMENTO PÚBLICO
Na esfera federal, os prazos para o ciclo orçamentário estão no Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) e estarão em vigor enquanto não for editada a lei
complementar prevista na CF/1988, a qual deve versar sobre o tema.
Segundo o ADCT, a vigência do PPA é de 4 anos, iniciando-se no segundo exercício
financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro
do mandato subsequente.
O PPA deve ser encaminhado do Executivo ao Legislativo até 4 meses antes do
encerramento do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto e a devolução ao Executivo
deve ser feita até o encerramento do segundo período da sessão legislativa (22 de
dezembro) do exercício em que foi encaminhado.
O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano. A partir
daí, tem sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. A ideia é manter a
continuidade dos programas. Repare que um chefe do executivo (presidente, por
exemplo) pode governar durante todo o seu primeiro PPA, desde que seja reeleito.
DICA 92
ORÇAMENTO PÚBLICO
Assim como a União, cada estado, o Distrito Federal e cada município também têm seus
próprios PPAs, LDOs e LOAs. A iniciativa será sempre do Poder Executivo de cada ente.
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Lembrando que as diretrizes, os objetivos e as metas do PPA federal não precisam
necessariamente ser refletidas nos PPAs dos entes estaduais, distrital e municipais.
A Constituição Federal, em seu art. 165, determina no seu § 4º que os planos e
programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados
em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
Lembre-se: esses planos e programas serão elaborados em consonância com o PPA.
DICA 93
ORÇAMENTO PÚBLICO
O art. 165, § 2º da Constituição Federal estabelece que a lei de diretrizes orçamentárias
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,
estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com
trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação
das agências financeiras oficiais de fomento.

As metas e prioridades da Administração Pública Federal: as disposições que


constarão da LOA devem ser comparadas com as metas e prioridades da Administração
Pública.
Já o estabelecimento das diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em
consonância com trajetória sustentável da dívida pública.

Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia de que a LDO


é um plano prévio à LOA, assim como o PPA é um plano prévio à LDO.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), nos termos da Constituição Federal de 1988 e do
inciso II do parágrafo 2º do artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
é instrumento importante na condução da política fiscal do governo e compreende metas e
prioridades da Administração Pública Federal, bem como orienta a elaboração da Lei
Orçamentária Anual.

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DIREITO DO TRABALHO
DICA 94
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO

Fontes materiais: Representam o momento que antecede o surgimento da norma


jurídica. É influência por fatores históricos, políticos, sociais e econômicos.

Fontes formais: Representam a norma jurídica materializada e constituída, são


divididas em:

AUTÔNOMA – Aquelas criadas pelas próprias partes envolvidas.


Ex. Contrato de Trabalho, Normas Coletivas, Regulamento Empresarial...

HETERÔNOMAS – Aquelas criadas com a participação de um terceiro em geral o


ESTADO.

Ex.: Lei em sentido amplo, sentença normativa, decisão judicial.

Fontes Integradoras: São fontes que irão auxiliar o interprete na aplicação do


caso concreto.

Ex.: Doutrina, jurisprudência, analogia, equidade, costumes, direito comparado,


princípios gerais do direito.

ATENÇÃO!!

São fontes subsidiárias:


O direito comum é fonte subsidiária ao direito do trabalho;
A Negociação Coletiva – Art. 611-A e art. 611-B da CLT;
Ao verificar uma norma coletiva somente poderá analisar os seus aspectos formais.
E os tribunais, ao editarem súmulas e OJ não poderão acrescentar ou suprimir direitos
não contidos em lei.

DICA 95
RELAÇÃO DE TRABALHO

Aplicação da norma mais favorável: Dispõe que será aplicada a norma mais
favorável ao trabalhador independentemente da posição que ocupe na escala hierárquica.
OBS.: A ausência de contrapartidas (vantagens) não invalida o negócio
Jurídico.
Caso haja ação judicial visando anulação de clausulas das normas coletivas o sindicato que
participou da negociação deve participar como litisconsórcio necessário.

Condição mais benéfica: As vantagens concedidas ao trabalhador por força de


contrato ou regulamento empresarial aderem ao contrato de trabalho com força de lei e
não podem ser suprimidas sob pena de violação ao direito adquirido.

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As mudanças, alterações ou revogações do regulamento empresarial somente afetam
aos novos contratados (SÚMULA 51 TST). Na coexistência de mais de um regulamento a
opção por um deles importará em renúncia às vantagens previstas na outra (SÚMULA 51
TST):

SÚMULA 51 TST

NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO.


ART. 468 DA CLT (incorporada a Orientação Jurisprudencial n° 163 da SBDI-1) - Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005.
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas
anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração
do regulamento. (ex-Súmula n° 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973).
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado
por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. (ex-OJ n°
163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999). As vantagens concedidas em norma coletiva
somente terão validade pelo prazo máximo de dois anos, sendo vedada a ultratividade.
É nula a clausula que prevê o prazo superior a dois anos naquilo que ultrapassar este
prazo.

DICA 96
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

In dubio pro operário: Caso seja possível mais de uma interpretação da norma ao
caso concreto será aplicada a norma que mais favorece o trabalhador.

Continuidade da relação de emprego: O contrato de trabalho em regra tem duração


indeterminada somente sendo permitida a contratação por tempo determinado nos casos
previstos em lei.

Irrenunciabilidade do direito: Os direitos trabalhistas são irrenunciáveis pelo


empregado; exceção: 611 -A da CLT.

Irredutibilidade salarial: O salário não pode ser reduzido salvo mediante norma
coletiva.
OBS: Quando uma norma coletiva prevê redução de salário durante a sua vigência os
empregados não podem ser dispensados sem justa causa.
DICA 97
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

PREVALÊNCIA DA AUTONOMIA DA VONTADE

Negociação individual - Hipersuficiente se ele tiver diploma de nível superior e mais


que o dobro do limite do RGPS, só vai negociar os direitos contidos no Art. 611-A CLT.

Negociação Coletiva – Art. 611–A CLT.

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PRIMAZIA DA REALIDADE

Prevalecerá a realidade dos fatos sobre os documentos.

INALTERABILIDADE CONTRATUAL LESIVA

O contrato de trabalho somente poderá ser alterado sob os seguintes requisitos:

• Mutuo ACORDO – Consensualidade;

• Ausência de Prejuízo para os empregados ainda que de forma indireta.

O empregador poderá fazer pequenas alterações unilaterais decorrentes do Jus


variandi, uma dessas alterações é a Reversão.

Ao fazer a reversão o empregador poderá suprimir a gratificação de função


independente de tempo recebido e da existência de justo motivo.

Mantido o empregado na função comissionada o valor da gratificação não pode ser


reduzido.

DICA 98
HIERARQUIA DAS FONTES DO DIREITO DO TRABALHO

As fontes de Direito do Trabalho são:

Constituição;

Emendas à Constituição;

Lei complementar e lei ordinária;

Decretos;

Portarias, instruções normativas e outros atos do Poder Executivo (em regra não
seriam fontes formais, mas em muitos casos a esses instrumentos se atribui tal natureza
de maneira expressa);

Tratados e convenções internacionais;

Sentenças normativas e sentenças arbitrais em dissídios coletivos;

Usos e costumes;

Convenção coletiva;

Acordos coletivos;

Regulamento empresarial (apenas alguns doutrinadores consideram essa uma fonte


formal do Direito do Trabalho, mas não é o posicionamento majoritário);

Jurisprudência (em regra, não seriam fontes formais, sendo que o art. 8º da CLT
confere à jurisprudência natureza de fonte normativa supletiva. Apenas quando se
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tratarem de súmulas vinculantes é que se está diante de fontes formais do Direito do
Trabalho);

Princípios (existe grande controvérsia acerca da natureza dos princípios, mas grande
parte da doutrina tem entendido se tratarem de fontes formais do Direito).
DICA 99
HIERARQUIA DAS FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
A doutrina, a equidade, a analogia e as cláusulas do contrato de trabalho não constituem
fontes do Direito do Trabalho, quanto a esta última, existe entendimento em sentido
contrário, mas não é majoritário.
O critério geral de hierarquia das normas jurídicas considera que uma norma encontra seu
fundamento de validade em outra hierarquicamente superior, sendo a constituição a lei
suprema da hierarquia acima descrita.

Contudo, no Direito do Trabalho existe um critério próprio de hierarquia


normativa, tendo em vista as especificidades do ramo, que se delineia a partir de dois
eixos principais:

Não há que se falar em hierarquia de diplomas normativos, mas apenas hierarquia de


normas jurídicas;

O critério que configura a pirâmide jurídica do Direito do Trabalho não é tão rígido
como o do direito comum.
No Direito do Trabalho, em virtude do princípio da proteção, opera-se segundo a norma
mais favorável, de forma que a pirâmide hierárquica é construída de maneira variável,
localizando-se em seu vértice a norma que mais se aproxime do objetivo de reequilíbrio
das relações sociais, a norma mais favorável ao trabalhador, não sendo, portanto,
necessariamente a Constituição Federal, a depender do tema em questão.
Na falta de lei específica que regule a matéria objeto do conflito, o aplicador deverá
utilizar-se das fontes integrativas do direito, na forma prevista pelo art. 8° da CLT.
Além disso, o direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que
não for incompatível com os princípios fundamentais deste.

Ex.: Código de Processo Civil, Código Penal, Código de Defesa do Consumidor.


DICA 100
PRAZO MÁXIMO DE VIGÊNCIA DOS ACORDOS E DAS CONVENÇÕES COLETIVAS
É de dois anos o prazo máximo de vigência dos acordos e das convenções
coletivas, sendo que as vantagens contidas em tais instrumentos não se incorporam ao
contrato de trabalho de forma definitiva. Ler Súmula n° 277 e decisão liminar proferida
nos autos da ADPF n° 323 do STF.
DICA 101
TRABALHO VOLUNTÁRIO
O trabalho voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação trabalhista ou
previdenciária entre as partes nele envolvidas. Logo, não a de se falar na aplicação da CLT
neste trabalho. E mais: Por mais que não gere vínculo laboral, o trabalhador voluntário
pode ser ressarcido pelas despesas que realizar no desempenho das atividades
voluntárias, desde que comprove tais despesas e que elas estejam autorizadas de forma
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expressa pela entidade a que for prestado este serviço voluntário. Você encontrará esta
disposição no artigo 3º da Lei n. 9.608/98.
A lei acima citada ainda traz um formalismo para o trabalho voluntário, requerendo
celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do
serviço, devendo neste termo haver o objeto e as condições do trabalho.
DICA 102
DA APLICAÇÃO DA NORMA
O local da prestação dos serviços é que define a norma a ser aplicada à relação de
emprego, ou seja, segue-se o princípio da lex loci executione contracti (lei do lugar da
execução do contrato).
No caso de trabalhador contratado no Brasil para laborar no exterior em atividades de
engenharia, projetos e obras, montagens, gerenciamento e congêneres, a Lei no
7.064/82, garante os direitos previstos pela legislação nacional, salvo se a legislação
estrangeira for mais benéfica para o empregado.
DICA 103
RELAÇÃO DE TRABALHO

Conceito básico de trabalho: conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o


homem exerce para atingir determinado fim.
Assim a relação de trabalho se trata de um vínculo jurídico pelo qual uma pessoa
natural executa uma obra ou um serviço para alguém e recebe um pagamento por isso.
Para a sociologia do trabalho está associado à ideia de realidade material e relações
sociais. Ou seja, uma relação de trabalho é uma prestação de serviço laboral, que pode
ser firmado através de um contrato ou não. Nesse sentido, a atividade também pode
ser remunerada ou voluntária, mas sempre haverá um contratante e um contratado.
Esse termo na sociologia está associado à ideia de realidade material e relações sociais.
DICA 104
RELAÇÃO DE EMPREGO
Como já vimos a Relação de Trabalho é um gênero, e a Relação de Emprego é uma
espécie.

MEMORIZE:

Toda Relação de Emprego é uma Relação de Trabalho, mas nem toda Relação de
Trabalho é uma Relação de Emprego.
A relação de emprego, ou o vínculo empregatício, é um fato jurídico que se configura
quando alguém (empregado ou empregada) presta serviço a uma outra pessoa, física
ou jurídica (empregador ou empregadora), de forma subordinada, pessoal, não eventual
e onerosa.

Requisitos da Relação de Emprego:

Pessoalidade: um dos sujeitos (o empregado) tem o dever jurídico de prestar os


serviços em favor de outrem pessoalmente.

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Natureza não eventual do serviço: ele deverá ser necessário à atividade normal do
empregador.

Onerosidade: Remuneração do trabalho a ser executado pelo empregado.

Subordinação: o empregado sujeita-se ao poder diretivo do empregador.


DICA 105
DIREITO DO TRABALHO SUJEITO DO CONTRATO DE TRABALHO – DO EMPREGADO
– ART. 3º, DA CLT
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual
a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Lembre-se:

PESSOA FÍSICA;

NÃO EVENTUALIDADE;

SUBORDINAÇÃO;

ONEROSIDADE.

Veja como o tema já foi cobrado em prova de concursos.

QUESTÃO, 2017.
São elementos inerentes à relação de emprego, EXCETO:
a) Pessoalidade.
b) Subordinação.
c) Exclusividade.
d) Não-eventualidade.
Gabarito: Letra c.
Comentário: A banca deseja que você marque a alternativa que não é um elemento da
relação de emprego. No caso, a exclusividade não é um dos requisitos para que esteja
ali caracterizada a relação de emprego.

DICA 106
REQUISITOS DO CONTRATO DE TRABALHO E PESSOALIDADE OU PESSOA
FÍSICA - NÃO EVENTUALIDADE
A relação de emprego é intuitu personae somente no que diz respeito ao empregado,
que não pode ser substituído por outra pessoa na prestação de serviço, sob pena de
descaracterizar essa espécie de relação.
A não eventualidade significa que a execução dos serviços do obreiro deve estar inserida
no âmbito de uma atividade permanente desenvolvida pela empresa, seja ela fim ou

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meio. Em outras palavras, o trabalho do obreiro não pode estar relacionado a um evento
ocasional.
E veja que interessante: Recentemente o TST reconheceu o vínculo empregatício de um
motorista com a UBER, justamente por entender que há a presença dos elementos que
caracterizam a relação de emprego. Vejamos:

3ª Turma reconhece vínculo de emprego entre motorista e Uber

Para a maioria do colegiado, trata-se de prestação de trabalho por pessoa humana, com
pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação.
Elementos da relação de trabalho:
Nesse sentido, o ministro assinalou que a relação empregatícia ocorre quando estão
reunidos seus cinco elementos fático-jurídicos constitutivos: prestação de trabalho por
pessoa física a outrem, com pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e sob
subordinação. Todos eles, a seu ver, estão fortemente comprovados no caso.

DICA 107
REQUISITOS DO CONTRATO DE TRABALHO - ONEROSIDADE
Por onerosidade entende-se que a prestação de serviços deve possuir, como
correspondente, o pagamento de salário por parte do empregador, inclusive nas
ocasiões em que o empregado estiver a sua disposição, aguardando ordens. Em outras
palavras, onerosidade significa que a relação de emprego envolve retribuição, que é o
salário.

Veja como o tema já foi cobrado em prova de concursos.

QUESTÃO, 2017.
Para que alguém seja considerado empregado na forma prevista na CLT, NÃO é
necessário o seguinte requisito:
a) exclusividade;
b) subordinação;
c) pessoalidade;
d) onerosidade;
e) não eventualidade.
Gabarito: Letra A
Comentário: A questão deseja o requisito que não é necessário na relação, que no caso é a
exclusividade.

DICA 108
REQUISITOS DO CONTRATO DE TRABALHO - SUBORDINAÇÃO
A subordinação representa o fenômeno por meio do qual o trabalhador desloca o comando
de sua atividade laboral para o empregador, submetendo-se às suas ordens de
serviço. A teoria sobre a natureza jurídica da subordinação mais aceita pela doutrina é a
que considera como decorrente de um contrato, ou seja, subordinação jurídica. Nos
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últimos anos, todavia, tem ganhado corpo a teoria da subordinação estrutural-
reticular.
DICA 109
SUJEITO DO CONTRATO DE TRABALHO - EMPREGADOR – ART. 2° CLT
Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

ALTERIDADE;

PESSOALIDADE;

ATENÇÃO!!

Equipara-se ao empregador o profissional liberal, as entidades de beneficência e as


demais se fins lucrativos que contratem trabalhadores como empregados.
Para os fins de relação de emprego não haverá distinção em relação aos empregados
nem em relação ao trabalho técnico manual ou intelectual.

DICA 110

DIREITOS CONSTITUCIONAIS DO TRABALHADOR

Os Direitos Constitucionais dos Trabalhadores estão presentes no artigo 7º da


Constituição Federal. Leitura obrigatória!

Traz a relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa


causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre
outros direitos.

Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.

Fundo de garantia do tempo de serviço.

Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas


necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim.

Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.

Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.

Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração


variável.

Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da


aposentadoria.
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Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.

Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa.

Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,


excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei.

Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos


da lei.

Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de


revezamento, salvo negociação coletiva.

Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.

Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à


do normal.

Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal.

Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e


vinte dias.

Licença-paternidade, nos termos fixados em lei.

Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos


termos da lei.

Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei.

Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança.

Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na


forma da lei.

Aposentadoria.

Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
idade em creches e pré-escolas.

Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.

Proteção em face da automação, na forma da lei.

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Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização


a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho.

Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por


motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do


trabalhador portador de deficiência.

Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os


profissionais respectivos.

Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de


qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos.

Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o


trabalhador avulso.

DICA 111
GRUPO ECONÔMICO - CONCEITO
Grupo econômico se configura quando duas ou mais empresas atuam de forma
coordenada, com objetivos comuns, ou desde que exista uma relação de subordinação
entre elas.
Veja de forma mais detalhada os requisitos para a formação de grupo econômico. Tal
conceito está assentado no artigo 2º e seus parágrafos 2º e 3º, da Consolidação das
Leis do Trabalho. Nela, grupo econômico se configura quando duas ou mais empresas
atuam de forma coordenada, com objetivos comuns. Ou desde que exista uma relação de
subordinação entre elas (quando uma empresa tem controle sobre as demais).

ATENÇÃO!!

Confira-se a redação do:


“Art. 2º – (...)
§ 2° Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração
de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem
grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da
relação de emprego.”

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DICA 112
GRUPO ECONÔMICO - REPERCUSSÃO
Apenas a relação de sócios entre empresas distintas não é suficiente para a configuração
de grupo econômico, devendo haver uma hierarquia entre elas ou objetivos afins. Esse
entendimento foi, inclusive, confirmado pelo TST – Tribunal Superior do Trabalho – em
recente decisão judicial.

“§ 3° Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias,


para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva
comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.”

Sendo assim, veja de forma mais detalhada os requisitos para a formação deste tipo de
arranjo.
DICA 113
GRUPO ECONÔMICO – IMPLICAÇÃO NO CONTRATO DE TRABALHO
Conclui-se, portanto, que a caracterização do grupo econômico busca evitar o
dissimulado propósito de desvirtuar a aplicação dos preceitos trabalhistas, através da
constituição de pessoas jurídicas distintas.
Assim, considerando as implicações que o instituto pode trazer, é recomendável que as
empresas coligadas se posicionem de forma a afastar ou atrair a configuração do
mesmo, evitando, com isso, eventuais demandas judiciais.
DICA 114
GRUPO ECONÔMICO – ENTENDIMENTO PACIFICO
Do entendimento do Tribunal Superior do Trabalho – TST:
A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) já pacificou o tema no sentido de
que o simples fato da existência de sócios em comum não é capaz de configurar grupo
econômico, e que a coordenação entre as empresas, sem relação hierárquica, também
não caracteriza o referido grupo, restando afastada a responsabilização solidária.

SÚMULA Nº 129, do TST

CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO: A prestação de serviços a mais de


uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não
caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em
contrário.

DICA 115
SUCESSÃO DE EMPREGADORES
A sucessão trabalhista – ou sucessão de empregadores – é prevista nos artigos 10 e
448, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), consistindo na assunção de obrigações
trabalhistas em virtude da transferência de titularidade da empresa ou de
estabelecimento empresarial.

Vejamos o que diz a CLT:

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“Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.”

“Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não


afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.”

São previstas três espécies de sucessão trabalhista:

Substituição do antigo empregador por outra pessoa física ou jurídica;

Alteração na estrutura da pessoa jurídica que contratou empregados (e.v. fusão,


incorporação, cisão);

Alienação ou transferência de parte significativa do estabelecimento empresarial de


modo a afetar os contratos de trabalho.

Via de regra, para que fique caracterizada a sucessão trabalhista são necessários dois
requisitos:

Alteração da pessoa jurídica ou da titularidade do estabelecimento empresarial;

Continuidade na prestação de serviços pelos empregados.


DICA 116
SUCESSÃO DE EMPREGADORES - CLÁUSULA DE NÃO-RESPONSABILIZAÇÃO
No contrato de trespasse, ou em qualquer outro negócio jurídico que possa fragilizar as
garantias dos contratos de trabalho, é irrelevante a existência de cláusulas estipulando
que a empresa sucessora não responderá por débitos trabalhistas até a data da
transferência.
No entanto, é válida a cláusula no sentido de preservar o direito da empresa sucessora de
exigir ressarcimento, da empresa sucedida, de eventuais desembolsos que tiver quanto a
obrigações trabalhistas não honrada até a data da transferência.
DICA 117
SUCESSÃO DE EMPREGADORES – RESPONSABILIDADE NA SUCESSÃO
TRABALHISTA
A reforma trabalhista – Lei 13.467/2017 – disciplinou a responsabilidade da empresa
sucessora, inserindo o art. 448-A na CLT:

Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos


arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à
época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora
quando ficar comprovada fraude na transferência. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017).

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De acordo com o dispositivo da CLT:

A empresa sucessora fica responsável por todas as obrigações trabalhistas inclusive


sobre aquelas anteriores à sucessão;

A empresa sucedida fica responsável, de forma solidária com a empresa sucessora, por
obrigações trabalhistas anteriores e posteriores à sucessão, cause reste configurada
fraude a direitos trabalhistas.
DICA 118
CONTRATO DE TRABALHO - CONCEITO
Contrato de trabalho é o pacto, expresso ou tácito, verbal ou escrito, por prazo
determinado ou indeterminado, por meio do qual o empregado, pessoa física,
compromete-se a prestar serviços não eventuais e subordinados e o empregador a
pagar a retribuição convencionada ou imposta.
CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR TRABALHO ILÍCITO COM O TRABALHO
PROIBIDO!!

Quanto ao objeto do contrato de trabalho, não confunda trabalho ilícito com trabalho
proibido. O trabalho ilícito é caracterizado pela TIPIFICAÇÃO DE CRIME OU
CONTRAVENÇÃO PENAL na realização da atividade laboral, sendo um exemplo muito
clássico da doutrina quando o empregado trabalha como apontador do jogo do bicho
(OJ n. 199 da SBDI – 1 do TST), o trabalho proibido, por sua vez, acontece quando a
atividade de trabalho é desenvolvida sem que haja a observância das normas legais,
como, por exemplo, o trabalho noturno do menor de 18 anos.

“199. JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO


(título alterado e inserido dispositivo) – DEJT divulgado em 16, 17 e 18-11-2010
É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à
prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de
validade para a formação do ato jurídico.”
O trabalho ilícito gera nulidade ex tunc, enquanto que o trabalho proibido gera
nulidade ex nunc.

DICA 119
COMENTÁRIOS SOBRE A SÚMULA 212 DO TST

Vejamos o que esta súmula legisla:

SÚMULA 212, TST

“O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de


serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação
de emprego constitui presunção favorável ao empregado".

O princípio da continuidade pode ser verificado na Súmula 212 do Tribunal Superior do


Trabalho. Pela jurisprudência do TST, o ônus de provar o término do contrato de trabalho,
quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador. Assim, o
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princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao
empregado.
DICA 120
DIREITO GARANTIDO: ALTERAÇÃO DE CONTRATO

Está no artigo 443, CLT:

Art. 443 da CLT - o contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado,
ou para prestação de trabalho intermitente.

O artigo seguinte expressa que “as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de
livre estipulação das partes interessadas”. Ou seja, as cláusulas podem ser redigidas em
comum acordo entre patrão e empregado.
Além disso, também determina que as relações devem ser promovidas sem que haja
violação das disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos aplicáveis ao
profissional e às decisões das autoridades competentes. Em relação às mudanças que
podem ser feitas no contrato de trabalho, o artigo 468 da CLT estabelece que só é licita a
alteração por mútuo consentimento, e que não resulte, direta ou indiretamente, prejuízos
ao empregado. Caso haja descumprimento do dispositivo, a cláusula pode ser anulada.
DICA 121
CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO E CONTRATO DE TERCEIRIZAÇÃO
Para a SDI-1 do TST, o contrato de representação comercial não se confunde com o de
terceirização. E foi com esta base de entendimento que o TST decidiu não reconhecer
vínculo de emprego entre consultora de vendas e telefônica. A Subseção I Especializada
em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou
terminantemente o recurso de uma consultora de vendas que pretendia o reconhecimento
do vínculo de emprego diretamente com a TIM Celular.
As provas do processo confirmaram que não houve desvirtuamento do contrato de
representação comercial firmado entre a telefônica e a empresa que havia contratado a
trabalhadora.
DICA 122
PRONTIDÃO
O conceito de prontidão muitas vezes acaba por passar batido na hora dos estudos. A
prontidão nada mais é que o tempo em que o empregado fica nas dependências do
local de trabalho, aguardando ordens. Está previsão pode ser vista no artigo 244,
parágrafo 3º da CLT.
Ah, e não esqueça: A remuneração do período de prontidão é de 2/3 do salário-hora
normal e a escala de prontidão será de, 12 horas, no máximo.
CUIDADO:
NÃO CONFUNDA PRONTIDÃO COM SOBREAVISO!!
Na prontidão, temos a situação do empregado permanece nas dependências do seu local
de trabalho, esperando ordens. Já no sobreaviso o empregado fica na sua residência,

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entretanto fica esperando a qualquer tempo o chamado para o serviço, conforme o
disposto no art. 244, § 2º da CLT.
DICA 123
AERONAUTAS E AEROVIÁRIOS

Apesar de serem regidos por uma legislação própria, é necessário que você saiba que
limitações temporais imposta pela legislação, que são:
Tripulação mínima ou simples: 11 horas (máximo de 10 horas o tempo de voo);
Tripulação composta: 14 horas (máximo de 12 o tempo de voo);
Tripulação de revezamento: 20 horas (máximo de 17 horas o tempo de voo).

DICA: voo noturno = voo feito entre o pôr do sol e o nascer do sol.

IMPORTANTE: O exercício da profissão de aeronauta um exercício laboral privativo de


brasileiros, mas há as exceções previstas no Código Brasileiro de Aeronáutica.
DICA BÔNUS
EMPREGADO RURAL
Empregado rural é o trabalhador que labora, em uma propriedade rural ou prédio
rústico, de forma contínua e mediante o pagamento de remuneração, conforme
pode ser devidamente constatado no art. 2º da Lei n. 5.889/73. Lembrando sempre que
os direitos do trabalhador rural são iguais aos do trabalhador urbano, segundo a CF/88.
São requisitos para que o trabalhador seja considerado rural:
Que o trabalho seja desenvolvido para empregador rural;
Que o trabalho seja desenvolvido em propriedade rural ou prédio rústico.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
DICA 124
COMPETÊNCIA FUNCIONAL DAS VARAS
A competência funcional das Varas do Trabalho passou a ser exercida monocraticamente
pelo juiz titular, sendo que a antiga denominação era Juiz Presidente da Junta de
Conciliação e Julgamento ou, simplesmente, juiz togado. Atualmente, além do juiz titular,
há o juiz substituto, que tem a atribuição de substituir ou auxiliar o titular.

A competência funcional das Varas do Trabalho está prevista no art. 652 da CLT:

Art. 652. Compete às Varas do Trabalho:


a) conciliar e julgar:
I – os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II – os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de
rescisão do contrato individual de trabalho;
III – os dissídios resultantes de contratos de empreitada em que o empreiteiro seja
operário ou artífice;
IV – os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V – as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão
Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho;
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência.
e) suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944.
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da
Justiça do Trabalho.
Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de
salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da
Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a
reclamação também versar sobre outros assuntos.

Como este assunto pode cair na prova?

QUESTÃO ADAPTADA.
O Juízo da 100ª Vara do Trabalho de São José dos Pinhais recepcionou uma ação
trabalhista, distribuída em novembro de 2019, para homologação de acordo
extrajudicial acerca do pagamento de horas extraordinárias entre Maria do Socorro e o
Banco do Bem. Considerando a competência das Varas do Trabalho, decorrentes da
legislação trabalhista, o magistrado em questão deve:
a) processar a ação trabalhista, decidindo sobre a homologação do acordo extrajudicial,
vez que a matéria é de competência da Justiça do Trabalho.
b) extinguir o processo sem julgamento do mérito, porque a Justiça do Trabalho não
tem competência para processar e julgar acordos extrajudiciais.

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c) processar a ação trabalhista e remeter o processo o Juízo Cível ou vara da Fazenda
Pública, vez que somente aqueles juízos tem competência para homologação de
acordos extrajudiciais.
d) extinguir de uma vez por todas o processo sem julgamento do mérito, salvo se
comprovado a existência de assistência sindical.
Gabarito: a.
Fundamento: Art. 652 da CLT - Compete às Varas do Trabalho:
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da
Justiça do Trabalho.

DICA 125
JUÍZES DO TRABALHO
O juiz do trabalho deve ser aprovado em concurso de provas e títulos, ingressando como
juiz substituto, designado pelo Presidente do TRT para auxiliar ou substituir nas Varas do
Trabalho. Passados 2 anos no exercício, ele irá tornar-se vitalício no cargo.

Art. 112 da CF/88: "A Lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas
não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-La aos juízes de direito, com recurso para o
respectivo Tribunal Regional do Trabalho".

Nas comarcas onde não houver juiz do trabalho, por Lei, os Juízes de Direito poderão ser
investidos da jurisdição trabalhista. Das sentenças que proferirem caberá recurso
ordinário para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho (art. 112 da CF/1988 e art. 668
da CLT).
E como surge uma nova vara trabalhista? Há requisitos?
Há o requisito da frequência de reclamações trabalhistas em cada órgão já existente
exceda, seguidamente, a 1500 reclamações trabalhistas por ano.
O órgão de base da estrutura do Poder Judiciário é o próprio juiz, que fica lotado nas
denominadas Varas do Trabalho. Note-se que a indicação do juiz enquanto órgão da
estrutura judiciária brasileira é da CF/88, que em seu art. 111 expressamente assim
determina.
E como as varas do trabalho são criadas?
A criação de Varas do Trabalho é feita por intermédio de lei federal específica, conforme
fala o art. 112 da CF, sendo a iniciativa do TST, depois da sugestão do TRT envolvido,
observada ainda a efetiva demanda judicial e a população do lugar. Muito embora a
criação da Vara do Trabalho nasça de uma lei específica, o ato que define a jurisdição
daquela unidade pode ser do TRT correspondente, conforme fala o art. 28 da Lei n.
10.770/2003.
DICA 126
JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO
A carreira do Juiz do Trabalho encontra-se na Lei Orgânica da Magistratura Nacional
(Loman), que determinou que a única forma de provimento para o cargo de Juiz do
Trabalho é a aprovação prévia em concurso público de provas e títulos. Estes concursos
tem muitas fases, sendo comumente as 4 primeiras eliminatórias, formadas por uma
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prova objetiva; uma avaliação subjetiva; uma avaliação prática, conhecida como prova de
sentença; uma fase oral; e uma quinta fase, de caráter meramente classificatório, com
uma prova de títulos.
DICA 127
JUIZ TITULAR DE VARA DO TRABALHO – PROMOÇÃO POR MERECIMENTO
As promoções para o cargo de juiz titular seguem o critério alternado de merecimento e
antiguidade. No merecimento, é avaliada a produtividade e presteza no exercício da
jurisdição, além é claro da frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos
de aperfeiçoamento, conforme normatizado no art. 93, II, c, da CF.
DICA 128
VARAS DO TRABALHO- CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Como já vimos, as varas são a primeira instância trabalhista, ou seja, ela é competente
para julgar conflitos individuais surgidos nas relações de trabalho. Tais controvérsias
chegam à Vara na forma de Reclamação Trabalhista. A Vara é composta por um Juiz do
Trabalho titular e um Juiz do Trabalho substituto.
A decisão por meio da qual o Juiz do Trabalho resolve a controvérsia chama-se “sentença”
e contra ela as partes podem interpor recurso.
Segundo dados recentes do TST, há no Brasil um total de 1.587 Varas do Trabalho.
DICA 129
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Faz parte da organização da Justiça do Trabalho. O TST (Tribunal Superior do Trabalho),
tem 27 ministros, a sua nomeação é feita pelo Presidente da República e necessário que
haja a devida aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, por meio de uma
sabatina. Esses ministros devem ter mais de 35 e menos de 70 anos.

Órgãos que funcionam junto ao TST:

Escola Nacional de Formação e Conselho Superior da


Aperfeiçoamento de Justiça do Trabalho
Magistrados do Trabalho

ATENÇÃO!

Destes 27 Ministros, um quinto das vagas será reservado aos membros da


Advocacia e do Ministério Público, o que é o “quinto constitucional”.
IMPORTANTE: no TST são julgados o Recurso de revista, o Recurso Ordinário e
os embargos ao TST.

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DICA 130
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Também faz parte da Justiça do Trabalho, deve ter no mínimo de 7 juízes, estes juízes
devem ser nomeados, devendo ainda estes possuir mais de 35 anos e menos de 70 anos.
Assim como os ministros do TST, a sua nomeação deverá ser feita pelo Presidente da
República e por fim, não há necessidade de sabatina para a aprovação, diferente neste
ponto dos Ministros do TST.

A propósito, você sabia que São Paulo é o único estado a ter dois TRT’s? Isto mesmo:

TRT 2ª Região (Sede em São Paulo/SP)

TRT 15ª Região (Sede em Campinas/SP)


Há TRT em todos os Estado brasileiros?
Não, não há TRT no Tocantins, Amapá, Acre e Roraima.

Para não esquecer os estados onde não tem TRT, Lembre-se de TARA.

T Tocantins

A Amapá

R Roraima

A Acre

A Jurisdição nesses lugares que não tem TRT são feitas da seguinte forma:

Tocantins (submete-se à jurisdição do TRT da 10ª Região no Distrito Federal, sede em


Brasília/DF)

Acre (submete-se à jurisdição do TRT da 14ª Região em Rondônia, sede em Porto


Velho/RO)

Roraima (submete-se à jurisdição do TRT da 11ª Região no Amazonas, sede em


Manaus/AM)

Amapá (submete-se à jurisdição do TRT da 8ª Região no Pará, sede em Belém/PA)

IMPORTANTE:
Na composição dos TRTs também deve ser observado o quinto constitucional de
membros oriundos do Ministério Público do Trabalho e da OAB, com os demais juízes
nomeados mediante promoção de magistrados do trabalho vinculados às Varas,
alternadamente, por tempo de antiguidade e mérito, sendo o número de magistrados
variável, havendo um número mínimo 7 juízes, devendo ser atendido o critério da
necessidade de desmembramento em Turmas em função do movimento processual.

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DICA 131
COMO O TRT FUNCIONA
Compete ao Tribunal Regional do Trabalho, deve originariamente, processar e julgar as
ações de sua competência originária, como por exemplo os dissídios coletivos, mandados
de segurança e ações rescisórias, já no grau recursal, o TRT julga os recursos das
decisões de Varas do Trabalho.
E mais: A EC n. 45/2004, que acrescentou o § 1º ao art. 115 da CF/88, que os Tribunais
Regionais do Trabalho deverão instalar a Justiça Itinerante, com a realização de
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da
respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
IMPORTANTE:
Os juízes dos TRTs, chamados de “Desembargadores do Trabalho”, segundo a Resolução
CSJT n. 104/2012, e estes são nomeados pelo Presidente da República.

Veja como isto poderá ser cobrado na sua prova:

QUESTÃO INÉDITA.
O Tribunal Regional do Trabalho é de suma importância no funcionamento da justiça
trabalhista. Neste campo, é correto afirmar que:
a) O TRT possui competência para julgar, além de ações e dissídios, também causas de
cunho criminal.
b) Compete privativamente ao TRT o julgamento do conflito de competência que
envolva os juízes do trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista na
mesma região. Quando o conflito for suscitado entre o próprio TRT e juiz do trabalho a
ele subordinado, a competência para julgamento será do TST.
c) Em grau recursal, o TRT tem plena competência para julgar os recursos das decisões
de Varas do Trabalho.
d) O TRT é vedado de julgar ações rescisórias.
Gabarito: Alternativa c.
Comentário: Muito cuidado com a letra B (incorreta).

SÚMULA 420 DO TST:

COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE


IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO Não se configura conflito de competência
entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.

DICA 132
ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho são prestados por servidores e órgãos de
auxílio. No Capítulo VI da CLT (arts. 710 a 721) podemos olhar os serviços auxiliares da
Justiça do Trabalho. Nos termos do art. 710 da CLT, as secretarias são dirigidas pelo
Diretor de Secretaria.
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IMPORTANTE:
A Justiça do Trabalho, no 1º grau de jurisdição, está ligada às Varas do Trabalho as
chamadas Secretarias, e não cartórios, o que a diferencia da Justiça Comum, e os Oficiais
de Justiça avaliadores.
DICA 133
FUNÇÃO DA SECRETARIA – VARA

Cada Vara terá uma secretaria. Segundo o art. 711 da CLT, é de competência das
secretarias as seguintes atribuições:

o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e


outros papéis que lhe forem encaminhados;

a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis;

o registro das decisões;

a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos


respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará;

a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria;

a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos;

o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da


secretaria;

a realização das penhoras e demais diligências processuais;

o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente da Junta,
para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos.

Logo, a secretaria será formada pelos servidores públicos que forem admitidos por
intermédio de concurso público, seguindo o normatizado na CF/88.
Não há previsão legal quanto ao número de servidores em cada Secretaria, será um dever
do TRT, administrativamente, mensurar a necessidade do serviço e a distribuição dos
servidores, dentro de seu quadro de pessoal.
DICA 134
HONORÁRIOS PERICIAIS
O STF decidiu recentemente que são inconstitucionais dispositivos da reforma
trabalhista, que fixam o pagamento de honorários periciais e sucumbenciais pela parte
derrotada, mesmo que ela seja beneficiária da justiça gratuita. Este entendimento está
presente na ação de controle de constitucionalidade ADIn 5.766.

Como este assunto pode cair na prova?

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QUESTÃO SIMULADA E INÉDITA.


A respeito dos honorários periciais no processo do trabalho, é INCORRETO afirmar que:
a) Segundo o STJ, em decisão monocrática, são inconstitucionais dispositivos da
reforma trabalhista, que fixam o pagamento de honorários periciais e sucumbenciais
pela parte derrotada, mesmo que ela seja beneficiária da justiça gratuita.
b) Segundo o STF, são inconstitucionais dispositivos da reforma trabalhista, que fixam
o pagamento de honorários periciais e sucumbenciais pela parte derrotada, mesmo que
ela seja beneficiária da justiça gratuita.
c) Segundo o STF, são constitucionais dispositivos da reforma trabalhista, que fixam o
pagamento de honorários periciais e sucumbenciais pela parte derrotada, mesmo que
ela seja beneficiária da justiça gratuita.
d) Segundo o STF, são inconstitucionais dispositivos da reforma trabalhista, que fixam
o pagamento de honorários periciais pela parte derrotada, mesmo que ela seja
beneficiária da justiça gratuita. Porém são constitucionais os que fixam pagamento de
honorários sucumbenciais para a parte derrotada, mesmo que seja beneficiária da
justiça gratuita.
Gabarito: letra b.

DICA 135
INFORMATIZANDO O PROCESSO
A prática eletrônica de atos processuais será feita por meio do Sistema Processo
Judicial Eletrônico (PJe) instalado na Justiça do Trabalho nos termos da Lei nº
11.419/06, arts. 193 a 199, do CPC e da Resolução 185/2017 do Conselho Superior da
Justiça.
A ideia é facilitar a vida de todos e evitar o acúmulo de processos físicos. Aqui cabe até
mesmo a questão da pandemia: Visando evitar aglomerações em fóruns e varas, atrás de
processos físicos, os processos eletrônicos auxiliam nesta questão do isolamento social.

Posto isto, nos termos do art. 1°, § 2°, da Lei 11.419/2006, considera-se:

Meio Eletrônico;

Transmissão Eletrônica;

Assinatura Eletrônica.
DICA 136
ATRASO DO JUIZ
Atrasos são bem comuns no decorrer do cotidiano. O que acontece na esfera trabalhista?
Imagine que o juiz se atrasou para a audiência. Como que fica a situação? Veja, a CLT
normatiza uma tolerância de quinze minutos para o atraso do magistrado. Se
passarem os quinze minutos, as partes envolvidas poderão sair.

Art. 815, da CLT: Parágrafo único – Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada,
o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo
o ocorrido constar do livro de registro das audiências.”

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Como não esquecer o prazo máximo de atraso do juiz?

Juiz

Quinze minutos

Mas e no caso das partes, há a mesma previsão de tolerância do juiz? NÃO. Veja o que
diz a OJ seguinte:

OJ 245 da SDI-I

“REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA. Inexiste previsão legal tolerando atraso no


horário de comparecimento da parte na audiência.”

Veja como isto já foi cobrado em prova de concursos:

QUESTÃO SIMULADA, 2018.


O Juiz da Vara do Trabalho do Rio de Janeiro agendou uma audiência para o dia 11 de
abr. de 2018 às 15h30. Manoela, reclamante na ação trabalhista, e a empresa Gotas de
Água S.A., em face de quem Manoela ingressou com o pleito, compareceram à
audiência com seus respectivos advogados no horário agendado. O juiz, por sua vez,
somente chegou à audiência na referida data às 16h. Assinale a alternativa que
apresenta como as partes devem proceder nessa situação.
a) Ao Juiz é permitido chegar a qualquer tempo, considerando ser o mesmo quem irá
presidir a audiência, devendo as partes aguardar sua chegada.
b) Se o Juiz não houver comparecido até 20 (vinte) minutos após a hora marcada, os
presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das
audiências.
c) Se o Juiz comparecer à audiência com até 30 (trinta) minutos de atraso após a hora
marcada, as partes têm o dever de estarem aguardando o juiz para o início da
audiência, devendo o atraso constar do livro de registro das audiências.
d) Se o Juiz não houver comparecido até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, os
presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das
audiências.
e) Se o Juiz não houver comparecido até 60 (sessenta) minutos após a hora marcada,
os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das
audiências.
Gabarito: Letra D
Comentário: Questão letra de lei, é só ler o parágrafo único do art. 815 da CLT.

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DICA 137
EXCEÇÕES À JUSTIÇA GRATUITA
O beneficiário da Justiça Gratuita tem suas prerrogativas. Mas há situações que a justiça
gratuita não tem alcance. As multas processuais são um exemplo clássico deste não
alcance, o que pode ser visto no art. 98, § 4° do CPC.
ATENTE-SE:
Na Justiça gratuita, o beneficiário tem o direito de precisar adiantar as despesas, todavia
se no final o beneficiário for vencido será responsável por elas. Logo, não pense na justiça
gratuita como uma isenção total.
DICA 138
DISTRIBUIDORES
Nos lugares onde existir mais de uma Vara do Trabalho e nos Tribunais onde houver
mais de uma Turma, devemos ter um distribuidor. Serão da competência deste
distribuidor a distribuição do feito rigorosamente por ordem de entrada e o fornecimento
de informações sobre os processos distribuídos (arts. 713 a 715 da CLT).
Os distribuidores são designados pelo Presidente do TRT, dentre os funcionários das Varas
do Trabalho e do TRT, ficando subordinados diretamente a ele (art. 715 da CLT).
DICA 139
PRERROGATIVAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
Lembrando sempre que o Ministério Público tem autonomia e independência da
instituição. Além disso, são princípios do MP a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional, princípios estes normatizados no art. 127, § 1° da CF/88.

Segundo o art. 18 da LC 75/1993, são prerrogativas deste ente:

Art. 18 da LC 75/1993 (...)


I - institucionais:
a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à direita dos juízes singulares ou
presidentes dos órgãos judiciários perante os quais oficiem;
b) usar vestes talares;
e) ter ingresso e trânsitos livres, em razão de serviço, em qualquer recinto público ou
privado, respeitada a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio;
d) a prioridade em qualquer serviço de transporte ou comunicação, público ou privado,
no território nacional, quando em serviço de caráter urgente;
e) o porte de arma, independentemente de autorização;
f) carteira de identidade especial, de acordo com modelo aprovado pelo Procurador-
Geral da República e por ele expedida, nela se consignando as prerrogativas constantes
do inciso I, alíneas 'c', 'd' e 'e' do inciso II, alíneas 'd', 'e' e 'f', deste artigo;
II - processuais:
a) do Procurador-Geral da República, ser processado e julgado, nos crimes comuns,

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pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade;
b) do membro do Ministério Público da União que oficie perante tribunais, ser
processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelo Superior Tribunal
de Justiça;
c) do membro do Ministério Público da União que oficie perante juízos de primeira
instância, ser processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelos
Tribunais Regionais Federais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão
de flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação
àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de responsabilidade;
e) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-Maior, com direito à
privacidade e à disposição do tribunal competente para o julgamento, quando sujeito a
prisão antes da decisão final; e a dependência separada no estabelecimento em que
tiver de ser cumprida a pena;
f) não ser indiciado em inquérito policial, observado o disposto no parágrafo único deste
artigo;
g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e Local previamente ajustados com o
magistrado ou a autoridade competente;
h) receber intimação pessoalmente nos autos em qualquer processo e grau de
jurisdição nos feitos em que tiver que oficiar.
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação, houver indício de prática de
infração penal por membro do Ministério Público da União, a autoridade policial, civil ou
militar, remeterá imediatamente os autos ao Procurador-Geral da República, que
designará membro do Ministério Público para prosseguimento da apuração do fato".

DICA 140
O MPT NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE DE TRABALHO
O Ministério Público do Trabalho tem a atribuição de exigir dos empregadores um meio
ambiente de trabalho adequado na gestão de pessoas, EPI’s e processos de prevenção dos
riscos de acidentes e doenças decorrentes de trabalho perigoso, penoso e insalubre. Caso
haja doenças ocupacionais, como por exemplo a Lesão por Esforço Repetitivo o MPT
possui legitimidade para proposição de ação civil pública, com intuito de conceder tutela
específica para adoção de medidas de controle destas doenças ocupacionais e, também, a
readaptação ergonômica das instalações da empresa, quando necessária.
DICA 141
VEDAÇÕES AOS AGENTES DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Os membros do Ministério Público possuem algumas vedações que são elencadas no


art. 128, § 5°, II, da CF/88. No que tange ao Ministério Público da União, as proibições
são impostas, também, pelo art. 237 da Lei Complementar 75/1993. De acordo com a
Constituição Federal, em seu já citado dispositivo, constituem-se proibições aos agentes
do Ministério Público:

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Art. 128. (...)


§ 5° (...)
II – as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou
custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

IMPORTANTE:
Lembre-se que o Ministério Público do Trabalho (MPT) integra o Ministério Público da
União (MPU), possuindo todas as garantias e prerrogativas e estando submetido às
vedações que disciplinam a instituição Ministério Público.

→ Em outras palavras: O Ministério Público da União alcança o Ministério Público Federal,


o Ministério Público Militar, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios. Fazem parte do Ministério Público do Trabalho:

o Procurador-Geral do Trabalho

o Colégio de Procuradores do Trabalho

o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho

a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho

a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho

os Procuradores Regionais do Trabalho

os Subprocuradores--Gerais do Trabalho

os Procuradores do Trabalho.

DICA 142
INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público do Trabalho pode sim intervir, como um fiscal da lei, tendo assim uma
função importante nas sessões realizadas nos Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal
Superior do Trabalho, como também produzindo os pareceres, desde que haja o interesse
público evidente na situação. Uma informação importante para quem estuda este assunto
é que o instrumento de atuação judicial do Ministério Público do Trabalho de maior
importância é a ação civil pública, usada na proteção dos interesses metaindividuais no
campo trabalhista.
Veja: Não é que as outros instrumentos não são importantes, mas a Ação Civil
Pública é a mais comum e que na hora do estudo não pode ser deixada de lado. Há
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também outras formas de participação do MPT, como por exemplo a ação rescisória, o
dissídio coletivo de greve, a ação anulatória de cláusula convencional, o mandado de
segurança (remédio constitucional a ser melhor trabalhado em dicas posteriores) entre
outros.
DICA 143
PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI
O jus postulandi é uma das bases do Processo do Trabalho, pois traz a possibilidade das
partes (empregado e empregador) de postularem de forma pessoal na Justiça do Trabalho
e acompanharem as suas reclamações até o final, sem necessidade da presença de um
advogado. Ressaltando sempre que o jus postulandi não é mais admitido no âmbito do
TST, havendo a necessidade da figura do advogado.

Jus postulandi = Um dos grandes fundamentos dos princípios da simplicidade e


informalidade.

Resumindo: O jus postulandi das partes fica limitado às Varas do Trabalho e aos
Tribunais Regionais do Trabalho, não sendo aplicado nos casos de ação rescisória, a ação
cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do
Trabalho.
DICA 144
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
Este princípio, que é próprio do processo do trabalho em si, tem sido utilizado também no
processo civil e no processo penal. Interessante que para muitos doutrinadores este
princípio é o único princípio comum do processo do trabalho em todo o mundo, já que não
é interesse de qualquer Estado que o conflito trabalhista, que essencialmente tem grandes
repercussões sociais, perdure por muito tempo.
O juiz é obrigado a homologar acordo trabalhista? Não, pois a Súmula 418 do TST
normatiza que o ato de homologar é FACULDADE do Juiz.
IMPORTANTE: O CPC também estimula a adoção da conciliação.

Veja como isto já foi cobrado em prova de concursos:

QUESTÃO FCC, 2012.


No processo do trabalho, o Juiz deverá propor a conciliação
a) somente quando o valor da causa o permitir.
b) somente quando houver requerimento das partes.
c) após a apresentação da defesa e ao término da instrução processual.
d) na abertura da audiência, antes da apresentação da defesa e renovadas após as
razões finais.
e) após a oitiva das partes e quando do encerramento da instrução processual.
Gabarito: Alternativa d.
Comentário: A conciliação é sempre bem vista e incentivada no processo do trabalho.
Isso, por si só, já te encaminharia a marcar a letra D.

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DICA 145
PRINCÍPIO DA ECONOMIA E CELERIDADE PROCESSUAIS
O princípio da economia processual está ligado implicitamente ao art. 796, alínea a, da
CLT, segundo o qual a nulidade não pode ser pronunciada quando for possível suprir-se a
falta ou repetir-se o ato. Este princípio está intimamente ligado também ao princípio da
celeridade processual, segundo o qual o processo deve ser o mais rápido (célere) possível.
Caso o réu compareça de maneira irregular sendo representado por preposto não portador
da carta de preposição, o juiz deve, com fulcro no art. 76 do CPC 41, subsidiariamente
aplicado ao processo do trabalho (CLT, art. 769; CPC, art. 15), suspender o processo e
determinar um prazo razoável para seja sanado este vício e caso o réu não cumpra a
determinação judicial, este será considerado revel.
DICA 146
PRINCÍPIO DO PROTECIONISMO PROCESSUAL
Basicamente, é um princípio muito típico do direito processual do trabalho, que traz uma
espécie de protecionismo temperado, mitigado ou relativizado ao trabalhador. Como uma
forma de exemplificar este protecionismo, é a proteção que o Código de Defesa do
Consumidor traz ao consumidor, pois este é vulnerável, do ponto de vista técnico.

Exemplos:

Possibilidade de reclamação trabalhista verbal (art. 840 da CLT);

Exigência de depósito recursal somente ao empregador no caso de interposição de


recurso (art. 899 da CLT).
DICA 147
PRINCÍPIO IN DUBIO PRO MISERO OU PRO OPERARIO
O princípio in dubio pro misero consiste na possibilidade de o juiz, em caso de dúvida
razoável, interpretar a prova em benefício do empregado, geralmente autor da ação
trabalhista. Este princípio visa, quando houverem duas interpretações no mesmo caso, dar
a melhor interpretação para o empregado.
CUIDADO:
O princípio in dubio pro operário não autoriza a conclusão de que na Justiça do Trabalho
o empregado preferencialmente sai ganhando.
DICA 148
PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE
O princípio da imediatidade ou da imediação significa que o juiz da causa está obrigado ao
contato direto com as partes e a prova testemunhal ou pericial, com a própria coisa
litigiosa ou com terceiros, para que possa obter os elementos necessários ao
esclarecimento dos fatos alegados pelas partes, e, em consequência, decidir
fundamentadamente o processo. A sua base legal no direito processual do trabalho está
no art. 820 da CLT, pois segundo ele as partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou
presidente, podendo inquirir elas novamente, por seu intermédio, a requerimento das
partes, seus representantes ou advogados. O princípio da imediatidade é aplicável, com
maior ênfase, no direito processual do trabalho, pois há neste campo de direito uma larga
incidência da prova oral.
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DICA 149
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL
É um princípio que está intimamente ligado ao princípio da dignidade da pessoa humana e
a um dos objetivos fundamentais da República, consubstanciado no art. 3º, I, da CF, qual
seja, o de “construir uma sociedade livre, justa e solidária”. Ele também é chamado de
princípio da probidade ou da lealdade, o princípio da boa-fé processual, que era tratado
como dever das partes não proceder com má fé, está agora consignado expressamente no
art. 5º do CPC (“Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se
de acordo com a boa fé") e reproduzido nos arts. 79, 80 e 81 do CPC.
DICA 150
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO
No que diz respeito ao processo do trabalho, o princípio da concentração está explícito
nos arts. 849 e 852-C da CLT:

Art. 849: A audiência de julgamento será contínua; mas se não for possível, por motivo
de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua
continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.

Art. 852-C: As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em


audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser
convocado para atuar simultaneamente com o titular.

DICA 151
PRINCÍPIO INQUISITIVO OU DO IMPULSO OFICIAL
O princípio inquisitivo está normatizado no art. 2º do CPC, que afirma: “O processo
começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções
previstas em lei” (grifos). Já no direito processual do trabalho, o art. 765 da CLT
estabelece que “os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do
processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer
diligência necessária ao esclarecimento delas”.
Além do mais, existem algumas hipóteses que operacionalizam o princípio inquisitivo no
direito processual do trabalho, como por exemplo na reclamação trabalhista instaurada
pelo juiz do trabalho em virtude de expediente (processo administrativo) oriundo da
Superintendência Regional do Trabalho (CLT, art. 39) e a execução promovida ex officio
(art. 878 da CLT).
DICA 152
TRIBUNAL PLENO DO TST

Vamos ver estas competências, segundo o art. 75 do RITST:

I – eleger, por escrutínio secreto, o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Superior


do Trabalho, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os 7 (sete) Ministros para
integrar o Órgão Especial, o Diretor, o Vice-Diretor e os membros do Conselho
Consultivo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do
Trabalho (ENAMAT), o diretor e os membros do Centro de Formação e Aperfeiçoamento
de Assessores e Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST); os Ministros

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membros do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e respectivos suplentes,
os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministro Ouvidor e seu
substituto;

II – dar posse aos membros eleitos para os cargos de direção do Tribunal Superior do
Trabalho, aos Ministros nomeados para o Tribunal, aos membros da direção e do
Conselho Consultivo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados
do Trabalho (ENAMAT) e do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e
Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST);

III – escolher os integrantes das listas para provimento das vagas de Ministro do
Tribunal;

IV – deliberar sobre prorrogação do prazo para a posse no cargo de Ministro do Tribunal


Superior do Trabalho e o início do exercício; V – determinar a disponibilidade ou a
aposentadoria de Ministro do Tribunal;

VI – opinar sobre propostas de alterações da legislação trabalhista, inclusive processual,


quando entender que deve manifestar-se oficialmente;

VII – estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme,


pelo voto de pelo menos 2/3 (dois terços) de seus membros, caso a mesma matéria já
tenha sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, 2/3 (dois terços)
das turmas, em pelo menos 10 (dez) sessões diferentes em cada uma delas, podendo,
ainda, por maioria de 2/3 (dois terços) de seus membros, restringir os efeitos daquela
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no Diário
Oficial; VIII – julgar os incidentes de assunção de competência e os incidentes de
recursos repetitivos, afetados ao órgão;

IX – decidir sobre a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do


Poder Público, quando aprovada a arguição pelas Seções Especializadas ou Turmas;

X – aprovar e emendar o Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho;

XI – processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência e


à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica
firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por
ele proferida.

DICA 153
SEÇÃO ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS COLETIVOS – SDC

São competências da Seção Especializada em Dissídios Coletivos – SDC:

Originariamente:

julgar os dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, de sua competência, ou


rever suas próprias sentenças normativas, nos casos previstos em lei;

homologar as conciliações firmadas nos dissídios coletivos;

julgar as ações anulatórias de acordos e convenções coletivas;

julgar as ações rescisórias propostas contra suas sentenças normativas;

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julgar os agravos internos contra decisões não definitivas, proferidas pelo Presidente do
Tribunal, ou por qualquer dos Ministros integrantes da Seção Especializada em Dissídios
Coletivos;
julgar os conflitos de competência entre Tribunais Regionais do Trabalho em processos
de dissídio coletivo;
processar e julgar as tutelas provisórias antecedentes ou incidentes nos processos de
dissídio coletivo;
processar e julgar as ações em matéria de greve, quando o conflito exceder a
jurisdição de Tribunal Regional do Trabalho;
processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência e à
garantia da autoridade de suas decisões;

Em última instância, julgar:

os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas pelos Tribunais


Regionais do Trabalho em dissídios coletivos de natureza econômica ou jurídica;
os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas pelos Tribunais Regionais
do Trabalho em ações rescisórias, reclamações e mandados de segurança pertinentes a
dissídios coletivos e em ações anulatórias de acordos e convenções coletivas;

os embargos infringentes interpostos contra decisão não unânime proferida em


processo de dissídio coletivo de sua competência originária, salvo se a decisão
embargada estiver em consonância com precedente normativo do Tribunal Superior do
Trabalho ou com súmula de sua jurisprudência predominante;
os agravos de instrumento interpostos contra decisão denegatória de recurso ordinário
nos processos de sua competência.
DICA BÔNUS
TESTEMUNHAS

Testemunhas são importantes para o andamento processual, em todas as áreas. Na


trabalhista, não é diferente. Mas o número varia de acordo com a situação:
Rito Ordinário: 3 testemunhas
Rito Sumário (até 2 salários mínimos): 3 testemunhas
Rito Sumaríssimo: 2 testemunhas
Inquérito para apuração de falta grave: 6 testemunhas
E mais: Uma questão muito recorrente em provas (tanto na primeira quanto na segunda
fase) diz respeito à possível suspeição da testemunha o fato de ter litigado contra o
mesmo empregador. Essa testemunha neste caso é suspeita? A resposta é NÃO.

SÚMULA 357 DO TST

Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado
contra o mesmo empregador.

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